segunda-feira, 28 de outubro de 2024

.: Peça "Quando o Discurso Autoriza a Barbárie" estreia em São Paulo


Indicada ao Prêmio APCA, na categoria Direção (Miguel Rocha), e ao Prêmio Shell, na categoria Músca (Peri Pane), a montagem discute as barbáries praticadas pelo Estado, desde a colonização até os dias atuais. Foto: Tiggaz


A Companhia de Teatro Heliópolis apresenta o espetáculo "Quando o Discurso Autoriza a Barbárie" na Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho (sede do grupo), entre os dias 9 de novembro e 1° de dezembro de 2024. As sessões são gratuitas, aos sábados, às 20h, e domingos, às 19h. Reservas devem ser feitas pela plataforma Sympla. Com encenação de Miguel Rocha (indicado ao Prêmio APCA 2023), a montagem coloca em cena fragmentos de períodos históricos do Brasil que elucidam as barbáries praticadas pelo Estado, “justificadas” e naturalizadas pelo discurso político nas mais diferentes esferas públicas e que continuam sendo direcionadas aos mesmos corpos.

O espetáculo é resultado de pesquisa da Companhia sobre como o Estado brasileiro, há mais de cinco séculos, desde o início da colonização portuguesa até o atual cenário político-social, vem autorizando a barbárie e seus atravessamentos, justificando privilégios, hierarquias e opressões. A Companhia compreende que investigar as origens da violência social implica compreender como a história se repete: primeiro, como tragédia; depois, como farsa, conforme Karl Marx já assinalara.

Quando o discurso autoriza a barbárie desvela muito desse conjunto de visualidades e enunciados que sustenta a violência estatal e institucional no Brasil contemporâneo. Ao radicalizar a pesquisa ético-estética desenvolvida nos últimos anos, a Companhia de Teatro Heliópolis aposta numa encenação híbrida, apoiada no desdobramento de imagens-síntese, em que os corpos das atrizes e dos atores, em diálogo com o próprio espaço cênico e suas materialidades, compõem o eixo dramatúrgico principal. E assim põe em xeque a organização lógica de eventos que compõem a história oficial do Brasil. 

O desafio de construir uma dramaturgia sem o texto, propriamente dito, traz uma abordagem nova para essa reflexão. Enquanto criadores, os integrantes da companhia aprofundam na linguagem do corpo, constroem partituras com ações corporais e jogo relacional que potencializa a simbologia da violência, considerando que apenas a palavra pode já não ser elemento suficiente para expor o discurso de forma contundente.

A construção poética das cenas, em narrativa não linear, surpreende pela concretude, pela força e sutileza ao conjugar ações físicas, atitudes, gestos e sequências corográficas, onde a iluminação (Guilherme Bonfanti) em perfeita harmonia com a música e o canto (trilha sonora original de Peri Pane e Otávio Ortega) têm papel fundamental. A encenação lança mão também de artifícios como vídeos e áudios gravados para compor a dramaturgia.

“A investigação do espetáculo constata que a barbárie e a violência sempre foram patrocinada pelo Estado, desde a exploração e dizimação dos indígenas, do uso de mão escrava, da exploração das riquezas naturais a qualquer custo e da repressão na ditadura militar. Para discutirmos estas e outras questões sociais, culturais e políticas contemporâneas, precisamos voltar o olhar para o passado, para a origem, pois elas sempre estiveram presentes”, comenta o encenador Miguel Rocha.


Ficha técnica
Espetáculo "Quando o Discurso Autoriza a Barbárie". Concepção e encenação: Miguel Rocha. Provocação dramatúrgica: Alexandre Mate. Provocação cênica e texto para programa: Maria Fernanda Vomero. Elenco: Álex Mendes, Anderson Sales, Dalma Régia, Davi Guimarães, Fernanda Faran e Walmir Bess. Direção de movimento e estudo da Ideokinesis: Érika Moura. Direção musical: Peri Pane. Trilha sonora: Peri Pane e Otávio Ortega. Músicos (ao vivo): Alisson Amador e Denise Oliveira. Iluminação: Guilherme Bonfanti. Assistência de iluminação: Giorgia Tolaini. Cenografia: Eliseu Weide. Figurino: Samara Costa. Assistência de figurino: Paula Knop. Preparação vocal: Bel Borges e Edileuza Ribeiro. Provocação em dança: Sayô Pereira e Flávia Scheye. Organização de roteiro e edição de vídeo: Gabriel Fausztino. Animação: Teidy Nakao. Sonoplastia e operação de som: Lucas Bressanin. Operação de luz: Nicholas Matheus. Operação de vídeo: Allysson do Nascimento. Cenotecnia: Wanderley silva. Canções originais: “Invento” (Eunice Arruda e Peri Pane), “Canto da Partida” (Lucina e Peri Pane), “Liquidação Total” (Peri Pane), “Coro” (Edileuza Ribeiro). Participações: Catarina Nimbopy’rua, Edileuza Ribeiro e Tata Orokzala. Estúdio / gravação de trilha: Estúdio 100 Grilos, por Otávio Ortega. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Design gráfico: Rick Barneschi. Fotos: Rick Barneschi. Produção executiva: Leidi Araújo. Direção de produção: Dalma Régia. Idealização e produção: Companhia de Teatro Heliópolis. Realização: CULTSP - Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo. 

Serviço
Espetáculo "Quando o Discurso Autoriza a Barbárie"
Com: Companhia de Teatro Heliópolis
Temporada: 9 de novembro a 1° de dezembro de 2024
Horários: Sábados, às 20h, e domingos, às 19h.
Ingressos: gratuitos - Retirar 1h antes das sessões ou
Reservas on-line: www.sympla.com.br
Duração: 75 min. Classificação: 14 anos. Gênero: Experimental.

Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho
Rua Silva Bueno, 1.533 – Ipiranga. São Paulo/SP.
Telefone: (11) 2060-0318 (WhatsApp). Capacidade: 50 lugares.
Transporte público - Metro Sacomã / Terminal de Ônibus Sacomã

domingo, 27 de outubro de 2024

.: "Longlegs - Vínculo Mortal" flerta com "Silêncio dos Inocentes", mas é único


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em outubro de 2024


Uma agente do FBI chamada Lee Harker (Maika Monroe, de "Corrente do Mal") na mira de um serial killer desfigurado e fissurado pela cor branca. Eis "Longlegs - Vínculo Mortal", filme de terror e ficção policial com direção e roteiro de Osgood Perkins ("João e Maria" e "O Macaco") que chega a flertar com o clássico de suspense "O Silêncio dos Inocentes", por conta da relação agente e assassino, mas ao longo de 1 hora e 41 minutos de duração, revela-se único, acabando em problemas familiares em nome da fé.

Em meio a cenas inesperadamente brutais, o longa apresenta um Nicolas Cage irreconhecível na pele do pavoroso vilão que faz o perfil misterioso -que garante um bom susto na primeira aparição, mesmo breve. Todavia, próximo do desfecho, o próprio Longlegs é capaz de encaminhar a trama para o assombroso desfecho da relação conturbada entre mãe e filha. O que dá forma ao enredo, a ponto de definir o desfecho e remeter ao recente sucesso de mesmo gênero, "Pearl". No entanto, a todo momento, a produção traça o próprio caminho. 

Enquanto se debruça no caso para desvendar códigos complexos, Lee faz lembrar o filme "Zodíaco". Contudo, há espaço também para bonecas amaldiçoadas, religiosidade cega, destacando o amor incondicional da mãe pela filha, que, sem dúvida, faria a Samara de "O Chamado" morrer de inveja e querer roubar o lugar de Lee. 

Embora se paute em assassinatos em família, algo que remete ao tão regravado "Amytiville", o diferencial de "Longlegs - Vínculo Mortal" está na construção da tensão. Sem presa para acontecer, enfatiza o suspense, revelando informações aos poucos para conectá-las, sempre provocando o público e envolvendo-o do início ao fim, ainda que entregue um desfecho levemente rebuscado, até previsível. De todo modo, é imperdível!

"Longlegs - Vínculo Mortal" (Longlegs) Ingressos on-line neste linkGênero: terror, ficção policialClassificação: 18 anos. Duração: 1h41. Ano: 2024. Distribuidora: Diamond Films. Direção: Oz Perkins (Osgood Robert " Oz " Perkins II). Roteiro: Oz Perkins (Osgood Robert " Oz " Perkins II). Elenco: Maika Monroe, Nicolas Cage, Blair Underwood, Kiernan Shipka, Alicia WittSinopse: A agente do FBI Lee Harker é convocada para reabrir um caso arquivado de um serial killer. Conforme desvenda pistas, Harker se vê confrontada com uma conexão pessoal inesperada com o assassino, lançando-a em uma corrida contra o tempoConfira os horários: neste link

Trailer "Longlegs - Vínculo Mortal"




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sábado, 26 de outubro de 2024

.: Entrevista com a escritora Claudia Schroeder, a poesia que veio do Sul

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Claudia Schroeder está com novo livro, “Gatos Falando Alemão”, o quarto de sua carreira. A autora gaúcha reuniu 51 poemas que falam do cotidiano, mas o erotismo continua presente, sempre de forma direta, sem rodeios, mostrando os tantos lados das questões humanas. Estão lá temas como a maternidade, a angústia, a felicidade. Os poemas são numerados e o título do livro vem de um dos textos, que conta a história de uma mãe manipulada pela filha. Com uma produção editorial constante e incentivada pelo amigo escritor Pedro Gonzaga - que assina a apresentação -, ela reuniu alguns textos e enviou para o edital da Isto Edições, que já conhecia o seu trabalho e decidiu lançar a obra tendo Claudia como autora convidada.  Além de Pedro, o livro conta também com um texto da escritora Martha Medeiros na quarta capa.

Claudia Schroeder nasceu em 1973, em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul. Estrategista criativa, cria conversas e palestras sobre temas femininos abordados em sua literatura. Foi premiada com o 2º lugar no Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody com o poema “Jantar”, que acabou sendo publicado na coletânea portuguesa “A Poesia é para Comer” (editora Babel), ao lado de nomes como Hilda Hilst e Chico Buarque de Holanda. Além desse trabalho atual, ela teve outros três livros publicados: “Leia-me toda” (Dublinense, 2010) - que conquistou o terceiro lugar no Prêmio Biblioteca Nacional e, por ter a capa em braille, chegou a ser finalista do Prêmio Açorianos de Literatura -, “As partes nuas” (Francisco Alves, 2021) - finalista do Prêmio Ages e Academia Rio-Grandenses de Letras -; e “As línguas são para outras coisas” (Taverna, 2022).

Em entrevista para o Resenhando, ela conta sobre suas influências no início da carreira e comenta sobre o momento atual do mercado literário. “A rede social ampliou o acesso do público para obras de poesia”.


Resenhando.com – Como foi seu início na Literatura e quais foram suas principais influências?

Claudia Schroeder – Eu comecei muito cedo. Escrevi minha primeira poesia quando tinha nove anos. Nessa época acompanhava meu pai, que recebia os amigos para tocar música em casa. Tive acesso às obras de Cartola, Tom Jobim e outros nomes conhecidos da MPB, além das canções que meu pai e seus amigos compunham e cantavam. Desde então, no início, já adolescente, tive contato com a obra de Mário Quintana e me apaixonei pelo estilo dele. As escritoras Fernanda Young e Adélia Prado foram outras referências importantes para mim. Hoje em dia passei a ter contato com a obra de vários autores internacionais contemporâneos que admiro muito.


Resenhando.com – Nesse seu quarto livro, o erotismo é notado na sua obra. Como foi que você passou a incorporar esse tema nas poesias?

Claudia Schroeder – Na verdade vem desde o início, quando eu decidi ser escritora. Porque achava que o tema (erotismo) ainda era visto como um tabu pela sociedade. Hoje em dia ele já é visto de uma forma diferente. Acho que o fato de minha obra ser objetiva e direta ajudou o público a compreender melhor o tema, sem criar falsas expectativas.


Resenhando.com – Como você avalia o mercado literário na atualidade?

Claudia Schroeder – No campo da poesia ainda há muito o que avançar. Penso que a rede social, de uma certa forma, foi positiva para a poesia. Temos vários autores divulgando seus trabalhos por intermédio da rede social. Facilitou o acesso do público, porque na poesia o texto é mais curto do que o de uma obra de prosa, por exemplo. Mas acho que as redes de ensino poderiam incorporar o tema poesia de uma forma mais efetiva, porque há uma ampla gama de possibilidades que pode ser explorada pelos educadores. Enfim, acho que podemos avançar ainda mais.

livro, “Gatos falando alemão”, de Claudia Schroeder está disponível aqui: https://amzn.to/4fnvAC1

As línguas são para outras coisas


Poema do livro "As línguas são para outras coisas" por Ana Beatriz Nogueira



.: Lady Gaga lança “Disease”, primeiro single de álbum que sai em 2025

A cantora 13 vezes vencedora do GRAMMY® Lady Gaga acaba de lançar “DISEASE”, o primeiro single de seu próximo álbum (carinhosamente chamado “LG7”), que deve sair em fevereiro de 2025. Foto: universalmusic.rs, Jasmine Safaeian @yasi/All rights reserved


Marcando seu aguardado retorno ao pop, “LG7” chegará pouco após o lançamento de “Harlequin”, álbum conceitual que acompanha o filme “Coringa — Delírio a Dois”. O trabalho, que estreou em primeiro lugar na parada de jazz da Billboard e entre os 20 primeiros na Billboard 200, foi bastante elogiado pela crítica. A revista “Rollling Stone” o descreveu como “um álbum luxuriante de swing jazzístico, em sua maioria standards, bem no seu ponto ideal”, enquanto o jornal “The New York Times” comentou que “Gaga é capaz de mandar bem numa canção teatral como essa sem fazer a menor força, mas ela traz uma energia nova para 'The Joker' ao vesti-la em uma espécie de arranjo de ópera rock, completo com guitarra elétrica e um rosnado punk na voz”. O “USA TODAY” considerou “facilmente um de seus melhores momentos em disco”, observando que “é impossível ouvir ‘Harlequin’ e não sentir aumentar o respeito pela cantora/atriz”.

Lady Gaga continua a reinar na Billboard Global 200 com seu grande sucesso “Die With a Smile”, que ficou no topo da parada por oito semanas consecutivas, tornando-se o #1 mais duradouro da parada Global 200 deste ano. A música acumulou 1,06 bilhão de streams globais em todos os DSPs desde o seu lançamento. Atualmente, Gaga é a terceira artista mais ouvida do mundo no Spotify (e uma das cinco artistas da história a atingir mais de 100 milhões de ouvintes mensais). Seus outros projetos para 2024 incluem a colaboração com os Rolling Stones em “Sweet Sounds of Heaven” e o filme concerto “GAGA: CHROMATICA BALL”, ambos bem recebidos pela crítica.

Ouça e baixe a música aqui: ladygaga.lnk.to/Disease

Lyric Video




sexta-feira, 25 de outubro de 2024

.: "Venom: A Última Rodada" empolga em desfecho da trilogia simbionte

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em outubro de 2024


"Venom: A Última Rodada" ("Venom: The Last Dance") completa -aparentemente- a trilogia do simbionte que aprendemos a amar em 2018. Com direção e roteiro da britânica Kelly Marcel, a nova produção que soma 1 hora e 50 minutos de duração, em cartaz na "Cineflix Cinemas de Santos", traz como vilão Knull (inserido recentemente à mitologia de Venom, mesmo tendo conexões com os primórdios do Universo Marvel, cruza o caminho do Surfista Prateado, do deus Thor e de outros heróis) que manda outros simbiontes para a Terra em busca do códex que nada mais é do que a mescla de Venom e Eddie Brock.

Em aparições pontuais o vilão pouco se move, ainda que pretenda extinguir o planeta Terra. Assim, deixa a ação com as gigantes criaturas alienígenas que estão determinadas a cumprirem a ordem de seu mestre. Contudo, "Venom: A Última Rodada" não se restringe a essa narrativa, uma vez que Eddie assume o posto de fugitivo, precisando escapar de ataques do serviço militar do governo que vê a dupla, Eddie e Venom como uma ameaça. O militar Rex Strickland (Chiwetel Ejiofor, de "Doutor Estranho"), por exemplo, representa a obstinação total dessa ideia.

No entanto, a dupla, em seu modo comportado esbarra numa família em acampamento que ruma para a Área 51, prestes a ser desativada, uma vez que perdeu o interesse de curiosos, afinal, muito abaixo, e longe do conhecimento do público, há uma outra Área com diversos simbiontes em estudo. Entram em cena, a doutora Payne (Juno Temple, de "Fargo") e sua auxiliar (Clark Backo, de "The Changeling").

Com bastante pancadaria e versões de Venom acontecendo na telona, o filme inclui a empolgante infecção do cavalo -sequência que é puro cinema do gênero-, a produção entrega diálogos agradáveis e que fazem rir por vezes. Diferente do modo conhecido de fazer filmes de heróis da Marvel, a Sony Picures segue a própria receita, com um filme superior ao segundo filme do simbionte, "Venom: Tempo de Carnificina", mas não melhor do que o primeiro, "Venom" . As sequências de ação são completamente empolgantes, seja debaixo da água, no ar grudados num avião ou saltando numa motocicleta. As cenas são de roer as unhas!

Para quem gosta da dobradinha Venom e o Eddie Brock de Tom Hardy (há uma inegável química entre os dois), assim como do modo de fazer filmes de heróis da Sony (incluindo as "coincidências"), "Venom: A Última Rodada" é um prato cheio de perfeito entretenimento. Permite até a refletir ao som de "Memories" da banda Maroon 5, com recordações da dupla que chegam a arrepiar quem está diante da telona.

Equilibrando comédia e ação, o longa que não traz Michelle Williams como Anne, par de Eddie e não entrega o encontro com o Homem-Aranha, coloca em destaque novamente, Mulligan (Stephen Graham), Mrs. Chen (Peggy Lu) e o barista do México (Cristo Fernández), apresenta duas cenas pós-créditos que permitem ainda boas surpresas aos fãs de Venom. Vale muito a pena conferir a produção nas telonas Cineflix Cinemas!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Venom: A Última Rodada" (Venom: The Last Dance). Ingressos on-line neste linkGênero: açãoClassificação: 14 anos. Duração: 1h50. Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures. Direção: Kelly MarcelRoteiro: Kelly Marcel. Elenco: Tom Hardy, Chiwetel Ejiofor, Juno TempleSinopse: Eddie e Venom devem tomar uma decisão devastadora enquanto são perseguidos por um misterioso homem. Confira os horários: neste link

Trailer "Venom: A Última Rodada"



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.: "Um Jardim para Tchekhov" estreia no CCBB SP com Maria Padilha


Com Maria Padilha em texto original de Pedro Brício e direção de Georgette Fadel, a peça mistura Brasil e Rússia em uma trama que discute, com bastante humor, os tempos de intolerância vividos no país. A estreia no CCBB SP é no dia 31 de outubro. Na imagem, Olivia Torres, Erom Cordeiro e Maria Padilha. Foto: Guto Muniz

Quinta-feira, dia 31 de outubro, o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo recebe a estreia de “Um Jardim para Tchekhov”, em texto original de Pedro Brício, com direção de Georgette Fadel. No elenco estão Maria Padilha, Leonardo Medeiros, Erom Cordeiro, Olivia Torres e Iohanna Carvalho. O espetáculo chega em São Paulo após passar por Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). A temporada em São Paulo vai até 8 de dezembro, com sessões de quinta-feira a domingo, com ingressos a R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada).

A peça é uma mistura explosiva de gêneros e culturas, que brinca com os contrastes entre realidade e ficção, comédia e drama, passado e presente, Brasil e Rússia. “Tem uma distância com o tempo que às vezes parece anacrônica e ao mesmo tempo não. Tem essa distância da Rússia e do Brasil, que são países muito diferentes, mas quem já foi à Rússia, diz que o temperamento russo tem a ver com o nosso, com a nossa passionalidade, também são dois países continentais, então a peça tem esse jogo de aproximação e distanciamento que é muito interessante, muito teatral”, afirma o dramaturgo Pedro Brício.

De acordo com ele, “Um Jardim para Tchekhov” tem uma grande comunicação com a plateia, por falar sobre o tempo atual. “No espetáculo são abordados alguns textos do Tchekhov que fazem uma relação entre a ecologia e a forma como a gente vive em uma cidade grande, por exemplo. Há mais de um século ele já tinha esse olhar, que ainda hoje é um assunto muito atual. Tanto é que quando a peça estava em Belo Horizonte, estavam acontecendo queimadas por lá. Foi um tópico que tocou o público de forma diferente”.

Apesar de dialogar com a obra do autor russo, o texto apresenta uma visão única e original sobre os tempos de intolerância que vivemos, segundo Pedro Brício. “O tom tchekhoviano está na dualidade de emoções, nas tensões sociais, na aridez da violência, na intolerância. Por outro lado, há o afeto, a beleza, situações patéticas, risadas. É uma mistura de sentimentos, é sobre rir das nossas dores”.

Por mais que a Alma Duran esteja passando por uma situação difícil, lidando com o fracasso, com a falta de dinheiro, não perde a capacidade de sonhar, de inventar um futuro. Ela planta cerejeiras em um jardim abandonado do condomínio, em pleno Rio de Janeiro. São esses elementos que trazem para perto do público o que, aparentemente, estaria distante no tempo e no espaço, como a obra de um autor russo que viveu entre o século XIX e o XX.

Georgette Fadel, que dirige “Um Jardim para Tchekhov”, conta que “o autor é geralmente lido do ponto de vista psicológico, das relações sociais, mas ele tem uma vertente de humor muito importante, a qual a equipe escolheu ressaltar. ‘O Jardim das Cerejeiras’, por exemplo, é uma comédia, mas ficou conhecida na montagem do diretor russo Constantin Stanislavski, que insistiu em encená-la como um drama, o que conferiu a ela essa pecha”.

A tensão, o riso e a poesia
Em "Um Jardim para Tchekhov", a diretora nos convida a uma reflexão sobre a efemeridade da vida. “A cenografia, em constante movimento, como um jardim balançado pelo vento, simboliza a fragilidade e a beleza da existência. Os bonecos ‘João Bobo’ representam a humanidade em suas alegrias e tristezas, enquanto o vento, personagem onipresente, nos lembra da passagem do tempo”, conta Georgette.

A peça nos transporta para um universo onde o real e o imaginário se entrelaçam. Ao acompanhar os personagens em suas jornadas, o público vivencia uma experiência teatral rica e emocionante, marcada pela comédia, pelo drama e pela poesia.


Concepção do projeto
Partiu da atriz Maria Padilha a ideia de fazer uma montagem envolvendo Anton Tchekhov. Seu primeiro trabalho com o autor russo foi em 1999, na peça “As Três Irmãs”, dirigida por Enrique Diaz. “Eu me apaixonei por sua obra, pelo ser humano que ele foi. Desde então sonhava em montar uma peça dele, mas é algo grandioso, com muitos personagens e ficaria inviável financeiramente. Convidei, então, o Pedro Brício, com quem havia trabalhado no monólogo ‘Diários do Abismo’, que fez uma brilhante adaptação das obras da escritora mineira Maura Lopes Cançado. Como grande dramaturgo que é, ele criou a história original que se transformou na peça ‘Um Jardim para Tchekhov’”.

“A Alma Duran é um verdadeiro presente”, a atriz sublinha. “Ela traz um sopro de vida, um sopro de arte. Chega para mudar as relações, tanto na sua família, como para a estudante de teatro Lala, que recebe aulas particulares da atriz. Alma simboliza a própria arte e o teatro como um lugar de respiro, de ar. Ela está entre o lírico e o humor, o drama e a comédia - algo que me dá muito prazer em representar como atriz”, revela Padilha.


As divas do teatro brasileiro
Maria Padilha conta que Alma Duran tem bastante de Tchekhov, “aquela coisa febril, de estar vivendo uma fantasia e, de repente, cair na realidade”. E, para além da inspiração no autor russo, as chamadas divas do teatro brasileiro têm um papel importante na construção da personagem. “Ela tem muito de Marília Pêra, que foi minha primeira diretora, da Fernanda Montenegro, da Nathalia Timberg, da Renata Sorrah, por quem sou apaixonada, da Marieta Severo, da Camila Amado. Admiro todas que vieram antes de mim, que construíram a história do teatro, como Cleyde Yáconis, Cacilda Becker, Dercy Gonçalves, Tônia Carrero, Myriam Muniz. Quando falamos em artes cênicas no Brasil não tem como não lembrar da importância dessas divas que pavimentaram a estrada para nós estarmos aqui”, ressalta Padilha.


CCBB
Ao realizar esse projeto, que traz para o público um espetáculo que dialoga com grandes clássicos da dramaturgia mundial e promove a reflexão sobre temas atemporais como a arte, a cultura, a intolerância e a passagem do tempo, o Centro Cultural Banco do Brasil reafirma seu compromisso de valorizar a produção teatral nacional, a nova dramaturgia brasileira, além de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura.


Sinopse de "Um Jardim para Tckhekhov"
A consagrada atriz Alma Duran (vivida por Maria Padilha), desempregada há três anos, vai morar com a filha médica Isadora (Olivia Torres) e o genro, o delegado Otto (Erom Cordeiro), em um elegante condomínio carioca, em Botafogo. Enquanto divide seu tempo entre aulas de teatro para a jovem Lalá (Iohanna Carvalho) e o sonho de montar "O Jardim das Cerejeiras", Alma se depara, em um encontro inesperado, com alguém que afirma ser Anton Tchekhov (Leonardo Medeiros).

Ficha técnica
Espetáculo "Um Jardim para Tckhekhov"
Dramaturgia: Pedro Brício
Direção artística: Georgette Fadel
Elenco: Maria Padilha (Alma Duran), Leonardo Medeiros (Anton Tchekhov), Erom Cordeiro (Otto), Olivia Torres (Isadora), Iohanna Carvalho (Lalá).
Interlocução de dramaturgia: André Emídio e Maurício Paroni de Castro
Iluminação: Maneco Quinderé
Cenário: Pedro Levorin e Georgette Fadel
Figurino: Carol Lobato
Trilha sonora: Lucas Vasconcellos
Preparação corporal: Marcia Rubin
Designer gráfico: Luiz Henrique Sá
Fotos de divulgação: Filipe Costa e Guto Muniz
Assistência de direção: Bel Flaksman
Operação de luz: André Pierre
Operação de som: JP Hecht
Contrarregra: Wallace Lima
Coordenação Administrativo-financeira: Letícia Napole e Alex Nunes
Produção Local: CULT_B - Gustavo Valezzi
Assistência de produção: Luciano Pontes
Produção executiva: Ártemis
Direção de produção: Silvio Batistela
Produção: Cena Dois Produções Artísticas
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil e Ministério da Cultura
Patrocínio: Banco do Brasil e Governo Federal
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Carina Bordalo


Serviço
Espetáculo "Um Jardim para Tckhekhov"
Temporada: 31 de outubro a 08 de dezembro de 2024
Local: Teatro CCBB SP | Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico/São Paulo
Horários: quintas e sextas, 19h | Sábados e domingos, 17h
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia-entrada) em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB
Duração: 110 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 120 lugares
Gênero: dramédia


Informações CCBB SP
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
Telefone: (11) 4297-0600
Estacionamento: o CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.
Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.
Transporte público: o CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou Aplicativo: desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Entrada acessível: pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

.: "Ruído Vermelho": estreia novo espetáculo da E² Cia de Teatro e Dança


"Ruído Vermelho", novo espetáculo da E² Cia de Teatro e Dança, propõe um jogo cênico para refletir sobre a precariedade contemporânea. Em tempos de colapso climático, desigualdade social e verborragia cibernética, o trabalho trata de corpos atravessados pela precariedade da vida contemporânea. Obra reúne 12 dançarinos em cena; montagem faz temporadas às segundas e terças até 3 de dezembro. Foto: Hernandes de Oliveira 


Com 27 anos de trajetória, a E² Cia de Teatro e Dança traz à cena seu novo trabalho, "Ruído Vermelho", com direção de Eliana de Santana, que reflete sobre a destruição e a precariedade presentes no mundo contemporâneo e seu impacto no corpo que dança. A temporada de estreia acontece no Kasulo Espaço de Arte entre os dias 28 de outubro e 3 de dezembro, às segundas e terças, às 20h.

“Em nossa trajetória, as criações cênicas sempre nasceram a partir de temas específicos, com referência na literatura, na música ou nas artes visuais, mas agora resolvemos trilhar o caminho inverso, desta vez, os assuntos discutidos em Ruído Vermelho foram se delineando ao longo do processo, num exercício muito rico de troca com doze artistas vindos de várias regiões da cidade de São Paulo”, conta a diretora Eliana de Santana.

O início do processo se deu a partir da Oficina EspaçoCorpoLuz entre os dias 6 de maio e 25 de junho com 35 inscritos, dos quais foram selecionados os 12 dançarinos que participam agora do espetáculo. Ministrada por Eliana de Santana e Hernandes de Oliveira, esta oficina de caráter formativo - e também de troca, introduziu práticas de trabalho corporal e de criação cênica a partir do estudo de material criativo utilizado pela companhia ao longo de sua trajetória. 

A iniciativa integra o projeto EspaçoCorpoLuz, contemplado pela 35ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura. 


"Ruído Vermelho"
"Ruído Vermelho" é um trabalho cênico que deseja a força do silêncio. Em tempos de colapso climático, desigualdade social e verborragia cibernética, trata de corpos atravessados pela precariedade da vida contemporânea e se utiliza desta mesma condição como força poética e expressiva, num fazer artístico que se revela como sintoma e consequência de estar no mundo. Segundo Eliana, uma das inquietações motivadoras que surgiram no processo de criação de Ruído Vermelho foi: "Como dançar agora em cima dos escombros?”.

Dessa pergunta nasce também a concepção de espaço cênico proposta por Hernandes, linhas desenhadas sobre o palco sugerem ritmos, mas abrem fendas, possível metáfora para a brutal realidade que enfrentamos hoje. A escolha dos figurinos feita por Eliana reforça o pensamento presente nas outras materialidades do espetáculo, em que o vermelho remete a várias interpretações, calor, fúria, poder e outras possíveis leituras.

O elenco é formado por Cabocla, Carol Ÿuri, Cecília Valadares, Eri Sá, Gustavo Braunstein, Katia Rozato, Laura Fortes, Lilian Wiziack, Mariana Taques, Matheus Miller, Nina Giovelli e Olívia Niculitcheff. 

Sinopse de "Ruído Vermelho"
Após 27 anos de pesquisa com temas relacionados ao sujeito anônimo e referências na literatura e nas artes visuais, a E² Cia de Teatro e Dança apresenta seu novo trabalho cênico: Ruído Vermelho, que reúne 12 intérpretes paulistanos, vindos de vários locais da cidade, trazendo em seus corpos diferentes técnicas e pensamentos de dança. 

Ao contrário do que foi feito em pesquisas anteriores, "Ruído Vermelho" não tem como referência uma obra específica, mas partiu de provocações que resultaram num jogo cênico em que os intérpretes colaboram para uma construção poética que é também uma pergunta para esses nossos tempos ocos: Como dançar agora em cima dos escombros?


Ficha técnica
Espetáculo "Ruído Vermelho"
Direção: Eliana de Santana
Direção cênica: Eliana de Santana e Hernandes de Oliveira
Iluminação e espaço cênico: Hernandes de Oliveira
Elenco: Cabocla, Carol Ÿuri, Cecília Valadares, Eri Sá, Gustavo Braunstein, Katia Rozato, Laura Fortes, Lilian Wiziack, Mariana Taques, Matheus Miller, Nina Giovelli, Olívia Niculitcheff
Seleção musical: E² Cia de Teatro e Dança
Figurinos: Eliana de Santana
Fotos: Hernandes de Oliveira e NOME Filmes - Pri Magalhães
Vídeo: NOME Filmes - Pri Magalhães
Comunicação e mídias sociais: Portal MUD
Curadoria, pesquisa de acervo, produção de conteúdo e textos: Portal MUD
Produção: Corpo Rastreado – Letícia Alves
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Realização: Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura

Serviço
Espetáculo "Ruído Vermelho"
Data: 28 de outubro a 3 de dezembro De 2024
Segundas e terças, às 20h00
Local: Kasulo Espaço de Arte (Rua Sousa Lima, 300, sobreloja - Barra Funda / São Paulo)
Ingressos: gratuitos. Retirar via sympla
Capacidade: 40 lugares
Duração: 40 minutos
Classificação: 14 anos

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

.: Crítica: "A Garota da Vez" é a história do simulado serial killer Rodney Alcala

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em outubro de 2024


Um serial killer que há suspeita de ter assassinado 130 mulheres. No perturbador "A Garota da Vez"dirigido pela atriz Anna Kendrick, a história assustadora do aparentemente pacato Rodney Alcala (Daniel Zovatto) é apresentada por meio de casos, assim também como pela ótica de uma quase vítima e de outra que foi capaz de colocá-lo atrás das grades: Cheryl Bradshow (Anna Kendrick, de "Os Últimos Cinco Anos") e Amy (Autumn Best, de "4400"), respetivamente. 

Em 1 hora e 35 minutos de filme são evidenciados absurdos, incluindo a negligência da polícia diante de denúncias. Usando a ocupação de fotógrafo para atrair vítimas ou ainda passar a imagem de ser um cara inteligente e confiável, assume sempre um comportamento comedido, de papo agradável. De fato, Rodney é bastante simulado no ambiente de trabalho, assim como ao participar de um programa televisivo. O ápice da cara-de-pau daquele que sabia da impunidade de seus crimes -testando em um programa de grande audiência, da época.

Enquanto resgata um caso real, "A Garota da Vez" alerta sobre o quanto as aparências enganam diante de um sorriso cativante e palavras bem usadas. A produção de suspense que marca a estreia de Anna Kendrick na direção é boa, mas não chega a ser brilhante, ainda que consiga amarrar bem os acontecimentos, garantindo, inclusive, uns bons sustos. 

Embora Daniel Zovatto ("O Exorcista do Papa") tenha dado um show de interpretação na pele do sombrio assassino, um dos pontos falhos -e que frustra grande parte do público- fica pelo fato de a história da participante do programa de namoro na televisão ser somente um ponto de união entre vítimas e assassino -bastante distante do que foi vendido no trailer do filme. De toda forma, "A Garota da Vez" precisa ser assistido, principalmente pelo público feminino!


"A Garota da Vez" (Woman of The Hour). Ingressos on-line neste linkGênero: policial, suspense, biográficoClassificação: 16 anos. Duração: 1h35. Ano: 2024. Distribuidora: Diamond Films. Direção: Anna Kendrick. Roteiro: Ian MacAllister McDonald. Elenco: Anna Kendrick, Tony Hale, Jedidiah GoodacreSinopse: A . Confira os horários: neste link

Trailer "A Garota da Vez"






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