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terça-feira, 22 de agosto de 2023

.: Jane Austen é principal inspiração para o filme "Perdida"

No longa brasileiro, existem referências à "Orgulho e Preconceito" e outras obras da autora; a edição da obra da Landmark já vendeu mais de 150 mil exemplares


Considerada a primeira romancista moderna da literatura inglesa, Jane Austen começou seu segundo romance, “Orgulho e Preconceito”, antes dos 21 anos de idade. Em 2023, o lançamento do filme “Perdida”, protagonizado por Giovanna Grigio, acompanha a jornada de Sofia, uma jovem que teme o amor e, na trama, é levada ao século XIX, época na qual se passam os romances de Austen.

O longa-metragem traz questões como a vida cotidiana da mulher tanto no século dezenove quanto atualmente por meio da determinação da protagonista para diversos assuntos, exceto o amor, tema no qual os únicos romances verdadeiros para Sofia são aqueles do universo de Jane Austen. Além disso, tanto o filme quanto o livro homônimo de Carina Rissi trazem referências especialmente à obra “Orgulho e Preconceito”.

O mais aclamado livro de Austen ganhou diversas versões no audiovisual, sendo a mais recente a versão de 2005, com interpretações de Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis principais, que ilustra a capa da edição bilíngue do livro lançado pela Landmark, a qual já vendeu mais de 150 mil exemplares e teve mais de 12 reimpressões.

“Orgulho e Preconceito” é tido como especial por transcender o preconceito causado pelas falsas primeiras impressões e adentrar na avaliação psicológica dos personagens. Assim, mostrando como o autoconhecimento, ou a falta dele, interfere nos julgamentos feitos com relação às outras pessoas, algo que também pode ser observado no filme “Perdida”. 

Por meio de uma escrita satírica, Austen revela certas posturas de seus personagens em situações cotidianas, nas quais os sentimentos deles devem ser decifrados por quem decide mergulhar na obra, visto que estão nas entrelinhas do texto. A escritora inglesa opta por expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz, transmitindo mensagens complexas com seu estilo espirituoso. 

O assunto principal da obra de Austen é abordado quando a autora menciona que um homem solteiro e afortunado deve ser o desejo de uma esposa. Dessa forma, a escritora faz três referências importantes: declara que o foco da trama são os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum e prepara o leitor para a dinâmica de jovens em busca de pretendentes. 

A partir disso, o romance retrata a relação entre a jovem Elizabeth Bennet (Lizzy) e o nobre Fitzwilliam Darcy na Inglaterra. Dentro disso, Mr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado e Lizzy inclusive desgosta dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. Então, o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, desse modo, retratando a sociedade e o papel contemplado nela pela mulher na época.


A força de Jane Austen na cultura pop

Jane Austen (1775-1817) é considerada uma das maiores figuras da literatura inglesa, ao lado de William Shakespeare, Charles Dickens e Oscar Wilde. Ela representa o exemplo de escritora, cuja vida protegida e recatada em nada reduziu o dramatismo da sua ficção. Nasceu na casa paroquial de Steventon, Inglaterra, onde o pai era sacerdote, vivendo a maior parte do tempo nesta região. 

A fama de Jane Austen perdura através de sete livros principais: Razão e Sensibilidade (1811), Orgulho e Preconceito (1813), Mansfield Park (1814), Emma (1815), Persuasão (1818), Sanditon (1817) e A Abadia de Northanger (1818). Vista como uma das mulheres mais importantes da literatura, Austen já foi referenciada diversas vezes na cultura pop.

Ao menos dez adaptações foram feitas da obra “Orgulho e Preconceito”, desde releituras como a comédia “O Diário de Bridget Jones” (2001) ou a paródia “Orgulho, Preconceito e Zumbis” (2016) até versões mais fiéis a obra original como o filme citado anteriormente lançado em 2005 e a minissérie de seis episódios da BBC intitulada “Orgulho e Preconceito” (1995).

Outra obra bastante adaptada da autora é “Emma”, tendo como mais recente a versão de 2020 estrelada por Anya Taylor-Joy no papel principal. Também existe um paralelo entre Sofia de “Perdida” e a Emma de Jane Austen: a primeira teme o amor e a segunda não desejava se casar no começo da trama. “Emma” possui uma edição bilíngue da Landmark lançada este ano. Obras como Persuasão, Razão e Sensibilidade e Sanditon também já ganharam adaptações sejam como filmes ou séries. 

Além de adaptações, as referências à Austen na cultura pop são inúmeras. “Orgulho e Preconceito” foi até mesmo citado no live-action da Barbie lançado em 27 de julho deste ano e protagonizado por Margot Robbie. 

Austen já foi lembrada também na série "Bridgerton", em "Sex Education" – ambas da Netflix –  e na novela “Orgulho e Paixão” da Globo. Agora, a autora é inspiração para o filme brasileiro. A escritora é tão conhecida que possui seu próprio fandom, nomeado “janeite”, termo cunhado em 1894 no prefácio de uma edição de “Orgulho e Preconceito” por George Saintsbury. 

A edição, bilíngue e em capa dura da Landmark, de diversas obras de Jane Austen podem ser adquiridas aqui: amzn.to/44oaCNk


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quarta-feira, 21 de março de 2018

.: "Orgulho e Paixão" promete ser novelão açucarado, mas no ponto

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2018


Que as narrativas de Jane Austen são apaixonantes e envolventes, isso são. Muito românticas? Sim, mas também revolucionárias para a época -devida a ironia nos perfis das personagens das obras clássicas. Assim, com a nítida intenção de fisgar o público -de modo garantido-, a Rede Globo estreou a novela "Orgulho e Paixão", inspirada nas produções da escritora inglesa -em 20 de março.

Sem tentar impressionar a todo custo, os personagens mostraram maior força, destacando o campo como pano de fundo, assim como em "Sinhá Moça". Em tempo, ficou a impressão de que uma casa grande usada como cenário é a mesma da novela de 2006. Outro ponto suave da trama foi a apresentação dos personagens centrais feita de modo natural. Tudo muito longe das "chuvas de imagens" gravadas e editadas em outros países. 

Uma delicadeza que muito condiz com a belíssima abertura em animação, embalada pela doce voz de Lucy Alves -revelação do The Voice 2013-, é o uso de ilustrações intercalando a troca de ambientes. Um cuidado orgulhosamente apaixonante, de fato!

"Orgulho e Paixão", de cara situa o telespectador de que tudo se passa no "Vale do Café", interior de São Paulo. No campo, Elizabeta (Nathália Dill), inteligente e despreocupada em encontrar o homem perfeito para se casar, fala em alto e bom som que seu anseio é o de conhecer o mundo. Detalhe: a mocinha fala com o cavalo que atende pelo nome de Tornado. Essa atitude não lembra a princesa Bela, da Disney? Bastante!

Gritos da mãe Ofélia (Vera Holtz) e salta a típica narrativa da família cheia de mulheres com uma mãe desesperada para se livrar delas -com marido rico, claro. Os temas casamento e conhecimento serão recorrentes, fatalmente. A própria amiga da protagonista, Emma (Agatha Moreira), um pouco espevitada também se rotula casamenteira. Assim, as características das cinco irmãs da protagonista são apresentadas por meio da descrição da mãe.

Elisabeta é irmã de Jane (Pamela Tomé), a mais bonita das filhas, Cecilia (Ana Julia Dorigon), a doentinha que vive lendo e desconfia que na casa do vizinho ocorreu um crime, o qual ela tem a função de investigar, tal qual Sherlock Holmes -conflito muito interessante para a trama-, Lidia (Bruna Griphão), é toda provocante com os homens e Mariana (Chandelly Braz), que sonha com uma vida mais emocionante.

Além das filhas da mãe com fala caipira que vive numa casinha bem aconchegante, muito similar a do sítio da família de Maria Francisca de "Chocolate com Pimeta", há o rico Darcy (Thiago Lacerda). Homem sisudo, mas de caráter que já se desentendeu com Elisabeta após "brigarem" por uma calça velha numa alfaiataria. Cena muito boa!

Dentre os personagens apresentados, a viúva rainha do café, Julieta (Gabriela Duarte) mostrou uma beleza de encher a tela. Ela, uma mulher forte, em companhia da amiga vilã Suzana (Alessandra Negrini), vivem exclusivamente para os negócios. Entretanto, o amor promete bagunçar o rumo da história de muitas mulheres de "Orgulho e Paixão". Parece que a novela vai ser muito boa. Vamos acompanhar!


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm

domingo, 12 de agosto de 2018

.: #DOM17: “O que aprendi devo ao meu pai e ao Lulu Santos”, diz Léo Maia

Por Helder Moraes Miranda, em agosto de 2018.




.: “O que aprendi como homem devo ao meu pai
e ao Lulu Santos”, 
diz Léo Maia, filho de Tim .:

Herdeiro de um dos maiores nomes da MPB e soul, Leo Maia, filho de Tim, compartilha histórias do pai e aproveita a data comemorativa para agradecer ao cantor Lulu Santos pelo apoio e parceria. “O Lulu foi o cara mais presente na minha vida depois que meu pai se foi. O homem que parou do meu lado e falou: ‘é assim, faz assim, você tem que enxergar as coisas dessa forma’. Eu tinha 19 anos quando Deus levou meu pai e o que eu aprendi como homem devo ao meu pai e ao Lulu Santos”, diz o músico.

Ao falar da própria carreira no meio musical, Leo relembra, em recente entrevista ao programa "Ritmo Brasil", relembrou um dos grandes ensinamentos que recebeu de Tim Maia sobre a profissão, ainda na infância. “Eu comecei na música de forma muito humilde. A primeira aula de música que meu pai me deu foi com uma vassoura para lavar o chão, ele dizia que para virar músico de verdade tinha que ter humildade”.

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.: Lulu Santos lança single e clipe “Orgulho e Preconceito” 
em todas as plataformas digitais :.

Por falar em Lulu Santos, o cantor lançou single e clipe de “Orgulho e Preconceito”, canção  que foi composta pelo artista em homenagem a Clebson Teixeira, seu companheiro, e tem a parceria dos produtores da HEAD Media. Lulu contou parte de sua trajetória no programa "The Voice Brasil", na Rede Globo, quando apresentou a música.

Em versos românticos, o single é uma bela e explícita declaração de amor: “Esta canção é pra você nunca mais ter que sussurrar quando diz que me ama. Pra te libertar de todo julgamento alheio. Pra você poder dizer sem receio: te amo! Só sinto verdade no que ouço, só sinceridade. Não daria certo de outro jeito. Ouça o coração mais que a um preconceito. Pra poder dizer do fundo do peito: Lux, te amo”

Sobre a nova canção, Lulu comenta: “Minhas músicas mais populares são as românticas, não é à toa que sou ‘O último romântico’. E a música ‘Orgulho e Preconceito’ é uma canção simples, direta e sentida, como deve ser o próprio amor”. O videoclipe conta com a direção de Lucas Paixão e produção de Marcelinho Ferraz e Dan Valbusa. 


O cantor segue fazendo shows da turnê “Canta Lulu!”, em parceria com a Universal Music/GTS e a Live Nation. No show, ele mescla suas músicas com as releituras do repertório de Rita Lee, apresentadas em seu último disco, “Baby Baby”. “É muito difícil competir com meu próprio passado, porque é um cânone. São cerca de 25 músicas que não posso deixar de cantar. Por outro lado, eu faço meus espetáculos. Desde abril, estou fazendo esse espetáculo onde oxigeno meu repertório com o dessa diva. É claro que é difícil competir com meu próprio passado, mas eu não sou bobo de fazê-lo”, diz.

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.: Companhia das Letras divulga trecho de 
novo livro de Yuval Noah Harari :.


Para comemorar o Dia dos Pais, a Companhia das Letras divulgou um trecho exclusivo de "21 Lições Para o Século 21", novo livro de Yuval Noah Harari, autor de "Sapiens" e "Homo Deus". O trecho pode ser encaminhado para pais, tios, avós, todos e todas que se interessem pelas grandes questões do mundo atual.

A obra explora as grandes questões do presente e o que pode ser feito para melhorá-lo. Como podemos nos proteger de guerras nucleares, cataclismos ambientais e crises tecnológicas? O que fazer sobre a epidemia de fake news ou a ameaça do terrorismo? O que devemos ensinar aos nossos filhos?

Em "Sapiens", Yuval Noah Harari mostrou de onde viemos; em "Homo Deus", para onde vamos. "21 Lições Para o Século 21" explora o presente e nos conduz por uma fascinante jornada pelos assuntos prementes da atualidade. O novo livro trata sobre o desafio de manter o foco coletivo e individual em face a mudanças frequentes e desconcertantes. Seríamos ainda capazes de entender o mundo que criamos? Lançamento mundial: 30 de agosto. Já em pré-venda.

"Os humanos sempre viveram na era da pós‑verdade. O Homo sapiens é uma espécie da pós‑verdade, cujo poder depende de criar ficções e acreditar nelas. Desde a Idade da Pedra, mitos que se autorreforçavam serviram para unir coletivos humanos. Realmente, o Homo sapiens conquistou esse planeta graças, acima de tudo, à capacidade exclusiva dos humanos de criar e disseminar ficções. Somos os únicos mamíferos capazes de cooperar com vários estranhos porque somente nós somos capazes de inventar narrativas ficcionais, espalhá‑las e convencer milhões de outros a acreditar nelas. Enquanto todos acreditarmos nas mesmas ficções, todos nós obedecemos às mesmas leis e, portanto, cooperamos efetivamente". Confira o trecho completo neste link.


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.: Henrique Fogaça empresta voz à personagem em série da Disney


Com episódios no ar desde o início de julho, a nova temporada de "Mickey: Aventuras Sobre Rodas" contará com um personagem convidado, que aparecerá em episódio especial na série da Disney: o chef Henrique. O personagem é um conceituado chef de cozinha que irá abrir um novo café em Paris, junto com o Pateta. Henrique Fogaça foi o convidado especial para dar voz ao personagem.

Para Fogaça, o universo da dublagem não é uma novidade, mas a participação em uma série com personagens que fizeram parte de sua infância foi especial. "A Disney faz parte do imaginário de todas as pessoas e, por isso, foi muito legal participar da série, principalmente atuando com personagens como o Pluto, que marcou minha infância", comenta. O episódio especial ainda não tem data de veiculação no canal, mas confira fotos da dublagem aqui.

A série é transmitida no canal às segundas-feiras às 20h, e conta com novos episódios toda semana no mesmo horário. A série é protagonizada por Mickey Mouse e seus melhores amigos Minnie, Pateta, Margarida e Donald, com participações especiais de Pluto, Tico e Teco, Clarabela e João Bafo de Onça, entre outros. Mickey e sua turma participam de competições, em seus veículos personalizados, na cidade de Morro Legal e nas pistas de todo o mundo, embarcando em incontáveis aventuras e travessuras. A narrativa da nova série, que combina animação digital com imagens reais, transmite valores relacionados com a amizade, o trabalho em equipe e o espírito esportivo.

Além de Fogaça, a série conta também com participações de personagens surpresas, como a Bia – dublada pela piloto de Stock Car, Bia Figueiredo. Outros corredores como Takuma Sato e Pippa Mann também participaram da equipe de dubladores.

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.: Sociedade Brasileira de Diabetes se manifesta 
contra vídeo do Porta dos Fundos .:

A Sociedade Brasileira de Diabetes se manifestou sobre o vídeo publicado no último dia 9, no canal Porta dos Fundos. Nele, o personagem de um youtuber diz que vai injetar 25 mililitros de insulina no corpo, além de falar um pouco sobre a própria insulina e as possíveis consequências de seu ato. A proposta faz alusão aos vídeos virais do Youtube, que mostram consumos exagerados de diversos alimentos. A SBD encara tal conteúdo como irresponsável e um desserviço à sociedade.

"Na tentativa de criticar outros produtores de conteúdo do youtube, o personagem diz que vai injetar 25 mililitros de insulina no organismo, enaltecendo o uso indiscriminado e totalmente errado do hormônio, além de ridicularizar pessoas com diabetes e profissionais de saúde envolvidos no cuidado do paciente. Longe de ser considerada uma brincadeira, o diabetes é uma doença crônica, que acomete aproximadamente 13 milhões de pessoas no Brasil e cuja desinformação a respeito da condição ainda é grande...", afirmou a instituição, que solicitou ainda a exclusão do vídeo e uma retratação. 

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.: "O Mundo de Beakman" está de volta para 
série nostálgica de três episódios :.


Um dos ícones da cultura pop dos anos 90 retorna pelas mãos da Blizzard Entertainment e seu jogo de cards gratuito, Hearthstone, que acaba de receber uma nova expansão baseada em experimentos malucos.

A série contará com três episódios online protagonizados por Paul Zaloom – retornando ao laboratório que o consagrou como Beakman após mais de 20 anos – e Flávio Dias, seu dublador no Brasil. A série lé uma celebração ao lançamento de “Projeto Cabum”, a mais nova expansão inspirada em ciências de Hearthstone, o renomado jogo de cards digitais gratuito da Blizzard Entertainment.

Fãs do programa original poderão visitar o canal brasileiro de Hearthstone no YouTube e ver a recriação do laboratório de “O Mundo de Beakman” no qual Paul Zaloom, o intérprete original do cientista maluco, conduzirá experimentos inspirados na nova expansão de Hearthstone.

Para garantir uma genuína experiência nostálgica ao público brasileiro, a Blizzard também convidou para este retorno, Flávio Dias, o dublador que interpretou Paul Zaloom em português quando o “Mundo de Beakman” foi ao ar no país. 

O projeto também conta com uma série de surpresas e easter eggs que farão todos os fãs (e aqueles que se tornarão fãs) de Hearthstone aguardarem ansiosamente pelos novos episódios, como uma versão “Hearthstone” da mão de Ney, o câmera misterioso do programa.

O primeiro episódio do retorno de Beakman já está disponível e os demais irão ao ar ao longo das próximas semanas. Lançado na última terça-feira, 7 de agosto, o “Projeto Cabum” é a nova expansão para o aclamado jogo de cards digitais da Blizzard Entertainment, Hearthstone, que pode ser baixado gratuitamente em www.PlayHearthstone.com. Desta vez, os infames e irresponsáveis experimentos de Dr. Cabum foram lançados sobre os jogadores na forma de 135 novos cards, com uma série de novas mecânicas, como os nove Feitiços Lendários ou o terrível poder dos cards Ômega, que podem trazer inacreditáveis recompensas quando se possui 10 cristais de mana.


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.: Documentário registra o chef Claude Troisgros em viagem de moto por cidades à margem do Rio São Francisco

Começaram as filmagens do documentário de longa-metragem que busca retratar o modo sensorial como o chef Claude Troisgros percebe o mundo a sua volta. Isso acontece durante a viagem a bordo de uma moto por um trecho do Rio São Francisco, que vai até Piaçabuçu (Alagoas), na foz, passando por diversas cidades da costa da caatinga.

Claude, que está no Brasil há 40 anos, é considerado um dos grandes nomes da gastronomia internacional e responsável pela criação de uma sólida conexão entre a cozinha tradicional francesa e a brasileira. O documentário traz a percepção de Claude que quase ninguém conhece e junta duas linhas narrativas – a história de Claude (passado) e a viagem (presente). Serão usadas imagens de arquivo, e em paralelo à viagem será possível conhecer um pouco da história de Claude, desde a sua infância em Roane, onde viu de perto o surgimento da Nouvelle Cuisine, até a decisão de se estabelecer no Brasil e assim contribuir para a construção da gastronomia nacional.

O documentário, que terá o nome anunciado em breve, tem direção de Ricardo Pompeu (“The Taste Brasil”, “SOS Salvem o Salão” e “Que Seja Doce”) e é uma produção da Moonshot Pictures, de Roberto d’Avila, que conta com mais de 20 filmes produzidos, entre eles, “Última Parada 174” e “Querida Mamãe”. O apoio é da BMW que cedeu as motos para o percurso feito pelo documentário, totalizando 2000 KM. O longa será filmado em cidades de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Bahia e tem previsão de estreia para 2019.

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.: São Paulo terá oficina gratuita para os amantes de orquídeas .:


Nos dias 25 e 26 de agosto, paulistanos poderão participar gratuitamente da Oficina de Orquídeas, ministrada pelos Orquidófilos Marcos Campacci e Cavalin. Quem participar das oficinas conhecerá um pouquinho mais sobre as plantas pertencentes à Família Orchidaceae, suas características, os principais gêneros e espécies, manuseios e cuidados que se deve ter ao plantá-las. 

Os orquidófilos responsáveis pelo conteúdo também abordarão as técnicas e cuidados básicos para o cultivo das flores, mostrarão as ferramentas e vasos adequados, os tipos de substratos e adubos, e a quantidade de luz necessária para manter as flores lindas.

As palestras ainda trarão dicas de como montar um pequeno orquidário, seja vertical ou horizontal, em ambiente externo ou interno, casa, apartamento ou escritório. A beleza, as cores e seus perfumes, são algumas das vantagens de se ter orquídeas completando a decoração de um cantinho especial.

Além de trazer vida para o dia a dia de seus apreciadores, as orquídeas são excelentes presentes, se adaptam aos mais diferentes locais e podem durar por muitos anos.

As oficinas gratuitas serão realizadas no Shopping Garden Tatuapé, nos dias 25 e 26 de Agosto em dois horários, sábado às 11h e às 15h, e domingo às 11h.  Os cursos serão realizados em paralelo a Exposição de Orquídeas e Bromélias. No Shopping Garden Tatuapé. Inscrição gratuita no email: marketing@shopgarden.com.br ou pelo telefone.

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*Helder Moraes Miranda escreve desde os seis anos e publicou um livro de poemas, "Fuga", aos 17. É bacharel em jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos, pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura, pela USP - Universidade de São Paulo, e graduando em Pedagogia, pela Univesp - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Participou de várias antologias nacionais e internacionais, escreve contos, poemas e romances ainda não publicados. É editor do portal de cultura e entretenimento Resenhando e assina a coluna dominical DOM.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

.: Grace Gianoukas se despede do palco da "Terça Insana"


O show, criado para essa apresentação especial no Teatro J. Safra, terá no seu elenco, Roberto Camargo, Agnes Zuliani, Mila Ribeiro e Grace Gianoukas, diretora e criadora do projeto que está fora dos palcos por estar no elenco da novela "Orgulho e Paixão", no papel de Petúlia. 

Essa apresentação dá indícios de que será a última de Grace Gianoukas no elenco da "Terça Insana", mas ela continuará como diretora, o que já vem fazendo desde o começo do ano no projeto "Arquivo Terça Insana" que reúne um elenco de atores que participaram ou foram influenciados pelo projeto Terça Insana.

Por que o nome de "Terça Insana" em "Arquivo Secreto"? Porque será uma verdadeira operação de detetive para escolher os personagens que irão para o palco nesse show.  

Mila Ribeiro| Roberto Camargo | Agnes Zuliani | Grace Gianoukas

SERVIÇO:
Terça Insana em ARQUIVO SECRETO
Direção: Grace Gianoukas
Dia 28 de julho sábado 21 hrs
Dia 29 de julho domingo 20 hrs
Duração:  90 minutos
Indicação 14 anos

Ingressos
Plateia Premium: R$ 80,00 
Plateia VIP: R$ 60,00 
Mezanino: R$ 40,00 
Mezanino com visão parcial: R$30

Teatro J. Safra
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda - São Paulo - SP
Telefone: (11) 3611-3042
Abertura da Casa: 2 horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro.
Capacidade da casa: 627 lugares
Acessibilidade para deficiente físico

Estacionamento
Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) - R$ 25,00
Horário de Funcionamento da bilheteria
Quartas – 14h às 21h
Quintas, Sextas, Sábados e Domingos – 14h até o horário dos espetáculos
Vendas online: www.teatrojsafra.com.br

Aceita os cartões de débito e crédito: Amex, Dinners, Elo, Mastercard, Visa e Hipercard. 
Não aceita cheques.

FICHA TÉCNICA
Elenco: Grace Gianoukas, Roberto Camargo, Agnes Zuliani e Mila Ribeiro
Direção: Grace Gianoukas
Realização: Terça Insana Produções Artísticas e Manhas e Manias
Direção de Produção: Paulo Marcel
Assistente de Produção: Isadora Lourenço
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação

Sobre Grace Gianoukas

ATRIZ- AUTORA- DIRETORA DE ESPETÁCULOS E CRIADORA DE PROJETOS CULTURAIS

FORMAÇÃO: Artes Cênicas UFRGS - Porto Alegre (1981)

TEATRO:
Dias Felizes - de Samuel Beckett - direção Luis Lopretto - São Paulo (1985)
Nas Gôndolas do Tietê (1985), Tonturas de Verão (1987), SP em Surto (1988)
Carroça Sem Rumo (1989) e Troféu Creme de La Creme (de 1986 a 1992)
O Amigo da Onça - de Chico Caruso, direção Paulo Betti (1987)
O Pequeno Mago - com o Grupo XPTO (1996-1997)
Paraíso – direção de Luciene Adami (1998 a 2000)
Além do Abismo - com o Grupo XPTO (1999)
Sobre o Amor e a Amizade - de Caio Fernando Abreu (2002)
2014 – Espetáculo “ Adios Amigos” – Direção e Criação – Turnê Nacional e SP
2015 – Espetáculo “ Mulheres Insanas” – Direção, Criação e Atuação.
2015 – Espetáculo “ Homens Insanos” – Direção e Criação.
2015/2016 – Espetáculo “ Grace Gianoukas Recebe” -  Direção , Criação e Atuação.
2016 – Espetaculo “ Lili e Cia” – Direção
2017/2018 – Espetáculo “ Hortance, a Velha” – Direção Fred Mayrink.
2017/2018 – “Arquivo Terça Insana” - Direção e Criação – Turnê Nacional e SP

AUTORA, ATRIZ E DIRETORA:
O Pequeno Grande Pônei (1987 -1989)
Não Quero Droga Nenhuma- A Comédia (1990 - 1995)
Terça Insana – Projeto Teatral dedicado á comédia contemporânea (Desde 2001 até o presente momento)

TELEVISÃO:
Chapadão do Bugre – minissérie TV Bandeirantes – Direção de Valter Avancini
(1986)
TV MIX - programa diário de variedades – TV Gazeta - Direção de Fernando
Meirelles (1987)
O Grande Pai - seriado SBT - Direção de Valter Avancini (1988)
Ra-tim-bum - série educativa TV Cultura - Direção de Fernando Meirelles (1989)
Escolinha do Professor Raimundo - TV Globo - Direção de Cininha de Paula
(1993-94)
Sex Appeal - minissérie TV Globo - Direção de Ricardo Wadington (1994)
Castelo Ratimbum - série educativa TV Cultura - Direção de Cao Hamburguer
(1995)
2014 -  Participação na novela “ Chiquititas ( SBT)” – Personagem Benedita
2016 – Integrante do elenco principal da novela “ Haja Coração ( Globo)” – Personagem Teodora
Abdala
2017- Participação na Série da Multishow “ Eu, Ela e  1 milhão de seguidores” de Rafinha Bastos.
2017/2018 – Integrante do Elenco da novela da Globo “ Orgulho e Paixão”
2017/2018 – Direção do projeto “Arquivo Terça Insana” Em cartaz em SP e em turnê nacional.

CINEMA:
A Festa – Direção de Ugo Georgetti (LM)
Flores Impares- Direção de Sung Fai (CM)
Eu não conhecia Tururú – Direção de Florinda Bolkan (LM)
Dossiê Rê Bordosa- Direção de César Cabral (CM de animação stop-motion)

PRÊMIOS:
Troféu Açoriano pelo espetáculo - “O Acre vai à Rússia”
Prêmio Mambembe - Melhor Atriz  no espetáculo “O Pequeno Mago”
Troféu Nelson Rodrigues – Prêmio Referência Nacional
Prêmio Arte qualidade Brasil – Melhor Atriz espetáculo teatral de Comédia

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

.: Entrevista com José Luiz Tahan, idealizador da Tarrafa Literária

“Os escritores me tornam um forte, devo a eles e aos leitores a minha carreira”.

Por Helder Miranda


“Os escritores me tornam um forte, devo a eles e aos leitores a minha carreira”.

Por Helder Miranda


Ele não sabe, mas a primeira lembrança que tenho do livreiro e editor José Luiz Tahan José Luiz Tahan foi quando, eu ainda na adolescência, juntei dinheiro para o primeiro livro novo comprado por mim, os outros, na época vieram de sebos. O livro era “As Pessoas dos Livros”, de Fernanda Young, cuja capa, que se complementa frente e verso havia me conquistado. Tahan pediu o meu e-mail para cadastrar no mailing da extinta (e tradicional) livraria santista “Iporanga”, localizada no coração do Gonzaga, talvez o mais famoso e acolhedor bairro santista.

Acontece que no início dos anos 2000, quando a internet não era tão popularizada, e os adolescentes precisavam esperar até meia-noite para conectar à internet para que os pais pagassem um pulso só pela conexão discada, eu não tinha e-mail. Tive muito tempo depois e respondi qualquer coisa, talvez um e-mail inventado pela vergonha de “ainda” não ter um e-mail.

Depois, nossos caminhos se cruzaram outras vezes. Eu, no curso de jornalismo, e ele à frente da primeira livraria “Realejo”, que ficava na saudosa e aconchegante Faculdade de Filosofia da UniSantos - Universidade Católica de Santos, no campus demolido da Rua Euclides da Cunha, no bairro da Pompéia. E ainda nas reuniões do livro “Claríssima”, de Clara Monforte, quando ele já estava no número 2 da Rua Marechal Deodoro, no coração do Gonzaga. Uma admiração que só cresceu, e que se materializa virtualmente nesta entrevista.

Tahan vive o cotidiano de uma livraria de rua. Nela, atende leitores, publica livros e realiza lançamentos na livraria até um grande festival que celebra e festeja o encontro do leitor com seus escritores preferidos, que começa nesta quarta, nesta quinta, dia 25 de setembro, às 20h, na abertura do Festival Tarrafa Literária 2014, com Jorge Mautner, no Teatro do SESC - Santos. Mais que uma celebração à leitura e à arte, é uma celebração à vida e o que ela pode inspirar, em verso, prosa e paixão.


RESENHANDO - De onde surgiu a sua paixão pelos livros?
JOSÉ LUIZ TAHAN - Da infância. Minha mãe era professora e recebia em casa pacotes de livros amarrados com barbantes. Lia tanto clássicos juvenis como HQ, paixão do meu pai.


RESENHANDO - O que representa a literatura em sua vida?
J.L.T. - Diversão séria. A maneira como consigo enxergar outros mundos, resolver outros dilemas. Aprendizado em tempo real, ininterrupto.


RESENHANDO - Quais são seus autores preferidos?
J.L.T. - Paulo Mendes Campos, Millôr, Ian Mcwean e Pirandello me vieram rápido à cabeça, mas podem ser outros, de acordo com o meu dia e a minha fome.


RESENHANDO - Num universo menor - qual o seu livro preferido e seu personagem favorito?
J.L.T. - Hum, “Nenhum e Cem Mil”, do Pirandello, e o protagonista,  Moscarda. Leia e me fale!


RESENHANDO - Muitas pessoas o conhecem como um livreiro. Mas já chegou a se arriscar, também, como escritor?
J.L.T. - Sou livreiro, mas também ilustrador, editor e cometo algumas crônicas, bissextas, que podem ser lidas no (site) Publishnews. Quem sabe vira um livro?


RESENHANDO - Você lida com a parte operacional de uma editora, que envolve o financeiro, sem dúvida a mais racional. Paralelamente, trata com livros e escritores, que é um mundo mais emocional. Existe alguma contradição nisto?
J.L.T. - Nenhuma. O livro é o encontro da arte com o produto. Somos racionais apaixonados.


RESENHANDO - Desde que se aventurou como livreiro, fez muitas amizades com escritores?
J.L.T. - Os escritores me tornam um forte, devo a eles e aos leitores a minha carreira. Tenho orgulho de ter me tornado amigo de muitos, como o Zuenir Ventura, Xico Sá, a Adriana Falcão, Verissimo, ufa, a lista é longa!


RESENHANDO – Por que “Realejo Livros”?
J.L.T. - Queria um nome romântico. O realejo e seu tocador caminha pelas ruas, espalhando música e sorte. Somos uma livraria de rua, que busca o leitor, e o realejo é um bonito símbolo para mim.


RESENHANDO - E a “Tarrafa Literária”, qual foi o combustível para seguir em frente com este evento?
J.L.T. - A “Tarrafa” é a maturidade do nosso trabalho, que já acumula duas décadas. Nos divertimos seriamente,  e o evento cresce ano a ano.


RESENHANDO - O que faz para trazer grandes escritores para Santos?
J.L.T. - O meu sogro tinha uma frase: “Você pensa que o Diabo é sábio? Não! Ele só viveu muito!”. Brincadeiras à parte, trabalhamos muito, sem solenidade,  e os resultados vão aparecendo.  Acho que ser livreiro me ajuda muito,  e a cidade também,  Santos é especial.


RESENHANDO - Qual seria, dentro da Tarrafa Literária, o painel de seus sonhos , com os participantes de seus sonhos, entre escritores vivos e mortos?
J.L.T. - Nelson Rodrigues e Ariano Suassuna? Philip Roth e Patricia Highsmith? Nick Hornby e JK Rowling? João Guimarães Rosa e James Joyce? Entre vivos e mortos são muitos!

quinta-feira, 26 de abril de 2018

.: Prorrogada a temporada no Teatro Itália do Arquivo Terça Insana

O "Arquivo Terça Insana" reúne um elenco de atores que participaram ou foram influenciados pelo projeto Terça Insana, seja como elenco fixo, convidado ou que ainda não pisou em seu palco, e o farão pela primeira vez.

Uma das Atrizes que está debutando pela primeira vez em nosso palco é Valéria Houston, que em janeiro deste ano fez uma participação especial com a Terça Insana Verão, show criado especialmente para o Festival Porto Verão Alegre, em Porto Alegre-RS. Ela que abriu os shows da Katy Parry no Brasil recentemente, fará um número musical ao lado de Roberto Camargo e sua Gal, Robertinho que além de Gal trará um personagem surpresa para essa apresentação. 

Agnes Zuliani traz para esse show uma reflexão bem humorada de como é FICAR VELHA e também uma surpresa.

Mila Ribeiro que faz uma das caracterizações mais que perfeita da nossa ex presidenta Dilma Rousseff, personagem que ela criou no show Politicamente ou Correto na Terça Insana e hoje todos podem conferir, não só no nosso palco como também no programa MULTITOM, do Multishow, e sim a sua Dilma estará presente e mais um personagem surpresa.

Estamos cheios de surpresas este mês, tanto que nas terças poderá haver convidados, adivinhem, surpresa. 

Falando em ineditismo, esta será a primeira vez que a atriz Grace Gianoukas, diretora e criadora do Projeto Terça Insana, não estará no palco, mas assina a direção e faz uma participação inusitada em vídeo. O motivo de sua ausência que, após ter vivido Teodora Abdalla, hoje ela é Petúlia personagem da novela “Orgulho e Paixão”, de  Marcos Bernstein, no horário das 18h na Globo.


Enquanto Grace Gianoukas grava a nova novela das 6, na Globo,
Abrimos nosso arquivo.
  
Elenco:
Agnes Zuliani
Atriz, professora, dubladora, tradutora e produtora. Bacharel e Licenciada em História pela Universidade de São Paulo; Formada em Interpretação Teatral pelo Lee Strasberg Theatre Institute em Nova York; Indicada ao Prêmio Shell de melhor atriz em 1995 por sua interpretação em “Boa Noite, Mãe”. Professora de Interpretação Teatral e Contexto Histórico. Ministra também Oficinas de Comédia em São Paulo como estudiosa em Stand Up Comedy. Produziu durante três anos o Festival FLA/BRA (Florida Brasil), em Miami. Atualmente integra o elenco do projeto Terça Insana
  
Roberto Camargo
Nascido em 25/04/63 Formado em: Bacharelado em Artes Cênicas – Habilitação em Direção Teatral, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1989. Em 1990/91estudou na École Nationale du Cirque Annie Fratellini, em Paris, França. Em1991 cursou o estagio L’Incroyable Legerete du Corps, no Studio Monika Pagneux, Paris, França.
Em 1995 cursou Imagens no Papel, Introdução ao Roteiro de Cinema e Televisão. Com Jorge Furtado, Giba Assis Brasil e Carlos Gerbase, na Casa de Cinema de Porto Alegre, RS. Em 2014 participou do Workshop de Dramaturgia, com Jô Bilac. Radicado em São Paulo desde 1996, integrou o Grupo XPTO, dirigido por Osvaldo Gabrieli, atuando nos espetáculos: ✓ O Pequeno Mago, 1996. ✓ Buster, o Enigma do Minotauro, 1998. ✓ Além do Abismo, 1999. ✓ A Tempestade, 2002.
Participou,de 2001 a 2009, como ator e autor, do espetáculo TERÇA INSANA, de Grace
Gianoukas, onde atuou como Mestre de Cerimônias e criou mais de trinta personagens. Alguns de seus personagens podem ser vistos nos dois DVDs lançados pelo grupo: Terça Insana e Ventilador de Alegria. Dirigiu o espetáculo As Filhas de Lear, do Grupo Lê Plat du Jour, em 1999. E os shows: Viva a Diferença, de Laura Finochiaro, em 2001. Disco Clubbing, de Edson Cordeiro, em 1999. Em 2005 participou da novela Como Uma Onda e do humorístico Sob Nova Direção, ambos da Rede Globo. Em 2010 participou do telefilme Segundo Movimento para Piano & Costura, direção de Marco Aurélio Del Fiol, para a TV Cultura de SP. Em 2012/13 participou como ator dos espetáculos: -Vilcabamba, de Alexandra Golik -Cabarecht,recital com canções de Brecht e Kurt Weill, com direção musical de Cida Moreira. -Homens Insanos, roteiro e direção de Grace Gianoukas. Em 2014 atuou nos filmes Que Horas Ela Volta e Mãe Só Há Uma, ambos de Anna Muylaert. Desde 2009 criou e alimenta o Blog do Roberto Camargo, no qual posta textos de ficção, humor,
memórias, opinião, viagens, dicas de livros, filmes e espetáculos.

Mila Ribeiro
Nasceu no dia 30  de setembro, em Santos, fez Royal Academy of Dancing,  dos 7 aos 17  anos, estudou no Colégio Stella Maris, e aos 18 anos prestou vestibular para a Escola de Arte Dramática, Eca, Usp, onde trabalhou com Gianni Ratto, Naum Alves de Souza, em 1995, sua primeira peça profissional foi Angels in America, com direção de Yacov Hillel, depois trabalhou com os diretores Naum Alves de Souza, Ruy Cortez, Alexandre Stockler, Cibele Forjaz, Vadim Nikitin. Fez filmes publicitários para UOL, Raid, Caixa Econômica, Santista Alimentos, Banco do Brasil. Em 2002, foi atriz convidada de A Diarista, na TV Globo, com direção de Jose Alvarenga, Retrato Falado, com direção de Luis Vilaça, e em 2005, participação na novela Belíssima, direção de Denise Sarraceni, 2008, atuou na novela Agua na Boca, TV Bandeirantes, e em 2010, Uma Rosa com Amor, no SBT, com direção de Del Rangel. Em 2010, ingressou no projeto Terça Insana, com direção de Grace Giannoukas, viajando o país, e participando de eventos com clientes como Natura, Microsoft, HP, Mercedes Benz ,IBGM, Norton, etc.
Em 2013, com apoio da Porto Seguro, estreou Edifício Shantung, de sua autoria no Teatro Itália, com a personagem Marly, a síndica, consagrada na Terça Insana. Atualmente está em cartaz com Operação Trem Bala, com texto e direção de Naum Alves de Souza.
2014 Operação Trem Bala,com texto e direção de Naum Alves de Souza.
Que mostro te mordeu,TV Cultura, direção Cao Hamburguer
2015 programa Chapa Quente, direção Flavia Lacerda.
Até que a sorte nos separe3 direção Roberto Santucci.
Mundo Cão direção Marcus Jorge.
2016 Chapa Quente, direção Flavia Lacerda
Multitom, no Multishow, direção Caetano Caruso

VALÉRIA HOUSTON 
Hoje conhecida do público carioca por se apresentar desde de 2016 no Galeria Café, em Ipanema, tendo tido parcerias em seus shows como Simone Mazzer, Filipe Catto, Maria Gadú, LanLahn, Nanda Costa, Não Recomendados, Patrica Mellodi, Zéu Britto, Cláudio Lins, Lucio Mauro Filho e Silvero Pereira, entre outros, Valéria tem uma longa jornada e uma grande história como cantora e ativista social.
Quem assiste aos seus shows irreverentes e descontraídos consegue perceber a força da artista. Nessa nova fase traz consigo orgulho do passado e o olhar atento e focado nos próximos passos da carreira. Recentemente formando sua equipe de produção, ela lançará em breve, em dezembro, dia 17, seu aniversário, o single “Esmalte Velho”. Uma canção animada, solar, a cara do verão e do Brasil, na onda do melhor carimbó, vinda lá do Piauí pelas mãos de Patrícia Mellodi e Alexandre Rabello, composta por uma trans piauiense, Benício Bem. Sim, negra, trans, gaúcha, cantando carimbo, pois em tempos de segregação o que Valéria e sua equipe mais querem é unir todos em uma única voz - a do empoderamento, do amor!


SERVIÇO:
Arquivo Terça Insana
Direção: Grace Gianoukas
Temporada: todas as terças-feiras, de 03 a 24 de Abril
de 2018, sempre às 21h.
Duração:  60 minutos
Indicação 14 anos
Ingressos: Inteira: R$ 70; meia-entrada: R$ 35
Onde comprar:

Teatro Itália
Avenida Ipiranga, 344 – Edifício Itália - Metro República, SP
Bilheteria: (11) 3255 1979
Vendas pela internet: www.compreingressos.com
Venda por telefone: 11 – 2122.2474 

Horários de funcionamento da bilheteria: 
Segunda: fechado
Terça à domingo: das 15h até o início do espetáculo. 
*no dia em que não houver espetáculo a bilheteria funciona
Até as 19 h.


Ficha técnica
Produção: Terça Insana Produções Artísticas
Direção de Produção :Paulo Marcel
Assistente de Produção: Isadora Lourenço
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

.: Tudo sobre "Nos Tempos do Imperador", volta da Família Imperial

Marcando uma semana para a estreia de ‘Nos Tempos do Imperador’, conheça a trama e os personagens da nova novela das seis.  Foto: João Miguel Júnior


Mais de 30 anos se passaram após a Proclamação da Independência. O país em construção, ainda na formação de um Império, deu lugar a um Brasil em busca de identidade e progresso. O ano é 1856, e Dom Pedro II (Selton Mello), o líder que persegue esses ideais. Garantir a integração da nação e ampliar os horizontes do povo, investindo na educação, seriam as chaves para o futuro, na sua visão. ‘Nos Tempos do Imperador’, a próxima novela das seis, que estreia no dia 9 de agosto, é a primeira novela totalmente inédita desde o início da pandemia do coronavírus. A obra, ambientada no Rio de Janeiro, mostra personagens que, assim como Dom Pedro II, são movidos por grandes causas. Ao lutarem por suas paixões, acabam impactando toda a sociedade. 

Nesse contexto, o público vai acompanhar a saga do casal Pilar (Gabriela Medvedovski) e Jorge/Samuel (Michel Gomes). Ambos travam batalhas pessoais para mudar seus destinos. Ela quer ser médica, mas vive em uma sociedade que não aceita que mulheres estudem. Ele quer viver em uma cultura mais igualitária, pois é negro e perseguido diante de sua condição de ex-escravizado. Suas trajetórias se cruzam com as dos personagens históricos Imperador Dom Pedro II, a Imperatriz Teresa Cristina (Leticia Sabatella) e Luísa, a Condessa de Barral (Mariana Ximenes). 

A trama, escrita e criada por Alessandro Marson e Thereza Falcão, e com direção artística de Vinícius Coimbra, é uma história de amor e esperança, com elementos históricos, que remetem aos dias atuais. “Vamos trazer uma mensagem de responsabilidade com o país. Dom Pedro II tinha muito essa noção. Olhava para o Brasil e pensava o que poderia fazer para melhorar. Era muito bem formado, sabia o valor da ciência, da educação. Era um abolicionista, com um olhar para o Brasil muito responsável e interessante. A novela vai passar isso para as pessoas”, ressalta o diretor artístico, Vinícius Coimbra. 

Para o autor Alessandro Marson, a novela traz a mensagem de que é possível promover ações positivas e usar o poder para o bem. “Vamos falar sobre a importância de pensar no coletivo e não no desejo individual. É tão rico isso! Você estar em um lugar de poder e conseguir usar isso para o bem”, destaca. Já a autora Thereza Falcão reforça que a novela vai inspirar com personagens corajosos, destemidos, que lutam por seus sonhos e defendem suas escolhas: “Somos donos da nossa história. Vamos mostrar o quanto a luta pessoal de cada um atinge a todos que estão à volta e gera transformações”. 

Da mesma equipe de criadores da novela ‘Novo Mundo’, exibida pela Globo em 2017 e reprisada em 2020, que retratou um país nascendo, com a chegada da família real portuguesa, ‘Nos Tempos do Imperador’ agora aborda um Brasil já sólido, com um Imperador brasileiro, educado neste país, que vai colocar todo o seu conhecimento a serviço da pátria. 

 

O Imperador do povo 

Dom Pedro II (Selton Mello) precisou assumir cedo a responsabilidade com a política. Com apenas cinco anos, dois dias após a volta de seu pai, Dom Pedro I, para Portugal, com o intuito de disputar a coroa portuguesa, tornou-se Imperador do Brasil, sob regência. A mãe, Leopoldina, morreu quando Pedro tinha um ano, e sua educação foi conduzida por preceptores. Teve sólida formação, muito focada em alta cultura, ciência e tecnologia. A administração do Brasil ficou a cargo de regentes, até que, aos quatorze anos, com a Lei da Maioridade, foi declarado apto a assumir a coroa. 

Muito jovem e sem os pais presentes, precisou amadurecer rápido e aprendeu que, antes de pensar em si mesmo, deveria colocar o país à frente dos seus sonhos. Na Corte, ficou conhecido como o Imperador viajante, pois buscou percorrer o extenso território brasileiro, de forma a manter a unificação do Brasil. 

Casou-se por procuração com Teresa Cristina (Leticia Sabatella), fruto de um acordo político com a Casa Dinástica Europeia de Bourbon, visando garantir a sucessão ao trono, e só a conheceu depois. No entanto, aprendeu com ela os valores do casamento, da amizade e da família. Juntos, são pais de Leopoldina (Melissa Nóbrega/ Bruna Griphao) e Isabel (Any Maia/ Giulia Gayoso), lutam por um país mais justo, igualitário, com oportunidades na educação e nas artes para toda a população, mas enfrentam um caminho cheio de obstáculos. 

Em uma de suas viagens com a Imperatriz pelo Brasil, recebe a visita de Solano López (Roberto Birindelli), comandante das tropas do Paraguai, que invade o Brasil sem anunciar, e pede a mão da princesa Isabel em casamento. O objetivo é selar um acordo entre Paraguai e Brasil contra a Argentina e o Uruguai. O encontro assusta o Imperador, que logo decide voltar ao Rio de Janeiro para pedir o apoio do Congresso na formação de um exército, já que sentiu a ameaça nas palavras de Solano ao negar seu pedido, e teme um possível ataque ao Brasil. 

Além disso, precisa preparar as filhas para assumirem suas responsabilidades como membros da família real. Para ajudar na formação delas, convida Luísa (Mariana Ximenes), a Condessa de Barral, para ser a preceptora das meninas. Ele precisava de uma pessoa capaz de passar todas as noções de etiqueta, educação, assim como um conhecimento vasto do mundo às meninas, e recebeu a indicação da Condessa por meio de sua irmã, Francisca, que a conheceu na Europa. A Condessa é um grande exemplo de mulher, preparada para a função: é moderna, educada no exterior, domina diversos assuntos e sabe muito bem aonde quer chegar. Bem relacionada, é capaz de dominar qualquer assunto, além de ter tido acesso a um mundo que Dom Pedro II não teve a oportunidade de conhecer por toda sua responsabilidade com o Brasil. Ao conhecê-la, o Imperador se vê arrebatado por sua força e beleza.

 

O sonho de Pilar 

Se a Condessa de Barral será um exemplo de atitude revolucionária na Corte, a trama também traz uma personagem com esse vigor entre as cidadãs comuns da época. A jovem Pilar (Gabriela Medvedovski) enfrenta, desde pequena, o peso de ser uma mulher do século XIX. Determinada, tenta convencer o pai Eudoro (José Dumont), fazendeiro e coronel da Bahia, a deixá-la estudar. Viúvo, ele criou sozinho ela e a irmã, Dolores (Júlia Freitas/ Daphne Bozaski).

Pilar passou anos em um convento, onde estudou e teve ainda mais a certeza de que queria ir em busca do sonho de se tornar médica, um objetivo quase impossível na época, visto que as mulheres eram proibidas de ingressar nas faculdades. Enquanto isso, a irmã Dolores sofreu com sua ausência, mas sempre pode contar com o seu amor.

Quando as meninas ainda eram bem pequenas, Eudoro prometeu casar Pilar com Tonico (Alexandre Nero), futuro candidato a Deputado pela Bahia, filho de seu compadre, coronel Ambrósio (Roberto Bomfim). A união seria vantajosa para ambas as famílias, pois permitiria aumentar o número de terras na região e somar forças, visando os interesses pessoais dos coronéis.

A ideia era que o casamento acontecesse quando os dois estivessem mais velhos, para o desespero de Pilar. Ciente da chegada de Tonico para o casamento e da ameaça de perder sua liberdade, ela revela à irmã seu plano de fugir em busca de seu maior sonho. Pilar quer chegar à Faculdade de Salvador para tentar convencer a banca de que é apta a cursar Medicina como outros homens da sua idade. 

 

A chegada de Tonico 

E, para impedir que Pilar consiga atingir seu objetivo, o personagem Tonico não medirá esforços. Ele conheceu Dom Pedro II quando ainda eram crianças. Na ocasião, agrediu o Imperador e foi expulso da Corte por desrespeitá-lo. Com raiva da atitude do filho e por perder regalias no governo, o coronel Ambrósio (Roberto Bomfim) mandou o menino para Pernambuco, onde passou anos estudando e se formou em Direito. Seu colega de turma e único amigo é Nélio (João Pedro Zappa), filho de João Batista (Ernani Moraes) e Lota (Paula Cohen), e irmão de Bernardo (Gabriel Fuentes), que vivem em Pindamonhangaba, mas sonham com títulos de nobreza. 

Tonico viveu sem a presença materna e distante do pai. Ao longo dos anos, carregou um sentimento de inveja por Dom Pedro II e sempre usou Nélio para se dar bem, inclusive nos estudos. Ainda acredita que um dia tomará o lugar de Dom Pedro II e se tornará o Imperador do Brasil, como se isso fosse possível. Ao chegar à fazenda da família, depois de anos em Recife, Tonico se depara com o pai morto, fato que o desestrutura e muda seus planos. Ele passa a dedicar toda a sua energia para ir atrás do homem acusado de matar seu pai – sem saber que se trata do seu irmão bastardo, Jorge (Michel Gomes). Isso, somado aos objetivos de se tornar Deputado pela Bahia e de se casar com Pilar (Gabriela Medvedovski) guiarão suas atitudes e artimanhas ao longo da trama.

 

A luta de Jorge/ Samuel

Filho bastardo do coronel Ambrósio (Roberto Bomfim) com uma mulher escravizada, Jorge (Michel Gomes) luta para se tornar livre, como a maioria dos negros que vive na mesma situação. Ele foi escravizado pelo próprio pai durante um tempo e vendido depois, o que provocou a separação de sua irmã. Mas o desejo de reencontrar a jovem nunca ficou para trás, e ele decide procurar o pai para cobrar notícias dela. Recebe a informação de que ela foi vendida para um mercador no Rio de Janeiro. No entanto, durante a discussão com o coronel, uma tragédia acontece, e ele é acusado de um crime que não cometeu. 

Decidido a ir em busca da irmã na Corte e para salvar sua própria vida, foge com a roupa do corpo. No caminho, é atingido por tiros dos jagunços que o perseguiam e nem imagina que atrás dele está o seu irmão Tonico (Alexandre Nero), filho legítimo de Ambrósio, que acaba de chegar à Bahia. Mas o destino está a favor dele. Ferido e muito fraco, recebe a ajuda de Pilar (Gabriela Medvedovski), que seguia a caminho de Salvador. 

 

O encontro de Pilar e Jorge/ Samuel 

Pilar aprendeu sobre primeiros socorros quando esteve no convento e consegue dar uma assistência determinante, que salva a vida de Jorge (Michel Gomes). No encontro, surge um interesse imediato de um pelo outro. Mas é preciso seguir viagem. Pilar, apesar de resistir aos encantos do jovem, se preocupa com o estado de saúde dele. É neste momento de angústia que aparece a Condessa de Barral na mesma estrada, a quem Pilar suplica ajuda ao rapaz. 

A Condessa e Pilar se conhecem do Recôncavo Baiano, onde suas famílias possuem terras. Na base da confiança estabelecida entre as duas, Luísa prontamente atende ao pedido da jovem, levando Jorge para sua fazenda. Diante da realidade da escravidão e para a segurança de Jorge, ela precisa dar a ele uma nova identidade. Com isso, através de um documento entregue pela Condessa, ele passa a se chamar Samuel e se torna um homem livre.  

 

A força da Condessa de Barral

Luísa está na Bahia com o marido Eugênio (Thierry Tremouroux) e o filho Dominique (Thor Becker) para o enterro de seu pai, Dom Domingo. Dono de uma fazenda na região, ele era conhecido por abrigar negros escravizados fugitivos e por dar alforria aos seus. A Condessa tinha em seu pai um exemplo de homem e estava dedicada a cuidar de sua saúde. Sua morte chamou a atenção dos coronéis vizinhos, interessados em comprar as terras que Luísa herdou. Firme, ela nega as propostas e mantém o legado de Dom Domingo, tomando as rédeas da administração da propriedade.  

Ainda em casa, recebe a carta do Imperador Dom Pedro II a convidando para ser preceptora de suas filhas, as princesas Isabel (Any Maia/ Giulia Gayoso) e Leopoldina (Melissa Nóbrega/ Bruna Griphao). Cheia de orgulho, se honra com o convite e começa a preparar a mudança da família para a Corte. Jorge/ Samuel (Michel Gomes), com quem Luísa desenvolve uma cumplicidade durante a estadia em sua residência, é convidado para a viagem rumo ao Rio de Janeiro, onde tentará localizar a irmã e recomeçar a vida, longe das perseguições de Tonico (Alexandre Nero). 

 

A fuga de Pilar

Pilar consegue chegar à faculdade, mas seus planos são interrompidos por seu pai. Eudoro vai atrás da filha em Salvador e a leva arrastada de volta para casa. Mas ela não desiste e arma uma nova fuga para o dia do casamento.  No momento da cerimônia, foge sem deixar pistas, mas não impede a ira de Tonico, que, ao perceber que foi deixado sozinho no altar, é possuído por um desejo de vingança. Com isso, Eudoro precisa dar conta da dívida moral com Tonico, uma vez que o negócio do casamento não se concretizou. Ele afirma não querer mais Pilar como noiva e, em troca, pede a mão de Dolores, que ainda é uma criança, em casamento.

 

A chegada da Condessa à Corte e o encontro com Dom Pedro II

Luísa (Mariana Ximenes) segue viagem com Jorge/ Samuel (Michel Gomes) e a família. Já instalada com a família em sua nova casa na Corte, ela oferece uma quantia em dinheiro para que Samuel possa começar a vida na cidade. Em seguida, a Condessa vai até a Quinta se apresentar para Dom Pedro II. Ao lado de Eugênio, conhece a Imperatriz Teresa Cristina (Leticia Sabatella) e as filhas dos Imperadores, suas futuras alunas. Ao ficar frente a frente com a Condessa, Dom Pedro II é tomado por um encantamento diante da forte presença da preceptora. Sua beleza, atitude, elegância e inteligência chamam a atenção de todos e mexe com os desejos mais profundos do Imperador. Teresa percebe o comportamento do marido, mas, em nome da família, mantém a discrição e observa a aproximação dos dois.  

 

A vida de Jorge/ Samuel no Rio de Janeiro e a acolhida na Pequena África

Samuel consegue se adaptar bem no Rio de Janeiro e promete pagar sua dívida com a Condessa de Barral assim que começar a trabalhar. No entanto, vive o preconceito por ser negro. A escravidão ainda era uma realidade muito latente na época: muitos negros passavam por maus tratos e, para a maioria, a única chance de sobrevivência era a fuga, mesmo que arriscada. Se não bastasse isso, Samuel sofre ainda com a patrulha exagerada do policial Borges (Danilo Dal Farra), com quem tem um mal-entendido logo nos primeiros dias. A abordagem ríspida é presenciada por Dom Olu (Rogério Brito), considerado o Rei da Pequena África, reduto dos negros livres na cidade à época. Muito respeitado por Dom Pedro II, ele interfere na discussão e afirma que Jorge é um dos moradores do local. Diante disso, o policial o solta, mas não vai desistir de prejudicá-lo. 

A partir desse momento, Dom Olu apresenta a Pequena África ao mais novo cidadão do Rio de Janeiro. Vivendo nos Zungús, moradias coletivas, os negros libertos ou fugitivos que precisavam de proteção se ajudavam e mantinham os costumes, como a fabricação do angu, que era vendido aos escravizados da cidade, e os cultos religiosos. Lá também fica localizado o Cais do Valongo, por onde chegavam os navios com os negros vindos da África, e depósitos movimentados por causa do café, que empregavam a maior parte dos homens. Assim que Jorge/ Samuel revela tudo sobre seu passado, inclusive a mudança de identidade, Dom Olu faz o convite para que ele more no local com sua família: a esposa Cândida (Dani Ornellas) e a filha, Zayla (Alana Cabral/ Heslaine Vieira).

Além de conseguir um lugar para abrigá-lo, eles ainda lhe arranjam um trabalho como entregador, ajudando a vizinha Abena (Mary Sheyla), que é lavadeira e esposa de Balthazar (Alan Rocha), seu mais novo amigo. Nas andanças pela cidade, Jorge/ Samuel encontra uma viola e decide consertá-la. Com um talento nato e autodidata para a música, faz uma parceria com Balthazar e, juntos, começam a ganhar dinheiro com a arte. 

 

O reencontro de Pilar e Jorge/ Samuel

Já com dinheiro suficiente para pagar o que deve à Condessa, Jorge/ Samuel decide procurá-la para agradecer por sua liberdade e contar as novidades. Durante a visita, enquanto aguarda Luísa (Mariana Ximenes), atende a um chamado na porta: é Pilar, para a surpresa de ambos. A emoção dos dois é recíproca, e o destino dá uma nova chance a eles. Dessa vez, não irão desperdiçar. 

Pilar está chegando da Bahia, de onde fugiu mais uma vez das garras do pai, e busca o apoio de Luísa, que tem proximidade com Dom Pedro II, para conseguir uma bolsa de estudos. No encontro, além desse pedido, ela e Samuel revelam à Condessa como se conheceram e se apaixonaram. Luísa fica feliz com a coincidência e acolhe Pilar em sua casa. Luísa promete ajudar a jovem e apoia o relacionamento do casal.

Não demora muito, e a Condessa apresenta Pilar e Jorge/Samuel ao Imperador. Após o encontro decisivo, Dom Pedro II, comovido, lutará de todas as formas para ajudar os dois na realização dos seus sonhos, o que fará igualmente pelo Brasil. Já Pilar e Samuel, movidos pela paixão que nutrem um pelo outro, também têm o desejo de fazer a diferença na vida das pessoas, vencendo as barreiras impostas às mulheres e aos negros naquela época. 

 

A vingança de Tonico e a separação de Pilar e Jorge / Samuel

Enquanto Pilar e Jorge/ Samuel vivem uma vida tranquila no Rio de Janeiro, Tonico segue com o desejo de vingança. Cada vez mais próximo de Dolores (Júlia Freitas/ Daphne Bozaski), ele acaba descobrindo que Pilar está namorando Jorge e prepara uma armadilha para separar o casal. Já candidato eleito pela Bahia, convida a futura família – Eudoro e sua noiva –para ir com ele até a Corte assistir à cerimônia de posse. Na ocasião, faz com que Dolores minta à irmã que Jorge/ Samuel tem um caso com Luísa (Mariana Ximenes), provocando o ciúme de Pilar, o que culminará na separação do casal.

Mesmo diante de um pedido de casamento de Jorge/ Samuel, ela acredita na revelação de Dolores e opta por aceitar o convite de Dom Pedro II para estudar Medicina nos Estados Unidos, com direito a uma bolsa. O jovem fica arrasado com a decisão da amada e decide tomar outro rumo na vida. Abandona a música, pede a ajuda do Imperador e vai estudar para se tornar Engenheiro e ser aceito na sociedade. 

 

Cenografia retrata a Corte e o Brasil da segunda metade do século XIX

Com ambientes que retratam o Brasil da segunda metade do século XIX, ‘Nos Tempos do Imperador’ mantem alguns dos cenários utilizados na novela ‘Novo Mundo’, mas que sofreram as ações do tempo, como o Palácio da Quinta. O cenógrafo Paulo Renato, que também assinou a cenografia da primeira trama, é o responsável pelo trabalho, ao lado de Paula Salles. Nesta nova empreitada, eles têm o desafio de ultrapassar as três décadas que separam as duas novelas. Para isso, criaram novos ambientes para retratar os avanços do Brasil. 

Com uma área de 8,2 mil metros quadrados nos Estúdios Globo, a cidade cenográfica da novela vai reproduzir as regiões cariocas da Rua do Ouvidor, da Pequena África, interligada com o Cais do Valongo, além do Passeio Público e a orla, que foi urbanizada e passou a ser frequentada na época. A cidade foi separada em dois espaços muito distintos visualmente: o novo, urbanizado, comercial; e o da Pequena África, empobrecido, envelhecido, antigo e colonial. O primeiro é o que Dom Pedro II gostaria de traçar para o Brasil; o segundo, representa a realidade que vinha se perpetuando. 

Na trama, a estrutura urbana é ladeada por calçadas ainda de pedra e caixa coletora do esgoto pluvial e doméstico. Nesse período, com o processo de modernização, há fornecimento de gás para a iluminação da cidade, ainda que restrito a alguns pontos, como o Passeio Público e a Rua do Ouvidor. A época é marcada pelo início das edificações grandes e, por isso, na Rua do Ouvidor há construções de três andares, com uso misto: comércio embaixo e residência em cima, com dimensão bem próxima do real e reprodução das imperfeições encontradas nas referências. “Às vezes, beiram à desarmonia, mas tentamos traduzir isso e trazer como o registro de uma época”, reforça o cenógrafo.

A Pequena África é o núcleo culturalmente rico. “Estamos fugindo da imagem simples do negro escravizado, porque a diversidade da cultura negra nesse período da cidade era imensa. Poetas, advogados, uma pequena parcela que frequentou faculdade e teve espaço na sociedade viviam na região. As pessoas que circulavam na rua tinham uma identidade cultural muito forte, com origens em diversos locais da África”, conta o cenógrafo. Na região, o cenário está caracterizado com uma pintura mais degradada, com pouca manutenção. As construções têm muitos cômodos para uso multifamiliar, semelhantes a algumas visitadas pela equipe, com lotes compridos e coloniais. Nos cenários do núcleo, haverá poucos utensílios, pois os moradores da região não tinham quase nada. No entanto, os detalhes da arte mostram a riqueza da cultura africana. “A ancestralidade vai estar nos objetos, no altar, na religião”, enumera a produtora de arte Flávia Cristófaro. Ela destaca como curiosidade deste núcleo o trabalho do artista plástico de Pernambuco Luis Benício, convidado para ser o ghost sculpture que desenvolveu as máscaras em madeira de Dom Olu (Rogério Brito).

A novela vai contar também com cenários grandiosos, que ocupam boa parte do estúdio, como o Palácio da Quinta, onde Dom Pedro II vivia com a família, que ganha uma nova roupagem. No Segundo Império há bastante alteração, e o palácio fica mais sóbrio, pois passou por reformas ao longo dos anos, desde quando Dom João VI o encontrou. “Atendemos à mesma estrutura familiar, em um processo de passagem de tempo. Estou levando a cabo a construção da mesma estrutura do cenário com outra interpretação, roupagem, forração, cortina e cor”, diz Paulo. 

Na Quinta, há uma austeridade, como em ‘Novo Mundo’, mas dessa vez mais arrojada, pela seriedade e erudição de Dom Pedro II (Selton Mello), que achava um absurdo gastar dinheiro à toa. Nos utensílios de uso da família, predomina a prataria gasta. “Tudo que compro é sempre direcionado a mostrar a austeridade do Imperador. As peças em prata, por exemplo, não são limpas, para manterem um tom escurecido”, ressalta Flávia.

Dom Pedro II e Teresa Cristina tinham um acervo próprio dentro do palácio. Para reproduzir as peças, que até setembro de 2018 podiam ser vistas no Museu Nacional do Rio de Janeiro, que incendiou, foram realizadas pesquisas através de documentos da Biblioteca Nacional, onde estão as descrições do museu. Muitos objetos foram reproduzidos na fábrica de cenários dos Estúdios Globo. “Alugamos algumas peças, mas 70% do material foi produzido nos Estúdios”, conta Flávia.

A produtora de arte explica ainda que não houve alteração no número de itens do cenário, mas que a forma de gravar tem sido um pouco diferente em virtude da pandemia. “Seguimos todos os protocolos de segurança, mas sem perder a essência da nossa trama. Em cena, às vezes, alguns objetos como livros, cartas ou mapas passariam pelas mãos de vários personagens. Mantivemos essas cenas, mas mudamos a forma de gravá-las: fazemos com um personagem do elenco por vez e, a cada troca de mãos daquele item, fazemos todo o processo de higienização. Isso torna o processo mais demorado, claro, mas não perdemos em nada ao retratar o que queremos”, explica. 

No cenário da Condessa de Barral (Mariana Ximenes), um palacete, a nobreza é misturada com simplicidade, para dar o ar de aproximação. “Ela recebe Pilar (Gabriela Medvedovski) e Samuel (Michel Gomes) em sua casa, sem preconceito, e isso a torna uma pessoa muito humana. Temos que conseguir mostrar luxo sem ostentação, refinamento e humanidade”, contextualiza Paulo. A personagem monta a decoração a partir da necessidade da mudança, com seus hábitos e gostos de nobreza clássica. Segundo a pesquisa feita pela equipe, a Condessa recebia semanalmente produtos importados europeus, como louça, prataria e móveis. O serviço na casa dela é à francesa e, por isso, há um cuidado maior com as peças e na forma de servir. Os objetos são sempre com dourado e têm os melhores acabamentos, com o design mais arrojado para a época.

Ao contrário da Condessa, Tonico (Alexandre Nero) é o personagem que tenta ostentar, mas não sabe usar peças caras e típicas da nobreza. “Ele é o corrupto, vem com o dinheiro de herança do pai, mas é um cara tardio, sempre tentando fazer manobras”, descreve o cenógrafo. Em sua casa, a produção de arte optou pelos metais rústicos, como o cobre e o estanho. 

Rusticidade também é a marca do cenário da Taberna dos Porcos, que existia em ‘Novo Mundo’ e pontua também a passagem dos anos entre as duas novelas. Continuará sendo uma taberna muito antiga e em ruínas, por isso há muito reaproveitamento dos utensílios do cenário anterior. 

Além dos cenários nos Estúdios Globo, a trama teve gravações, antes do início da pandemia, em locações externas na Chapada Diamantina, na Bahia, para as cenas das expedições de Dom Pedro II e Teresa Cristina, e em fazendas em Barra do Piraí e Rio de Flores, no Rio de Janeiro. Lá, em três fazendas grandiosas, foram gravadas cenas importantes dos núcleos das famílias de Luísa (Mariana Ximenes), Tonico (Alexandre Nero) e Pilar (Gabriela Medvedovski). Nas propriedades, originalmente produtoras de café, a cenografia fez pequenas interferências para retratar uma realidade do Nordeste, em uma época mais colonial. “Fizemos pequenas alterações em função do technicolor, tratamento que será usado na novela. Retiramos esquadrilhas modernas e alteramos alguns tons para ficar mais adequado. Pintamos paredes e fachadas para dar um toque de vivência. Foi um desafio e uma escolha muito acertada para a questão estética da obra”, conta Paulo. Nessas casas, há uma ausência da presença feminina, pois os personagens são viúvos, como é o caso dos coronéis Eudoro (José Dumont) e Ambrósio (Roberto Bomfim). Há muito dinheiro e pouco refinamento, o que será percebido nos detalhes como a louça, que mistura porcelana e barro, e a decoração simples dos cômodos. 

 

A cultura da época no figurino sustentável e na caracterização realista

Com mais de 35 anos de carreira, cerca de 50 novelas na TV Globo, sendo 15 delas retratando o século XIX, Beth Filipecki assina, com Renaldo Machado, o rico figurino de ‘Nos Tempos do Imperador’. Por se tratar de uma história fictícia, mas com alguns personagens reais, o compromisso do figurino é com a honestidade. Segundo Beth, assim como a trama e as demais áreas de produção, a intenção é que, com base nas pesquisas e na história real, o público tenha a oportunidade de ver figurinos da época e conheça mais sobre os personagens. A produção das roupas é toda feita nos Estúdios Globo, sendo 70% do material oriundo do acervo, que passa por uma customização em função dos tons da novela. “Fizemos um reaproveitamento total do acervo, mas mexemos nesse original. Também estamos evitando produzir lixo. Tecemos os fios na medida, e estamos construindo um figurino sustentável”, destaca Beth. Outra curiosidade é que cada personagem feminina tem uma cor predominante nas roupas, de acordo com seu perfil.

Em parceria com o figurino, a caracterização da novela é conduzida por Lucila Robirosa, responsável por manter o tom épico e realista dos personagens. Uma atenção à essência de cada personagem foi fundamental para a composição do visual como um todo. No caso de Dom Pedro II (Selton Mello), fica claro que foi um homem que não priorizava a roupa ou o visual. A caracterização do personagem foi inspirada em fotos históricas e promete chamar a atenção do público. “Selton usa lentes azuis claras e terá momentos diferentes a cada passagem de tempo. Mais novo, estará com a sobrancelha marcada e barba castanha. 

Na fase seguinte, Selton quase não usa caracterizações. Após a Guerra do Paraguai, se perceberá um envelhecimento, com o cabelo branco e uma longa barba branca, que demora quatro horas para ser preparada”, detalha Lucila. Beth complementa: “Dom Pedro II tinha uma aparência mais austera, sem interesse na competição da moda, mas cultuava barbas, bigode, um símbolo de masculinidade. Fazia questão de ter um traje puído e conquistar seu lugar através do trabalho”. Já a Imperatriz Teresa Cristina (Leticia Sabatella) segue o estilo comedido do Imperador, com vestidos em tom azul e diferentes perucas, que variam o penteado. A princesa Leopoldina (Melissa Nóbrega/Bruna Griphao) surge de lilás, e Isabel (Any Maia/Giulia Gayoso), de azul claro. 

A Condessa de Barral (Mariana Ximenes), por sua vez, foi criada para que tivesse muita distinção, vivesse e soubesse se portar em qualquer lugar, assim como se vestir em diferentes ocasiões, sem exageros. Mariana Ximenes escureceu o cabelo para interpretá-la, usa lentes escuras e conta com cinco perucas diferentes, que mudam de acordo com os penteados. Os vestidos da Condessa são de seda pura, mais sofisticados, em tons predominantemente verdes. Através da pesquisa ampla feita pela equipe, seu figurino busca traduzir o empoderamento da mulher também nas roupas da época, o que é representado nos trajes da jovem Pilar (Gabriela Medvedovski), por exemplo. A personagem é mais despojada e não usa espartilhos. O amarelo é a cor escolhida para ela, em tecidos mais rústicos e com elementos masculinos, simbolizando sua luta por espaços que, na época, não eram das mulheres. “Ela representa a luz solar, a ideia da esperança, o que reproduz a liberdade. É progressista, está com a cabeça voltada para ser a primeira médica do Brasil. Junto com a irmã Dolores (Daphne Bozaski) foi criada sem mãe e sem afeto, por isso construímos um figurino mais seco, sem bordados, enquanto estão na fazenda”, conta Beth. 

Na época, as classes em ascensão procuravam imitar os padrões dos grupos mais elevados, o que poderá ser visto nos figurinos de personagens como Jorge/Samuel (Michel Gomes). No início da trama, ele é um homem escravizado, até ser ajudado pela Condessa de Barral (Mariana Ximenes), quando passa a usar as vestimentas de Eugênio (Thierry Tremouroux): camisa, calça, chapéu e sapato. Por isso, ao chegar à Corte, ele aparenta ser um proprietário rural e não um homem da cidade. Na sequência, após ser acolhido por Dom Olu (Rogério Brito), na região da Pequena África, vai usar roupas com elementos africanos. Neste núcleo, o conceito de liberdade passa por todos os personagens. Segundo a figurinista, o trançado do cabelo e nos tecidos representa a prisão. Quando as personagens se tornam livres, soltam as tranças, os nós e usam roupas mais soltas. “Temos a oportunidade de mexer nas roupas no corpo desses personagens para refletir seus níveis de liberdade”, detalha Beth. 

Tonico (Alexandre Nero) é outro personagem cujo figurino passa por uma mudança, sempre retratando sua esquisitice. Quando está na fazenda, usa muitas peças em couro e outros materiais pesados, está sempre de botas. Quando chega à Corte e é eleito Deputado, começa a se preocupar mais com a aparência.

Essa mudança de visual com a chegada à cidade ganha ares cômicos na interpretação do casal João Batista (Ernani Moraes) e Lota (Paula Cohen). Recém-chegados do interior, compram tudo o que é novidade, mas têm de aprender a usar, sempre buscando seguir o exemplo da nobreza. Lota não está natural com suas roupas, parece usar uma armação. Batista passa por isso também. Não sabe ficar dentro das roupas e estranha. “Lota vai ter perucas e apliques diferentes. Era a época do cabelo dividido ao meio e os cachos. Ela usa roupas com recortes em andares, crinolina, armação de baixo, mas toda caracterização da Família Pindaíba representa o exagero”, completa Beth.

Outro núcleo divertido que chama a atenção pelo figurino e a caracterização é o dos personagens Licurgo (Guilherme Piva) e Germana (Vivianne Pasmanter), que dão continuidade ao sucesso de ‘Novo Mundo’ e herdam as roupas da produção anterior. “Eles estão mais velhos, enrugados, maltratados, mas continuam porcos, sujos. Representam o que resta, mas com muita energia. A gente manteve tudo o que trouxeram, mas com adaptações. No lugar da roupa de cima, agora Germana está de ceroula. Temos todo cuidado e carinho com esses dois personagens”, explica Beth. Vivianne Pasmanter usará uma peruca inteira e grisalha, diferente dos apliques da novela anterior. Além disso, terá manchas, pelos no rosto e verruga. Já Licurgo (Guilherme Piva) estará careca e com psoríase na cabeça. Ambos estarão quase sem dentes, com dentaduras. Com tantos efeitos, a dupla leva cerca de três horas para se caracterizar. 


PERSONAGENS  

 

Núcleo Corte

Dom Pedro II (Selton Mello) – Imperador do Brasil, viajante, querido pelo povo, trabalha pelo progresso do país e para ampliar os horizontes da população investindo na educação. Tem ao seu lado a Imperatriz Teresa Cristina (Leticia Sabatella), com quem tem as filhas Leopoldina (Melissa Nóbrega/Bruna Griphao) e Isabel (Any Maia/Giulia Gayoso), fruto de um casamento político. Ao conhecer a preceptora de suas filhas, Luísa (Mariana Ximenes), a Condessa de Barral, é arrebatado pela sua força e beleza. Através de Luísa também conhece o casal Pilar (Gabriela Medvedovski) e Jorge/Samuel (Michel Gomes), a quem apoiará na realização dos seus sonhos.

Teresa Cristina (Leticia Sabatella) – Imperatriz do Brasil. Casada com o Imperador Dom Pedro II (Selton Mello). Mãe de Leopoldina (Melissa Nóbrega/Bruna Griphao) e Isabel (Any Maia/Giulia Gayoso). Protege a família acima de tudo e apoia o Imperador nas decisões que envolvem o progresso do Brasil. Foi a grande responsável pela criação do acervo arqueológico nacional, incentivadora das artes e da imigração italiana para o Brasil.

Isabel (Any Maia/Giulia Gayoso) – Princesa do Brasil, futura regente. Filha de Dom Pedro II (Selton Mello) e Teresa Cristina (Leticia Sabatella), é mais responsável que a irmã, Leopoldina (Melissa Nóbrega/Bruna Griphao). Admira muito Luísa, a Condessa de Barral (Mariana Ximenes). 

Leopoldina (Melissa Nóbrega/Bruna Griphao) – Princesa do Brasil. Filha de Dom Pedro II (Selton Mello) e Teresa Cristina (Leticia Sabatella), é impetuosa e tem o apelido de Dina. Irmã de Isabel (Any Maia/Giulia Gayoso).

Lurdes (Lu Grimaldi) – Tem o título de Baronesa de Seropédica. É uma criada antiga do Palácio. Chegou ao Brasil com a futura Imperatriz Leopoldina e, após sua morte, acompanhou o crescimento de Dom Pedro II (Selton Mello). Tem muito carinho pelo Imperador.

Nicolau (Cassio Pandolfh) – Mordomo do Palácio de Dom Pedro II (Selton Mello). Tem um carinho especial por Lurdes (Lu Grimaldi). 

Celestina (Bel Kutner) – Dama-de-companhia de Teresa Cristina (Leticia Sabatella). Possui o título de Baronesa de Urú. É muito fiel à Imperatriz e vive às turras com Lurdes (Lu Grimaldi). 

Gastão (Daniel Torres) – Francês, vem ao Brasil para se casar com Isabel (Giulia Gayoso). Tem o título de Conde D’Eu.

Augusto (Gil Coelho) – Vem ao Brasil a pedido da Imperatriz Teresa Cristina (Leticia Sabatella) para se casar com Isabel (Giulia Gayoso), mas acaba se apaixonando por Leopoldina (Bruna Griphao). É o Duque de Saxe-Coburgo.

Luísa (Mariana Ximenes) – Possui o título de Condessa de Barral. Baiana, é casada com Eugênio (Thierry Tremouroux) e mãe de Dominique (Thor Becker). É uma mulher moderna, empoderada e foi educada na Europa, por isso domina diversos assuntos e sabe muito bem aonde quer chegar. É convidada por Dom Pedro II para ser preceptora das princesas Leopoldina (Melissa Nóbrega/Bruna Griphao) e Isabel (Any Maia/Giulia Gayoso). Ao conhecê-la, o Imperador se vê arrebatado. Luísa também é a responsável por apresentar Pilar (Gabriela Medvedovski) e Jorge/Samuel (Michel Gomes) a Dom Pedro II.

Eugênio (Thierry Tremouroux) – Conde de Barral. É casado com Luísa, a Condessa de Barral (Mariana Ximenes), com quem tem o filho Dominique (Thor Becker). Se incomoda com a proximidade entre Dom Pedro II (Selton Mello) e a Condessa.

Dominique (Thor Becker) – Filho de Luísa (Mariana Ximenes) e Eugênio (Thierry Tremouroux). 

Justina (Cinara Leal) – Trabalha na casa de Eugênio (Thierry Tremouroux) e Luísa (Mariana Ximenes), e é confidente da Condessa. Ajuda a cuidar de Dominique (Thor Becker). Era escrava do coronel Ambrósio (Roberto Bomfim), mas foi comprada pelo pai de Luísa.

Luís Alves Lima e Silva (Jackson Antunes) – Marquês e futuro Duque de Caxias, é presidente do Conselho da Câmara dos deputados. Muito próximo a Dom Pedro II (Selton Mello).

Nino Sorrento (Raffaelle Casuccio) – Jornalista italiano de uma publicação republicana, é opositor de Dom Pedro II (Selton Mello). 

Solano López (Roberto Birindelli) – Comandante das tropas do Paraguai, é um dos principais inimigos de Dom Pedro II (Selton Mello). Ameaça o Imperador e, ao propor uma aliança com o Brasil, pede a mão da princesa Isabel (Any Maia/ Giulia Gayoso) em casamento.

 

Núcleo das Fazendas

Coronel Eudoro (José Dumont) – Viúvo, fazendeiro e coronel da Bahia. É pai de Pilar (Gabriela Medvedovski) e Dolores (Daphne Bozaski). Manteve Pilar em um convento e prometeu a mão da filha em casamento para o filho de seu compadre Ambrósio (Roberto Bonfim), Tonico (Alexandre Nero). Não apoia Pilar na decisão de entrar para a faculdade de Medicina. 

Pilar (Gabriela Medvedovski) – Filha de Eudoro (José Dumont) e irmã de Dolores (Júlia Freitas/Daphne Bozaski). Perdeu a mãe quando era criança. Passou muitos anos em um convento e enfrenta, desde pequena, o peso de ser uma mulher do século XIX. Sonha em se tornar médica, mas o objetivo de seu pai é que ela se case com Tonico (Alexandre Nero). No entanto, tem um encontro especial com Jorge/Samuel (Michel Gomes) e se apaixona por ele. 

Dolores (Júlia Freitas/Daphne Bozaski) – Filha de Eudoro (José Dumont) e irmã de Pilar (Gabriela Medvedovski), sofre quando a irmã vai embora para o Rio de Janeiro. Será prometida em casamento para Tonico (Alexandre Nero) e usada para um plano contra Pilar e Jorge/Samuel (Michel Gomes).

Jorge/Samuel (Michel Gomes) – Filho bastardo do coronel Ambrósio (Roberto Bomfim), de quem foi escravo, e irmão de Tonico (Alexandre Nero). Homem corajoso e honesto, acredita na integração entre negros e brancos. Luta para se tornar livre. Fugitivo, esconde sua verdadeira identidade e, com a ajuda da Condessa de Barral (Mariana Ximenes), passa a se chamar Samuel. No primeiro encontro com Pilar (Gabriela Medvedovski), durante uma fuga, se apaixona por ela.

Coronel Ambrósio (Roberto Bomfim) – Fazendeiro e coronel na Bahia. Pai de Tonico (Alexandre Nero) e Jorge/Samuel (Michel Gomes). Vendeu Jorge/Samuel, quando ele ainda era criança. 

Tonico Rocha (Alexandre Nero) – Formou-se em Direito em Pernambuco ao lado de Nélio (João Pedro Zappa). Ao retornar para a fazenda do pai, o coronel Ambrósio (Roberto Bomfim), candidata-se a deputado pela Bahia. É irmão de Jorge/ Samuel (Michel Gomes), mas não sabe desse parentesco, afinal, o jovem é fruto do relacionamento do pai com uma escrava. Fica noivo de Pilar (Gabriela Medvedovski) e, com a fuga dela, exige um compromisso com Dolores (Daphne Bozaski) para se vingar. Conheceu Dom Pedro II (Selton Mello) ainda na infância.

 

Família Pindaíba

João Batista Pindaíba (Ernani Moraes) – Marido de Carlota Maria (Paula Cohen), a Lota, e pai de Bernardo (Gabriel Fuentes) e Nélio (João Pedro Zappa), braço-direito de Tonico (Alexandre Nero). É dono de uma pequena propriedade rural em Pindamonhangaba, que vem aumentando graças à grilagem. Viaja com Lota para a corte em busca de títulos e de uma aproximação com os Imperadores. João Batista se interessa por Lupita (Roberta Rodrigues) ao conhecer a escrava nas ruas da cidade.

Carlota Maria Pindaíba (Paula Cohen) – Mais conhecida como Lota. Casada com João Batista (Ernani Moraes), é mãe de Bernardo (Gabriel Fuentes) e Nélio (João Pedro Zappa). Mora em Pindamonhangaba com o marido, mas viaja com ele para o Rio de Janeiro. Sonha em ter um título da nobreza.

Bernardo Pindaíba (Gabriel Fuentes) – Filho de João Batista (Ernani Moraes) e Lota (Paula Cohen). É irmão de Nélio (João Pedro Zappa). Passou alguns anos estudando em um colégio interno. 

Nélio (João Pedro Zappa) – Formou-se na faculdade de Direito, em Pernambuco, com Tonico (Alexandre Nero), de quem é o braço direito. Filho de João Batista (Ernani Moraes) e Lota (Paula Cohen). É irmão de Bernardo (Gabriel Fuentes).

Lupita (Roberta Rodrigues) – É escravizada pelo policial Borges (Danilo Dal Farra) e tem a responsabilidade de denunciar fugas de outros escravizados na Pequena África. Vende cocada pelas ruas da Corte e se envolve com João Batista (Ernani Moraes). 

 

Núcleo Taberna/Cassino

Quinzinho (Augusto Madeira) – Filho de criação de Joaquim e Elvira, personagens de ‘Novo Mundo’, cresceu cuidando da Taberna dos Porcos ao lado de Licurgo (Guilherme Piva) e Germana (Vivianne Pasmanter). É casado com Clemência (Dani Barros) e pai dos gêmeos Prisca (Maria Carolina Basilio) e Hilário (Thao de Almeida). Também cuida das propriedades da irmã de consideração, Vitória (Maria Clara Gueiros), e luta para a taberna não ser demolida com o progresso da cidade. Além disso, sonha em construir um cassino no local. Está sempre dando um jeitinho para resolver seus problemas.

Clemência (Dani Barros) – Casada com Quinzinho (Augusto Madeira) e mãe dos gêmeos Prisca (Maria Carolina Basilio) e Hilário (Theo de Almeida). Ajuda o marido a manter a Taberna dos Porcos e a cuidar de Licurgo (Guilherme Piva) e Germana (Vivianne Pasmanter), que se passam por inválidos para dar golpes no casal.

Licurgo (Guilherme Piva) – Mora na Taberna dos Porcos com Germana (Vivianne Pasmanter), com quem é casado há muitos anos, e com o casal Quinzinho (Augusto Madeira) e Clemência (Dani Barros). Acha que sabe cozinhar, mas seus feitos continuam sendo rejeitados. Se passa por inválido para enganar Quinzinho e Clemência e aplicar golpes no casal. Continua sendo a personificação do “jeitinho brasileiro” de se dar bem e de tirar vantagem em cima dos outros.

Germana (Vivianne Pasmanter) – Casada com Licurgo (Guilherme Piva), perturba a vida dele e do casal Quinzinho (Augusto Madeira) e Clemência (Dani Barros) na Taberna dos Porcos. Como o marido, se passa por inválida para enganar Quinzinho e Clemência. Continua autoritária, preguiçosa e mandona.

Prisca (Maria Carolina Basilio) – Filha de Quinzinho (Augusto Madeira) e Clemência (Dani Barros). Irmã gêmea de Hilário (Theo de Almeida).

Hilário (Theo de Almeida) – Filho de Quinzinho (Augusto Madeira) e Clemência (Dani Barros). Irmão gêmeo de Prisca (Maria Carolina Basilio).

Vitória (Maria Clara Gueiros) – Filha de Ana e Joaquim, personagens de ‘Novo Mundo’. Irmã de criação de Quinzinho (Augusto Madeira). Volta para o Brasil depois de alguns anos fora do país para trabalhar no museu particular da Imperatriz Teresa Cristina (Leticia Sabatella).

 

Núcleo Pequena África 

Dom Olu (Rogério Brito) – Rei da Pequena África. Casado com Cândida (Dani Ornellas), é pai de Zayla (Alana Cabral/Heslaine Vieira). É escultor, tem o respeito de Dom Pedro II (Selton Mello) e protege os negros alforriados ou que conquistaram sua própria liberdade, oferecendo abrigo na Pequena África. Ajuda Jorge/Samuel (Michel Gomes) nos primeiros dias dele na corte, tornando-se seu grande amigo e conselheiro. 

Cândida (Dani Ornellas) – Líder espiritual da Pequena África. Casada com Dom Olu (Rogério Brito), é mãe de Zayla (Alana Cabral/Heslaine Vieira). Acolhe Jorge/Samuel (Michel Gomes) e fica muito próxima dele e de Pilar (Gabriela Medvedovski). 

Zayla (Alana Cabral/Heslaine Vieira) – Filha de Dom Olu (Rogério Brito) e Cândida (Dani Ornellas). Tem um carinho especial por Jorge/Samuel (Michel Gomes) e convive muito com Guebo (João Victor Menezes/ Maicon Rodrigues). 

Baltazar (Alan Rocha) – É casado com Abena (Mary Sheyla), com quem tem o filho Guebo (João Victor Menezes/Maicon Rodrigues). Mora na Pequena África com a família e, ao lado da esposa, ajuda a organizar a fuga de alguns escravizados. Oferece o primeiro emprego a Jorge/Samuel (Michel Gomes), ao lado de Abena (Mary Sheyla). Também é parceiro musical do jovem.

Abena (Mary Sheyla) – Casada com Balthazar (Alan Rocha), é mãe de Guebo (João Victor Menezes/Maicon Rodrigues). É lavadeira e, com o marido, ajuda na fuga de escravizados. 

Guebo (João Victor Menezes/Maicon Rodrigues) – Filho de Baltazar (Alan Rocha) e Abena (Mary Sheyla), mora na Pequena África e tem um carinho especial por Zayla (Alana Cabral/ Heslaine Vieira). 

Lupicínio Borges (Danilo Dal Farra) – Policial, persegue os negros que frequentam as ruas da cidade sem documentos. Mantém Lupita (Roberta Rodrigues) como sua escravizada. 

 

Outros personagens 

Barão de Mauá (Charles Fricks) – Deputado, é oponente de Tonico (Alexandre Nero). 

José De Alencar (Alcemar Vieira) –Escritor, deputado pelo Ceará e opositor político de Dom Pedro II.

Naiza (Juliane Cruz) – Escrava de Eudoro (José Dumont). 

Madre Irmã Zoé (Flavia Guedes) – Madre da Santa Casa, onde Pilar (Gabriela Medvedovski) vai estudar. 

Salustiano (Alexandre Zachia) – Jagunço do coronel Ambrósio (Roberto Bomfim).  

Coronel Floriano (Lucci Ferreira) – Marido de Jerusa (Carolina Ferman).

Jerusa (Carolina Ferman) – Esposa de Floriano (Lucci Ferreira). Se envolve com Tonico (Alexandre Nero). 



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