quarta-feira, 12 de março de 2025

.: Resenha: "É Tempo de Amar" é história de amor cheia de segredos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em março de 2025


O drama franco-belga "É Tempo de Amar", protagonizado por Anaïs Demoustier ("Querida, Léa", "Daaaaaalí!") em dobradinha com Vincent Lacoste ("Ilusões Perdidas", "Inverno em Paris"), dirigido por Katell Quillévéré. Baseado na história real da avó da diretora, que manteve em segredo por muitos anos o fato de ter tido um relacionamento com um soldado alemão durante a ocupação nazista na França, apresenta em 2 horas e 5 minutos a história de Madeleine (Anaïs Demoustier).

Jovem solteira que cria o pequeno Daniel enquanto trabalha como garçonete num restaurante próximo ao mar. É justamente por conta de uma desventura do garotinho que o destino de Maddy muda completamente ao esbarrar em François (Vincent Lacoste). Ao engatarem um romance, uma oportunidade longe dali surge.

Em meio a amores e desamores, o casal mantém a família que aumenta com o nascimento de uma linda garotinha. Contudo, mesmo em outro endereço, François não consegue escapar da própria essência e, com seus desejos descontrolados, cai numa armadilha que tira seu objetivo de vida. 

Ambientado em 1947, inicialmente, "É Tempo de Amar" faz recortes dos segredos de vida de um casal com dois filhos, em busca de suas identidades e lugar no mundo. No entanto, revela-se uma história de amor cheia de segredos. Vale a pena conferir na Cineflix Cinemas!


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN



"É Tempo de Amar" (Le Temps D’Aimer). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, romanceClassificação: 16 anos. Duração: 2h05. Direção: Katell Quillévéré. Roteiro: Katell QuillévéréElenco: Anaïs Demoustier, Vincent Lacoste, Paul Beaurepaire. Sinopse: Uma jovem conhece um estudante rico e a relação dos dois é muito intensa desde o primeiro momento. Confira os horários: neste link

Trailer "É Tempo de Amar"


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.: Resenha documentário "Amizade": 30 anos de provocações sobre o viver

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em março de 2025


O poder da amizade entre os diferentes, capaz permitir a criação de elos em diversos registros arquivados ao longo de 30 anos, derramado na tela em poesia falada e imagética. Eis o documentário poético e reflexivo "Amizade", de Cao Guimarães (Santino) que, com uma forma diferente de ver além de si, retrata amigos e todos aqueles que o circundaram ao longo desse tempo -inclusive em produções. Assim, em "Amizade", tudo começa durante a mudança de Belo Horizonte a Montevidéu, com o velho amigo Beto Magalhães, produtor de quase todos os seus filmes.

Em meio a momentos íntimos e espontâneos de amizade com diversos artistas, reflexões e provocações juvenis e maduras, também se desenha o viver num Brasil caótico, com a democracia em risco. Seguir em frente, mas também respirar e se conectar com a natureza. Absorver a beleza das pequenas coisas e testemunhar os choques de gerações diante das telas que, antigamente eram tão mais amplas e geravam experiências, enquanto que hoje tudo vai na palma da mão.

Em meio às relações presenciais e virtuais, surgem devaneios, desabafos e até pensamentos sobre a morte quando o mundo se viu diante da pandemia da Covid-19, passando a não vendar somente os olhos, mas também nariz e boca. "Amizade", de Cao Guimarães entrega uma fotografia que é pura arte visual, imbuídas de provocações sobre o viver hoje. 

O documentário estreia nos cinemas brasileiros no dia 13 de março, com distribuição da Embaúba Filmes.

"Amizade" ("nacional"). Gênero: documentárioClassificação: livre. Duração: 1h28. Ano: 2024. Distribuidora: Embaúba Filmes. Direção: Cao GuimarãesRoteiro: Cao Guimarães. Sinopse: Por 30 anos, Cao Guimarães documentou fragmentos de sua amizade com colegas artistas. O filme é um mosaico de momentos domésticos registrados em diversos formatos, que vão de telas de computador e filmes em Super-8 e 16mm a fitas cassete e antigas gravações de secretárias eletrônicas. Esses rabiscos audiovisuais são poéticos, banais, profundos, tristes ou desinibidamente alegres. Acima de tudo, são uma celebração sobre passar tempo juntos e envelhecer.

Trailer


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.: "Antirracismo em contos leves": para pensar uma sociedade mais igualitária

Contos antirracistas para pensar uma sociedade mais igualitária. Du Prazeres une ficção científica, afrofuturismo, narrativas ancestrais e cultura popular em busca do combate ao preconceito por meio da educação


Professor universitário, cria da favela, formado em escolas públicas e homem preto, Du Prazeres vivenciou as lutas da comunidade negra e percebeu desde cedo que a educação é a única forma de combater o racismo. A estreia dele na literatura, com Antirracismo em contos leves, levanta debates sobre os preconceitos e a importância de buscar um mundo com mais igualdade social.

Os 12 contos apresentados na obra atravessam temas urgentes que refletem sobre o país: a influência do tráfico entre jovens na favela; a falta de oportunidades profissionais que leva muitos meninos a verem o futebol como alternativa exclusiva para o sucesso; a dificuldade de continuar os estudos em um ambiente desfavorável; e o uso da representatividade em obras culturais para fins unicamente comerciais. São temas diversos, mas que formam um retrato contemporâneo dos dilemas de um Brasil racista e com profundas diferenças econômicas.


O desespero é tão grande que pego um pouco de terra batida, abaixo a cabeça, disfarço e passo a poeira no rosto, para secar a lágrima que já não era só uma. Respiro fundo. Tento pensar em coisas bonitas, em coisas que me deram alegria. Penso em minha mãe, acho que neste exato momento se meu pai voltasse, eu o abraçaria. Que se dane! Pra que levar ódio junto com a gente. Viu só? Eu sei que é pecado, então eu saber que é um sentimento errado, já anula tudo. Mata o pecado. Tenho total ciência do que é certo ou errado, mas sou gente. (Antirracismo em contos leves, p. 54)


Como o mundo atual não pode ser dissociado do passado, o autor mostra o poder da ancestralidade nos textos “1881 - Desapropriação”, “Ginjinha” e “A luz que tudo ilumina”. No primeiro, os personagens estão ameaçados de perder suas terras, então a resistência se torna um ato para proteger a cultura e a identidade da comunidade. O segundo conto revela como uma simples bebida remonta à memória afetiva familiar, à busca por pertencimento e aos impactos da imigração. Já o terceiro apresenta um griot, o guardião da memória e da palavra em muitos povos africanos, que compartilha saberes com crianças ao redor de uma fogueira.

Além de textos mais voltados ao realismo, que se inspiram na cultura popular e nas narrativas ancestrais, Du Prazeres utiliza o afrofuturismo e a ficção científica para imaginar outras realidades para a população negra. Em “Ìwa Pèlè”, uma doença que só afeta pessoas brancas faz pesquisadores viajarem a outro planeta à procura de uma substância de cura, mas a capitã do grupo precisará enfrentar alienígenas no meio da missão. “Tulipas Kaufmannianas”, por outro lado, analisa o valor do afeto e da empatia ao narrar a história de um general solitário que forma vínculo com uma cadela destinada a uma missão espacial perigosa.

Com apresentação da escritora Cidinha da Silva e arte produzida pela pintora Ani Ganzala, Antirracismo em contos leves potencializa discussões em prol de utilizar a literatura como ferramenta de mudança social. “Não é confrontando belicamente os brancos que vamos minimizar o racismo. Como homem negro e apaixonado por literatura, quis contribuir com ideias para a consolidação do debate sobre como buscar um pouco mais de igualdade, não só racial, como para toda a sociedade. Acredito verdadeiramente no alcance de um livro como instrumento de mudança”, afirma o autor.

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FICHA TÉCNICA

Título: Antirracismo em contos leves

Autor: Du Prazeres

Editora: Bambolê

ISBN: 978-65-86749-72-4

136 páginas

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terça-feira, 11 de março de 2025

.: "A Síndrome da Gueixa": em busca da verdadeira autonomia e maturidade

No livro "A Síndrome da Gueixa", a psicóloga ayurvédica Luciana Leon reflete sobre o autoconhecimento e a emancipação emocional


Abdicar das próprias vontades e sonhos para priorizar as necessidades do próximo. Este é um comportamento comum percebido pela psicóloga Luciana Leon ao longo dos anos de clínica terapêutica. A especialista notou neste padrão que, ao atender às expectativas alheias, há geralmente um anseio do paciente em ser aceito pelo outro. A análise deste tipo de atitude, que parece vir desde a infância, e as possibilidades de remediá-la, estão no centro do livro "A Síndrome da Gueixa".

Em um contexto arquetípico, a figura da artista japonesa é usada para representar alguém que estabelece como meta de vida servir ao outro. Segundo a autora, a criança que não se sente amada leva seu desejo de pertencimento para a vida adulta, e essa angústia se transforma em submissão. Porém, ao se tornar invisível para si, a pessoa acaba também não sendo vista por aqueles ao seu redor. Embora as gueixas sejam tradicionalmente apenas mulheres, todos os gêneros podem reproduzir essa postura servil.

Com casos clínicos reais, a autora exemplifica as diferentes manifestações e nuances deste condicionamento, e de que maneiras a vida dos envolvidos é prejudicada por ela, como o caso de uma paciente que tenta há anos realizar o sonho do próprio negócio, mas não sabe se conseguirá sem o apoio dos pais. Desta forma, ao longo das páginas do livro é possível acompanhar pessoas com posturas submissas em relacionamentos familiares, mas também afetivos e de amizade.

Através dos ensinamentos da Psicologia do Yoga e do Ayurveda, práticas milenares de origem indiana, é incentivado ao leitor o desenvolvimento pessoal, e a entrar em contato com as verdadeiras motivações. Para a autora, o livro não apenas foi uma forma de se despedir da própria faceta de gueixa, mas de apresentar caminhos para outras pessoas presas a este comportamento.


Autoamor é autocuidado. O autoamor é central. É o objetivo final, porque quando nós nos amamos é um indicativo de que, enfim, estamos nos vendo mais próximos do que somos de verdade. É escolher bem não só como nos alimentamos, mas os amigos, ambientes, estímulos. Autoamor é cuidar para não nos negligenciarmos por preço algum. (A Síndrome da Gueixa, pág. 71)


Com linguagem cotidiana acessível e acolhedora, "A Síndrome da Gueixa" reflete sobre a importância da autonomia e da busca por maturidade emocional, sem idealizações. Através de sua trajetória pessoal e profissional, Luciana Leon demonstra como romper condicionamentos e construir a própria maneira de estar no mundo. 


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FICHA TÉCNICA

Título: A Síndrome da Gueixa

Autora: Luciana Leon

Editora: Viseu

ISBN: 9786525496115

Formato: E-book

226 páginas

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.: "O Figurante" com Mateus Solano é prorrogado no Teatro Renaissance

A peça retrata o cotidiano de um figurante no audiovisual, que passa a questionar sua própria existência e enfrentar um intenso embate consigo mesmo. A direção é de Miguel Thiré, que volta a colaborar com Mateus Solano após o sucesso de Selfie — espetáculo que lotou teatros de 2014 a 2018 — em uma parceria inédita na dramaturgia com Isabel Teixeira. Foto: Dalton Valerio


Devido ao sucesso de público, a temporada de "O Figurante" foi prorrogada até 29 de junho, no Teatro Renaissance, em São Paulo. As apresentações seguem às sextas-feiras, às 21h, aos sábados, às 19h, e aos domingos, às 17h.  

A comédia dramática traz o ator Mateus Solano em seu primeiro monólogo, no papel de um figurante que passa a questionar sua própria existência e seu lugar em um mundo que parece mantê-lo em segundo plano.   

Com direção de Miguel Thiré que contou com a colaboração na dramaturgia de Mateus Solano e Isabel Teixeira, a trama mergulha na rotina de Augusto, um figurante que luta para encontrar a si próprio em meio a uma rotina pobre de sentido, que o mantém num lugar muito aquém da sua potência como ser humano.    

"O Figurante" reflete sobre a dificuldade de se conectar com a própria essência e sobre os desafios de assumir o controle da própria narrativa. “Somos um animal que cria histórias para viver e um mundo para acreditar. Na ânsia em fazer parte desse mundo, acabamos por nos afastar de nós mesmos a ponto de não saber se somos protagonistas ou figurantes de nossa própria história”, reflete Mateus Solano.  

A dramaturgia foi construída a partir do método Escrita na Cena, desenvolvido por Isabel Teixeira, que estimulou o ator a explorar sua própria criatividade por meio de improvisos. As cenas criadas por Mateus foram gravadas, transcritas e reelaboradas por Isabel para compor o texto final, preservando a autenticidade das reflexões do personagem.  

“Atores e atrizes escrevem no ar da cena, onde vírgula é respiração e texto é palavra dita e depois encarnada no papel. Essa é a tinta de base usada para escrever ‘O Figurante’. Partimos de improvisos de Mateus Solano e posteriormente mergulhamos no árduo e delicioso trabalho de composição e estruturação dramatúrgica. ‘O Figurante’ coloca no centro o que normalmente é deixado de lado, ampliando o olhar para o que muitas vezes passa despercebido”, explica Isabel Teixeira.  

A peça dá continuidade à pesquisa de linguagem desenvolvida há anos por Miguel Thiré e Mateus Solano: uma encenação essencial, que se vale basicamente do corpo e da voz como balizas do jogo cênico. No palco nu, Mateus dá vida ao Figurante e demais personagens através do trabalho mímico.   

“Sempre acreditei em um teatro que debate direto com a sociedade, que toca o público. O que queremos dizer? Como vamos dizer? Neste quinto trabalho juntos, ao invés de dividirmos o palco, passo eu para esse lugar de ‘espectador profissional’ que é a direção. Acompanho o trabalho desse brilhante ator (Mateus Solano) que dá vida a um outro ator (o personagem) que, por sua vez, não consegue brilhar. “O Figurante busca colocar o foco onde normalmente não há. O trabalho é fazer este personagem quase desaparecer, estar fora de foco, ser parte do cenário”, explica Miguel Thiré, diretor.  

A montagem chegou em São Paulo em janeiro após uma temporada carioca  de muito sucesso entre os meses de julho a outubro, seguida de passagens por cidades de Minas Gerais, Porto Alegre, Brasília e Ribeirão Preto.   


Ficha Técnica:  

Dramaturgia: Isabel Teixeira, Mateus Solano e Miguel Thiré. Atuação: Mateus Solano. Direção: Miguel Thiré. Direção de Produção: Carlos Grun. Direção de Movimento: Toni Rodrigues Desenho de Luz: Daniela Sanches. Direção Musical e Trilha Original: João Thiré. Design Gráfico: Rita Ariani. Desenho de Som: João Thiré. Fotos: Guto Costa. Equipe de Produção: Flavia Espírito Santo, Glauce Guima, Kakau Berredo e Cleidinaldo Alves. Idealização e Realização: Mateus Solano, Miguel Thiré e Carlos Grun. Produção: Bem Legal Produções. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli.  


Miguel Thiré – Diretor e Coautor  

Miguel Thiré, nascido em 1982 no Rio de Janeiro, é filho do ator Cecil Thiré e da atriz Tônia Carrero. Desde os 10 anos, iniciou sua formação no teatro n’O Tablado e, desde então, vem se destacando nas artes cênicas, com passagens por teatro, cinema e TV.  

No teatro, trabalhou em peças como Tango, Bolero e Chá-chá-chá e A Babá, ambas sob direção de Bibi Ferreira, e em Otelo, dirigida e estrelada por Diogo Vilela. Também atuou em Série 21, dirigida por Jefferson Miranda, e em Macbeth, sob a direção de Aderbal Freire-Filho. Outros trabalhos notáveis incluem Os Altruístas e O Homem Travesseiro, pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante no FITA 2013.  

Na TV, esteve presente em novelas como Porto dos Milagres, Malhação, Em Família, Paixões Proibidas e Poder Paralelo, além da série Copa Hotel. Como diretor, sua carreira inclui peças como Doutor, minha filha não para de dançar ao lado de Mateus Solano, e a criação de Superiores, premiada no festival de Campos dos Goytacazes.  

Isabel Teixeira– Coautora  

Isabel Teixeira é diretora, dramaturga e atriz, formada pela EAD. Fundadora da Cia. Livre de Teatro, se destacou em peças como Toda Nudez Será Castigada e Um Bonde Chamado Desejo, sendo indicada ao prêmio Shell de melhor atriz em 2002. Em 2005, coordenou o projeto Arena Conta Arena 50 Anos, premiado com o Shell e o APCA.  

Ela também atuou em peças como Gaivota, Rainha[(S)] (prêmio Shell de melhor atriz em 2009), e O Livro de Itens do Paciente Estevão. Em 2013, dirigiu o monólogo Desarticulações, com Regina Braga, e o show Tudo Esclarecido, com Zélia Duncan.  

Como diretora, seus projetos incluem Puzzle (a, b, c e d), Fim de Jogo, com Renato Borghi, e Lovlovlov, peça com texto de Teixeira, Diego Marchioro e Fernando de Proença. Entre 2014 e 2020, fez turnê com a peça E Se Elas Fossem para Moscou?, que foi exibida em diversos países. Atualmente, em 2024, Teixeira dirige a Cia Munguzá no projeto Linhas e colabora na dramaturgia de O Figurante.  

Mateus Solano – Ator e Autor  

Mateus Solano é um dos mais premiados atores da televisão e teatro. Ele recebeu dois Troféus Imprensa, um Prêmio APCA e o Prêmio Bibi Ferreira. Formado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira no teatro com O Homem que Era Sábado, de Pedro Brício, em 2003.  

Solano se tornou um nome conhecido ao interpretar Ronaldo Bôscoli na minissérie Maysa - Quando Fala o Coração (2009). No mesmo ano, iniciou sua trajetória nas novelas com os gêmeos Jorge e Miguel em Viver a Vida. Outros destaques na TV incluem Morde & Assopra, Gabriela, Amor à Vida (onde interpretou o vilão Félix, marcando a história da teledramaturgia) e Elas Por Elas.  

Nos palcos, Mateus esteve em peças como Tudo é Permitido, O Perfeito Cozinheiro das Almas desse Mundo e 2 p/ Viagem (com Miguel Thiré), além de atuar em Hamlet e Selfie. No cinema, participou de Linha de Passe (2008), exibido em Cannes, e recebeu prêmios de Melhor Ator em festivais de cinema. Solano também estrelou filmes como Confia em Mim e Benzinho.   


Serviço:  

O Figurante  

Temporada prorrogada até 29 de junho.  

Sextas às 21h, sábados às 19h e domingos às 17h.  

Duração: 70 minutos.  

Ingressos: Disponíveis no site do Olha o Ingresso  

R$150,00 (inteira) R$75,00 (meia)  


Teatro Renaissance  

Alameda Santos 2233 - Jardim Paulista, Piso E1  

Bilheteria de sexta a domingo das 14h ao início do espetáculo  

Site: teatrorenaissance.com.br    

.: Teatro: Beth Goulart retorna com “Simplesmente eu, Clarice Lispector”

Em comemoração aos 50 anos de carreira Beth Goulart retorna com o premiadíssimo espetáculo, visto por mais de 1 milhão de pessoas em mais de 280 cidades,  que fica em curta temporada no Rio de Janeiro. "Simplesmente eu, Clarice Lispector". Fotoo: Fabian


Com atuação, direção e adaptação de Beth Goulart, e supervisão de direção de Amir Haddad, o espetáculo “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, retorna aos palcos após 10 anos. Agora, o espetáculo chega ao Teatro I Love PRIO, no Rio de Janeiro, como celebração aos 50 anos de carreira de Beth Goulart, entre os dias 14 e 30 de março, de sexta a domingo (sexta e sábado às 20h e, domingo, às 19h) como parte da programação do Mês da Mulher. Ingressos aqui. 

'Simplesmente eu, Clarice Lispector' é uma ode ao amor, quando vou de encontro ao viés mais presente e importante da obra da Clarice na busca por esse sentimento, o mais sublime do ser humano”, reflete Beth Goulart, premiada como “Melhor Atriz” com o “Shell 2009”, “APTR”, “Revista Contigo” e “Qualidade Brasil”, este último, que também premiou a montagem como “Melhor Espetáculo”, que passou dois anos debruçada na obra da autora, mergulhada em extensa pesquisa.

E foi a partir de uma identificação profunda com a obra de Clarice Lispector que Beth Goulart trouxe aos palcos o monólogo que conduz o público pelo universo da escritora, revelando facetas de sua personalidade e de seus personagens. "A arte é o vazio que a gente entendeu", disse Clarice, e Beth busca, no teatro, refletir essa profundidade, trazendo a escritora para o palco com voz, corpo e emoção.

Extraído de depoimentos, entrevistas, correspondências e depoimentos de Lispector, assim como fragmentos de suas obras mais emblemáticas, como "Perto do Coração Selvagem", "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres", e os contos "Amor" e "Perdoando Deus", que se constrói a narrativa de “Simplesmente eu, Clarice Lispector”. Beth entrelaça a autora e as vozes de quatro personagens femininas, Joana, Lori, Ana e mulher sem nome, que representam diferentes momentos da vida e do pensamento de Clarice. A cenografia minimalista e a iluminação, meticulosamente desenhada, criam um espaço onírico, onde a autora e suas personagens dialogam sobre amor, silêncio, solidão e o mistério da existência.

A montagem conta com um time de renomados parceiros artísticos. Amir Haddad assina a supervisão de direção, desafiando Beth a explorar ainda mais a comunicação com o público. A trilha sonora original de Alfredo Sertã, inspirada em compositores como Erik Satie, Arvo Pärt e Astor Piazzolla, guia a atmosfera sensorial da obra. A iluminação de Maneco Quinderé e a direção de movimento de Márcia Rubin, assim como a preparação vocal conduzida por Rose Gonçalves, adicionam camadas de expressividade à encenação. O cenário, assinado por Ronald Teixeira e Leobruno Gama, evoca um vazio branco, que acolhe e transforma o espaço cênico com a luz e os movimentos da atriz. O figurino de Beth Filipecki reforça a elegância e simplicidade de Clarice e seus personagens. Com visagismo de Westerley Dornellas e uma programação visual elaborada por Carol Vasconcellos.

Na montagem de "Simplesmente eu, Clarice Lispector", a essência da literatura de uma das mais importantes escritoras do século XX, dona de uma obra que cruza fronteiras geográficas e de gênero, em direção ao entendimento do amor, de seu universo, suas dúvidas e contradições.

"Simplesmente eu, Clarice Lispector" chega ao Teatro I Love PRIO para emocionar o público carioca, e também, fomentar a leitura. Para isso, após cada apresentação, Beth Goulart realiza o sorteio de dois livros, um da obra de Clarice Lispector e outro de sua própria autoria.


Serviço:

“Simplesmente eu, Clarice Lispector” @ Teatro I Love PRIO

Data: 14 a 30 de março de 2025 | sexta a domingo

Horários: Sextas e sábados às 20h, domingos às 19h

Classificação: 12 anos

Duração: 60 minutos  

Capacidade: 352

Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/102761/d/300858/s/2053466 

 


Sinopse:

Clarice Lispector conversa com o público sendo ela mesma e suas personagens, quatro mulheres que, para Beth Goulart, representam as várias facetas de Clarice: Joana, que representa impulso criativo selvagem de “Perto do Coração Selvagem”; Ana, do conto “Amor”, que representa a fase da autora dedicada ao marido e aos filhos; Lori, da obra “Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, uma professora primária que se prepara para descobrir e se entregar ao amor; e uma personagem sem nome do conto "Perdoando Deus, com sua ironia, inteligência e humor.


Beth Goulart sobre sua relação com Clarice Lispector e o viés da dramaturgia de “Simplesmente eu, Clarice Lispector”:

Para o monólogo que atua e dirige, Beth Goulart passou dois anos mergulhada numa extensa pesquisa. Com narrativa que se constrói a partir de trechos de entrevistas, depoimentos e correspondências. Segundo Beth, toda essa ligação se dá por uma única linha: o amor: “Clarice falava sobre o amor maternal, o relacionamento, o amor a Deus, à natureza, ao próximo. Escolhi esse viés para apresentá-la ao público."

Joana, uma mulher inquieta, que representa o impulso criativo selvagem e foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu, no auge da adolescência, ao ler “Perto do Coração Selvagem”, romance de estreia da autora. Sua identificação foi inevitável: "Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia", confessa a atriz.

Já Ana, do conto "Amor", leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico: “Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos”, destaca a diretora.

Lóri, da obra “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir e se entregar ao amor.: “Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor, o sentimento mais transformador do ser humano”, declara Beth.

Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto "Perdoando Deus", se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana: “Essa personagem sem nome representa a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres representam algumas facetas da própria Clarice e foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira”, sentencia Beth Goulart.

A atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma: "Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas.

Na peça, Beth faz reflexões sobre temas como criação, vida e morte, Deus, cotidiano, solidão, arte, aceitação e entendimento e trabalha pontos característicos da obra de Lispector, como o vazio, o silêncio e o instante-já,: "Aquele momento único, que é como um flash, um insight, em que tudo se esclarece", explica a atriz.

Para a Beth, representar Clarice Lispector é realizar um antigo desejo: "Eu sempre acalentei essa vontade de um dia poder dar meu corpo, minha voz, minhas emoções para colocá-la viva em cena."

A caracterização foi feita de forma cuidadosa. Detalhes como a maquiagem ganharam tratamento especial de Beth Goulart, que optou por um caminho neutro para passear livremente pela pele das personagens e da autora: "O espetáculo todo é como se fosse uma grande folha em branco a ser escrita por essas personagens, pelos movimentos, pelas ações, pelos sentimentos, pela luz."


 


FICHA TÉCNICA 

Texto: Clarice Lispector

Adaptação, Interpretação e Direção: Beth Goulart

Supervisão de direção: Amir Haddad

Gênero: Espetáculo Poema

Iluminação: Maneco Quinderé

Operadora de Luz: Diana Cruz  

Trilha Sonora Original: Alfredo Sertã

Operador de Som: Paulo Mendes

Figurino: Beth Filipecki

Camareira: Flávia Cotta

Cenografia: Ronald Teixeira e Leobruno Gama

Diretor de Cena: Guaraci Ribeiro

Assessoria de imprensa: Silvana Cardoso E. Santo (Passarim Comunicação)

Programação visual: Studio C Comunicação

Produção Executiva: André Filippe Oliveira

Direção de Produção: Pierina Morais

Realização: Self Produções Artísticas LTDA.

Classificação: 12 anos

Duração: 60 minutos

.: Neguinho da Beija-Flor: Globoplay e Multishow preparam dois projetos

Neguinho da Beija-Flor — Foto: Vladimir Seixas/globoplay


O adeus ao ícone com gostinho de quero-mais! Neguinho da Beija-Flor acaba de se aposentar após 50 anos à frente da Beija-Flor de Nilópolis e a despedida do intérprete vai ganhar um conteúdo exclusivo. O Multishow e o Globoplay, em parceria com AfroReggae Audiovisual e Formata, preparam um reality show para decidir quem será o sucessor na agremiação de Nilópolis. O cantor fará participação ativa no conteúdo, sendo membro da banca de jurados ao lado de integrantes da escola e outros especialistas do samba e do carnaval.

As gravações estão previstas para o primeiro semestre de 2025 e a estreia será em 2026. “Vamos abrir inscrições para pessoas de todo o Brasil participarem. De todos os candidatos ou candidatas, sobrarão 8 finalistas. A ideia é que o vencedor ou vencedora já cumpra toda a agenda da escola de samba, desde a escolha do samba enredo”, adianta José Junior, produtor do projeto, que tem criação de Gabriel David e direção de Jorge Espírito Santo.

Já o Globoplay, em parceria com AfroReggae Audiovisual e Formata, promete reunir, através de um documentário, com previsão de estreia ainda em 2025, cenas inéditas dos últimos momentos do intérprete à frente da escola de samba. Desde a sua preparação, passando pelo último desfile oficial, reações na apuração e claro, o desfile das campeãs, onde a Beija-Flor foi vencedora no Carnaval de 2025 do Rio de Janeiro. “Nós captamos o desfile, temos registros desses últimos momentos dele, dessa preparação e muito mais. O doc vai contar toda a trajetória do Neguinho, que tem uma história de muita superação. O material que a gente tem está muito poderoso, tem imagens de arquivo inéditas. E vamos contar a história toda de uma maneira envolvente", comemora José Junior, criador e produtor do conteúdo, que tem direção de Jorge Espírito Santo. 

segunda-feira, 10 de março de 2025

.: "Confinado": filme com Bill Skarsgård e Anthony Hopkins ganha pôster

A Diamond Films, maior distribuidora independente da América Latina, acaba de revelar o pôster do seu mais novo thriller, "Confinado" (“Locked”). Estrelado por Bill Skarsgård e Anthony Hopkins, o novo filme do diretor David Yarovesky chega aos cinemas de todo o Brasil em 8 de maio, colocando o espectador na mesma experiência angustiante do seu protagonista, o assaltante Eddie (Skarsgård), que de repente se vê preso em uma armadilha mortal. 

Na trama, Eddie estava em busca de um novo alvo quando se depara com um SUV de luxo. O veículo, no entanto, é de propriedade de William (Hopkins), um homem misterioso que se autoproclama um justiceiro. Determinado a punir Eddie cruelmente por sua audácia, William faz do seu carro uma verdadeira prisão sobre rodas. Diante de um inimigo frio e calculista, Eddie não terá outra saída a não ser tentar sobreviver a um jogo implacável, em que ele e todos à sua volta correm perigo.

Com distribuição da Diamond Films, o eletrizante "Confinado" estreia em 8 de maio nos cinemas.

 

Sobre a Diamond Films

A Diamond Films é a maior distribuidora independente da América Latina. Fundada em 2010, se destaca por distribuir os melhores filmes independentes da indústria cinematográfica. Atualmente, a empresa atua em sete países da América Latina: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México. No ano de 2016 começou a atuar no mercado europeu, por meio da sua filial na Espanha. No Brasil desde 2013, a Diamond Films distribuiu títulos como “Os Oito Odiados”, “Moonlight - Sob a Luz do Luar”, “Green Book - O Guia”, “Moonfall – Ameaça Lunar”, “No Ritmo do Coração”, “Spencer”, “A Pior Pessoa do Mundo”, “Órfã 2: A Origem”, “One Piece Film Red”, “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, “Fale Comigo”, “Zona de Interesse”, “Anatomia de Uma Queda” e “Guerra Civil”.


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.: Jornalista Karine Alves é a Penha no "The Masked Singer"

Karine Alves no "The Masked Singer". Reprodução/TV Globo


A desmascarada do "The Masked Singer" deste domingo, dia 09, carrega tanto bom humor, empatia e aspirações quanto a pessoa por trás da fantasia. Penha, que homenageia a personagem de ‘Cheias de Charme’, foi a escolhida pelos jurados para a revelação. A jornalista esportiva Karine Alves era a personalidade que dava vida à Penha no palco do programa. “Acho que todos nós brasileiros temos uma Penha dentro da gente. A Penha é alegre, consegue vencer qualquer desafio, ela é destemida e o brasileiro é assim”, diz Karine, e aborda sua relação com a música: “Ganhei meu primeiro violão quando criança do meu pai, comecei cantando na igreja, tive banda na adolescência [...], e pensei ‘se as pessoas param para me ver cantar, posso usar a minha voz para levar outras mensagens, e me tornei jornalista’”.

Karine foi desmascarada após apresentar um medley de “Bang!”, de Anitta, e “Quizás, Quizás e Quizás”, de Andrea Bocelli, como Penha, por decisão do júri, formado por Belo, Tata Werneck, Tony Ramos e Sabrina Sato, que, neste episódio, ganhou o reforço especial, neste episódio, do humorista Rodrigo Sant’Anna. Penha foi uma das menos votadas, ao lado de Foguinho, pela plateia, após todas as apresentações individuais.

O episódio contou ainda com uma abertura de Eduardo Sterblitch, que já participou da atração como jurado e mascarado, e retornou nesta temporada para interpretar uma versão da música “Blue Moon”. Eliana seguiu no comando da competição, enquanto Kenya Sade trouxe os bastidores e a interação com a plateia.

A quinta temporada do "The Masked Singer Brasil" homenageia as novelas dando início à comemoração de 60 anos da TV Globo. O reality é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, com direção geral de Marcelo Amiky. 

sábado, 8 de março de 2025

.: Dia Internacional da Mulher: mulheres que marcaram a história de SP

Todas elas estão enterradas no cemitério da Consolação e podem ser visitados

 

O Dia Internacional da Mulher, celebrado neste sábado (8), é uma oportunidade para reconhecer o legado de mulheres que transformaram a sociedade e abriram caminhos para as futuras gerações. Em São Paulo, algumas dessas figuras notáveis estão sepultadas no Cemitério da Consolação, um verdadeiro museu a céu aberto, onde suas trajetórias continuam inspirando e podem ser visitadas por um passeio guiado.

Seja na arte, na educação, na filantropia ou na luta por direitos sociais, essas mulheres deixaram marcas profundas na história da cidade e do Brasil. Conheça cinco personalidades cujas contribuições ainda ecoam no presente.


Cinco mulheres que fizeram história

Domitila de Castro (Marquesa de Santos) (1797-1867). Foto divulgação

Figura central na corte brasileira durante o Primeiro Reinado, Domitila de Castro ficou conhecida por seu relacionamento com Dom Pedro I, mas sua importância vai muito além. Após o fim do romance, tornou-se uma grande benemérita, dedicando-se a obras de caridade e ao desenvolvimento da cidade de São Paulo.

Tarsila do Amaral (1886-1973). Foto divulgação

Um dos maiores nomes da arte brasileira e uma das precursoras do Modernismo no país. Autora da obra Abaporu, Tarsila revolucionou a pintura ao incorporar cores e formas inspiradas na cultura nacional. Sua arte influenciou gerações e ajudou a consolidar o movimento modernista, colocando o Brasil no cenário internacional da arte.

Olívia Guedes Penteado (1872-1934). foto: divulgação / colorização: São Paulo Antiga

Grande mecenas das artes e incentivadora do Modernismo, Olívia foi uma das principais responsáveis por financiar e apoiar intelectuais e artistas que revolucionaram a cultura brasileira, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral. Sua atuação foi fundamental para a realização da Semana de Arte Moderna de 1922 e para a valorização da arte no país.

Pérola Byington (1879-1963). Foto reprodução

Uma das pioneiras da assistência social no Brasil, Pérola dedicou sua vida à luta pela saúde pública e pelos direitos das mulheres. Fundadora da Cruzada Pró-Infância, atuou diretamente na criação de postos de saúde voltados para mães e crianças e esteve à frente de campanhas de vacinação e prevenção de doenças. Seu trabalho transformou o atendimento médico e assistencial no país.

Anália Franco (1853-1919). Foto reprodução

Educadora, jornalista e escritora, Anália Franco foi uma defensora da educação e dos direitos das mulheres. Fundou mais de 70 escolas e orfanatos pelo Brasil, sempre com um olhar especial para crianças órfãs e mulheres em situação de vulnerabilidade. Sua pedagogia promovia o ensino acessível e inclusivo, desafiando os padrões da época e deixando um legado na educação brasileira.

Para Francivaldo Gomes, mais conhecido como Popó, mediador das visitas no cemitério da Consolação há mais de 20 anos, resgatar essas histórias é uma forma de manter viva a memória dessas mulheres. "Elas são grandes personalidades que ajudaram a moldar a história de São Paulo e do Brasil. Contar suas trajetórias no local onde estão sepultadas é uma forma diferente e especial de homenageá-las e reconhecer sua importância."


Visitação mediada

Para quem deseja conhecer mais sobre estes e outros túmulos históricos, o Cemitério da Consolação oferece visitas mediadas:

Onde: Cemitério da Consolação (R. da Consolação, 1660 - Consolação, São Paulo).

Visitas guiadas: todas as segundas-feiras, às 14h, com mediação de Francivaldo Gomes (Popó), que há mais de 20 anos conduz esse passeio pelo cemitério. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na plataforma Sympla. Aqui: https://www.sympla.com.br/produtor/visitasguiadasconsolare

.: Reimaginando Anita Garibaldi atual: "A Versão de Anita" estreia nos cinemas


 Longa-metragem de Luca Criscenti combina documentário e ficção. Flaminia Cuzzoli vive Anita Garibaldi em ‘A Versão de Anita’. Foto: Zapata Filmes


O que diria Anita Garibaldi se estivesse viva hoje? Contando a sua vida 200 anos após o seu nascimento, repassamos a sua biografia a partir de uma nova perspectiva, com a sua voz, através dos seus olhos e do seu ponto de vista muito pessoal. Anita está de volta... disposta a nos contar sua história.

Esta é a premissa de "A Versão de Anita", que estreia a partir do dia 13 de março de 2025. O longa terá sessão comentada em Porto Alegre (RS), na Cinemateca Paulo Amorim (R. dos Andradas, 736), no dia 13, às 19h. A projeção contará com a presença do produtor Juan Zapata e membros da equipe. O filme segue seu percurso nos cinemas em Caxias do Sul (RS), no dia 26, São Paulo (SP), no dia 27, Laguna (SC), terra natal de Anita, e outras praças de exibição a serem anunciadas.

Híbrido entre documentário e ficção, "A Versão de Anita" é uma coprodução entre a Land Comunicazione da Itália e a brasileira Zapata Filmes. O longa tem direção do italiano Luca Criscenti (que divide roteiro com Silvia Cavicchioli e Daniela Ceselli), produção de Juan Zapata e produção local no Brasil de Douglas Limbach, junto a uma grande equipe de profissionais no sul do Brasil, norte da Itália e Uruguai.

No filme, Anita Garibaldi (1821-1849) olha para si mesma e revive sua história, sob seu olhar pessoal e sua voz para reconstituir sua impressionante biografia. A obra é protagonizada pela atriz italiana Flaminia Cuzzoli que representa a figura histórica no passado e nos dias atuais. O longa tem colaboração da escritora Letícia Wierzchowski, da bisneta Annita Garibaldi Jallet e de Adilcio Cadorin, entre outros especialistas.

“Este é o primeiro filme que aborda a história de Anita Garibaldi desde sua própria voz e perspectiva", explica o produtor Juan Zapata. "A proposta é transgressora e poética ao mesmo tempo, pois sempre (no cinema) sua história tem estado à sombra de seu esposo, Giuseppe. O filme propõe uma visão feminina disruptiva, que faz refletir sobre esta guerreira de uma forma inesperada, contemporânea e diferente”, complementa. 

Premiado no Festival de Cinema de Punta del Este em 2023, participou também da seleção do italiano Festival de Trieste. Recentemente, esteve na programação do prestigiado Festival de Fort Lauderdale em Miami, EUA. Uma edição para TV foi exibida na Itália na programação da RAI TV (e sua plataforma de streaming RAI3) com mais de um milhão e meio de visualizações. A versão que chega aos cinemas no Brasil é inédita e exclusiva.

A jovem heroína brasileira Ana Maria de Jesus Ribeiro conta sua vida como mulher, lutadora, esposa e mãe. Ele fala no rádio, em uma longa entrevista conduzida pelo italiano Marino Sinibaldi, que interpreta a si mesmo. Ela fala com seu companheiro de vida, Giuseppe Garibaldi. Ela fala com os historiadores que acompanham a narrativa, submetendo a uma análise crítica as "verdades" a que foi submetida, questionando as fontes.

"Diferentes linhas narrativas fazem emergir a figura de uma mulher verdadeiramente única", define o diretor. “De família humilde, filha de camponeses, porém capaz de olhar para frente com uma coragem incrível, de atravessar o oceano, de lutar batalhas contra diferentes povos, em diferentes continentes, e morrer por ideais nos quais ela realmente acreditava", resume.

O filme teve gravações em Bologna e Nápoles na Itália e no Brasil, nas cidades de Laguna, Mostardas (RS) e também na Capital gaúcha. O filme reimagina Anita para os tempos atuais enquanto faz um resgate histórico da heroína. "É uma história em que documentário e ficção se complementam, para dar espaço a paisagens, 'lugares de Anita’, documentos, citações literárias, pinturas, fotografias, monumentos, e até suas representações cinematográficas anteriores”, enumera o realizador italiano.

"A Versão de Anita" foi produzido graças ao prêmio para coprodução de Ibermedia 2021, somado ao investimento da RAI TV e da Emilia Romagna Filmcommission. A estreia gaúcha integra a programação oficial da comemoração dos 150 anos da imigração italiana no RS e conta com o apoio institucional do Consolato Generale d'Italia em Porto Alegre, do Instituto Anita Garibaldi - RS, e da Casa de Cultura Mario Quintana.


Estreia nos cinemas:

"A Versão de Anita", de Luca Criscenti

Classificação Indicativa: 12 anos

Estreia a partir do dia 13 de março de 2025

Praças: Porto Alegre/RS (13/03), sessão comentada na Cinemateca Paulo Amorim (R. dos Andradas, 736), às 19h;

Outras praças: Caxias do Sul/RS (26/03); São Paulo/SP (27/03); Laguna/SC

Instagram: @zapatafilmes



Ficha técnica

Distribuidora: Latinópolis e Zapata Filmes

Produção Executiva: Juan Zapata e Luca Criscenti

Direção: Luca Criscenti

Roteirista: Silvia Cavicchioli, Daniela Ceselli, Luca Criscenti

Protagonistas: Flaminia Cuzzoli (Anita), Lorenzo Lavia (Giuseppe Garibaldi) e Marino Sinibaldi (Entrevistador de Rádio)

Elenco: Annita Garibaldi Jallet, Silvia Cavicchioli, Maurizi Maggiani, Leticia Wierzchowski, Roberto Balzani e Adilcio Cadorin

Direção de Fotografia: Luca Gennari

Direção de Arte: Francesca Lelli

Trilha Musical: Ginevra Nervi, Marta Lucchesini, Kyung Me Lee, Maria Convertino

Trilha Sonora Original: Ginevra Nervi, Marta Lucchesini, Kyung Me Lee, Maria Convertino

Montagem: Emanuele Redondi e Nicola Moruzzi

Desenho de Som: Alberto Fontana

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