sábado, 2 de novembro de 2024

.: Autor aposta no português arcaico para escrever novo romance


O autor Fernando Dusi Rocha lança, pela editora 7 Letras, o romance "Aquando Nem o Inferno", uma obra que inova ao combinar a linguagem arcaica do cancioneiro galego-português com uma narrativa contemporânea e provocativa. O livro traz à tona temas que questionam a sociedade atual, utilizando elementos lexicais desse vasto acervo trovadoresco medieval, uma das mais ricas tradições literárias da Península Ibérica, que floresceu entre os séculos XII e XIV.

Na obra, Dusi revisita as cantigas de escárnio e maldizer, um dos gêneros do cancioneiro, ao mesmo tempo que transgride as normas da gramática culta brasileira, utilizando construções linguísticas pouco usuais, algumas das quais mais próximas do português europeu, como a colocação pronominal.

A narrativa, menos complexa que seu romance anterior, "Eu, Jeremias", estabelece uma ponte entre o passado literário e linguístico e o presente, expondo a desintegração crescente dos valores éticos, agravada na contemporaneidade.

“Minha intenção é afastar do público leitor a ideia de que meu processo de escrita, pautado numa linguagem e léxico tão inusuais, seria incompatível com a contemporaneidade, por soar anacrônico e descabido à formatação habitual dos romances em voga”, explica o autor. “O tom de novidade que pretendo dar ao meu romance reside em reavivar a chave medieval e fecunda de nossa língua, buscando mostrar como um léxico usado há quase oitocentos anos ainda pode interagir com o leitor atual”.

A história se passa na fictícia cidade de Santa Vaia, no interior de Minas Gerais, onde um boticário e maestro de uma banda local vive com suas três filhas: Celestina, Melibea e Areúsa. A trama central gira em torno de um incidente desastroso envolvendo Celestina durante a procissão da Sexta-Feira da Paixão. A partir desse episódio, uma série de acontecimentos negativos passa a afetar sua vida e de suas irmãs, desencadeando diversos conflitos e reviravoltas. Paralelamente, o processo de beatificação da Devota Hebreia, uma figura de suposta origem criptojudaica, gera comoção e ceticismo na cidade, intensificando os dilemas religiosos e sociais.

O autor usa o ambiente familiar e religioso para refletir sobre questões profundas, como a prevalência da aparência sobre a essência (das coisas e da psique) e a superficialidade da fé institucionalizada. Ao longo da narrativa, o boticário procura, por meio de suas reflexões filosóficas e moralistas, inspiradas na doutrina do jesuíta espanhol Baltasar Gracián, moldar o destino de suas filhas, especialmente da primogênita, que busca aventuras fora do casamento e desafia a moral reinante.

“A dominância da aparência das coisas e pessoas nos anos 1950 e 1960, época em que transcorre a narrativa, chega a ser desprezível se comparada com os acontecimentos que vivenciamos agora, sobretudo diante do poderio das redes sociais sobre as pessoas, que nelas encontram lugar ideal para a dissimulação e o disfarce”, reflete Dusi. “Além disso, a hipocrisia da sociedade vigente na época do romance ganhou uma grandeza ostentosa nos dias de hoje. O falso moralismo filtrado no romance mostra-se agravado em progressão geométrica pelas engrenagens do conservadorismo em nossa sociedade contemporânea”, finaliza o autor.

"Aquando Nem o Inferno" é uma obra que funde tradição e inovação, oferecendo ao leitor uma trama envolvente e reflexiva, que critica as hipocrisias de uma sociedade conservadora enquanto celebra a riqueza linguística e cultural de uma das mais valiosas tradições literárias do mundo ocidental. A obra já está disponível nas principais plataformas digitais de vendas. Compre o livro "Aquando Nem o Inferno" neste link.

Sobre o autor
Fernando Dusi Rochaé poeta e escritor. Mineiro de Ubá, reside em Brasília desde 1984. É pós-doutor em Literatura pela Universidade de Brasília. Pela 7 Letras, publicou os livros de poesia "O Exílio de Polifemo" (2006), finalista do Prêmio Jabuti em 2007, "Crisol com Açúcar" (2008) e "O Breviário" (2016), a reflexão autobiográfica "Tua Carne Verá a Luz" (2014) e "Eu, Jeremias" (2020). Em 2009 teve publicado, ainda, seu poemário "Lições de Taxidermia" pela Ateliê Editorial; e, em 2010, o livro ensaístico "O Problema da Verdade: literatura e Direito", pela Fino Traço.


Ficha técnica
"Aquando nem o Inferno"
Autor: Fernando Dusi Rocha
Editora: 7 Letras
Páginas: 150
Compre o livro neste link.

.: "O Sol Por Testemunha" é o clássico do Festival Varilux de Cinema Francês


"O Sol Por Testemunha" ("Plein Soleil")
, o filme que revelou Alain Delon para o mundo, é o clássico homenageado na 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, que apresenta uma programação de filmes inéditos e com passagens pelos principais festivais do mundo, como Cannes e Veneza. Adaptado do romance "O Talentoso Ripley", escrito por Patricia Highsmith, o thriller de 1960 conta com Alain Delon, Marie Laforêt e Maurice Ronet no elenco. 

Dirigido por René Clément, o longa-metragem distribuído no Brasil pela Bonfilm Filmes, conta a história de Tom Ripley. Ele é enviado à Europa para trazer o filho de um ricaço de volta aos Estados Unidos. Ludibriado pelo herdeiro que pretende permanecer no Velho Continente com sua noiva, ele resolve assumir a identidade e a boa vida do jovem mimado. 

O Festival Varilux ocorre entre 7 e 20 de novembro, com exibição de 20 filmes em 60 cidades e 110 salas de cinema do país. O portal Resenhando.com assiste aos filmes do Varilux no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, no Gonzaga, em Santos.


Críticas publicadas sobre o filme

Le Monde
"Filmado na Itália em 1959, o filme de René Clément é o longa-metragem onde o ator de 23 anos, pouco conhecido até então, se torna um ícone. Ele irradia beleza. A beleza do diabo."

Télérama
"Adaptado de um sucesso de Patricia Highsmith, este thriller ambíguo é iluminado por seus atores esplendorosos e selvagens. Um sol brilhante de beleza."


Ficha técnica
"O Sol Por Testemunha" (" Plein Soleil")
1960 / 1h54 / Thriller
Com: Alain Delon, Marie Laforêt, Maurice Ronet
Direção: René Clément
Distribuição no Brasil: Bonfilm


Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 14 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas em todo o Brasil e somou um público de mais de um 1,2 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e com uma edição em São Paulo.


Sobre o festival
O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux, Pernod Ricard/Lillet, Axa, Michelin, além do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são a Alliance Française, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Edenred, Air France, Fairmont (grupo Accor), além das distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.

Assista na Cineflix
No litoral de São Paulo, o Festival Varilux de Cinema Francês acontece no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Para acompanhar as novidades da rede Cineflix Cinemas mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste linkonsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

.: Crítica: "Todo Tempo Que Temos" trata desejos e certezas diante do câncer

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em novembro de 2024

Uma história de amor contada tal qual lembranças fragmentadas, ou seja, "Todo Tempo Que Temos" apresenta uma narrativa não-linear. Tanto é que, Tobias (Andrew Garfield) entra na vida de Almut (Florence Pugh) por meio de um assustador atropelamento -que impressiona na telona do cinema, remetendo ao clássico romântico "Encontro Marcado".

Em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos, a trama que não ignora o passado de ambos promove lindas conexões, provando que quando o parceiro certo é encontrado, não há como deixá-lo escapar. Em meio a convicções quebradas em nome do amor, Almut mantém sua paixão pela cozinha. 

Intensa na corrida para aproveitar o lhe resta de vida diante de uma doença implacável, Almut acaba escanteando seu parceiro e a filhinha em nome da arte culinária. A história de Almut na vida de Tobias é extremamente comovente. Sorte a do público, pois Garfield e Pugh dão um show de atuação ao longo de 1 hora e 44 minutos. Não há como passar impune a cada batalha enfrentada pela dupla, seja no posto do doente ou daquele que está junto.

Sem pretensão de fazer chorar a todo custo, o longa dirigido por John Crowley não explora uma trilha sonora, nem mesmo romântica. Assim, "Todo Tempo Que Temos" dá valor ao roteiro de Nick Payne, que entrega um enredo que promove dilemas de uma mulher que luta contra o câncer de mama.

"Todo Tempo Que Temos" é o recorte de uma história de amor linda e emocionante, capaz de mudar desejos e certezas. Vale a pena conferir na telona esse encontro entre aqueles que já interpretaram Homem-Aranha e Viúva Negra!


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

"Todo Tempo que Temos" (We Live in Time). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, romance, comédiaClassificação: 14 anos. Duração: 1h44. Ano: 2024. Distribuidora: Imagem Filmes. Direção: John CrowleyRoteiro: Nick Payne. Elenco: Andrew Garfield (Tobias). Florence Pugh (Almut), Adam James (Simon Maxon), Marama Corlett (Adrienne)Sinopse: Almut e Tobias são unidos por um encontro surpresa que muda suas vidas. Ao embarcarem em um caminho desafiado pelos limites do tempo, eles aprendem a valorizar cada momento de sua história de amor não convencional. Confira os horários: neste link

Trailer "Todo Tempo que Temos"


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.: "Oswald de Andrade: mau Selvagem": o contraditório da literatura brasileira


Primorosa biografia de uma das personalidades mais contraditórias da literatura brasileira. Escrito no estilo cinematográfico de Lira Neto e amparado em farto acervo documental, este livro apresenta Oswald de Andrade em sua verve sarcástica, lírica e demolidora.


Um Oswald de Andrade contraditório, ao mesmo tempo explosivo e lírico, é revelado na nova biografia  "Oswald de Andrade: mau Selvagem", escrita por Lira Neto. Depois de mapear a trajetória de controvertidas personalidades da história nacional - a exemplo de Getúlio Vargas e Padre Cícero -, o autor vasculha e esmiuça a vida de Oswald de Andrade, um dos autores mais polêmicos da literatura brasileira. Muito além do ativista do modernismo e da Semana de 1922, Oswald aparece como um pensador vigoroso, que usava a violência verbal e o sarcasmo como armas contra o conformismo intelectual.

O menino solitário descobriu no escárnio a forma de se impor diante dos colegas que o hostilizavam na escola. O garoto inibido se revelou um rapaz sardônico e desregrado. Ao distribuir pilhérias, gracejos e chacotas contra os oponentes, sublimou o retraimento da infância, oculto por trás da máscara da insolência. A formação cultural anárquica, a iniciação no jornalismo e na literatura, a revolta contra o oficialismo beletrista, tudo é descrito de forma atraente e meticulosa, com base em rigorosa pesquisa em cartas, diários e escritos íntimos de Oswald.

O estilo cinematográfico de Lira Neto, amparado em vasto acervo documental, reconstitui os cenários e ritmos vertiginosos de uma São Paulo em expansão. O autor demonstra como a velocidade das transformações na paisagem urbana se refletiram e foram refletidas na vida - e na literatura - de Oswald. As amizades construídas e desfeitas de forma tumultuosa, os amores sempre turbulentos, a mitografia pessoal estabelecida em relatos memorialísticos, nada escapa ao olhar do biógrafo, atento às fronteiras e interseções entre realidade e encenação, fato e lenda.

Ao passar em revista as circunstâncias e as motivações da escrita oswaldiana, Lira Neto possibilita que se rediscuta a obra do autor do “Manifesto Antropófago” no que ela tem de mais atual: a antecipação do pensamento decolonial e a crítica feroz ao patriarcado. A Antropofagia, com seu intuito de devoração e síntese, continua a inspirar - e a desafiar - teóricos na área dos estudos culturais. À placidez do “bom selvagem” de Jean-Jacques Rousseau, ele contrapôs a ferocidade criativa e carnavalizante, imune aos dogmas de qualquer espécie de catequese, seja religiosa, social ou política.

Mas Oswald não tinha pudores em se contradizer publicamente, combater ideias que antes defendera, sustentar opiniões que um dia repudiara. Anarquista e temente a Deus, burguês e comunista, apaixonado e adúltero, sua verdadeira coerência residia no ato de se fazer presente a todo instante no debate público, munido de uma verve irresistível. Era, acima de tudo, um personagem de si mesmo.

“De um homem assim, pode-se dizer que a existência é tão importante quanto a obra”, dizia a respeito dele o crítico literário Antônio Cândido. Um dos últimos amigos do escritor, Cândido testemunhou o fascínio - e o indisfarçado terror - que o autodidata Oswald infundia à nova geração de intelectuais universitários que o cercou nos anos de maturidade, incluindo Paulo Emílio Sales Gomes e Décio de Almeida Prado, apelidados por ele de chato boys.

Ao longo do livro, Lira Neto mostra como foi possível ao herdeiro de uma fortuna imobiliária terminar seus dias tendo que se submeter aos agiotas e às casas de penhores para viabilizar a sobrevivência da própria família. Milionário na juventude, arruinado na velhice, o febril Oswald de Andrade viveu sob o primado do hedonismo e da dissipação. Autor de vanguarda, não teve tempo suficiente para assistir à própria profecia: “A massa ainda comerá o biscoito fino que fabrico”.

Apenas depois de sua morte o país recuperaria o grande legado do pensamento revolucionário e contestador de Oswald de Andrade, fonte para manifestações artísticas futuras, como a Poesia Concreta, o Teatro Oficina e a Tropicália. Compre o livro em pré-venda neste link.

Sobre o autor
Lira Neto
nasceu em Fortaleza, em 1963. Jornalista e escritor, ganhou o prêmio Jabuti em quatro ocasiões. É mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e doutorando em Discursos: Cultura, História e Sociedade, pela Universidade de Coimbra. Pela Companhia das Letras, publicou "Padre Cícero" (2009), a trilogia "Getúlio" (2012-4), "Uma História do Samba" (2017), "Maysa", reeditado em 2017, "Castello", reeditado em 2019, "Arrancados da Terra" (2021), "A Arte da Biografia" (2022) e "Oswald de Andrade" (2024). Garanta o seu exemplar do livro em pré-venda neste link.


Ficha técnica
"Oswald de Andrade: mau Selvagem"
Autor: Lira Neto
Número de páginas: 528
Lançamento: 11 de fevereiro de 2025
Pré-venda do livro neste link.

.: Crítica musical: "Amorosa" mostra Paula Toller ao vivo e sem surpresas


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

A cantora e compositora Paula Toller lançou o CD "Amorosa Ao Vivo" comemorando seus 40 anos de carreira. Um trabalho que registra um dos shows da turnê revisitando antigos hits com algumas novidades nos arranjos daquele pop radiofônico inspirado no movimento new wave dos anos 80. Não faltaram os hits da época da sua antiga banda, Kid Abelha. Pouco se nota do material que ela lançou em carreira solo, que acabou sendo eclipsado pelos velhos hits. E cá entre nós, era isso que o público queria ouvir mesmo no show.

O repertório incluiu um tributo à Rita Lee, com a interpretação de "Agora Só Falta Você". E uma releitura de Nada Por Mim em ritmo bossa nova com participação do veterano Roberto Menescal. Paula Toller divide o vocal de "Na Rua, na Chuva, na Fazenda" com Fernanda Abreu, e de "Nada Sei", com Luiza Sonza. Sozinha canta canções como "Lágrimas e Chuva", "Educação Sentimental II", "Como Eu Quero" e "Amanhã É 23", entre outros sucessos dos anos 80 e 90.

Um dos melhores momentos é a releitura de "Não Vou Ficar", do síndico Tim Maia, com um arranjo interessante (em ritmo de samba rock) e uma interpretação firme da cantora. O dueto com Fernanda Abreu também ficou ótimo. E é preciso destacar também a  competente banda de apoio da cantora, que conta com o experiente produtor musical Liminha no violão acústico e guitarra.

"Amorosa Ao Vivo" pode até parecer algo previsível, sem muitas surpresas para o ouvinte. Mas é fato que ainda tem momentos interessantes para quem deseja relembrar os divertidos anos 80, quando ouvíamos um pop comercial made in Brazil, feito sob medida para tocar nas rádios.

"Educação Sentimental"

"Não Vou Ficar"

"Agora Só Falta Você"

"Na Rua, na Chuva, na Fazenda"

.: Roberto Mangabeira Unger relança "Paixão", que faz 40 anos, em São Paulo



Será lançada em novembro a nova tradução do livro "Paixão: um Ensaio sobre a Personalidade", de Roberto Mangabeira Unger, pela editora LeYa Brasil. A obra, que completa 40 anos, explicita, defende, critica e desenvolve a imagem modernista do ser humano e mostra suas consequências para nossos ideais e ideias de transformação pessoal e social. 

Como análise das formas básicas de relacionamento humano, o livro trata dos muitos lados de nossa luta para sermos aceitos pelos outros e para reconciliar o engajamento na vida social com a posse de nós mesmos. Como visão moral, reinterpreta a relação entre nossos desejos de amor e de empoderamento. Como argumentação filosófica, sugere uma maneira de reinventar e justificar a prática antiga e universal de buscar orientação em concepções da natureza humana. Como polêmica cultural e política, liga dois projetos que perderam um vínculo que os unisse: a crítica modernista das relações pessoais e a crítica esquerdista das instituições sociais.

O objetivo de Unger é duplo. Primeiramente, visa criticar, expandir e defender o pensamento moderno sobre o ser humano e a sociedade, “de modo que essa prática possa resistir melhor às críticas que a filosofia, desde Hume e Kant, tem lhe feito” (Unger, 2024, p. 7). Em segundo lugar, tem como objetivo desenvolver uma teoria prescritiva da identidade humana centrada no que Unger chama de paixões – nossas respostas cruas ao mundo que, embora ambivalentes em relação às motivações, também agem a serviço da razão. 

O autor descreve nove paixões que organizam e são organizadas por nossas relações com os outros: lascívia, desespero, ódio, vaidade, ciúme, inveja, fé, esperança e amor. Ainda que esses estados emocionais possam ser vistos como emoção bruta, sua expressão é sempre condicionada pelo contexto no qual o indivíduo os mobiliza ou aprende a mobilizá-los.

Obra impessoal e filosófica, mas ao mesmo tempo intimista e emotiva, "Paixão" exigiu tradução inteiramente nova que fizesse justiça à sua beleza. É o que a editora LeYa Brasil apresenta nessa publicação. Compre o livro "Paixão: um Ensaio sobre a Personalidade" neste link.


Sobre o autor
Roberto Mangabeira Unger é professor da Universidade de Harvard (EUA). Ele engloba três grandes áreas no seu pensamento: a filosofia, que reconhece nossa finitude, mas também nossa transcendência; o pensamento social, político, econômico e jurídico, que explica o existente sem deixar de imaginar o possível; e a reinterpretação do Brasil, que afirma nossa originalidade nacional e nos credencia a liderar inovações do interesse de toda a humanidade. Mangabeira participa ativamente da vida pública brasileira e luta por um rumo de desenvolvimento que dê braços, asas e olhos a nosso recurso mais importante, a vitalidade. Garanta o seu exemplar de "Paixão: um Ensaio sobre a Personalidade" neste link.


Serviço
Dia: 8 de novembro, às 19h00, na Livraria da Travessa - Shopping Iguatemi.
Av. Faria Lima, 2232, Piso 3 - Jardim Paulistano / São Paulo.
Compre o livro neste link.

.: Festival Varilux de Cinema terá filmes, masterclass e palestras grátis

Além de uma programação de filmes inéditos e com passagens pelos principais festivais do mundo, como Cannes e Veneza, a 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês apresenta ainda uma série de atividades gratuitas para os apaixonados por cinema nas cidades de São Paulo e no Rio de Janeiro. Filmes, masterclass com diretor vencedor do César, Xavier Legrand, e palestras com o jornalista e ex-diretor da revista Cahiers du Cinéma, Jean-Michel Frodon foram programadas. Todas as atividades têm entrada franca e são sujeitas à lotação. O Festival Varilux ocorre entre 7 e 20 de novembro, com exibição de 20 filmes em 60 cidades e 110 salas de cinema do país. O portal Resenhando.com assiste aos filmes do Varilux no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, no Gonzaga, em Santos.

Em São Paulo, as atividades começam no dia 4 de novembro, às 15h00, com exibição gratuita do longa-metragem “O Sucessor”, de Xavier Legrand, no Cine FAAP, em Higienópolis. Legrand, vencedor de dois prêmios César pelo seu último filme “Custódia”, integrante da programação do Varilux em 2018, dá uma masterclass aberta ao público no Cine FAAP no dia 5, às 15h, para discorrer sobre suas obras e trajetória artística. No Espaço de Cinema Augusta, haverá exibição gratuita do filme "Bolero, a Melodia Eterna" no dia 5, às 15h00, com a presença do ator Raphaël Personnaz, protagonista do longa. Ele integra a delegação que estará em São Paulo e no Rio, e vai apresentar o filme.

Também no dia 5 no Cine FAAP, o jornalista, professor e crítico francês Jean-Michel Frodon ministra uma palestra sobre a crítica de cinema. Das 10h30 às 17h30, Frodon abordará temas como as recentes evoluções do cinema diante da globalização e a digitalização, a história da crítica cinematográfica e o desafio das novas tecnologias, e também uma retrospectiva sobre a crítica de cinema no Brasil e seu papel nos dias atuais.

No Rio de Janeiro, dia 7, Jean-Michel Frodon participa da palestra “As Herdeiras da Nouvelle Vague - O Cinema Feminino na França”, às 19h00, na Aliança Francesa de Botafogo. Ele estará ao lado de Gabriela Carneiro da Cunha, ativista ambiental e sócia da Aruac Filmes, produtora independente de cinema. No encontro, eles discutem a história do cinema feito por mulheres na França, desde Alice Guy no fim do século XIX, passando pelo movimento da Nouvelle Vague até os dias de hoje. No dia seguinte, 8, Frodon ministra a palestra sobre crítica de cinema de 10h30 às 17h30, na Bibliomaison, no Consulado Geral da França, localizada no Centro do Rio.

De graça, os cariocas poderão assistir a cinco filmes do Festival Varilux, que sai novamente das salas de cinema - já foram realizadas sessões abertas no Vidigal, Fortes de Copabacana e do Leme, e Concha Acústica da UERJ, em edições anteriores - e chega a uma praça da cidade. Ao ar livre, na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, serão promovidas exibições de cinco títulos, entre 7 e 10 de novembro.

Os espectadores terão à disposição um espaço com capacidade de 200 lugares, com cadeiras e espreguiçadeiras confortáveis, e os longas-metragens serão exibidos em um telão gigante, com qualidade de som e imagem. São eles: "O Sol por Testemunha", thriller clássico de 1960 em homenagem a Alain Delon, na quinta-feira, dia 7, às 19h00; o drama histórico "A Favorita do Rei", na sexta-feira, dia 8, às 19h00; a animação "Selvagens", no sábado, 9, às 18h30, seguido da comédia dramática "A Fanfarra", às 20h00, e a comédia dramática "Mega Cena", no domingo, dia 10, às 19h00. “A Favorita do Rei” e “A Fanfarra” integraram a seleção do Festival de Cannes 2024. Caso chova, a sessão será cancelada


Sobre Jean-Michel Frodon
Jean-Michel Frodon
é jornalista, crítico de cinema, professor em Sciences Po Paris e professor honorário na Universidade de Saint Andrews (Escócia). Foi responsável pelas páginas de cinema do jornal Le Monde e foi diretor da famosa revista Les Cahiers du Cinéma. Atualmente colabora regularmente com os sites de informação Slate.fr e AOC, e com inúmeras publicações francesas e estrangeiras. Todos os seus textos estão acessíveis no seu blog "Projection Publique". 

É autor ou realizador de cerca de trinta obras sobre cinema, incluindo "O cinema francês, da Nouvelle Vague até Hoje", "A Projeção Nacional", "O Cinema e a Shoah", "Robert Bresson", "Conversa com Woody Allen", "O Cinema Chinês", "Deleuze e as Imagens", "A Arte do Cinema", "O Mundo de Jia Zhang-ke", "Cinemas de Paris", "Chris Marker", "13 Ozu", "Abbas Kiarostami, Obra Aberta", "O Cinema à Prova da Diversidade". É também curador de exposições, autor de videoinstalações e programador.


Sobre Gabriela Carneiro da Cunha
Gabriela Carneiro da Cunha é uma artista brasileira e ativista ambiental que atua há mais de 10 anos com a Amazônia brasileira. É sócia da Aruac Filmes, produtora independente de cinema, e idealizadora do Projeto Margens – Sobre Rios, Buiúnas e Vaga-lumes, dedicado à criação artística a partir da escuta do testemunho de rios brasileiros em situação de catástrofe. Em 2024, lançou o filme « A Queda do Céu », seu primeiro longa-metragem como diretora e codirigido e produzido com Eryk Rocha. Essa coprodução entre Brasil, Itália e França, foi selecionada na Quinzena dos Cineastas do Festival de Cannes 2024.


Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 14 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas em todo o Brasil e somou um público de mais de um 1,2 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e com uma edição em São Paulo.


Sobre o festival
O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux, Pernod Ricard/Lillet, Axa, Michelin, além do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são a Alliance Française, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Edenred, Air France, Fairmont (grupo Accor), além das distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.


Serviço
São Paulo
Exibição do filme “O Sucessor”, de Xavier Legrand
Dia 4 de novembro - Horário: 15h00.
Cine FAAP - R. Alagoas, 903 - Higienópolis / São Paulo. Entrada franca.

Masterclass com Xavier Legrand
Dia 5 de novembro - Horário: 15h00.
Cine FAAP - R. Alagoas, 903 - Higienópolis / São Paulo. Entrada franca.

Exibição do filme “Bolero, a Melodia Eterna”, de Anne Fontaine
Dia 5 de novembro - Horário: 15h00.
Espaço Augusta de Cinema R. Augusta, 1475.

Palestra “A Crítica de Cinema”, com Jean-Michel Frodon
Dia 5 de novembro.
Horários: 10h30 às 12h30:  "As Evoluções Recentes do Cinema, a Globalização, o Digital".
14h00 às 15h30: "História da Crítica. Desafios das Novas Tecnologias".
16h00 às 17h30: "A Crítica no Brasil / Qual É o Papel que a Crítica Pode Assumir Hoje?".
Cine FAAP - R. Alagoas, 903 - Higienópolis / São Paulo.
Entrada franca.


Rio de Janeiro
Palestra “As Herdeiras da Nouvelle Vague - O Cinema Feminino na França”
Dia 7 de novembro - Horário: 19h00 às 21h00.
Local: Aliança Francesa - Rua Muniz Barreto, 746 - Botafogo / Rio de Janeiro.
Entrada franca.

Palestra “A Crítica de Cinema”, com Jean-Michel Frodon
Dia 8 de novembro.
Horários: 10h30 às 12h30:  "As Evoluções Recentes do Cinema, a Globalização, o Digital".
14h00 às 15h30: "História da Crítica. Desafios das Novas Tecnologias"
16h00 às 17h30: "A Crítica no Brasil / Qual É o Papel que a Crítica Pode Assumir Hoje?"
Bibliomaison - Av. Pres. Antônio Carlos, 58 - 11° andar - Centro / Rio de Janeiro
Entrada franca.

Exibição de filmes - Praça Nossa Senhora da Paz, Ipanema - Entrada franca
Dia 7 de novembro, às 19h00 - "O Sol por Testemunha"
Dia 8 de novembro, às 19h00 - "A Favorita do Rei"
Dia 9 de novembro, às 18h30 - "Selvagens", e 20h00, "A Fanfarra"
Dia 10 de novembro, às 19h00 - "Mega Cena"


Assista na Cineflix
No litoral de São Paulo, o Festival Varilux de Cinema Francês acontece no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Para acompanhar as novidades da rede Cineflix Cinemas mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. onsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. 

.: Paula Fábrio abre a 12ª temporada do projeto Paiol Literário


Paula Fábrio nasceu em São Paulo, em 1970. É reconhecida por seus romances, todos finalistas de importantes premiações. Foto: Julia Mataruna


A escritora Paula Fábrio abre a 12ª temporada do projeto Paiol Literário. Em novembro e dezembro, quatro escritores brasileiros participam do projeto em bate-papos on-line. Os encontros com escritores promovidos pelo projeto Paiol Literário estão de volta. 

A partir de novembro, o público poderá assistir aos encontros ao vivo, em formato online, no canal do YouTube do Paiol, que este ano chega à 12ª edição. São mais de 80 escritores brasileiros já entrevistados, desde a criação do projeto, em 2006. Nesta temporada, quatro autores passarão pela sabatina do jornalista e escritor Rogério Pereira, coordenador e criador do Paiol Literário. O primeiro encontro acontece em 4 de novembro, às 19h30, com a romancista Paula Fábrio.

Além de Fábrio, integram a programação outros três escritores: Rafael Gallo (13 de novembro), Sidney Rocha (2 de dezembro) e Maria José Silveira (9 de dezembro). Os encontros são online e acontecem sempre às 19h30, com transmissão pelo canal do Paiol Literário no YouTube. O patrocínio é da Redecard, empresa do Itaú Unibanco, por meio da Lei Rouanet. As entrevistas permanecem disponíveis no YouTube e também serão transcritas, editadas e publicadas nas versões impressa e online do jornal Rascunho, assim como no site do projeto (www.paiolliterario.com.br), desenvolvido pelo Estúdio Thapcom. Compre os livros de Paula Fábrio neste link.


Sobre a convidada
Paula Fábrio
nasceu em São Paulo, em 1970. É reconhecida por seus romances, todos finalistas de importantes premiações, entre eles "Desnorteio" (2012), ganhador do prêmio São Paulo de Literatura. É autora também de "Um Dia Toparei Comigo" (2015), "No Corredor dos Cobogós" (2020) e "Estudo sobre o Fim: bangue-bangue à Paulista" (2022). O original de "Casa de Família" (2024, Companhia das Letras) recebeu o Prêmio Carolina Maria de Jesus. Fábrio também escreve livros infantojuvenis e seus textos estão presentes em diversas antologias e cadernos literários.


Sobre o Paiol Literário
Realizado em Curitiba desde 2006, o Paiol Literário soma 84 escritores brasileiros em sua lista de convidados, entre eles Ignácio de Loyola Brandão, Nélida Piñon, Ruy Castro, Ana Maria Machado, Milton Hatoum, Marina Colassanti, Julian Fuks, Cida Pedrosa, Andrea Del Fuego, Edney Silvestre. Desde 2021, os encontros passaram a ser on-line, por conta da pandemia, e o formato permanece, uma vez que aumenta significativamente a abrangência e o acesso ao conteúdo.


Serviço
"
Paiol Literário"
Abertura da 12ª temporada, com Paula Fábrio
Dia 4/11/24, às 19h30
Canal do Paiol Literário no YouTube
https://www.youtube.com/@paiolliterario2024
www.paiolliterario.com.br

.: "Otelo de Shakespeare", do Coletivo Commune Teatral, pelos CEUs e Sesi


A inversão da etnicidade de Desdêmona e Otelo oferece uma nova visão sobre a relação deste casal. Desdêmona, é negra e Otelo é um general velho e branco. Foto: Matheus Melchionna

Em novembro e dezembro, "Otelo de Shakespeare" do Coletivo Commune Teatral, circula pelos CEUs e Sesi. A peça é construída a partir da linguagem da comédia física e visual, partindo de uma concepção original do inglês John Mowat. A direção geral é de Augusto Marin que está no elenco com Armando Liguori Júnior, Beatriz Poza, Natalia Albuk e Paulo Dantas. Apresentações gratuitas.

No espetáculo, Desdêmona, uma jovem negra, e Otelo, general de Veneza, velho e branco, casam-se secretamente contra a vontade da mãe dela, Dona Brabancia. Iago quer vingar-se de Otelo por ter promovido o jovem Cassio em seu lugar ao posto de tenente coronel. Seu plano é fazer com que Otelo pense que Cassio e Desdêmona são amantes. "Otelo", livre adaptação da peça de William Shakespeare, é uma abordagem cômica desta grande tragédia, que lida com temas universais e atemporais como o racismo, o amor, os ciúmes, a traição, a vingança e o arrependimento.

A inversão da etnicidade de Desdêmona e Otelo oferece uma nova visão sobre a relação deste casal. Desdêmona, é negra e Otelo é um general velho e branco. Cinco atores interpretam todos as personagens, sendo que um deles não apenas representa um juiz e um cão, mas 52.724 soldados do exército veneziano.


Sobre a Coletivo Commune Teatral
A Commune é uma companhia teatral, fundada em 2003, que desenvolve pesquisa, produção, formação e intercambio teatral, tendo recebido diversos prêmios e se apresentado em Portugal e na Argentina. Seu repertório inclui: Nem Todo Ladrão vem para Roubar, de Dario Fo, Na Cama com Molière, baseado em O Doente Imaginário, e Otelo, de Shakespeare, ambos com direção de John Mowat, Anti Comics, uma paródia dos Super Heróis, de Sonia Daniel (coprodução internacional com apoio do Iberescena). Desde 2005, é um Ponto de Cultura e desenvolve o Projeto Teatro Cidadão, que já formou mais de 1.500 jovens através de oficinas e da montagem de espetáculos.


Ficha técnica
Espetáculo "Otelo de Shakespeare"
Concepção original: John Mowat
Direção geral: Augusto Marin
Elenco: Armando Liguori Júnior, Beatriz Poza, Natalia Albuk, Paulo Dantas e Augusto Marin
Som/Luz: Anderval Areias e Éder Lopes
Designer: Rony Costa
Assessoria de imprensa: Miriam Bemelmans
Assistente de produção: Matheus Melchionna
Direção de produção: Augusto Marin e Luciane Ortiz
Realização: Coletivo Commune Teatral


Agenda
Novembro
1° de novembro, sexta-feira, às 14h00
CEU Três Pontes – Professora Nilzete Letícia Bispo dos Santos Lima
Rua Capachós, 400 - Jardim Celia, São Paulo - SP

4 de novembro, segunda-feira, às 10h00
CEU Capão Redondo
Rua Daniel Gran, s/n - Jardim Modelo, São Paulo

7 de novembro, quinta-feira, às 14h00
CEU Azul da Cor do Mar
Av. Ernesto Souza Cruz, 2171 - Cidade Antônio Estêvão de Carvalho, São Paulo

30 de novembro, sábado, às 20h00 - Com libras e audiodescrição
Sesi Osasco
Rua Calixto Barbieri - Iapi, Osasco -


Dezembro
1° de dezembro, domingo, às 15h30
Sesi Osasco
Rua Calixto Barbieri - Iapi, Osasco
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Grátis.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

.: Crítica: "Terrifier 3" traz Natal dos infernos para Sienna no Halloween

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em outubro de 2024


O terceiro filme aterrorizante do palhaço Art (David Howard Thornton), "Terrifier 3", chega aos cinemas no dia de Halloween com uma história de Natal cheia de sangue jorrando e membros de vítimas rolando pela tela. A produção dirigida e roteirizada por Damien Leone deixa seu modo trash/caseiro dos longas anteriores, somando até 2 horas e 2 minutos de filme. Pode-se dizer que "Terrifier 3" amadureceu, a ponto de abandonar, inclusive, o nome abrasileirado de "Aterrorizante 3".

Após cinco anos de escapar do palhaço assassino cheio de gestuais e que ama matar, a final girl da franquia, a jovem Sienna (Lauren LaVera), tenta retomar a vida mesmo depois de ser internada em um hospital psiquiátrico. Ao reencontrar a tia, irmã da mãe (morta, fazendo com que tia e sobrinha mergulhem na saudade), o tio e a sobrinha Gabbie (Antonella Rose), para aproveitar as festividades em família, tudo parecia estar controlado -com a ajuda de medicamentos. 

Contudo, ao sair em compras com a garotinha num Shopping local, Sienna acredita ter visto Art -mesmo que mascarado. Ao contar o ocorrido para Jonathan (Elliott Fullam), o irmão que está na faculdade -e quer manter distância da irmã-, Sienna acaba acendendo o sinal de alerta em todos. Ao menos, coloca a família em polvorosa. Afinal, família unida, permanece unida. Nesse caso, até quando estão diante das maldades chocantes de Art. 

No entanto, não pense que "Terrifier 3" demora a acontecer na telona. A produção tem ritmo, do início ao fim, sendo que jorra sangue nos primeiros minutos. Tanto é que inclui uma parceira para Art, tão interessada em matar quanto Art, além de acrescentar na trama uma fã aficionada por Siena e, claro, por Art: Mia (Alexa Blair Robertson).

Com referência aos clássicos de terror, como por exemplo, "O Iluminado" e até "Poltergeist". Há espaço para homenagear o aniversariante da data, Jesus Cristo. Seja quando a parceira do palhaço tira da própria cabeça e coloca em Sienna uma coroa de espinhos ou Art usa tripas/intestino de uma vítima como chibatas. Para a jovem guerreira que lembra a She-ra, sobram os estigmas de Jesus nas palmas das mãos. 

No elenco de "Terrifier 3" estão nomes como Jon Abrahams ("A Casa de Cera", "Todo Mundo em Pânico"), interpretando Dennis, o lutador de luta livre profissional canadense, Chris Jericho, como Burke, Mason Mecartea na pele do jovem Cole, Krsy Fox sendo a tia de Sienna, Jennifer. 

Aos fãs de filmes gore, com bom estômago e que curtem produções chocantes, "Terrifier 3" é um filmaço e, consequentemente, imperdível. Seja por melhorar muito a qualidade da produção de sucesso em si ou por elevar mais as surpresas do insano Art. Vale destacar que nas unidades Cineflix Cinemas, em que o filme está em cartaz, estão sendo distribuídos ao público o "saquinho do enjoo". Quem não precisar usar, pode guardá-lo como lembrança!

"Terrifier 3" (Terrifier 3) Ingressos on-line neste linkGênero: terror, crimeClassificação: 18 anos. Duração: 2h02. Ano: 2024. Distribuidora: Diamond Films. Direção: Damien Leone. Roteiro: Damien Leone. Elenco: Lauren LaVera, David Howard Thornton, Alexa Blair Robertson, Antonella RoseSinopse: Após sobreviver ao massacre de Halloween do Palhaço Art, Sienna e seu irmão lutam para reconstruir suas vidas despedaçadas. No entanto, justo quando pensam que estão seguros, Art retorna, determinado a transformar sua alegria natalina em um pesadeloConfira os horários: neste link

Trailer "Terrifier 3"



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