domingo, 16 de março de 2025

.: Cesar Augusto de Carvalho lança livro de contos "Folhetim" em São Paulo


O escritor e poeta paulista Cesar Augusto de Carvalho lança "Folhetim", publicado pela editora Laranja Original, nono título da carreira. A noite de autógrafos acontece nesta segunda-feira, dia 17 de março de 2025, segunda, no Bar Balcão, às 20h00, em São Paulo. A literatura do autor segue um caminho peculiar, longe dos modismos de ocasião, marcada por narrativas em que o acaso determina o movimento do mundo e o sonho invade a realidade, ou a realidade se transforma em sonho. Ambos convivem e se reforçam.

É o que se vê nos 11 contos de "Folhetim". A partir de um fato qualquer, abre-se uma fresta para o absurdo, o humor e o nonsense. A lógica do real é sobrepujada por conexões inusitadas e elos inesperados. Ali nada é sólido, tudo está por um triz. Cada história contém bifurcações que levam a outras histórias. Essa técnica narrativa mise en abyme acaba mergulhando o leitor num torvelinho alucinante. Os personagens são tipos com órbitas próprias, perdidos em sua solidão, anti-heróis apartados da máquina da cobiça e do sucesso a qualquer preço, mais voltados para a recompensa dos pequenos prazeres mundanos, ou da simples sobrevivência.

Os contos, com cortes e sobreposições, são bastante visuais, explorando recursos do cinema. Não à toa, Cesar Carvalho incorpora em sua experiência a de roteirista antes de se aventurar nos livros. Assim, o conto “Flipando em Paraty”, que abre o volume, mostra um escritor na bancarrota que consegue uma oportunidade de fazer a cobertura da badalada festa literária. No conto de título cabalístico “13”, um jornalista se lança numa reportagem que investiga um caso de racismo. E no conto-título “Folhetim”, um escritor se envolve em um episódio de crime cuja trama é pura alusão, revestida de sátira, ao clássico godardiano "Acossado", que é o conto mais claramente cinematográfico do conjunto.

O livro inclui ainda uma incursão pela autoficção, no conto que encerra o volume. Nela, o narrador afirma: “Todas as histórias já foram contadas, muda só o jeito de as contar”. Cesar Augusto de Carvalho, como seus contos demonstram, criou seu próprio caminho. Compre o livro "Folhetim" neste link.



Sobre o autor
Nascido em Pompeia, São Paulo, Cesar Augusto de Carvalho é professor de sociologia aposentado pela Universidade Estadual de Londrina - UEL - Paraná. Autor de prosa ficcional e ensaios, publicou "Viagem ao Mundo Alternativo: a Contracultura nos Anos 80" (contos, Unesp, 2008); "Toca Raul" (contos, crônicas e radionovela, Independente, 2014); "Histórias de Quem" (contos, Desconcertos, 2020), "Raul & Eu" (novela, Cintra, 2022); "Lado B" (contos, Laranja Original, 2022) e "Folhetim" (Laranja Original, 2024). Como poeta, publicou "Proesia" (Independente, 2013); "Lavras ao Vento", "Pá" (Benfazeja, 2017) e "Curto-circuito" (Patuá, 2019). Vários de seus contos foram publicados em jornais e revistas; participou de antologias poéticas, além de organizar muitas outras, a exemplo de "Antologia Gente de Palavra Paulistana" (Patuá, 2023), nome homônimo ao Sarau do qual é curador, em São Paulo. Juntamente com o poeta Hamilton Faria criou o Canal do Poetariado, programa mensal de entrevistas com poetas veiculado pelo YouRube e Facebook.

Segundo o autor, que iniciou a carreira como cronista e pesquisou a contracultura, a atividade com os roteiros de cinema tem bastante influência sobre sua escrita. E sobre o atual mercado literário, Cesar Augusto defende: “embora se constate uma queda estatística na venda de livros, felizmente ainda é grande a demanda de leitores ávidos pela boa literatura”Garanta o seu exemplar de "Folhetim" neste link.


Serviço
Lançamento do livro "Folhetim"
Autor: Cesar Augusto de Carvalho
Editora: Laranja Original. Formato: 21x14. Páginas: 238.
Link / venda: https://amzn.to/3XTg0aO
Data: 17 de março - Segunda, às 20h00
Local: Bar Balcão
Rua Dr. Melo Alves, 150 - Cerqueira César / São Paulo

.: “É Nós”: o polifônico grito poético que transcende máscaras e fronteiras


Wagner Ramos Campos lança obra visceral no Salão do Livro de Genebra e promete cativar leitores com sua poesia de vozes múltiplas e pulsante relevância social.

A voz poética do carioca Wagner Ramos Campos transcende fronteiras culturais e geográficas com o lançamento de “é nóS”, publicado pela Helvetia Edições. A obra será apresentada ao público internacional no prestigiado Salão do Livro de Genebra, nos dias 21 e 22 de março, onde o autor também concorrerá ao prêmio Talentos Helvéticos brasileiros. Após essa estreia, o poeta trará o livro para o Brasil com eventos no Rio de Janeiro em abril.

Mais do que um livro de poesias, “é nóS” é uma experiência literária que desafia o leitor a percorrer as nuances de um monólogo polifônico dividido em três atos: "Voz do Banzo", "Voos da Folia" e "Vós do Cativeiro". Com cadências que oscilam entre a oralidade coloquial e a complexidade imagética, a obra descortina reflexões intimistas e sátiras sociais, em um misto de humor sarcástico, engajamento político e lirismo pungente.

Wagner, que reside na Itália, descreve o livro como resultado de uma disciplina criativa desenvolvida durante os lockdowns da pandemia. “Foi um processo de autodescoberta e resistência” , explica ele. Entre as diversas inspirações que moldaram sua escrita estão a ancestralidade brasileira, a música e autores como Mário Quintana, Fernando Pessoa e Conceição Evaristo.

Com “é nóS”, Wagner Campos não só entrega poesia, mas também um convite ao leitor para desatar os nós da linguagem e da vida, explorando o espírito de coletividade que permeia sua obra. A escolha do título reflete essa plurissignificação: um jogo entre máscaras, identidade e o entrelaçar de vozes como fios de uma corda, ou como um bloco de carnaval que pulsa em união.


Serviço:
Agenda de Lançamentos do livro "é nóS"
Autor: Wagner Ramos Campos
Editora: Helvetia Editions

Evento internacional:
Salão do Livro de Genebra
Datas: 21 e 22 de março
Local: Palexpo, Genebra, Suíça

Lançamentos no Brasil:
12 de abril: Bairro Araújo, Campo Grande (RJ)
Lançamento em livraria tradicional do Rio de Janeiro com data a definir

.: "Magia com Plantas": guia prático para utilização de ervas, flores e frutos

As plantas que estão ao redor podem impactar na vida das pessoas de diversas formas, e Eduardo Parmeggiani quer difundir e facilitar os seus usos mágicos com o lançamento de seu primeiro livro pelo selo Academia da Editora Planeta, "Magia com Plantas". A obra se apresenta como um guia essencial para aprender sobre os recursos milenares das ervas, flores e frutos e suas aplicações no dia a dia para ampliar a consciência e tornar o cotidiano mais simples, saudável e leve.

Por meio das práticas e dos ensinamentos deste livro, o leitor poderá desvendar as energias e os significados de mais de 70 plantas, escolhendo a mais adequada para cada um dos momentos da sua trajetória. Das mais comuns, como alecrim, eucalipto e margarida, às mais diferentes, como beladona, mandrágora e salgueiro, são exploradas as variadas maneiras de usá-las com fins mágicos para solucionar problemas, alcançar prosperidade e buscar proteção.

“Este livro representa o fim de uma era de desconhecimento, abrindo as portas para um universo onde a natureza é uma aliada próxima, mas muito poderosa. Nele você encontrará receitas simples, técnicas eficazes e segredos ancestrais que prometem transformar seu cotidiano, facilitando a superação de obstáculos com leveza e rapidez", explica o autor.

Cada planta apresentada conta com suas características gerais, como origem, pedra, flor e chacra; restrições e precauções, ou seja, quando evitar o uso; a energia sutil, também conhecida como seu “poder”; e o olhar de Eduardo Parmeggiani, com uma análise precisa e bem-humorada do autor para facilitar a aplicação prática da magia vegetal. Além disso, há um espaço para que o leitor descreva o resultado de suas experiências. Compre o livro "Magia com Plantas" neste link.


Sobre o autor
Eduardo Parmeggiani é formador de magoterapeutas e um cientista da religião em formação, com dedicação ao estudo da magia, da espiritualidade e de sua aplicação prática por meio de trabalhos energéticos e espirituais desde 2011. Seu propósito é devolver a magia ao seu lugar natural: o de auxílio ao outro, desenvolvendo pessoas para serem guias em uma vida mais conectada à natureza e aos poderes que dela emanam. Em 2020, fundou a escola Contém Magia, que em 2024 já contava com mais de 9 mil alunos. Magia com plantas é o seu primeiro livro publicado pela editora Planeta. Garanta o seu exemplar de "Magia com Plantas" neste link.


Ficha técnica
Livro "Magia com Plantas"
Autor: Eduardo Parmeggiani
ISBN: 978-85-422-3168-7
256 páginas
Selo Academia | Editora Planeta
Compre o livro neste link.

.: "Encontro com os Escritores" recebe o físico George Matsas


Evento será realizado em 18 de março na Biblioteca Mário de Andrade, na região central de SP, e terá entrada gratuita; inscrições prévias podem ser feitas pelo site da Universidade do Livro. Imagem: Equipe de Arte / FEU com ACI Unesp


Na abertura da temporada de 2025, a série "Encontro com os Escritores" receberá na próxima terça-feira, 18 de março, às 19h00, o físico George Matsas, professor do Instituto de Física Teórica (IFT) da Unesp, para discorrer sobre os buracos negros, o avanço do conhecimento humano e da forma como entendemos o universo. O evento mantém este ano a parceria com a Biblioteca Mário de Andrade, na região central de São Paulo. A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia, e o evento inclui sessão de autógrafos com o autor.

Matsas é coautor do livro "Buracos Negros: rompendo os Limites da Ficção", ao lado de André Landulfo e Daniel Vanzella. O professor titular do IFT vai compartilhar com o público parte das reflexões feitas na obra, situar as mais recentes descobertas científicas sobre esses enigmas cósmicos e explorar desde as origens do conceito de gravidade até as teorias revolucionárias de Albert Einstein. Além disso, George Matsas pretende abordar os debates contemporâneos relacionados envolvendo renomados cientistas, tais como Stephen Hawking, John Preskill e Kip Thorne.

A mediação desta edição do Encontro com os Escritores será realizada pelo jornalista Pablo Nogueira Gonçalves Diogo, editor-chefe do Jornal da Unesp e especializado na cobertura de ciência. As inscrições prévias para o evento podem ser feitas pelo site da Universidade do Livro, braço educacional da Fundação Editora da Unesp (FEU). 

O objetivo do programa "Encontro com os Escritores" é reunir autores e leitores para aprofundar discussões sobre produção e leitura de livros no Brasil, além de refletir sobre os temas de cada obra. A série já recebeu os escritores Ana Maria Machado, Cristovão Tezza, Ignácio de Loyola Brandão, Laerte e Luiz Gê, Laurentino Gomes, Luis Fernando Verissimo, Maria Valéria Rezende, Marina Colasanti, Mary Del Priore, Milton Hatoum, Milton Jung, Pedro Bandeira, Rodrigo Lacerda, Ruth Rocha, Rubens Ricupero e James Green. 

A Universidade do Livro, vinculada à Fundação Editora da Unesp, retomou o programa Encontro com os Escritores em 2024, após interrupção causada pela pandemia de covid-19. Nessa nova fase, juntam-se a ela na organização a Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI) da Unesp e a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, local que passa a ser a sede dos eventos, na região central da capital paulista. Compre o livro "Buracos Negros: rompendo os Limites da Ficção" neste link.


Serviço
"Encontro com os Escritores" na Biblioteca Mário de Andrade
Encontro com George Matsas
Terça-feira, dia 18 de março de 2025, das 19h00 às 21h00
Auditório da Biblioteca Mário de Andrade - Rua da Consolação, 94 - 1º andar - República, São Paulo - SP (próximo às estações de metrô Anhangabaú e República)
Entrada gratuita: inscrições prévias neste link

.: Com José de Abreu, TV Cultura exibe filme biográfico sobre Silvino Santos


Ao lado de Denise Fraga, o ator José de Abreu interpreta o pioneiro do cinema nacional, demonstrando o perfil psicológico de uma personagem e, ainda mais, de uma épocaFoto: divulgação

No CineCult deste domingo, dia 16 de março, às 22h00, a TV Cultura exibe o semidocumentário "O Cineasta da Selva". O filme conta a história do fotógrafo e cineasta Silvino Santos (1886-1970), que trouxe às telas, em 1922, as primeiras imagens da região amazônica por meio da produção "No Paiz das Amazonas". Ele foi um português que se apaixonou pelo Rio Amazonas e, aos 13 anos, cruzou o oceano em busca da Amazônia idealizada pelos europeus. Em 1913, Silvino realizou seu primeiro longa-metragem e, mais tarde, presenciou momentos marcantes da história brasileira.

Por meio da mistura de fatos históricos, memórias, conflitos, uma realidade criada e uma locução exterior, a narrativa é construída. Ao lado de Denise Fraga, que dá vida a Anita – esposa de Silvino -, o ator José de Abreu interpreta este pioneiro do cinema nacional, demonstrando o perfil psicológico de uma personagem e, ainda mais, de uma época. A obra audiovisual, de 1997, já foi contemplada diversas vezes, incluindo os prêmios HBO e Unesco, além dos festivais internacionais de Brasília, Toronto, Amsterdam, Bradford, Munique, entre outros, durante os anos de 1997 a 1999.

sábado, 15 de março de 2025

.: "Código Preto" traz aos cinemas trama repleta de mistério e dilemas morais


O suspense "Código Preto" ("Black Bag") está em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, e trazendo uma trama repleta de mistério e dilemas morais. O longa-metragem segue George Woodhouse (Michael Fassbender) e a esposa dele, Kathryn (Cate Blanchett), ambos agentes de inteligência com anos de experiência em espionagem. A vida do casal, aparentemente tranquila e apaixonada, entra em colapso quando Kathryn é suspeita de trair a nação, ao vazar informações confidenciais e perigosas.

Diante da suspeita de que a mulher pode ser uma traidora, George se vê em uma situação limite, quando precisa lidar com a maior pressão que já passou. Agora, ele se vê dividido entre duas lealdades: a dedicação ao país e a confiança que tem Kathryn. Em uma missão pessoal e secreta, George precisa investigar e descobrir se sua amada realmente é culpada, testando, assim, os alicerces do seu relacionamento e colocando em jogo o futuro do casal.

"Código Preto" explora o impacto de escolhas difíceis e os sacrifícios que um agente de inteligência precisa fazer, não apenas no campo profissional, mas também na vida pessoal. O filme nos leva a questionar até onde a lealdade pode ser testada, tanto pelo dever quanto pelo amor. Com uma narrativa cheia de reviravoltas e tensão, a obra promete manter o público em suspense até o último minuto.


Assista no Cineflix mais perto de você
As principais estreias da semana e os melhores filmes em cartaz podem ser assistidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.


"Código Preto" (legendado)
Título original: "Black Bag". Classificação: 14 anos. Ano de produção: 2024. Idioma: inglês. Diretor: Steven Soderbergh. Duração: 1h33m. Com: Cate Blanchett, Michael Fassbender, Tom Burke e outros.


Sala 2
13/3/2025 - Quinta-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00
14/3/2025 - Sexta-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00
15/3/2025 - Sábado: 15h00 - 17h00 - 19h00
16/3/2025 - Domingo: 15h00 - 17h00 - 19h00
17/3/2025 - Segunda-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00
18/3/2025 - Terça-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00
19/3/2025 - Quarta-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00

.: "Pequenas Coisas como Estas", o livro que inspirou o filme com Cillian Murphy


Ambientado na Irlanda, em 1985, a história de "Pequenas Coisas como Estas", livro da escritora irlandesa Claire Keeganlançado no Brasil pela editora Relicário, inspirou o filme em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil. A história do livro gira em torno de Bill Furlong, no filme interpretado por Cillian Murphy, um respeitável comerciante de carvão e madeira, filho de uma mãe solteira, que leva uma vida simples com a família. Durante o período de Natal, ele faz uma descoberta perturbadora sobre um convento local e as jovens mulheres que ali vivem. A revelação obriga Bill a enfrentar as consequências morais e sociais de suas ações em uma comunidade profundamente marcada pela influência da Igreja Católica e seus silêncios. A tradução é de Adriana Lisboa.

Segundo o jornal The New York Times, que incluiu o romance em sua lista de 100 melhores romances do século, “Nenhuma palavra é desperdiçada na pequena e polida joia de romance de Keegan, uma espécie de miniatura dickensiana centrada no filho de uma mãe solteira que cresceu e se tornou um respeitável comerciante de carvão e madeira com uma família própria na Irlanda de 1985. Moralmente, porém, poderia muito bem ser a Idade Média enquanto ele se depara com os crimes contínuos da Igreja Católica e as tragédias cotidianas causadas pela repressão, medo e hipocrisia grosseira". O romance foi finalista do International Booker Prize 2022; Livro vencedor do Orwell Prize; Está na lista dos 100 melhores livros do século XXI do The New York Times e na lista dos 100 melhores livros do século XXI pelos leitores do The New York Times


Sobre o filme
Baseado no livro da escritora irlandesa Claire Keegan, o filme "Pequenas Coisas como Estas" ("Small Things Like These") abriu o Festival de Berlim 2024 (Berlinale 2024) e apresenta Cillian Murphy, o astro de "Oppenheimer" explorando um dos capítulos mais sombrios e pouco conhecidos da história da Irlanda – as Lavanderias de Madalena —, momento em que a sociedade se curvou a abusos do poder patriarcal da igreja. Distribuído pela O2 Play no Brasil, o filme estreia na rede Cineflix e aos cinemas de todo o país nesta quinta-feira, dia 13 de março.

Esse é o primeiro filme produzido e estrelado por Cillian Murphy, vencedor do Oscar de Melhor Ator de 2024 pela atuação em "Oppenheimer". Em entrevista para a revista GQ publicada no começo de novembro, o ator comentou que havia lido o romance de Claire Keegan em 2020, logo após seu lançamento, e a história ficou em sua mente durante muito tempo. A ideia de transformá-lo em filme veio apenas no ano seguinte, quando ele buscava, junto do diretor Tim Mielants, material para um filme. Foi aí que sua esposa lhe sugeriu a adaptação do livro sobre as "Lavanderias de Madalena".

“O romance é muito delicado e cheio de tensão, apesar de ser tão compacto, e queríamos que o filme fosse assim também. É uma história muito simples por um lado, mas, na verdade, é realmente profunda e aborda temas realmente importantes. O elemento de flashback na história é essencial e precisou ser feito de forma bastante fluida. Não queríamos colocar uma legenda ou algo como ‘30 anos atrás’. Queríamos que, de repente, você estivesse no passado. É como o título do romance, uma acumulação de pequenos eventos e realizações que o leva a esse momento”, comentou Cillian Murphy.

Lavanderias de Madalena foram instituições operadas pela igreja católica entre os séculos XVIII e XX com o objetivo de reabilitar mulheres em situações de fragilidade, tidas como pecadoras pela sociedade da época - mães solteiras, vítimas de abuso ou as que eram consideradas promíscuas. A partir de 1920, as instituições passaram a adotar medidas mais abusivas, como exploração do trabalho das mulheres (obrigadas a lavar roupa) sem remuneração, a falta de garantia de seus direitos básicos, além da reclusão social como punição pelo que era considerado pecado cometido. A história real do que acontecia dentro dessas instituições veio a público apenas em 1996, com o encerramento das atividades do último asilo em Dublin.

O longa-metragem "Pequenas Coisas Como Estas", que abriu o Festival de Berlim 2024, conta a trajetória desses asilos a partir da história de Bill Furlong (Cillian Murphy), um respeitado vendedor de carvão e madeira de New Ross, em Wexford. Durante uma usual entrega para um convento, o comerciante descobre que maus tratos eram infligidos às jovens mulheres marginalizadas pela sociedade local, em sua maioria mães solo, assim como havia sido sua mãe. Isso faz com que ele relembre seu passado e sinta a necessidade de agir diante da situação.

"Pequenas Coisas Como Estas" é dirigido por Tim Mielants, com roteiro adaptado por Enda Walsh. O longa tem como produtores Ben Affleck, Matt Damon e Cillian Murphy. Na produção, Murphy também trabalhou em conjunto com Eileen Walsh, Michelle Fairley, Emily Watson, Clare Dunne e Helen Behan. O longa-metragem é uma produção da Artists Equity e Big Things Films com distribuição no Brasil da O2 Play.

O roteiro do filme é uma adaptação do livro homônimo da escritora irlandesa Claire Keegan. A obra venceu o Orwell Prize tendo sido finalista do Booker Prize 2022 e do Rathbones Folio. A publicação também entrou na lista dos 100 Melhores Livros do século XXI, divulgada pelo jornal The New York Times, e os leitores desse jornal, considerado um dos mais influentes do mundo, também o incluíram na mesma seleção. No Brasil, o livro foi recém-lançado pela Relicário Edições.


Sinopse de "Pequenas Coisas como Estas"
Ambientado na Irlanda, em 1985, a história de "Pequenas Coisas como Estas" gira em torno de Bill Furlong, um respeitável comerciante de carvão e madeira, filho de mãe solteira, que leva uma vida simples com a família. Durante o período de Natal, ele faz uma descoberta perturbadora sobre o convento local e as jovens mulheres que ali vivem. A revelação obriga Bill a enfrentar as consequências morais e sociais de tomar uma posição em meio a uma comunidade profundamente marcada pela influência da Igreja Católica - e seus silêncios.


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"Pequenas Coisas como Estas" (legendado)
Título original: "Small Things Like These". Classificação: 14 anos, Ano de produção: 2024, Idioma: inglês. Diretor: Tim Mielants, Duração: 1h38m. Com: Cillian Murphy, Emily Watson, Eileen Walsh, Michelle Fairley, Clare Dunne, Ciarán Hinds, Mark McKenna, Zara Devlin e outros.

15/3/2025 - Sábado: 18h40
16/3/2025 - Domingo: 18h40
17/3/2025 - Segunda-feira: 18h40
18/3/2025 - Terça-feira: 18h40
19/3/2025 - Quarta-feira: 18h40

.: "Rondinelli: o Deus da Raça do Futebol Brasileiro", livro em forma de HQ


O livro "Rondinelli: o Deus da Raça do Futebol Brasileiro" reúne desde a infância e saída do jogador de futebol da pacata cidade de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, ao Rio de Janeiro, a fase amadora no juvenil, até se tornar um jogador estratégico do Flamengo e chegar à Seleção Brasileira. Rondinelli salvou uma geração de integrantes do Flamengo ao fazer um gol icônico, que consagraria o time como campeão carioca de 1978, e despertaria paixões no torcedor rubro-negro. Um jogador que fez história no futebol brasileiro.

Rondinelli explica: “Essa identificação que tenho com o Flamengo, mas acima de tudo principalmente com o rubro negro, sempre foi o combustível para que eu me doasse de corpo e alma dentro de campo... Não foi fácil, mas eu e o torcedor superamos todos os obstáculos. Podem acreditar, sempre estivemos irmanados em alma”, explica o jogador, ao demonstrar a proximidade e a paixão entre ele e o torcedor. O autor e roteirista Meninéa, flamenguista, é pesquisador apaixonado pelas histórias do futebol profissional e de peladas. Acompanhou toda a carreira de Rondinelli no Flamengo, seus dramas e emoções. 

Estava lá na arquibancada quando o futuro “Deus da Raça" marcou de cabeça o gol que teve o condão de salvar aquela geração de ouro rubro-negra, sendo um verdadeiro divisor de águas na história do Clube de Regatas do Flamengo. Aqui nos apresenta um pequeno recorte da infância de Rondinelli, indo até sua despedida na Gávea. Pequeno recorte de importância fundamental para Rondinelli e o Flamengo.

O livro conta com prefácio de Zico, a numerologia de jogos e gols da carreira de Rondinelli, além de depoimentos de Rivelino, Galter, Cantarele e Quintiliano. E, ainda, uma galeria de fotos com registros históricos do jogador e de álbuns de colecionadores.

Sobre o livro
"Rondinelli: o Deus da Raça do Futebol Brasileiro". Gênero: Biografia, futebol, Flamengo, Seleção brasileira, personalidades. Formato: 15,5x22 cm, 68 pág., HQ colorida, ISBN 978-65-981557-3-5. R$ 60,00. editoraoartifice.com.br.


Sobre o autor e roteirista

Antonio Carlos Meninéa: carioca residente em São Paulo desde 1992, pesquisador apaixonado pelas histórias de futebol e de peladas em futebol. Autor das obras "Romeiro, o Sputnik Brasileiro - Trajetória de Um Craque do Futebol", lançado em 2004 (editora O Artífice) e "1981- O Ano Mais Feliz de Nossa Vida Rubro-Negra", em 2011 (Virtual Books). integra o livro "Bola na Rede - A Literatura em Campo" (Editora In House), em 2023. Seus próximos livros: "Alazão para Sempre: a Saga do Mais Famoso e Organizado Time de Pelada do Bairro de Botafogo" (RJ) e "Rua Principado de Mônaco: fragmentos de Uma Rua Congelada no Tempo". É membro do Grupo de Literatura e Memória do Futebol (Memofut) e radialista formado pela Radioficina de São Paulo.


Sobre o ilustrador
Ricardo Sousa:
quadrinista e ilustrador. Começou sua carreira em 2007, trabalhando com ilustrações, quadrinhos institucionais e digitais.

.: Prepare a pipoca: cinema a R$ 12,00 no Cineflix no Dia do Consumidor


Poucas combinações são mais saborosas do que ir ao cinema e economizar. No Dia do Consumidor, gastar pouco dinheiro é a melhor pedida na hora de assistir a um filme em tele grande. E neste sábado, dia 15 de março, os cinéfilos poderão assistir a qualquer longa-metragem, em qualquer horário, por R$ 12,00 o ingresso. No Cineflix Santos, as atrações vão desde os vencedores do Oscar - "Ainda Estou Aqui", "Anora", "Conclave" e "Flow" - o sucesso do momento "Mickey 17" e as estreias da semana, "Código Preto", "Pequenas Coisas Como Estas" e "Vitória". Confira a programação completa do Cineflix Santos neste link.

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.: Na Livraria Caraíbas, Marcel Naves debate "Escuderia Mariscot"


O livro "Escuderia Mariscot - O Nome do Esquadrão da Morte" marca a estreia do jornalista premiado Marcel Naves na literatura. Leitores e público poderão debater, na Livraria Caraíbas, este livro intrigante com o autor, que trará curiosidades da vida do policial bandido, os bastidores da concepção do livro e do jornalismo policial.

A partir da vivência, ainda criança, nas redações de São Paulo, nos anos 1970, Marcel passa a conhecer de maneira muito peculiar um período importante da história do crime organizado, no Brasil, e detalhes de um dos seus principais personagens, descortinando os bastidores de um mundo violento.

A obra surpreende. Não se trata de uma pesquisa acadêmica ou tampouco uma biografia, mas o relato particular do autor diante do surgimento da Scuderie Le Cocq e dos últimos anos de vida de um dos seus mais polêmicos integrantes, Mariel Mariscot.

Marcel se debruçou em arquivos e processos, além de entrevistas, e o resultado é um texto envolvente, com nuances ficcionais, mas muito realista. A Scuderie Le Cocq, criada na década de 1960 por policiais do Rio de Janeiro, foi um dos grupos mais temidos do Brasil por muito tempo, até ser extinto judicialmente no início dos anos 2000. O policial bandido Mariel Mariscot fez história como personagem sempre presente nas coberturas policiais da época.

O grupo ganhou destaque na mídia a partir de assassinatos, cujos corpos eram abandonados tendo ao lado o famigerado cartaz de um crânio cruzado por duas tíbias e logo abaixo, em destaque, as letras E.M. (Esquadrão da Morte), sua assinatura inconfundível. As redações recebiam telefonemas anônimos informando sobre os crimes cometidos e a localização dos cadáveres, os ‘presuntos’. O alvo era a publicidade e, claro, mandar um recado.

Mariel Mariscot, conhecido por ser um dos 12 homens de ouro da Guanabara, teve participação ativa na Scuderie, na qual fez história até ser expulso por sua atuação excessivamente violenta. Entre seus feitos, amplamente destacados nos jornais, estão uma fuga a nado de Ilha Grande, presídio de segurança máxima da ditadura militar, e sua eterna desavença com o famoso bandido Lúcio Flávio, eternizado na obra do cineasta Hector Babenco, Lúcio Flávio - O Passageiro da Agonia. E, ainda, o comentário do jornalista Percival de Souza sobre o Esquadrão e o trabalho de Marcel Naves, e fotos de Mariel Mariscot. Como classificar Mariel: policial bandido ou um bandido policial? É essa pergunta que o livro tenta responder, neste trabalho de fôlego do experiente jornalista Marcel Naves.


Sobre o autor
Marcel Naves atuou nas rádios Bandeirantes, CBN, Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Eldorado e Estadão. Os prêmios Vladimir Herzog, Ayrton Senna de jornalismo e o reconhecimento da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), como melhor repórter, estão entre algumas das muitas conquistas obtidas em sua trajetória.


Sobre o livro
"Escuderia Mariscot - O Nome do Esquadrão da Morte", com fotografias e comentário do jornalista Percival de Souza. Gênero: literatura brasileira. Subgênero: biografia, jornalismo. Palavras-chave: crime organizado; investigação criminal; crimes reais; história. 14x21 cm. 212 p., ISBN 978-65-981557-1-1. São Paulo: Trajetórias. R$ 60,00. www.editoraoartifice.com.br - editora@editoraoartifice.com.br

Serviço
Encontro com o autor Marcel Naves na Livraria Caraíbas
Neste sábado, dia 15 de março, sábado, a partir das 15h00
Livraria Caraíbas - Rua Caraíbas, 586, Perdizes

sexta-feira, 14 de março de 2025

.: Elis 80 anos – Um talento de rara beleza, por Luiz Gomes Otero

Elis Regina. Foto: Pedro Martinelli

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 


O ex-marido de Elis Regina, Cesar Camargo Mariano, disse em uma entrevista dada há alguns anos uma definição perfeita sobre ela. “Embora não soubesse, ela era um músico. Tinha todas as virtudes de um músico ao interpretar as canções”.

Isso resume de fato o que era o talento raro de Elis, que se estivesse viva completaria 80 anos no dia 17 de março. Desde os tempos dos festivais, quando praticamente decolou com o hit Arrastão. E mais tarde, nos anos 70, quando aprimorou ainda mais suas técnicas vocais e se uniu ao genial músico Cesar Camargo Mariano. São dessa fase álbuns antológicos com Falso Brilhante, Elis e Tom, Transversal do Tempo e Essa Mulher, que tem o hino da abertura democrática no País: O Bêbado e a Equilibrista.

Até mesmo sua fase final, com o disco que tem Trem Azul e o single Me Deixas Louca, Elis demonstrou sua qualidade. Um dos últimos hits foi composto por Guilherme Arantes (Aprendendo a Jogar), que levou a cantora a tocar novamente nas rádios.

Vou citar apenas três momentos que me impressionam até hoje: a canção Quero, do álbum Falso Brilhante, O Que Foi Feito Devera, em dueto com Milton Nascimento (do Clube da Esquina II) e Cinema Olympia, do álbum Ela de 1971.

É difícil imaginar como estaria Elis agora no alto de seus 80 anos – ela nos deixou precocemente com apenas 36 anos em 1982. Além de descobrir novos compositores, ela tinha o dom de transformar uma simples canção em um objeto de rara beleza, capaz de ser apreciado como um quadro de um pintor clássico.

Meu palpite é que ela estaria criando um selo próprio com os filhos João Marcello Boscoli, Pedro Mariano e Maria Rita, além de se associar em seus projetos musicais em família. Estaria literalmente com a faca e o queijo na mão para produzir e cantar o que quisesse. Enquanto nós, ouvintes, aguardaríamos suas novidades ansiosamente.


O que foi Feito Devera


Cinema Olympia


Quero



.: Gal Costa tem compacto raríssimo de 1972 relançado no streaming

Dois anos após sua partida, Gal Costa reafirma sua aura mítica em nossa música popular no ano em que completaria 80 primaveras. A prova disso é o frisson gerado com o lançamento surpresa da Universal Music Brasil nas plataformas digitais, na semana passada, do seu Compacto de 72.  Trata-se de um tape com três faixas registradas pela cantora em 1972, resgatadas pelo departamento de catálogo da companhia, em seu trabalho de digitalização de seu acervo para o digital.  

Após o megasucesso do show “Fat-al – Gal a todo vapor”, um marco na contracultura e no showbiz nacionais, Gal registrou esses fonogramas, noticiados à época pela imprensa.

O Compacto de 72 trazia no repertório, “A morte”, do amigo Gilberto Gil, com quem fez, até 1973, algumas apresentações na época do show “Gal Costa e Gilberto Gil”; “Vale quanto pesa”, de Luiz Melodia, compositor que ela acabara de lançar, incluindo “Pérola negra” no referido show “Fat-al”, e uma regravação de “O dengo que a nega tem”, do início da carreira de Dorival Caymmi – essa, em versão livre, repleta de improvisos viajantes, totalizando sete minutos e vinte segundos, bem ao espírito psicodélico da época.

Pelo frescor da voz e intensidade das interpretações, não é de se estranhar a comoção que este presente vêm causando em seus fãs. Uma artista verdadeiramente imortal.

Ouça e baixe aqui: http://umusicplay.lnk.to/Compacto1972

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