sábado, 12 de outubro de 2024

.: Trupe DuNavô apresenta o espetáculo "Refugo Urbano" no Sesc Pinheiros


Montagem retrata com sensibilidade o universo de quem vive à margem da sociedade Trupe DuNavô apresenta Refugo Urbano no Sesc Pinheiro com entrada grátis para crianças até 12 anos. Foto: Julio Leão


Neste domingo, dia 13 de outubro, e também no próximo dia 20, no Sesc Pinheiros, a Trupe DuNavô apresenta "Refugo Urbano". Espetáculo infantil que, a partir da palhaçaria, reforça de forma criativa a importância do senso de humanidade e propõe a desconstrução de estereótipos que promovam a ideia de que a vida se limita apenas a finais felizes. Com um cenário construído a partir de objetos descartados, Refugo Urbano retrata o universo de uma mulher catadora, em situação de rua, e um coletor, que se esbarram em um beco esquecido da cidade.

Em meio a encontros e desencontros, a palhaça Pamplona e o palhaço Claudius terão que lidar com suas diferentes personalidades, trajetórias de vida e sonhos, para quem sabe viver uma possível história de amor. O espetáculo "Refugo Urbano" recebeu duas indicações para o Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (antigo Prêmio FEMSA), nas categorias Melhor Atriz (Gabi Zanola) e Prêmio Sustentabilidade. Em uma votação especial, organizada para escolher os melhores do ano, o espetáculo foi eleito pelos leitores do Guia Folha como Melhor Espetáculo Infantil do Ano de 2015.

O espetáculo foi criado a partir de uma vivência da Trupe DuNavô que, ao longo de dois anos, realizou intervenções urbanas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo, colhendo histórias, sentimentos, aflições e sonhos de tantas pessoas ditas invisíveis na cidade, com as quais cada um de nós esbarra diariamente. O espetáculo, que se desenvolve sem palavras, instiga no adulto a ampliação de um olhar mais sensível em relação às pessoas em situação de rua.

A montagem também propõe uma reflexão sobre como os mais diversos sentimentos podem ser levados para o universo infantil, não subestimando a capacidade de uma escuta sensível por parte da criança. “Abordar temas conflituosos do cotidiano de forma poética e bem-humorada permite que a criança crie uma conexão saudável com uma ampla gama de sentimentos, contribuindo para sua compreensão e habilidade de lidar com desafios futuros”, comenta o grupo.


Sinopse de "Refugo Urbano"
Claudius é organizado, comedido e cuidadoso. Pamplona é vibrante, emocional e guarda consigo um universo único debaixo de seus sacos plásticos e papelões. Em um encontro improvável entre dois mundos, o caos e a ordem se entrelaçam para dar vida a uma fábula urbana. Dois seres que, ao se esbarrar em um beco esquecido da cidade, embarcam juntos em uma jornada que revela a magia escondida na crueza das ruas. O encontro de uma mulher catadora, em situação de rua, e um coletor, que deságua em uma história rica em sentimentos, humanidade, sonhos, amor e, é claro, palhaçaria.


Sobre a Trupe DuNavô
Formada por Gabi Zanola, Gis Pereira, Renato Ribeiro e Vinicius Ramos, em 2024 a Trupe DuNavô comemora 14 anos de pesquisa com a arte da palhaçaria, utilizando o espaço urbano e a interação que se estabelece entre palhaços, palhaças e as pessoas nesse contexto, como matéria prima de seus processos de criação.

Em agosto de 2023, o grupo inaugurou sua sede, o espaço cultural Casa DuNavô, localizado na Rua Guaicurus, 368, na Água Branca, em São Paulo. E, ao longo dos últimos anos, também atuou no universo digital, disponibilizando muitas de suas criações e reflexões sobre a arte da palhaçaria em seu canal do YouTube. 


Ficha técnica
Espetáculo "Refugo Urbano"
Direção: Suzana Aragão
Assistente de direção: Gis Pereira
Dramaturgia: Nereu Afonso
Direção musical: André Grynwask
Preparação corporal: Ronaldo Aguiar
Preparação de bonecos: Rani Guerra
Cenário e adereços: Bira Nogueira
Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini
Operação bonecos de sombra: Cia. Mevitevendo
Operação de luz: Rafael Araujo
Operação de som: Vinicius Ramos
Serviço: Refugo Urbano, com Trupe Dunavô

Serviço
Espetáculo "Refugo Urbano"
Neste domingo, dia 13, e 20 de outubro de 2024, domingos, às 15h00 e às 17h00
Duração: 60 minutos
Local: Auditório - Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195, Pinheiros/São Paulo
Classificação: livre
Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (meia), R$ 12,00 (credencial plena), grátis para crianças até 12 anos.
Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h. 
Capacidade: 100 lugares
Acessibilidade: Sim
Estacionamento: pago no local

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

.: Entrevista: Tom Schuman entra em nova fase com disco solo


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O músico Tom Schuman, que por mais de 40 anos integrou o grupo Spyro Gyra, está iniciando uma nova fase da carreira solo. Morando atualmente na Espanha, ele acaba de lançar o álbum "I Am Schuman" nas plataformas digitais e começa a divulgar esse novo trabalho autoral, no qual tem o controle total da produção e mixagem e segue a linha do chamado smooth jazz com influência direta do estilo fusion. Destaque para as faixas "Loose Change" e "Set It Off", onde ele demonstra sua habilidade como solista no teclado. Em entrevista para o Resenhando.com, Schuman explica o conceito utilizado para esse trabalho e revela seus planos para o futuro. “Este álbum representa minhas capacidades de produção”.


Resenhando.com - Como você define o conceito musical do seu novo CD," I Am Schumam"?
Tom Schuman - O conceito musical para "I Am Schuman" começou como uma série de faixas que criei usando improvisações improvisadas. Eu as executei no meu estúdio e/ou no meu piano em Las Vegas nos últimos 15 anos. Já lancei dois singles com esse conceito em mente. "The Candy Store is Open" e "Syntropy". Esses dois singles também estão sendo relançados neste álbum. Meu título inicial era "I'm Only Schuman". Mas quando Sandeep Chowta concordou em promovê-lo em seu selo Namma Music na Índia, ele o chamou de "I Am..." em vez de "Im Only...". Então, para mim, este álbum representa minhas capacidades de produção, bem como meu trabalho de teclado sozinho no estúdio. Com exceção de dois cortes, ("Comfortable Silences" e "Loose Change"), executei cada parte e mixei o álbum inteiro sozinho. "Comfortable Silences" apresenta o guitarrista indiano, Abhay Nayampally. "Loose Change" incorpora os ritmos ofegantes de Kevin Whalum.

Resenhando.com - Qual é a diferença entre esse trabalho atual e o que você fez no Spyro Gyra?
Tom Schuman - Este trabalho atual é um esforço completamente solo. Tenho controle sobre todos os aspectos da música, som, performance e mixagem. Enquanto Spyro Gyra era um ambiente mais democrático, incorporando muitas pessoas que influenciam o resultado final.

Resenhando.com - Como funciona seu processo de criação musical?
Tom Schuman Meu processo de criação geralmente começa com um sentimento inspirado por um solo de piano improvisado ou um groove de um orquestrador de ritmo ou patch de sintetizador. O resto do processo é deixado para a performance improvisada, conforme eu sinto ao longo do tempo. Às vezes, edito muitas improvisações diferentes juntas para criar algo único para mim. Outras vezes, a peça inteira sai de mim em uma tomada. Então, eu a produzo usando patches de baixo, ritmos, pads, cordas ou outros sons para aprimorar a performance básica. Eu chamo isso de método Zawinul. O falecido e grande Joe Zawinul do Weather Report falou sobre esse método de escrita durante uma entrevista. A maioria de suas composições surgiu de uma improvisação básica que ele então escreveu para outros músicos interpretarem. Descobri que essa era a melhor maneira de escrever algo novo e interessante, pelo menos para meus ouvidos.


Resenhando.com - Você tocou com vários nomes atuais do jazz, como Jeff Lorber e Jeff Kashiwa, entre outros. Há planos para novas parcerias musicais no futuro?
Tom Schuman Ainda não há planos, mas estou sempre aberto a trabalhar com qualquer um que queira pensar fora da caixa. Recentemente trabalhei com Paul Brown em algumas faixas. Ele tem uma técnica de mixagem linda que faz tudo soar como uma lufada de ar fresco!


Resenhando.com - Como o novo CD está sendo promovido? Há planos para shows?
Tom Schuman Estou deixando Sandeep Chowta e o consórcio Namma Music liderarem o caminho na promoção e distribuição. Quanto aos shows, tenho algo marcado na Sardenha, Itália, com meu trio de jazz. É para o Culture Fest de 2024 lá. Será no dia 16 de novembro e contará com Ameen Saleem no baixo e Guido May na bateria. O material de "I Am Schuman" exigiria muito mais músicos e ensaios para representá-lo adequadamente ao vivo. Então, espero poder apresentá-lo em um futuro próximo. Fique ligado!


"Set It Off"

"Loose Change"

"How Sensitive"

.: Espetáculo explora poéticas de Abdias Nascimento e Augusto Boal


Trabalho metalinguístico com direção de Eugênio Lima, que estreia no Sesc 14 Bis, busca um novo futuro para a negritude. Foto: Pérola Dutra

Partindo da ideia de que negritude é construir outros futuros, o Coletivo Legítima Defesa estreia o espetáculo Exílio: notas de um mal-estar que não passa. A temporada acontece entre 18 de outubro e 10 de novembro, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 18h, no Sesc 14 Bis. No dia 27 de outubro não haverá apresentação e, em 8 de novembro, haverá uma sessão às 15h e outra às 20h.

O trabalho é definido pelo grupo como uma "transcriação da poética" do período de exílio vivido por Abdias Nascimento (1914-2011) e a sua relação com Augusto Boal (1931-2009). Por isso, para a construção dramatúrgica, Eugênio Lima e Claudia Schapira se inspiraram livremente nas peças escritas pelos dois autores, além de utilizarem vários materiais de pesquisa do acervo do TEN – Teatro Experimental do Negro. 

"A peça é fundamentada na ideia de que existe uma relação entre o Abdias Nascimento e o Augusto Boal que não foi contada. Nosso principal argumento é que o início do Teatro Experimental do Negro se funde com o começo da carreira dramatúrgica do Boal, já que o primeiro texto que ele escreveu foi para o TEN", comenta Lima, que também assina a direção de Exílio. 

Segundo as pesquisas do grupo, a dupla defendia que a hybris trágica negra estava no candomblé e, por isso, Boal escreveu quatro textos para o TEN cujo cenário era o terreiro: O Logro (1953), O Cavalo e o Santo (1954), Filha Moça (1956) e Laio se Matou (1958). "Eles lutavam contra um pensamento comum nas primeiras décadas do século 20 de que as atrizes e atores negros só podiam fazer comédias, pois não tinham profundidade para fazer papeis trágicos ou dramáticos", acrescenta.  

Por esse motivo, Abdias também se interessa pela obra do dramaturgo estadunidense Eugene O'Neill (1888-1953). "Com esses autores, seu objeto de investigação é a crença de que a grande tragédia do negro no Brasil é o processo de embranquecimento, porque ou ele deixa de ser negro e morre ou permanece negro e é morto. Assim, as peças encenadas por ele não têm praticamente nenhuma redenção e apesar da centralidade das personagens negras, elas  partem do princípio de que o negro é um ser trágico", afirma o diretor.


Sobre a encenação
Na narrativa de Exílio: notas de um mal-estar que não passa, um grupo de atores e atrizes investiga todas essas relações enquanto tenta montar trechos de várias dessas peças. O que os bloqueia é um sentimento de impossibilidade, pois o elenco não quer vivenciar essas tragédias. "Nosso espetáculo, então, constitui-se como um sample de textos em que tudo é documento", define Eugênio.

A montagem é composta de samples dramatúrgicos que abordam o Protagonismo Negro, centrada no texto O Imperador Jones (Eugene O'Neill); o Drama, focado em Todos os Filhos de Deus Têm Asas (Eugene O'Neill); a Tragédia, inspirada em O Logro (Augusto Boal); o Sacrifício, baseado e em Sortilégio – Mistério Negro (Abdias Nascimento) e o Exílio composto samples da peça Murro em Ponta de faca (Augusto Boal) .

"Para Abdias, que passou 13 anos exilado nos Estados Unidos e na Nigéria, todo negro fora da África é um autoexilado, já que não tem mais nenhuma possibilidade de retorno ao seu real local de origem e sofre racismo no seu país natal. Dessa forma, o conceito de autoexílio permeia todo o espetáculo", explica Eugênio Lima. A estreia do Coletivo Legítima Defesa faz uso de metalinguagem, ou seja, a equipe técnica está em cena devidamente iluminada. Ao mesmo tempo, Eugênio age como se estivesse dirigindo um ensaio. 

No palco existe um grande "tapete da memória",  criado pela projeção,  por onde transitam seis performers negres: Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Gilberto Costa, Fernando Lufer e Thaís Peixoto (atriz convidada). Ainda há a participação da atriz Luaa Gabanini (em vídeo). Por convenção, o grupo estabeleceu que quem não estiver no "tapete" está fora de cena, entretanto, como eles nunca abandonam o espaço, os espectadores sempre os veem.  

Ainda compõem o cenário uma série de projeções de documentos históricos, como cartas, filmes, fotos e materiais pesquisados no IPEAFRO – Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros e Instituto Boal. Bianca Turner assina a videografia. E o desenho de Luz é de Matheus Brant. Do ponto de vista sonoro, Exílio: notas de um mal-estar que não passa utiliza diversos recursos. Existem depoimentos de Léa Garcia (1933-2023), Ruth de Souza (1921-2019) e do próprio Abdias do Nascimento, e trechos de obras de autores como Frantz Fanon.

Já a parte musical explora diversos ritmos. "Selecionamos muito Hip Hop dos anos 1980 e 1990, mas também canções de Philip Glass, Racionais MC's, tambores de candomblé, Billie Holiday e Marvin Gaye", comenta Lima, que assina a direção musical, música e desenho de som. A ação acontece em um local indefinido, em diversos países, mas perpassa as décadas de 1940, 1950, 1960 e 1970.

O figurino de Claudia Schapira, sem traçar uma linha cronológica linear, contorna e situa as personagens trazidas à cena pelos atores e atrizes, utilizando de determinadas peças chaves da indumentária, que pautaram décadas. Os atores e atrizes, por sua vez, aparentam estar sempre com "roupa de ensaio". Em termos de cores, a ideia é trabalhar a paleta PB a partir de um conceito do diretor. "Quisemos voltar para o preto e branco, como na nossa primeira peça, que somado ainda a elementos históricos bem concretos, nos colocam também em cena como documentos", acrescenta Eugênio.


Sinopse
"Exílio: notas de Um Mal-estar que Não Passa" é uma "transcriação da poética" do período de exílio vivido por Abdias Nascimento e a sua relação com Augusto Boal, criada a partir de uma livre inspiração nos textos de Abdias Nascimento, nas peças escritas por Augusto Boal e diversos materiais de pesquisa do acervo do TEN – Teatro Experimental do Negro.

Seis performers negres estão sempre em cena e existe um tapete no chão, o grande tapete da memória. "Por convenção, quando os atores/atrizes estão fora do tapete, estão fora de cena. Porém, não devem sair nunca: devem ser vistos sempre pelos espectadores. A ação passa-se em muitos países, em muitas épocas, em muitas circunstâncias. Quando um ator/atriz representa outro personagem, que não o seu, ele deve fazê-lo tranquilamente, sem muitas explicações". Citação de Augusto Boal, em "Murro em Ponta de Faca".


Ficha técnica
Espetáculo "Exílio: notas de Um Mal-estar que Não Passa"
Direção, direção musical, música e desenho de som: Eugênio Lima
Dramaturgia: Eugênio Lima e Claudia Schapira
Intervenção dramatúrgica: Coletivo Legítima Defesa
Com samplers dramatúrgicos de: Frantz Fanon, Racionais MC's, Augusto Boal, Abdias Nascimento, Maurinete Lima, Eugene O'Neill, Nelson Rodrigues, Agnaldo Camargo, Ruth de Souza, Léa Garcia, Túlio Custódio, Guilherme Diniz, Gianfrancesco Guarnieri, Molefi Kete Asante e Iná Camargo Costa
Elenco do Legítima Defesa: Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Gilberto Costa, Fernando Lufer e  Eugênio Lima
Atrizes convidadas: Thaís Peixoto e Luaa Gabanini (em vídeo)
Produção: Iramaia Gongora Umbabarauma Produções Artísticas
Videografia: Bianca Turner
Iluminação: Matheus Brant
Figurino: Claudia Schapira
Direção de gesto e coreografia: Luaa Gabanini
Assistência de direção: Fernando Lufer
Fotografia: Cristina Maranhão
Design: Sato do Brasil
Consultoria vocal: Roberta Estrela D´Alva
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Carol Zeferino e  Daniele Valério
Cenotécnico: Wanderley Wagner
Vídeo: Matheus Brant
Engenharia de som: João Souza Neto e Clevinho Souza
Costureira: Cleusa Amaro da Silva Barbosa
Parceiros: Casa do Povo, Ipeafro, Instituto Boal, Editora 34 e Editora Perspectiva

Serviço
Espetáculo "Exílio: notas de Um Mal-estar que Não Passa"
Data: 18 de outubro a 10 de novembro, de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 18h
Atenção: no dia 27 de outubro não haverá espetáculo e, no dia 8 de novembro, haverá uma sessão às 15h e outra às 20h
Local: Sesc 14 Bis - Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista - São Paulo
Ingresso: R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia-entrada) e 18 (credencial plena) | Ingressos disponíveis nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo, pelo aplicativo Credencial Sesc ou pelo site centralrelacionamento.sescsp.org.br
Tel: (11) 3016-7700
Duração: 90 minutos
Classificação: 16 anos

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

.: Cineflix Cinemas Santos estreia "Robô Selvagem" e "Inverno em Paris"

Imagem de "Robô Selvagem" que tem estreia na Cineflix Cinemas em 10 de outubro 


A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia a animação "Robô Selvagem" e o drama "Inverno em Paris" para serem assistidos com balde de pipoca quentinha. A partir de sábado, em homenagem ao Dia das Crianças, tem exibição do nacional "Perfekta: Uma Aventura da Escola de Gênios". Seguem em cartaz o thriller musical "Coringa: Delírio A Dois" e o drama "A Forja - O Poder da Transformação". Programe-se e confira detalhes abaixo! 

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana na Cineflix Santos

"Robô Selvagem" ("The Wild Robot"). Ingressos on-line neste linkGênero: animação, infantil, aventuraClassificação: livre. Duração: 1h41. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Pictures Brasil. Direção: Chris SandersRoteiro: Chris Sanders. Elenco: Lupita Nyong'o Rozzum (Roz), Pedro Pascal (Fink), Bill Nighy (Longneck), Catherine O'Hara (Pinktail), Kit Connor (Brightbill), Mark Hamill, Paul-Mikél WilliamsSinopse: Uma história comovente e cheia de aventuras sobre o que acontece quando a natureza e a tecnologia colidem inesperadamente, como os humanos. Baseado na série de livros de mesmo nome de Peter Brown, produzido pela DreamWorks Animation e distribuído pela Universal Pictures. Confira os horários: neste link

.: Resenha: "Robô Selvagem" é sobre sermos mais do que fomos programados

Trailer de "Robô Selvagem"

"Inverno em Paris" (Le Lycéen). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 18 anos. Duração: 2h03. Ano: 2024. Distribuidora: Pandora Filmes. Direção: Christophe HonoréRoteiro: Christophe Honoré. Elenco: Paul Kircher, Vincent Lacoste, Juliette BinocheSinopse: Lucas, de 17 anos, está no último ano de internato quando a morte súbita de seu pai destrói tudo o que ele tinha como garantidoConfira os horários: neste link

Trailer "Inverno em Paris"

"Perfekta: Uma Aventura da Escola de Gênios" (nacional). Ingressos on-line neste linkGênero: aventura, ficção científicaClassificação: livre. Duração: 1h33. Ano: 2024. Distribuidora: Imagem Filmes. Direção: João Daniel TikhomiroffRoteiro: Ângela Hirata Fabri e David França Mendes. Elenco: Romulo Estrela (Édison Thomas), Murilo Gricolo (Linus), Ana Carolina Leite (Nano), Enzo Ignácio (Tom)Sinopse: Três jovens gênios precisam salvar a memória de Einstein, um robô escolar, com a ajuda do cientista Édison, em um laboratório cheio de androides inspirados por grandes mentes.. Confira os horários: neste link

Trailer "Perfekta: Uma Aventura da Escola de Gênios"

Seguem em cartaz na Cineflix Santos

"Coringa: Delírio A Dois" (Joker: Folie À Deux). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, thriller, musicalClassificação: 16 anos. Duração: 2h19. Ano: 2024. Distribuidora: Warner Bros. Filmes. Direção: Todd PhillipsRoteiro: Todd Phillips, Scott Silver. Elenco: Joaquin Phoenix (Arthur Fleck / Coringa), Lady Gaga (Harley Quinn), Brendan Gleeson (Jackie Sullivan), Catherine KeenerSinopse: Arthur Fleck institucionalizado em Arkham, à espera de ser julgado pelos seus crimes como Joker. Enquando luta contra a sua dupla personalidade, Arhtur não só encontra o amor verdadeiro, mas também a música que sempre esteve dentro dele. Confira os horários: neste link

.: Resenha: "Coringa: Delírio A Dois" é confusão excessivamente musicada

Trailer "Coringa: Delírio A Dois"


"Ainda Somos os Mesmos" (nacional). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, suspenseClassificação: 12 anos. Duração: 1h31. Ano: 2023. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Paulo NascimentoRoteiro: Paulo Nascimento. Elenco: Carol Castro. (Clara), Edson Celulari (Fernando), Gabrielle Fleck (Helena), Lucas Zaffari (Gabriel)Sinopse: Em 1973, quando um brasileiro fugindo do exército chileno após o golpe de estado de Pinochet encontra abrigo na embaixada argentina, ele tenta sobreviver enquanto seu pai tenta resgatá-lo.. Confira os horários: neste link

.: Crítica: "Ainda Somos os Mesmos" é aula emocionante sobre a ditadura

Trailer "Ainda Somos os Mesmos"

"A Forja - O Poder da Transformação" (The Forge). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: livre. Duração: 2h03. Ano: 2024. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Alex KendrickRoteiro: Alex Kendrick. Elenco: Cameron Arnett (Joshua Moore), Priscilla C. Shirer. (Cynthia Wright), Aspen Kennedy Wilson (Isaiah)Sinopse: Um ano depois de encerrar o ensino médio, o jovem Isaías Wright não tem planos para o futuro e é desafiado por sua mãe solo e um empresário de sucesso a começar a traçar um rumo melhor para sua vida. Ele passa a ser discipulado pelo seu novo mentor, conta com orações de sua mãe e de uma guerreira de orações, Dona Clara, e começa a descobrir o propósito de Deus para sua vida. Confira os horários: neste link

Trailer "A Forja - O Poder da Transformação"


quarta-feira, 9 de outubro de 2024

.: Crítica: "Ainda Somos os Mesmos" é aula emocionante sobre a ditadura

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em outubro de 2024


Indubitavelmente, "Ainda Somos os Mesmos" está enquadrado entre os filmes brasileiros que dão orgulho de apreciar o cinema nacional na telona. Ágil e intrigante, a produção dirigida por Paulo Nascimento ("Distrito 666") também é uma aula empolgante, que emociona, sobre a história da ditadura no Brasil e no Chile. Em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos, o filme gaúcho leva o público para o Chile de 1973, quando era considerado um dos países mais perigosos do mundo após o golpe de estado de Pinochet.

No período conturbado do Brasil que se conecta com a realidade do Chile por meio do poder abusivo de milicos, o filme revisita parte cruel da história que alguns querem jogar para debaixo do tapete. Em 1 hora e 31 minutos, Edson Celulari que também trabalhou com o diretor em "Diário de um Novo Mundo" esbanja talento na pele de Fernando um pai austero e frio que se vê desesperado para salvar o filho, o jovem Gabriel (Lucas Zaffari), enviando-o a outro país para escapar da ditadura militar no Brasil. Contudo, após pouco tempo, o jovem fica na mira da arma chilena mesmo conseguindo refúgio na Embaixada Argentina.

Ao retratar os abusos daqueles que empunham fuzis e ameaçam derrubar até os portões de uma área protegida, Carol Castro dá um show de talento ao interpretar a emocionada, confusa e, às vezes, lúcida, Clara. Viúva que testemunhou a abusiva morte do marido, agora, é apegada a uma cadeira de rodinhas. A produção ainda traz a grata surpresa do talento de Lucas Zaffari, como o estudante de medicina, Gabriel), filho do influente Fernando. Lucas entrega excelentes dobradinhas seja com Celulari, Carol Castrou ou Nicola Siri. Sendo que há ainda no elenco nomes como Néstor Guzzini, Roberto Rios, Natália Sacramento e Gabriele Fleck.

"Ainda Somos os Mesmos" vai direto na ferida que nunca será cicatrizada, por mais que tentem apagar da história -mesmo com o passar do tempo. Uma vez que muitos demonstram desconhecer os fatos quando tentam minimizar e desclassificar, por exemplo, o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023. Por meio da tensão sobre o que pode acontecer com todos os refugiados daquela Embaixada, inclusive, Gabriel e Clara, o filme prende a atenção do início ao fim.

O longa é importante para lembrar que a história é cíclica e que os absurdos sempre tentam voltar a acontecer. Portanto, ter essa triste história em mente significa não mais permitir que as atrocidades da ditatura voltem a acontecer. Fechando com chave de ouro, "Ainda Somos os Mesmos" entrega um desfecho emocionante, de arrepiar e escorrer lágrimas ao som de "Como Nossos Pais" em voz masculina. Imperdível!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

"Ainda Somos os Mesmos" (nacional). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, suspenseClassificação: 12 anos. Duração: 1h31. Ano: 2023. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Paulo NascimentoRoteiro: Paulo Nascimento. Elenco: Carol Castro. (Clara), Edson Celulari (Fernando), Gabrielle Fleck (Helena), Lucas Zaffari (Gabriel)Sinopse: Em 1973, quando um brasileiro fugindo do exército chileno após o golpe de estado de Pinochet encontra abrigo na embaixada argentina, ele tenta sobreviver enquanto seu pai tenta resgatá-lo.. Confira os horários: neste link

Trailer "Ainda Somos os Mesmos"



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