terça-feira, 5 de novembro de 2024

.: LESMA: 6ª edição da Mostra acontece de 6 a 8 de novembro na Unicamp


Entre os dias 6 e 8 de novembro, o Laboratório de Imagem e Som do Instituto de Artes da Unicamp (LIS-Unicamp) receberá a 6ª edição da LESMA - La Extraordinária Semana de Mostras Animadas. O evento é um projeto na área de animação organizado por alunos e ex-alunos dos cursos de Artes Visuais e Midialogia, e pós-graduação do Instituto de Artes da Unicamp. A programação inclui oficinas, mesas de conversa, masterclasses e exibições, com presença de diversos convidados, pesquisadores, artistas e profissionais da animação de Campinas, São Paulo e do Brasil.

As mostras são gratuitas e ocorrerão diariamente às 19h00, no auditório do LIS: a Mostra Nyama de Animação Negra será no dia 6, a Mostra de Animação Indígena no dia 7 e a Mostra de Animações do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas fecha a programação, no dia 8.

A Mostra Nyama de Animação Negra, realizada em colaboração com o grupo Nyama, contará com obras de seus integrantes, todos profissionais negros da animação. As produções apresentarão diferentes estilos e técnicas (3D, stop-motion, 2D) e trarão narrativas ligadas à cultura afro-brasileira e regional, com animações provenientes de estados como RJ, SP e PE. A mostra contará com a presença de Adriano Cipriano, cofundador do Nyama, que é animador, curador, pesquisador, roteirista e sócio-fundador do Estúdio Roncó.

Por sua vez, a Mostra de Animação Indígena exibirá animações realizadas por estudantes indígenas da Unicamp, além de produções feitas em oficinas promovidas pelo Núcleo de Cinema de Animação de Campinas em parceria com comunidades indígenas. Também serão apresentadas duas animações relacionadas à etnia Maxakali. “Teremos nesse dia a participação de Charles Bicalho, professor da UEMG de Belo Horizonte e representante da Pajé Filmes, que desenvolve um trabalho com a comunidade Maxakali e está produzindo uma nova animação”, comenta João Pedro Felipe Silva um dos organizadores desta sexta edição do evento, ao lado de Mairon Elme, bacharel em Midialogia e estudante do curso de Mestrado em Multimeios na Unicamp.

“Eu já havia participado como espectador e ajudado na organização da LESMA IV, em 2019, e a ideia de retomar o evento presencialmente este ano foi muito bem aceita pelos integrantes de edições anteriores”, relembra João Pedro, desenhista, animador e artista visual, licenciado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde é estudante do curso de Mestrado em Multimeios.

A última edição da LESMA na Unicamp foi em 2019 e, em junho de 2021, o festival aconteceu em itinerância, dentro da programação do Santos Film Fest. Um dos idealizadores das primeiras edições, Samu Mariani, volta agora como convidado da mesa sobre animação e tecnologia. Formado em Midialogia pela Unicamp e mestrando na ECA-USP, ele atua como animador, editor e montador. A programação completa dos três dias do evento pode ser consultada no Instagram @lesma.unicamp. Todas as atividades têm entrada gratuita. Somente a Lesmalab, que contará com a presença de Camila Kater, também uma das idealizadoras da LESMA e a Oficina de pós-produção com Eliana Ribeiro precisam de inscrição prévia.


Serviço
6ª LESMA – La Extraordinária Semana de Mostras Animadas
De 6 a 8 de novembro
Local: LIS-Unicamp
Endereço: avenida Érico Veríssimo, 500 - Cidade Universitária. O acesso ao LIS é pelo jardim do Centro de Convenções da Unicamp (prédio do Ginásio de Esportes).
Programação completa em: @lesma.unicamp (Instagram)

.: Drama "Bolero, a Melodia Eterna" será apresentado no Festival Varilux


O drama "Bolero, a Melodia Eterna" ("Boléro") é destaque na 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, que apresenta uma programação de filmes inéditos e com passagens pelos principais festivais do mundo, como Cannes e Veneza. Dirigido por Anne Fontaine, o filme conta com Raphaël Personnaz, Doria Tillier e Jeanne Balibar no elenco. A distribuição no Brasil é da Mares Filmes e a classificação indicativa é livre.

No filme, em 1928, nos vibrantes "anos loucos" de Paris, a dançarina Ida Rubinstein encomenda a Maurice Ravel a música para seu próximo balé. Enfrentando uma crise de inspiração, o compositor revisita os capítulos de sua vida - os desafios de seus primeiros anos, as marcas da Grande Guerra, o amor impossível por sua musa Misia Sert... e finalmente decide se dedicar à criação de uma obra-prima universal, o Bolero.

O Festival Varilux ocorre entre 7 e 20 de novembro, com exibição de 20 filmes em 60 cidades e 110 salas de cinema do país. O portal Resenhando.com assiste aos filmes do Varilux no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, no Gonzaga, em Santos.


Críticas publicadas sobre o filme

Les Echos
"Com este filme biográfico singular, Anne Fontaine retrata a complexa personalidade do criador do "Bolero" e explora a origem dessa obra-prima da música clássica. Um sucesso."

Ficha técnica
"Bolero, a Melodia Eterna" ("Boléro")
2024 / 2h00 / Biopic
Com Raphaël Personnaz, Doria Tillier, Jeanne Balibar
Direção: Anne Fontaine
Distribuição no Brasil: Mares Filmes
Classificação indicativa: livre


Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 14 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas em todo o Brasil e somou um público de mais de um 1,2 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e com uma edição em São Paulo.


Sobre o festival
O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux, Pernod Ricard/Lillet, Axa, Michelin, além do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são a Alliance Française, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Edenred, Air France, Fairmont (grupo Accor), além das distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.

Assista na Cineflix
No litoral de São Paulo, o Festival Varilux de Cinema Francês acontece no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Para acompanhar as novidades da rede Cineflix Cinemas mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste linkonsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.est

.: Cinema: "Daaaaaalí!", no Festival Varilux, é delirante como Salvador Dalí


A comédia dramática "Daaaaaalí!" é destaque na 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, que apresenta uma programação de filmes inéditos e com passagens pelos principais festivais do mundo, como Cannes e Veneza. 

Dirigido por Quentin Dupieux, o filme conta com Anais Demoustier, Gilles Lellouche, Edouard Baer, Jonathan Cohen e Pio Marmai no elenco. A distribuição no Brasil é da Bonfilm Filmes e a classificação indicativa é livre. No filme, uma jornalista francesa encontra icônico artista surrealista Salvador Dalí em várias ocasiões, para um projeto de documentário cuja realização se revela bem difícil e cheia de surpresas.

O Festival Varilux ocorre entre 7 e 20 de novembro, com exibição de 20 filmes em 60 cidades e 110 salas de cinema do país. O portal Resenhando.com assiste aos filmes do Varilux no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, no Gonzaga, em Santos.


Críticas publicadas sobre o filme

Télérama
"Quando o cineasta do absurdo encontra o ego gigantesco do artista espanhol, isso resulta em um filme completamente surrealista."

Le Parisien
"Um filme delirante, saboroso, meio maluco... igual ao Salvador Dalí."

Ficha técnica
"Daaaaaalí!"
2024 / 1h18 / Comédia dramática
Com Anais Demoustier, Gilles Lellouche, Edouard Baer, Jonathan Cohen, Pio Marmai
Direção: Quentin Dupieux
Distribuição no Brasil: Bonfilm
Classificação indicativa: livre


Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 14 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas em todo o Brasil e somou um público de mais de um 1,2 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e com uma edição em São Paulo.


Sobre o festival
O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux, Pernod Ricard/Lillet, Axa, Michelin, além do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são a Alliance Française, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Edenred, Air France, Fairmont (grupo Accor), além das distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.

Assista na Cineflix
No litoral de São Paulo, o Festival Varilux de Cinema Francês acontece no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Para acompanhar as novidades da rede Cineflix Cinemas mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste linkonsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: A estreia mundial do drama "Diamante Bruto" no Festival Varilux de Cinema


A estreia mundial do drama "Diamante Bruto" ("Diamant Brut") será na 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, que apresenta uma programação de filmes inéditos e com passagens pelos principais festivais do mundo, como Cannes e Veneza. 

Dirigido por Agathe Riedinge, o filme, que estreará na França somente no próximo dia 20 e participou da seleção oficial do Festival de Cannes 2024, conta com Andréa Bescond, Idir Azougli e Malou Khebizi no elenco. A distribuição no Brasil é da Bonfilm Filmes e a classificação indicativa é 14 anos.

No filme, Liane é uma jovem de 19 anos, ousada e cheia de energia, vive com a mãe e a irmãzinha num bairro empoeirado de Fréjus. Obcecada pela beleza e pelo desejo de se tornar famosa, ela enxerga na televisão uma oportunidade de ser amada. O destino finalmente parece sorrir para ela quando é pré-selecionada para o reality show "Miracle Island".

O Festival Varilux ocorre entre 7 e 20 de novembro, com exibição de 20 filmes em 60 cidades e 110 salas de cinema do país. O portal Resenhando.com assiste aos filmes do Varilux no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, no Gonzaga, em Santos.


Ficha técnica
"Diamante Bruto" ("Diamant Brut")
2024 / 1h43 / Drama
Com Andréa Bescond, Idir Azougli, Malou Khebizi
Direção: Agathe Riedinger
Distribuição no Brasil: Bonfilm
Classificação indicativa: 14 anos


Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 14 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas em todo o Brasil e somou um público de mais de um 1,2 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e com uma edição em São Paulo.


Sobre o festival
O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux, Pernod Ricard/Lillet, Axa, Michelin, além do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são a Alliance Française, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Edenred, Air France, Fairmont (grupo Accor), além das distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.

Assista na Cineflix
No litoral de São Paulo, o Festival Varilux de Cinema Francês acontece no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Para acompanhar as novidades da rede Cineflix Cinemas mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste linkonsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: "Garota do Momento" entrega primeiro capítulo impecável

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em novembro de 2024


"Garota do Momento" estreia com trama envolvente, bem elaborada e elenco escalado com precisão. Resultado do que se presenciou na TV Globo, em 4 de novembro de 2024: um capítulo de estreia impecável, garantindo cenas encantadoras do casal Fábio Assunção (Juliano) e Carol Castro (Clarice). Todavia, do conto de fadas, em questão de minutos, tudo se esvai. 

A história de amor com aquele que se diz admirador "das coisas belas", vira uma completa tragédia com direito a um flagra assombroso que culmina no atropelamento de Clarice. Como que do sonho para o pesadelo, toda a emoção da paixão vira uma perseguição com fuga daquele que um dia foi o homem dos sonhos de Clarice, Juliano Alencar. De fato, eis um personagem ambíguo e nada confiável.

Quando a história não parece dramática o suficiente, a vilã de Lilia Cabral, Maristela, cria toda uma narrativa que favorece seus desejos e ambições. Desta forma, tira do caminho de seu pupilo, Juliano, a pequena estrelinha Beatriz, filha de Clarice, deixada em outra cidade. Uma vez que a ida de Clarice ao Rio de Janeiro era uma tentativa de vender seus quadros. 

Passados anos e longe de ser criança, Beatriz (Duda Santos), a mocinha de "Garota do Momento", ao reconhecer a mãe numa foto de revista, parte até a Cidade Maravilhosa, para reencontrar  uma mulher de memória arruinada, mergulhada numa vida de mentiras. Antes, embarra, ou melhor, dá um belo tapa em Beto (Pedro Novaes).

Sem presa ou atropelos, embora tudo aconteça de modo ágil, "Garota do Momento" entregou muita emoção, suspense e, ainda, criou uns bons questionamentos na mente do público a respeito do que está por vir. Nada difícil embarcar numa trama dessa, não é?! 

No elenco, também estão Letícia Colin, Solange Couto, Paloma Duarte, Klara Castanho, Maisa Silva, Eduardo Sterblitch, Danton Mello, Ícaro Silva, Silvero Pereira, Flávia Reis, Tatiana Tiburcio. Que venha o segundo capítulo! 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

.: Com Danielle Winits, André Gonçalves e Claudia Ohana, "Toc Toc" volta ao Brasil


Com texto de Laurent Baffie, direção de Alexandre Reinecke e tradução de Clara Carvalho, a nova montagem traz Riba Carlovich, Carolina Stofella Miguel Menezzes e Maria Helena Chira. Foto: Bruno Lemos


Prepare-se para um espetáculo com muitos risos, reflexões e manias! A comédia teatral "Toc Toc", escrita por Laurent Baffie, traduzida e montada mundo afora diversas vezes após estrondoso sucesso na França, retorna aos palcos brasileiros com uma nova montagem e grande elenco, trazendo uma abordagem bem-humorada e sensível sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). 

Visto no Brasil por mais de um milhão de pessoas, o espetáculo se passa em uma sala de espera de um consultório, seis personagens, cada um com suas próprias obsessões, se veem obrigados a conviver e enfrentar seus desafios enquanto aguardam a chegada de um médico que, misteriosamente, nunca chega. Com texto de Laurent Baffie, direção de Alexandre Reinecke e tradução de Clara Carvalho, a nova montagem traz Riba Carlovich, Carolina Stofella Miguel Menezzes e Maria Helena Chira. 

Branca (Danielle Winits), obcecada por limpeza; Maria (Cláudia Ohana), uma religiosa que vive com a sensação de ter esquecido tudo aberto; Lili (Maria Helena Chira), com seu hábito de repetição; Bob (Miguel Menezzes), fanático por simetria; Vicente (André Gonçalves), que não consegue parar de fazer contas; e Fred (Riba Carlovich), que luta contra uma síndrome que o faz dizer palavras obscenas, formam esse grupo peculiar. A demora do médico faz com que a única solução seja iniciar uma terapia em grupo, onde, entre crises, brigas e muitas gargalhadas, o público é convidado a acompanhar as dificuldades e as maneiras inusitadas que cada um encontra para lidar com seu Toc.

"Toc Toc" não é apenas uma comédia; é uma reflexão sobre a condição humana e suas peculiaridades, trazendo à tona temas importantes com leveza e bom humor. O espetáculo promete conquistar o público com sua combinação de situações cômicas e personagens inesquecíveis, garantindo uma experiência  única e envolvente. Não perca a chance de se divertir e se emocionar com essa comédia que explora as manias e obsessões de uma maneira que só o teatro pode oferecer!


Ficha técnica
Espetáculo "Toc Toc". Texto: Laurent Baffie. Direção: Alexandre Reinecke. Tradução: Clara Carvalho. Idealização e produção artística: Sandro Chaim. Direção de produção: Miçairi Guimarães. Gestor de projeto: Fabinho Viana. Produtora executiva: Flávia Primo. Cenografia: Sandro Chaim e Alexandre Reinecke. Produtora assistente: Rebeca Zavaski. Realização: Teatro Procópio Ferreira. Elenco: Danielle Winits, André Gonçalves, Cláudia Ohana, Riba Carlovich, Carolina Stofella Miguel Menezzes e Maria Helena Chira.

Relação de personagens e atrizes/atores
Branca (Danielle Winits), obcecada por limpeza;
⁠Maria (Cláudia Ohana), religiosa,  vive com a sensação de ter esquecido tudo aberto;
⁠Lili (Maria Helena Chira), com seu hábito de repetição;
⁠Bob (Miguel Menezzes), fanático por simetria;
⁠Vicente (André Gonçalves), que não consegue parar de fazer contas;
⁠Fred (Riba Carlovich), luta contra uma síndrome que o faz dizer palavras obscenas;
Assistente do médico (Carolina Stofella)

Serviço
Espetáculo "Toc Toc". Local: Teatro Procópio Ferreira. Endereço: R. Augusta, 2823 - Cerqueira César, São Paulo - SP, 01413-100. Capacidade: 636 pessoas. Telefone: (11) 3083-4475. Duração: 120 minutos (sem intervalo). Classificação Indicativa: 14 anos. Temporada – de 4 de outubro a 16 de dezembro. Horários: Sexta-feira, 21h; Sábado, 21h; Domingo,  18h. Meia-Entrada: Confira as regras da Lei de Meia-Entrada no link: https://bileto.sympla.com.br/meia-entrada/. É necessário apresentar documento que comprove o direito ao desconto na entrada do espetáculo. Consulte também: https://www.documentodoestudante.com.br/.

.: José Luís Peixoto emociona ao abraçar o passado em livro inédito no Brasil


Em "Abraço", o escritor português José Luís Peixoto apresenta 162 crônicas que revisitam seu passado, explorando experiências da infância e juventude, seus primeiros amores, as amizades e paixões literárias. Através dessas memórias, o autor, vencedor dos prêmios literários José Saramago (2001) e Oceanos (2016), revela os elementos essenciais que moldaram sua trajetória e que o firmaram como uma das vozes mais originais da literatura contemporânea em língua portuguesa. 

É uma importante chave de acesso ao mundo de um dos escritores portugueses mais prestigiados de nossa época. O livro foi publicado originalmente em Portugal, em 2011. Esta é a primeira edição no Brasil do livro, que tem texto de quarta capa assinado pelo premiado escritor Itamar Vieira Junior.

"Abraço" é um mergulho profundo de José Luís Peixoto em suas paixões, seus afetos e em uma infinidade de sensações que remetem ao seu passado em Portugal. A obra se comporta como um “armazém de memórias e emoções”, em que o autor escreve de forma comovente sobre, por exemplo, a experiência de ser filho e também pai, mas também resgata os primeiros amores, amizades e personagens de sua infância.

Ao ler esses textos embebidos de lirismo, somos convidados a acompanhar o menino do Alentejo enquanto ele descobre o mundo, a literatura, o ativismo, a anarquia, o punk rock, o sexo, mas também a maldade humana, o preconceito e a injustiça. Na última parte do livro, Peixoto esgarça os limites entre ficção e realidade ao escrever sobre seus interesses pela literatura e por autores como James Joyce, Clarice Lispector e o conterrâneo José Saramago. Compre o livro "Abraço" neste link.


Trecho do livro
“Quando tinha um ano, caí nas escadas do meu quintal. Fiz uma ferida na sobrancelha esquerda e levei um ponto. Tenho a cicatriz e hei-de tê-la sempre. Contaram-me essa história tantas vezes que, agora, sou capaz de ver aquelas escadas engrandecidas, o segundo degrau ao nível dos olhos, sou capaz de me ver a subi-las, a cair, a chorar e toda a gente aflita a correr para mim. No entanto, sei que a minha primeira recordação é: “Tenho quatro anos.” Não me lembro do sítio onde estava. Lembro-me do meu corpo pequeno e lembro-me de saber que existia.”


Sobre o livro
“As páginas de 'Abraço' trazem a marca de José Luís Peixoto, que é, sem dúvida, um dos mais admirados autores de nossa língua. [...] Cada texto parte da experiência singular do autor e, de muitas formas, sempre alcança algo que talvez pertença a todos que se recusam a ignorar o fascínio da vida e seus maravilhosos detalhes. [...] Ler este 'Abraço' é como estar numa casa cheia de livros. Só os que amam a literatura sabem o que digo.” - Itamar Vieira Junior


Sobre o autor
José Luís Peixoto (1974) é um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. Em 2000, publicou "Morreste-me", seu livro de estreia. No ano seguinte, o romance "Nenhum Olhar" venceu em Portugal o Prêmio Literário José Saramago. Em 2007, "Cemitério de Pianos" recebeu o Prêmio Cálamo Otra Mirada como melhor romance estrangeiro publicado na Espanha. Com "Livro", venceu o Prêmio Libro d’Europa, na Itália, como melhor romance europeu de 2012. Em 2016, com "Galveias", recebeu o Prêmio Oceanos. Suas obras foram ainda finalistas de prêmios internacionais como o Femina (França), o Impac Dublin (Irlanda) e o antigo Portugal Telecom (Brasil). Escreveu também teatro, literatura de viagens, entre muitos outros gêneros. Na poesia, foram-lhe atribuídos o Prêmio Daniel Faria e o Prêmio da Sociedade Portuguesa de Autores. Os seus romances estão traduzidos e publicados em mais de 30 idiomas. Garanta o seu exemplar de "Abraço" neste link.

.: Teatro: Helena Ranaldi e Martha Meola estrelam peça "Por Trás das Flores"


Espetáculo que fica em cartaz até 28 de novembro no novo Teatro Multiplan MorumbiShopping  explora a relação mãe e filha e os contrastes culturais entre Brasil e Líbano. Foto: Camila Rios

Até dia 28 de novembro, às quartas e quintas-feiras, sempre às 21h00, o Teatro Multiplan MorumbiShopping, localizado no Piso G2 do shopping, recebe o espetáculo "Por Trás das Flores". Dirigida por Marcelo Lazzaratto e protagonizada por Helena Ranaldi e Martha Meola, a peça teatral escrita por Samir Yazbek convida o público a mergulhar em uma narrativa poética explorando a complexa relação entre uma filha e sua mãe. Ambientada no Norte do Líbano e também na imaginação da Filha, a peça acompanha a tentativa da Mãe de convencer a Filha a retornar ao Brasil e viver entre os seus. Em algum lugar entre o Líbano e o Brasil, duas mulheres fazem um acerto de contas, investigando questões ligadas à ancestralidade e ao futuro.

Contrastando tradição e modernidade, a trama ressalta as diferenças culturais entre o Líbano e o Brasil, ao mesmo tempo em que revela o abismo temporal entre o mundo contemporâneo e a época em que a mãe migrou para o Brasil, em meados do século XX. A obra revela a profundidade das subjetividades de duas mulheres tão próximas e, ao mesmo tempo, tão distintas, destacando aspectos psicológicos, sociais e míticos.

Segundo o diretor Marcelo Lazzaratto, o espetáculo apresenta como espaço único, em que ocorre a ação, um quarto de uma antiga casa no Líbano. A encenação optou por manter apenas três elementos essenciais para configurá-lo: um tapete, um baú e um vaso com uma muda de Cedro-do-Líbano. Essa opção sintética aposta no jogo entre as atrizes para configurar as paisagens libanesas, que é o anseio da Filha; o cotidiano no Brasil, que é o desejo da Mãe; e todas as outras imagens advindas de suas memórias.

Sobre o cenário, o diretor acrescenta: “Há um painel atrás composto por módulos que lembram teares, como se a trama neles gerada fosse o enredo de memórias da família, memórias que transcendem a vida vivida das personagens e acessa elementos de sua ancestralidade”. Ao detalhar os conceitos da encenação, Lazzaratto considera que, “em uma abordagem psicanalítica, esse tapete intensamente iluminado, inserido em um palco como uma caixa preta, estabelece-se como sendo um espaço de consciência da personagem Filha que é visitada pela sua Mãe que surge do entorno do 'tapete-consciência', das latências de seu inconsciente”.

Para Samir Yazbek, o texto, inspirado em suas raízes libanesas, propõe “um mergulho na psique dessas duas mulheres que, apesar de suas diferenças geográficas e temporais, elaboram seus traumas, num acerto de contas que opera a partir de arquétipos familiares, mas que faz ressoar dilemas éticos e morais que refletem a encruzilhada das visões de mundo do Oriente e do Ocidente, tão presente na formação da sociedade brasileira”.

Nas palavras do diretor, o espetáculo, ao propor uma jornada desafiadora para as personagens, é “um rito de passagem da morte à vida”. Nesse sentido, por meio da referência ao Cedro, árvore milenar libanesa, Lazzaratto sintetiza: “Vida que se manifesta através de um broto de Cedro-do-Líbano no vaso disposto no canto da cena; árvore-símbolo daquele país que possui variados significados: na Bíblia, por exemplo, ele é mencionado frequentemente como um elemento de grandiosidade e bênçãos divinas, valores muito adequados às necessidades das personagens da peça. Mesmo que elas não lhes deem a devida atenção, o broto de Cedro está ali, crescendo, anunciando um amanhã renovado”.


Ficha técnica
Espetáculo "Por Trás das Flores"
Direção: Marcelo Lazzaratto
Texto: Samir Yazbek
Elenco: Helena Ranaldi e Martha Meola
Cenário: Marcelo Lazzaratto
Cenotécnico: Wanderley Wagner
Iluminação: Marcelo Lazzaratto
Operação de luz e som: Bruno Garcia
Figurino: Juliana Bertolini
Assistente de figurino: Vi Silva
Visagista: Junior Carvalho
Cabelo: Cida Grecco
Camareira: Rosa Silverio
Fotos: Camila Rios
Direção de produção: Jessica Rodrigues
Produção executiva: Carolina Henriques
Assistente de produção: Rommaní Carvalho e Julia Terro


Serviço
Espetáculo "Por Trás das Flores"
Até dia 28 de novembro, às quartas e quintas-feiras, às 21h00
*Não haverá apresentação no dia 14 de novembro, quinta-feira
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 60 minutos
Ingressos: de R$ 40,00 a R$ 100,00 | Vendas pela Sympla

Teatro Multiplan MorumbiShopping 
Avenida Roque Petroni Júnior, nº 1.089, Piso G2, Jardim das Acácias / São Paulo.
Bilheteria abre em dias de espetáculo, 2h antes de cada sessão.
Capacidade: 250 lugares.
Assessoria de imprensa do Teatro Multiplan MorumbiShoppping - Pevi 56

.: Abertura do Festival de Cannes, "O Segundo Ato" estará no Festival Varilux


Filme de abertura do Festival de Cannes 2024, a comédia "O Segundo Ato" ("Le Deuxième Acte") é destaque na 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, que apresenta uma programação de filmes inéditos e com passagens pelos principais festivais do mundo, como Cannes e Veneza. 

Dirigido por Quentin Dupieux, o filme conta com Léa Seydoux, Louis Garrel e Vincent Lindon. A distribuição no Brasil é da Bonfilm Filmes e a classificação indicativa é livre. No filme, quatro atores se encontram na filmagem de uma obra realizada 100% com inteligência artificial. Aos poucos torna-se difícil distinguir a ficção da realidade.

O Festival Varilux ocorre entre 7 e 20 de novembro, com exibição de 20 filmes em 60 cidades e 110 salas de cinema do país. O portal Resenhando.com assiste aos filmes do Varilux no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, no Gonzaga, em Santos.


Críticas publicadas sobre o filme

Le Parisien
"Dupieux subverte os clichês e desafia o politicamente correto. Ele é brilhante. Ele é esperto. Seu estilo é marcado pela naturalidade e pelo cômico."

Les Echos
"O incansável diretor francês cria uma história absurda na qual quatro atores se perdem, resultando em um filme que é um verdadeiro sucesso."

La Croix
"A última comédia de Quentin Dupieux, diretor prolífico, mergulha-nos com alegria na vertigem existencial da profissão de ator, através de uma “narrativa em abismo” virtuosa e extremamente divertida."

Ficha técnica
"O Segundo Ato" ("Le Deuxième Acte")
2024 / 1h20 / Comédia
Com Léa Seydoux, Louis Garrel, Vincent Lindon
Direção: Quentin Dupieux
Distribuição no Brasil: Bonfilm
Classificação indicativa: livre


Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 14 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas em todo o Brasil e somou um público de mais de um 1,2 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e com uma edição em São Paulo.


Sobre o festival
O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux, Pernod Ricard/Lillet, Axa, Michelin, além do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são a Alliance Française, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Edenred, Air France, Fairmont (grupo Accor), além das distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.

Assista na Cineflix
No litoral de São Paulo, o Festival Varilux de Cinema Francês acontece no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Para acompanhar as novidades da rede Cineflix Cinemas mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste linkonsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

domingo, 3 de novembro de 2024

.: "Um Animal Selvagem", o novo livro do escritor suíço Joël Dicker

Joël Dicker, autor best-seller com milhões de livros vendidos no mundo, se estabeleceu como uma das grandes vozes do romance policial com a publicação de "A Verdade sobre o Caso Harry Quebert", que inspirou a série televisiva de mesmo nome. Elogiado pela crítica por obras com vários personagens e tramas paralelas, em seu novo suspense Dicker inova ao criar um enredo que gira em torno de apenas dois pequenos núcleos. "Um Animal Selvagem", que chega às livrarias em novembro pela Intrínseca, é ambientado em Genebra, cidade natal de Dicker, e revela uma teia viciante de segredos, inveja, intrigas e reviravoltas. A tradução é de Debora Fleck.

Em 2 de julho de 2022, dois criminosos assaltam uma grande joalheria em Genebra. Eles planejaram uma ação rápida e objetiva. No entanto, esse está longe de ser um roubo qualquer. Vinte dias antes, às vésperas de completar 40 anos, Sophie Braun toma café da manhã em sua luxuosa casa de vidro margeada por um bosque. Casada com um homem maravilhoso e mãe de dois filhos, tem uma vida que parece perfeita. Mas seu mundo idílico está prestes a desmoronar — a começar pelo marido, que esconde segredos capazes de  destruir os alicerces da família.

Do lado de fora da casa, oculto entre os arbustos, um vizinho a espiona. Policial de fama impecável e casado com Karine — a nova amiga de Sophie —, Greg mora com a esposa e dois filhos em um conjunto de residências de classe média apelidado de Verruga pelos moradores ricos do bairro. A realidade da família é um tanto diferente da vivida na casa de vidro, o que alimenta um fascínio crescente em Greg, disposto a movimentos cada vez mais perigosos para saciar suas fantasias e ter um gostinho da intimidade dos Braun. 

Um terceiro elemento confere ainda mais tensão à trama: um homem misterioso está seguindo os passos de Sophie, à espreita do melhor momento para abordá-la. Até que, no dia do aniversário dela, ele lhe dá um presente que vira sua vida do avesso. Ao narrar a relação peculiar entre dois casais e as mentiras e obsessões que os envolvem, Joël Dicker conduz o leitor ao longo de vinte dias permeados por muitos flashbacks, entregando aos poucos as peças de um intrigante quebra-cabeça. Compre o livro "Um Animal Selvagem" neste link.



Sobre o autor
Joël Dicker
 nasceu em Genebra, na Suíça, em 1985. É autor de "A Verdade sobre o Caso Harry Quebert", fenômeno mundial adaptado para série homônima, que foi finalista do prêmio Goncourt e vencedor do Grande Prêmio de Romance da Academia Francesa. São dele também "Os Últimos Dias de Nossos Pais", agraciado com o Prêmio dos Escritores de Genebra; "O Livro dos Baltimore"; "O Desaparecimento de Stephanie Mailer"; "O Enigma do Quarto 622"; e "O Caso Alaska Sanders", todos publicados pela Intrínseca. Joël Dicker | Foto: Anoush Abrar. Garanta o seu exemplar de "Um Animal Selvagem" neste link.


Ficha técnica
"Um Animal Selvagem"
Autor:Joël Dicker
Editora: Intrínseca
Tradução: Debora Fleck
Páginas: 400
Compre o livro neste link.

.: Cia. Filhos do Dr. Alfredo estreia "Tennessee Williams Deve Morrer"


Com dramaturgia de Marcelo Braga e Luís Filipe Caivano, espetáculo metateatral traz à cena fatos relevantes da vida e da obra de Williams, um dos autores mais importantes do Teatro Moderno do Século XX. Foto: Helton Nóbrega 


A vida e a obra do autor norte-americano Tennessee Williams (1911-1983) inspirou a criação do espetáculo metateatral "Tennessee Williams Deve Morrer", que tem sua temporada de estreia de 21 de novembro a 14 de dezembro no Sesc Pinheiros. As apresentações acontecem de quinta a sábado, às 20h00. Com texto de Luiz Filipe Caivano e Marcelo Braga, que também assina a direção, o novo trabalho encerra a trilogia metateatral de dramaturgia autoral da Cia. Filhos do Dr. Alfredo, composta ainda por "Montanha Russa" (2018) e "Quem Fica com Quem" (2019). No elenco, estão Vivian Bertocco e Luciano Schwab. 

"Tennessee Williams Deve Morrer" acompanha dois irmãos e artistas de teatro, Rose e Tom, que, enquanto se preparam para entrar em cena, recebem a crítica do espetáculo que estão prestes a iniciar. Frente à dureza da análise do crítico, Tom – que além de ator também é dramaturgo – resolve reescrever a peça como uma resposta à exclusão artística e à intolerância às novas ideias de construção teatral. Ele pretende sublinhar a atitude conservadora e homofóbica da crítica de então. E essa “peça dentro da peça” percorre fatos relevantes da vida e aspectos importantes da obra de Williams, que é, sem dúvida, um dos autores mais importantes do Teatro Moderno do século XX.


A encenação, por Marcelo Braga
A encenação está apoiada no  jogo teatral e no conceito de metateatro. Esse jogo toma corpo quando os dois intérpretes entram no espaço de jogo, ou seja, quando atuam na “peça dentro da peça”. As coxias serão abertas e as trocas de cenários/figurinos e a presença do videomapping serão revelados. Os signos de teatralidade e a linguagem da encenação estão em íntima relação. Os elementos que compõem a cena terão forte tom simbólico e metafórico. 

A proposta das visualidades também está apoiada no conceito de metateatro, a partir da construção de um espaço cênico imerso dentro da obra do Autor a partir da presença de banners ao fundo e nos lado do palco customizados com fac-símiles de manuscritos e textos de Tennessee Williams. Estes banners terão a função de tela para projeções em videomapping. Os signos de teatralidade estarão presentes da seguinte forma: máquina de escrever, baú para guardar objetos de cena, manequins que devem abrigar os figurinos dos diversos personagens, mesa e cadeira do dramaturgo e espaço destinado ao programa de entrevistas. 

A proposta de figurinos deve caracterizar os diversos personagens interpretados na “peça dentro da peça”: Ator, Tom, Cornelius Williams, Tennessee Williams e Atriz, Rose, Miss Edwina Williams, Apresentadora e Médica. A proposta de iluminação deve revelar as estruturas do palco: coxias abertas, refletores, objetos de cena e maquinários e também pontuar esse jogo cênico que alterna atriz/ator e personagens.

A dramaturgia foi construída em processo e a quatro mãos, tendo como ponto de partida uma pesquisa aprofundada sobre a biografia e obra de Tennessee Williams – incluso nessa pesquisa o livro "Memoirs" (autobiografia do autor), suas peças principais ("Zoológico de Vidro", "Gata em Telhado de Zinco Quente", "Um Bonde Chamado Desejo"), suas peças tardias ("Um Cavalheiro para Milady", "Verão no Lago", "A Peça de Dois Personagens", "Os Passos Devem Ser Leves") e textos, livros e trabalhos científicos, escritos pelos pesquisadores brasileiros Luís Márcio Arnaut, Fúlvio Torres Flores e Maria Silvia Betti, sobre a importância de Tennessee Williams para o desenvolvimento da dramaturgia ocidental moderna e contemporânea. A proposta da construção dramatúrgica também busca apresentar ao público brasileiro a versatilidade, a poesia e o lirismo da parte menos divulgada de sua obra, ou seja, um “outro Tennessee”.


Sobre Tennessee Williams
Tennessee Williams (1911-1983) é amplamente reconhecido como um dos dramaturgos mais influentes do Teatro Moderno. Seu sucesso foi consolidado com peças premiadas como "O Zoológico de Vidro" (1945), "Um Bonde Chamado Desejo" (1947) e "Gata em Telhado de Zinco Quente" (1955). Além de sua produção teatral, sua obra se estende a contos, novelas, artigos, crônicas, poesia e roteiros cinematográficos.

Williams nasceu em uma família marcada por tensões profundas. Sua mãe, Edwina Williams, era filha de um pastor episcopal e sua religiosidade rígida moldou sua personalidade. Seu pai, Cornelius Coffin Williams, era alcoólatra, frequentemente ausente e homofóbico, o que acentuava o ambiente hostil dentro do lar. A irmã mais velha, Rose Williams, teve seu primeiro surto de esquizofrenia na década de 1930, sendo internada em 1937 e submetida a uma das primeiras lobotomias nos Estados Unidos, em 1943. Rose passou grande parte de sua vida em uma instituição, que era suportada pelo irmão famoso, e faleceu em 1996.

A leitura crítica da obra de Tennessee Williams tem frequentemente enfatizado aspectos autobiográficos e realistas, relegando a segundo plano os contextos sociais, históricos, políticos e culturais nos quais suas peças foram produzidas. Esse enfoque reduzido também obscurece sua crítica à sociedade de seu tempo. As adaptações cinematográficas de quinze de suas peças, realizadas por Hollywood, simplificaram o conteúdo de sua obra, embora tenham contribuído para sua popularidade mundial.

Ao longo de sua vida, Williams manteve diversos relacionamentos fortuitos com rapazes. Os parceiros que marcaram sua trajetória foram Kip Kiernan, Frank Merlo e Pancho Rodriguez. Ele assumiu publicamente sua homossexualidade apenas em 1970, durante uma entrevista ao vivo em um programa de TV em rede nacional.

Nos últimos 20 anos de sua vida, Williams enfrentou o abuso de drogas e álcool, além do desprezo da crítica e do público, que não compreendiam sua ruptura com o realismo poético e sua exploração das tendências estéticas contraculturais dos anos 1960 e 1980. Marginalizado, considerado ultrapassado e alvo de preconceito por sua sexualidade, idade e dependência química, ele faleceu em um quarto de hotel em Nova Iorque, em circunstâncias que ainda geram dúvidas entre acidente ou suicídio.

Seu legado, contudo, permanece vasto, com muitas obras inéditas, a maior parte ainda desconhecida no Brasil e uma considerável parcela publicada postumamente nos Estados Unidos.


Sobre a Cia. Filhos do Dr. Alfredo
A Cia. Filhos do Dr. Alfredo foi criada em 2001 por atores formados pela EAD - Escola de Arte Dramática (ECA/USP), com a intenção de desenvolver pesquisas de linguagens próprias a partir de diferentes formas dramatúrgicas. O nome é uma homenagem a Alfredo Mesquita, fundador do conjunto amador Grupo de Teatro Experimental (GTE), uma das raízes para a criação do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), e fundador da EAD (Escola de Arte Dramática - EAD-ECA-USP).

Com 23 anos de existência, a companhia pretende continuar proporcionando cada vez mais desafios para os membros do grupo e com isso desenvolver espetáculos que dialoguem diretamente com a nossa realidade artístico-social. Entre os espetáculos criados pelo coletivo ao longo desses anos, estão "Quem Fica com Quem" (2019), "Montanha Russa" (2018), "As Cinzas do Velho" (2013), "Amor que Não Ousa Dizer Seu Nome" (2011), "Ritual Íntimo" (2007), "Sinfonia do Tempo" (2004) e "Pelo Buraco da Fechadura" (2002).


Sinopse de "Tennessee Williams Deve Morrer"
A peça narra a história de dois irmãos e artistas de teatro, Rose e Tom, que enquanto se preparam para entrar em cena, recebem a crítica do espetáculo que estão prestes a iniciar. Frente à dureza da análise do crítico, Tom – que além de ator também é dramaturgo – resolve reescrever a peça como uma resposta à exclusão artística, intolerância às novas ideias de construção teatral e, de forma subliminar, a atitude conservadora e homofóbica da crítica de então. A narrativa percorre fatos relevantes da vida e aspectos importantes da obra de Tennessee Williams – que é sem dúvida um dos autores mais importantes do Teatro Moderno do século XX.


Ficha técnica
Espetáculo "Tennessee Williams Deve Morrer"
Dramaturgia: Marcelo Braga e Luís Filipe Caivano 
Direção: Marcelo Braga 
Dramaturgismo: Luis Márcio Arnaut 
Elenco: Vivian Bertocco e Luciano Schwab 
Assistente de direção e preparação de elenco: Laís Marques
Cenário e figurinos: José Carlos de Andrade
Desenho de luz: Aline Santini
Videomaping: Um Cafofo (André Grynwask e Pri Argoud)
Produção musical: Dario Ricco
Midias sociais: Laura Carvalho 
Fotos: Helton Nóbrega
Mentoria artística: José Eduardo Vendramini 
Produção: Fulano´s Produções Artísticas (Rodrigo Palmieri e Leandro Ivo) 
Coordenação geral: Cia. Filhos do Dr. Alfredo.
Realização: Sesc 


Serviço
Espetáculo "Tennessee Williams Deve Morrer"
De 21 de novembro a 14 de dezembro | Quinta a sábado, 20h00
Duração: 60 minutos
Local: Auditório | 3º andar
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia) e R$ 15 (credencial plena) 
Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195 - São Paulo 
Estacionamento com manobrista: terça a sexta, das 7h00 às 21h00; sábado, domingo e feriado, das 10h00 às 18h00.

.: "Meio do Céu" traz embate entre Brasil arcaico e moderno

O escritor paulista Ubiratan Muarrek lança em livro a peça tragicômica "Meio do Céu", pela Assírio & Alvim. Após lançamento em São Paulo, estão marcadas noites de autógrafos no Rio de Janeiro (em 8 de novembro, na Janela Livraria do Jardim Botânico) e em Lisboa (no dia 26 do mesmo mês, na Livraria da Travessa portuguesa). "Escrevi uma peça de teatro que talvez nunca seja encenada. Esse é o seu aspecto trágico. E cômico. O projeto em si é tragicômico, como a forma que explorei no texto. Eu entendo o drama como um projeto também literário", afirma o autor.

Muarrek desvela os dilemas contemporâneos entre o Brasil arcaico e o Brasil moderno nesta obra, que chega às prateleiras depois de "Corrida do Membro" (Objetiva, 2007) e "Um Nazista em Copacabana" (Rocco, 2016), semifinalista do Prêmio Oceanos. Tudo começa com o relato de um dia na vida de uma família de pernambucanos na Inglaterra, dentro do espírito do teatro clássico de Molière - castigat ridendo mores, isto é, castiga os costumes rindo, com a roupagem do absurdo de Kafka e Samuel Beckett.

O cenário é uma Londres caótica, no dia 25 de julho de 2000, quando o então célebre avião supersônico de passageiros Concorde, voo 4590, explodiu no ar matando mais de 100 passageiros. Enquanto isso, duas amigas brasileiras, Sofitel e Greta, uma negra e uma branca, ambas vindas de um Recife assombrado pela escravidão e com um passado em comum, se encontram num parque na metrópole inglesa e travam um embate sobre acontecimentos que marcaram as suas vidas.

A partir daí, Muarrek constrói uma “cacofonia de palavras”, na definição do dramaturgo Léo Lama, que assina o texto de apresentação da obra. Influenciado por Harold Pinter e James Baldwin, com referências ao Movimento Armorial de Ariano Suassuna, "Meio do Céu" sintetiza e prenuncia, com altas doses de sátira, a crise social, política e econômica que se instalou no mundo das duas primeiras décadas do século 21.

A foto de capa inspirou e acompanhou toda a escrita do livro. De autoria do fotógrafo alemão Wolfgang Tillmans, faz parte de uma série com 62 fotos coloridas do avião Concorde, em Londres - seja decolando, em pleno vôo, já pousando e, às vezes, apenas a sua silhueta como se fosse um pássaro metálico.

Racismo à brasileira permeia a história
"Nas raízes da comédia há uma capacidade de perigo muito mais ameaçadora do que qualquer sentimento gerado pela tragédia. Tempos ameaçadores, arte ameaçadora – ao invés de arte ameaçada. Talvez este seja o sentido último da escolha tragicômica, entre as opções literárias, nesse já tão conturbado século 21", analisa Ubiratan Muarrek.

A carpintaria literária de Muarrek parte de um evento marcante literalmente no céu para exibir a discórdia racial que permeia a sociedade brasileira. Ela cria também o abismo entre o Brasil arcaico e o Brasil moderno, sobre o qual o político e diplomata recifense Joaquim Nabuco (1849-1910) já dizia querer implantar uma “ponte de ouro”.

O Brasil de "Meio do Céu", exposto pelo contraste de uma comunidade de brasileiros vivendo no exterior, expõe uma sociedade saturada de tensões e do desejo de vingança. Ainda assim, mostra que, apesar de todos os acidentes do passado, ainda é possível encontrar a concórdia no futuro. Compre o livro "Meio do Céu" neste link.


“A realidade não é absurda”
"Em 'Meio do Céu' os outros são criados ininterruptamente através de nomeações que obscurecem, traduzem e confundem. É preciso que se diga que a realidade não é absurda; contrassenso é achar que ela existe como a percebermos. Podemos dizer que o desconcerto dramático que Meio do Céu nos causa vem evidenciar que o que chamamos de realidade só atinge o ápice de sua potência quando se entrega ao Absurdo" (Léo Lama, dramaturgo)


Sobre o autor
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado em Mídia e Comunicação pela London School of Economics, na Inglaterra, e em dramaturgia pelo Célia Helena (São Paulo), Ubiratan Muarrek é escritor, jornalista, produtor executivo de cinema e roteirista em desenvolvimento, já envolvido com filmes e documentários.

Na sua carreira literária, Muareek tornou-se conhecido pelos elementos de drama e tragicomédia, presentes em seu romance de estreia "Corrida do Membro" (Objetiva, 2007), e, novamente, na obra "Um Nazista em Copacabana" (Rocco, 2016), que esteve entre os semifinalistas do Prêmio Oceanos de 2017.

Em "Meio do Céu", o autor apresenta em livro um texto teatral, que serve tanto para ser lido como um breve romance ou para ser encenado. O objetivo é o mesmo de toda a sua obra ficcional: dissecar as mazelas da sociedade contemporânea, na qual a tragicomédia assume o seu papel de crítica mordaz de uma bizarra realidade. Garanta o seu exemplar de "Meio do Céu" neste link.


Ficha técnica
"Meio do Céu"
Autor: Ubiratan Muarrek
210 páginas
Editora Assírio e Alvim
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