O terceiro episódio da décima temporada de "American Horror Story" com o subtítulo de "Double Feature", "Thirst", exibido na noite de 1 de setembro, no canal gringo FX on Hulu, começa com a sede de consumir as pílulas que potencializam o talento. No entanto, o uso das mesmas foge do controle quando Alma (Ryan Kiera Armstrong), obstinada por tocar violino, consome uma escondida e fica com uma fome incontrolável.
Eis que a mamãe calma e compreensiva, Doris (Lily Rabe), dá o melhor para deixar a filha limpinha, embora a família seja visitada pela polícia. Com uma queda da escada, Doris fica no hospital e é no carro com a filha, seguindo rumo diferente do dito para a mãe internada, Harry (Finn Wittrock) tenta estabelecer um trato com a filha. Por outro lado, ele é flagrado e cumpre com o combinado, mesmo a filha tendo apenas 9 anos.
Em tempo, o desprezo da menina pela mãe é gritante, a ponto de dizer que ela e o pai não precisam de Doris. A interpretação precisa da jovem Ryan Kiera Armstrong chega a dar nervoso por tamanho desrespeito. Em contrapartida, Alma faz rir ao dizer, mesmo ainda nova, que tudo o que ela quer é a música e não tem objetivo de casar e ter filhos. Mesmo assim, ela não é fofinha!
E como tudo o que está ruim, pode piorar, Harry tenta controlar o desejo de Alma por sangue, quando recebe uma visita inesperada: Ursula (Leslie Grossman). Com a chegada da forasteira na cidade, no bar, mais um momento "Glee" da duplinha Belle (Frances Conroy) e Austin (Evan Peters). O dueto no bar "Muse", desta vez é de "Too Much, Too Little, Too Late", de Johnny Mathis e Deniece Williams. Que afinação bonita dos dois!
Aliás, na sagaz Ursula está a grande chance de Mickey (Macaulay Culkin) alcançar o desejo de ser um grande escritor. Ele por sua vez, não perde a oportunidade de fazer contato. Desconfiada, Ursula eleva a história para um patamar ainda mais interessante. Vale destacar que Mickey é um ladrãozinho maroto!
No clima do filme "Sombras da Noite", numa caçada ao lado de Austin e Belle que o futuro de Harry parece estar com os dias contados, assim como o de Alma. Eis aí o suspense que é amenizado com o sarcasmo gritante de Ursula. O que dizer da conversa dela com Mickey sobre "Speed Racer" num momento em que tudo poderia acabar para ela?! Sensacional! O conselho de Ursula para Alma sobre fazer TikTok. Impossível não rir!
"Thrist" é mais um episódio surpreendente, pois "Cape Fear" e "Pale" pareciam ter entregado toda a história, mas não foi bem assim. E para potencializar a trama entram a cabeça das pílulas, Angelica Ross, na pele de The Chemist e o incrível Denis O´Hare dá o ar da graça como Holden, homem que é testemunha de um crime que acontece na praia enquanto apreciava as cores dali.
A verdade é que Ryan Murphy e Brad Falchuk conseguem criar novas sub-tramas de fazer cair o queixo. Que venha o quarto episódio, por favor!!
Neste, a história da garotinha com poderes de incendiar com a mente foi adaptada para gerar interpretações, o que leva o público até a crer que o filme da categoria terror e suspense seja, na verdade, uma trama de ficção científica. Antes da metade até o fim, o longa chega a remeter ao clássico "A Experiência" (1995), mas com o diferencial de não ter conteúdo. Como escapar impune à revelação da menina, quando diz ter direcionado o fogo ao pai e ele simplesmente retribui com uma carinha de compreensivo?
A produção de 1h34, da Blumhouse, deixa a todo momento a sensação de que falta algo. E quando os pais, McGee (Zac Efron) e Victoria (Sydney Lemmon) tentam esconder Charlie (Ryan Kiera Armstrong) a todo custo de um agência especializada -em que seria um objeto de estudo-, os diálogos incompletos contribuem para aumentar tal confusão. A forma que a conversa, entre dentes, sobre os poderes dos três é desenvolvida, induz a interpretação de que eles são mutantes destinados ao estudo, mas sem ter o apoio do professor Xavier e da Escola para Jovens Superdotados do Professor Xavier, por exemplo. Logo, fugir é a saída sempre -e tudo se resume a isso.
Enquanto mil e uma dúvidas surgem na mente do público, a trama não se desenvolve e nem mesmo envolve -é inevitável olhar para o relógio e conferir quanto de tempo falta para o longa terminar. A arrastada fuga do pai com a filha, empurra o grande enfretamento para o final, mas não cria suspense e muito menos terror. Embora tenha sido um retumbante fracasso de bilheteria, o diretor Keith Thomas anunciou uma sequência. Infelizmente, o novo "Chamas da Vingança" é uma tremenda bomba!
No quinto episódio de "American Horror Story: Double Feature", batizado de "Gaslight", o público reencontra Doris Gardner (Lily Rabe) e Harry Gardner (Finn Wittrock) na sala de parto para testemunhar um lindo momento na vida de um casal. Contudo, Harry cresce os olhos no sangue "desperdiçado" ali e dá um jeitinho de aproveitar o material. Não há como escapar impune ao que se vê, a cena é bem nojenta!
Fora do hospital, Doris percebe não estar no seu lar em Nova Iorque, mas na casa em que viveu momentos infernais. Como se não bastasse, tem com a família uma intrusa segurando o recém-nascido: Ursula (Leslie Grossman). Para piorar, Doris não faz ideia de que o marido e filha (Ryan Kiera Armstrong) estão nas mãos da intrigueira, afinal enquanto estava internada muita água rolou nessa história. Definitivamente, o quinto episódio é o martírio de Doris. É para sentir dó da mamãe tão boa de coração.
Um pouco longe dos Gardner, Mickey (Macaulay Culkin) entra em cena para surpreender Karen, dirigindo um carrão. Os dois dão uma volta enquanto ela segue tossindo, pede para descer e deseja sorte para ele no novo universo. Sim! Ele está ingerindo a pílula! Eis que Sarah Paulson dá um novo ar da graça nesse episódio, e chega a ser chamada ironicamente por Belle Noir (Frances Conroy) de Monet. Hilário e delicioso ver duas atrizes gigantes contracenando!
Na casa "temporária" dos Gardner descobrimos mais uma coisa. A missão dos pais de Alma (Ryan Kiera Armstrong) é impedí-la de se alimentar do bebezinho. Em contrapartida, tudo o que a filha deseja é se livrar da mãe. Quanto ódio tem essa menina! Nesse mesmo meio, está Ursula que é o tipo de pessoa de quem não se consegue escapar. Pior para Doris, uma vez que está acamada e, visivelmente, dopada. Enquanto isso, a ideia é fazer que Doris pense ter tido apenas um sonho.
Alma se acaba no sangue do bebê e investe na tentativa de se livrar da mãe, uma vez que a vê sem talento, o que a condenaria a vagar pela cidade com outros transformados. A filha dá pílulas para a mãe e entre elas, a pílula preta. Numa cena de puro escândalo, toda a verdade é espalhada no ventilador.
Em tempo, dá vontade de passar pela tela e dar uns belos e bons tabefes em Alma. Que menina malvada! Meu Deus do Céu! E Ursula, que nem é uma Gardner ainda aparece mais uma vez para dar pitaco. Que dó da Doris! Se correr o bicho pega e avança nela com o bebê, se ficar o bicho come. Em tempo, Lily Rabe dá um show de talento a cada cena em que atua. Não há como negar, esse elenco foi escalado a dedo.
Alma parece a pequena Claudia (Kirsten Dunst) 2.0 de "Entrevista com o Vampiro", mimadinha que sempre quer sangue e que cumpram seus pedidos. A questão é que Alma é uma versão moderna, então não deseja receber qualquer cuidado da mãe.
Karen reencontra Mickey com o desejo de ficar limpa, mas conta com a ajuda dele, uma vez que se amam. Outra cena incrível! A cara de Mickey para Karen é simplesmente perfeita, é um misto de deboche com um pinguinho de compaixão. No entanto, a insistência em ingerir a pílula não se restringe a Alma, mas também vem de Mickey para Karen que até se declara a ela e revela tê-la como musa.
E como parecia não ter mais o que acontecer na primeira parte de "American Horror Story: Double Feature", Red Tide, acontecem sequências empolgantes, de deixar qualquer dono da mente mais criativa do mundo de queixo caído. Sendo que na próxima semana teremos a conclusão da primeira parte de AHS e só pelo sneak peak do sexto episódio, percebe-se que há muitas reviravoltas inimagináveis para nos segurar no sofá.
O quinto episódio deixa claro que a história da décima temporada vai além do horror e terror, trata de modo alegórico o ciúme e raiva do irmão mais velho com a chegada de um bebê, a depressão pós-parto, a busca de drogas para dar sentido a algo na vida e o forte amor que tira pedaço. Com o desfecho impressionante e de arrepiar "Gaslight", deixa a pergunta que não quer calar sobre a décima temporada: Como consegue melhorar a cada episódio? Que venha a conclusão dessa maré vermelha, por favor!
Homens ao mar de Provincetown, California, um achado: o corpo da Chefe Burleson (Adina Porter). Esses são os primeiríssimos minutos do sexto episódio de "American Horror Story: Double Feature", batizado de "Winter Kills" que encerra a primeira parte de "Red Tide". Na sequência, em uma reunião de habitantes reencontramos a treinadora Beiste de "Glee", (Dot-Marie James), que aqui é uma policial sedenta por trazer justiça à cidade em que coisas estranhas acontecem durante o inverno.
Em tempo, a nova personagem é muito mais durona e corajosa até ser alertada que é melhor "deixar as coisas como estão, pois o inverno é a paga do verão". Afinal, os cabeças da sala sabem o que é melhor para a região. Sim! Logo, nada mais será feito por ela.
Enquanto isso, no núcleo do talento da escrita, Ursula (Leslie Grossman) sugere que Harry (Finn Wittrock) deve se matar, afinal nunca produzirá algo tão incrível. Uma dica do que está por vir?! Bem, ao menos Harry decide que ele e a filha, Alma (Ryan Kiera Armstrong) irão parar com as pílulas pretas que realçam o talento. Qual a desculpa dele? Querer ter uma família normal. É quando pensamos: Sério?! Depois de fazer o que fez com a tão bondosa Doris (Lily Rabe)? Assim, deseja-se ardentemente que Harry tenha a paga.
Eis que na conversa "em família", Ursula fala do código moral de Harry no tempo errado. Certíssima, embora seja uma mulher de atitudes totalmente questionáveis. Contudo, o combinado entre Harry e Alma é o de parar a ingestão das pílulas, mas é num abraço de urso e um sorrisinho para Ursula que assustam tanto quanto Reagan na cama do clássico "O Exorcista". Assim, Belle Noir (Frances Conroy) deixa um recadinho no berço do bebê para Harry que cai feito um pato.
Contudo, Ursula com seu discurso ácido vai até os zumbis vampirescos sem talento e tal qual uma mulher de bom coração, oferece uma saída aos vagantes. Uma nova fórmula para modificar a situação dos seres assustadores. Verdade?! Juntando o útil ao agradável, Ursula atrai tanto Harry e Alma, que pretende resgatar o filhinho recém-nascido para voltar a antiga vida, quanto os sem talento e a desgraça acontece diante dos olhos do público e o desfecho é entregue exatamente como o imaginado.
Três dias depois, em Hollywood, um massacre acontece em plena luz do dia com direito a filmagens amadoras e, numa casa chique e grande, está o clube da Luluzinha do mal, que inclui Alma na discussão dos problemas que levaram para a terra das produções cinematógraficas. Seguindo o modo Ryan Murphy de séries musicais, Alma faz uma apresentação de violino diante de uma mesa julgadora. A escolha é entre a menininha e um rapaz. Numa salinha, os dois frente e frente e sabemos mais uma vez como a história acabará para o corrente de Alma. Não é mesmo?!
Num encontro com um mestre o arte da escrita, Ursula é convidada ao palco. Empunhando o microfone aos participantes, associa a escrita ao fato de sangrar. Claro! Ursula entende muito disso. Para tanto, A verdade é que ela aproveita a ocasião de estar diante de aspirantes a escrita para oferecer a eles a pílula preta. E ainda reforça que a escolha é deles, cuspir ou engolir, e assim surgem pragas sem talento por toda a cidade. Algo que remete ao episódio de "American Horror Stories", o spin-off de AHS, no episódio "Drive-In".
Vale lembrar a minissérie "Hollywood", de Ryan Murphy, em que aborda os bastidores podres das produções hollywoodianas. Como a mente criadora faz seus personagens circularem por ambientes similares, assim termina a primeira parte de "American Horror Story: Double Feature". Com um desfecho insosso ao colocar os pálidos sem talento espalhados por Hollywood. Decepcionante, mas o jeito é esperar a segunda parte da décima temporada!
Seriado: American Horror Story Temporada: 10 Episódio 6: "Winter Kills" "Inverno Mata)""
Exibido em: 22 de setembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Tuberculosis Karen), Evan Peters (Austin Sommers), Lily Rabe (Doris Gardner), Finn Wittrock (Harry Gardner), Frances Conroy (Belle Noir), Billie Lourd (Lark), Leslie Grossman (Ursula), Adina Porter (Chefe Burleson), Angelica Ross (The Chemist), Macaulay Culkin (Mickey), Ryan Kiera Armstrong (Alma Gardner)
Baseado na autobiografia best-seller “My life on the road” da jornalista e escritora Gloria Steinem, a ativista feminina que conseguiu se infiltrar nos bares da PlayBoy nos anos 1960. A trajetória de uma das das figuras mais inspiradoras da história moderna como grande influenciadora do movimento revolucionário dos direitos das mulheres é contada em AS VIDAS DE GLÓRIA, que estreia hoje direto e exclusivamente nas plataformas digitais para aluguel e compra – para assistir onde e quando quiser.
Estrelando as ganhadoras do Oscar® Julianne Moore (Para Sempre Alice) e Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa) vivendo as diferentes fases adultas da vida de Gloria e também as atrizes Ryan Kiera Armstrong e Lulu Wilson, entre as fases da infância e da puberdade. O elenco também conta com a atuação de Janelle Monáe (Estrelas Além do Tempo) como amiga pessoal de Gloria.
Para assistir AS VIDAS DE GLÓRIA, basta acessar uma plataforma digital - seja operadora de TV, loja digital ou console de videogame -, efetuar o cadastro para alugar ou comprar o filme e pronto! Vale mencionar que na opção aluguel, após dar o primeiro ‘play’, o filme digital ficará disponível durante 48 horas e poderá ser visto e revisto quantas vezes quiser dentro desse prazo. Já a opção compra, garante que o mesmo esteja disponível sempre com o consumidor.
As Vidas de Glória (The Glorias, 2020)
Sinopse: Filme baseado na auto-biografia best-seller do ícone feminista Gloria Steinem – My Life on the Road – que conta a história de como sua infância itinerante influenciou sua vida como escritora, ativista e organizadora dos direitos das mulheres pela mundo.
ELENCO e FICHA TÉCNICA
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Julie Taymor, Sarah Ruhl
Produção: Julie Taymor, Alex Saks, Lynn Hendee
Produção Executiva: Marcei A. Brown, Sarah Johnson, David Kern, Mickey Liddell
A Sony Pictures Home Entertainment (SPHE) é uma empresa da Sony Pictures Entertainment (SPE). A Sony Pictures Entertainment (SPE) é uma subsidiária da Sony Entertainment Inc., uma subsidiária da Sony Corporation sediada em Tóquio. As operações globais da SPE englobam a produção, aquisição e distribuição de filmes e de televisão; as redes de televisão; a criação e distribuição de conteúdo digital; a operação dos estúdios e desenvolvimento de novos produtos, serviços e tecnologias de entretenimento.
A décima temporada de "American Horror Story" com o subtítulo de "Double Feature" estreou na noite de 25 de agosto, no canal gringo FX on Hulu, com a exibição de dois episódios seguidos, "Cape Fear" e "Pale", pertencentes a Parte 1, batizada de "Red Tide". Desta forma, após levar o público para o "Cabo do Medo", por meio da maré vermelha, os produtores Ryan Murphy e Brad Falchuk deixam todos aportados em "Pale".
Cientes da mudança dos Gardner, que vieram de Nova Iorque para o litoral isolado durante o inverno, em nome de que Harry (Finn Wittrock) encontrasse inspiração, enquanto mantém ao lado a esposa grávida, Doris (Lily Rabe) e a filha Alma (Ryan Kiera Armostrong), o público se depara com uma ironia provocativa na trama. É nesse episódio que, após destacar a cobrança acirrada de Harry em criar o entretenimento perfeito, a dupla Murphy e Falchuk deixa claro, por meio de uma sequência sarcástica a respeito da inspiração para a escrita de roteiros que agradem o público.
Como isso? A família prontinha para partir do lugar -que rendeu más lembranças-, com todos dentro do carro, Harry tem visões e precisa encontrar o computador para transcrever. Pois é! E como se não fosse o suficiente, durante o inverno levar a família de mala e cuia para um lugar soturno, Harry é possuído pela inspiração que tanto buscava, enquanto que Alma, outra artista, ainda busca firmeza no violino. Cena que acontece em tela dividida. Ninguém volta para a casa!
Também pudera, Doris é uma esposa extremamente compreenssiva -talvez pela gravidez. Convenhamos, que mulher não surtaria após guardar tudo e arrumar-se no carro, para então o marido mudar de ideia e começar a fazer algo que a forçaria permanecer num lugar horrível? Por ser paz e amor, Doris logo aceita. Ela até se revolta, mas quando nota que deixou de ser a musa inspiradora dele.
No entanto, após algum tempo ela tenta fazê-lo parar um pouco, para saírem da casa e é quando a a filha do casal confessa ter testemunhado o pai ingerir algo desconhecido, o que lhe rendeu os roteiros. Ao começar uma discussão de casal com inserção de apontamentos de Alma, Harry solta a cereja do bolo para a menina: "Não fique com ciúmes porque eu encontrei inspiração e você não pode tocar a porr@ do Paganini!". Que papai mais malvado e boca suja, não é?!
Para tornar tudo ainda mais interessante revela: "Essas páginas explodiram de mim!". Enquanto assistimos Harry se enrolar de vez com a dupla Austin Sommers (Evan Peters) e Belle Noir (Frances Conroy), aparece a doutora Lark de Billie Lourd. Pois é! Assim como há o advogado do diabo, também existe a dentista de vampiro! Que sacada incrível!Em tempo, "Pale" é outro episódio com produção do ator Evan Peters.
Contudo, é mais uma vez a entrada de Tuberculosis Karen (Sarah Paulson) que garante um susto gigante. Sim! Já assisti mais de uma vez... E não adiantou saber o momento dessa aparição. Susto! Também pudera, Sarah Paulson está visivelmente imbuída de Karen. É tão convincente que chega ao ponto de dar medo. Interpretação admirável!
A décima temporada de AHS é nitidamente uma crítica sobre sugar ideias, inclusive de outros para criar algo próprio, mas também sobre o vício em escrever mais e mais para ter sucesso absoluto. Tal qual a fala de Belle Noir para Harry, que é uma revelação com misto de desabafo para refletir: "Não há nada mais viciante do que o sucesso. Você já provou isso e você não será capaz de viver sem ele". Que venha o terceiro episódio, pois o final de "Pale" é de fazer o queixo cair!!
Quando a série antológica "American Horror Story" completa 10 anos, tendo deixado o público órfão -uma vez que ano passado, não foi produzida nova temporada, devido a pandemia-, em 2021, AHS ganha o subtítulo de "Double Feature". A promessa de Ryan Murphy e Brad Falchuk é trazer uma dobradinha entre vampiros e sereias. Eis que dia 25, no canal gringo FX on Hulu, foram ao ar dois episódios que marcam a Parte 1, da temporada intitulada "Red Tide", com a estreia tão aguardada: "Cape Fear" e "Pale".
No episódio "Cabo do Medo", câmera foca num litoral coberto de vegetação seca, até que abre e mostra a estrada com um carro. Lá, seguindo a viagem iniciada em Nova Iorque, está uma família. Harry Gardner, um escritor sem inspiração (Finn Wittrock), acompanhado da esposa grávida, Doris (Lily Rabe) e a filha, que toca violino, Alma (Ryan Kiera Armostrong). Assim, os Gardner se mudam durante o inverno para o local isolado.
Enquanto Alma sobe para conhecer o quarto, Doris ajeita as coisas na casa e Harry sai para comprar algumas coisas. É no mercadinho local que chega o grande primeiro susto de "American Horror Story" com a entrada de Tuberculosis Karen (Sarah Paulson). Seja pela chegada brusca da personagem insana que é acompanhada da gritaria "Get out" ou pela aparência estranha da atriz. Por outro lado, a voz é inesquecível! Assim, nota-se bem que há uma Sarah Paulson por baixo da maquiagem de Karen.
Eis que apesar de ter trazido toda a família para um lugarejo litorâneo, Harry não encontra inspiração. Também pudera, Alma toca o violino continuamente a ponto de enlouquercer quem busca concentração. No entanto, Harry tenta fazer a linha paizão, mas como tem apenas três meses para concluir o projeto, a paciência o faz dar um basta. Cena de esquenta para os próximos segundos? Sim! Na sequência, a primeira grande perseguição acontece com Doris e Alma. Eis que o ponta-pé inicial da décima temporada é dado. E conhecemos um ser que definitivamente não é humano.
Enjoada pela gravidez, Doris libera o marido para curtir a noite sozinho. Então, entram em cena Evan Peters (Austin Sommers) e Frances Conroy (Belle Noir). A dupla simpática, mas cheia de maldade é introduzida num momento "Glee", com cantoria de "Islands in the stream", sucesso na voz de Dolly Parton e Kenny Rogers, no barzinho.
Harry recusa a companhia de Mickey (Macaulay Culkin) até que os cantores de karaokê lhes oferta uma bebida e engatam uma conversa amigável. Em tempo, "Cape Fear" teve produção de Peters, mas o ator aparece em cena e por várias vezes, inclusive para agitar a trama que sobe mais um nível ao criar o grande problema que Harry enfrentará nos próximos episódios.
É no finalzinho de "Cabo do Medo que, sem perceber, o Adão escritor cai em tentação diante da filha. Nessa sequência cheia de adrenalina, "American Horror Story: Double Feature" apresenta os personagens que farão a história acontecer, traz criaturas assustadoras, estabelece embates e destaca a subserviência humana aos vampiros mas acima de tudo, mostra ter potencial para honrar a celebração dos 10 anos de AHS.
Imagine um filme descabido. "Moonfall: Ameaça Lunar", de Roland Emmerich, protagonizado por Patrick Wilson e Halle Berry tem o roteiro fraco de Roland Emmerich, Harald Kloser e Spenser Cohen. E como não sendo suficiente o desnorteio, chega ao ponto de fazer uma misturinha de outros filmes e, ao fim, não mostrar a que veio. Resumo: é uma bobajada de 2 horas que vira uma tortura com sensação de pelo menos 3 horas de duração. A ficção científica tem várias cenas de ação que, por vezes, derrubam todo o convencimento conquistado do público e transforma o filme numa total enganação. No início, "Moonfall: Ameaça Lunar" parece querer ser levado a sério e convence o público a embarcar na trama. Contudo, logo, a construção da atmosfera cai por terra. Sem dó!
Neste, a história da garotinha com poderes de incendiar com a mente, leva o público até a crer que o filme da categoria terror e suspense seja, na verdade, uma trama de ficção científica. Antes da metade até o fim, o longa chega a remeter ao clássico "A Experiência" (1995), mas com o diferencial de não ter conteúdo. Como escapar impune à revelação da menina, quando diz ter direcionado o fogo ao pai e ele simplesmente retribui com uma carinha de compreensivo?
O filme começa com a temática assustadora de filhos roubando os pais, mas que atenua a atitude errada uma vez que a ação é para um bem do planeta Terra: levar água para a África, no deserto do Saara. Apesar desse baque de conduta errônea, a produção dirigida por Louis Garrel consegue convencer quando apresenta o envolvimento de várias crianças num super projeto pelo bem de todos.
É assim que conhecemos a família de protagonistas composta pelos pais Abel e Marianne e o filho de 13 anos, Joseph. Abel chega do trabalho e percebe que o patinete do filho não está onde habitualmente fica. Conversa vai, conversa vem e o menino revela ter tirado de casa diversas coisas, entre elas itens caríssimos como roupas de gripe da mãe e relógios de coleção do pai. Crítica ao consumismo desenfreado?! Sem dúvida! Por outro lado, nada justifica a audácia da criança em negociar o que não lhe pertence. Tudo cai por terra quando as crianças falam da prática sexual com os pais, tal qual fossem adultos.
A história do personagem que inspirou o boneco que foi dado ao garotinho Andy e quase tirou o favoritismo do caubói Woody na franquia "Toy Story", é apresentada ao público. No início, em uma preguiçosa tela de fundo preto com letreiros, há o aviso de que iremos assistir ao filme que fez Andy querer o Buzz Lightyear. Em certos pontos, "Lightyear" até remete ao sucesso de bilheteria do momento, encabeçado por Tom Cruise, "Top Gun: Maverick". Principalmente por conta dos mocinhos assumirem os postos de pilotos destemidos e amam o que fazem, sendo ambos responsáveis por uma super missão, mas não há nada do carisma de Maverick em "Lightyear".
A vida do patrulheiro se resume a cumprir a missão de tirar todos do espaço. Contudo, enquanto teima na mesmice, o tempo passa, menos para ele, uma vez que faz viagens pelos anéis do tempo. De fato, "Lightyear" começa empolgando, mas a luz fica restrita ao nome do protagonista. O longa animado é bastante escuro, o que acaba proporcionando algumas cabeçadas para quem está com sono.
A produção da Netflix estrelada por Rebel Wilson promete muito em trailer, mas entrega pouquíssimo. Não é que o longa seja voltado somente aos maiores de 30 anos e que viveram o auge de "Britney Spears" e "N´Sync", por exemplo. Ainda que tenham cortado qualquer menção a boy band"Backstreet Boys". Afinal, para a nova geração saber mais dessa época basta conversar com os pais, familiares ou simplesmente ter interesse no que aconteceu há 20 anos. Com a internet não é uma tarefa difícil!
A verdade é que em "De Volta ao Baile" falta liga, embora esteja no padrão das produções da Netflix. O trailer com o som de um sucesso da princesinha do pop, "Crazy", passa a ideia de uma volta aos anos 2000 e um combinado com os tempos atuais. Afinal, a protagonista acorda de um coma. História incrível, porém o ponto forte do longa se desgasta na atualidade e faz o filme, que começa muito bem, ir enfraquecendo no decorrer de 1h 51m.