segunda-feira, 14 de outubro de 2024

.: "Cem Anos de Solidão": primeiros episódios da série chegam à Netflix


A Netflix anunciou a data de estreia dos primeiros oito episódios de "Cem Anos de Solidão", adaptação da obra-prima de Gabriel Garcia Marquez. A primeira parte chega à Netflix em 11 de dezembro de 2024. Com direção de Laura Mora e Alex García López, "Cem Anos de Solidão" representa um dos projetos audiovisuais mais ambiciosos da história da América Latina. A série foi inteiramente filmada em espanhol e na Colômbia, com o apoio da família de Gabriel García Márquez. A segunda parte da série também conta com oito episódios e chega à Netflix em breve.  

No livro e no seriado, após se casarem contra a vontade dos pais, os primos José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán abandonam o vilarejo onde moram para embarcar em uma jornada em busca de um novo lar. Acompanhados por amigos e aventureiros, o casal chega às margens de um rio de pedras pré-históricas, onde fundam uma cidade utópica que batizam de Macondo. Diversas gerações da linhagem dos Buendía marcarão o futuro dessa cidade mítica, atormentada pela loucura, amores impossíveis, uma guerra sangrenta e absurda, e o medo de que uma terrível maldição os condene, inevitavelmente, a cem anos de solidão.

Publicado em 1967, "Cem Anos de Solidão" é um dos livros mais emblemáticos de Gabriel García Márquez, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Considerado uma obra-prima das literaturas hispano-americana e universal, o romance aclamado pelo público já teve mais de 50 milhões de exemplares vendidos e foi traduzido para mais de 40 idiomas. Compre o livro "Cem Anos de Solidão" neste link.


Nas palavras dos diretores: 

“Como cineasta e como colombiana, tem sido uma honra e um enorme desafio trabalhar em um projeto tão complexo e que carrega tanta responsabilidade como Cem Anos de Solidão, sempre buscando entender a diferença entre a linguagem literária e a audiovisual, e poder construir imagens que contenham a beleza, a poesia e a profundidade de uma obra que impactou o mundo inteiro. Fizemos isso com amor e respeito pelo livro, com o apoio de uma equipe técnica e humana excepcional.” – Laura Mora

“Dirigir este projeto foi um desafio e uma aventura; afinal, na vida, correr riscos é necessário para dar sentido ao que fazemos. Ao mergulhar na adaptação de Cem Anos de Solidão, minha intenção era criar algo autêntico que carregasse a estatura de uma produção internacional, porque a história merece.” – Alex García López

A edição especial de "Cem Anos de Solidão"
Em janeiro de 2018, a editora Record lançou uma edição especial do romance "Cem Anos de Solidão", com tradução de Eric Nepomuceno. Edição comemorativa em capa dura da principal obra de Gabriel Garcia Marquez, em homenagem aos 50 anos de publicação. Romance fundamental na história da literatura,  Cem anos de solidão apresenta uma das mais fascinantes aventuras literárias do século XX. Vencedora do Prêmio Nobel de Literatura, uma obra que todos devíamos ter em nossas estantes.

Em "Cem Anos de Solidão" , um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía - a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.

Em nenhum outro livro García Márquez empenhou-se tanto para alcançar o tom com que sua avó materna lhe contava os episódios mais fantásticos sem alterar um só traço do rosto. Assim, ao mesmo tempo em que a incrível e triste história dos Buendía pode ser entendida como uma autêntica enciclopédia do imaginário, ela é narrada de modo a parecer que tudo faz parte da mais banal das realidades.

Gabo, apelido de Gabriel García Márquez, costumava dizer que todo grande escritor está sempre escrevendo o mesmo livro. “E qual seria o seu?”, perguntaram-lhe. “O livro da solidão”, foi a resposta. Apesar disso, ele não considerava Cem anos sua melhor obra (gostava demais de "O Outono do Patriarca"). O que importa? O certo é que nenhum outro romance resume tão completamente o formidável talento deste contador de histórias de solitários - que se espalham e se espalharão por muito mais de cem anos pelas Macondos de todo o mundo. "Cem Anos de Solidão" é uma obra grandiosa e atemporal, sobre a qual é possível construir diversos paralelos com a nossa própria existência. Garanta a edição especial de "Cem Anos de Solidão" neste link.


Ficha técnica
"Cem Anos de Solidão" - Parte 1 e Parte 2
Episódios: 8 episódios (Parte 1) 8 episódios (Parte 2)
Direção - Parte 1: Alex García López (E. 1, 2, 3, 7, e 8) e Laura Mora (E. 4, 5, e 6)
Produtores Executivos: Diego Ramírez Schrempp, Juliana Flórez Luna, Andrés Calderón, Josep Amorós, Carolina Caicedo, Alex García López, Laura Mora, José Rivera, Rodrigo García, Gonzalo García Barcha
Produtora: Dynamo
Roteiro: José Rivera, Natalia Santa, Camila Brugés, e Albatros González
Consultora de roteiro: Maria Camila Arias
Direção de fotografia: Paulo Pérez e María Sarasvati
Design de produção: Bárbara Enríquez e Eugenio Caballero
Figurino: Catherine Rodríguez
Direção de elenco: Yolanda Serrano e Eva Leira
Trilha sonora: Camilo Sanabria e Juancho Valencia
Edição: Irene Blecua e Miguel Schverdfinger
Cabelo e maquiagem: Helmuth Karpf
Supervisão de Efeitos Especiais: Jose Luis Orozco
Assistentes de direção: Jeiver Pinto Vargas e Nataly Valdivieso Gómez
Locações: regiões de La Guajira, Magdalena, Cesar, Cundinamarca e Tolima, na Colômbia

.: "Mary Stuart" no Teatro Paulo Eiró com ingressos a preços populares


Com direção de Nelson Baskerville, espetáculo visto por mais de 28 mil pessoas e indicado ao Prêmio Shell (figurino e luz), é uma montagem moderna, vibrante e acessível ao grande público do clássico escrito em 1.800 pelo autor alemão Friedrich SchillerGrupo de pessoas em pé. Foto: Lígia Jardim


A sombria disputa travada entre as rainhas Elizabeth I (1533-1603) e Mary Stuart (1542-1587) pelo trono da Inglaterra no século 16 é tema do espetáculo "Mary Stuart", dirigido por Nelson Baskerville, que estreou no Teatro do Sesi- SP, onde ficou em cartaz de agosto a novembro de 2022, e passou por São José dos Campos, São José do Rio Preto (FIT), Campinas, Ribeirão Preto e  ABC. A peça agora ganha uma temporada popular no Teatro Paulo Eiró, na Zona Sul de São Paulo, até dia 3 de novembro, de quinta a sábado, às 21h00, e aos domingos, às 19h00.

O espetáculo é estrelado por Virginia Cavendish e Ana Cecília Costa/Ana Abbott (alternante), que interpretam as monarcas e dividem a cena com Letícia Calvosa, Adilson Azevedo, Anderson Müller, Gustavo Machado, Joelson Medeiros, Iuri Saraiva, Fernando Vitor/Giovani Tozi, Alef Barros e Julia Terron. A tradução é assinada por Ricardo Lísias e a adaptação, por Robert Icke. A encenação emprega um olhar contemporâneo para narrar o conflito entre as rainhas. 

Única herdeira legítima do rei Jaime V da Escócia, Mary Stuart assumiu o trono aos seis dias de vida, após a morte de seu pai. Ainda muito criança foi exilada para a França, fugindo das constantes ameaças de morte. Lá cresceu e se casou com James Hepburn se tornando também rainha da França. Aos 18 anos ela era rainha da Escócia e França, o centro da Europa de então. Elizabeth I, teve um sucesso inverso. Filha bastarda do rei da Inglaterra Henrique VIII era prima de Mary Stuart e, ao contrário dela, viveu até seus 25 anos de idade presa numa torre, por indicação de sua irmã, Mary I, católica, que temia que a presença de Elizabeth, pudesse ameaçar a sua coroa.

Com a morte de Mary I, Elizabeth finalmente assume o trono e mais uma vez, a religião de estado na Inglaterra muda para o protestantismo. Religião criada por Henrique VIII, pai da rainha Elizabeth I, filha que ele havia deserdado. É quando começa a disputa entre as primas. Afinal, Elizabeth era uma filha bastarda e Mary Stuart estava em primeiro lugar na fila da sucessão. Existia na Europa uma sangrenta guerra religiosa entre católicos e protestantes e o trono da Inglaterra, era alvo dessa disputa. Se Mary Stuart assumisse o trono, o catolicismo voltaria a dominar a Inglaterra, que com a coroação de Elizabeth I, estava sob domínio dos protestantes.

Essa disputa, que se tornou uma guerra religiosa cheia de atentados, conspirações e mortes, não era só uma guerra entre primas, mas entre religiões e grandes países. O espetáculo conta as últimas 24 horas de vida de Mary Stuart, presa há 18 anos a mando de Elizabeth I, que repete o gesto de sua irmã, Mary I, porque teme que a presença da prima escocesa ameace o seu trono. A forma como o espetáculo foi escrito resultou em uma peça com muito suspense e ação, na qual o público é convidado a acompanhar as últimas 24 horas de vida de Mary Stuart, em uma trama que mistura conspiração, traição e jogos pelo poder, muito semelhante aos tempos atuais.

Segundo o diretor Nelson Baskerville, a proposta é fazer com que o texto escrito em 1.800 se comunique de forma contemporânea com o público de hoje, de modo que a plateia reconheça as mazelas atuais nessa disputa. Essa nova temporada de circulação é possível graças ao Governo do Estado de São Paulo, à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, ao Governo Federal e o Ministério da Cultura por meio da Lei Paulo Gustavo.


Sinopse de "Mary Stuart"
Em uma montagem moderna, vibrante e acessível ao grande público, o espetáculo "Mary Stuart" traz a versão contemporânea dos bastidores da rivalidade histórica entre a rainha da Escócia Mary Stuart e a rainha da Inglaterra Elizabeth I, protagonizada por Virginia Cavendish e Ana Cecília Costa (Ana Abbott é a atriz alternante), além de grandes nomes como Anderson Müller, Gustavo Machado e Joelson Medeiros. Um mergulho na vida dessas duas rainhas: onde a traição, a violência e a desonestidade são as armas políticas para se manter no poder. Trata-se da adaptação da obra clássica do teatro alemão escrita por Friedrich Schiller, feita por Robert Icke, traduzida por Ricardo Lísias e dirigida pelo premiado Nelson Baskerville.


Cenário
Do ponto de vista arquitetônico, a peça se passa em sua maioria no palácio de Elizabeth I, em seus ambientes internos, com exceção do ato onde, finalmente, as primas monarcas se encontram pela primeira vez. Daí sim, um ambiente externo. Esses ambientes revelam uma rainha que é livre dentro do seu próprio palácio e da outra que está encarcerada, no mesmo prédio, aguardando sua sentença e possível execução, no que seria uma cela subterrânea, um calabouço. Estes espaços estão presentes na narrativa cenográfica pois, além de situarem o público, são usados como metáforas de poder. Ali estão chaves poéticas importantes quando a simples inversão de quem está acima ou abaixo no espaço, diz mais sobre as potências internas de cada monarca do que sobre suas coligações políticas.


Figurinos e visagismo
Em Mary Stuart não há necessidade de propor um figurino época, mas sim a particularidade de cada personagem e uma referência ao período histórico. A concepção do figurino e do visagismo é atemporal. As Rainhas possuem trajes que remetem a uma linguagem contemporânea e o histórico com golas rufo. Os outros personagens possuem uma leitura mais recente, e alguns trazem as golas rufo, simbolizando a nobreza.


Trilha sonora
A estética musical é ao mesmo tempo grandiloquente, cinemática e transgressora, usando ao mesmo tempo cordas orquestrais, guitarras, bateria e sintetizadores. O sistema ‘surround’ é amplamente utilizado para criar uma imersão de texturas sonoras na plateia e também situar o público na geografia dos acontecimentos do espetáculo.


Ficha técnica
Espetáculo "Mary Stuart"
Adaptação: Robert Icke
Tradução: Ricardo Lísias
Direção: Nelson Baskerville
Elenco: Virginia Cavendish, Ana Cecília Costa/Ana Abbott, Letícia Calvosa, Adilson Azevedo, Anderson Müller, Gustavo Machado/Eucir de Souza, Joelson Medeiros, Iuri Saraiva, Fernando Vitor/Giovani Tozi, Alef Barros e Julia Terron
Cenografia original: Marisa Bentivegna
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Iluminação original: Wagner Freire
Trilha sonora: Daniel Maia
Direção de imagem e videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)
Ilustrador: Luciano Feijão
Direção de produção: Virginia Cavendish
Produção executiva: Lilian Damasceno e Felipe Calixto
Assistência de direção: Anna Zêpa
Assistência de produção: Nayara Rocha
Camareira: Angela de Lima
Técnico de luz e projeção: Júnior Docini
Técnico de som: Anderson Franco
Maquinista: Sidnei Viana
Interpretação em libras: Luccas Araújo e Juliana Sena
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Redes sociais: Jessica Fioramonte
Direção de arte gráfica: Papilio D&C
Fotografia: Priscila Prade, Lígia Jardim e Luiz Aureo
Apoio administrativo e prestação de contas: LDCultural
Coordenação de projeto: Casa Forte SP Produções Artísticas
Assessoria jurídica: Martha Macruz
Assessoria contábil: Eliane Azevedo Contabilidade
Idealização: Virginia Cavendish
Produção Original Sesi-SP

Serviço
Espetáculo "Mary Stuart"
Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro, São Paulo
Telefone: (11) 5546-0449
Temporada: até dia 3 de novembro de 2024 (Exceto 27 de outubro)
Sessões: quinta-feira a sábado* às 21h00 e domingo, às 19h00, *sessões com interpretação em libras aos sábados
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada)
Venda on-linebilheteriaexpress.com.br (sujeita à taxa de serviço)
Venda presencial: Pontos de Venda da Bilheteria Express ou na Bilheteria dos Teatros 2 horas antes do início do espetáculo. ‎
Duração: 100 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos

.: "Um Conto de Natal" em releitura ilustrada que dialoga com atualidade


Uma parábola vitoriana que emociona gerações há anos ganha versão adaptada para o reino animal. Inspirado pela fábula clássica de Charles DickensJoe Sutphin reimagina o texto original de 1843 e ilustra nova edição de "Um Conto de Natal", publicada no Brasil pela Editora Mundo Cristão. Assim como o ilustrador fez em "O Pequeno Peregrino Ilustrado", os personagens são substituídos por castores, coelhos, leão, coruja, cão de caça e outros animais, mas a essência da narrativa é mantida. A obra acompanha a história de Ebenezer Scrooge, "velho pecador e sovina" que está às margens da escuridão solitária ao chegar na terceira idade e ser confrontado pelas consequências de uma vida deplorável. A tradução é de Susana Klassen.

Para Scrooge, a fé que outrora possuía estava envolta em um nevoeiro e não oferecia soluções diante dos problemas que enfrentava. Com a proposta de trazer luz a essas sombras, surge Tiny Tim, um ser que usa muletas e tem como missão particular passar pela igreja para relembrar aos outros, no dia de Natal, daquele que realiza os milagres e da importância de cultivar a bondade.  

Com ilustrações que tocam crianças e adultos, Sutphin desenha o cenário vitoriano londrino e mantém o calor emocional do texto de Dickens. Pensada como uma experiência de ser lida em voz alta, a história engloba ganância, arrependimento, solidão, reflexão, compaixão, esperança e lições para uma vida transformada pela compaixão de Cristo. Compre o livro ilustrado "Um Conto de Natal" neste link.


Trecho do livro
Os caminhos que as pessoas escolhem prenunciam certos destinos aos quais esses caminhos necessariamente levarão caso se persevere neles — disse Scrooge. — Mas caso haja alteração no percurso, o destino também poderá ser alterado. [...] Honrarei o Natal em meu coração e procurarei guardá-lo o ano inteiro. Viverei no passado, no presente e no futuro. Os três espíritos exercerão sua influência sobre mim. Não rejeitarei as lições que eles ensinam. ("Um Conto de Natal", p. 127)

Sobre os autores
Charles Dickens (1812–1870) foi o principal novelista da era vitoriana, na Inglaterra. É autor de obras como "Oliver Twist", "Grandes Expectativas" e "David Copperfield".

Joe Sutphin é ilustrador de livros infantis, incluindo "O Pequeno Peregrino Ilustrado". É apaixonado pela natureza, e as criaturas que vivem nos campos e nos bosques ao redor de sua casa têm ajudado a dar forma a sua arte. Vive com a esposa, Gina, e um bando de gatos em um celeiro em Ohio, nos Estados Unidos. Garanta o seu exemplar de "Um Conto de Natal" neste link.



Ficha técnica
"Um Conto de Natal"
Autor: Charles Dickens
Ilustrador: Joe Sutphin
Tradutora: Susana Klassen
Editora: Editora Mundo Cristão
ISBN: 978-65-5988-375-2
Páginas: 144
Formato: 16 cm x 23 cm
Compre o livro neste link

.: Guia bem-humorado sobre a vida após a morte ganha edição brasileira


Chega ao Brasil através de lançamento da editora Cultrix, em pleno mês do Halloween, o livro “100 Lugares para Conhecer Depois de Morrer - Um Guia de Viagem para a Vida Após a Morte”, que longe de ser apenas um livro bem-humorado sobre o assunto, traz de forma leve, descontraída e por meio do conhecimento enciclopédico do autor, uma verdadeira obra de referência sobre o assunto. Escrito de forma fascinante, engraçada e irreverente, – e com tiradas hilariantes –, Ken Jennings, que obteve 74 vitórias consecutivas no "Jeopardy!" (programa de perguntas e respostas da TV norte-americana, do qual hoje é apresentador) nos conduz pelo universo de Harry Potter, da DC Comics, da Marvel, e até do jogo de RPG Dungeons & Dragons. 

Das principais religiões e tradições espirituais do mundo à cultura pop, passando pela mitologia, cinema e séries de TV, nosso interesse e curiosidade sobre a morte é realmente universal. Escrito em forma de um guia turístico, “100 Lugares para Conhecer Depois de Morrer” fornece informações privilegiadas sobre destinos da vida pós-morte, e, como o autor afirma: “a eternidade é muito longa para acabarmos no lugar errado, embora jamais saibamos quando ou como ocorrerá essa partida”. A obra nos convida a um passeio único pelos diversos mundos – fictícios, reais ou imaginários – dos reinos do pós-vida, a fim de ajudar o leitor a criar a própria lista de desejos depois de ter chutado o balde e passado desta para uma melhor... ou não! Compre o livro “100 Lugares para Conhecer Depois de Morrer” neste link.


Trecho do livro
Mais recentemente, rebaixamos o céu ainda mais para encaixá-lo em nossas novas economias de trabalhos temporários (como nas séries "Dead Like Me: a Morte lhe Cai Bem" e "Miracle Workers") ou preocupações com a tecnologia (como em "Black Mirror" e "Upload"). Neste livro, você encontrará informações privilegiadas de viagem sobre 100 destinos pós-morte, organizados em sete categorias principais – um capítulo para cada tipo de vida após a morte: mitológico, bíblico, cinematográfico e assim por diante. 

Elas vão desde as famosas até as mais infames, das bem conhecidas até as menos exploradas. Leia este livro na ordem em que preferir, fazendo pausas nos destinos conhecidos sobre os quais você gostaria de saber mais, ou acrescentando novos e fascinantes locais à sua lista de desejos pós-morte. Como Hamlet bem disse, ninguém nunca voltou de nenhum desses lugares, mas mesmo assim fiz o máximo para descrever os destaques regionais e as atrações mais notáveis de cada um. 

E, como qualquer bom escritor de guias de viagem, procurei oferecer algo mais intangível também: a impressão geral de um lugar, a atmosfera, etc. Um número mais reduzido de pós-mortes notáveis recebe descrições mais longas, com informações mais detalhadas sobre refeições, acomodações e passeios de um dia. Não há como saber com certeza para onde vamos quando morremos… e é possível, é claro, não irmos para lugar nenhum. Mas este livro não é apenas para aventureiros de sofá. Por que não começar agora a fazer o seu próprio checklist de viagem pós-morte? Compre o livro neste link.


O que disseram sobre o livro
“A abordagem descontraída e o conhecimento enciclopédico de Jennings permitem que ele vá da série 'Twin Peaks' à 'Divina Comédia' de Dante com facilidade, e até mesmo leitores casuais que mergulham nesse assunto de vez em quando terão os devidos esclarecimentos. Qualquer pessoa que tenha curiosidade sobre ‘o grande tema da vida’, e além dela, deve dar uma olhada por conta própria para verificar como pode ser o outro lado.”  – Publishers Weekly

“Tudo o que você sempre quis saber sobre a vida após a morte, mas estava vivo demais para perguntar. Uma obra hilariante e divertida com informações sobre o tema.” – Kirkus Reviews


Sobre o autor
Ken Jennings, autor best-seller do New York Times com obras como: "Brainiac", "Maphead", "Because I Said So!" e "Planet Funny", conquistou em 2020 o título de “O Maior de Todos os Tempos” no programa de perguntas e respostas 'Jeopardy!' e, em 2022, sucedeu Alex Trebek como apresentador. Atualmente, durante a jornada terrena, reside em Seattle (EUA), mas seu paradeiro póstumo ainda não foi determinado. Garanta o seu exemplar de “100 Lugares para Conhecer Depois de Morrer” neste link.


Ficha técnica
“100 Lugares para Conhecer Depois de Morrer - Um Guia de Viagem para a Vida Após a Morte”
Autor: Ken Jennings
Páginas: ‎296
Editora: Cultrix
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domingo, 13 de outubro de 2024

.: Mariana Ianelli lança romance que dialoga com a infância de todos nós


Poeta e cronista consagrada, Mariana Ianelli estreia na ficção com o lançamento de "A Infância de Joana", publicado pela Maralto Edições. Reconhecida por sua trajetória literária que inclui 16 livros de poemas, 3 obras infantis e o Prêmio Minuano de Literatura 2021, Ianelli agora se aventura em um novo território, apresentando uma obra que ultrapassa o limite de uma única personagem e dialoga com a infância de todos nós. Com ilustração da experiente fotógrafa Juliana Monteiro, as imagens selecionadas para a obra transmitem o incomunicável do interior da criança.

"A Infância de Joana" aposta numa narrativa fragmentada, construída com base em recortes de cenas e rastros de acontecimentos, revelando que a história de Joana é, em essência, a história de todas as infâncias. Ambientada entre os anos 1980 e o início de 1990, a obra mistura memórias da própria autora com impressões particulares à experiência infantil. Ao acompanhar a trajetória da protagonista, o leitor se depara com um mosaico de momentos que ressoam com os segredos, descobertas e mistérios que marcam o universo da criança.

“Busquei levar para a linguagem, de maneira deliberadamente fragmentada, aquele primeiro estranhamento da infância diante de certas coisas que uma criança vê, sente e vive”, explica a autora. “Muitas imagens e sensações me voltaram, numa mistura de tempos, e esse olhar para a criança que fui me fez tanto dar feitio e temperamento a uma personagem como ser instrumento, ter minha história também como matéria-prima dessa experiência narrativa”.

Cada fragmento da obra traz uma nova faceta de Joana, e o leitor é convidado a explorar como ela responde aos desafios e aos encantamentos de seu mundo. A infância é retratada não apenas como um período da vida, mas como uma metáfora das primeiras descobertas emocionais, dos primeiros confrontos com o desconhecido, e do modo como essas experiências nos moldam.

As imagens, que foram criadas a partir de transferências de fotografias e de carimbos de objetos, apresentam diversas Joanas. Trabalhei com fotografias de diferentes crianças para sublinhar visualmente as transformações pelas quais essa personagem passa durante seu percurso de descobertas e para evocar o caráter universal da experiência narrada”, a fotógrafa Juliana Monteiro, que ilustra o livro.

"A Infância de Joana" não é apenas a história de uma menina; é uma obra que nos lembra dos medos, encantos e sonhos que moldaram quem somos. Provocativo e delicado, o livro convida o leitor a revisitar suas próprias memórias. “Toda criança tem um pouco da Joana, na medida em que cada uma recebe e sente o que lhe fazem, respondendo de algum modo a isso, quem sabe mesmo sem palavras. A criança tece seu mundo interior com tudo o que tem (e lhe dão) de assombroso ou fascinante, e assim ela também vai escrevendo sobre o texto que lhe inscrevem, o que pode dar num lúdico e também – como não? – desconcertante palimpsesto”, finaliza Mariana Ianelli. O livro já está disponível nas plataformas digitais de vendas e faz parte do Programa de Formação Leitora Maralto, uma iniciativa direcionada a escolas de todo o país. Compre o livro "A Infância de Joana" neste link.


Sobre a autora
A escritora Mariana Ianelli nasceu em 1979, em São Paulo, onde vive. É autora de dezesseis livros de poemas, como "Trajetória de Antes" (1999), "Duas Chagas" (2001), "Passagens" (2003), "Fazer Silêncio" (2005), "Almádena" (2007), "Treva Alvorada" (2010), "O Amor e Depois" (2012) e "Tempo de Voltar" (2016) – reunidos na antologia "Manuscrito do Fogo" (2019), que marca 20 anos de poesia –, além de "Terra Natal" (2021), "Moradas" (2021), "Vida Dupla" (2022), "Dança no Alto da Chama" (2023) e "América: um Poema de Amor" (2021), semifinalista do Prêmio Oceanos de 2022. Tem cinco livros de crônicas: "Breves Anotações Sobre Um Tigre" (2013), "Entre Imagens para Guardar" (2017), "Dia de Amar a Casa" (2020) – Prêmio Minuano de Literatura 2021, categoria Crônica –, "Prazer de Miragem" (2022) e "Turno de Madrugada: antologia" (2023). Também é autora de três infantis: "Bichos da Noite" (2018), "Dia no Ateliê" (2019) e "A Menina e as Estrelas" (2022). Garanta o seu exemplar de "A Infância de Joana" neste link.


Sobre a fotógrafa
Juliana Monteiro nasceu em 1981, no Rio de Janeiro, e vive em São Paulo, onde cursou Linguística e, desde então, tece relações entre diferentes linguagens. O caráter universal do que é íntimo, a impermanência e a dinâmica entre palavra e imagem são eixos presentes em sua observação artística, que se vale da fotografia como principal instrumento do dizer. Participou de exposições coletivas em galerias e museus, além de residências artísticas nacionais e internacionais. É coautora, juntamente com o escritor João Anzanello Carrascoza, do "Catálogo de Perdas" (2017), obra finalista do Prêmio Jabuti e vencedora do FNLIJ, e de "Fronteiras Visíveis" (2023).


Ficha técnica
"A Infância de Joana"
 Autora: Mariana Ianelli
Fotos: Juliana Monteiro
80 páginas
Editora: Maralto Edições
Compre o livro neste link

.: Peça "A Mulher Perfeita" retrata drama de imigrantes e a busca pela perfeição


O Teatro Pequeno Ato, em São Paulo, apresenta "A Mulher Perfeita", uma produção da companhia de teatro Os Profanos, dirigida por Guilherme Franco e com dramaturgia de Jonatan Cabret. A temporada vai até dia 27 de outubro, contará com apresentações aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h. A peça aborda temas como imigração, transexualidade e as pressões de uma sociedade constantemente em busca da perfeição.

"A Mulher Perfeita" acompanha Crisálida, uma jovem trans imigrante brasileira em Lisboa, que observa de perto as vidas dos moradores locais e de outros imigrantes que, assim como ela, buscam uma nova oportunidade. Ao lado de José, um jovem português dotado de habilidades mediúnicas, Crisálida embarca em uma jornada que transita entre a vida e a morte, o amor e o desapego, sempre cercada de questionamentos sobre o que realmente significa ser "perfeito".

Explorando os desafios da imigração e a ilusão da perfeição
A peça se fundamenta na premissa de que, para muitos brasileiros, viver na Europa representa um “pote de ouro” – um sonho de estabilidade e qualidade de vida. No entanto, a realidade frequentemente se revela dura e complexa. "A Mulher Perfeita" retrata a experiência de imigrantes que enfrentam não apenas o desafio de estarem longe de suas raízes, mas também o preconceito e a xenofobia, especialmente de alguns nativos portugueses que resistem à presença de estrangeiros em seu país.

Em um cenário multicultural de Lisboa, Crisálida e José cruzam caminhos e, juntos, desvendam os segredos e as histórias de outros personagens marginalizados. Inspirada na estética Red Herring, a trama se desdobra em um labirinto de falsas pistas e reviravoltas. Cada personagem, com suas motivações e aspirações, convida o espectador a refletir sobre a busca desenfreada por aceitação e o peso de se adequar às expectativas externas.

A narrativa entrelaça suspense e drama, utilizando essa mesma estética para envolver o público em uma trama repleta de ilusões e enganos. Em suas jornadas pela perfeição, os personagens provocam o espectador a considerar a verdadeira essência do que significa ser perfeito. Segundo o diretor Guilherme Franco, “a peça questiona, acima de tudo, o que realmente significa ser perfeito em uma sociedade obcecada por expectativas irreais”.

Uma peça que discute temas urgentes e contemporâneos
Para Jonatan Cabret, dramaturgo envolvido em várias produções paulistanas, o espetáculo serve como um espelho da sociedade contemporânea, abordando questões frequentemente silenciadas. “A peça traz à tona assuntos difíceis, como bulimia, ninfomania e violência, propondo uma reflexão sobre o impacto dessas pressões em um mundo que impõe padrões irreais”, explica Cabret. Ele observa que “A Mulher Perfeita é um convite para o público enfrentar suas próprias expectativas e cultivar empatia por essas histórias”.

A peça também aborda questões de gênero e identidade, com Crisálida como um símbolo de resistência e autenticidade. Em uma sociedade que frequentemente marginaliza aqueles que desafiam normas estabelecidas, a transexual imigrante representa a luta e os desafios enfrentados pelas pessoas LGBTQIAP+, especialmente quando estão longe de casa e sem o suporte familiar.

A obra aborda outros temas urgentes e sensíveis, como violência, bulimia, ninfomania e ideais suicidas, refletindo a realidade de muitos em um mundo onde as redes sociais exacerbam a busca por validação. “É um convite para o público confrontar suas próprias expectativas e cultivar empatia por essas histórias”, afirma o dramaturgo.


A estreia de Guilherme Franco na direção
Guilherme Franco, com vasta experiência como ator, faz sua estreia como diretor em "A Mulher Perfeita". Com uma trajetória consolidada no teatro Bibi Ferreira, Franco enfrenta o desafio de dirigir um elenco diverso e numeroso, que inclui nomes importantes do teatro paulista, como Anderson Neves, Belenice Baeza, Bruno Gambini, Bruno Nunes Lesses, Carlinhos Tucson, Cacau Almeida, Doni Gadêlha, Edvaldo Ramalho, Elisa Naamã, Fabrizzio SanVarez, Hugo Henrique de Souza, Paola Romero, Talita Duarte e Thalita Alves.

“Busquei explorar o tema da imigração e aprofundar a luta interna de cada personagem, onde a ideia de perfeição se revela como uma máscara que utilizam para se proteger do julgamento social”, afirma Franco. O espetáculo também explora a tensão entre tradição e modernidade, representada por Seres e Fysi, um casal cigano que decide romper com suas tradições para viver entre imigrantes brasileiros. Além disso, aborda as pressões estéticas e a espetacularização da dor nas redes sociais, por meio do influenciador Venério e sua personalidade dupla, sombria e perfeita, Éron. Esses enredos secundários complementam a narrativa principal, criando um mosaico cultural que desafia os conceitos de pertencimento e identidade.


Serviço
Espetáculo "A Mulher Perfeita"
Sábados e domingos de outubro
Sábados, às 21h00; Domingos, às 19h00
Local: Teatro Pequeno Ato, São Paulo Endereço: Rua Dr. Teodoro Baima, 78 - Vila Buarque/ São Paulo
Classificação etária: livre
Ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/a-mulher-perfeita/2679098 e via WhatsApp da Cia. (+351) 968 762 235.


Ficha Técnica
Espetáculo "A Mulher Perfeita"
Direção: Guilherme Franco
Texto: Jonatan Cabret
Elenco: Anderson Neves, Belenice Baeza, Bruno Gambini, Bruno Nunes Lesses, Carlinhos Tucson, Cacau Almeida, Doni Gadêlha, Edvaldo Ramalho, Elisa Naamã, Fabrizzio SanVarez, Hugo Henrique de Souza, Paola Romero, Talita Duarte, Thalita Alves.
Designer de maquiagem: Vini Welch
Designer de figurinos: Davi Olliver
Produção associada; Belenice Baeza e Pedro Fagundez
Realização: Cia. Os Profanos
Assessoria de imprensa: Bruno Gambini e Jonatan Cabret

.: No teatro, "A Bailarina Fantasma" parte da escultura icônica de Degas


Na peça-instalação, a bailarina brasileira Verônica Santos trava um diálogo íntimo com a dramaturga, Dione Carlos. Diante do público, elas elaboram um plano de vingança. Com dramaturgia de Dione Carlos, encenação de Wagner Antônio e idealização e produção de Fernando Gimenes, o espetáculo revela os bastidores do universo da dança clássica e da escultura que virou um marco na história da arte moderna. Foto: Helton Nóbrega 

Partindo da polêmica escultura "A Bailarina de 14 Anos", do pintor e escultor francês Edgar Degas (1834 - 1917), e das memórias da bailarina brasileira Verônica Santos, Dione Carlos criou a dramaturgia da peça-instalação "A Bailarina Fantasma". A temporada de estreia acontece no Espaço Cênico Ademar Guerra, localizado no porão do CCSP - Centro Cultural São Paulo, entre os dias 17 e 31 de outubro de 2024, com sessões às quartas e quintas, às 20h30, e, de sexta a domingo, às 18h e às 20h30. 

A peça destaca as violências físicas e simbólicas sofridas por Verônica em seu processo de formação em dança, bem como as tentativas de apagamento de sua visibilidade ao longo de sua carreira como bailarina clássica negra. A partir de um pensamento curatorial articulado por Fernando Gimenes, idealizador do projeto, foram reunidos profissionais com fortes traços autorais como Dione Carlos na dramaturgia, Wagner Antônio na encenação, Natália Nery na trilha sonora original executada ao vivo, além de Verônica Santos. O espetáculo revela, em uma peça-instalação, os bastidores do universo da dança clássica e da escultura que virou um marco na história da arte moderna.

“Com a mediação artística-psicanalítica de Rafael Costa no levantamento da minha biografia e de materiais para a composição da nossa dramaturgia, acessei muitas das minhas memórias. Voltamos para a minha infância e avançamos até o momento presente em que me encontro na melhor forma de me expressar”, conta Verônica. 


As esculturas polêmicas de Degas
Edgar Degas tinha um grande interesse por bailarinas, representadas em mais da metade de suas duas mil obras, principalmente retratando membros do corpo de balé da Ópera de Paris. Ele pintava cenas no palco, ensaios e momentos de descanso. Na Ópera de Paris, Degas conheceu Marie van Goethem, uma estudante de balé de 13 anos, que serviu de modelo para a escultura "A Bailarina de 14 Anos", a única exposta por Degas em vida, em 1881. A obra recebeu críticas negativas, com o público associando sua aparência a algo animalesco e estranho, semelhante a um boneco de cera. 

Degas inovou ao misturar materiais como cera, cabelo real e tecidos, mostrando uma visão artística à frente de seu tempo. A escultura, considerada uma de suas mais famosas e influentes, teve 28 cópias em bronze feitas a partir do molde original e estão em importantes museus ao redor do mundo, como o Museu d'Orsay, em Paris, e o MASP, em São Paulo.

"Sobre as réplicas, como elas são feitas em bronze, um material que escurece quando exposto à ação do tempo, muitas pessoas pensam que a bailarina retratada era uma jovem negra. O que ao longo dos anos gerou diversos atos de cunho racista sobre a obra, chegando a nomearem como ‘A Pequena Macaca de 14 anos’, conta Fernando Gimenes, idealizador do projeto.


A perspectiva política, social e crítica na obra
As vivências de Verônica fundem-se ao que pode ser estudado e também visto na escultura de Degas. De acordo com Fernando Gimenes, idealizador do projeto, se em um primeiro momento a garota retratada parece estar em uma simples posição de descanso, ao olharmos mais de perto, é possível enxergar todo o sofrimento e a dificuldade dela em sustentar aquela postura. Esta análise foi ponto central na exposição “Degas”, realizada pelo MASP em 2020, quando além das esculturas expostas, a artista brasileira Sofia Borges produziu fotografias em grande escala a partir das esculturas do artista francês, com destaque para a “Bailarina de 14 anos”. 

O resultado desse trabalho revelou não o rosto e as posições das modelos, mas os sentidos através do foco na expressão dos olhos e movimento dos músculos do corpo. Nas fotos, a delicadeza pela qual a obra ficou conhecida na arte ocidental dos séculos XIX e XX dá lugar à sombra captada pela lente, que aumenta a tensão do rosto, e as perspectivas - política, social e crítica - até então ocultas.

Se o meio do balé é cristalizado por imagens doces como a da escultura de Degas, a trajetória de Verônica foi marcada pela busca incessante por encontrar uma linguagem que a representasse. “Eu venho de uma periferia, de uma família preta, pobre e que tem todas as suas histórias dentro dessa subjetividade e dessa intersecção que envolve a nossa cor. Inclusive, fui uma criança que por anos frequentou as salas e os espaços de balé durante quatro, cinco horas por dia, porque meus pais entendiam que essa talvez fosse uma possibilidade de educação e de sociabilização”, argumenta. Entretanto, sua formação foi desafiadora. “Eu aprendi duas técnicas específicas, uma francesa e uma russa, que nada têm a ver com um corpo negro ou tipicamente brasileiro. Depois, fui conhecer o trabalho das norte-americanas, incluindo o sapateado. Mas eu sempre sentia que aqueles ambientes não me queriam”, completa.  

Para Dione Carlos, dramaturga de A Bailarina Fantasma, o espetáculo é um ritual de libertação do corpo. “Queremos mostrar uma mulher renascendo. E como tenho investigado o poder do erotismo, principalmente quando falamos em corpos subalternizados, tenho construído uma espécie de quilombo-erótico-místico nos meus projetos”, explica a dramaturga. Verônica e Dione dialogam e planejam uma vingança, mas contra o colonialismo, contra o sistema, contra o racismo. É um plano de vingança subjetivo e poético, compartilhado com a plateia. 

Sobre a encenação 
O diretor estruturou a obra num estudo das materialidades cênicas propondo uma trajetória que parte do elemento bronze, passando pela cera e que retorna à carne. “Estamos propondo uma volta à carne. A Verônica está esculpindo o próprio espaço e o próprio corpo aos olhos do público. Na verdade, ela esculpe as próprias sombras para voltar a elas depois”, detalha Wagner Antônio.

E o público acompanhará todo esse processo sob uma perspectiva única e autônoma. Não haverá um local pré-determinado para se sentar. A intérprete e a equipe técnica performativa acompanharão o público por um ambiente imersivo instalado no porão do CCSP. Enquanto as pessoas observam toda a ação, seus sentidos também estarão sendo esculpidos ou lapidados.    

Quem cria a atmosfera sonora é a pianista Natália Nery. Tocando um piano elétrico e inspirada pelo estilo experimental de John Cage, ela executa composições originais e canções que têm referências em obras clássicas como “O Lago dos Cisnes” e inspirações em canções icônicas de Nina Simone. Ao mesmo tempo, a voz de Dione ecoa pelo espaço cênico, tendo as peças radiofônicas como mais uma inspiração para a criação do espetáculo.    

“Este trabalho é uma desobediência poética, uma insurgência. Eu ficava pensando que o verbo se fez carne e rezava para que a carne se fizesse verbo e fosse dançar. Esse verbo deveria nos recordar de que fomos feitos para o movimento. Quer dizer, para mim, essa bailarina fantasma também é essa memória corporal da primeira diáspora da humanidade, que foi a saída de África. Com esse espetáculo eu gostaria de resgatar essa nossa vocação para a dança”, completa Dione. 


Sinopse
A peça-instalação foi criada a partir da icônica e polêmica escultura francesa "A Bailarina de 14 Anos", do escultor Edgar Degas, em fricção com os relatos autobiográficos da bailarina brasileira Verônica Santos. Com dramaturgia inédita de Dione Carlos, o espetáculo revela um corpo fraturado por violências físicas e simbólicas e também por tentativas de apagamento da visibilidade de uma bailarina clássica negra. A obra propõe uma espacialidade imersiva onde a performer e a dramaturga ritualizam um diálogo íntimo e, diante do público, elaboram um plano de vingança.


Ficha técnica
Peça-instalação "A Bailarina Fantasma" | Idealização e Direção de Produção: Fernando Gimenes | Produção: Plataforma – Estúdio de Produção Cultural  | Atuação: Verônica Santos | Dramaturgia: Dione Carlos | Pianista: Natália Nery | Encenação e instalação cênica: Wagner Antônio | Diretora Assistente: Isabel Wolfenson | Mediação Artística-Psicanalítica: Rafael Costa | Equipe técnica performativa: Laysla Loysle, Ijur Sanso, Lucas JP Santos, Camila Refinetti, Denis Kageyama, Guilherme Zomer, Marina Meyer | Acessibilidade: Sina – Acessibilidade e Produção | Designer Gráfico: Murilo Thaveira | Fotos: Helton Nóbrega e Noelia Nájera | Redes Sociais: Jorge Ferreira | Fisioterapeuta: Claudia Carahyba | Professora de balé: Aurea Ferreira | Assistente de Produção: Bruno Ribeiro | Técnico de Gravação em Áudio: Fabrício Zava | Assessoria de Imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Carol Zeferino e Daniele Valério


Serviço
Peça-instalação "A Bailarina Fantasma"
Data: 17 a 31 de outubro de 2024, às quartas e quintas, às 20h30, e, de sexta a domingo, às 18h e às 20h30.
No dia 31 também haverá sessão dupla às 18h e às 20h30.
Local: CCSP - Centro Cultural São Paulo | Espaço Cênico Ademar Guerra | Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso – São Paulo – SP
Ingresso: gratuito
Duração: 75 minutos
Classificação: 14 anos
Acessibilidade: todas as sessões contarão com acessibilidade em Libras - Língua Brasileira de Sinais.

.: A peça inédita de Tennessee Williams: "Por que Desdêmona Amava o Mouro?"


Conto adaptado ao teatro por Tom Michell revela olhar contemporâneo ao discutir questões de gênero e raça. Espetáculo tem direção de Noemi Marinho e traz no elenco Alfredo Tambeiro, Camila dos Anjos, Luis Marcio Arnaut e Matilde Mateus Menezes. Foto: Ronaldo Gutierrez 


Com uma abordagem muito à frente de seu tempo para pautas como a misoginia, a homofobia e o racismo, o conto "Por que Desdêmona Amava o Mouro?", do norte-americano Tennessee Williams (1911-1983), foi publicado apenas em 2019 graças ao professor, dramaturgo e diretor estadunidense Tom Mitchell, que também adaptou a obra para o teatro. Como o próprio título indica, é uma referência ao clássico “Othelo, o Mouro de Veneza”, de William Shakespeare

também do bardo inglês; no romance “Oliver Twist”, de Charles Dickens, e Agora, o público brasileiro pode conferir a versão inédita da peça, com direção de Noemi Marinho, que tem sua temporada de estreia no Sesc Santo Amaro até o dia 17 de novembro, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos e feriados, às 18h.

O texto tem tradução de David Medeiros e Luis Marcio Arnaut, que idealizou a montagem ao lado da atriz Camila dos Anjos, profunda pesquisadora da obra de Williams, e do ator Alfredo Tambeiro. Para completar o elenco, além dos três idealizadores, está a atriz Matilde Mateus Menezes. Escrita provavelmente entre 1939 e 1943, a obra de Tennessee Williams está em vários rascunhos originais – a maior parte do texto tem o formato de um conto, no entanto, há partes trabalhadas em forma de roteiro para teatro e cinema. A obra teria sido abandonada pelo autor graças ao conselho de Audrey Wood, sua agente. 

O motivo seria a presença de três personagens impensáveis para a sociedade conservadora estadunidense em plena Segunda Guerra Mundial: um homem negro com alto status social, uma mulher branca apaixonada, porém independente e que luta por seu desejo, e o amigo homossexual dela que não tinha traços caricatos ou um final trágico.

"Por que Desdêmona Amava o Mouro?" narra o inusitado romance entre Helen. uma famosa e solitária atriz de Hollywood, reconhecida como símbolo sexual, e Kip, um jovem e talentoso roteirista. Ela, uma mulher que exerce sua liberdade sexual, precisa lutar contra seu próprio preconceito e é obrigada a assumir seu desejo e sua paixão por esse homem negro e bem-sucedido. A condição humana naquela sociedade preconceituosa e misógina está, portanto, acima das questões de gênero e raça, em uma peça cuja abordagem é absolutamente contemporânea.

Personagens inconcebíveis para a década de 1930
Por ser um homem negro com um cargo prestigiado de roteirista de Hollywood, Kip é uma figura absolutamente inconcebível para a época, visto que as pessoas negras sofriam embargos racistas pela sociedade de então de fazer parte de um grupo tão importante e seleto, reservado apenas para pessoas brancas. A personagem, portanto, é um ponto fora da curva e sua presença na peça revela a estranheza dos seus pares profissionais no trato humano com sua raça, os preconceitos sociais e a própria surpresa da personagem ao se perceber em um mundo estranho ao seu.

As contradições da sociedade são expostas como uma ferida aberta e Tennessee Williams a espreme, levando a questão racial a um nível que poderia chocar naquele momento histórico e, assustadoramente, até nos dias atuais. "É incrível imaginar que Tennessee Williams, um homem branco, nos anos 30, conseguiu imaginar e escrever com tanta elegância e sutileza, Kip. Esse homem negro de sucesso, que tem plena consciência da sua negritude, mas que não se deixa cair no glamour ilusório de Hollywood. Kip percebe que aquela parcela da sociedade branca, que ele se vê obrigado a conviver naquele momento, não o vê como ele realmente é e sim como mais um homem negro objetificado", comenta o ator Alfredo Tambeiro sobre seu personagem. 

Já a atriz Helen Jackson não só ultrapassa as barreiras das exigências étnicas, raciais, culturais e conservadoras de sua sociedade. Ela é retratada como uma mulher estadunidense típica do Sul, cheia de preconceitos, às voltas com uma paixão e uma atração sexual incontroláveis. A luta interior da mulher neste campo de batalha íntima é figurada com delicadeza e um pouco de humor, de forma a respeitar os limites tanto do negro quanto da mulher.

O que existe entre eles é arrebatador e, assim, o dramaturgo quebra as barreiras raciais e os preconceitos seculares com a força do amor, expondo apenas dois seres humanos comuns, tendo que lidar com seus próprios dilemas, suas próprias dificuldades em aceitar o que lhes acontece naquela sociedade nevrálgica, revelando que o problema é estrutural, está nas bases, na tradição, na educação, nos costumes. 

Williams a retrata como uma mulher que se permite viver essa atração sexual, uma paixão que pode destruir sua reputação, sua profissão e sua moral, segundo os ditames da época - que exigia das mulheres o recato, o silenciamento, subserviência e obediência, anulando sua sexualidade. Por fim, o terceiro personagem da peça, também inconcebível naquele momento histórico, é Renaldo, o melhor amigo e confidente de Helen. Um homossexual aberto, com trejeitos efeminados, portanto com um comportamento que destoa das atitudes de um homem heterossexual cis, o que era proibido de ser abordado na época pelos códigos censores. 

Na verdade, o homossexual aparecia em algumas peças e em filmes hollywoodianos apenas como alívio cômico, com um comportamento estereotipado e preconceituoso que remetia a trejeitos efeminados. Williams faz esse retrato trágico-cômico, porém com tantas camadas que a personagem revela mais da sociedade e da história desses personagens naquele momento histórico do que a personalidade ou um aprofundamento psicológico de Renaldo.

Um dos pontos mais altos do texto é a forma como Tennessee Williams questiona o tão almejado “sonho americano”, desconstruindo a meritocracia e revelando as desigualdades enraizadas na sociedade estadunidense. “Ele frequentemente retrata personagens marginalizados, cujas vidas são marcadas pela luta, pela desilusão e pela falta de oportunidades. Ao invés de romantizar a ascensão social, expõe as estruturas de poder que perpetuam a desigualdade, questionando a noção de igualdade de oportunidades de brancos e negros na sociedade americana”, comenta Camila dos Anjos, que pode ser considerada uma das atrizes que mais atuaram em obras do autor norte-americano.

“O que mais me chama atenção é a sua contemporaneidade: após mais de 80 anos, questões que martelavam a consciência desse gênio da dramaturgia mundial, hoje já martelam a de muitas pessoas que começaram a se conscientizar sobre a opressão, preconceito e os contrassensos da sociedade capitalista. Talvez uma das histórias mais atuais do Tennessee. Um manifesto contra o racismo, a misoginia e a homofobia”, acrescenta Luis Marcio Arnaut.

Outra camada interessante da peça é, como o próprio título indica, uma referência ao clássico “Othelo, o Mouro de Veneza”, de William Shakespeare, mas ainda busca inspirações na peça “O Mercador de Veneza”, também do bardo inglês; no romance “Oliver Twist”, de Charles Dickens, e no conto “A Princesa”, de D. H. Lawrence. "Por que Desdêmona Amava o Mouro?" é possível graças a um projeto contemplado pelo edital ProAc nº 01/2023 - Teatro/Produção de espetáculo inédito. 


Sinopse de "Por que Desdêmona Amava o Mouro?"
Uma inusitada história de amor na década de 1930 entre Helen, uma solitária atriz de Hollywood, famosa e símbolo sexual, e o jovem, Kip, um roteirista talentoso, parece ser mais um romance que se repete entre tantos. Tennessee Williams, entretanto, apresenta um homem negro de sucesso e uma mulher branca promíscua às voltas com uma paixão avassaladora por ele. Ela precisa lutar contra seu próprio preconceito e é obrigada a assumir seu desejo e sua paixão por Kip.

Ficha técnica
Espetáculo "Por que Desdêmona Amava o Mouro?"
Da obra original e inédita de: Tennessee Williams
Adaptação: Tom Mitchell
Tradução: Luis Marcio Arnaut e David Medeiros
Idealização: Luis Marcio Arnaut, Camila dos Anjos e Alfredo Tambeiro
Direção: Noemi Marinho
Assistente de direção: Tati Marinho
Elenco:  Alfredo Tambeiro, Camila dos Anjos, Luis Marcio Arnaut e Matilde Mateus Menezes.
Direção de Movimento: Erica Rodrigues
Cenário e figurino: Chris Aizner
Iluminação: Wagner Freire
Direção musical: Daniel Maia
Caracterização: Beto França
Operação de luz: Luisa Silva
Operação de som: Valdilho Oliveira
Cenotécnico: Alício Silva
Costureira: Judite Lima
Estagiária de produção: Luisa Pamio
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Social mídia e gestão de tráfego: SM Arte Cultura
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Projeto gráfico: Raquel Alvarenga/Studio Janela Aberta
Administração financeira e prestação de contas: André Roman e Camila dos Anjos
Produção executiva: André Roman/Teatro de Jardim SP
Direção de produção: Selene Marinho/ SM Arte Cultura
Coordenação geral: Camila dos Anjos Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "Por que Desdêmona Amava o Mouro?" a partir da obra de Tennessee Williams
Temporada: até dia 17 de novembro
Sextas, às 21h00. Sábados, 20h00. Domingos e feriados, às 18h00.
Sesc Santo Amaro - R. Amador Bueno, 505 - Santo Amaro, São Paulo
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) | R$ 30,00 (meia-entrada) | R$ 18,00 (credencial plena)
Venda on-line em sescsp.org.br/
Classificação: 14 anos
Duração:  75 minutos
Capacidade: 274 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

.: Biografia sobre a morte (e a vida) de Edgar Allan Poe chega ao Brasil


Chega ao Brasil o livro "O Mistério dos Mistérios - A Morte e a Vida de Edgar Allan Poe", lançamento da editora Cultrix, obra que investiga a vida do renomado autor pelo prisma das inúmeras causas possíveis de sua misteriosa morte. Edgar Allan Poe, um dos escritores norte-americanos mais icônicos de todos os tempos, tem sua obra cultuada por inúmeros tipos de leitores, inclusive pelos jovens, e é um dos autores que teve seus trabalhos mais adaptados da história, seja para cinema, TV, quadrinhos e cultura pop, através de novas adaptações e releituras de seus clássicos.

Poe morreu em circunstâncias assustadoras. Ao longo dos anos, multiplicaram-se as especulações sobre a causa de sua morte: hidrofobia, sífilis, suicídio, alcoolismo e até mesmo assassinato. Agora, por meio de uma pesquisa feita por Mark Dawidziak – escritor, ator, jornalista e professor universitário – surge uma nova teoria, capaz de provar qual foi a causa da morte de Poe, algo que assombrou a vida do biógrafo por toda sua vida.

Tal como nas famosas histórias que escreveu, sua morte foi um momento envolto em horror e mistério. Edgar Allan Poe faleceu em 7 de outubro de 1849, com apenas 40 anos, de maneira absolutamente bizarra, que não soaria estranha a nenhum de seus contos de terror. Qual teria sido o real motivo dessa morte prematura? E o que teria acontecido com ele durante os três dias em que esteve desaparecido, antes de ser encontrado, delirante e “em grande aflição”, nas ruas de Baltimore, trajando roupas que não eram suas e não lhe serviam?

Recorrendo ao envolvente processo narrativo de linha do tempo dupla, que opõe os últimos meses, cada vez mais angustiantes de Poe, à cronologia de sua vida breve, e muito produtiva, Mark traz uma narrativa em estilo documentário ‘true crime’, criando um processo investigativo de desconstrução, tanto das muitas teorias sobre sua trágica morte, como do mito criado em torno do escritor, que praticamente ao longo das décadas acabou por se tornar uma caricatura de si mesmo, um mero personagem que poderia ter saído de suas próprias histórias de imaginação e mistério.

Indicado aos prêmios Agatha, Edgar, Anthony, Macavity e Ohioana, ”O Mistério dos Mistérios – a Morte e a Vida de Edgar Allan Poe” resgata a vida do homem por trás do mito, e trata-se da primeira biografia de fôlego já editada em língua portuguesa em nosso país após dezenas de lançamentos e adaptações de sua obra nos últimos tempos, sendo um livro indicado a todos os que o admiram, ou que apenas queiram saber mais sobre este grande mestre do conto gótico e imortal da literatura, que influenciou um sem número de escritores e cineastas através dos tempos. Compre o livro "O Mistério dos Mistérios - A Morte e a Vida de Edgar Allan Poe" neste link.


Sobre o autor:
Mark Dawidziak é crítico de televisão do jornal Plain Dealer, de Cleveland (EUA), desde julho de 1999. Entre seus inúmeros livros estão obras de ficção e não ficção, histórias de terror e textos sobre Mark Twain, além de obras para teatro e TV. Também é professor adjunto na Universidade Estadual de Kent, em Ohio (EUA), onde ministra dois cursos por semestre: Crítica de Cinema e Televisão, e Vampiros no Cinema e na Televisão. Garanta o seu exemplar de "O Mistério dos Mistérios - A Morte e a Vida de Edgar Allan Poe" neste link.

Ficha técnica
"O Mistério dos Mistérios - A Morte e a Vida de Edgar Allan Poe" 

Autor: Mark Dawidziak 
Editora: Cultrix
344 páginas
Capa dura
Compre o livro neste link.

sábado, 12 de outubro de 2024

.: Clássico: Orquestra Ouro Preto lança o álbum “Auto da Compadecida, a Ópera”


Disponível em todas as plataformas via ONErpm, o projeto está disponível a partir da última sexta-feira, dia 11 de outubro. Imagem: divulgação/ ONErpm


É com o espírito de ousadia que a Orquestra Ouro Preto apresenta seu novo lançamento, o álbum “Auto da Compadecida, a Ópera”, adaptação do clássico de "Auto da Compadecida", escrito por Ariano Suassuna, que agora ganha um registro com alta qualidade. O disco estará disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm a partir da última sexta-feira, dia 11 de outubro. 

A história de Chicó e João Grilo reúne, na versão da formação mineira, uma verdadeira constelação em sua equipe para apresentar “uma ópera-buffa brasileira em dois atos”. A música é original e traz a assinatura de Tim Rescala. O compositor assina o libreto junto com o maestro Rodrigo Toffolo, regente titular e responsável pela concepção e direção musical da montagem que agora poderá ser ouvida por todos. 

“Auto da Compadecida, a Ópera” marca a terceira incursão da Orquestra no gênero e simboliza um marco na maturidade da formação, que se aproxima de seus 25 anos de história. O álbum não só reflete a excelência musical da Orquestra Ouro Preto, mas também seu compromisso em democratizar o acesso à cultura e à música de concerto, proporcionando uma excepcional experiência para o ouvinte.

O registro é a celebração de um grande sucesso obtido pelas salas de espetáculo do país, desde a estreia da montagem em 2022, passando por uma noite de total encantamento de uma plateia de mais de 10 mil pessoas nas areias da praia de Copacabana em 2023. 

“Além de criar novos projetos, a Orquestra Ouro Preto também dá grande importância à formação de repertório e de novos públicos. Nada melhor para isso do que oferecer a todos, de forma gratuita, a oportunidade de ter contato com esse gênero tão antigo na história da arte, mas apresentado de maneira super contemporânea, com a linguagem dos nossos tempos e do nosso povo, em um suporte tão acessível e ocupado por públicos de todas as idades como são as plataformas digitais”, comemora o maestro Rodrigo Toffolo.

“Auto da Compadecida, a Ópera” traz a comédia como elemento principal de sua linguagem. Para cumprir essa missão, formou-se um grande elenco em cena, e também nas gravações, para que essa relação direta com a plateia estabelecida nos palcos transbordasse para o disco. São grandes nome do canto lírico brasileiro – Fernando Portari, Marília Vargas, Marcelo Coutinho, Carla Rizzi, Jabez Lima e Rafael Siano –, além de um trio de atores escolhidos para dar voz e corpo ao clássico da literatura brasileira – Glicério do Rosário, Claudio Dias e Maurício Tizumba.

Tim Rescala, em sua terceira parceria com a Orquestra Ouro Preto, desfila toda sua capacidade de composição, criando uma música de alcance imediato com o ouvinte/espectador, cativante e de caráter universal. “Foi um trabalho incrível do Tim, uma música belíssima. E tenho certeza de que o público que ainda não conhece a ópera, assim como quem vai ouvir novamente agora nas plataformas, vai ficar feliz com o resultado e muitos vão dizer aquela frase que tanto nos traz alegria de ouvir: ‘só a Orquestra Ouro Preto para fazer isso’”, garante Toffolo.

“Auto da Compadecida, a Ópera”, é o quarto lançamento da Orquestra Ouro Preto com a Musickeria, uma bem-sucedida parceria que já deu à luz aos álbuns “Gênesis: Orquestra Ouro Preto e João Bosco”, “Orquestra Ouro Preto: A-Ha” e “Orquestra Ouro Preto: Vander Lee (No Balanço do Balaio)”. “Para nós da MSK é sempre uma honra e alegria participar dos lançamentos da Orquestra Ouro Preto. Estamos chegando ao quarto lançamento juntos da nossa parceria com esse álbum mais que especial da ópera do Auto da Compadecida. Um clássico que vai emocionar a todos que ouvirem”, afirma Flávio Pinheiro, sócio diretor da Musickeria. “Auto da Compadecida, a Ópera” já está disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm. Compre o livro "Auto da Compadecida" neste link.


Sobre Orquestra Ouro Preto
Criada em 2000, a Orquestra Ouro Preto tem atuação marcada pelo experimentalismo e ineditismo, sob os signos da excelência e da versatilidade. Reconhecida como uma das mais prestigiadas formações orquestrais do Brasil a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o Maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. Seu trabalho ousado e plural é reconhecido com importantes premiações nacionais e aplausos efusivos do público nas salas e casas de espetáculo por onde passa.

.: A nova edição do majestoso álbum “As Canções que Você Fez pra Mim”


Marco na carreira de Maria Bethânia e na história da música popular brasileira, o álbum “As Canções que Você Fez pra Mim” ganhou uma nova edição em vinil Azul Bic translucido esfumaçado, via Universal Music. Quando Bethânia lançou o álbum, em 1993, sua bem-sucedida carreira andava distante da popularidade obtida com os LPs “Álibi” (1978), “Mel” (1979) e “Talismã” (1980). Contudo, o álbum dedicado às canções de Roberto Carlos e Erasmo Carlos mudou este panorama, tornando-se seu disco mais vendido.

Escolhidas minuciosamente pela cantora, 11 composições da dupla ganharam memoráveis interpretações de Bethânia, que participou de todo o processo de produção. O primeiro single, “As Canções que Você Fez pra Mim” (1968), conquistou as paradas de sucesso e os corações mais românticos do país. Os impecáveis e originais arranjos (e regência de cordas) do maestro inglês Graham Preskett contribuíram para dar novas nuances às músicas, mesmo às mais conhecidas, como “Olha” (1975) e “Detalhes” (1971).

A contundente “Fera Ferida” (1982), outro grande momento do disco, foi tema de abertura da novela homônima da TV Globo escrita por Aguinaldo Silva. A alta carga dramática impressa por Bethânia em “Palavras” (1973), “Costumes” (1979) e “Você Não Sabe” (1983) rivaliza com as belas gravações originais do Rei.

Despudorada declaração de amor, “Eu Preciso de Você” (1981) surge iluminada e, assim como a sensual “Seu Corpo” (1975), é uma das faixas mais leves do tributo. Joia obscura lançada por Roberto em 1974, a tristíssima “Você” é trilha sonora certeira para qualquer dor de cotovelo e também da novela "Pátria Minha", escrita por Gilberto Braga, que ilustrou a história de amor dos protagonistas interpretados por Cláudia Abreu e Fábio Assunção. Celebração à vida de artista, “Emoções” (1981) encerra o álbum com brilhantismo.

Lado A:

1 - "As Canções que Você Fez pra Mim" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
2 - "Olha" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
3 - "Fera Ferida" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
4 - "Você Não Sabe" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
5 - "Palavras" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
6 - "Costumes" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)


Lado B:

1 - "Detalhes" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
2 - "Eu Preciso de Você" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
3 - "Seu Corpo" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
4 - "Você" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
5 - "Emoções" (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)

.: "Perfekta: uma Aventura da Escola de Gênios" estreia na rede Cineflix


Do universo da série "Escola de Gênios", reproduzida em mais de 80 países, surge "Perfekta: uma Aventura da Escola de Gênios", um longa-metragem de ficção científica que promete encantar públicos de todas as idades. Foto: @malaguetaproducoes

Do universo da série "Escola de Gênios", reproduzida em mais de 80 países, surge "Perfekta: uma Aventura da Escola de Gênios", um longa-metragem de ficção científica que promete encantar públicos de todas as idades. Com estreia marcada para 17 de outubro na rede Cineflix Cinemas e participação no Festival do Rio na Mostra Geração, o filme traz um roteiro totalmente original, que mistura ciência, tecnologia e muita aventura com uma pegada super divertida.

A produção utilizou o que há de mais novo em termos de tecnologia – a mesma utilizada nos games e diversos filmes de Hollywood – para produzir os cenários: painéis de leds com cenários virtuais que acompanham os movimentos. A produção reúne um elenco talentoso, incluindo Sophia Rosa, Enzo Ignácio, Murilo Gricolo, e renomados nomes como Romulo Estrela, Daniel Dantas e Roberto Birindelli.

O filme é dirigido por João Daniel Tikhomiroff ("Besouro"), com roteiro de Ângela Fabri, criadora da série, e David França Mendes, trilha original de Diogo Poças, produção da Mixer Films, em coprodução com a Globo Filmes e o Gloob, e tem distribuição da Imagem Filmes

Nesta aventura no mundo da ciência, o filme acompanha a saga dos jovens gênios Isa (Sophia Rosa), Tom (Enzo Ignácio) e Linus (Murilo Gricolo), que precisam salvar a memória do robô Einstein, o mais antigo da escola. Para isso, eles precisam se aventurar pelo Laboratório Perfekta, o paraíso dos robôs e androides, e encontrar um renomado cientista, o misterioso Édison Thomas (Romulo Estrela), que vive recluso com sua filha Nano (Ana Carolina Leite), e sumiu do mapa misteriosamente.

Ao longo do caminho, o trio conhece os androides de grandes gênios da humanidade, como Isaac Newton (Roberto Birindelli), Nikola Tesla (Hugo Gallo) e até Beethoven (Daniel Dantas), Machado de Assis (Heraldo Firmino) e Santos Dumont (Marcos Lanza), que na trama são apresentados destacando suas identidades, invenções e contribuições para a humanidade, de forma acessível e divertida, ideal para despertar a curiosidade das crianças. A atriz e influenciadora Bárbara Coura, com mais de 12 milhões de seguidores no TikTok, faz sua estreia nos cinemas, interpretando o androide da matemática Sophie Germain.

"Perfekta: Uma Aventura da Escola de Gênios" é uma aventura tecnológica de alta qualidade, utilizando a inovadora tecnologia de virtual production em LEDs Unreal, que confere um realismo mágico aos efeitos visuais. Este é o primeiro filme nacional que utiliza a tecnologia da engenharia de games.

O longa conta ainda com a participação especial dos personagens já conhecidos pelo público da série, os antigos gênios Isaac, papel de Kaik Pereira Francisco, Loma, vivida por Stella Camargo, e Tesla, interpretada por Julia Ramos Mendes. "Escola de Gênios" conquistou o prêmio máximo da Academia de Cinema Brasileiro como melhor série do ano do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2019, e melhor série infantil do Rio2C, em 2020 e, agora, vai conquistar todo mundo, de criança a adulto, na versão para as telonas.


Sinopse de "Perfekta: uma Aventura da Escola de Gênios"
Os jovens gênios Isa (Sophia Rosa), Tom (Enzo Ignácio) e Linus (Murilo Gricolo) precisam salvar a memória de Einstein, um antigo robô da escola. Para isso, eles vão contar com a ajuda de um misterioso cientista, Édison (Romulo Estrela), que vive isolado no Laboratório Perfekta, um lugar habitado por androides de última geração inspirados em grandes gênios da humanidade, como Isaac Newton (Roberto Birindelli) e Sophie Germain (Bárbara Coura). Após um incidente durante um upgrade, Einstein torna-se perigoso e assume o controle de Perfekta. Agora, os três jovens precisam enfrentar os androides e reconquistar a confiança do robô Einstein, nesta emocionante aventura de ficção científica, repleta de ciência e tecnologia.


Ficha técnica
"Perfekta: uma Aventura da Escola de Gênios"
Direção: João Daniel Tikhomiroff
Elenco: Romulo Estrela (Édison Thomas), Murilo Gricolo (Linus), Ana Carolina Leite (Nano), Enzo Ignácio (Tom), Sophia Rosa (Isa), Stella Camargo (Loma), Julia Ramos Mendes (Tesla), Kaik Pereira (Isaac), Daniel Dantas (Beethoven), Roberto Birindelli (Isaac Newton), Bárbara Coura (Sophie Germain), Hugo Gallo (Nikola Tesla), Marcos Lanza (Santos Dumont), Dudda Olive (Alice Ball) e Heraldo Firmino (Machado de Assis)
Roteiro: Angela Fabri e David França Mendes 
Direção de fotografia: Hugo Takeuchi
Produtora executiva: Adriana Marques
Produtor de VFX: Hugo Gurgel
Direção de arte: Jenny Schauff
Montagem: Leticia Giffoni
Figurino: Bartira Davis E Elaine Marinho
Técnico de som: Fábio Henrique
Direção de produção: Zé Eduardo Jordão
Trilha original: Diogo Poças - PlugIn
Produção: Mixer Films
Produtora associada: Rosane Svartman
Coprodução: Globo Filmes e Gloob 
Incentivo Fundo Setorial do Audiovisual / Ancine / BRDE / Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro
Distribuição Imagem Filmes


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