domingo, 1 de outubro de 2023

.: Entrevista: Danilo Brandão e a escrita como a soma da forma e do conteúdo




Lançado pela editora Mondru, “Até a Última Gota” é o segundo livro do escritor e jornalista paulistano Danilo Brandão. É um mergulho honesto nas profundezas da vida das pessoas ao longo de quatro histórias cruas e autênticas. É metódico e audaz quando expõe a intimidade de seus personagens em casos que remetem ao que o Brasil se tornou nos últimos dez anos, jogando sobre a mesa discussões não apenas atuais, como também pertinentes, perpassando temas como desigualdade social, crise dos refugiados, machismo e transfobia, que se cruzam com questões intimistas como o luto, desejo e rancor. As narrativas que compõem a coletânea se encontram no conflito entre os dramas pessoais de suas protagonistas e os problemas que estão na ordem do dia da sociedade.

Danilo Brandão nasceu em São Paulo, em 1996. Estreou na ficção com o livro de contos "Tempos Ainda Sem Nome" (editora Urutau, 2022). "Até a Última Gota" é o seu segundo livro. Já publicou contos e reportagens em diversas revistas, sites e jornais especializados em literatura. Entre eles, as revistas Piauí,  Gueto, Lavoura, jornal Relevo, Ruído Manifesto, etc. É formado em jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina e faz mestrado em Literatura pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente vive em São Paulo e trabalha como redator e roteirista. Confira a entrevista completa com o autor, abaixo.


O que motivou a escrita de “Até a Última Gota”?
Danilo Brandão -
O que eu mais gosto na escrita é justamente o processo de construção do texto. Essa etapa talvez me interesse mais do que o resultado, o livro em si. Tenho, por conta disso, um forte diálogo com as artes plásticas e gosto de estudar os diferentes métodos de criação. Nesse livro em específico, cada um dos quatro contos foram compostos de uma forma diferente. Tem um que parti de uma imagem e escrevi sem nenhuma pausa, um processo de tentativa de mimetizar a escrita automática. Outro que planejei escrever uma página por dia. Sempre partindo de uma frase de um poema, o desafio era tentar unir a partir do fragmentário, deixando frestas para o leitor completar. Em outro parti da leitura de um livro inteiro e tentei dialogar cada capítulo como uma espécie de resposta a afirmações desse livro. E por aí vai. Ou seja, eu tentei planejar justamente os processos. Era esse estudo que me interessava. As diferentes formas de construir um texto literário. Como uma espécie de performance mesmo. Alguns eu consegui. Outros nem tanto. E o que me motivou a fazer esse livro é justamente unir esse meu desejo de sempre estudar os métodos do fazer literário com discutir questões que considero importantes, de grande valor para a contemporaneidade.


Se você pudesse resumir, quais são os principais temas da obra?
Danilo Brandão - Em relação ao conteúdo, o livro se debruça sobre alguns temas muito contemporâneos. Tanto em relação ao social (ao grupo) quanto em relação ao pessoal (individual). Dentro dos contos, tem discussão sobre etarismo, o efeito das redes sociais, solidão, preconceito contra imigrantes no Brasil, transfobia, preconceito religioso, etc.

Por que tratar deles?
Danilo Brandão - Pra mim, literatura é sempre a fórmula forma+conteúdo. E, nesse caso, a ordem dos fatores é importante. Por isso, os temas aparecem porque o forma aceita. Claro, como autor estou inserido em uma sociedade que discute esses temas. É mais fácil encaixá-los em meus textos. Eles aparecem de forma quase natural nas falas dos meus personagens, em suas questões internas. Tudo fica muito natural. Os medos, preconceitos, paradigmas deles são os que escuto por aí. Estão em jogo. E devem ser discutidas.

Quais autores você considera suas referências?
Danilo Brandão - Eu costumo colocar nomes como Ariana Harwicz, André Sant’Anna, Thomas Bernhard Lourenço Mutarelli, Elvira Vigna, Veronica Stigger, Raduan Nassar, Clarice Lispector, Silvana Ocampo, Ricado Piglia e Borges como minhas principais influências. Não exatamente por meus textos estarem sempre em diálogo com esses autores. Mas por serem aqueles que mais me ajudaram a encontrar a minha própria voz. Por eu ter me identificado com os seus projetos. E a minha dicção atual ser o resultado dessas leituras.

Quais obras influenciaram diretamente a produção do livro?
Danilo Brandão - Esse livro tem uma construção curiosa porque cada conto dialoga com uma obra específica. Claro que essa influência/referência aparece escondido nos textos. E em cada um de uma forma. Mas posso citar: Uma arte: as cartas de Elizabeth Bishop, O pai da menina morta (Tiago Ferro), Os cus de judas (António Lobo Antunes) e Testemunho transiente (Juliano Garcia Pessanha). Os quatro contos partem de imagens, versos, vozes que estão dentro desses livros. É uma tentativa de diálogo/resposta.

Como você definiria seu estilo de escrita?
Danilo Brandão - Pessoalmente, eu acredito que a literatura é uma fresta. É uma pequena rachadura pela qual podemos enxergar as questões humanas. Por isso, o que eu mais gosto de fazer é deixar essa fresta aberta. Dar todo o poder para o maior agente da literatura escrever a sua própria história: o leitor. Para isso, eu construo histórias que costumam ser fragmentárias, com frases soltas e curtas. Com descrição ilimitada e que tenha uma certa carga de subjetividade. Acredito que sejam as maiores características da minha escrita.

Como é o seu processo de escrita?
Danilo Brandão - Gosto de construir um processo para cada livro que vou escrever, para cada história. O meu processo é justamente se preocupar com os processos. Estudar novas formas de escrever, partindo de uma fotografia, uma música, um poema. Um frame de um filme. Vale tudo e eu já tentei muitas coisas. Mas nunca será igual a anterior.


Você escreve desde quando?
 
Danilo Brandão - Eu escrevo de forma sistemática desde os meus 17 anos. Sempre tive um interesse muito grande por histórias. De diferentes formatos. Teatro, desenho, filmes, pintura. Precisei de um tempo para entender qual seria o melhor formato para mim. Qual seria o melhor formato para contar as minhas próprias histórias. Foi quando encontrei a literatura no ensino médio. Senti que teria muita liberdade para criar, visto que tudo que precisamos para fazer literatura é um papel e lápis.


Como começou a escrever?
Danilo Brandão - Comecei a ler tudo que caia na minha mão e a me interessar cada vez mais pela história da literatura e suas mais diversas vertentes. E assim que entrei na faculdade, comecei a rascunhar meus primeiros contos. Levou um tempo para ficar satisfeito com o primeiro. Mas, desde então, não parei mais de escrever.

Você tem alguma meta diária de escrita?
Danilo Brandão - Justamente por essa mutação de processos que comentei acima, não tenho nenhuma meta diária nem ritual específico. Já tentei muitas coisas. Mas não me preocupo com isso. A literatura está sempre em mim. Todos os dias. Então, não tenho nenhum tipo de receio de ela sumir. Estou sempre montando projetos, mas nem sempre executando novas histórias.

Como foi a sua aproximação com a editora? Como foi o processo de edição?
Danilo Brandão - Eu já sabia do cuidado que a Mondru tem com a identidade visual dos livros. E eu queria muito poder trabalhar esse aspecto em diálogo com os textos nesse segundo livro. Por isso eles estavam no meu radar. Eu entrei por meio de um edital. Eles abriram chamada para autores de todo o Brasil e resolvi arriscar. Deu certo. O processo de edição foi tranquilo. Algumas reuniões para aparar algumas questões do texto e, principalmente, para definir a capa e as artes internas.

Quais são os seus projetos atuais de escrita?
Danilo Brandão - Atualmente, estou no processo de escrita do meu primeiro romance. Ainda está bem embrionário, mas já defini alguns aspectos importantes. E a primeira versão avançada. Além disso, estou no processo de revisão da minha primeira peça de teatro e de um roteiro para um curta-metragem.

.: Rachel Sheherazade: como "A Fazenda" explica realidade de pessoas com alto QI

Pessoas com cognição acima da média costumam ser isoladas e sofrer preconceitos, afirma o psiquiatra Dr. Flávio H.Nascimento. A estreia do reality show "A Fazenda 15" trouxe uma série de surpresas ao público, sendo uma das principais a presença da jornalista Rachel Sheherazade, que foi âncora do telejornal "SBT Brasil" entre 2011 e 2020 e conhecida pelas suas fortes opiniões políticas, como uma das participantes do programa gerando comentários de que ela seria muito culta para um reality como esse.

As críticas dos participantes vieram quase que de imediato acerca da postura, oratória e raciocínio da jornalista, em um episódio a participante Cariucha afirmou que Rachel “Ela se acha, ela fala difícil [...] a gente não entende [...] ela tem que falar a língua do povo, a língua da gente [...] Ela vai ter que falar a língua do povo, não adianta vir com essas palavras difíceis e bonitas”.

De acordo com o psiquiatra Flávio H. Nascimento, superdotado que possui 131 pontos de QI (percentil 98), esse tipo de apontamento é muito comum no dia a dia de uma pessoa com alto quociente intelectual. “Nós vivemos em uma sociedade onde a pessoa inteligente é estimulada a disfarçar essa característica, pois é vista como um estranho, prepotente ou até uma ameaça aos demais. É mais simples esconder essa aptidão para ser aceito socialmente”.

“O mais impressionante é que a participante recebeu muitas críticas por sua boa oratória e capacidade de raciocínio. Muitas vezes, quando pessoas de alto QI encontram-se, há uma conexão imediata e prazerosa pela necessidade de aprendizado constante e humildade por entenderem que a inteligência é limitada”, ressalta. “Esse é um pequeno reflexo da nossa cultura. Por exemplo, a pandemia recente mostrou como a ciência é fundamental para a sobrevivência da humanidade, logo, é essencial que sejam estimulados o respeito por todas as pessoas e o desenvolvimento da nossa cognição”, conclui o psiquiatra. Compre o livro de Rachel Sheherazade, "O Brasil Ainda Tem Cura", neste link.

.: Campinas recebe a primeira loja da Marvel na América Latina


Loja promete ser um disputado destino turístico entre fãs da Marvel

Os fãs do universo Marvel têm motivo para comemorar. A cidade de Campinas, em São Paulo, será o local da inauguração da primeira Marvel Store da América Latina. A "Marvel Store by Dream" abrirá suas portas no dia 4 de outubro, localizada na Entrada das Águas do Parque D. Pedro Shopping.

O espaço, com 400 m², oferecerá uma variedade de produtos que celebram os heróis da Marvel. A loja é organizada em 21 seções e tem itens colecionáveis, vestuário, edições de livros e uma seção de loft com sugestões para ambientes domésticos. Além disso, os visitantes poderão encontrar Easter Eggs relacionados aos personagens: QR Codes espalhados pela loja conduzem a posts em um blog com curiosidades sobre os heróis.

Carlos Ricardo Oliveira, fundador e presidente executivo do Grupo Dream, enfatiza que a Marvel Store em Campinas promete ser uma importante atração turística. “Esperamos que a loja traga não apenas a comunidade de fãs da Marvel, mas também fãs da cultura pop em todo o Brasil”.

A abertura da Marvel Store by Dream faz parte da estratégia de negócio da marca no Brasil, a fim de se estabelecer como referência em estilo de vida. O projeto foi criado entre a The Walt Disney Company Brasil e Grupo Dream por um ano e meio, com o objetivo de criar uma experiência de loja imersiva para fãs de todas as idades.

Serviço
Marvel Store by Dream
Entrada das Águas - Parque D. Pedro Shopping
Endereço: Av. Guilherme Campos, 500 - Jardim Santa Genebra, Campinas



sábado, 30 de setembro de 2023

.: Crítica: "A Filha do Rei do Pântano" traz caçada envolvente com Daisy Ridley

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


Inspirado no livro de sucesso de Karen Dionne, de mesmo nome, o suspense psicológico "A Filha do Rei do Pântano", em cartaz no Cineflix Cinemasdirigido por Neil Burger ("Divergente" e "O Ilusionista"), apresenta a história de uma garota (Daisy Ridley) criada por pai e mãe numa cabana distante da civilização. Empenhada em seguir os passos do pai, ela descobre que a mãe foi sequestrada e que viver ali nunca foi uma escolha de comum acordo. Mesmo tendo sendo autoritário e sabendo do sequestro da mãe, a garota deseja viver com Jacob Holbrook (Ben Mendelsohn).

Contudo, o tempo passa, a jovem chamada de Pequena Sombra vira uma mulher da cidade. Mesmo após trocar de identidade e passar a atender pelo nome de Helena Pelletier (Daisy Ridley, "Star Wars"), acaba sendo provocada a confrontar o passado quando percebe que a família que conseguiu construir com um marido amoroso, sofre ameaça. Destinada a colocar os ensinamentos de pequena em prática, Helena busca vingança contra o homem chamado pela mídia de o Rei do Pântano.

Com fotografia belíssima, "A Filha do Rei do Pântano", o drama policial envolve o público numa caçada que acontece num cenário com muitas árvores, curvas de rio e um penhasco de arrepiar. Inicialmente, o filme trabalha o mistério de uma família nitidamente estranha. No entanto, há cenas de pouco impacto que poderiam ter sido melhor trabalhadas, como por exemplo, quando o marido de Helena descobre o passado dela diante de agentes da polícia.

Por outro lado, "A Filha do Rei do Pântano", com roteiro de Mark L. Smith ("O Regresso"), é uma boa opção de entretenimento, pois envolve o público despertando a dúvida do que acontecerá na trama com surpreendente caçada -cheia de ação- que revive mágoas de pai e filha. Vale a pena conferir!



Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Filha Do Rei Do Pântano" ("The Marsh King's Daughter") Ingressos on-line neste link
Gênero: drama, suspense, thriller. Classificação: 12 anos. Duração: 1h48. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Diamonds Films. Direção: Neil BurgerRoteiro: Mark L. Smith. Elenco: Ben Mendelsohn, Daisy Ridley, Garrett Hedlund). Sinopse: Uma mulher confronta seu passado e busca vingança contra o homem que sequestrou sua mãe.

.: Vingadores 60 anos: listamos 60 curiosidades sobre os heróis da Marvel


Em setembro, a Marvel comemora os 60 anos desde a primeira aparição dos Vingadores nos quadrinhos.  Para celebrar, listamos 60 fatos dos heróis mais poderosos da terra. 

Desde a sua estreia nos quadrinhos, em setembro de 1963, os Vingadores têm cativado os corações dos fãs de todas as idades ao redor do mundo. Presentes em diversas histórias em filmes, animações e quadrinhos, os heróis colecionam momentos épicos. Durante o mês de setembro, a Marvel Brasil promove a campanha #Avengers60 para celebrar essa data especial com os fãs. Para entrar no clima das comemorações separamos 60 fun facts, dos quadrinhos ao cinema, dos Vingadores. Confira abaixo!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN. Confira abaixo a lista com as 60 curiosidades sobre os heróis da Marvel.


1. O capacete do Homem de Ferro dá uma visão de 360° para ele.

2. Uma arma centralizada no peito do Homem de Ferro é capaz de projetar um poderoso feixe de energia.

3. A arma principal do Homem de Ferro são suas manoplas de energia.

4. Nos quadrinhos, ao usar o Extremis, Tony pode fazer interface com o centro de reparo do cérebro, o que lhe permite reconstruir seu corpo do zero.

5. Tony criou muitos exemplos de armaduras específicas para missões, incluindo trajes para o espaço profundo, subaquáticos e furtivos, além da armadura Hulkbuster.

6. A arma característica de Thor é o Mjolnir, que ele usa para invocar chuva, vento, relâmpagos e trovões, além de permitir que ele exploda feixes de energia. O martelo só pode ser levantado por pessoas dignas de seu poder.

7. O Capitão América e o Visão foram os únicos personagens que conseguiram levantar o Mjolnir.

8. Thor é um Deus nórdico.

9. Como um Deus, Thor envelhece em um ritmo incrivelmente lento, o que lhe permite viver por milênios. Da mesma forma, ele possui a resistência, a durabilidade e a velocidade de um guerreiro divino e está entre os seres mais fortes do universo.

10. Thor Odinson é um combatente talentoso. Suas antigas habilidades e experiência em combate combinadas com sua enorme força fazem dele um dos melhores lutadores dos quadrinhos.

11. No MCU, após os conflitos iniciais, Thor ganhou novos companheiros entre os Vingadores, participando da batalha para defender Nova York de Loki e dos Chitauri.

12. Depois que ela destruiu seu martelo, Thor perdeu um olho ao lutar contra a deusa da morte, a Hela.

13. No MCU, Thor já utilizou duas armas: o martelo Mjolnir e o machado Stormbreaker.

14. Em “Vingadores: Ultimato”, concordando em ajudar o Capitão América, T'Challa liderou seu povo em uma dura batalha contra o exército de Thanos, que tentava invadir Wakanda para obter o controle de Visão e da Pedra da Mente que ele possuía.

15. As técnicas de luta no estilo das artes marciais são parte integrante da capacidade do Pantera Negra de manter seu título.

16. T'Challa se beneficiou dos vastos recursos naturais e tecnológicos de Wakanda e incorporou vibranium e armamento avançado em seu traje.

17. O primeiro filme dos super-heróis, "Os Vingadores", foi lançado em 2012, unindo heróis do universo cinematográfico e da Marvel.

18. Durante a primeira batalha dos Vingadores como uma equipe, o Hulk foi um elemento crucial, ajudando a combater um exército invasor de Chitauri.

19. Bruce Banner e sua companheira de equipe Natasha Romanoff, a Viúva Negra, consideraram um relacionamento, mas, como Hulk, ele decidiu ir embora quando a batalha contra Ultron acabou.

20. Depois de perder para Thanos, o Hulk se recusou a se manifestar, mesmo quando Banner tentou trazê-lo à tona no MCU.

21. O Hulk é um dos seres mais fortes do Universo. Sua força é potencialmente ilimitada, uma vez que cresce exponencialmente à medida que seu sofrimento emocional aumenta. Seu poder super-humano o torna um combatente aterrorizante que poucos conseguem superar.

22. Como o Hulk, ele apresenta uma alta resistência a qualquer tipo de dano físico. A pele do Hulk é quase impenetrável e ele pode suportar a exposição a temperaturas extremas e a muitas formas de gases. Ele também não é afetado pela maioria das doenças e venenos.

23. O Hulk também tem a capacidade excepcional de se regenerar quando é ferido ou machucado. Ele pode regenerar tecidos, membros e até órgãos danificados em uma velocidade fantástica.

24. Quando não é o Hulk, o poder do Dr. Bruce Banner reside em sua extrema inteligência. Ele é um dos maiores cientistas do mundo em física nuclear, bem como em outras disciplinas relacionadas.

25. Descoberto nos tempos modernos, depois de ficar 70 anos congelado, o Capitão América uniu forças com os heróis que se tornariam os Vingadores durante o ataque de Loki e dos Chitauri a Nova York.

26. Um desentendimento sobre a Lei de Registro de Super-Humanos levou a um rompimento com Tony Stark e, por fim, a uma luta brutal entre os dois amigos.

27. Tendo vivido como fugitivo por dois anos, Steve Rogers e aqueles que ficaram ao seu lado saíram do esconderijo para ajudar a proteger a Pedra da Mente de Thanos, fazendo uma última resistência em Wakanda.

28. O tratamento de Super-Soldado do Capitão América retardou drasticamente seu processo de envelhecimento, permitindo que ele sobrevivesse décadas congelado no gelo perto do círculo ártico antes de emergir para retomar a vida como um dos super-heróis mais poderosos da Terra.

29. Steve Rogers é um líder e estrategista ideal, com o carisma e a visão que o tornam a escolha óbvia para comandar quase todas as superequipes das quais fez parte.

30. O Doutor Estranho e o Pantera Negra também foram membros dos Vingadores.

31. O personagem de HQ "Agente Coulson" da S.H.I.E.L.D. foi introduzido no universo dos quadrinhos por meio dos Vingadores.

32. O soro do Super-Soldado dado a Steve Rogers o transformou em um poderoso guerreiro com força, resistência e agilidade que excedem as características de qualquer adversário.

33. O filme "Vingadores: A Era de Ultron" trouxe a trama do vilão Ultron para as telonas.

34. A arma característica do Capitão América é um escudo circular parcialmente composto de vibranium, o que o torna leve, perfeitamente equilibrado e praticamente indestrutível.

35. Os Vingadores já enfrentaram desafios cósmicos, como a entidade cósmica chamada Korvac.

36. "Vingadores: Guerra Infinita" e "Vingadores: Ultimato" encerraram a saga dos Vingadores no MCU.

37. Tony Stark é um grande fã do “Black Sabbath” e sempre usa camisetas da banda. Um dos motivos é que o Black Sabbath escreveu o hit mundial “Iron Man”, que diz em uma linha de música “I am Iron Man”.

38. Phil Coulson, agente da S.H.I.E.L.D., enviou a agente Romanoff em uma missão secreta na Índia, depois que o agente Barton foi comprometido, para recrutar Bruce Banner, para ajudar a localizar o Tesseract que havia sido roubado por Loki.

39. A Viúva Negra foi induzida ao Red Room, um programa de treinamento russo que pegava jovens garotas e as transformava em agentes secretas letais.

40. No clímax da Guerra Civil, Natasha Romanoff revelou que esteve do lado de Steve Rogers o tempo todo, até mesmo impedindo o Pantera Negra para que Rogers e Bucky Barnes pudessem lidar com Helmut Zemo.

41. Durante a Batalha de Wakanda, a Viúva Negra, Okoye e Wanda Maximoff trabalharam juntas para neutralizar permanentemente o seguidor de Thanos, Proxima Midnight.

42. A Viúva Negra e o Gavião Arqueiro viajaram de volta no tempo e voaram para Vormir em uma tentativa de obter a posse da Soul Stone. Lá, o Guardião da Pedra (antigo Caveira Vermelha) lhes disse que precisavam trocar uma alma: "uma alma por uma alma”.

43. A Viúva Negra é uma força de combate mortal. Especialista em várias formas de artes marciais, ela também é uma ginasta habilidosa e possui força, velocidade, agilidade e resistência sobre-humanas.

44. A Viúva Negra é tão mortal na escuridão quanto na luz; como uma superespiã altamente treinada, Natasha Romanoff está entre os maiores assassinos secretos do mundo.

45. Nas HQ’s, além de suas habilidades mortais, Romanoff também envelhece em uma velocidade incrivelmente lenta - assim como o Capitão América - graças a uma variante do soro do Super-Soldado que ela recebeu.

46. Fury enviou Barton para matar a assassina russa de codinome Viúva Negra. Em vez disso, ele se ofereceu para trazer Natasha Romanoff para o lado deles e os dois não apenas se tornaram aliados fiéis, mas também bons amigos.

47. Sob o controle de Loki, Clint Barton roubou o Tesseract e ajudou Loki e Selvig a escapar, quase matando o Diretor Fury e o Agente Hill no processo.

48. O Gavião Arqueiro salvou Wanda, que estava sofrendo um ataque de pânico, dando a ela a opção de permanecer em segurança ou sair do prédio para lutar, como uma Vingadora, em “Vingadores: A Era de Ultron”.

49. Uma flecha com ponta de sucção permite que o Gavião Arqueiro escale grandes alturas.

50. Clint pode usar suas flechas como dispositivos de lançamento para modos de ataque adicionais.

51. Visão surpreendeu os Vingadores quando segurou sem esforço o martelo de Thor logo após seu "nascimento".

52. Visão destruiu o último robô Ultron, depois que os dois discutiram seus pontos de vista diferentes sobre a humanidade.

53. Durante a batalha que eclodiu entre as facções do Homem de Ferro e do Capitão América sobre os Acordos de Sokovia, o Visão feriu inadvertidamente seu próprio companheiro de equipe, Máquina de Guerra.

54. Na Escócia, dois dos seguidores de Thanos rastrearam Visão, tentando remover sua Pedra da Mente para seu mestre.

55. Visão convenceu Wanda Maximoff a destruir a Pedra da Mente, apesar do que isso significava para sua própria existência, quando Thanos chegou a Wakanda.

56. Depois que seu irmão Pietro foi morto lutando contra Ultron, Wanda se vingou, arrancando o coração robótico de Ultron de seu corpo.

57. Durante a batalha em Wakanda para deter Thanos e suas forças, Wanda foi forçada a destruir a Pedra da Mente do Visão para mantê-la longe de Thanos, usando seus poderes para, ao mesmo tempo, conter o Titã.

58. Wanda pode manipular a Magia do Caos, que é tão poderosa que ela foi capaz de gerar exércitos aparentemente do nada.

59. Wanda tem poderes telecinéticos, o que lhe permite levitar objetos e voar usando o poder da mente.

60. Wanda é capaz de resistir a ataques psíquicos, tendo defesas psíquicas notavelmente fortes.

.: "Somos esquerdomachos em algum lugar", diz Clarice Falcão no "Provoca"


Na entrevista, Clarice Falcão e Marcelo Tas conversam sobre carreira, "esquerdomachos", saúde mental, bipolaridade, relacionamentos, política e outros assuntos. Foto: Beatriz Oliveira


Nesta terça-feira, dia 3 de outubro, Marcelo Tas recebe no "Provoca" a cantora, compositora, atriz, roteirista e comediante Clarice Falcão. Na edição, eles conversam sobre carreira, "esquerdomachos", saúde mental, bipolaridade, relacionamentos, política e outros assuntos. O programa inédito vai ao ar às 22h, na TV Cultura.

Tas provoca Clarice ao perguntar sobre o termo "esquerdomacho" e a artista responde: “Eu acho que somos todos esquerdomachos em algum lugar”. E explica contando que olha para o seu passado e vê quantas situações viveu e hoje não concorda com as atitudes que tomou. “Eu lembro de achar que: ‘ah, eu leio, então eu sou melhor do que ela que faz escova no cabelo’ (...) uma coisa competitiva (...) e não conhecia a menina”. Ainda no assunto, finaliza: “Eu acho muito difícil você achar alguém que já nasceu descontruído e acho que estamos ainda num processo, todos nós”.

A cantora também deixa detalhes sobre o diagnóstico que recebeu de transtorno de bipolaridade e como foi importante para o cuidado da saúde mental, já que antes foi diagnosticada com depressão. “Não ser falado sobre isso, o diagnóstico errado no meu caso tava me fazendo muito mal. Então, procurar saber que não é só a depressão (...) é importante procurar saber. (...) O diagnóstico é fundamental”, comenta.

Durante o programa, Clarice também relembra o pós-término de sua relação com Gregório Duviver. E conta que foi um momento tranquilo para ambos, mas um processo muito doido, já que demorou para se desgarrar do conceito de “ex do fulano”, instaurado pelo machismo na sociedade. “Tem uma coisa de que a mulher é a esposa. Eu, pelo menos, sentia muito isso (...) De ver, não só em mim, mas de ver colegas que também passaram pela mesma coisa, um casamento público em que o cara logo já virou ele próprio.” E Tas completa ao dizer: “E ela continua com o cargo de ‘ex do fulano’”

.: "Uma História da Imaginação": como e por que pensamos o que pensamos


Atravessando diferentes campos, como ciência, política, antropologia, religião, cultura e filosofia, o renomado historiador Felipe Fernández-Armesto revela no livro "Como e Por que Pensamos o que Pensamos", lançamento da editora Zahar, as emocionantes e perturbadoras histórias de nossos saltos imaginativos — dos primeiros Homo sapiens aos dias de hoje. Ele desafia as convenções que rondam o tema e nos conduz por séculos e continentes para tentar responder a como e por que surgiram ideias que marcaram e continuam a ditar os rumos da humanidade. A tradução é de Carlos Afonso Malferrari.

Com elegância e erudição ímpares, Felipe Fernández-Armesto inova ao propor uma história global das ideias, rastreando suas origens e conexões, e ligando a Europa a polos culturais milenares, como a China e o Oriente Médio. Assim, nos mostra que noções como a de um deus amoroso, ou a de que todos os homens são iguais, não nasceram exatamente onde imaginávamos. 

Nesta ode à alegria da imaginação, veremos que a mente — ou a aptidão para produzir ideias — é a principal causa de mudança, o lócus onde a diversidade humana começa. E que nossas ideias são a fonte de nossa mutável e volátil história como espécie. Compre o livro "Como e Por que Pensamos o que Pensamos", de Felipe Fernández-Armesto, neste link.


Sobre o autor
Felipe Fernández-Armesto é um dos mais destacados historiadores britânicos da atualidade. Entre os livros dele, destacam-se "1492: o Ano em que o Mundo Começou", "Os Desbravadores" e "Américo". Lecionou história nas universidades de Londres, Oxford e Tufts, e desde 2009 é professor na Universidade de Notre Dame. Ao longo de sua carreira, foi agraciado com diversos prêmios. Garanta o seu exemplar de "Como e Por que Pensamos o que Pensamos", escrito por Felipe Fernández-Armesto, neste link.

.: "How to be a Carioca" é um guia de sobrevivência na Cidade Maravilhosa


O Star+ acaba de anunciar a estreia de "How to be a Carioca" e divulgar o trailer e pôster oficiais da nova produção nacional de comédia. Baseada no best-seller homônimo de Priscila Ann Goslin, a série exclusiva e original do serviço de streaming chega em 18 de outubro na plataforma e é um verdadeiro manual de sobrevivência na Cidade Maravilhosa em que a cada episódio, estrangeiros viverão uma aventura no melhor estilo “gringo” na tentativa de se adaptar à cultura local.

Para guiar e encurtar esse caminho de integração aparece Francisco, interpretado por Seu Jorge, o melhor guia carioca que eles poderiam ter. Dentre as nacionalidades dos estrangeiros que se apaixonam pelo Rio de Janeiro, temos personagens da Alemanha, Argentina, Israel, Angola e Síria. Com seis episódios de 40 minutos cada, a série conta com Seu Jorge cantando várias músicas.

O elenco é composto por outros grandes nomes nacionais, como Débora Nascimento (Soraya), Douglas Silva (Luiz Henrique), Nego Ney (Silvio), Raquel Villar (Renata), Malu Mader (Solange), Heloísa Jorge (Karima), Dan Ferreira (Estácio), Mart’Nalia (Xerxes), Sérgio Loroza (Osvaldo), Nando Cunha (Estevão) e internacionais como Verónica Llinás (Irene), Andrea Frigerio (Graciela), Peter Ketnath (Mathias), Ahmad Kontar (Nabil), Swell Ariel Or (Laila) e Lelis Twevekamba (Agostinho). 

Com direção artística de Carlos Saldanha ("Rio", "A Era do Gelo", "O Touro Ferdinando") e direção geral de Joana Mariani ("O Cheiro do Ralo", "Todas as Canções de Amor"), o seriado "How to be a Carioca" também é uma co-criação de ambos junto com Diogo Dahl ("Novo Mundo") e conta com a direção de René Sampaio ("Eduardo e Mônica", "Impuros"), Tatiana Fragoso ("Impuros") e Luciana Bezerra ("Mina de Fé"), com roteiro de Rodrigo Nogueira, Sabrina Rosa e Felipe Scholl. A trilha sonora original é de Maria Gadú e a produção da Moovie. "How to be a Carioca" estreia exclusivamente no Star+ em 18 de outubro. Compre o livro "How to be a Carioca" neste link.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

.: Crítica: "Resistência" entrega futuro caótico e esperança numa criança

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


O longa de ficção científica "Resistência", em cartaz no Cineflix Cinemas, dirigido por Gareth Edwards, o mesmo de "Rogue One", apresenta um caos futurista gerado pela Inteligência Artificial, ou seja, num futuro apocalíptico ainda haveria uma maior  dificuldade tendo robôs humanóides 
atuando na reprodução de padrões de comportamento semelhantes ao humano por tecnologia.

Nos primeiros minutos, a trama apresenta um casal apaixonado que aguarda a chegada de um bebê. Contudo, o ciclo entre os dois é interrompido por 5 anos. Enquanto tenta seguir em frente sem a parceria (Gemma Chan, de "Eternos"), Joshua (Washington), um ex-agente das forças especiais, é recrutado para caçar e matar o Criador, o arquiteto esquivo da IA avançada que desenvolveu uma arma misteriosa com o poder de acabar com a guerra e com a humanidade. 

Joshua embarca na missão atravessando linhas inimigas até que se depara com o território ocupado pela IA e a arma ... apenas para descobrir que a arma capaz de acabar. Contudo, a IA está sob a forma de uma criança.

Nessa aventura futurística há caos, mas também amor mesclada com a esperança do melhor para as próximas gerações.  Assistir "Resistência" é mergulhar num futuro imaginário, retratado com certa proximidade, uma vez que há os impactos na realidade causados pela Inteligência Artificial. Vale a pena conferir no Cineflix Cinemas!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Resistência" ("Creator") Ingressos on-line neste link
Gênero: aventura, suspense. Classificação: 14 anos. Duração: 2h15. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Gareth EdwardsRoteiro: Gareth Edwards, Chris Weitz. Elenco: John David Washington (Joshua), Gemma Chan (Maya), Ken Watanabe (Harun), Sturgill Simpson (Shipley), Madeleine Yuna Voyles (Alfie). Sinopse: Do escritor/realizador Gareth Edwards chega o thriller épico de ação e ficção científica, passado no meio de uma guerra futura entre a raça humana e as forças da inteligência artificial. Joshua (Washington), um ex-agente das forças especiais em luto pelo desaparecimento da sua mulher (Chan), é recrutado para caçar e matar o Criador, o arquiteto esquivo da IA avançada que desenvolveu uma arma misteriosa com o poder de acabar com a guerra... e com a própria humanidade. Joshua e a sua equipe de agentes de elite atravessam as linhas inimigas e entram no coração sombrio do território ocupado pela IA... apenas para descobrir que a arma que acaba com o mundo, que ele foi instruído a destruir, é uma IA sob a forma de uma criança.

Trailer

.: Uyara Torrente traz o seu quebra-cabeça musical em disco

 
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Marco Novack

Integrante da Banda Mais Bonita da Cidade, a paranaense Uyara Torrente está lançando seu primeiro disco solo, intitulado "Montada em Seu Cabelo". Um trabalho que se assemelha a um mosaico musical, com canções inéditas de autores contemporâneos e releituras de composições que marcaram a sua formação musical. O disco já está disponível nas plataformas de streaming.

Lançar um álbum solo representou um desafio, conforme explica Uyara. “Porque está intrinsecamente ligado aos processos pessoais, que trazem consigo inevitavelmente as inseguranças, os medos, tudo isso está presente ali. Como uma fotografia sonora”. A ideia surgiu em 2017 e acabou começando a tomar forma em 2021

Para o ouvinte, fica a impressão de uma cantora com uma voz suave e marcante, que canta um repertório convincente. Flertes com uma MPB imersa no estilo indie e um  vocal de timbre cool. Destaque para as deliciosas releituras de "Nuvem Passageira" (sucesso de Hermes de Aquino nos anos 70) e "Sereia" (hit de Lulu Santos que foi lançado originalmente por Fafá de Belém).

Entre as canções inéditas se sobressaem as faixas "Ela Vem", "Sol do Meio Dia" e "Pudera", que contam com arranjos marcantes. Uyara parece ter sido influenciada pela chamada Vanguarda Paulista, representada pelo Grupo Rumo. A cantora Ná Ozzetti poderia ter sido uma de suas influências.

Mas não pense que o som de Uyara se classifica como alternativo. Ela tem uma forte essência pop nos arranjos e na produção musical em si. Produz música que pode ser ouvida nas rádios ou até mesmo em trilhas de novelas ou minisséries da TV. E o mais legal é que ela não precisa fazer concessões para atingir isso. Tudo flui naturalmente. Tomara que Uyara estenda sua turnê para outros estados. Porque o público precisa  conhecer melhor o seu trabalho.

 "Ela Vem"

"Pudera"

"Sol do Meio Dia"

.: Com inéditos, "50 Poemas Macabros" mostra a face sombria de Vinicius


Mais frequentemente lembrado por seus versos de amor, Vinicius de Moraes sempre cultivou um apreço pelo feio e o grotesco. Não que uma característica exclua a outra - em sua poesia, o belo e o mórbido andam de mãos dadas. Estes "50 Poemas Macabros" apresentam ao leitor uma faceta que marca toda a produção do poeta, mas poucas vezes recebeu destaque como um dos principais atributos da obra do poeta. 

De cemitérios a campos de concentração, caminhando entre fantasmas ou corpos decompostos, está aqui o Vinicius de Moraes fúnebre e escatológico, aquele que pode ser considerado, "com a devida atenção, o principal herdeiro no século XX da poesia grotesca levada a efeito por Cruz e Sousa e Augusto dos Anjos", como escreve Daniel Gil, que organiza a seleção e assina o posfácio.

Com projeto gráfico especial e ilustrada por Alex Cerveny, a antologia inclui ainda sete poemas inéditos, extraídos de documentos do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira (AMLB) da Fundação Casa de Rui Barbosa: "A Morte sem Pedágio", "A Consumação da Carne", "Poema de Aniversário", "Cara de Fome", "Parábola do Homem Rico", "Desaparição de Tenório Júnior" e "O Sórdido". Compre o livro "50 Poemas Macabros", de Vinicius de Moraes, neste link.

Sobre o autor
Vinicius de Moraes nasceu em 1913, no Rio de Janeiro, e morreu em 1980 na mesma cidade. Consagrado como um dos principais poetas de língua portuguesa, foi também cronista, crítico de cinema, dramaturgo, compositor, cantor e diplomata, tendo deixado sua marca incontornável na cultura brasileira. Garanta o seu exemplar de "50 Poemas Macabros", escrito por Vinicius de Moraes, neste link.

.: "A Segunda Mãe", de Karin Hueck, é um romance distópico e surpreendente


Lançado pela editora Todavia, "A Segunda Mãe", de Karin Hueck, é um romance distópico e surpreendente que revela, num pano de fundo de uma crise conjugal, as diversas formas de opressão da sociedade. No livro, o casamento de Madalena e Andrea parece perfeito. Andrea espera o segundo filho das duas e ocupa um cargo importante no governo federal. Lena, por sua vez, não precisa trabalhar e é responsável pelos cuidados domésticos e por Rosa, a filha do casal. Elas vivem em uma casa confortável e sem muros em um bairro de classe alta recém-inaugurado na cidade, têm amigas, afazeres, planos. É em um piquenique planejado com esmero por Lena para celebrar o aniversário de Rosa que a fresta de tensões e frustrações entre o casal aparece.

A crise conjugal, a maternidade, as relações de poder e as desigualdades existentes nos relacionamentos, as pequenas e as grandes escolhas do cotidiano — esses são alguns dos temas que recortam este romance. E, no entanto, apesar dessas questões tão atuais, aos poucos a história revela não se passar no presente. A narrativa distópica habilmente construída por Karin Hueck se descortina em vários níveis. O romance trata das diversas opressões que se infiltram até entre quem aparenta ser igual — isso em um mundo que já conseguiu eliminar uma das formas mais cotidianas de dominação. Assim como as tensões do casamento das personagens, que aos poucos se acentuam, a história desdobra-se em discussões sobre os papéis de gênero, as estruturas sociais, o amor e a violência.

"A Segunda Mãe" é um romance de estreia surpreendente. Com sua prosa leve e vertiginosa, posiciona Karin Hueck como uma romancista corajosa e atenta aos temas mais urgentes de nossos tempos. Compre o livro "A Segunda Mãe", de Karin Hueck, neste link.


Trecho do livro
Tomé ergueu as sobrancelhas. Navegava por território desconhecido agora. Tudo que sabia era baseado em aulas e livros de história, nos vídeos e filmes que haviam sobrevivido dos tempos passados. Sentiu os pensamentos ficando confusos, as coisas à sua frente ganhando tamanhos desproporcionais, a mão da menininha do tamanho de um fogão, a cadeira de cabeleireiro na mesma altura de um gato. Ficou pensando o que responderia a Rosa. Pelos relatos, parecia mesmo que homens matavam e batiam em gente, mas ela não se lembrava dessa época.

Nenhuma pessoa viva havia nascido quando eles ainda andavam pelas ruas. Olhou para Madalena implorando socorro.

— Sim, mas isso foi há muito, muito tempo. Não tem mais homem nenhum por aí. — Madalena socorreu a amiga e se agachou para ficar à altura da filha, como mandam os manuais de educação parental.

— Mas não é verdade que eles matam?

Madalena e Tomé se entreolharam.

— É verdade, filhota. Parece que eles matavam, sim.

— Por que eles faziam isso?

Tomé aproveitou para dar uma volta. Madalena ficou quieta por um minuto. Ela não tinha lembranças, mas ouvira as histórias. Registros de pessoas assaltadas à mão armada, indo para o trabalho, com o almoço na mochila. Relatos de famílias vivendo atrás de grades e alarmes, reunidas em frente à televisão, ouvindo histórias de criminosos cruéis. A polícia, que deveria proteger, mas matava. Mulheres espancadas por maridos no domingo à tarde. Estudantes estupradas em festas por rapazes que juravam ser seus amigos. Crianças, dentro de suas casas, abusadas por padrastos, tios, primos. Homens que bebiam e depois se espancavam. Homens que assistiam futebol e em seguida se espancavam. Homens que se olhavam atravessado no trânsito e se espancavam depois. Como explicar isso a uma criança?

— Eles são mais violentos, filha. Por isso, moram nos alojamentos.

Havia evidências o suficiente, que vinham de todas as sociedades do mundo. Os grandes clássicos da literatura versavam sobre batalhas, os filmes se passavam inteiros em meio a tiroteios e explosões, o noticiário de antigamente mostrava todos os dias os mesmos engravatados tomando decisões para machucar mulheres, crianças, a Terra, eles mesmos.

Não havia como negar a violência. Uma em cada cinco mulheres estupradas ao longo da vida. Cinquenta mil assassinatos ao ano no país. E ainda havia as guerras. Combates travados por anos a fio por soldados uniformizados, pilotos anônimos desmanchando bombas no ar. Líderes autoritários assinando papéis timbrados que ordenavam o extermínio de etnias inteiras. Ditadores que tiravam do povo para dar aos seus. Presidentes que faziam troça de pestes. Generais, autocratas, déspotas, genocidas, terroristas, todos homens. Eles existiram, sim, não havia dúvida, eram exatamente desse jeito que Rosa tinha descrito, e quase levaram a humanidade à ruína.

Sobre a autora
Karin Hueck nasceu em 1985, em São Paulo. Publicou livros infantis e de não ficção, entre eles "O Lado Sombrio dos Contos de Fadas" (HarperCollins, 2023). Entre 2018 e 2019, foi pesquisadora convidada de política e gênero na Universidade Livre de Berlim. A segunda mãe é seu primeiro romance. Garanta o seu exemplar de "A Segunda Mãe", escrito por Karin Hueck, neste link.


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