terça-feira, 24 de setembro de 2024

.: "A Farsa do Olho Traído" em temporada no Centro Cultural Banco do Brasil SP


Espetáculo de tragicomédia aborda quadrilátero de paixões, traições, assassinato e arte contemporânea, com apresentações a partir do dia 27, no CCBBSP. Foto: Thiago Freire/Biscuvita Produções 


O espetáculo “A Farsa do Olho Traído” inicia uma nova temporada de apresentações. Entre 27 de setembro e 27 de outubro, a peça estará em São Paulo, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) (confira os detalhes de dia e horário, abaixo). Com produção da Trupe de Festim, Vigor Mortis e Biscuvita Produções, a tragicomédia aborda um quadrilátero de paixões, traições, assassinato e arte contemporânea.

A trama se passa nas horas que antecedem a abertura de um vernissage. Enquanto aguardam a chegada de uma mecenas, conflitos surgem entre um marchand emocionado, um artista ególatra, uma aprendiz manipuladora e um silencioso assistente. Com uma combinação de efeitos especiais, humor e muito sangue, “A Farsa do Olho Traído” discute narcisismo e arte, e conta com um cenário visualmente impactante e cenas com efeitos sangrentos inesquecíveis.

“A peça propõe uma reflexão sobre os limites entre o grotesco e o cômico, levando o espectador a questionar as convenções da arte e da moralidade. Em um mundo onde as emoções são levadas ao extremo, o espetáculo desafia os limites do aceitável, brincando com o horror e a risada, muitas vezes na mesma cena. Ela é um convite para se aventurar nos territórios sombrios e absurdos da condição humana, onde o riso e o medo se encontram de forma visceral”, afirma Thiago Freire, produtor executivo e cofundador da Biscuvita Produções.

A peça “A Farsa do Olho Traído” estreou no Festival Internacional de Teatro de Curitiba, no Espaço Fantástico das Artes. A Vigor Mortis, combinando as técnicas de horror do teatro francês Grand Guignol com a experiência em palhaçaria da Trupe de Festim, atraiu casas lotadas em sua primeira apresentação no festival, surpreendendo o público com efeitos especiais que mantiveram a plateia entre o horror e risadas. “Depois de uma temporada feita de forma independente, contar com o apoio do CCBB nos deixa com boas expectativas. O público pode esperar muita diversão e reflexão nesta temporada”, diz Thiago Freire.


Ficha técnica
Espetáculo “A Farsa do Olho Traído”
Direção e Dramaturgia: Paulo Biscaia Filho Produção Executiva: Thiago Freire Elenco: Edgar Bustamante, Michelle Rodrigues, Thiago Cardoso e Yves Carrasco Direção de Arte: Karen Furbino Cenotécnica e Cenário: Karen Furbino, Michelle Rodrigues e Thiago Cardoso Figurino: Gi Marcondes Efeitos Especiais e Adereços: Michelle Rodrigues Iluminação: João Aguiar e Wagner Correa Companhias: Trupe de Festim e Vigor Mortis Assessoria de imprensa: Tadeu Nunes Apoio: Centro Cultural Banco do Brasil


Serviço
Espetáculo "A Farsa do Olho Traído"
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Temporada: 27 de setembro a 27 de outubro de 2024
Horário: Quintas e sextas, 19h | Sábados e domingos, 17h
Sessões extras: quartas, dias 16 e 23/10, às 19h
Dia 12 de outubro, sábado não haverá espetáculo
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia) em bb.com.br/cultura
Duração: 60 min
Classificação: 14 anos
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.
Funcionamento CCBB SP: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.
Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.

.: Entrevista: Bruno Haulfermet traz representatividade gorda, LGBT+ e racial


"Que a gente não se permita viver uma vida pela metade, sem plenitude"
, defende o autor Bruno Haulfermet integra uma nova geração de escritores nacionais que lutam para trazer representatividade real na literatura brasileira. Autor gay, ele escreveu a romantasia young adult "Depois das Cinco", publicada pela Buzz Editora, para abordar a pluralidade de existências brasileiras por meio de protagonismo gordo, racial e LGBTQIAPN+. Em entrevista, ele fala sobre a importância da real representatividade na literatura brasileira.

Romance, fantasia, uma boa dose de mistério e muita diversidade: essa é a premissa de "Depois das Cinco", que narra a jornada de Ivana, uma adolescente que deixa de existir todas as tardes, quando o relógio marca seis horas em ponto, e ressurge somente depois das cinco da manhã do dia seguinte.  Enquanto tenta esconder esse segredo a sete chaves, a garota acaba se apaixonando por Dario, um menino desconhecido por todos na província onde moram. O rapaz vive a mesma condição corporal, mas de forma oposta: sempre que ela retorna ao mundo físico, ele desaparece. Com encontros limitados a breves minutos diários, quando seus corpos estão translúcidos, os dois iniciam uma busca para descobrir como driblar o impasse temporal e viver essa paixão. Mas se deparam com uma teia de mentiras capaz de colocar seus destinos em risco.  

Em entrevista, Bruno Haulfermet revela as inspirações por trás do enredo e as reflexões humanas presentes na obra, além da relação com quadrinhos e o gênero de terror. O autor destaca principalmente a importância da representatividade na literatura jovem brasileira, por meio de personagens que dão voz à pluralidade de existências. Ele sempre foi ligado à arte. Seu amor precoce pela leitura se deu graças aos quadrinhos da "Turma da Mônica" e, com o passar dos anos, foi se estendendo aos livros. Ainda na adolescência, começou a escrever contos de terror e fantasia baseados nos volumes de "Goosebumps". Entusiasta da cultura pop, sobretudo a dos anos 1990, Bruno é designer por formação, já foi colunista do blog Plugcitários e embaixador do Wattpad, onde se tornou líder de curadoria de conteúdo. É fã de animes e filmes hollywoodianos, adora frappuccinos e generosas fatias de bolo caseiro. Depois das cinco é o romance de estreia do autor. Leia a entrevista na íntegra. Compre o livro "Depois das Cinco" neste link.


Ivana e Dario vivem um amor quase impossível em "Depois das Cinco", por causa da diferença temporal que dificulta a convivência entre o casal. Como surgiu a ideia de criar um romance no qual os protagonistas estão em tempos opostos, e qual lição de vida os leitores podem levar dessa leitura?
Bruno Haulfermet - A inspiração veio do filme "A Casa do Lago", com a Sandra Bullock e o Keanu Reeves, onde eles ficavam nessa casa, mas cada um em um dado ponto do tempo. Havia uma diferença de dois anos entre eles. Eles começam a se corresponder, se apaixonam e tentam encontrar uma forma de viverem esse amor, apesar da questão do tempo. Daí veio a ideia de a Ivana só existir em um período do dia e do Dario em outro. O livro traz um alerta sobre o quão incompletos a gente pode se sentir ao longo da vida, à medida que nos conformamos com os acontecimentos que nos chegam. E carrega uma mensagem de que a gente fique atento e não se permita viver uma vida pela metade, sem plenitude. Temos o direito de ser quem quisermos e lutar por isso.  


A pluralidade é um aspecto muito presente na obra, a partir de personagens gordas, com diversidade racial e que se identificam como LGBTQIAPN+. Como escritor e homem gay, de que forma você enxerga hoje a importância da representatividade na literatura nacional?
Bruno Haulfermet - Obrigatória, não apenas na literatura nacional, mas em todos os veículos artísticos. Cresci nos anos 90 e não tive oportunidade de me ver representado em personagens. E, não vendo personagens gays, foi mais difícil me sentir parte do mundo. E como você – ainda muito jovem, com uma personalidade em formação – faz quando simplesmente percebe que não se encaixa em nada? Por ter vivido isso diretamente, assumi o compromisso de não ter essas “ausências” nas minhas obras. É de extrema importância apresentar personagens diversos, não apenas em situações pouco/não-convencionais, mas também dar voz e relevância a eles. É assim que, a meu ver, o leitor vai se sentir visto, respeitado e vai vislumbrar para o seu futuro um milhão de possibilidades. 


Província de Rosedário, com as rosas de caule rosado e seus mistérios, pode ser considerada até mesmo uma personagem secundária do livro. O que inspirou a criação desse cenário e como ele reflete os temas abordados?
Bruno Haulfermet - As próprias rosas são tão protagonistas quanto Ivana e Dario, na mesma medida. Eu quis criar um cenário que fosse bastante visual e que conseguisse transmitir a atmosfera intimista de forma bem fácil. Me inspirei em cidadezinhas da Itália e da França, rústicas e pequenas, para que a Província de Rosedário pudesse encantar pela beleza e, ao ser revelado o plot, tivesse um contraste bem grande com a coisa terrível que acontece por lá. Ser um lugar de poucos habitantes também reforçou o quesito “fofoca”, onde todo mundo se conhece e qualquer passo errado pode e vai repercutir em todos os cantos de lá, o que, por si só, já é bem assustador.  


Como designer por formação, de que maneira sua bagagem profissional influenciou a forma como você descreve cenários, personagens e as cenas no livro?
Bruno Haulfermet - Carrego comigo a máxima de que quando algo é bem-conceituado, absolutamente tudo pode encantar. Então sempre fiquei atento para que o conceito do livro não se perdesse. É muito importante ver – e não esquecer – que o livro é um produto. E como tal, precisa estar lapidado para o leitor/consumidor. Capítulos objetivos, descrições claras e sem delongas, diálogos interessantes e reais, entre tantos outros aspectos que precisam ser levados em conta para, ao mesmo tempo, não frustrar o leitor e proporcionar uma experiência de imersão inesquecível. Da parte visual: capa e todo material de apoio, impresso ou digital, também vai conversar com esse conceito. E, como designer, fica bem mais fácil conduzir esses alinhamentos de forma que se crie uma identidade sólida, porque eu sei o que vai funcionar ou não diante daquele contexto.  


O seu amor pela leitura começou com quadrinhos e evoluiu para livros de terror e fantasia. Como essas influências moldaram seu estilo de escrita no young adult "Depois das Cinco", em que você mistura romance, fantasia e suspense?
Bruno Haulfermet - Os quadrinhos tiveram um papel fundamental no desenvolvimento do meu vocabulário, antes dos livros, além de ter esse “elemento fantástico” bem visual. Embora eu escreva/assista romance e fantasia, meu gênero da vida é o terror. É o que mais consumo desde sempre, e é o gênero que mais me traz inspirações. Por conta disso, é inevitável que as minhas obras tenham elementos de mistério, suspense e até uma dose macabra. Em "Depois das Cinco" não foi diferente: apesar do romance e da fantasia, a obra não é totalmente água-com-açúcar e tem momentos de prender o fôlego.


Antes de ser publicado pela Buzz Editora, "Depois das Cinco" foi um sucesso no Wattpad. Agora, você lança a obra com exclusividade durante a Bienal de São Paulo. Como essa transição do digital para a publicação tradicional impactou sua carreira enquanto autor estreante?
Bruno Haulfermet - "Depois das Cinco" teve uma grande aceitação no Wattpad, tendo inclusive sido shortlist no The Wattys (premiação interna e oficial da plataforma) e semifinalista em um concurso da Galera Record. O impacto do digital para o físico é enorme: a primeira coisa – a mais legal e também a mais clássica – é poder ver o resultado do seu trabalho literalmente na palma da sua mão. O livro físico ainda tem uma força muito grande e isso facilita a aproximação com o leitor, em uma sessão de autógrafos, por exemplo. Aprendi muito com o processo em si, desde a assinatura do contrato até a distribuição. Conheci profissionais incríveis. O próprio convite para a publicação foi um reconhecimento muito gratificante e que mostra que meu trabalho está sendo bem-visto.

.: Um valioso algoritmo de redes sociais ganha vida e está à solta em romance


Em "A magia que nos pertence", da autora e ilustradora Fernanda Nia, ameaças tecnológicas se misturam a dilemas próprios da juventude em um universo hiperconectado

Em um Rio de Janeiro onde a magia faz parte do cotidiano, e histórias estranhas são apenas normais, o quarteto de amigos Amanda, Madu, Diego e Alícia se une para localizar um valioso algoritmo de redes sociais que ganhou vida e está à solta. Entre festas animadas, criaturas esquisitas e passados obscuros, os jovens descobrirão, ao longo desta jornada em busca do tecbicho, que não há mágica melhor do que poder contar um com o outro. É assim que inicia a nova “romantasia” young adult "A Magia que nos Pertence", escrita pela autora e ilustradora carioca Fernanda Nia e publicada pela editora Plataforma21. 

Encontrar um feitiço para chamar de seu é pura sorte ou talento: nem todo mundo tem a habilidade da magia. Amanda nunca foi muito boa com feitiçaria, mas desenrola tudo com jogo de cintura, argumentos afiados e seu famoso “jeitinho brasileiro”. Ela atua no Geniapp, aplicativo que oferece serviços para ajudar clientes desesperados a solucionarem percalços mágicos. Quando descobre que Diego, seu antigo parceiro de trabalho no Geniapp, está atrás do algoritmo fugitivo, não perde a oportunidade de se juntar à perseguição – mesmo que isso signifique lidar com sentimentos antigos e mal resolvidos entre os dois. 

Madu é o completo oposto da prima Amanda: ela nunca contou a ninguém que pode espiar os segredos das pessoas com quem divide uma refeição. Dessa vez, porém, a personagem não consegue decifrar os pensamentos de Alícia, irmã de Diego, embora saiba que ela está escondendo algo sobre uma tarefa que pediu a Amanda: ficar de olho no irmão durante a caçada dele pelo algoritmo. Determinada a proteger a prima, Madu embarca na missão de desmascarar as verdadeiras intenções de Alícia – ela só não esperava se afeiçoar tanto assim pela garota misteriosa. 

Neste universo fantástico e hiperconectado, com os cartões postais do Rio de Janeiro servindo de cenário, Fernanda Nia mistura ameaças tecnológicas a dilemas da juventude, como amizade, família, traumas psicológicos, luto e a complexidade das relações humanas. A escritora também conversa com o público jovem ao narrar os medos, anseios e descobertas dos quatro adolescentes, a partir de uma narrativa divertida, diálogos bem-humorados e protagonistas LGBTQIAPN+. Ela mostra, principalmente, que a magia mais poderosa é aquela criada onde menos se espera: dentro de cada um. Compre o livro "A Magia que nos Pertence" neste link.


Sobre a autora
Fernanda Nia
admira a arte da comédia e usa humor como estilo de vida. A autora e ilustradora carioca é graduada em Comunicação Social e Direito, mas sempre foi aficionada por livros e quadrinhos, e sua maior paixão é contar histórias. Escreve principalmente para o público jovem, sendo autora de livros como "Mensageira da Sorte" e "Nosso Lugar entre Cometas", lançados também pela editora Plataforma21. Além disso, desde 2011 produz quadrinhos e pequenos textos no site Como eu realmente…, que se popularizou pela internet e ganhou uma série de livros com o mesmo nome. A magia que nos pertence é seu terceiro romance publicado. Garanta o seu exemplar de "A Magia que nos Pertence" neste link.


Ficha técnica
"A Magia que nos Pertence"
Autora: Fernanda Nia
Gênero: fantasia urbana
Idade recomendada: +12 anos
ISBN (livro físico): 978-65-88343-86-9 
ISBN (e-book): 978-65-88343-91-3 
Número de páginas: 424 
Editora: Plataforma21
Compre o livro neste link

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

.: Com Demi Moore, "A Substância" escancara realidade contundente


Em cartaz na rede Cineflix Cinemas, "A Substância" é um filme delirantemente divertido e implacavelmente satírico, estrelado por Demi Moore, Margaret Qualley e Dennis Quaid. Ao escancarar uma realidade contundente, principalmente para mulheres, o novo filme de Coralie Fargeat faze barulho por onde passa e teve a estreia mundial no 77º Festival de Cannes, com grande aclamação e vencendo o prêmio de Melhor Roteiro. 

Demi Moore entrega a melhor atuação de sua carreira como Elisabeth Sparkle, uma ex-celebridade que já passou do auge e, de repente, é demitida de seu programa de televisão pelo repulsivo chefe do estúdio, Harvey (Dennis Quaid). O filme é da MUBI, distribuidora global, produtora e serviço de streaming, e da Imagem Filmes. 

 Ela então é atraída pela oportunidade apresentada por uma nova e misteriosa droga: a substância. Basta uma injeção e ela renasce – temporariamente – como a deslumbrante Sue, uma jovem de vinte e poucos anos (Margaret Qualley). A única regra? O tempo precisa ser dividido: exatamente uma semana em um corpo, depois uma semana no outro. Sem exceções. Um equilíbrio perfeito. O que poderia dar errado? O filme sensação em Cannes, dirigido por Coralie Fargeat, vira a cultura da beleza tóxica do avesso com uma fábula atemporal sobre "cuidado com o que você deseja". Explosivo, provocativo e perturbador, "A Substância" consolida Coralie como uma cineasta interessante e visionária.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Não Fale o Mal" ("Speak No Evil") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: Nando Reis lança álbum "Uma Estrela Misteriosa Revelará o Segredo"


Divulgado em etapas no formato digital, o projeto ambicioso com quatro álbuns agora é disponibilizado em sua totalidade nas plataformas de áudio. Foto: Lorena Dini


Com mais de quatro décadas de uma carreira sólida, o cantor e compositor paulistano Nando Reis se reinventa mais uma vez e apresenta o ambicioso álbum quádruplo "Uma Estrela Misteriosa Revelará o Segredo". A unificação dos discos (que foram lançados em etapas nas plataformas de áudio) ocorre no mesmo dia do início da turnê, 20 de setembro. Nando escolheu um caminho ousado para divulgar seu novo trabalho, desafiando as tendências do mercado fonográfico. Ele optou por disponibilizar por completo os quatro álbuns em um box especial em vinil, mas lançou gradualmente em formato digital, para que o público absorvesse com calma cada detalhe de sua obra. Agora, os quatro álbuns chegam finalmente às plataformas de streaming de áudio de forma completa e unificada (ouça aqui).

“Finalmente estou lançando um trabalho com músicas inéditas. É um projeto robusto, com 30 músicas. Esses discos têm uma coisa muito interessante, porque as músicas são de diferentes épocas, de 1988 a 2024, mas, ao mesmo tempo, ele não é uma compilação. Todas as canções foram trazidas para o meu momento atual, não só em relação à sonoridade, mas também à minha pessoa, cabeça”, explica Nando. Sobre o quarto disco, "Revelará o Segredo", que chega como um bônus para os ouvintes, ele acrescenta: “O segredo foi revelado. Era secreto pois não era esperado, vem oculto pra quem gostar do conjunto das composições e das prateleiras. Um disco bônus que foi gravado e concebido depois do disco triplo. Ele foi inesperado, tem três regravações e coordena canções recentes com canções antigas achadas em uma demo. Tem uma sonoridade única e muito adequada para as próprias canções”.

O terceiro álbum, "Misteriosa", começa com “O Muro”. Nela, o cantor explora uma sonoridade dançante e envolvente, onde o eco torna-se um elemento central, como se sua voz surgisse através de um muro. A melodia cuidadosamente composta pelo baterista e produtor dos álbuns, Barrett Martin, conta com a colaboração de Matt Cameron, baterista do Pearl Jam. Em “Ginger e Red”, Nando mergulha em um universo roqueiro para narrar a história de um casal cujas diferenças se destacam apesar da semelhança de seus cabelos ruivos. A paixão que os une supera os desencontros, permitindo que a intimidade prevaleça. Esta faixa recebe a participação de Lenny Kaye, renomado guitarrista de Patti Smith. 

“Na Lagoa” nasce a partir de uma fotografia que reacendeu memórias antigas. Nando dedicou dois dias para escrever esta canção, em uma reflexão sobre a profundidade emocional da imagem. Em contraste, “Enfim” surgiu de forma quase espontânea: o artista levou apenas uma hora para criar a letra e a melodia a partir de uma demo de Barrett e do guitarrista Peter Buck, co-fundador da banda R.E.M, que gravou as canções e participa dos shows da turnê. “É uma música de geração espontânea, feita em uma tarde. É como se eu tivesse adentrado em um campo magnético que me permitiu fazer a letra e a melodia da canção”, explica.

Junto de um arranjo de instrumentos e das vozes de Pedro Lipa e Sebastião Reis, “Diz pra Mim” apresenta um texto familiar aos fãs de Nando. Um poema que já ressoou em outras ocasiões, como na turnê com ANAVITÓRIA, em 2018. A música ganha uma nova versão, mantendo sua essência emocional. “Macapá”, uma das quatro regravações do álbum, foi feita durante um voo de Nando para a cidade em questão. “Tudo Está Aqui Dentro”, criada a partir de uma demo feita por Peter, fala sobre um vínculo de amizade e da saudade de uma pessoa que não está mais presente. Já “Tome O Seu Lugar”, que finaliza o terceiro disco, conta com contribuições de Krist Novoselic, lendário baixista do Nirvana, tocando acordeon. A canção explora o paradoxo de amar alguém com características que inicialmente não atraem, ou não deveriam atrair. Nando deixa o significado final para a interpretação dos ouvintes, convidando-os a descobrir esse lugar especial por conta própria.

Nando inicia o álbum "Revelará o Segredo" com a música “Corpo e Colo”, uma das quatro regravações do projeto. Escrita durante um voo, a música foi primeiramente usada no disco Novela (2024), da cantora e compositora paulistana Céu. A segunda canção, “Rhipsalis”, aborda uma história pessoal, que surgiu após a trágica perda de uma cantora com quem Nando tinha um encontro marcado. Inicialmente com outro nome, a música foi adaptada para explorar a perda e o desencontro, apenas do ponto de vista do autor. “Aparição” destaca-se pela melodia feita por Pedro Baby, que inspirou Nando Reis a compor uma letra mais rápida e fluida. 

A composição é marcada por acordes inovadores que fogem da sintaxe usual do cantor. Já a música bônus, “Depois de Amanhã”, feita em 1996 e recuperada de uma demo original, foi finalmente gravada após ser revisitada durante a pandemia. Ela, que se manteve sempre na memória de Nando, mesmo nunca tendo sido gravada, apresenta uma letra evocativa e conta com a participação especial de Fernando Magalhães, o que é muito significativo, já que Fernando é quem está tocando com ele na demo em questão. “Firmamento” combina duas partes distintas e uma letra incompleta. “Finalizada em Maceió, essa música explora a ideia do firmamento como um símbolo de desejo, de quando uma pessoa te promete o céu”, explica. “Para Voar”, a quarta regravação do disco, foi concebida originalmente com uma melodia destinada a uma voz feminina. A faixa representa bem o caráter curioso do disco bônus, sendo uma escolha adequada para refletir o espírito leve e exploratório do álbum.

Produzido por Barrett Martin, com co-produção de Felipe Cambraia,  produção executiva de Diogo Damascena e mixado por Jack Endino, os álbuns contam com Nando na voz e violão, junto de Barrett (bateria), Cambraia (baixo), Walter Villaça (guitarra), Peter Buck (guitarra) e Alex Veley (teclados), além de participações de outros músicos ao longo das faixas, como Mike McCready (guitarra) e Matt Cameron (bateria), ambos integrantes do Pearl Jam; Duff McKagan (baixo), do Guns N’ Roses; Sebastião Reis (violão de 12 cordas), da banda Colomy; e Krist Novoselic (baixo), ex-integrante do Nirvana. “Esse trabalho é realmente uma obra-prima em termos de composição e experimentação musical, com 30 músicas que transitam por diversos gêneros, como rock, soul, R&B, samba e música clássica. Ironicamente, as origens desse álbum gigante são bastante humildes”, afirma Barrett. 

"Uma Estrela Misteriosa" surgiu de forma despretensiosa. A princípio, Nando e sua banda se reuniram no estúdio Da Pá Virada, em São Paulo, para a gravação de duas músicas inéditas para o programa “Singing Earth”, idealizado por Barrett. “Fomos tão bem que acabamos gravando dez músicas. Nesse meio tempo, ele escreveu outras dez. Apesar de não termos planejado, quando nos demos conta, estávamos gravando um álbum. Foi tudo muito rápido e natural”, lembra Barrett. “'Uma Estrela Misteriosa' é como um auto-retrato, uma antologia, um passeio pelo zoológico-cósmico que vai da memória ao sonho, da realidade à utopia.  Sou eu vezes eu, somado a todos que estão ao meu redor”, explica Nando. O registro do processo de criação e gravação das canções, inclusive, se transformou em um documentário homônimo, com direção de Raimo Benedetti.  

Além do lançamento quádruplo, Nando se prepara para viajar pelo país apresentando o novo trabalho. O guitarrista Peter Buck (co-fundador da banda R.E.M) e o produtor e baterista Barrett Martin (da Screaming Trees) participarão de boa parte dos shows confirmados da turnê Uma Estrela Misteriosa, que terá início pela região Amazônica, em 20 de setembro, em Macapá, para celebrar o Equinócio de Primavera, e também tem passagem confirmada por Belém, Manaus, Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo, Salvador, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, entre outras (confira as demais datas e cidades no final deste texto). Os ingressos já estão disponíveis (acesse aqui).

Nando fundamenta a nova turnê em quatro pilares centrais: inclusão, superação, sustentabilidade e autenticidade. O projeto terá uma pessoa dedicada a pensar em todas as frentes para a inclusão de portadores de necessidades especiais, intérprete de libras em todas as apresentações, buscará fornecedores locais para produção de itens exclusivos por onde a turnê passar e selecionará artistas regionais para gravarem uma música de sua escolha do álbum "Uma Estrela Misteriosa" em colaboração com o Nando Reis. Já o viés de superação diz respeito à luta do cantor durante anos contra o alcoolismo e as drogas. Uma Estrela Misteriosa é o primeiro projeto feito pelo artista completamente sóbrio. A preocupação com o meio ambiente é uma das principais bandeiras levantadas pelo músico e, por isso, a turnê respeitará protocolos e indicadores alinhados aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.


Ficha técnica

1. O Muro
Voz e violão: Nando Reis
Bateria: Barrett Martin e Matt Cameron
Baixo: Felipe Cambraia
Guitarra: Walter Villaça e Peter Buck
Teclados: Alex Veley
Backing vocals: Eva Walker, Alex Veley e Barrett Martin
Arranjo de metais: Barrett Martin
Trompete: Dave Carter
Sax Tenor e Barítono: Skerik
Percussão: Kainã do Jêje, Márcio Brasil, Cara de Cobra e Ícaro Sá
Composição: Nando Reis, Peter Buck e Barrett Martin

2. Ginger e Red
Voz e violão: Nando Reis
Bateria: Barrett Martin
Baixo: Felipe Cambraia
Guitarra: Walter Villaça, Peter Buck e Lenny Kaye
Teclados: Alex Veley
Cowbell: Lisette Garcia
Arranjo de metais: Barrett Martin
Trompete: Dave Carter
Sax Tenor e Barítono: Skerik
Composição: Nando Reis


3. Na Lagoa
Voz: Nando Reis
Violão: Nando Reis e Sebastião Reis
Bateria: Barrett Martin
Baixo: Felipe Cambraia
Guitarra: Walter Villaça e Peter Buck
Teclados: Alex Veley
Bells: Lisette Garcia
Composição: Nando Reis


4. Enfim
Voz e violão: Nando Reis
Bateria: Barrett Martin
Baixo: Felipe Cambraia
Guitarra: Walter Villaça e Peter Buck
Teclados: Alex Veley
Bells: Lisette Garcia
Arranjo de metais: Barrett Martin
Trompete: Dave Carter
Sax Tenor e Barítono: Skerik
Composição: Nando Reis, Peter Buck e Barrett Martin


5. Diz pra mim
Voz: Nando Reis, Sebastião Reis e Pedro Lipa
Violão: Nando Reis
Bateria: Barrett Martin
Baixo: Felipe Cambraia
Guitarra: Walter Villaça e Peter Buck
Teclados: Alex Veley
Violão de 12 cordas: Sebastião Reis
Backing Vocals: Alex Veley e Barrett Martin
Vibraphone e Pandeirola: Barrett Martin
Viradas de bacteria: Matt Cameron
Arranjo para Orquestra e regência: Ruriá Duprat
Violinos 1: Flávio Geraldini (Spalla Violinos I), Kleberson Cristiano Figueira Buzo, Gerson Nonato de Sousa, Andréa de Araújo Campos e Thais de Souza Morais
Violinos 2: Gabriel Gorun, Cintia Zanco, Sílvia Velludo, Ebenezer Florencio e Tiago Paganini
Violas: Davi Caverni (Spalla Violas), Rafael Martinez e Natalia Visoná
Violoncelos: Sérgio Schreiber (Spalla Violoncelos), Marisa Silveira e Gustavo Lessa
Flauta Transversal: Marta Ozzetti
Clarinete: Michel Moraes
Trompas: Francisco Duarte e Leanderson Ferreira
Composição: Nando Reis


6. Macapá
Voz e violão: Nando Reis
Bateria: Barrett Martin
Baixo: Felipe Cambraia
Guitarra: Walter Villaça e Peter Buck
Teclados: Alex Veley
Violão 12 cordas: Sebastião Reis
Backing Vocal: Eva Walker, Alex Veley e Barrett Martin
Vibraphone, Arranjo de Metais: Barrett Martin
Trompete: Dave Carter
Sax Tenor e Sax Barítono: Skerik
Composição: Nando Reis


7. Tudo Está Aqui Dentro
Voz e violão: Nando Reis
Bateria: Barrett Martin
Baixo: Felipe Cambraia
Guitarra: Walter Villaça e Peter Buck
Teclados: Alex Veley
Backing Vocals: Sebastião Reis, Pedro Lipa, Alex Veley e Barrett Martin
Bells: Lisette Garcia
Composição: Nando Reis, Peter Buck e Barrett Martin


8. Tome O Seu Lugar
Voz e violão: Nando Reis
Bateria: Barrett Martin
Baixo: Felipe Cambraia
Guitarra: Walter Villaça e Peter Buck
Teclados: Alex Veley
Acordeon: Krist Novoselic
Triângulo: Barrett Martin
Composição: Nando Reis


Álbum mixado por Jack Endino no estúdio Soundhouse, em Seattle (EUA)
Masterizado por Chris Hanzsek no estúdio Hanzsek Audio, em Snohomish (EUA)
Gravado por Thiago “Big” Rabello no estúdio Da Pá Virada, em São Paulo
Assistente de gravação Gustavo Foppa


Gravações adicionais:
Brad Laina no estúdio Strange Earth, em Seattle (EUA)
Barrett Martin no estúdio Sunyata Sound, em Olympia (EUA)
Jack Endino no estúdio Soundhouse, em Seattle (EUA)
Joshua Evans no estúdio Hockeytalkter Studios, em Seattle (EUA)
Pedro Luz e Alexandre Fontanetti no estúdio Space Blues, em São Paulo

Rodies: Michel Harley e Alexandre Duayer
Co Produção: Felipe Cambraia
Produção executiva: Diogo Damascena
Business Controller: Marcelo Rodrigues
Relicário Produções: Paloma Lima, Beatriz Martinz, André Santos, Renata Megale, Fabiana Clemente, William Oliveira e Bruno Furtado


 


Ficha técnica - "Revelará o Segredo"

1. Corpo e Colo
Voz: Nando Reis
Guitarra: Nando Reis e Andy Coe
Órgão Hammond: Joe Doria
Baixo: Evan Flory-Barnes
Bateria, Vibrafone, Shaker, Sinos e Pandeiro: Barrett Martin
Arranjo de Trompa e Trombone: Antonio Neves
Saxofone Tenor: Eduardo Neves
Saxofone Alto: Eduardo Neves
Trompete: Eduardo Santana


2. Rhipsalis
Voz e violão: Nando Reis
Órgão Hammond: Joe Doria
Guitarra: Andy Coe
Baixo: Evan Flory-Barnes
Bateria, Sintetizador, Pandeiro e Backing Vocals: Barrett Martin
Trompete: Dave Carter
Saxofones tenor e barítono: Skerik 


3. Depois de Amanhã
Voz e violão: Nando Reis
Órgão Hammond: Joe Doria
Guitarra: Andy Coe - 1º Solo | Fernando Magalhães - 2º Solo
Baixo: Evan Flory-Barnes
Bateria, Congas, Shaker, Cowbell e Pandeireta: Barrett Martin
Trompete: Dave Carter
Saxofone Tenor e Barítono: Skerik


4. Firmamento
Voz e violão: Nando Reis
Órgão Hammond: Joe Doria
Guitarra e Solo: Andy Coe
Baixo Elétrico: Evan Flory-Barnes
Bateria e Pandeiro: Barrett Martin
Clavinet: Alex Veley
Ganza, Tamborim e Congas: Pretinho da Serrinha
Trompete: Dave Carter
Saxofone Tenor e Barítono: Skerik


5. Para Voar
Voz e violão: Nando Reis
Piano: Joe Doria
Guitarra: Andy Coe
Baixo vertical: Evan Flory-Barnes
Bateria, Vibrafone e Pandeiro: Barrett Martin
Trompete: Dave Carter
Saxofone tenor e barítono: Sherik


Produzido por Barrett Martin
Mixado por Jack Endino no Soundhouse, em Seattle (EUA)
Gravado por Jack Endino no Avast Studios, em Seattle (EUA)
Gravação adicional por Brad Laina e Barrett Martin no Sunyata Sound,  em Olympia (EUA)
Masterizado por Chris Hanzsek no Hanzsek Audio, em Snohomish (EUA)


Datas da turnê "Uma Estrela Misteriosa": 
28/09 - Belo Horizonte, no Palácio das Artes
4/10 - Fortaleza, na Arena Iguatemi
5/10 - Teresina, no Theresina Hall
12/10 - São Paulo, no Espaço Unimed
19/10 - Natal, no Teatro Riachuelo
20/10 - Salvador, na Concha Acústica
24/10 - Recife, no Teatro Guararapés
26/10 - Aracaju, no Salles Multi Eventos
2/11 - Ribeirão Preto, no Theatro Dom Pedro
8/11 - Vitória, no Espaço Patrick Ribeiro
23/11 - Curitiba, no Teatro Guaíra
30/11 - Rio de Janeiro, na Farmasi Arena
3/12 - Caxias do Sul, no Teatro UCS
4/12 - Novo Hamburgo, no Teatro FeeVale
5/12 - Pelotas, no Teatro Guarany
6/12 - Porto Alegre, no Auditório Araújo Viana
7/12 - Chapecó, no Centro de Eventos Camino 110
8/12 - Passo Fundo, no Gran Palazzo
13/12 - Brasília, no Ulisses
15/12 - Goiânia, no Teatro da PUC
22/12 - Campinas, no Royal 

.: Semifinalista do Booker Prize faz retrato crítico da solidão dos millennials


Em "Regras do Amor na Cidade Grande", lançado no Brasil pela editora Record, um jovem gay busca a felicidade na solitária capital coreana. Sang Young Park faz neste romance enérgico um retrato irônico e comovente da solidão dos millennials e das alegrias e desventuras da vida queer em Seul. O livro, que aborda com profundidade temas delicados, como HIV, aborto, homofobia, foi semifinalista do The International Booker Prize em 2022. O livro ganhou uma adaptação cinematográfica, estrelada por Jang Hye-jin, que atuou no celebrado filme "Parasita", e Noh Sang-hyun, ator da série "Pachinko". A estreia é prevista para outubro na Coreia do Sul. A tradução é de Adriano Scandolara.

No romance, Young é um jovem coreano que, entre os estudos e o trabalho, vive intensamente as noites de Seul e coleciona homens que conhece no Tinder. Ele e Jae-hee — sua melhor amiga, com quem divide apartamento — frequentam bares próximos, onde deixam de lado as preocupações sobre vida amorosa, família e dinheiro se jogando em rodadas de soju e cigarros que guardam no freezer.

No entanto, com o tempo, tudo muda, até mesmo Jae-hee. Depois de muitas desilusões amorosas e uma vida de solteira intensa, ela decide se casar, para surpresa do amigo. Young, então, passa a morar sozinho e divide o tempo entre alguns empregos — para pagar as contas —, a escrita e os cuidados com a mãe, com quem tem uma relação complicada e que foi diagnosticada com câncer em estágio avançado.

Na ânsia por se livrar do constante sentimento de solidão, Young busca companhia em uma série de homens, e cada um tem um impacto diferente em sua vida. Entre eles, um homem mais velho e politizado, mas que demonstra dificuldades em assumir sua orientação sexual; outro que lhe deixa algo que terá de carregar por toda a vida; e um que pode acabar sendo seu grande amor.

"Regras do Amor na Cidade Grande" é um romance que, com boas doses de humor irônico, apresenta um retrato nu e cru dos dilemas e preconceitos sofridos por um homem gay millennial na Coreia do Sul, além de nos fazer refletir de modo profundo sobre temas delicados da vida contemporânea. Ao acompanhar o amadurecimento de Young, experimentamos, de maneira visceral, o esforço pelo direito de ser quem somos e a solidão e as alegrias que emergem do amor. Compre o livro "Regras do Amor na Cidade Grande" neste link.


Sobre o autor
Sang Young Park
nasceu em Daegu, Coreia do Sul, em 1988. Formado em francês e em jornalismo pela Universidade Sungkyunkwan, cursou o mestrado em escrita criativa na Universidade Dongguk. Trabalhou como editor de revista, copywriter e consultor por sete anos antes de estrear como romancista. Em 2016, Park recebeu o prêmio sul-coreano Munhakdongne New Writers Award com o texto “Searching for Paris Hilton”, e em 2018 publicou sua coletânea de contos "The Tears of an Unknown Artist, or Zaytun Pasta", que está entre os mais lidos da Words Without Borders. Sua segunda obra e primeiro romance, "Regras do Amor na Cidade Grande", foi semifinalista do Booker Prize em 2022. Atualmente, o autor mora em Seul. Garanta o seu exemplar de "Regras do Amor na Cidade Grande" neste link.

Ficha técnica
"Regras do Amor na Cidade Grande"
Título original: "Love in the Big City"
Autor: Sang Young Park
Tradução: Adriano Scandolara
252 páginas
Editora Record | Grupo Editorial Record
Compre o livro neste link

.: Com Lucas Gonçalves, da Maglore, UmQuarto inaugura nova fase com clipe


Single “Café com Leite” é o primeiro gravado inteiramente com os músicos da nova formação. Na imagem, da esquerda para a direita: Rafael Salib (guitarra), Mayer Soares (baixo), Bezão (teclado) e Rafa Nogueira (bateria). Foto: Manu d'Eça


Até que ponto a arte deixa de fazer sentido e torna-se mais um trabalho sem alma? A partir deste questionamento que envolve críticas ao capitalismo e suas corrupções na arte, o single “Café com leite” inaugura uma nova fase do UmQuarto, banda de Santa Catarina. Com influências que misturam a vibe do Clube da Esquina - e a simplicidade do café com leite - e os arranjos complexos e bem trabalhados do Final Fantasy, a música também traz a participação de Lucas Gonçalves, baixista da Maglore, e que já tocou anteriormente com a banda, na música “El Flaco” (2021). Lançada juntamente com um clipe que representa a fase mais concisa e confortável do UmQuarto, a canção estará disponível nas principais plataformas de streaming no dia 26 de setembro (quinta-feira).

O clipe de “Café com Leite” foi gravado em take único, com toda a banda tomando café da manhã e recebendo pessoas importantes na trajetória do UmQuarto. Em uma “bagunça matinal”, a ideia foi trazer um clipe divertido e que encarnasse a ideia da arte pela arte, evocada na letra. Em uma nova direção criativa, clipe e música representam as novas explorações do grupo manezinho, que aglutina o jazz com a bossa nova, o rock e o blues.

“Nossas novas composições estão refletindo isso. Temos planos para gravar e lançar nosso terceiro disco em 2025 (que será também o primeiro com a nova formação), e planejamos muita musicalidade e vocalização para esse trabalho. Além do mais, as letras terão um ar mais otimista e humorado. E somando isso ao fato de que os novos integrantes são compositores também. Isso dará uma nova cara para as composições do UmQuarto”, revela Mayer Soares, baixista e vocalista.

O lançamento de “Café com Leite” também marca o reencontro de dois grandes amigos que fizeram parte da banda Besouros da Praia, de Florianópolis (Santa Catarina): Bernardo Flesch (Bezão) e Matheus Massa. Enquanto caminhamos cada vez mais para uma vida acelerada e sem tempo para viver, focada no excesso de trabalho, excesso de informação, a música é uma ode ao ócio, à contemplação.

“A música é um grito de socorro em nome da Arte livre, feita para ‘nada’, ou seja, para a pura fruição artística, sem se preocupar com as ‘demandas de mercado’. A metáfora do ‘Café com leite’ faz alusão à infância, às crianças mais novas que eram inseridas em jogos com as crianças mais velhas, porém sem valer as regras para elas: eram chamadas de ‘café com leite’. Não queremos competir o tempo todo, ainda tendo nossas vidas em cheque. Queremos apenas dignidade, e acredito que esta seja a verdadeira chave para uma vida cultural muito mais aberta, diversa, criativa, interessada, curiosa e saudável”, avalia Bezão, tecladista e vocalista na faixa.

Gravada ao vivo no estúdio, sem a utilização de metrônomo, o desafio de gravar “Café com Leite” foi trazer a organicidade desejada para a finalização da faixa. A experiência de Mauricio Peixoto, da banda Outros Bárbaros, na gravação fez com que este desafio fosse facilmente superado. Fundado em 2020, durante a pandemia, o UmQuarto é uma banda de rock com influências do blues e da psicodelia, baseada em Florianópolis (SC). Com shows que unem a improvisação e o experimentalismo, o grupo traz em seu repertório as canções de seus dois discos autorais lançados: “O Meio do Caminho” (2023) e “Apenas” (2021).


Ficha técnica
O single “Café com Leite” é uma composição de Bezão em parceria com Matheus Massa e traz os músicos do UmQuarto Bezão (piano e voz), Mayer Soares (baixo, backing vocal e voz), Rafael Salib (guitarra e backing vocal) e Rafa Nogueira (bateria e backing vocal). Com participações especiais de Lucas Gonçalves (violão) e Cassiani Tasca (backing vocal). A produção musical é do Felippe Pompeo, com gravação do Maurício Peixoto (Bárbaro Estúdio). A mixagem foi de Mayer Soares com João Peters. Já a masterização é do Alexei. As fotos de divulgação são de Manu d'Eça. A capa é uma ilustração criada por Mayer Soares.

O clipe conta com direção e edição do Mayer Soares, com fotografia da Manu d'Eça. Fazem parte do clipe, como elenco, Mayer Soares, Bezão, Rafael Salib, Rafa Nogueira, Manu d'Eça, Cassiani Tasca, Roberta Pedro, Daniel Silva, Kamila Farias, Garcez Filho, Cláudia Poffo, Diego Stecanela (como Remédio) e Amanda Becker.

"Café com Leite" - UmQuarto (videoclipe)

sábado, 21 de setembro de 2024

.: Tudo sobre “143”, o novo álbum de estúdio de Katy Perry


Foto: Jack Bridgland

“143”, o sexto álbum de estúdio de Katy Perry, foi lançado hoje pela Capitol Records. Katy arquitetou um álbum de dance pop ousado, exuberante e celebrativo, com a simbólica expressão numérica 143, do amor como mensagem central. O resultado é um retorno à forma sexy e destemido. Repleto de hinos pop empoderadores, sensuais e provocantes, do tipo que os fãs aprenderam a amar, “143” é um álbum com muito coração — e BPMs. 

A superestrela do pop mundial celebrou o lançamento do álbum fazendo um show sold-out para mais de 100 mil fãs no Rock in Rio no Brasil (foi a primeira apresentação de Katy no festival do Rio de Janeiro desde 2015). Na semana passada, Katy fez um retorno épico ao palco da MTV, em sua primeira aparição na cerimônia de entrega do VMA desde 2017. Cinco vezes vencedora do VMA, ela recebeu o prêmio Video Vanguard Award 2024 e apresentou um medley de seus maiores sucessos. A performance incluiu a estreia na televisão de dois singles do “143”: “I'm His, He's Mine”, com participação surpresa de Doechii, e “Lifetimes”

Pouco depois, Katy lançou o vídeo oficial de “I'm His, He's Mine”.A “Billboard” descreveu assim: “Se você ainda estiver limpando o vapor da tela da performance de estreia imprópria para assistir no trabalho de Katy Perry cantando ‘I'm His, He's Mine’ com Doechii durante o medley de sua carreira no VMAs de 2024, aperte o cinto! Porque o vídeo oficial é igualmente provocante”.  A revista People observou: “Katy Perry não deixou pedra sobre pedra em sua performance no videoclipe de ‘I'm His, He's Mine’”. O site Uproxx ficou maravilhado: “De acrobacias ousadas a demonstrações públicas de afeto, Katy Perry e Doechii não se seguram pra nada”. “143” também inclui participações de 21 Savage, Kim Petras e JID. Confira abaixo a lista de faixas.

Com um total de 115 bilhões de streams e vendas mundiais ajustadas de mais de 70 milhões de álbuns e 143 milhões de faixas, Katy é uma das artistas com melhores indicadores de vendas em todos os tempos. Ela é uma das cinco únicas artistas na história da RIAA (Associação Americana da Indústria de Gravação) com 100 milhões em faixas certificadas. Com “143”, ela lança uma nova e empolgante era em sua carreira de recordes pop.


Lista de faixas – “143”

1.    WOMAN’S WORLD

2.    GIMME GIMME (feat. 21 Savage)

3.    GORGEOUS (feat. Kim Petras)

4.    I’M HIS, HE’S MINE (feat. Doechii)

5.    CRUSH

6.    LIFETIMES

7.    ALL THE LOVE

8.    NIRVANA

9.    ARTIFICIAL (feat. JID)

10.  TRUTH

11.  WONDER

.: “Acústico: Novos Horizontes”, álbum cultuado ganha edição em vinil duplo


Por Pedro Só, em setembro de 2024

Cultuado pelos fãs, “Acústico: Novos Horizontes”, da banda Engenheiros do Hawaii, é daqueles discos que ganha melhor avaliação a cada década que passa. Editado originalmente em CD e DVD, em 2007, ele ressurge agora, 17 anos depois, em vinil duplo, via Universal Music. O álbum está disponível na UMusic Store neste link. Curiosamente, o formato permite um corte narrativo interessante na experiência do ouvinte, bastante em sintonia com as concepções progressivas/classic rock de Humberto Gessinger, líder da banda. Ele recentemente elogiou o trabalho nos seguintes termos: “Se tivesse que rever todas as obras do grupo, ‘Novos Horizonte’ é a única em que eu não mexeria em nada”.

“Acústico Novos Horizontes” coroou uma fase predominantemente “desplugada” do grupo - mais que uma fase, toda uma parte importante da essência do trabalho dos Engenheiros. Depois do grande sucesso de “Acústico MTV”, que saiu no fim de 2004, eles seguiram promovendo o disco com um show naquele formato por dois anos. Ao longo desse tempo, Humberto Gessinger se aprofundou nas investigações com bandolim e piano, comprou uma viola caipira e, empolgado, montou um repertório novo, usando tudo que aprendeu.

Com Humberto em voz, violão (seu Di Giorgio “de estimação”), viola caipira, piano, bandolim e harmônica (gaita no Rio Grande do Sul é outra coisa), a formação da banda em 2007 incluía Fernando Aranha no violão, Bernardo Fonseca ao baixo, Gláucio Ayala na bateria e nos vocais de apoio e Pedro Augusto nos teclados. A gravação aconteceu em 30 e 31 de maio de 2007, no antigo Palace (na época Citibank Hall), na capital paulista, diante de fãs, sem celebridades na plateia.

O repertório traz nove temas até então inéditos e nove releituras. A faixa-título, “Novos Horizontes”, dá nova chance a uma balada lançada em 2000 (no álbum “10.000 Destinos”). Entre as novas, se destacam a groovada “Vertical”, o lamento folk de perplexidade “Guantánamo”, com gaitinha dylaniana, “No Meio de Tudo, Você” e “Não Consigo Odiar Ninguém”, esta última inspirada pelo começo da era das redes sociais. Na atualíssima “Cinza”, sobre aquecimento global, Carlos Maltz, ex-baterista e cofundador da banda, participa, arriscando-se num rap. Com levada de rock básico, “A Onda”, gravada originalmente no disco “Humberto Gessinger Trio” (1996), traz outra participação especial, a filha de Humberto, Clara Gessinger. Ela canta também o número seguinte, o sucesso “Parabólica”, que inspirou quando era bebê (lançada em 1992).

Humberto costuma dizer que vê as canções como formas vivas, e curte muito mexer nos arranjos. Mas seus experimentos seguem uma linha conceitual com ourivesaria, distantes dos exercícios de desconstrução à moda de Bob Dylan. “Toda Forma de Poder”, por exemplo, é reinventada em outro punch, mas não desfigurada, em mistura com “Chuva de Containers” no recheio e na finalização. As intervenções à harmônica (aí, sim, dylanianas) são trunfos em “Simples de Coração”. “Alívio Imediato” e “Piano Bar” também ressurgem em ótimas versões. No encerramento, fiel ao plano gessingeriano de colocar o público no centro do trabalho dos Engenheiros, “Pra Ser Sincero” se descortina para o coro dos fãs, buscando a emoção máxima da experiência de quem estava lá. Como devem ser todos os discos ao vivo.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

.: Resenha: "A Substância" e o terror da beleza feminina "perdida" na velhice

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em setembro de 2024


Usufruir da beleza jovial deixa de ser realidade quando a idade avança, uma dificuldade maior para mulheres que vivem na mídia. Contudo, nem todas sabem lidar com tal passagem e, muito menos, aceitam as transformações. No longa dirigido por Coralie Fargeat ("Vingança"), "A Substância", estrelado por Demi Moore ("Ghost - Do Outro Lado da Vida" e "Proposta Indecente") e Margaret Qualley ("Tipos de Gentileza" e "Pobres Criaturas") é essa não aceitação que leva a famosa por liderar um programa de aeróbica, Elisabeth Sparkle (Demi Moore), com uma estrela na calçada da fama e tudo, a buscar uma versão melhor de si quando, por obra do destino, ouve de seu chefe, Harvey (Dennis Quaid) que está ultrapassada (velha) e pretende substituí-la por uma moça.

Todavia, no dia do aniversário Elisabeth -outro pânico de quem luta para não envelhecer- se envolve num acidente de trânsito e é levada ao hospital. Sem ferimentos graves, cruza com um enfermeiro jovem que promete uma incrível mudança. Apesar da relutância a senhora Sparkle faz uma ligação e vai até um local ermo, iniciando uma misteriosa jornada capaz de gerar a perfeita Sue (Margaret Qualley). No entanto, há regras a serem seguidas, como por exemplo, a de fazer a troca entre ambas a cada sete dias. 

Sue, tal qual uma jovem sem limites, pensa saber tudo e tenta resolver os probleminhas das trocas de seu modo, afetando Sparkle que ganha um dedo podre -inicialmente. Numa batalha dela com ela mesma, ou seja, Elisabeth e Sue, que são uma só -algo como acontece na animação clássica "Jem e as Hologramas", quando Jerrica tem ciúmes de Jem. Numa rivalidade com seu próprio eu, o pior acontece e se faz presente, num programa ao vivo de Natal, quando toda a beleza vira uma assombrosa monstruosidade. 

"A Substância" é tão ágil e surpreendente na telona a ponto não fazer sentir as 2h20 de filme passarem. De texto perspicaz entregando dualidades a todo momento, focando as cobranças do mundo dos homens com as mulheres que precisam sempre estarem lindas, poderosas e, claro impecáveis, mesmo após os 50 anos. Por outro lado, dos homens o que se vê são atos asquerosos e selvagens exigindo do objeto mulher a obrigação de se manter perfeita nos padrões da beleza eterna.

A produção com roteiro também de Coralie Fargeat, faz uma dobradinha excelente em cena com Demi Moore e Margaret Qualley, além das participações importantes de Dennis Quaid e até Oscar Lesage ("Brigitte Bardot"). Com toque dos clássicos "Crepúsculo dos Deus", "Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio", "Carrie, a Estranha", "A Mosca", "A Morte Lhe Cai Bem", "O Iluminado", ou o mais recente "Jogos Mortais", "A Substância" transborda o ar da série antológica "American Horror Story", o início da temporada "1984", com o maiô e as polainas de Elisabeth e Su fazendo aeróbica quando estão prestes a viverem o puro horror. Há também um pouco da primeira parte de "American Horror Story: Double Feature", "Red Tide", sendo que no filme não são ingeridas pílulas, mas injeções satisfazem o protagonista.

O longa cheio de meandros e criticidades é impecável, não à toa levou o prêmio no Festival de Cannes por melhor roteiro. "A Substância" é profundo, delicado e surpreendente, e em meio a objetificação estética feminina, consegue estampar uma sequência de filme de terror gore digna do desfecho de Ash em "Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio" ou da sabotagem no baile à protagonista de "Carrie, a Estranha". Sim! Há sangue jorrando para todos os lados enquanto um monstro só pede para voltar a ser amado mesmo que não tenha mais a beleza a seu favor. Filmaço imperdível!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"A Substância" (The Substance). Ingressos on-line neste linkGênero: terror, ficção científicaClassificação: 18 anos. Duração: 2h20. Ano: 2024. Distribuidora: Mubi. Direção: Coralie FargeatRoteiro: Coralie Fargeat. Elenco: Demi Moore, Margaret Qualley, Dennis QuaidSinopse: Elisabeth Sparkle, renomada por um programa de aeróbica, enfrenta um golpe devastador quando seu chefe a demite. Em meio ao seu desespero, um laboratório lhe oferece uma substância que promete transformá-la em uma versão aprimorada. Confira os horários: neste link

Trailer de "A Substância"

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.: "Hospício É Deus", de Maura Lopes Cançado, volta às livrarias


Publicado originalmente em 1965, "Hospício É Deus", de Maura Lopes Cançado, mescla memórias de infância com relatos de sucessivas internações em hospitais psiquiátricos. Lançado pela Companhia das Letras, o livro é um depoimento brutal escrito em primeira pessoa por um dos nomes mais instigantes da literatura brasileira do século XX.“Não creio ter sido uma criança normal, embora não despertasse suspeitas. Encaravam-me como a uma menina caprichosa, mas a verdade é que já era uma candidata aos hospícios onde vim parar”, afirma a autora no livro.

É desconcertante a sinceridade com que a autora desfia as lembrança delas. Sem nunca escorregar no sentimentalismo ou na autopiedade, este volume é um poderoso testemunho sobre a trajetória da autora, que viveu uma infância abastada no interior de Minas Gerais antes de passar por diversas internações em hospitais psiquiátricos em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.

Leitora ávida, tida como revelação literária dos anos 1960, a escritora – que por décadas ficou relegada ao ostracismo – convida os leitores a refletir sobre os limites entre razão e loucura, ficção e memória, realidade e imaginação. Compre o livro "Hospício É Deus"neste link.


Sobre a autora
Maura Lopes Cançado
 nasceu em 1929 em São Gonçalo do Abaeté, Minas Gerais. É autora de "Hospício É Deus" (1965) e do volume de contos "O Sofredor do Ver" (1968). Morreu em 1993, no Rio de Janeiro. Compre o livro "Hospício É Deus" neste link.

Ficha técnica
"Hospício É Deus"
Autora: Maura Lopes Cançado
Número de páginas: 288
Lançamento: 24 de setembro de 2024
Compre o livro neste link.

.: Crítica musical: Arnaldo Baptista - Os 50 anos do "Loki?"


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Há 50 anos, depois de deixar a banda Mutantes, Arnaldo Baptista se lançava em uma carreira solo com um dos discos mais emblemáticos da nossa MPB. "Loki?" não só é cultuado como uma das obras musicais mais geniais, como até hoje representa uma espécie de cartão solitário de visitas do músico, que depois enfrentaria sérios problemas de saúde.

A produção de Roberto Menescal e Marco Mazzola deixou Arnaldo Baptista à vontade para colocar seu projeto em prática: gravar um disco inteiro sem usar guitarras. Somente piano acústico, teclados, baixo e bateria. Os arranjos orquestrados são do tropicalista Rogério Duprat. Liminha (baixo) e Dinho (bateria), que integravam os Mutantes, participam do disco. E Rita Lee faz backing vocals nas faixas "Não Estou Nem Aí" e "Vou Me Afundar na Lingerie".

O disco abre com uma canção no melhor estilo rock´n roll. A seminal "Será Que Vou Virar Bolor?" mostra Arnaldo tocando furiosamente o piano acústico enquanto Dinho e Liminha preenchem os espaços com uma cozinha rítmica perfeita. O que se ouve depois são canções com um forte ar melancólico, como "Uma Pessoa Só" (da época dos Mutantes), "Desculpe" e "Te Amo Podes Crer". Além de "Cê Tá Pensando que Eu Sou Loki?", com arranjo surpreendente em estilo bossa nova. Em vários momentos há citações indiretas para Rita Lee, que já havia saído dos Mutantes antes de Arnaldo.

A sonoridade também mostra alguma influência do rock progressivo, que estava em alta naquela época e fazia a cabeça de Arnaldo e dos demais músicos dos Mutantes. "Loki?" acabou sendo cultuado bem mais tarde. Na época não chegou a ter impacto nas vendas. Hoje é reconhecido como o melhor momento criativo da carreira solo de Arnaldo. Nos anos seguintes ele enfrentaria problemas provocados pelo consumo de entorpecentes, que culminariam em dezembro de 1981 na sua queda de uma janela do hospital que resultaram em diversas sequelas físicas. Felizmente ele teve uma incrível recuperação ao lado de sua atual companheira, Lucinha permitiu que ele retornasse a atividade na música e na pintura. O documentário Loki retrata todas as fases da sua carreira, inclusive o momento atual.

"Será Que Eu Vou Virar Bolor"

"Ce Tá Pensando Que Eu Sou Loki?"

"Desculpe"

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