sábado, 8 de março de 2025

.: Dia Internacional da Mulher: lista com nove livros para leitoras de fé


No Dia Internacional das Mulheres, celebramos não apenas a força e as conquistas femininas, mas também, as histórias de fé, renovação e esperança que sustentam a caminhada de tantas mulheres diariamente. 

Para aquelas que encontram na espiritualidade o seu alicerce, a leitura se torna uma poderosa aliada no crescimento pessoal e na construção de uma vida mais plena. 

A seleção abaixo reúne obras escritas por autoras a fim de inspirar mais mulheres a florescerem em tempos difíceis, fortalecerem seus lares, cuidarem da alma e edificarem umas às outras em comunhão. Cada livro também traz experiências reais das escritoras e reflexões sobre as vivências femininas, sempre sob a luz encorajadora da Palavra de Deus. 

Confira a lista completa e escolha a próxima leitura que irá transformar sua relação consigo mesma e com o propósito divino. 

É tempo de florescer: Quézia Cádimo Fernandes utiliza as estações do ano como metáfora para as experiências humanas, inspirando as leitoras a confiarem no tempo de Deus em todos os ciclos da vida. Neste lançamento, um dos mais vendidos de 2025 na categoria não-ficção, a pastora mostra que períodos de seca, escassez, frio e colheita fazem parte dos propósitos divinos, e encoraja as mulheres a firmarem as raízes em Jesus a fim de florescerem em meio às adversidades. COMPRE "É tempo de florescer" AQUI: https://amzn.to/3QUSxly


Devocional Mulheres: Escrito pela best-seller Viviane Martinello, este é um guia espiritual transformador para cristãs que desejam fortalecer a fé e renovar o relacionamento com Deus. O devocional oferece 365 dias de reflexões baseadas na Palavra, com lições de coragem, perseverança e amadurecimento espiritual. Com orações, ensinamentos e espaço para anotações pessoais, a obra inspira mulheres a superarem desafios cotidianos e cultivarem uma rotina espiritualmente saudável. COMPRE "Devocional Mulheres" AQUI: https://amzn.to/43sdo7m


Juntas: Este devocional reúne ensinamentos das autoras e pastoras Camila Barros, Midian Lima, Raquel Lima e Gabriela Lopes, para cristãs encontrarem a própria força interna. O livro aborda a importância da união feminina no cumprimento do propósito de Deus, ao destacar o poder da coletividade e do apoio mútuo entre mulheres. As escritoras compartilham experiências de fé, conselhos e atividades práticas. COMPRE "Juntas" AQUI: https://amzn.to/4heHUov


Simples assim: Uma oportunidade de fortalecer a fé, encontrar a força feminina interior e praticar a gentileza consigo mesma. É isso que oferece este devocional de 65 dias às mulheres, guiando-as em uma caminhada transformadora. Cada dia traz reflexões e orientações práticas para uma vida de devoção, com insights espirituais de Bruna Vieira, Isa Dimas, Jay Santana, Jey Reis, Ludmila Dias, Thais Linares e Vitoria Dozzo. COMPRE "Simples assim" AQUI: https://amzn.to/41NyVGq


O óbvio sobre família precisa ser dito: O que torna uma casa em um lar? Segundo a escritora e comunicadora Laila Coelho, o lar é mais do que paredes e móveis: é o lugar onde se constroem memórias, se fortalecem laços e se vivem os valores familiares mais importantes. Neste livro, ela traz lições poderosas sobre família, casamento, criação dos filhos e espera durante o tempo de solteira, a fim de ajudar as leitoras a edificarem o ambiente doméstico com a glória de Deus. COMPRE "O óbvio sobre família precisa ser dito" AQUI: https://amzn.to/4ixDgD4


Aprovada: A dor não precisa ser o destino, mas um ponto de partida para a reconstrução de uma identidade fundamentada na fé. É o que afirma a pastora Bianca Franco neste lançamento. A fim de ajudar outras mulheres a se libertarem das cicatrizes do passado, ela revela como descobriu o caminho da cura por meio da compaixão e da intervenção divina. Este livro é um convite a todas que também carregam os traumas da rejeição a se aproximarem de Jesus para encontrar a verdadeira aceitação. COMPRE "Aprovada" AQUI: https://amzn.to/3DpPDSO

Cristianismo no feminino: Lidice Meyer convida a um mergulho sensível nas trajetórias de mulheres que foram essenciais para o nascimento e o florescimento da fé cristã. A antropóloga conduz a uma jornada de descoberta e de valorização das mulheres que sustentaram os alicerces da Igreja e continuam a inspirar milhões de pessoas ao redor do mundo. O livro possui ilustrações criadas por artistas mulheres, que em cada capítulo traduzem a beleza, a força e a espiritualidade feminina. COMPRE "Cristianismo no feminino" AQUI: https://amzn.to/3Dy2Clp


Conversa com Deus Pai: Amanda Veras propõe 365 reflexões diárias que trazem acolhimento e conforto para a alma. Mergulhe em um diálogo íntimo e espiritual com Deus neste livro inspirador, repleto de mensagens que tocam o coração e conduzem à paz interior. Cada página oferece uma jornada de autoconhecimento, proporcionando momentos de introspecção e conexão profunda com o divino. COMPRE "Conversa com Deus Pai" AQUI: https://amzn.to/3QSfmq4

 

Feito para Mulheres: Terapeuta, palestrante e pastora, Cibele Brito reflete sobre os dilemas das mulheres contemporâneas e ajuda aquelas que precisam encontrar a verdadeira felicidade em meio aos desafios cotidianos. Ao atravessar áreas diversas, como carreira, relacionamentos e saúde mental, mostra como a fé em Deus e a espiritualidade podem contribuir para as leitoras se fortalecerem e descobrirem suas identidades. COMPRE "Feito para Mulheres" AQUI: https://amzn.to/3DpPVZU

.: Nazaré Tedesco do ‘"The Masked Singer": Nany People é revelada

Nany People falou sobre sua participação no The Masked Singer Brasil. Fotos: reprodução/Globo


Se tem uma característica que a personalidade por baixo da fantasia de Nazaré Tedesco tem em comum com a personagem é a excentricidade. No último domingo, dia 02, a antagonista de ‘Senhora do Destino’ foi desmascarada, revelando Nany People, com seu bom humor e irreverência, como a competidora escondida pela fantasia. “Estou muito emocionada, muito agradecida [...] a TV Globo tinha me dito que me colocaria para cantar, e hoje, no ‘The Masked Singer’ eu cantei na televisão [...]. O sonho é sempre viável”, agradece Nany.

Durante a disputa, Nany, como Nazaré Tedesco, enfrentou Odete Roitman cantando “O Mundo é um Moinho”, de Cartola. Outros duelos ocorreram entre Sol e Penha, Foguinho e Tieta, e Juma e Candinho. Após cada um dos quatro combates, a plateia votou, salvando um mascarado por dupla. Os menos votados – Nazaré, Sol, Tieta e Candinho - ficaram sob a decisão de júri, que decidiu por eliminar Nazaré. 

A cantora Fafá de Belém foi a jurada convidada da semana a se juntou ao júri fixo, formado por Belo, Tata Werneck, Tony Ramos e Sabrina Sato. Eliana seguiu como apresentadora da temporada, enquanto Kenya Sade comandou os bastidores e a interação com a plateia.

A quinta temporada do ‘The Masked Singer Brasil’ homenageia as novelas dando início à comemoração de 60 anos da TV Globo. O reality é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, com direção geral de Marcelo Amiky. 

sexta-feira, 7 de março de 2025

.: Show antológico do Supertramp em Paris relançado completo em CD e vinil



Logo após o lançamento e a extensa turnê do álbum Breakfast In America, a banda Supertramp se apresentou em dezembro de 1979 no Pavillon de Paris, na França, num espaço com 8.000 lugares. E pela primeira vez, esse show foi relançado em áudio na íntegra com três discos na versão vinil e como CD duplo. A versão original em vinil lançada em 1980 continha uma parte das canções do set list do show.

Lançado como "Live In Paris '79", o álbum trata-se de uma celebração, um momento de auge da popularidade da banda. Ao mesmo tempo, funciona como uma ótima coletânea de seus discos de estúdio.

A formação na época contava com Roger Hodgson (vocal, guitarra e teclados), Rick Davies (vocal, teclados e harmônica), John Helliwell (saxofone e backing vocals), Dougie Thomson (baixo e backing vocals) e Bob Siebenberg (bateria). Essa aliás é considerada a formação mais marcante da banda para os fãs.

O show foi realizado em 29 de novembro de 1979 no Pavillon de Paris, na França. Depois do lançamento do excelente disco Breakfast In America, que elevou a popularidade da banda para um patamar mais alto.  A intenção dos músicos foi repassar canções que marcaram aquele período inicial e assim buscar entrar no cobiçado mercado norte-americano, como uma espécie de cartão de visitas da banda. Ao mesmo tempo, ganhariam tempo para poder produzir um novo disco com material inédito, que já vinha sendo solicitado pela gravadora na época.

Naquele momento a banda havia atingido o auge do sucesso, apesar dos crescentes conflitos internos. Em especial, entre Rick Davies e Roger Hodgson, justamente os dois principais compositores do grupo.

O repertório do álbum neste relançamento contém quase todo o Crime of the Century de 1974 (exceto "If Everyone Was Listening"), três músicas de Crisis? What Crisis? (1975), duas de Even in the Quietest Moments (1977), três de Breakfast in America (1979), além de "You Started Laughing", o lado B de um single dos anos 70.

O filme do concerto chegou a ser lançado em agosto de 2012 sob o título Live in Paris '79, com edições em DVD e Blu-ray Disc. E agora volta a ser relançado em áudio, para a alegria dos fãs.

As versões ao vivo estão ótimas. Destaque para Dreamer , Take The Long Way Home e Bloody Well Right. Citaria ainda as faixas que não estiveram na primeira edição em vinil, como Goodbye Stranger, Even In The Quietest Moments e Downstream. Ouvindo essas versões agora, fica difícil imaginar porque deixaram de inclui-las na primeira versão do álbum. Há inclusive a brilhante execução dos dez minutos de Fool´s Overture, uma peça no estilo de rock progressivo que integra o disco Crime of The Century, de 1974.

Como os recursos tecnológicos de estúdio atuais são melhores do que o da época do disco original, foi possível melhorar a qualidade do som desse registro antológico. Se você curte o som da banda, esse Live in Paris é essencial para completar sua coleção.

Como ouvinte da banda, sempre gostei de ouvir as canções de Roger e Rick interpretadas por essa formação do disco ao vivo em Paris. Juntos, eles conseguiam passar uma energia muito interessante. As canções feitas a partir de 1974, aliás, sempre emocionavam o público onde quer que eles tocassem. Uma pena que, após a saída de Roger, em 1983, o grupo nunca mais conseguiu reviver essa magia novamente.


Dreamer


Goodbye Stranger


School


Logical Song



.: Pela primeira vez boneca Barbie homenageia duas brasileiras PCDs

Paola Antonini e Kelen Ferreira ganham bonecas únicas pelo programa Barbie Role Model em celebração à amizade ao lado de outras 6 mulheres inspiradoras ao redor do mundo. Crédito: Ester Mendes


Neste Dia Internacional da Mulher, Barbie reafirma seu compromisso de celebrar mulheres inspiradoras ao redor do mundo e destacar o poder transformador da amizade. Este ano, a marca homenageia quatro duplas de amigas que, por meio do apoio e incentivo mútuo, conquistaram feitos notáveis. No Brasil, a criadora de conteúdo Paola Antonini e a profissional de saúde Kelen Ferreira entram para o seleto grupo do projeto Mulheres Inspiradoras (Role Models, em inglês), sendo as primeiras brasileiras PCDs a receberem uma Barbie inspirada nelas.

A história de Paola e Kelen é um exemplo inspirador de superação e de amizade. Em 2014, Paola Antonini teve sua vida transformada ao sofrer um acidente de carro, que resultou na amputação de sua perna esquerda. Com resiliência e positividade, tornou-se um símbolo de empoderamento e inclusão, utilizando suas redes sociais para incentivar milhares de pessoas a superarem momentos desafiadores. Hoje, Paola tem um instituto dedicado à reabilitação gratuita para crianças e jovens com deficiência física.

“Ser uma Barbie Role Model vai além de uma honra — é uma responsabilidade que me inspira a incentivar outras pessoas a acreditarem no seu potencial infinito. Sei que os desafios não nos definem, mas nos fortalecem. Barbie sempre representou um mundo de possibilidades, e quero mostrar que, com apoio, amizade e autoconfiança, podemos transformar nossos sonhos em realidade, independentemente dos obstáculos no caminho.” afirma Paola.

Kelen Ferreira, profissional da área da saúde, sobreviveu ao trágico incêndio da Boate Kiss, em 2013, e, devido às consequências do acidente, teve sua perna amputada. Sua trajetória de superação inspirou uma personagem interpretada por Paola Antonini em uma série de sucesso lançada em 2023 por uma plataforma de streaming. Durante as gravações, nasceu uma amizade genuína entre as duas, baseada no apoio mútuo e no compromisso compartilhado de promover a inclusão e a diversidade.

Do impacto emocional e representativo da homenagem, a Barbie de Kelen Ferreira também marca um avanço inédito na linha de bonecas da marca, sendo uma das primeiras Barbies a ter uma prótese transtibial (abaixo do joelho) e cicatrizes de queimaduras (além da esgrimista Bebe Vio, com cicatrizes decorrentes de meningite). Até então, todas as bonecas com prótese utilizavam um modelo transfemoral (acima do joelho), tornando essa homenagem um marco para a marca que promove ainda mais inclusão e representatividade, permitindo que as crianças encontrem infinitas possibilidades de se identificar com uma boneca, transmitindo a mensagem de que podem ser o que quiserem, independente dos obstáculos.

Além da dupla brasileira, outras amizades icônicas estão sendo celebradas pela marca ao redor do mundo, incluindo as medalhistas de ouro da equipe de ginástica olímpica, Jordan Chiles e Jade Carey (EUA); as atrizes Hannah Waddingham e Juno Temple (Reino Unido); e as tenistas Evonne Goolagong-Cawley e Ash Barty (Austrália).

"Barbie homenageia Role Models que romperam barreiras e são uma inspiração para a próxima geração. Paola Antonini é um exemplo de resiliência; apesar de seu acidente, ela se tornou um símbolo de determinação e prova que é possível recomeçar e ainda ser a sua melhor versão. Sua história, junto com a amizade inspiradora que compartilha com Kelen, destaca como a união e o apoio entre amigas podem impulsionar mudanças significativas." afirma Valeria Gonzalez, Country Manager da Mattel Brasil.

A iniciativa Barbie Role Models é parte do contínuo esforço da marca por meio do projeto Barbie Brecha do Sonho (Barbie Dream Gap em inglês). Lançado em 2018, a proposta surgiu a partir de pesquisas feitas pela marca em parceria com a Universidade de Nova York que descobriu que, desde a idade de cinco, muitas meninas começam a desenvolver crenças autolimitantes e pensam que não são tão inteligentes e capazes quanto os meninos. Por isso, a marca assumiu o compromisso em gerar iniciativas para eliminar essa lacuna, sonhando grande junto das meninas, desafiando os estereótipos e ajudando a desfazer preconceitos que as impedem de atingirem o seu pleno potencial.

O projeto já celebrou as trajetórias e conquistas da surfista Maya Gabeira, da Dra. Jaqueline Goes, da professora Doani Emanuela Bertan, a cantora IZA, a criadora de conteúdo Maira Gomez e a medalhista de ouro olímpica e ginasta Rebeca Andrade.


Amizade transformadoras entre mulheres


Pesquisas indicam que a amizade tem um papel fundamental na vida das mulheres: 55% da Geração Z e Millennials consideram a amizade mais importante do que um relacionamento amoroso¹ e mulheres que contam com uma rede de apoio feminina são 2,5 vezes mais propensas a alcançar um alto desempenho no trabalho². Ao reconhecer histórias como a de Paola e Kelen, Barbie reforça a importância de redes de apoio que incentivam o crescimento pessoal e profissional das mulheres.

Para ajudar meninas a criar e manter amizades duradouras, Barbie se uniu à Dra. Marisa Franco – psicóloga, professora, palestrante do TED e autora best-seller – especialista em amizade e pertencimento. A Dra. Franco compartilhou dicas práticas para fortalecer conexões humanas, incluindo:

Tome a iniciativa em vez de esperar que alguém se aproxime. Que tal perguntar: “Quer vir à minha casa brincar com minhas Barbies?”

Presuma que as pessoas vão gostar de você. Acredite que elas querem ser suas amigas – elas só estão esperando um convite.

Demonstre carinho e admiração. Toda vez que você faz alguém se sentir especial, você fortalece uma amizade.

Experimente atividades novas juntas. Ter uma amiga com quem você senta na escola é ótimo, mas fazer algo diferente pode aproximá-las ainda mais.

Escolha qualidade em vez de quantidade. Ter uma amiga verdadeira é melhor do que várias amizades superficiais.

Além disso, o Barbie Dream Gap Project, iniciativa social da marca voltada para incentivar meninas a sonharem sem limites, inicia uma parceria com Inspiring Girls International que lançará uma série de vídeos em suas redes sociais, destacando histórias inspiradoras de jovens mulheres ao redor do mundo e reforçando a importância da amizade e da comunidade. Neste Dia Internacional da Mulher, Barbie incentiva melhores amigas de todas as idades a celebrarem o poder ilimitado da amizade, seja brincando com suas duplas favoritas de bonecas ou criando histórias inspiradoras de amizade.

.: BBB 25: entrevista com eliminada, a carioca Camilla

Camilla — Foto: Globo/ Léo Rosario


No ‘BBB 25’, Camilla optou por correr riscos. Deu suor e lágrimas nas provas de resistência, atendeu ao chamado do Big Fone, colocou tudo o que tinha no leilão do Poder Curinga, fez fofocas depois reveladas e foi para embates com concorrentes. No reality que considera ter sido a grande oportunidade de sua vida, um dos maiores riscos foi se voltar contra uma aliada. A recente exposição de seu conflito com Vitória Strada elevou a temperatura do game e fez com que a trancista virasse alvo de votos da casa. Da primeira vez, a conquista da prova Bate e Volta a livrou, mas na segunda semana a cair na berlinda, Camilla não teve escapatória: foi eliminada com 94,67% ao disputar a preferência do público contra Vilma e Renata. A carioca revela que para chegar ao tão sonhado prêmio, seu objetivo era movimentar a casa e faz apenas uma ressalva em relação ao seu jogo: “A única coisa que eu tentaria fazer diferente seria essa questão do atrito com a Vitória, até porque todo mundo que joga com o coração tem a possibilidade de errar. Eu estava sendo muito honesta e foi algo que eu senti, e que ninguém vai poder falar por mim”.

A seguir, Camilla fala sobre a relação com a irmã Thamiris em meio à competição, detalha sua visão de jogo e conta que amizades deseja manter aqui fora após o BBB.

 

Como foi viver a experiência do ‘Big Brother Brasil’ ao lado da sua irmã, Thamiris, no início como dupla e depois como principal aliada?

Foi incrível. Desde o primeiro momento, foi a realização de um sonho. Jogando em dupla, eu realmente me controlei bastante porque eu tinha medo de prejudicá-la; eu me segurei para falar algumas coisas. Depois, quando o jogo se tornou individual, eu pensei: “Nós temos personalidades totalmente diferentes e duas chances de seguir no jogo: de uma forma mais tranquila e de uma forma mais agitada”. Então, não tinha padrão (risos).

 

Mesmo depois da separação, você e ela seguiram com posicionamentos parecidos de jogo. Planejaram manter essa linha ou foi algo que aconteceu naturalmente?

Aconteceu naturalmente por conta das proximidades dela serem as duplas das pessoas de quem eu me aproximei, como a Gracyanne Barbosa e o Mateus. A conexão ali foi de primeira. Nós nos juntamos porque era favorável para todo mundo. Até porque o nosso quarto, desde a primeira semana, já sofria a ameaça de paredão.

 

Você destacou algumas vezes que o reality era sua grande chance de mudar de vida. Que análise faz da sua trajetória no BBB? Acredita ter feito bom proveito dessa oportunidade? 

Eu tentei aproveitar ao máximo tudo o que eu tive de oportunidade dentro do programa, tanto no que diz respeito à minha relação com as pessoas, quanto nas provas. Agora, aqui fora, é que eu vou saber melhor. Eu realmente quis que a minha participação tivesse sido vista como a da Camilla que gosta de movimentar. Eu acho que com o tempo as pessoas podem entender o que eu queria no programa. Eu continuaria fazendo as mesmas coisas. A única coisa que eu tentaria fazer diferente seria essa questão do atrito com a Vitória, até porque todo mundo que joga com o coração tem a possibilidade de errar. Eu estava sendo muito honesta e foi algo que eu senti, e que ninguém vai poder falar por mim. A minha irmã talvez tenha sentido também, porque ela, assim como eu, é uma mulher preta e entendia o meu medo ali. Eu não sei se eu consegui deixar claro que não era sobre a Vitória falar, mas sobre como eu estava me sentindo e como isso poderia ser visto aqui fora caso isso se voltasse contra mim – que era minha preocupação desde o início. Até nos meus atritos com o Diogo Almeida eu sempre falava antes para a minha irmã o que eu iria falar, eu sempre trocava com a Thamiris para ver se estava tudo ok e não prejudicá-lo também. Eu quis ter esse cuidado em relação às outras pessoas.

 

Quais foram seus momentos preferidos no reality, aqueles que mais gostou de viver?

Quando eu atendi o Big Fone num momento em que nós estávamos à beira do paredão e também no dia em que venci a prova Bate e Volta.

 

Passamos da metade da temporada e este foi o seu primeiro paredão. A que atribui a sua permanência na casa por 50 dias sem cair na berlinda? E o que considera ter sido determinante para sua eliminação ontem? 

Eu acho que, apesar de tudo, a minha relação com as pessoas dentro da casa era muito boa. Se não fosse por esse atrito todo que eu tive com a Vitória, se isso não tivesse sido tão espalhado, nós iríamos continuar. Para mim, agora, a Vitória não seria um problema. Eu sempre deixei claras as minhas prioridades no jogo, mas que ela estava dentro das minhas alianças. Ela tinha até ciúmes porque eu sempre falava da Gracyanne... Eu acho que só fui franca mesmo. Vendo agora aqui de fora, eu acho que o que eu queria causar – que era movimentar lá dentro – não estava sendo visto da forma como eu imaginava. Eu gostaria que tivesse sido algo mais leve, sobre fazer fofoca e tudo mais. O intuito do ‘Big Brother’ é não ir ao paredão e, apesar de tudo, eu estava fazendo as minhas movimentações para não ir ao paredão. Eu contava voto, fazia minhas estratégias e acho que deu certo até esse momento.

 

No conflito entre você e Thamiris com a Vitória ambas se decepcionaram. Você, porém, decidiu se afastar, enquanto a Thamiris ainda manteve um contato mais próximo. O que passou pela sua cabeça naquele momento? A decepção foi apenas em função do voto divergente na Delma ou se deu por outros motivos?

No decorrer do jogo, algumas vezes eu achei a Vitória um pouco egoísta nas decisões dela e sempre falei sobre isso. No momento do voto, eu achei que ela não queria se comprometer. Naquele ponto do jogo, eu, Thamiris e Gracyanne já tínhamos nos comprometido com outras pessoas da casa para manter a aliança. Sempre que tinha a possibilidade de dar um veto ou em votação, eu falava: “Pela minha aliança, pelas pessoas que estou protegendo e quero que continuem”. Então, era o mínimo que eu esperava dela, porque nós sempre falávamos que, se algum dia tivesse uma votação aberta, o ideal era a gente votar numa mesma pessoa. Isso já tinha sido conversado antes, por isso eu esperava que fosse daquela maneira. Aquele momento do voto foi o que me fez ficar bastante estressada, mas durante o programa, eu a achava chata da mesma forma que achava a minha irmã; não uma pessoa insuportável, mas como a Thamiris. Só que a Thamiris é minha irmã, então a forma que ela vai receber e como ela vai chegar até mim são diferentes. A Vitória não é minha irmã, ela era minha amiga há 40 e poucos dias – não minha melhor amiga. Dos meus aqui fora eu sei que cuido bem, mas lá era uma aliança pelo objetivo do jogo.

 

O Guilherme foi o participante que expôs para a Vitória algumas falas suas que, mais tarde, resultaram no grande embate direto entre vocês. Acha que se ele não tivesse colocado ali a visão dele sobre a situação, a sua relação com a Vitória no programa teria seguido de maneira diferente? 

Naquele momento eu falei com a Vitória de coração. O Guilherme foi só uma faísca. Depois, quando eu conversei com ela e já estava mais calma, já tinha passado algumas coisas, eu já tinha falado sobre o que estava acontecendo, eu realmente falei coisas de coração e achava que dali seguiria numa boa. Inclusive eu fiquei muito feliz pela liderança dela, porque na semana a mudança de comportamento com as pessoas foi positiva. Ela estava muito mais tranquila, relaxada. Não estava me incomodando em nada.

 

Gostaria de ter feito algo no programa que não conseguiu realizar a tempo?

Queria muito ter sido líder.

 

No último Sincerão, você teve algumas de suas falas ditas entre aliados expostas pelo RoBBB Fifi. Como foi lidar com essa dinâmica no BBB? Imaginava que as pessoas apontadas haviam sido escolhidas pelo público? 

Em nenhum momento nós achamos que tinha sido algo escolhido pelo público, nós só pensávamos que era para movimentar o jogo. E eu achei engraçado, porque eu falava tanta coisa na casa, que me questionei: “Será que fui eu que falei?” (risos). Porque realmente eram coisas sobre o jogo, não era algo que eu levaria para a vida, com raiva das pessoas; eu queria era movimentar. Eu estava achando [a dinâmica] engraçada, tanto que a Thamiris chegou e me perguntou: “Você está rindo, achando graça?”. E eu disse: “Estou. Você não?”. E ela respondeu: “Não, estou desesperada”. Eu pensei: “Gente, todo mundo deve fazer um fofoca. Se ninguém faz, eu estou muito preocupada”. Mas se eu falei, o público já viu. Não tem essa.

 

Pensando no seu jogo, traz algum arrependimento?

Eu sou uma pessoa muito de boa, então ali, devido ao confinamento, a gente acaba vivendo uma coisa muito mais intensa. A gente não tem no que se espelhar, não tem como saber se está certo ou se está errado. Uma ação acaba refletindo como se fossem dez dias fazendo aquilo. A minha vontade de trazer esse prêmio para casa era muito grande, então eu vivi com muita intensidade. Eu acho que talvez tentaria relaxar mais, jogar com mais leveza.

 

Você teve alguns embates diretos no jogo, entre eles com Diogo Almeida, Vilma e Vitória Strada. Quem foi seu maior rival no reality? 

Pensando no momento de saída, eu acho que acabou sendo a Vitória, porque o meu embate com ela me fez deixar a casa. Mas eu, Camilla, acho que meu maior rival foi o Diogo, porque ele foi o primeiro que falou de mim e eu fiquei com muita raiva. O cara nem tinha conversado comigo e falava as coisas na minha cara. E eu dizia: “Ah, não”. A Vitória realmente foi só por causa da nossa última discussão, mas o Diogo já foi desde a primeira semana, quando ele me chamou para o Sincerão.

 

De que forma observa os próximos passos da Thamiris no jogo?

Eu espero que ela siga o coração dela, porque eu acho a Thamiris uma pessoa muito incrível, muito boazinha. Ela e a Vitória têm uma troca muito legal. Tem horas que eu acho que a dedicação da Thamiris é maior até do que a da Vitória, porque eu via a Vitória mais preocupada em falar comigo do que com a minha irmã mesmo. Mas eu acho que ela não deve mudar a rota, não, ela deve continuar seguindo o que nós já fazíamos, porque não era só pelo jogo, era real, era o que nós sentíamos.

 

Acha que a sua irmã tem chances de chegar à final ou tem outros palpites para o pódio do ‘BBB 25’, pensando do ponto de vista de jogadores fortes? 

Eu acho que a Thamiris tem um grande potencial de chegar à final. Além dela, a Aline e o Vinícius.

 

Ainda no início da temporada, formou-se um grupo entre os integrantes do quarto Nordeste. Com quais deles pretende manter a amizade aqui fora? E com que outras pessoas da sua edição do BBB?

Na verdade eu gostava de todo mundo na casa. A minha questão era sobre o jogo lá dentro, não tinha nada pessoal aqui fora. Mas uma pessoa que eu quero muito manter a amizade e faço muita questão mesmo é com a Gracyanne. A Dani [Danielle Hypolito] e o Diego [Hypolito] são pessoas de quem eu gosto bastante. E a Aline e o Vinícius também.

 

Que projetos e sonhos deseja realizar a partir de agora?

Eu só quero conseguir dar uma atenção maior para os meninos [filhos]. A minha meta era poder ter essa tranquilidade para viver com eles e estar mais presente nos momentos especiais com eles. Profissionalmente, eu continuo pensando em seguir carreira com o meu negócio [como trancista]. É meu dom e não penso em fazer outra coisa.

 

O "BBB 25" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco e Rodrigo Tapias, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Rodrigo Dourado. O reality vai ao ar na TV Globo de segunda a sábado, depois de "Mania de Você", e domingos após o "Fantástico". Pode ser visto ainda 24h por dia, ao vivo, no Globoplay. O Multishow exibe diariamente 60 minutos, ao vivo, logo após o fim da exibição da TV Globo. A votação do programa acontece exclusivamente no Gshow. Os projetos multiplataforma e mais informações podem ser encontrados no site.  

quinta-feira, 6 de março de 2025

.: Cineflix Cinemas de Santos estreia "Mickey 17" e "É Tempo de Amar"

A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia duas produções no dia 6 de março: o drama francês "É Tempo de Amar" e a ficção científica "Mickey 17", com Robert Pattinson.

Em "É Tempo de Amar" uma jovem é encontrada sem roupas e sem memória em uma praia de uma pequena cidade costeira. A chegada dessa misteriosa mulher acaba afetando a vida de todos ao seu redor, que descobrem que o amor pode estar muito mais próximo do que imaginam.

Na a ficção científica "Mickey 17", um colaborador é enviado em uma expedição humana para colonizar o mundo gelado de Niflheim. Após uma iteração morrer, um novo corpo é regenerado com a maioria de suas memórias intactas.

Seguem em cartaz as animações "O Homem Cão" e "Flow" o primeiro filme brasileiro a vencer uma estatueta do Oscars, o drama "Ainda Estou Aqui", assim como os também indicado ao Oscars 2025, a cinebiografia "Um Completo Desconhecido""O Brutalista""Conclave", e "Anora".

Programe-se, confira detalhes  e compre os ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN. Você pode assistir as estreias com pipoca quentinha, doce ou salgada, tendo em mãos o balde colecionável de "Capitão América: Admirável Mundo Novo".



O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


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quarta-feira, 5 de março de 2025

.: Musical "TV Colosso" estreia no teatro após 30 anos de sucesso na televisão


Celebrando os 30 anos de um dos programas mais icônicos da TV brasileira, espetáculo inédito, com Priscila e os personagens originais da série, chega ao Teatro Bravos, no dia 8 de março, com uma história emocionante e cheia de aventura. Foto: Luiz Ferré


"TV Colosso", programa infantil da TV Globo, conhecido por sua criatividade e originalidade, tornou-se um fenômeno de audiência e um marco cultural atemporal para diversas gerações. Reviva a magia dos anos 90 com "TV Colosso - O Musical", sob a direção artística de Luiz Ferré, o criador dos personagens originais da série. Com roteiros de Adão Iturrusgarai e André Catarinacho, com colaboração final de Thereza Falcão.

Uma emocionante homenagem a um dos programas mais amados da televisão brasileira, que encantou milhões de pessoas no Brasil com seus personagens cativantes. Adultos revivem a infância ao reencontrar esses queridos amigos, enquanto as crianças exploram o universo da "TV Colosso" pela primeira vez, com muitas risadas, lições e números musicais vibrantes que recriam a nostalgia do programa. Participe dessa celebração dos 30 anos de afeto e diversão, compartilhando memórias com as futuras gerações. O espetáculo é uma realização da Globo em parceria com Criadores e Criaturas, Inova Brand, Ziss Produções, e Everybody Entretenimento, apresentado e patrocinado pelo Ministério da Cultura e pela Brasilprev, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

"'TV Colosso' é um exemplo de sucesso brasileiro que conquistou milhões de fãs e permanece vivo na memória afetiva de gerações. Aqui na Brasilprev, temos o orgulho de apoiar produções como essa, que celebram a riqueza da cultura nacional e valorizam marcos importantes da nossa história", destaca Ivan Kosmack Ribeiro, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da empresa. "Somos reconhecidos como uma das empresas que mais investem em iniciativas culturais no país, e projetos como este refletem nossa dedicação em promover e preservar o que é genuinamente nosso".


"TV Colosso - O Musical"
Ao som das trilhas icônicas do universo Colossal, os personagens favoritos da "TV Colosso" se reúnem para enfrentar uma ameaça: uma invasão de cães cibernéticos comandados pelo terrível Vira-Lata de Aço, vindo do futuro para levar o Gilmar das Candongas para o ano de 2090 e resolver a "TV Colosso das Galáxias", uma versão altamente tecnológica e sem humor. Em cena, momentos marcantes como o “Bom dia, Galera!“ e o clássico “Tá na hora de matar a fomeee!” ganham vida. Priscila, ao lado dos Gilmares, convoca a turma para enfrentar os caninos espaciais, que acabam descobrindo que a verdadeira magia da "TV Colosso" está na bagunça e amizade da equipe. Será que a "TV Colosso" volta ao passado, ou o futuro está a caminho? Todos correm para salvar a "TV Colosso" – afinal, ainda bem que já é hora do almoço!

terça-feira, 4 de março de 2025

.: Inspirado em HQ sueca, peça investiga amor e desafios dos relacionamentos


A trama mergulha nas transformações dos relacionamentos na era digital e no impacto do capitalismo sobre o amor. A montagem estreia no Sesc Santana com adaptação de Bianca Lopresti e Ale Paschoalini. Foto: Helena Wolfenson


O espetáculo "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha" traz aos palcos uma adaptação da aclamada HQ sueca de Liv Strömquist. No centro da montagem, quatro atrizes exploram, com intensidade e humor, as complexidades dos relacionamentos contemporâneos. Bianca Lopresti, Carolina Splendore, Fernanda Viacava e Lenise Oliveira criam uma dinâmica única, costurando a narrativa com suas distintas perspectivas sobre o amor e a paixão. A estreia será de 6 a 16 de março, no Sesc Santana, em  apresentações às quintas, sextas e sábados às 20h00 e aos domingos às 18h00.

No espetáculo, quatro mulheres com diferentes maneiras de amar retratam como os relacionamentos evoluíram ao longo da história. Em esquetes ficcionais, baseadas em romances reais, a peça investiga o por quê as pessoas se apaixonam tão raramente hoje em dia. Com concepção e dramaturgia de Bianca Lopresti e Ale Paschoalini - que também assina a direção -, a peça se divide em três atos, abordando como o capitalismo e a internet expandiram as opções e expectativas nos relacionamentos. 

A montagem também discute o impacto do crescimento feminino no mercado de trabalho e as consequências dessa mudança no comportamento masculino, além de questionar por que as pessoas se desapaixonam e como manter o amor vivo a longo prazo. A adaptação respeita a essência da obra original, explorando novas possibilidades cênicas para envolver o público. “Comecei transcrevendo todo o texto da HQ e organizando-o em possíveis cenas. O próprio quadrinho sugere sequências e diálogos, então fui estruturando a adaptação a partir disso. Depois, passei o material para Ale Paschoalini, que revisava e trazia novas sugestões. Esse processo aconteceu ao longo de várias versões”, conta Bianca Lopresti. Compre a HQ "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha" neste link.

Uma dramaturgia feminina e plural
Em esquetes ficcionais, as atrizes interpretam várias personagens com uma abordagem singular sobre as relações afetivas. Entre as histórias, Bianca Lopresti interpreta uma monogâmica confluente que questiona o amor romântico. Carolina Splendore vive uma apaixonada, mas que nunca se envolveu com alguém por mais de dois anos.  Fernanda Viacava faz uma mulher que foi casada por duas décadas e agora enfrenta a solteirice. E Lenise Oliveira, vive um relacionamento aberto e defende sua liberdade amorosa. Juntas, as histórias instigam reflexões sobre os desafios do amor na atualidade.

Com forte apelo visual, a montagem mescla projeções, trilha sonora contemporânea e um perfume criado especialmente para a peça, ampliando a experiência sensorial. O dinamismo cênico mescla comédia e drama, mantendo um ritmo intenso ao longo dos atos. “O perfume da peça foi concebido como uma extensão sensorial da experiência de se apaixonar”, explica Ale Paschoalini. Criado por Cristian Alori, da International Flavors & Fragrances, o aroma reforça a imprevisibilidade do sentimento amoroso.

Um boneco de madeira representa um “homem objeto” trazendo uma crítica visual ao comportamento emocional contemporâneo. Para Ale Paschoalini, o boneco sintetiza a apatia afetiva e a superficialidade das relações, além de funcionar como um potente elemento cômico. “Criado para representar um ator famoso de Hollywood que só namora mulheres até 25 anos de idade, o boneco também existe para sintetizar o comportamento das pessoas contemporâneas, que comunicam pouco ou nada seus sentimentos, e que ainda, segundo a teoria da autora, pararam de sentir. No espetáculo, sua presença se desdobra em diferentes personagens masculinos, ampliando a reflexão sobre masculinidade e afetividade na sociedade atual”, conta Ale.

A peça também carrega elementos autobiográficos, segundo Bianca Lopresti: "A inspiração dessas quatro personagens vem muito das nossas experiências de vida também. Parece que estamos vendo todos os relacionamentos que já tivemos, tanto os bons quanto os ruins. 'A Rosa Mais Vermelha Desabrocha' não é apenas um espetáculo sobre amor. É um convite para o público se reconhecer, rir e se emocionar com histórias que refletem os desafios de amar no século 21”, conclui Bianca Lopresti.

O projeto também inclui debates sobre relacionamentos sob o olhar da psicanálise e filosofia com o Letramento Amoroso. No dia 8 de março, Renato Noguera (filósofo) e Geni Núñez (psicóloga) conversam - Para descolonizar o coração. No dia 15 de março, Christian Dunker (psicanalista) e Carol Tilkian (psicanalista) abordam - Para além do amor romântico. Os encontros ocorrem aos sábados, das 16h às 17h30. Ingressos disponíveis mediante agendamento.

Mariana Cassa, produtora do espetáculo, ressalta que “a combinação da equipe técnica entre profissionais do teatro e do audiovisual traz pluralidade ao projeto, e também o desejo do grupo de proporcionar uma experiência completa para o público,  com a ação complementar do Letramento Amoroso”. Além disso, a peça contará com uma marca própria e produtos licenciados com as artes e desenhos da autora, Liv Strömquist, e fragmentos do espetáculo e em colab com a loja Vulva Cósmica. Compre a HQ "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha" neste link.

Sobre o livro
Publicado no Brasil pela Companhia das Letras - Quadrinhos na Cia, a HQ de Liv Strömquist foi um dos livros mais vendidos de 2021 e recebeu críticas positivas em veículos como O Globo, Folha de S.Paulo, Omelete e Revista Bravo!. "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha" foi traduzida para diversos idiomas, consolidando a autora como uma das principais vozes dos quadrinhos contemporâneos. Siga a peça no Instagram @arosamaisvermelhadesabrocha

Ficha técnica
Espetáculo "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha". HQ ORIGINAL: Liv Strömquist. CONCEPÇÃO & DRAMATURGIA: Bianca Lopresti e Ale Paschoalini. PRODUÇÃO: Mariana Cassa. COLABORAÇÃO DRAMATÚRGICA: Ligia Souza. DRAMATURGISTA: Fernanda Rocha. DIRETOR ARTÍSTICO: Ale Paschoalini. ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Isabel Wolfenson. ATRIZES: Bianca Lopresti,  Carolina Splendore, Fernanda Viacava e Lenise  Oliveira. DIRETORA DE MOVIMENTO: Paula Picarelli. DIRETORA DE ARTE: Fabiana Egrejas. FIGURINO: Julia Cassa. Maquiagem & Cabelo: Daniela Gonc & João Marcos Oliveira. Assistente:  Karina Martins. ILUMINAÇÃO: Lui Seixas. PROJEÇÃO: Ivan Soares. SOM: Leandro Simões. PERFUMISTA: Cristian Alori – IFF ( International Flavors & Fragrances). FOTO STILL CARTAZ: Helena Wolfenson. ASSESSORIA DE IMPRENSA: Adriana Balsanelli. APOIO: Escola de Teatro Célia Helena, Otzi Arts e Centro Cultural Marieta. AGRADECIMENTO: Mayra Gama e Luana Tanaka. REALIZAÇÃO: Cuco Filmes.


Serviço
Espetáculo 
"A Rosa Mais Vermelha Desabrocha"
Estreia dia 6 de março, quinta, às 20h, no Sesc Santana.
Teatro Sesc Santana - Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Santana / São Paulo
De 6 a 16 de março de 2025 - Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 18h.
Duração: 80 minutos. Classificação: 12 anos. Gênero: Drama, comédia.
Capacidade: 330 lugares
Ingressos: R$60 (inteira), R$30 (meia-entrada) e R$18,00 (credencial plena).
https://www.sescsp.org.br/programacao/a-rosa-mais-vermelha-desabrocha/
Transporte público: Estação mais  próxima: Jardim São Paulo-Ayrton Senna


"Letramento Amoroso - Para Descolonizar o Coração"
Com Renato Noguera (filósofo) e Geni Núñez (psicóloga)
Dia 8 de março.  Sábado, às 16h00.
Geni Núñez e Renato Noguera unem cosmovisões indígenas e filosofia afro-brasileira para repensar os afetos e questionar as marcas coloniais no amor. A reflexão se conecta à poética de "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha", peça baseada na HQ de Liv Strömquist, que revela as contradições do amor romântico e inspira novos caminhos afetivos.

"Letramento Amoroso - Para Além do Amor Romântico"
Com Christian Dunker (psicanalista) e Carol Tilkian (psicanalista).
Dia 15 de março. Sábado, às 16h.
Carol Tilkian e Christian Dunker exploram as complexidades das relações humanas, repensando o amor como um modo de vida para além dos moldes tradicionais. A reflexão encontra eco na peça "A Rosa Mais Vermelha Desabrocha", inspirada na HQ de Liv Strömquist, que questiona as ilusões do amor romântico e propõe novas formas de se conectar e amar.

Teatro Sesc Santana (330 lugares). Livre. Grátis. Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Santana / São Paulo.

.: “Passaporte para o Amor” reestreia no Teatro Itália para três apresentações


Após temporada de sucesso no Teatro Arthur Azevedo, espetáculo “Passaporte para o Amor”, fará somente três apresentações no mês de março no Teatro Itália. Foto: Hudson Senna


Reestreia no dia 7 de março, no Teatro Itália o espetáculo “Passaporte para o Amor”, protagonizado pela atriz Marjorie Gerardi e pelo ator Stephano Matolla, com texto de Dan Rosseto, que também assina a direção junto com Viviane Figueiredo. Essa é a primeira comédia romântica de Rosseto. “Passaporte para o Amor” é uma comédia romântica repleta de humor e amor que conta a história de Ângelo e Marina. Eles se conhecem por um acaso do destino no saguão de um aeroporto. Ela é aeromoça e ele um passageiro; que perderam o horário de voo e terão que passar a noite juntos até que a cia aérea os coloquem num outro avião. 

A mulher tem rompantes de humor e desconfia da presença do homem, tentando mantê-lo distante para sua própria segurança. Mas ele não dá trégua e faz questão de ficar por perto tentando criar laços de amizade. Durante a madrugada eles se tornam cúmplices e trocam confidências pessoais e amorosas, até que se dão conta que ambos têm mais afinidades do que imaginavam ao se conhecerem horas antes. A peça aborda assuntos relacionados ao amor, a reconquista e o luto. 

O amor está presente nas trocas diárias entre familiares, amigos e casais. A importância da afetividade para que se tenha um bom convívio social. A reconquista diária do afeto aparece de forma divertida e lúdica, com as pequenas coisas do dia a dia, dando valor nas pequenas vitórias, como um sorriso. O luto é mostrado na maneira como Ângelo e Marina lidam com a perda de formas opostas apresentando as diferentes catarses que as pessoas têm. Todo mundo já perdeu algo ou alguém que provocou uma dor em sua alma.

O espetáculo faz uma reflexão sobre a afetividade, apresentando momentos divertidos e românticos, mesclando humor e poesia com um toque de drama, criando no público vínculos com as suas próprias vidas. O autor e diretor Dan Rosseto, nos últimos anos além da escrita em espetáculos de drama, tem se dedicado também às comédias e a importância de as pessoas darem risada. “O riso melhora a resposta imunológica do organismo, estreita as relações sociais, atenua dores, diminui o stress, estimula o cérebro e aumenta a qualidade de nossa vida. O riso é inerente ao homem, assim como a arte. Através do riso, assuntos que poderiam ser difíceis de serem discutidos, são colocados num patamar de fácil compreensão. A realidade deve ser oferecida ao público em doses homeopáticas, alternando o humor, a poesia e a crítica. A partir desta premissa é que contaremos um encontro entre duas almas gêmeas no saguão de um aeroporto”, conta Rosseto.


Ficha técnica
Espetáculo “Passaporte para o Amor”
Texto: Dan Rosseto
Direção: Dan Rosseto e Viviane Figueiredo
Direção de produção: Fabio Camara
Elenco: Marjorie Gerardi e Stephano Matolla
Participação em áudio: Regiane Alves
Assistente de produção: Mayara Mariotto
Preparação vocal: Gilberto Chaves
Figurino e cenário: Dan Rosseto, Fabio Camara e Viviane Figueiredo
Costureira: Sueli da Silva
Cenotécnico: Matheus Fiorentino Nanci
Iluminador: Vini Hideki
Operador de luz: Jorge Leal
Arte gráfica: Erik Almeida
Fotos arte: Hudson Senna
Fotos de cena: Rafa Marques
Redes sociais: Stephano Matolla
Assessoria de imprensa: Fabio Camara
Produtora associada: Girassol em Cena Produções e NYN Realizações
Realização: Applauzo e Lugibi Produções


Serviço
Espetáculo “Passaporte para o Amor”
Teatro Itália, (Av. Ipiranga 344 – República). 290 lugares.
De 7 de março até 21 de março. Sextas-feiras, às 20h00.
Informações: (11) 5468 8382
Vendas pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/103327/d/304168/s/2074274
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia).
Duração: 70 minutos
Classificação: 12 anos

.: "O Mar", do uruguaio Federico Roca, faz circulação por teatros municipais de SP


Espetáculo dirigido por Fernando Nitsch propõe reflexão sobre a paz e a possível união entre pessoas que vivem em lados opostos de uma guerra. Foto: Tita Couto

"O Mar é um chamado à paz, um chamado ao amor, um chamado a reconhecer que mesmo nos contextos mais difíceis, sempre há muito mais o que nos une do que o que nos separa" – Federico Roca

O que move a humanidade? Onde menos se espera, em meio ao caos e a barbárie, será que é possível encontrar uma ponta de esperança, um resquício de luz que nos indicará um caminho a seguir? Questões como essas são o ponto de partida de "O Mar", do dramaturgo uruguaio Federico Roca, que estreou em 2023, sob a direção de Fernando Nitsch. Em cena, estão Bete Dorgam, Laura La Padula e Yael Pecarovich, Na trama, as palestinas Adila e sua neta Farida chegam ao escritório da advogada israelense Dania, que defende mulheres israelenses presas por levarem palestinas para conhecer o mar. A avó tem um pedido: sua neta quer conhecer o mar. Um acontecimento inesperado obriga as três a permanecerem juntas e a descobrirem possibilidades de relação.

Agora, o espetáculo ganha uma temporada gratuita de circulação pelos Teatros Municipais Alfredo Mesquita (de 7 a 16 de março), Teatro Paulo Eiró ( de 21 a 30 de março), e entre abril e maio nos Teatros Cacilda Becker e Arthur de Azevedo. A peça “O Mar” de Federico Roca nos coloca diante do conflito entre Israel e palestinos através do olhar feminino. As sutilezas nos gestos e palavras de três mulheres pairam sobre um território em disputa, um espaço fragmentado e controlado rigidamente.

De forma poética, a peça apresenta uma perspectiva de diálogo entre mulheres que estão em lados opostos no conflito. As personagens convidam o público a pensar sobre o quanto o ser humano tem dentro de si a força necessária para não sucumbir diante do ódio e da intolerância. Na trama, as palestinas Adila e sua neta Farida chegam ao escritório da advogada israelense Dania, que defende mulheres israelenses presas por levarem palestinas para conhecer o mar. A avó tem um pedido: sua neta quer conhecer o mar. Um acontecimento inesperado obriga as três a permanecerem juntas e a descobrirem possibilidades de relação.

Segundo Roca, "O Mar" é uma homenagem a essas mulheres e à história das tradições de um lado e do outro, tradições que mais aproximam do que afastam essas culturas. A montagem brasileira tem direção de movimento de Marina Caron, direção musical de Sonia Goussinsky, figurinos de Daniel Infantini, cenografia de Márcio Macena e iluminação de Wagner Pinto. A realização do espetáculo foi possível graças a um projeto contemplado pela 19° edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo.


Ficha técnica
Espetáculo "O Mar"
Texto: Federico Roca
Tradução: Yael Pecarovich
Direção: Fernando Nitsch
Assistente de direção: Tita Couto
Elenco: Bete Dorgam, Laura La Padula e Yael Pecarovich
Direção de movimento: Marina Caron
Cenografia: Marcio Macena
Assistente de cenografia: Morena Carvalho
Cenotécnico: Alexandre Rodrigues
Pintura artística do cenário: Carol Carreiro e Marcio Macena
Figurinos: Daniel Infantini
Costureira: Neiva Varone
Iluminação: Wagner Pinto
Direção musical e Trilha Original: Sonia Goussinsky
Técnico de som: Ivan Garro e Gylez Batista
Fotos: Tita Couto
Vozes em off: Alexandre D'Antonio, Beatriz Melo, Daves Otani, Eleonor Pelliciari, Estela Gontow Goussinsky, Flavio Tolezani, Lorenzo Saliba, Manoel Candeias, Monica Petrin e Roseli Papaiz
Direção de produção: Gustavo Sanna
Produção executiva: Fernanda Assef
Designer gráfico: Carol Coelho
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Assessoria em mídias digitais: Caró Comunicação Digital
Realização: Complementar Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "O Mar", de Federico Roca
Classificação: 12 anos
Duração: 70 minutos


Teatro Alfredo Mesquita
Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 - Santana, São Paulo
Quando: de 7 a 16 de março
Às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 19h00
Ingressos: grátis
Reservas em https://www.sympla.com.br/ 
* Dia 15 de março sessão com tradução em libras e audiodescrição


Teatro Paulo Eiró
Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro
De 21 a 30 de março
Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h
Ingressos: grátis
Reservas em https://www.sympla.com.br/
* Dia 29 de março sessão com tradução em libras e audiodescrição

.: Solo "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira" no Sesc Avenida Paulista


Espetáculo falado em Tupi-potyguara conta a história do primeiro caso de LGBTfobia de uma pessoa nativa documentado no Brasil, no Maranhão, entre 1613-1614. O artista pede ao público que traga uma pena para que, no final da temporada, um manto possa ser criado de forma coletiva. Foto: Matheus José Maria

“A árvore, quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira.” (Provérbio popular)


 A peça "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira", do artista potyguara Juão Nyn, narra o primeiro caso real de LGBTfobia no Brasil, ocorrido entre 1613 e 1614, quando um indígena tupinambá foi morto por soldados franceses, preso à boca de um canhão, após ser acusado de sodomia. O texto, lançado em 2020 pela editora Selo do Burro, ganha o palco do Sesc Avenida Paulista entre os dias 7 de março e 6 de abril após ter feito, no ano passado, seis apresentações em aldeias indígenas em São Paulo, por meio do edital Funarte Retomada 2023. O espetáculo tem idealização, dramaturgia e atuação do próprio Nyn, direção artística de Renato Carrera e trilha sonora original de Clara Potiguara.

Em 1614, em São Luís do Maranhão, Brasil, preso à boca de um canhão, prestes a ser executado por sodomia por soldados franceses, Tybyra, indígena Tupinambá, propaga as últimas palavras, como se depois de relâmpagos, o som dos trovões saíssem de sua boca. Dramaturgia de estreia do artista potyguara Juão Nyn, uma ficção sobre o primeiro caso de LGBTfobia, com um corpo nativo, documentado no país.

A história do indígena foi registrada no livro "Viagem ao Norte do Brasil - Feita nos Anos de 1613 a 1614", de Frei Yves D'Évreux. Transmitida oralmente em diversos territórios indígenas, foi o antropólogo e ativista LGBT Luiz Mott quem o nomeou Tybyra, termo derivado de "tebiró", que significa "homossexual passivo". O dramaturgo Juão Nyn relata que, ao descobrir essa história, sentiu a necessidade urgente de criar uma obra a partir dela. Sua pesquisa revelou detalhes ainda mais chocantes, como o fato de a identidade do indígena assassinado ser desconhecida, enquanto o nome do responsável por acender o canhão, Caruatapirã, foi registrado.

Diante disso, Nyn decidiu adicionar uma camada narrativa à peça, transformando o algoz em irmão de Tybyra, numa referência à história bíblica de Caim e Abel. O autor explica que gosta de se apropriar de mitologias cristãs para subverter o imaginário, especialmente pelo fato de o cristianismo ter se apropriado de diversas histórias pagãs.


Sobre a encenação
Para dar o  tom da peça, a trilha sonora, criada pela artista paraibana Clara Potiguara, está presente em toda a encenação. As músicas são executadas ao vivo por ela - e algumas delas têm letras em Tupi-Potiguara. “Trouxemos ela de João Pessoa justamente para fazer esse trabalho único para a peça. O resultado ficou lindo e foi a estreia dela no teatro”, afirma o diretor. 

O cenário confeccionado por Zé Valdir Albuquerque tem fundo e chão vermelhos. O destaque fica para uma Igaçaba (jarro) de dois metros de altura que se descobre ser uma urna funerária e também a boca do canhão. Tanto os grafismos quanto os figurinos são feitos por Mara Carvalho. Haverá também projeções mapeadas desenvolvidas por Flávio Alziro MSilva.

“Meu teatro se define como contra-colonial, ou seja, tenho o objetivo de utilizar essa linguagem para devolver a dignidade para os corpos, línguas e culturas indígenas. Por isso, este espetáculo não quer servir ao colonizador e é totalmente falado em Tupi-Potiguara - apenas algumas partes têm legenda em português”, comenta Nyn. 

Para Renato Carrera, é simbólico que Tybyra ressurja das cinzas na Avenida Paulista, local que também é palco de violências contra a população LGBTQIAP+. Em 2010, alguns jovens agrediram um homem gay com uma lâmpada. “Queremos dar destaque para essas histórias para que elas não se repitam”, defende. 


Manto
Os mantos Tupi faziam parte de rituais coletivos dos povos de mesmo tronco linguístico. Na dramaturgia original "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira", o autor Juão Nyn propõe que o artista em cena retorne para agradecer ao público vestindo um manto Tupi, em referência à personagem Tupinambá.

Atualmente, a tradição de confeccionar mantos tem sido retomada por artistas indígenas, como Amotara e Célia, ambasTupinambá. Além disso, um dos doze mantos roubados pelos europeus retornou ao Brasil em 2024, ano em que se iniciou a montagem de "Tybyra". Inspirado por esse movimento, o artista potyguara concebeu a ideia de um manto construído coletivamente.

Assim, o público é convidado a levar uma pena, que será incorporada ao manto ao final de cada apresentação. Dessa forma, a peça transforma-se em um espaço de colaboração e resgate cultural, reafirmando a importância desse símbolo ancestral.


Sobre Juão Nyn
Juão Nyn é um multiartista, e a grafia com "y" em "potyguar" destaca sua origem no Rio Grande do Norte. Por outro lado, Clara, responsável pela trilha sonora original do espetáculo, nasceu na Paraíba e assina "potiguara" com "i". Essa diferença na escrita também reflete a identidade étnica. Juão é militante do Movimento Indígena, como comunicador da APIRN (Articulação dos Povos Indígenas do Rio Grande do Norte), integrante do Coletivo Estopô Balaio de Criação, Memória e Narrativa e vocalista/compositor da banda Androyde Sem Par. Formado em Licenciatura em Teatro pela UFRN, transita há dez anos entre Rio Grande do Norte e São Paulo. Foi Mestre na Escola Livre de Teatro de Santo André no Terreiro Teatro Contracolonyal entre 2022 e 2024.

Escrito por Juão Nyn, o texto "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira", lançado em 2020 pela editora Selo do Burro, foi um dos contemplados do edital PROAC Dramaturgias de 2019, sendo distribuído para oito aldeias de São Paulo. Na época, também foram vendidos mais de 2 mil exemplares do livro. Durante a temporada no Sesc Avenida Paulista será feito o relançamento, desta vez em português e Tupi-Potiguara e com dois capítulos extras. 


Ficha técnica
Espetáculo "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira"
Idealização, dramaturgia e atuação: Juão Nyn
Direção: Renato Carrera
Trilha sonora original: Clara Potiguara
Direção de movimento e preparação corporal: Castilho
Assistência de direção: Jessica Marcele
Concepção de cenário: Juão Nyn e Zé Valdir Albuquerque
Confecção de cenário: Zé Valdir Albuquerque
Figurino, adereços e grafismo: Mara Carvalho
Desenho de luz: Matheus Brant
Desenho de som: Jhow Flor
Produtor musical: Nelson D
Videomaker e projeção mapeada: Flávio Alziro Msilva
Captação de vídeos: Flávio Alziro Msilva e GO Sound Productions
Consultoria de vídeo-projeção: Flávio Barollo
Comunicação Visual e Designer gráfico: Leo Akio
Visagismo: Edgard Pimenta
Assistente de maquiagem: Júpiter
Trama Manto Tupi: use.agemó
Criação do calçado: Lucas Regal
Costureiras: Lucidalva Silva Souza e Oscarina
Contrarregragem: Zé Valdir Albuquerque
Técnica e operadora de som: Naomi Nega Preta
Assistência e Operação de luz: Juliana Jesus
Consultoria e tradução para Tupi-Potiguara: Romildo Araújo
Voz em off: Flavio Francciulli
Fotos divulgação: Matheus José Maria
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes
Produção geral: Tati Caltabiano
Realização: Sesc


Serviço
Espetáculo "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira" 
De 7 de março a 6 de abril de 2025. Quinta a sábado, às 20h. Domingo, às 18h. Sessão extra no dia 2 de abril, quarta, às 20h00. Sessões com acessibilidade: audiodescrição, 20 de março, quinta, às 20h00; libras, de 21 a 23 de março, sexta a domingo, às 20h00. 
Local: Arte II (13º andar)
Duração: 60 minutos
Capacidade: 80 pessoas   
Classificação indicativa: 16 anos
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 12,00 (credencial plena).
Venda de ingressos on-line a partir de 18 de fevereiro, às 17h00, e nas bilheterias das unidades a partir de 19 de fevereiro, às 17h00. 
Sesc Avenida Paulista. Avenida Paulista, 119, Bela Vista / São Paulo
Telefone: (11) 3170-0800
Transporte público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m
Horário de funcionamento da unidade: terça a sexta, das 10h00 às 21h30. Sábados, das 10h00 às 19h30. Domingos e feriados, das 10h00 às 18h30.

.: Espetáculo "Quem Casa Quer Casa 4.0" revisita a obra de Martins Pena


Na versão 4.0, a dramaturga Adriane Hintze preserva a essência da trama original, mas reinterpreta o texto para dialogar com questões contemporâneas. Foto: Julio Aracack


Primeira montagem do Escaldapé Coletivo de Teatro, "Quem Casa Quer Casa 4.0" atualiza a clássica comédia de Martins Pena, trazendo novos debates sobre convivência familiar e aceitação, agora sob a perspectiva de um casal LGBT+. Considerado o precursor da comédia de costumes no Brasil, Martins Pena (1815-1848) retratou em suas peças o cotidiano da sociedade brasileira do século XIX, satirizando valores, hipocrisias e conflitos domésticos. Em "Quem Casa Quer Casa", escrita em 1845, ele expõe as tensões geracionais quando um jovem casal é forçado a dividir o lar com a família, gerando embates que mesclam humor e crítica social.

Na versão 4.0, a dramaturga Adriane Hintze preserva a essência da trama original, mas reinterpreta o texto para dialogar com questões contemporâneas. O casal protagonista é formado por Sabrina, uma mulher cis, e Paulina, uma mulher trans, cuja relação desafia a aceitação da matriarca da família. “Mantivemos o embate central, onde a matriarca da casa confronta a nora, mas ampliamos os conflitos para refletir os desafios enfrentados por casais LGBTQIAPN+ no contexto familiar”, explica Hintze.

Inspirado na Indústria 4.0 (também chamado de Quarta Revolução Industrial, o termo diz respeito à modernização das fábricas com tecnologias como inteligência artificial, robôs e internet das coisas), o texto reflete a influência da tecnologia, das redes sociais e das novas formas de relacionamento sem perder a essência cômica da história.

O diretor da montagem reforça que a nova adaptação não apenas revisita Martins Pena, mas também presta homenagem ao seu legado, resgatando os elementos da farsa e do humor crítico característicos do autor. "Quem Casa Quer Casa 4.0" reafirma a atualidade da comédia de costumes, usando-a como ferramenta para discutir as transformações sociais e a pluralidade de relações na contemporaneidade.


Ficha técnica
Espetáculo "Quem Casa Quer Casa 4.0"
Texto: adaptação coletiva da obra de Martins Pena
Direção: Bryan Parasky
Dramaturgia: Adriane Hintze
Elenco: Camila Johann (Sabrina), Giovana T. S. (Fernanda), João Alves (Leonardo), Marc Pereira (Sebastião), Rafaela Gimenez (Paulina) e Sophia Dário (Eulália)


Serviço
Espetáculo "Quem Casa Quer Casa 4.0"
Temporada: de 8 a 30 de março. Sábados, às 21h00, e domingos, às 20h00
Local: Teatro Paiol Cultural. Rua Amaral Gurgel, 164 - Vila Buarque / São Paulo
Duração: 70 minutos.
Classificação indicativa: 14 anos.
Capacidade: 200 lugares.
Ingressos: de R$ 25,00 a R$ 50,00, pelo Sympla.

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