terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

.: “A Fábrica”, de Hiroko Oyamada, é tema do Clube de Leitura JHSP + 451


A literatura é destaque na programação da Japan House São Paulo. Seguindo o propósito de divulgar expoentes contemporâneos e consagrados da literatura nipônica, o Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um promove um encontro na quinta-feira pré-Carnaval, 27 de fevereiro, a partir das 19h00, para comentar o lançamento “A Fábrica”, de Hiroko Oyamada, publicado no Brasil pela editora Todavia, com tradução de Jefferson José Teixeira e arte da capa de Julia Masagão. Sob a mediação da diretora cultural da JHSP, Natasha Barzaghi Geenen, e do editor da revista literária Quatro Cinco Um, Paulo Werneck, os participantes vão conhecer mais a fundo a história dos três jovens que desejam trabalhar na Fábrica, empresa que mais se parece com uma cidade: tem supermercados, agências de viagens, postos de combustível, conjuntos habitacionais e até mesmo pontes, condicionando-os a uma liturgia industrial. O livro retrata o ecossistema da vida profissional moderna, que consome a existência humana.

Por sua escrita imaginativa, que combina o estilo perturbador e surreal de Haruki Murakami com a precisão satírica de Franz Kafka, Oyamada é considerada uma das vozes mais potentes e singulares da nova ficção japonesa. Para participar do bate-papo online via plataforma Zoom, que contará com a participação especial da escritora e pesquisadora Sofia Nestrovski, os interessados devem realizar inscrição prévia no site da Japan House São Paulo. Os participantes do clube literário ainda têm 20% de desconto na compra do livro no site da livraria Martins Fontes Paulista por meio do cupom JHSP451FABRICA, até o dia 28 de fevereiro.

Para proporcionar uma melhor experiência aos visitantes, a partir de fevereiro, a JHSP apresenta uma novidade na dinâmica para a participação das atividades presenciais: a inscrição virtual prévia via plataforma Hoppin, substituindo a retirada de senhas na recepção da instituição. O acesso às atividades, que permanecem gratuitas, será mediante apresentação do QRCode disponibilizado após a inscrição no site ou no aplicativo da plataforma no início de cada sessão, evitando a necessidade dos participantes chegarem com muita antecedência à JHSP. Compre o livro “A Fábrica”, de Hiroko Oyamada, neste link.


Sobre a Japan House São Paulo (JHSP)
A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de 48 exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações. Garanta o seu exemplar de “A Fábrica”, de Hiroko Oyamada, neste link.


Serviço
Japan House São Paulo
Endereço: Avenida Paulista, 52 - São Paulo  
Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10h00 às 18h00 e sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 19h00.
Entrada gratuita. Reserva on-line (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/  


Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um (on-line)
"A Fábrica", de Hiroko Oyamada
Quando: 27 de fevereiro, às 19h00
Duração: 90 minutos
Gratuito mediante inscrição obrigatória prévia no site.
Vagas limitadas.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

.: "Crime sem Castigo": livro sobre Rubens Paiva é "esquenta" para o Oscar


O livro "Crime Sem Castigo: como os Militares Mataram Rubens Paiva", escrito pela jornalista investigativa Juliana Dal Piva e publicado pela Matrix Editora, apresenta mais de quatro décadas de investigações sobre a prisão e o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva. A obra reúne documentos inéditos sobre o caso desde os anos 1970. Após anos apurando o desaparecimento, a autora decidiu estudar o caso em seu mestrado.

Em 2014, foi aberto na Justiça Federal do Rio de Janeiro, um processo criminal contra cinco militares acusados pela morte e ocultação do cadáver de Rubens Paiva. Foi a primeira vez, em quase 30 anos, que um juiz federal aceitou denúncia criminal do Ministério Público Federal (MPF) por um homicídio cometido durante a ditadura. O fato se tornou, para os familiares das vítimas da ditadura militar, uma das maiores vitórias no Judiciário desde a redemocratização.

As páginas, porém, voltam a 16 de fevereiro de 1971, quando alguns dias após deixar a prisão, Eunice Paiva escreveu uma dolorosa e dura carta ao então ministro da Justiça e presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), Alfredo Buzaid. Esses foram os primeiros escritos em que a esposa de Rubens relatou o drama vivido pela família e onde registra o início de sua busca pelo paradeiro do marido.

À época, ela contou aos conselheiros detalhes sobre a sua injustificada prisão, em 21 de janeiro daquele ano, junto com a filha adolescente. As principais reivindicações, entretanto, era a falta de informações dos órgãos responsáveis sobre a situação e a localização de Rubens. Por quase uma década, Eunice lutou, sem sucesso, pela abertura de uma investigação. O livro também retrata como ela atuou para que, já no governo Sarney, em 1986, a PF finalmente instaurasse um inquérito do caso, quase 15 anos depois do desaparecimento de Rubens.

"Crime Sem Castigo" expõe que a busca pela identificação dos responsáveis pela prisão do ex-deputado federal ganhou decisivos contornos a partir de 2011, com a instalação da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e o trabalho de investigação do Grupo de Justiça de Transição do MPF, no Rio de Janeiro.

Dois depoimentos inéditos de militares envolvidos na sindicância de 1971 e no Inquérito Policial-Militar (IPM) de 1986 e 1987, com novas informações sobre as circunstâncias da prisão e da morte de Rubens permitiram que o MPF finalmente pudesse oferecer uma denúncia apontando os responsáveis pelo crime. Ao longo do livro, a jornalista também expõe como o trabalho investigativo de alguns jornalistas foi fundamental para o avanço do caso.

Estão anexados à obra documentos inéditos sobre como o Serviço Nacional de Informações (SNI) monitorou Eunice e também as iniciativas de investigação do desaparecimento de Rubens Paiva. Além disso, a autora encontrou, no acervo do SNI, o primeiro documento produzido pela ditadura que identifica o ex-deputado como “falecido” em 1977. Até o fim do governo de João Figueiredo, o Exército sustentava que Paiva tinha “fugido”, em uma mentira escandalosa.

A autora também faz a trajetória do caso de 1971 até 2014. Juliana acompanhou e, descreve na obra, a única audiência no Judiciário em que os cinco militares apontados como assassinos de Paiva estiveram presentes. O lançamento é fundamental para quem deseja se aprofundar neste que é um dos casos mais emblemáticos do país, agora reavivado também no cinema brasileiro com o lançamento do filme “Ainda Estou Aqui”. Compre o livro "Crime Sem Castigo" neste link.


Sobre a autora
Juliana Dal Piva é jornalista formada pela UFSC com mestrado no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da FGV-Rio. Atualmente, é repórter do Centro Latino-americano de Investigação Jornalística (CLIP) e colunista do ICL Notícias. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. Venceu diversos prêmios de jornalismo. Entre eles, o prêmio Relatoría para la Libertad de Expresión (RELE), da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, em 2019. Apresentadora do podcast "A Vida Secreta do Jair" e autora do livro “O Negócio do Jair: a História Proibida do Clã Bolsonaro”, best-seller em 2022 e finalista do prêmio Jabuti de 2023. Garanta o seu exemplar de "Crime Sem Castigo"neste link. 


Ficha técnica 
Título: "Crime Sem Castigo: como os Militares Mataram Rubens Paiva"
 
Autora: Juliana Dal Piva
Editora: Matrix
ISBN: 978-65-5616-537-0
Número de páginas: 208
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.: "A Saideira": Barbara Gancia relança livro sobre o drama do alcoolismo


No país onde o consumo de álcool mata 12 pessoas por hora, nova edição de "A Saideira" reforça a necessidade de conscientização sobre a doença

Reverenciada por suas passagens em grandes veículos da imprensa brasileira, a jornalista Barbara Gancia se tornou símbolo da luta contra o alcoolismo com o lançamento de "A Saideira - Uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando contra a Dependência". O testemunho da própria jornada com a doença que mata 12 pessoas por hora no país, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ganha agora uma nova edição pela Matrix Editora. 

“Pouco mudou desde a primeira edição deste livro”, lamenta a autora na introdução do relançamento. “Somos recordistas mundiais, ou assustadoramente perto disso, em acidentes de trabalho, acidentes de trânsito, DSTs, gravidez indesejada, mortes por motivo fútil e violência doméstica. Tudo isso está intimamente relacionado ao álcool”, alerta ao reforçar que as discussões sobre o tema seguem necessárias. 

Nas páginas, Gancia compartilha relatos íntimos e, muitas vezes desconfortáveis de suas experiências como dependente, como ter provado bebida alcoólica pela primeira vez aos três anos de idade, os apagões de memória após as ressacas, as escapadas durante o expediente para encher o copo, as “grandes cagadas” que marcaram suas bebedeiras, o consumo de drogas e os flertes com a morte quando dirigia embriagada. Em depoimentos sinceros e despidos de qualquer romantismo, ela escancara o próprio dilema de quem por muito tempo não se deu conta do problema e não se enxergava no estereótipo de alcoólatra gravado no imaginário popular. 

Ao narrar as passagens por clínicas de reabilitação, os encontros de Alcoólicos Anônimos e os esforços para seguir o programa dos "12 Passos", a jornalista ilustra a intensa batalha enfrentada por adictos em recuperação e os efeitos desse processo a todos que estão em sua órbita. Mesmo mostrando que caminho do tratamento não é fácil, a escritora defende o papel do livro para ajudar quem hoje convive com o vício. “Eu o escrevi para transmitir aos alcoólicos, como eu, um despertar espiritual igual ao que tive. Escrevi para mostrar de forma palpável que é possível renovar a alegria diariamente, tendo uma vida plena e cheia de esperança”, afirma. 

A versão revista e ampliada da publicação também repercute o sucesso da peça “Bárbara”, adaptação da trajetória de Gancia que rendeu à Marisa Orth o prêmio Bibi Ferreira de Melhor Atriz de Teatro. O espetáculo, que deve voltar aos palcos em 2025, contribuiu para conversas sobre o alcoolismo, especialmente entre mulheres, e para ampliar a conscientização sobre os impactos devastadores dessa dependência na vida pessoal, profissional e familiar. A dramatização reafirmou a urgência de tratar o alcoolismo como uma questão de saúde pública, além sensibilizar o público e inspirar aqueles que buscam superar a dependência. 

O retorno às prateleiras de "A Saideira" é pertinente em uma realidade em que os números relacionados ao consumo abusivo de álcool permanecem alarmantes e comprovam que essa problemática está longe de ser superada. Com seu relato honesto e profundo sobre os desafios da recuperação, Barbara Gancia incentiva o suporte coletivo a quem busca um novo começo. Compre o livro "A Saideira" neste link.


Sobre a autora
Barbara Gancia nasceu em São Paulo, em 10 de outubro de 1957. Jornalista, foi colunista da Folha de S. Paulo por 32 anos (de 1984 a 2016). Trabalhou também nas editoras Três e Abril e no Caderno 2, do jornal O Estado de S. Paulo. Na televisão aberta, atuou como ombudsman do programa de Otávio Mesquita, e, de 2002 a 2011, apresentou no canal BandSports o programa Dois na Bola, ao lado do mitológico narrador Silvio Luiz. Foi ainda colunista na rádio BandNews FM, de 2008 a 2015. Integrou o elenco do canal GNT, no qual participou como apresentadora do programa Saia Justa, de 2013 a 2016. Hoje em dia, transformou em atividade profissional uma antiga paixão: os relógios. Escreve sobre o assunto para diversas publicações. Ela também segue na sua missão de ajudar as pessoas, dando palestras sobre alcoolismo. Garanta o seu exemplar de "A Saideira" neste link.


Ficha técnica
Livro: "A Saideira - Uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando contra a Dependência"
 
Autoria: Barbara Gancia
Número de páginas: 318
Editora: Matrix
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.: "A Origem das Espécies", de Charles Darwin, ganha edição especial ilustrada

Essencial para entender a evolução dos seres vivos no planeta, "A Origem das Espécies", de Charles Darwin, ganhou uma versão ilustrada inédita direcionada ao público infantil. Idealizado pela artista Sabina Radeva, formada em Biologia Molecular, o livro foi elogiado pelo The Guardian por inovar ao retratar a famosa trajetória de um dos nomes mais importantes da ciência. Com ilustrações lúdicas e linguagem acessível, a obra foi traduzida para mais de 31 países e se tornou um best-seller internacional. No Brasil. a obra chega pela editora Intrínseca, com tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Inovador, o livro ilustrado revisita os estudos de Charles Darwin em linguagem atraente para crianças

Em um trabalho inventivo, Sabina Radeva redesenhou as famosas expedições do naturalista ao redor do mundo, explicando para as crianças como ele percebeu as diferenças entre os animais. A versão ilustrada conta com trechos extraídos do texto original de Darwin, que ajudam o leitor a compreender de forma aprofundada as complexas características da teoria da evolução, responsável por mudar a forma com que a humanidade entende a vida na Terra.

A partir da observação, Darwin começou a notar que grupos de indivíduos que possuíam determinadas características conseguiam se perpetuar em seu habitat e, com isso, a presença daqueles que não estavam tão bem adaptados tornava-se menos frequente. Em sua teoria, o naturalista cunhou o termo seleção natural para explicar a forma que a natureza “escolhia” os organismos mais bem adaptados. Além disso, ele notou que poderia agrupar indivíduos que compartilhavam aspectos semelhantes em um grupo que chamou de espécie. 

A seleção natural, assim como outros pontos importantes da teoria, são explicados de maneira  didática. A ilustradora resume ainda a teoria em cinco tópicos, mas alerta que, mesmo que o livro tenha chegado ao final, a evolução das espécies continua.

Sabina Radeva, ciente do constante desenvolvimento das hipóteses nos campos científicos, explica  que procurou atualizar as teorias já defasadas e, em um breve apêndice, reuniu mais detalhes dos termos utilizados ao longo do livro. “Com este livro ilustrado, crianças vão aprender o poder da observação e reconhecer como a curiosidade em relação ao mundo natural é capaz de levar a incríveis descobertas”, finaliza. Compre o livro "A Origem das Espécies" neste link.


Sobre a ilustradora
Sabina Radeva
é designer gráfica e ilustradora. Em 2008, concluiu o mestrado em Biologia Molecular no Instituto Max Planck, na Alemanha. No ano seguinte, trocou a ciência por uma carreira do campo criativo, e desde então estuda para se aperfeiçoar como ilustradora. Sabina é apaixonada por projetos que misturam ciência e arte, tendo suas duas filhas como fonte diária de inspiração. A adaptação de "A origem das Espécies" é o primeiro livro publicado da artista, que, com suas belíssimas ilustrações, tornou-se um sucesso imediato no mundo todo ao ser lançado originalmente em uma plataforma de financiamento coletivo. Ela mora em Londres, na Inglaterra. Foto: Charlotte Knee. Garanta o seu exemplar de "A Origem das Espécies" neste link.


Ficha técnica
Livro "A Origem das Espécies"
Autor: Charles Darwin
Adaptação e ilustração: Sabina Radeva
Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges
Número de páginas: 64
Editora: Intrínseca
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.: Gabriel Yoshimoto, ex-"BBB": "Eu não sabia o que fazer, só sabia ser eu"


Com apenas três votos, o nadador terminou encarando Aline Patriarca e Vitória Strada na votação popular e foi eliminado com 48,8% dos votos do público. Foto: Globo/ Léo Rosario


A ida de Gabriel Yoshimoto ao paredão do "Big Brother Brasil" aconteceu de maneira inesperada para os competidores. Por uma dinâmica combinada previamente com o público, na última semana, além do indicado pelo líder, os três mais votados pela casa estariam na berlinda, um deles com chance de se salvar na prova Bate e Volta. A sorte não foi de Gabriel e assim, com apenas três votos, ele terminou encarando Aline Patriarca e Vitória Strada na votação popular e foi eliminado com 48,8% dos votos do público. "Eu não imaginei que estaria na reta. Mas a dinâmica do programa, mais uma vez, deixou todo mundo sem saber o que fazer", conta o agora ex-brother.

Mesmo ficando apenas 30 dias no confinamento, ele avalia positivamente a experiência. "É uma oportunidade que quase nenhum dos brasileiros teve, é a casa mais vigiada do Brasil! Muita gente quer estar lá. Conheci gente que eu vou levar para o meu coração e que vou visitar em suas cidades, sabe? Passei por coisas que eu nunca achei que fosse passar. E esse programa realmente é uma incógnita, eu não sabia o que fazer, só sabia ser eu. Eu vou levar essas histórias para o resto da minha vida e contar para netos, filhos e tudo mais", diz. Na entrevista a seguir, confira o que Gabriel também disse sobre seus aliados e adversários no game, sobre os julgamentos que recebeu no último "Sincerão" e quais são seus planos pós-"BBB 25".
 

Você um mês no "BBB 25". Que balanço faz da sua participação no reality
Gabriel Yoshimoto -
Foi uma experiência incrível. É uma oportunidade que quase nenhum dos brasileiros teve, é a casa mais vigiada do Brasil! Muita gente quer estar lá. Conheci gente que eu vou levar para o meu coração e que vou visitar em suas cidades, sabe? Passei por coisas que eu nunca achei que fosse passar, desde comer muito pouco por causa da xepa até a parte da mentalidade da competição. Antes do "BBB", sempre que eu competi (na natação) ou fui para algum tipo de desafio, eu sabia o que eu estava fazendo, o que eu estava encarando. E esse programa realmente é uma incógnita, eu não sabia o que fazer, só sabia ser eu. Eu vou levar essas histórias para o resto da minha vida e contar para netos, filhos e tudo mais.

 
Que aprendizados essa experiência te trouxe?
Gabriel Yoshimoto -
Aprendi a dar muito valor à família, ao contato de gente que tem carinho por mim. Aqui fora a gente tem esse contato com pessoas que a gente ama, e lá dentro é meio complicado viver sem isso. Então, agora, aprecio ainda mais.

 
No "Sincerão", você foi apontado por quatro pessoas com a característica de “ninguém vai lembrar”. Por que acha que isso aconteceu? Acredita que esse apontamento pode estar associado a sua eliminação? 
Gabriel Yoshimoto - Um pouquinho de sim, um pouquinho de não. Ela ativou a minha eliminação porque eu não me expressei do meu jeito normal, como aqui fora. Geralmente eu não gosto de ter atritos com ninguém, não levo frustrações, então simplesmente penso: "Isso aconteceu comigo? Então tá bom". E acabou. Eu não sou uma pessoa que fica remoendo ou quero debater muito com as pessoas; eu evito conflito. E evitar o conflito e me abrir apenas para os meus, pensar bastante, não é o que é o jogo no "BBB". Eu tenho que realmente verbalizar para as pessoas entenderem o que está passando dentro da minha cabeça, e esse foi o meu erro, que acho que também comprometeu o meu jogo dentro da casa.
 

Foi pego de surpresa com os três votos que recebeu no domingo? Esperava ir ao paredão? 
Gabriel Yoshimoto - Eu não imaginei que estaria na reta. Mas a dinâmica do programa, mais uma vez, deixou todo mundo sem saber o que fazer. Fui pego de surpresa, sim. A gente tinha contado os votos só pensando que seriam os dois mais votados da casa no paredão, no máximo. Quando apareceu que seria também o terceiro eu pensei: "Putz, vacilei". E em relação aos votos, eu não fiquei muito surpreso. Fiquei mais surpreso com o voto do Guilherme, que mesmo depois de a gente ter trocado ideia, de ele ter me colocado como o maior vacilão da face da terra, ele falou uma pá de coisas legais para mim. Mesmo assim, continuei sendo votado. E o voto da Aline também porque eu pensei que ela tava tendo conflito com qualquer um dos Joãos [João Pedro e João Guilherme] E acabou que votou em mim. 
 

Ainda na casa, você cogitou que pudesse estar em desvantagem no paredão com Aline e Vitória Strada. Por que teve esse sentimento? Em algum momento pensou em reverter esse cenário antes da noite de eliminação? 
Gabriel Yoshimoto - Eu pensei desse jeito pelo fato de achar que a Aline tem o perfil do "Big Brother": é uma mulher bonita, alta, que fala bastante, fala alto, então acaba tendo uma visibilidade maior. E a Vitória pelo fato de ela ser camarote, né? Ela tem acesso a uma base de fãs que eu nunca tive. Eu nem pensei que eu ia ter fã algum dia na minha vida! Então, eu tinha essa ideia do cenário do paredão. E eu pensei que depois que o Paredão foi formado não tinha mais muito o que fazer, eu acredito. Depois teve o "Sincerão", que foi onde tentei lutar. Eu tentei lutar até o último minuto, e é isso.
 

Você e o Diego Hypólito tiveram algumas divergências na casa. Considera ter sido ele seu maior rival no "BBB"? 
Gabriel Yoshimoto - Foi o meu maior rival. É porque é aquela coisa, os nossos santos não bateram e não tinha mais o que fazer, sabe? Eu também já não queria aproximação com ele pelo fato das mentiras e tal.


Quem considera terem sido seus aliados no jogo? E que amigos pretende trazer para a vida aqui fora?
Gabriel Yoshimoto - Sem contar o Mike, né, que com ele já faz mais de 18 anos de amizade (risos). Com certeza João Gabriel e João Pedro, porque a gente sempre estava junto. Logo de cara, quando entramos na casa, a nossa energia já bateu. Renata e Eva também; vamos ter que fazer uma visitinha lá na terra delas pra ver aquela prainha correr bastante. E eu senti também muita verdade pelo episódio da Eva no monstro das chaves, que foi complicado, mas a gente estava lá. Camilla e a Thamiris também adoro, quero conhecer os filhos da Camilla. E a dona Joselma foi o que era o mais próximo de uma mãe ali para mim. Me senti bem acolhido por ela, e com certeza é uma mulher incrível; vou levar para frente também. Quanto a aliados de jogo, os primeiros foram os gêmeos. Mais pra frente nos unimos também com a Renata e a Eva, começamos a tentar incluir as duas mais no nosso dia a dia, já que os gêmeos também tinham uma amizade bem forte com elas. E o Diogão (Diogo Almeida) e a dona Vilma fechavam o grupo. Com os gêmeos foi uma união pela sintonia. As meninas, acho que estavam muito perdidas no começo, mas a gente tinha uma energia que bateu; elas também não queriam ficar sem grupo, sentiram-se deslocadas e vieram com a gente. E o Diogão, logo no começo, ele já gostou da gente, eu gostei dele. Foi assim que se formou o nosso grupinho.


Você e o Maike entraram em dupla no "BBB". Quando a disputa virou individual, qual foi o maior desafio? 
Gabriel Yoshimoto - Acho que não tinha tanto desafio porque eu ainda estava do lado dele. A meu ver, as coisas ficaram um pouco mais fáceis. Eu tinha medo que algumas atitudes minhas prejudicassem ele ou o jogo dele, sabe? Então, quando o jogo ficou individual, eu já respirei melhor. E era mais fácil porque a gente poderia voltar em pessoas diferentes da dupla também. Era ótimo não ter que voltar numa pessoa por causa da outra.

 
O que muda na sua vida depois da participação no reality show
Gabriel Yoshimoto - Nossa, muita coisa. Primeiro, agora a gente consegue trabalhar com a internet, se tudo der certo. Mas foi uma experiência muito louca, é um mundo muito novo pra mim. Eu estava há um mês lá dentro, mas muita coisa aconteceu. Então, quero ver o que o mundão ainda tem para oferecer. Eu tenho vários planos. Vamos torcer para Juliana (minha namorada) e eu conseguirmos criar uma família, quero ajudar a terminar de pagar a casa da minha mãe. Vou pra cima! Trabalhar mais. Quero ver como é esse novo mundo e estou pronto para vivê-lo.

 
Para quem torce que chegue à final do "BBB 25"?
Gabriel Yoshimoto - Os gêmeos! Para mim, eles são pessoas que têm uma energia braba, que bateu de encontro com a minha. Gosto muito deles! Eles são muito engraçados, um é a cópia do outro, os caras sabem o que o outro está pensando antes de qualquer coisa... E eu vejo também muita verdade nos meninos. Se pudesse escolher o pódio, seria o Maike em primeiro lugar, João Gabriel em segundo e João Pedro em terceiro.


O "BBB 25" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco e Rodrigo Tapias, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Rodrigo Dourado. O reality vai ao ar na TV Globo de segunda a sábado, depois de "Mania de Você", e domingos após o "Fantástico". Pode ser visto ainda 24h00 por dia, ao vivo, no Globoplay. O Multishow exibe diariamente 60 minutos, ao vivo, logo após o fim da exibição da TV Globo. A votação do programa acontece exclusivamente no Gshow. Os projetos multiplataforma e mais informações podem ser encontrados no site.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

.: Entrevista: Mateus Pires revela a maior decepção fora do "Big Brother Brasil"


Ele afirma ter sido leal às alianças estabelecidas no
 reality show, mas revela ter se decepcionado ao deixar a casa e tomar conhecimento do que acontecia às escondidas. Foto: Globo/ Léo Rosario


Com uma trajetória pautada pelas amizades, o último eliminado da 25ª edição do "Big Brother Brasil" considera que travar as próprias batalhas foi seu maior desafio na fase individual do "BBB 25". Dupla da atriz Vitória Strada na primeira etapa da temporada, o arquiteto Mateus Pires deixou a casa na última terça-feira, dia 18, com 65,30% dos votos. Ele afirma ter sido leal às alianças estabelecidas no reality show, mas revela ter se decepcionado ao deixar a casa e tomar conhecimento do que acontecia às escondidas. 

“Dentro do meu próprio quarto havia pessoas que estavam falando mal de mim pelas costas e eu não tinha ideia. Eu sinto que existia uma expectativa de que eu decifrasse o mistério da Thamiris e da Camilla e conseguisse botar luz nessas mentiras. A verdade é que quando você tem uma visão tão pequena de tudo, é muito difícil fazer essa análise e todas essas acusações”, reflete o ex-brother. Agora longe da disputa, Mateus analisa as alianças no grupo ao qual pertencia e conta, na entrevista a seguir, que conselho daria para a sua ex-companheira de jogo, se tivesse a chance. O arquiteto também comenta as rivalidades que teve no jogo e monta seu pódio do "BBB 25".
 

O que significou para você participar do "BBB 25"? Que balanço faz dessa experiência?
Mateus Pires - O "Big Brother" é a experiência mais absurdamente maravilhosa que eu já vivi. Uma experiência que eu desejo para as pessoas que realmente querem estar no programa, que se inscrevam e se dediquem a isso, porque é um sonho muito gostoso de viver. Eu tive essa oportunidade e desejo a todas as pessoas que têm essa vontade que consigam. É muito grandioso, você se desliga de tudo o que existe aqui fora, não tem nada que te traga o mínimo de resposta. Você tem que confiar em você e nas pessoas com quem você conversa ali dentro. É a melhor oportunidade da minha vida. Eu vou tentar agarrar tudo o que eu puder depois dessa experiência, porque ali foi a conclusão de um primeiro sonho, e eu sei que agora virão diversos outros que eu vou tentar absorver da melhor forma possível.
 

Você passou pelo paredão quando ainda era dupla da Vitória Strada. Agora, ao enfrentar a berlinda sozinho, acabou eliminado. O que foi determinante para sua saída do "BBB" desta vez?
Mateus Pires - Eu acho que eu ter me posicionado da forma errada dentro do jogo, ter travado um embate que eu jurava ter sido tão certeiro com a Eva e com a Renata, sendo que dentro do meu próprio quarto havia pessoas que estavam falando mal de mim pelas costas e eu não tinha ideia. Eu sinto que existia uma expectativa de que eu decifrasse o mistério da Thamiris e da Camilla e conseguisse botar luz nessas mentiras. A verdade é que quando você tem uma visão tão pequena de tudo é muito difícil fazer essa análise e todas essas acusações, visto que você não tem certeza de quase nada, só da sua fé mesmo. A sua intuição falha às vezes, como a minha falhou comigo (risos).
 

Como dupla no reality, você e a Vitória tiveram algumas discussões na casa, principalmente por conta de interrupções em conversas. Como se sentia nesses momentos e como foi jogar ao lado dela? 
Mateus Pires - A Vitória é uma pessoa muito especial para mim, vou agradecê-la eternamente pela oportunidade que me deu. Eu sinto que a gente tem uma dinâmica muito gostosa de ver, porque quando estamos juntos, somos muito fortes. Mas isso não impede que nós, como grandes amigos, também tenhamos nossos arranca-rabos. A analogia com ‘Tapas e Beijos’ é perfeita para nós dois, porque é isso mesmo. Apesar das situações mais caóticas entre nós, no final do dia, a gente sabe que se ama e que vai estar sempre um com o outro independentemente do que acontecer.
 

Hoje, se pudesse dar um conselho à Vitória, qual seria? 
Mateus Pires - Meu sonho era poder mandar uma mensagem para ela! Eu diria para abrir os olhos para as pessoas que estão mais próximas. Eu sei que está todo mundo na correria para sair vitorioso e ganhar a bolada final, os R$ 3 milhões, os prêmios, mas você acredita que pode sair dali com amizades genuínas. Você acredita com unhas e dentes na pessoa que está dormindo ao seu lado e percebe agora que, na verdade, ela estava falando mal de você para a casa. E não só te dando toques, porque eu via os toques delas (Thamiris e Camilla) como dicas que poderiam ser prósperas para nós como equipe, como aliança. E você se decepciona. Então, meu recado para ela seria confiar em si e abrir os olhos para as pessoas mais próximas porque elas que podem estar minando a sua felicidade – e a gente nem sequer percebia isso.
 

Qual foi o maior desafio de seguir no jogo individual, na sua concepção? 
Mateus Pires - Meu maior desafio individualmente na casa foi travar as minhas próprias batalhas. Eu sinto que essa sempre foi uma questão para mim e para a Vi, porque nós não somos pessoas muito armadas. A gente é o tipo que tenta ter trocas por meio do diálogo, só que a partir do momento em que você está pela quinta semana seguida com a mira no pulso, você fica mais armado, querendo ou não. Então, até aquele pequeno comentário da Eva de “não precisa se justificar, não, amigo” me pegou de um jeito que eu falei “cara, mas eu estou há tanto tempo com essa mira e você nem sabe o que é isso. Eu só quero ficar de boa aqui e não consigo”. Meu principal desafio foi ter travado as batalhas certas.
 

Você disse ter um embate direto com a Eva no programa. O que motivou o início dessa rivalidade?  
Mateus Pires - Eu lembro que, quando tudo começou, eu tinha uma relação muito tranquila com as meninas, tanto com a Eva, quanto com a Renata. Eu via a Vitória numa situação um pouco mais desconfortável, mas sentia que essa percepção não era apenas dela, mas que algumas pessoas do nosso quarto traziam para a gente. E a Vitória me perguntou, com uma cara de preocupada, se eu estava reparando aquilo. Eu disse que não estava reparando nada. A partir disso, rolou uma dúvida nessa amizade com as meninas. E quando surgiu o comentário da Eva (sobre se justificar) eu percebi que aquilo tudo poderia ser verdade, esses olhares duvidosos e julgadores, te apontando defeitos. Eu peguei essa fala da Eva como a prova que eu precisava para travar a batalha.
 

Ainda no início do programa, você formou uma aliança com os integrantes do quarto Nordeste, mas esta semana as relações ficaram estremecidas nesse núcleo. Como analisa essa aliança e de que maneira observa os próximos passos do grupo? 
Mateus Pires - A aliança foi desde o início, eu me encantei muito pela história das meninas e também pela energia e pela forma brincalhona das duas (Thamiris e Camilla). O que acontece é que quando você forma essa aliança no início do programa, você tenta deixá-la regada e cultivada ao máximo, porque são pessoas pelas quais você criou afeto, que não votam em você e que você quer ter junto na final. E a gente julga baseado nisso. Mas o que eu vejo dessas últimas semanas é que começou a rolar uma forçação de barra em relação a essa crítica à Vitória e o que me decepcionou comigo mesmo foi que eu poderia ter visto situações como essas e ter me colocado. Algo como: “Gente, eu não acho tão legal falar dessa maneira”. Mas o que acontece também é que eu queria que a Vitória tivesse esse protagonismo, como eu vi que ela teve no quarto após a formação de paredão. Eu estava me sentindo tão desconfortável ali naquela cena, que eu lembro de ter levantado da minha cama e ter sentado na frente da Vitória para mostrar minimamente que eu estava ali e que poderia ser um amparo para ela. Ainda assim, eu acho que a Vitória fala brilhantemente bem, tão melhor que eu – ela tem uma oratória deslumbrante e eu falei isso diversas vezes durante o jogo – e eu sei que ela sabe se defender. Também não queria eu atravessá-la de alguma forma e deixá-la ainda mais fragilizada. Eu estava ali querendo ser o ombro amigo para ela chorar e desabar; eu estaria ali na frente dela para dar um abraço se ela precisasse. Eu estou torcendo muito pela intuição da Vitória falar mais alto. Acho que a aliança ali realmente acabou e, vendo pequenas coisas aqui de fora, eu já torço para que realmente tenha chegado ao fim, para que a Vitória consiga se relacionar com outras pessoas, perceba lealdade de outras pessoas. Isso foi até uma das coisas que as meninas pontuaram comigo antes de eu sair: “obrigada pela sua lealdade”. E eu falei: “eu vou ser leal a vocês sempre aqui no jogo”. Eu tinha essa visão de todo mundo ser amigo ali, de querer ver o outro na final. Então, dói assistir às cenas delas falando mal de mim e da Vitória em outros quartos, para outras pessoas, deixando os comentários de serem críticas construtivas e virando falsidade. Por isso, meu anseio para as próximas semanas é que a Vitória ouça a intuição dela e não se deixe abalar. Eu lembro que falei isso para ela nos meus últimos momentos. Eu sei que ela tem uma intuição muito forte e é uma pessoa brilhante.
 

No castigo do monstro, que enfrentou no último fim de semana, você precisou atribuir características a algumas pessoas da casa. Depois, pediu perdão ao Diego Hypolito por tê-lo apontado como “hipócrita”. Por que se arrependeu desse apontamento?  
Mateus Pires - Com relação ao Diego eu me arrependi muito desse adjetivo atribuído a ele porque, naquele momento, eu tinha outras pessoas às quais poderia atribuir essa característica de uma forma muito mais coesa. O Diego chegou a pedir desculpas por algumas situações em que a gente tinha uma certa expectativa em relação ao próprio jogo mesmo. Agora que eu tenho acesso a visões panorâmicas de tudo o que acontecia na casa, é muito fácil botar o dedo e falar: “Nossa, que errado eu ter cobrado o voto dele”. Mas lá dentro você tenta se aliar às pessoas, tenta criar essa confiança. E quando a pessoa não mostra essa confiança, você fala: “Quando você precisou do voto, a gente estava ali por você. Quando a gente precisou, você mudou de ideia de última hora”. Foi nesse sentido que eu atribuí o adjetivo a ele, mas pedi desculpa porque não precisava expô-lo para a casa toda daquela maneira. Isso tinha sido algo que nós já havíamos conversado e eu tinha outras pessoas que poderia ter atribuído a característica, e poderia ter sido muito mais certeiro. Não teria prejudicado o jogo dele nem o meu. A gente tinha uma aliança gostosa de ver. Depois analisando, até dentro do próprio confessionário, eu pensei que não era para ter sido daquela forma.
 

Algum acontecimento do jogo te surpreendeu quando chegou aqui fora? 
Mateus Pires - Eu acho que essa resposta ficou nítida na minha cara quando, no "Bate-papo BBB", me mostraram o vídeo das meninas conversando. Quando eu as vi falando aquele “tomara” para eu e Vitória irmos ao paredão juntos, aquilo quebrou meu coração. É muito louco, porque ali dentro você se agarra ao mínimo e faz desse mínimo o máximo, porque é o que você tem. Quando você sai dali, vê a proporção das coisas, o que tudo aquilo significava e percebe que não era como você imaginava aquela aliança. Não tem como não se decepcionar. Meu choque maior foi essa situação. É triste, eu não queria que fosse assim.
 

Quem deseja que vença o "BBB 25"? 
Mateus Pires - Eu torço muito pela Vitória, quero que ela tenha sucesso com tudo isso. Sinto que o que está acontecendo agora é uma provação para ela passar e se impor da melhor forma possível dentro da casa. Torço muito por ela, pelo Vinícius e pela Aline. Esse seria meu Top 3 se eu pudesse montar meu pódio.
 

Quem considera ser o participante mais forte na casa, o melhor jogador?  
Mateus Pires - Eu acho que eu e Vitoria não jogávamos tão bem (risos). A gente estava bem desligado – o que eu acho muito cômico. Às vezes a gente dá oportunidade para umas pessoas que a gente nem imagina que vão nos sacanear. Isso já aconteceu aqui fora também, coincidentemente. Mas eu acho o Vinícius um jogador muito bom. Ele joga com o coração, é uma pessoa muito coesa. Todas as vezes em que a gente teve troca, eu sentia o comentário dele diretamente para aquilo que estava me machucando e que eu, talvez, não soubesse externar da melhor forma. Sabe quando você tem algo que te dói e você não consegue colocar nas palavras certas, apesar de saber que aquilo está dentro de você? Teve uma situação com a Gra (Gracyanne Barbosa), logo após o monstro onde houve a questão com o Diego, em que ela falou: “Se fosse comigo, você nem teria oportunidade de conversar”. O Vinícius estava também na cozinha e viu essa cena. Ele falou depois comigo: “Cara, eu não quero ver você nessa posição. Eu vi que você estava frágil, que aquele comentário te atravessou. Só não deixa isso acontecer”. E eu falei: “Obrigado por esse comentário, porque eu também senti que me atravessou muito e doeu ali”. É muito legal ver que ele é um jogador que percebe as nuances escondidas das outras pessoas. Foi uma sensação muito bacana.
 

O que muda na sua vida após essa passagem pelo reality? Pretende continuar atuando no ramo da Arquitetura? 
Mateus Pires - As minhas expectativas para esse pós-programa são as melhores possíveis. Eu quero abraçar todas as oportunidades que surgirem e que fazem sentido com o que eu desejo para a vida. Eu amo a Arquitetura e quero ter a oportunidade de colocá-la dentro de cenas novas. Qualquer coisa relacionada a casa, lar... todas essas questões ligadas à construção civil sempre me cativaram muito. Então, certamente, eu não quero nem vou abandonar isso. Mas quero fazer coisas correlatas com divulgação também, botar a minha visão de Arquitetura numa outra escala. Esse é um sonho.
 

O "BBB 25" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco e Rodrigo Tapias, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Rodrigo Dourado. O reality vai ao ar na TV Globo de segunda a sábado, depois de "Mania de Você", e domingos após o "Fantástico". Pode ser visto ainda 24h00 por dia, ao vivo, no Globoplay. O Multishow exibe diariamente 60 minutos, ao vivo, logo após o fim da exibição da TV Globo. A votação do programa acontece exclusivamente no Gshow. Os projetos multiplataforma e mais informações podem ser encontrados no site.

.: Livro infantil que surgiu a partir de uma birra desmistifica estereótipos

Economista de formação, Bruna é servidora pública e nunca tinha pensado em se tornar escritora. Foi a filha mais velha que fez com que ela começasse a expor suas ideias para o mundo. Foto: divulgação

Ensinar empatia às crianças desde cedo é essencial para que cresçam respeitando as diferenças e valorizando a diversidade. Mas, ainda hoje, há muitos estereótipos que precisam ser desconstruídos. E os livros são uma ótima ferramenta para isso! Essa é a proposta de "Rosa é Cor de Menina!? Existe Isso?", da autora carioca Bruna Fontes, que fala sobre a liberdade de escolher quais cores usar.

A história ajuda as crianças a se colocarem no lugar do outro, mostrando que o mundo é feito de diferentes perspectivas e vivências. O texto afetivo, junto com as ilustrações de Dora Weigand, ajudam as crianças a embarcarem na história, a começar pela capa, que vai dos tons de rosa às outras cores, simbolizando a transformação.

Livro surgiu a partir de uma birra da filha
Economista de formação, Bruna é servidora pública e nunca tinha pensado em se tornar escritora. Foi a filha mais velha, Isabela (ela também é mãe de Guilherme) que, mesmo de forma indireta, fez com que ela começasse a expor suas ideias para o mundo.

"A ideia de escrever o livro veio depois de uma pequena birra aos 3 ou 4 anos. Ela se recusou a usar uma calça jeans para ir para a escola, por ser azul. E isso me instigou, por não me conformar com a perspectiva de minha filha incorporar estereótipos desde tão jovem. Inclusive, quando grávida dela, fiz questão de fazer um quartinho mais neutro possível, para que ele fosse uma tela em branco na qual ela pudesse dar seu toque pessoal", revela Bruna.

Por conta desse episódio, a autora começou a criar a história, escrevendo no bloco de notas do celular, como uma forma de lidar com a dificuldade, sem conflitos e desmistificando este padrão. "Quis ressignificar a crença de que meninas ou meninos não poderiam usar alguma cor", diz.

No livro, a personagem Isabela (mesmo nome da filha) é uma menina que adora a cor rosa, mas acha que apenas meninas usam a cor. A partir de seu comportamento questionador e com a ajuda de Pedro e sua mãe, a professora Regina, ela descobriu que todas as pessoas são livres para usar as cores que quiserem. Garanta o seu exemplar de "Rosa é Cor de Menina!? Existe Isso?" neste link.


Carreira literária e presença em eventos
O que seria apenas uma brincadeira familiar, acabou tomando novos rumos. Tudo porque, quando ouviu a mãe contar a história pela primeira vez, a filha gostou tanto que pediu que os personagens fossem desenhados e que a história estivesse “no papel”.

“Fui atrás de uma ilustradora e de uma gráfica. Depois, ao participar de um projeto de leitura de livros na escola dos meus filhos, li a história que tinha criado. Outros pais gostaram, quiseram comprar. E a brincadeira foi ficando mais séria”, lembra. A publicação do livro aconteceu em 2022 e, desde então, Bruna vem marcando presença em importantes eventos literários por todo o Brasil, seja expondo  vendendo os livros, realizando contação de histórias para crianças ou participando de palestras e mesas temáticas.

Ela começou a fazer parte do “Escreva, Garota” - grupo de apoio e capacitação continuada para mulheres que escrevem - e esteve na Bienal do Rio de Janeiro, Feira Literária de Tiradentes (FLITI), Feira Literária de Jacarepaguá (FLIJ), Bienal de Pernambuco e Orla Festival em 2023, Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) em 2023 e 2024, Bienal de Salvador e Bienal de São Paulo em 2024.

Para 2025, a presença da escritora na Bienal do Rio, em junho, já está confirmada. E há novos projetos literários em andamento, tanto infantil quanto adulto, mas ainda sem previsão de lançamento. O livro de Bruna Fontes, indicado para crianças de três a oito anos, está à venda na Amazon e em outras plataformas, em capa comum. 

Além de incentivar a leitura entre os pequenos, "Rosa é Cor de Menina!? Existe Isso?" é uma opção para que mães, pais, responsáveis e educadores criem um diálogo sobre questões atuais, buscando a formação de crianças mais respeitosas e de uma sociedade mais plural. Compre o livro "Rosa é Cor de Menina!? Existe Isso?" neste link.

.: Documentário promete expor o outro lado - que poucos conhecem - de Anitta


Cantora e compositora, Anitta reuniu amigos para uma exibição exclusiva do documentário "Larissa: o Outro Lado de Anitta", que estreia em 6 de março na Netflix. A noite de celebração no Rio de Janeiro, quinta-feira passada, dia 20 de janeiro, contou com a presença dos pais da cantora, Miriam Macedo e Mauro Machado, de seu irmão, Renan Machado, e de personalidades como Maria Ribeiro, Regina Casé, Marcelo Serrado, Eri Johnson, David Brazil, Bruna Griphao, Juliana Amaral, Lucas Guedes e Rafa Uccman, que assistiram à produção em primeira mão.

"Estou muito emocionada em exibir pela primeira vez o filme 'Larissa: o Outro Lado de Anitta' para meus amigos íntimos e familiares aqui na minha cidade. Afinal, todos eles também fazem parte dessa história. Estou ansiosíssima para a estreia! É muito diferente de tudo que já fiz", afirmou Anitta. O documentário tem direção de João Wainer e Pedro Cantelmo, roteiro de Maria Ribeiro e produção executiva de Felipe Britto e Melanie Chapaval Lebensztajn, da Ginga Pictures.

"É um prazer imenso apresentar este novo projeto com a Anitta, dando continuidade ao sucesso de suas séries anteriores, 'Vai Anitta' (2018) e 'Anitta: Made in Honório' (2020)", completou Elisa Chalfon, diretora de conteúdo de não-ficção da Netflix no Brasil.

"Larissa: O Outro Lado de Anitta" acompanha a jornada de autoconhecimento da artista, capturada pelo olhar íntimo de um antigo "crush" da juventude, que agora tem a missão de ajudar a revelar ao mundo quem é a verdadeira Larissa. A produção ainda apresenta momentos icônicos da carreira da "girl from Rio", incluindo cenas de bastidores do Carnaval no Rio de Janeiro, conquistas inéditas em premiações internacionais, o topo das paradas globais com o hit Envolver e sua apresentação no festival Coachella.  

.: Entrevista: Lucinha Lins retorna às novelas como Ruth em "Volta por Cima"


Guilherme Weber, Lucinha Lins e Rodrigo Fagundes posam caracterizados como Marco, Ruth e Gigi, respectivamente. Foto: Globo/ Manoella Mello

A atriz Lucinha Lins passa a integrar o elenco de "Volta por Cima" como Ruth, personagem que marca o retorno da atriz às novelas da Globo. "Acho que o universo andou me ouvindo", diz ela ao falar sobre a personagem que trabalhava em um cassino clandestino e era amante do contraventor Rodolfo (José de Abreu), que retirou de seus braços o filho que tiveram. Tudo aconteceu quando Marco (Guilherme Weber) ainda era um bebê e Rodolfo casado com a mãe de Gerson (Enrique Diaz).  Desde que soube que era filho de Rodolfo, Marco fica decidido a encontrar a mãe e pede a ajuda de Belisa (Betty Faria) para buscar pistas sobre seu paradeiro. Ruth surge na trama em cenas previstas para o final da próxima semana. Na entrevista abaixo, Lucinha Lins conta mais sobre o novo trabalho na novela de Claudia Souto.


Qual foi o sentimento de receber o convite para participar da novela?
Lucinha Lins - 
Acho que o universo andou me ouvindo. Fiz um comentário recente dizendo que estava com saudades de novela. Eu gosto daquele encontro, eu gosto da família que se reúne todos os dias, dos papos, das brincadeiras... E aí o universo ouviu esse meu comentário e mandou um convite delicioso desse. Uma novela de sucesso, ótima, que eu tenho acompanhado. E estarei ao lado de atores que respeito demais, com gente com quem eu trabalhei e de uma garotada nova linda que está botando pra quebrar. Eu fiquei muito feliz com esse convite.

Sua última novela na Globo foi "Chocolate com Pimenta". Como está sua expectativa para esse retorno?
Lucinha Lins - 
Faz tempo que eu não gravo novela na TV Globo. É um recomeço, mas um recomeço diferente porque agora a gente já tem uma certa experiência, são 50 anos de carreira, mas sempre dá aquele frio na barriga. Estou nervosa, ansiosa e entrando em uma novela que já está nos trilhos há muito tempo, com um elenco muito afiado e trazendo uma personagem que eu estou tendo que criar para começar a gravar. Eu estou muito feliz com isso, espero que dê tudo certo.

Sua personagem contracena com José de Abreu, Betty Faria... nomes, assim como você, consagrados na dramaturgia. O que esse encontro representa para você?
Lucinha Lins - 
Eu estou me encontrando com pessoas que eu respeito, admiro, amo, gente que eu trabalhei. O meu abraço com Betty Faria foi encantador. Eu me senti muito bem-vinda, fiquei emocionada com a minha chegada na Globo para começar esse trabalho, ver figurino, conhecer a direção, a produção. Tudo é muito novo e eu me senti muito acolhida. Foi emocionante e será emocionante daqui para frente todos os dias. Porque eu tenho muito a aprender ainda, e fazer uma novela sempre é um aprendizado muito grande, é uma descoberta muito grande. Então, vamos descobrir quem é esta mulher e aprender com ela e com os meus colegas maravilhosos os caminhos que nós vamos seguir.


"Volta por Cima" é criada e escrita por Claudia Souto, com colaboração de Wendell Bendelack, Julia laks, Isadora Wilkinson e Juliana Peres. A novela tem direção artística de André Câmara e direção geral de Caetano Caruso. A produção é de Andrea Kelly e Lucas Zardo, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

.: Túmulo de Mário de Andrade pode ser visitado nos 80 anos da morte dele


Foto do jazigo de Mário de Andrade no Cemitério da Consolação. Foto: divulgação

Na próxima terça-feira, dia 25 de fevereiro, será lembrado o 80º aniversário de falecimento do escritor Mário de Andrade. O jazigo deke está localizado no Cemitério da Consolação e pode ser visitado. O modernista foi um dos principais nomes do modernismo brasileiro. Escritor, poeta e crítico literário, marcou a história da cultura nacional com obras inovadoras e sua atuação na Semana de Arte Moderna de 1922. O túmulo de Mário de Andrade pode ser visitado gratuitamente. A Consolare, concessionária que administra o local, organiza visitas mediadas que proporcionam uma imersão na história e na arte tumular do cemitério.

Francivaldo Gomes, conhecido como Popó e mediador das visitas semanais, explica: "Mário de Andrade não foi apenas um escritor, mas um guardião da cultura brasileira. Caminhar pelo cemitério da Consolação e saber que aqui a sua história é preservada, é muito importante para a história do Brasil", explica. As visitas guiadas acontecem todas as segundas-feiras, às 14h00, com mediação de Popó, que há mais de 20 anos conduz esse passeio pelo cemitério. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na plataforma Sympla. O passeio noturno ocorre uma sexta-feira por mês, incluindo uma parada no túmulo de Mário de Andrade. A visita é conduzida por Thiago de Souza, do projeto "O Que Te Assombra?", e pela historiadora Viviane Comunale. As inscrições são gratuitas e divulgadas no perfil oficial do projeto no Instagram.


Mário de Andrade: eterno
Formado pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, Mário de Andrade iniciou a carreira como pianista e professor. Seu primeiro livro de poemas, chamado “Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema”, publicado em 1917, ainda seguia a estética parnasiana. No mesmo período, aproximou-se de artistas como Oswald de Andrade e Anita Malfatti, tornando-se um dos articuladores do modernismo no Brasil.

Em 1922, lançou “Pauliceia Desvairada”, obra que rompeu com padrões literários da época e consolidou sua influência. Mais tarde, em 1926, publicou “Macunaíma”, considerado um marco da literatura nacional por sua linguagem inovadora e representação da diversidade cultural brasileira. Além da escrita, Mário teve papel essencial na criação do Departamento de Cultura de São Paulo, desenvolvendo projetos pioneiros de preservação da memória e do folclore nacional.

A antiga residência, a Casa Mário de Andrade, localizada na Barra Funda, é hoje um espaço cultural dedicado à preservação de sua obra. O local abriga documentos, manuscritos e objetos pessoais do modernista, além de exposições e atividades sobre literatura e cultura brasileira. Para a historiadora Viviane Comunale, manter viva a memória do escritor é essencial para a compreensão da identidade cultural do país. "Mário não foi apenas um escritor, mas um pensador que revolucionou a forma como vemos e valorizamos nossa cultura popular", destaca.

Mário de Andrade faleceu em 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos, vítima de um infarto. Seu sepultamento foi realizado no Cemitério da Consolação. Além do modernista, o local abriga os túmulos de seus colegas, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade.


Visitação mediada
Para quem deseja conhecer mais sobre este e outros túmulos históricos, o Cemitério da Consolação oferece visitas mediadas. O Cemitério da Consolação fica na Rua da Consolação, 1660 - Consolação, em São Paulo.

Foto: Reprodução Mario de Andrade

.: Organizado por João Cabral de Melo Neto, livro traz Marly de Oliveira de volta


O livo "Antologia Poética" retorna em nova edição pela editora Record, levando a premiada Marly de Oliveira novamente ao radar dos amantes de poesia e ao merecido lugar de destaque na literatura brasileira. Lançada originalmente em 1997, a compilação, organizada pelo poeta João Cabral de Melo Neto, que foi marido da autora, reúne obras publicadas entre 1957 e 1990, permitindo ao leitor redescobrir o olhar único de Marly sobre o mundo e a experiência humana

Marly de Oliveira conquistou o Prêmio Alphonsus de Guimaraens (INL) com seu livro de estreia, Cerco da primavera, e, ao longo de sua carreira, recebeu diversos outros prêmios, entre eles o Jabuti pelo livro "O Mar de Permeio". Para Clarice Lispector, Marly era “um dos maiores expoentes de nossa atual geração de poetas”; para Antônio Houaiss, sua “aventura poética” alcança um “estado único no Brasil e quiçá na língua portuguesa”. A edição conta com um prefácio assinado pelo organizador e uma seção pós-textual, “Marly de Oliveira por ela mesma”, em que a autora discorre sobre sua trajetória literária

Uma das grandes poetas do século XX, premiada com importantes prêmios literários nacionais e internacionais, Marly de Oliveira estreou na literatura aos 23 anos, conquistando rapidamente a atenção da crítica. Organizada pelo poeta João Cabral de Melo Neto, com quem se casou na década de 1980, "Antologia Poética" reúne 15 livros da autora, publicados entre 1957 e 1990, além de incluir poemas inéditos.

Entre as obras de destaque, estão seu livro de estreia, "Cerco da Primavera" (1957), que lhe garantiu o Prêmio Alphonsus de Guimaraens (INL); "Explicação de Narciso" (1960); "A Suave Pantera" (1962), vencedor do Prêmio Olavo Bilac (ABL); "Invocação de Orpheu" (1979-1980), que conquistou os prêmios Fundação Cultural do Distrito Federal e Internacional da Grécia; "Retrato" (1986), "Vertigem" (1986) e "Viagem a Portugal" (1986), que receberam o prêmio UBE (União Brasileira de Escritores); e "O Banquete" (1988), laureado com o Prêmio Pen Clube do Brasil.

As obras presentes nesta antologia são marcadas pela objetivação e materialidade da linguagem, características intrínsecas à poesia de Marly de Oliveira. Como afirmou João Cabral de Melo Neto no prefácio deste livro, a escritora é capaz de “construir, tanto o poema longo como o poema curto, sempre mantendo alto nível intelectual” e sua preferência pela palavra concreta e pela imagem para descrever o cotidiano e seus próprios sentimentos impressionou o poeta, que considerou seus livros como “um exemplo único de coerência, com a paixão da língua portuguesa”.

O leitor verá também uma escritora que usou a poesia como ato de resistência à crueldade do mundo e como forma de exercitar o autoconhecimento. Como bem disse Marly: “minha grande esperança está na convicção do que o pensamento também pode ser uma forma de ação”. Compre o livro "Antologia Poética" neste link.


“De onde, talvez, a impressão,
de que no escuro se faz
mais transparente a palavra,
como aquela água que cai
em pingos de chuva clara,
transformando o céu coberto
numa festa iluminada.”
(
Poema de "O Deserto Jardim")


Sobre a autora
Marly de Oliveira nasceu em 1935, em Cachoeiro de Itapemirim, ES, e passou a infância e a adolescência em Campos, RJ. Formou-se em Letras Neolatinas pela PUC-Rio, com pós-graduação em História da Língua Italiana e Filologia Românica na Universidade de Roma. De volta ao Brasil, lecionou Literatura Hispano-Americana na PUC-Rio e na Universidade Católica de Petrópolis, e Língua e Literatura Italiana na Faculdade de Filosofia Santa Doroteia, em Nova Friburgo. Estreou na literatura com o livro de poemas Cerco da primavera (1958). Recebeu vários prêmios, nacionais e internacionais. Foi casada e teve duas filhas com o diplomata Lauro Moreira. Nos anos 1980, casou-se com o poeta João Cabral de Melo Neto. Faleceu no Rio de Janeiro em 2007. Garanta o seu exemplar de "Antologia Poética" neste link.


Ficha técnica
Livro "Antologia Poética"
Autora: Marly de Oliveira
Organizador: João Cabral de Melo Neto
Número de páginas: 280
Editora Record| Grupo Editorial Record
Compre o livro neste link

.: "A Violência Gentil", romance de Daniel Longhi, navega por traumas geracionais


Mosaico complexo, impermanente e incessante, a memória é crucial. "A Violência Gentil", romance de estreia de Daniel Longhi, explora o vínculo essencial entre as memórias subjetiva e coletiva, navegando por uma história familiar em um Brasil de constantes transformações. E questiona: se um gesto de violência pode ecoar por gerações, que mudança é necessária para interromper o ciclo? Publicado pela editora Cachalote, selo de literatura brasileira do Grupo Aboio, o romance tem lançamento marcado para a próxima quarta-feira, dia 26 de fevereiro, a partir das 18h30, no Poço das Artes, em Recife. No evento, Longhi convida a escritora e editora Gianni Gianni para um bate-papo sobre a obra.

"A Violência Gentil"  acompanha Augusto Baldemar, um advogado trabalhista cujo cotidiano é preenchido pelos dramas de seus clientes — suas lutas, injustiças e anseios por reparação. O tédio com que percebe a vida é refletido no barulho mecânico e constante de um ar-condicionado velho, imagem que inspirou a ilustração da capa, assinada pela artista Heloisa Akiyama. A monotonia do cotidiano, porém, é quebrada quando surge um caso envolvendo a mãe falecida do protagonista, obrigando-o a confrontar aquilo que sempre evitou: o seu próprio passado. Como afirma Thaís Campolina, que assina a orelha do livro, trata-se de “uma escavação arqueológica subjetiva [...] em busca da verdadeira história de sua família, e, especialmente, de sua mãe”, mas não somente, pois também percorre décadas da história brasileira, com seus conflitos históricos e violências estruturais.

Nesta investigação, ambientada em São Paulo e Recife, as cidades não são mero pano de fundo: são espaços que moldam os estados emocionais, as memórias e as trajetórias dos personagens. Se por um lado, a grande metrópole reflete o presente de Augusto, com suas oportunidades profissionais e conflitos internos, a capital pernambucana remete a um lugar de origem que tensiona a nostalgia de um passado idealizado e as dificuldades que apresenta na vida real. Explorando esse jogo de luz e sombra, tanto literal quanto metaforicamente, a escrita meticulosa de Longhi, com atenção dedicada aos fragmentos do cotidiano, cria uma colagem de imagens que evocam presente e passado, real e fantástico, visível e oculto. 

Como em um processo de revelação fotográfica ao contrário, A violência gentil nos convida a olhar para os acontecimentos na vida desses personagens como fotografias que capturam não somente o que é visível, mas também as camadas de história, dor e beleza latentes em cada expressão, gesto ou lembrança. Uma obra que examina a persistência do passado em moldar o presente e os desafios de romper com ciclos de dor e, no final de contas, encontrar redenção. Garanta o seu exemplar de "A Violência Gentil" neste link.


Trecho de "A Violência Gentil", de Daniel Longhi
Aquela casa estava igual ao que sempre foi. Ou: aquela casa nunca existira. Ou: aquela casa devolvia para ele a careta que ele fazia para ela. Devolvia seu olhar. Ele olhava. Olhava a parede gasta, a telha escurecida pelo tempo. O prego solto na calha, como pode ninguém ter arrumado? Defeitos ignorados são uma herança passada entre gerações. Aquele prego um dia furou uma bola. Aquele prego foi testemunha de um garoto que cuspia no rosto do seu irmão mais novo, que chorava. Como pode ninguém ter arrumado. Compre o livro "A Violência Gentil" neste link.

Sobre Daniel Longhi
Daniel Longhi foi criado em Recife e é hoje radicado em São Paulo. É servidor público federal e mestre em Políticas Públicas pela Universidade de Chicago, tendo textos publicados pela Chicago Policy Review.  "A Violência Gentil" (Cachalote, 2024) é o primeiro romance dele.


Serviço
Lançamento do livro "A Violência Gentil", de Daniel Longhi
Data: quarta-feira, dia 26 de fevereiro de 2025, das 18h30 às 20h30
Poço das Artes. Rua Álvaro Macedo, 54 - Poço da Panela, Recife - PE


Ficha técnica
Livro 
"A Violência Gentil" 
Autor: Daniel Longhi
Gênero: romance
Dimensões: 14x21cm
Número de páginas: 352
Compre o livro neste link.

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