sexta-feira, 20 de setembro de 2024

.: Grupo Magiluth comemora 20 anos com "Édipo REC" no Sesc Pompeia



Peça criada a partir do texto clássico de Sófocles reflete sobre o mundo contemporâneo, dominado pelo excesso de imagens. Foto: Estúdio Orra

Para celebrar duas décadas de uma pesquisa continuada, o grupo recifense Magiluth propõe uma reflexão sobre o mundo de hoje a partir de um grande clássico da literatura. O espetáculo "Édipo REC", uma releitura do texto de Sófocles, faz sua temporada de estreia entre 27 de setembro e 26 de outubro no Teatro do Sesc Pompeia, em São Paulo. As sessões acontecem de quinta a sábado, às 20h00, e, aos domingos, às 17h00. Além disso, no dia 12 de outubro, sábado, a apresentação é às 17h00, e há sessões extras nos dias 9 e 23 de outubro, às quartas-feiras, às 20h. Atenção: nos dias de eleição, 6 e 27 de outubro, não haverá apresentações.

A peça, a 15ª da companhia, reforça a parceria do grupo com o encenador paulista Luiz Fernando Marques. “É o nosso quarto trabalho dirigido por ele. Brincamos que, na verdade, ele é um integrante de honra do Magiluth”, conta Giordano Castro, que assina a dramaturgia de "Édipo REC". No elenco estão Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres, Mário Sergio Cabral e Pedro Wagner. Há também a presença da atriz Nash Laila, parceira do Magiluth em trabalhos audiovisuais, como a série "Chão de Estrelas" e o filme "Tatuagem".

"Para esta nova montagem, queríamos fazer algum trabalho diferente do que vínhamos fazendo. Então, revisitamos a nossa trajetória e, tendo em mente a experiência com o Dinamarca, quisemos nos aproximar de outro clássico. Como nunca flertamos diretamente com uma tragédia grega, o Édipo foi a nossa escolha”, acrescenta Castro.

O REC do título faz uma referência direta ao Recife e à nomenclatura do audiovisual que significa “gravando”. Isso porque a peça explora um certo imaginário do Recife de 2024 e a logística de gravação presente desde o cinema da Era de Ouro. “E um dos aspectos que nos atrai nas pesquisas do Luiz Fernando Marques é justamente essa ponte com a Sétima Arte”, complementa.


Sobre a encenação
"Édipo REC" brinca com a cronologia, ou seja, os acontecimentos não seguem uma ordem linear. O grupo também optou por este caminho para questionar a noção de tempo no teatro: como dimensionar algo que não é palpável?

Tudo começa com a alegria de um reino que vive seu momento de renascimento, marcado aqui pelo exagero, em um paralelo com a contemporaneidade, em que existe a produção excessiva de imagens, tanto as de câmeras de segurança quanto às capturadas pelos celulares para o compartilhamento nas redes sociais. Por isso o Coro é a câmera.

Durante esse momento de descontração, muitas pequenas situações trágicas podem acontecer. E, em 2024 alguém, em algum lugar, pode estar gravando. Nesse contexto, talvez seja melhor não investigar o passado e seguir vivendo. Por que, afinal, quanto tempo dura uma tragédia? 20 anos? Uma vida inteira? Por toda a eternidade?

Em meio a uma tensão sutil, mas crescente, apresentam-se aqueles personagens que estão no imaginário literário há séculos: Édipo, Jocasta, Creonte, Tirésias, Corifeu, Coro e Mensageiro. Mas eles não estão sós. Na verdade, estão todos na convivência com outros corpos, de outros tempos, com suas pestes, seus enigmas, suas sinas.

Assim, o espectador acompanha um jogo cruzado de tempo e espaço. Tebas transforma-se em uma Recife-Pompéia fantasmagórica e presentificada. “O público vivencia duas experiências: a primeira é essa grande celebração, quando Édipo tem esperança de fugir do próprio destino. Depois, as pessoas passam a acompanhar a tragédia em si, junto com o protagonista", afirma Giordano.


Édipo e o cinema
Como a linguagem audiovisual era fundamental para a construção do espetáculo, o grupo logo foi buscar referências no cinema. E uma das primeiras e mais importantes inspirações foi o longa-metragem "Édipo Rex" (1967), do italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975). O filme também atualiza o mito de Sófocles, transferindo a história para a agitação urbana da Bolonha dos anos 1960, além de estruturar a narrativa na forma de flashbacks, mesma estratégia utilizada na peça.

O experimentalismo era outra questão importante para o Magiluth. Por isso, as pesquisas evoluíram para o cinema underground japonês. Assim, "Funeral das Rosas" (1969), de Toshio Matsumoto (1932-2017), serviu como uma referência poética para "Édipo REC". A obra faz um mergulho no deslumbrante mundo noturno das drags e divas de Tóquio na década de 60.

Outros filmes que serviram de base para o trabalho foram "Hiroshima, Meu Amor" (1959), de Alain Resnais (1922-2014); "Cinema Paradiso" (1990), de Giuseppe Tornatore (1956-); e "Cabaret" (1972), de Bob Fosse (1927-1987). “Quando fizemos essa intersecção com a sétima arte, pudemos pensar sobre o poder da imagem. O Édipo acredita tanto nessa projeção que criou para si mesmo, de que é um tirano, que não consegue mais enxergar a sua verdadeira essência”, fala Luiz Fernando Marques. “O mesmo acontece hoje, já que as pessoas montam as suas vidas para as redes sociais, independente daquilo que elas estejam de fato vivendo. E quanto mais elas editam o seu cotidiano, mais acreditam nessas imagens, deixando também de perceberem a si próprias”, reflete.

"Édipo REC" questiona o papel do teatro e do cinema nos dias de hoje. “Nos perguntamos se essas artes são capazes de dar conta de tantas dores e tragédias. E ao mesmo tempo, queríamos entender por que as pessoas sairiam das suas casas para assistir a uma história tão antiga. Acreditamos que isso tenha a ver com uma necessidade humana de reproduzir e até de reviver grandes traumas”, completa o diretor.


Parceria com o FETEAG
Além das parcerias artísticas, o Magiluth contou com o apoio do FETEAG, festival internacional de teatro realizado anualmente na cidade de Caruaru, Pernambuco, desde 1981. O idealizador do evento, Fábio Pascoal, possibilitou uma residência do grupo, garantindo não só um local de ensaio como um pagamento para os artistas durante o período.

O grupo aproveitou a oportunidade para desenvolver um processo pedagógico durante os ensaios. “Passávamos o dia todo criando e, à noite, recebíamos pessoas interessadas que acompanhavam nossa evolução”, diz Giordano.


Sinopse de "Édipo REC"
Um determinado momento da vida em que surgem memórias repentinas, involuntárias e vívidas de experiências pessoais passadas. Em muitos casos, essas memórias poderosas estão intimamente ligadas a eventos traumáticos.” Esse é o conceito de Flashback, mas poderia ser sobre a vida de Édipo, não é? Então será! Vamos a Édipo REC, a tragédia à la Magiluth.


Ficha técnica
Espetáculo "Édipo REC"
Criação: Grupo Magiluth, Nash Laila e Luiz Fernando Marques
Direção: Luiz Fernando Marques
Dramaturgia: Giordano Castro
Elenco: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres, Mário Sergio Cabral, Nash Laila e Pedro Wagner
Design de luz: Jathyles Miranda
Design gráfico: Mochila Produções
Figurino: Chris Garrido
Trilha sonora: Grupo Magiluth, Nash Laila e Luiz Fernando Marques
Cenografia e montagem de vídeo: Luiz Fernando Marques
Cenotécnico: Renato Simões
Vídeo mapping e operação: Clara Caramez
Captação de imagens: Bruno Parmera, Pedro Escobar e Vitor Pessoa
Equipe de produção de vídeos: Diana Cardona Guillén, Leonardo Lopes, Maria Pepe e Vitor Pessoa
Produção: Grupo Magiluth e Corpo Rastreado


Serviço
Espetáculo "Édipo REC"
De 27 de setembro a 26 de outubro. Quinta a sábado, às 20h. Domingos, às 17h00. Exceto dias 6 e 27 de outubro. Dia 12 de outubro, sábado, às 17h00. Dias 9 e 23 de outubro, quartas, às 20h00.
Ingresso: R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia-entrada), R$ 18,00 (credencial plena) e grátis para crianças até 12 anos
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 - Pompeia/São Paulo
Duração: 105 minutos
Classificação etária: 18 anos

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

.: Úrsula Zufrieden em obra que reflete sobre pertencimento e estrangeirismo


Obra lançada pela editora Paraquedas mergulha nas profundezas da experiência humana, com personagens solitários e em busca de ressignificar suas conexões com o mundo e com si mesmos. Foto: Fabiana Nunes


Com a aproximação dos quarenta anos, Catarina, uma mulher bem-sucedida vê suas prioridades serem invertidas quando começa a sentir a pressão do relógio biológico para ter filhos. Percebendo a implacabilidade do tempo, ela inicia uma jornada incansável para alcançar seu novo objetivo: ser mãe. Mas será que seu desejo realmente é genuíno ou ela está sendo levada por pressão social? 

Este é um dos primeiros questionamentos que somos levados a investigar na obra de contos “Caso Fevereiro Dure Pra Sempre”, da escritora Úrsula Zufrieden, publicada pela editora Paraquedas. Partindo sempre de personagens complexos, muitas vezes solitários e em busca por conexões que ressignifiquem suas relações com o mundo e com eles mesmos, a autora vai tecendo uma obra que fala sobre a necessidade de pertencimento. 

Seus personagens estão sempre em uma busca incessante por algo, do profundo ao mundano. Seja afeto, acolhimento ou como pegar uma onda perfeita. Úrsula escreve sobre o desejo de pertencimento de seus personagens como se fosse o seu. “Escrevo o que pulsa, escrevo o que precisa sair, escrevo o que observo ao andar pelo mundo. Escrevo como psicografia para meus personagens. Eles habitam em mim e eu escrevo para lhes dizer que sim, que estou ali”, explica a autora. 

Úrsula Zufrieden (lê-se “sufrida”, uma brincadeira com a palavra brasileira e nomes estrangeiros) é o pseudônimo de Caroline Costa, uma escritora multifacetada que usa a literatura como ferramenta para exorcizar a solidão de nunca achar que pertenceu a lugar algum. A autora gosta de ir e vir ao Brasil. Nascida em Recife (Pernambuco), a autora cresceu em João Pessoa (Paraíba) e de lá explorou o mundo. Atualmente reside em Zurique, na Suíça alemã. A experiência de já ter vivido em vários lugares ao longo da vida influencia diretamente sua escrita. O ser nômade e a relação com sua terra natal são temas recorrentes em seus trabalhos. 

Não apenas de forma literal, em que os personagens vivem fora do seu lugar de origem, mas também de forma figurada, como um sentimento universal de não-pertencimento, de estrangeirismo. Os personagens de Úrsula vivem entre-mundos. A relação com aquilo que é estrangeiro e com ser um estrangeiro, além do sentimento de um Brasil distante, são pontos encontrados em várias narrativas em “Caso Fevereiro Dure Pra Sempre”. 

Influenciada por obras como "Grande Sertão: Veredas" e autores como Valter Hugo Mãe, Clarice Lispector e Juliana Leite, Úrsula define seu estilo como metafórico, leve e bem-humorado. Em “Caso Fevereiro Dure Pra Sempre”, estes elementos estão associados a histórias cotidianas, mas em que o comum se apresenta de forma desconfortável. É justamente nas estranhezas da vida que as relações vão se estabelecendo com maior profundidade. Como a história de uma psicóloga brasileira, que mora na Alemanha, e aos poucos vai se interessando pela vida de seus novos vizinhos no conto “Reversa” ou em “Amor perene, felicidade provisória” que acompanha a relação de cumplicidade entre Rauna, uma moradora de rua, e seu fiel companheiro, chamado Estácio. 

A autora também destrincha os diferentes sentimentos que submergem em situações mundanas, mas ao mesmo tempo, fantásticas. É o exemplo do dia a dia de um senhor no fim da vida que espera ansioso pela última visita de uma pessoa querida, em “O Entardecer do Percevejo”, ou a história de uma pesquisadora que dedica a sua existência em mapear o impacto das mudanças climáticas na rota de migração das baleias jubarte em “Megaptera Novaeanglia”. A poética do sentir, do viver, do estar presente neste mundo. 

Criando universos singulares, “Caso Fevereiro Dure Pra Sempre” é seu primeiro livro, fruto de dois anos de escrita intensa que ganhou força durante a pandemia. “A escrita sempre me surpreende porque me toca muito fundo. ‘Caso Fevereiro Dure Pra Sempre’ é um pontapé no meu perfeccionismo. Decidi um dia que o livro simplesmente precisava sair do útero porque estava ficando grande demais para carregar”, conta. 

Apesar desta ser a sua primeira obra solo, Úrsula também idealizou a antologia “Nordeste Aqui Dentro”, escrita por nordestinas e nordestinos que residem fora do Brasil. Sua relação com a literatura também conta com a fundação das comunidades de cuidado Mulheres de Mundos e a comunidade de criativos O Caminho do Artista. Compre o livro “Caso Fevereiro Dure Pra Sempre”, de Úrsula Zufrieden, neste link.

Trecho do livro “Caso Fevereiro Dure Para Sempre” (página 16) 
“Estácio preenchia na íntegra toda a essência do diferente. Talvez sua função na vida de Rauana fosse a de ser seu anjo, seu intérprete, seu segurança, seu táxi, sua mobilidade social, sua ressurreição; uma espécie de super-humano. Rejeitado, sozinho, incompreendido, engasgado, cheio de precipícios. Era a natureza livre de Estácio que Rauana mais temia. Sofria por antecedência que ele rompesse a corda e fugisse. De novo por aí. De novo sem certezas de coisa alguma. Se isso acontecesse, Rauana voltaria ao começo; seria decerto o golpe final nas mal-aventuradas tentativas de afeto.”


Ficha técnica
“Caso Fevereiro Dure Pra Sempre”

Autora: Úrsula Zufrieden
Editora Paraquedas. 
63 páginas
Compre o livro neste link.

.: "Lygia Reloaded": Lygia Fagundes Telles em versão pop cyberpunk no Alvenaria


A Literatura de Lygia Fagundes Telles, ganha nova montagem nos palcos paulistanos pelo Núcleo Alvenaria com estreia marcada para o dia 11 de setembro no Alvenaria Espaço Cultural


O espetáculo "Lygia Reloaded", do Núcleo Alvenaria de Teatro, adapta três contos clássicos de Lygia Fagundes Telles – “Emanuel”, “O Crachá nos Dentes” e “O Seminário dos Ratos” em que o realismo fantástico da autora se mistura com a estética pop dos quadrinhos e dos jogos eletrônicos. Assim como na literatura, os personagens no teatro enfrentam dilemas de poder e identidade, refletindo os complexos jogos políticos e sociais do Brasil contemporâneo. Sob a direção de Fezu Duarte e com dramaturgia de Tati Bueno, o espetáculo oferece uma experiência intimista na sede do Núcleo Alvenaria, com apenas 20 lugares. 

A peça estreia no dia 11 de setembro de 2024 e segue em cartaz até 30 de outubro de 2024, no Alvenaria Espaço Cultural. No primeiro ato, "Emanuel" e "O Crachá nos Dentes" mergulham o público nos labirintos psicológicos de Alice, explorando o realismo fantástico característico da autora. No segundo ato, "O Seminário dos Ratos," o conto de Lygia com o tom mais político, traça um paralelo entre as tensões e polaridades do Brasil contemporâneo.

Sobre o Núcleo Alvenaria de Teatro
Completando dez anos de trajetória, o Núcleo Alvenaria de Teatro é um coletivo de teatro da cidade de São Paulo, dedicado à criação e reflexão sobre os caminhos da sociedade por meio das artes cênicas. Tem em seu núcleo artístico Bia Toledo, Tati Bueno e Alexandra DaMatta praticamente desde a sua fundação. O Núcleo produziu diversas montagens, incluindo uma adaptação de "Romeu e Julieta" (2014), contemplada pelo PROAC, e "Josefina Canta" (2015), baseada em um conto de Franz Kafka. 

Em 2016, a companhia estreou "Quase Uma Adaptação", inspirada em "Casa Tomada" de Julio Cortázar, contemplado com o Prêmio Zé Renato, permitindo uma temporada gratuita na Biblioteca Mário de Andrade e uma circulação pelas bibliotecas municipais de São Paulo. O espetáculo também foi apresentado em Buenos Aires, Argentina. Em 2016, iniciou a pesquisa sobre Zélia Gattai, que culminou em uma montagem para as comemorações do centenário da autora.

Em 2017, a companhia participou da Flip - Festa Literária de Paraty com vídeos em parceria com o canal Arte 1, e no mesmo ano começou a pesquisa para "Casa Vazia", que estreou em 2018. Também em 2018, inaugurou o Alvenaria Espaço Cultural Colaborativo, sua sede, que apoia projetos de várias linguagens artísticas. Nos anos seguintes, a companhia desenvolveu diversas iniciativas, incluindo a websérie "Vamo chutá os broco já que a casa caiu" (2020) e a Trilogia Madame (2021), com destaque para "Codinome Madame", que recebeu prêmios de melhor atriz e melhor direção no Festival de Teatro em Tempo Real do Rio de Janeiro. Em 2023 “Madame e a Faca Cega” participa da Mostra Solos Sim, Sozinhos Nunca no teatro de Arena Eugenio Kusnet, além de uma apresentação no mês da Visibilidade Lésbica no Centro Cultural da Diversidade.

Ficha técnica
Espetáculo "Lygia Reloaded"
Direção: Fezu Duarte
Dramaturgia: Tati Bueno
Elenco: Alexandra DaMatta, Ali Baraúna, Bebel Ribeiro, Bia Toledo, Luciana Cacioli
Direção de arte projeções: João Pedro
Realização: Núcleo Alvenaria de Teatro
Produção: Clube do Mecenas
Assistente de produção: Brenda Moreira

Serviço
Espetáculo "Lygia Reloaded"
Até dia 30 de outubro de 2024, às quartas-feiras, às 20h30
Duração: 60 minutos
Recomendação etária: 12 anos
Local: Alvenaria Espaço Cultural
Endereço: Rua Turiassu, 799
Capacidade: 20 lugares por sessão
Ingressos: https://www.sympla.com.br/produtor/alvenaria
R$ 20,00 (meia social), R$ 40,00 (inteira), R$ 80,00 (ingresso mecenas)
Telefone: (11) 3871-4981
Aviso: O espetáculo inclui luzes piscantes que podem afetar pessoas com fotossensibilidade.

.: Museu da Língua Portuguesa exibe o filme "O Bandido da Luz Vermelha"


Sessão integra a programação do projeto Luz na Tela, o cinema ao ar livre do Museu da Língua Portuguesa, com curadoria do Museu Soberano


A atriz e diretora Helena Ignez, musa do cinema marginal brasileiro, é a convidada especial do "Luz na Tela" de setembro do Museu da Língua Portuguesa. Ela vai apresentar a sessão do filme "O Bandido da Luz Vermelha" no projeto de cinema ao ar livre do Museu. A exibição gratuita acontecerá no dia 26 de setembro, quinta-feira, a partir das 19h00 no Pátio B com a distribuição, também de graça, de pipoca e refrigerante. 

Dirigido por Rogério Sganzerla, "O Bandido da Luz Vermelha" foi lançado em 1968. O filme tem como personagem principal um criminoso que utiliza técnicas extravagantes para roubar casas luxuosas de São Paulo. Chama a atenção, também, como ele consegue escapar da polícia. Também roteirista do longa-metragem, Sganzerla se inspirou na trajetória de um bandido real que aterrorizou a capital paulista nos anos 1960. 

Helena Ignez vai comentar como foi protagonizar essa produção, considerada uma obra-prima do cinema marginal, movimento que revolucionou o cinema brasileiro com sua ousadia estética e crítica social. Ela pretende falar sobre o impacto e o legado de O Bandido da Luz Vermelha, além de refletir sobre o papel do audiovisual como ferramenta de crítica e transformação. 

A atriz tem atuado no cinema desde os anos 1960, sendo dirigida por nomes como Roberto Farias ("O Assalto ao Trem Pagador", 1962), Joaquim Pedro de Andrade ("O Padre a Moça", 1966) e Suzana Amaral ("Hotel Atlântico", 2009). No Kinoforum Festival Internacional de Curtas de São Paulo, realizado em agosto deste ano, pôde ser vista no filme "Helena de Guaratiba", de Karen Black, ao lado do ator Cauã Reymond. Ela também dirigiu alguns filmes, como "A Moça do Calendário" (2018) e "Luz nas Trevas: a Volta do Bandido da Luz Vermelha" (2010) - com codireção de Ícaro Martins. 

Cinema no Museu 
Com curadoria do Museu Soberano, o Luz na Tela consolida o Museu da Língua Portuguesa como também um lugar de cinema democrático no centro histórico da capital paulista - o projeto surgiu a partir do relacionamento com outras instituições, moradores da vizinhança e pessoas em situação de rua. Os filmes são exibidos em uma tela de 4 x 2,3 metros. O público pode assisti-los em cadeiras e bancos espalhados pelo Pátio B. Mesmo em caso de chuva, a sessão é mantida por acontecer em um local coberto. Há sempre distribuição gratuita de pipoca e refrigerante.   


Serviço
"Luz na Tela" – Exibição do filme "O Bandido da Luz Vermelha", com a presença da atriz Helena Ignez 
Quinta-feira, dia 26 de setembro, às 19h00 
No Pátio B do Museu da Língua Portuguesa - espaço coberto 
Grátis 
Museu da Língua Portuguesa 
Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo

.: True crime: a ordem cronológica do desaparecimento de Priscila Beltort


Vitor Belfort em entrevista para o documentário Volta Priscila do Disney+. O curioso caso que chocou o país em 2004 ganha série documental inédita no Disney+. Veja a ordem cronológica dos fatos

O caso Priscila Belfort, que chocou o país após seu desaparecimento em plena luz do dia e em uma das mais movimentadas avenidas do Rio de Janeiro, ganha oficialmente uma série documental no Disney+. "Volta Priscila" estreia dia 25 de setembro e conta detalhes do caso da irmã do lutador Vitor Belfort, que desapareceu aos 29 anos, no dia 9 de janeiro de 2004. As buscas pelo paradeiro da funcionária pública foram incansáveis e seguem sem um desfecho até hoje. 

Dirigido por Eduardo Rajabally e produzido por Pródigo Filmes, "Volta Priscila" é dividida em quatro episódios e promete recordar a história do caso, com depoimentos de familiares, amigos e especialistas, além de trazer teorias e imagens inéditas, numa trama envolvendo a polícia e a mídia. Mesmo depois de duas décadas, a investigação sobre o caso não foi tão frutífera, limitando-se a becos sem saída, pistas falsas e teorias, gerando falsas esperanças para familiares e amigos. Até hoje, o caso não teve uma conclusão. 

Dirigido por Eduardo Rajabally e produzido por Pródigo Filmes, a série busca esclarecer dúvidas e explicar fatos. Para preparar a audiência para a estreia da série, trouxemos a ordem cronológica do caso de Priscila Belfort nos dois primeiros anos após o seu desaparecimento, que ocorreu em 2004.

Janeiro de 2004 
9 de janeiro (sexta-feira - dia do desaparecimento):
Priscila acorda com cólica e indisposta. Sua mãe, Jovita Belfort, a leva de carona para o centro do Rio, onde trabalhava num prédio localizado na Avenida Presidente Vargas. Priscila chega no escritório por volta de 11h00 e faz algumas ligações telefônicas. Um funcionário do prédio em que Priscila trabalha a vê caminhando, desatenta, pela última vez por volta das 13h00 na Avenida Marechal Floriano. Jovita disse que Priscila estava com pouco dinheiro, sem cartões de banco e o celular estava descarregado. Com 1.74m de altura, a jovem usava calça cinza, blusa quadriculada, casaco azul e uma bolsa tiracolo. À noite, Vitor registra um boletim de ocorrência sobre desaparecimento da irmã na 14ª DP, localizada no Leblon.

10 de janeiro (sábado): família e amigos se revezam e fazem buscas ininterruptas por Priscila pelas ruas de todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro. 

11 de janeiro (domingo): é veiculada pela primeira vez em rede nacional a notícia do desaparecimento de Priscila Belfort no programa "Domingo Legal" (SBT).

12 e 13 de janeiro: angustiados, amigos e parentes distribuem panfletos com a foto de Priscila e números do Disque Denúncia. No dia seguinte, dezenas de outdoors são espalhados pela cidade. Na ocasião, o Disque Denúncia recebe as primeiras ligações sobre o caso, mas nenhuma pista concreta. Equipes da 14ª DP iniciam buscas em hospitais e no IML.

14 de janeiro: é o aniversário de 50 anos de Jovita, mãe de Priscila. Ela cancela a comemoração, que seria organizada pela filha. Joana e Vítor também decidem cancelar a lua de mel em Miami. A polícia passa a considerar o desaparecimento um possível crime de extorsão mediante sequestro e o caso passa a ser conduzido pela Delegacia Antissequestro (DAS).

18 de janeiro: celebridades como Bernardinho, Eri Johnson, Marcio Garcia e Mario Gomes se reúnem em ato público em apelo por informações. A família pede em cadeia nacional para que parem de mandar pistas falsas. No ato, é utilizada pela primeira vez a camiseta “Volta, Priscila”.

20 de janeiro: a polícia inicia buscas em outros estados após dezenas de ligações recebidas, mas sem sucesso e sem uma linha de investigação. Família e amigos não têm ideia do que pode ter acontecido.

31 de janeiro: em Las Vegas, Vitor Belfort conquista o cinturão dos meio-pesados do Ultimate Fighting Championship (UFC), 22 dias após o desaparecimento de sua irmã. Na ocasião, comentou: "Só pensava nela quando entrei no ringue". "Volta Priscila" traz cenas marcantes deste dia de vitória enquanto os familiares seguiam nas buscas por Priscila no Brasil. 


Maio/Junho de 2004
1° de maio:
o Disque Denúncia passa a oferecer recompensa no valor de R$ 5 mil para pistas que levem à Priscila. É a primeira vez que um desaparecimento tem remuneração por denúncias na cidade do Rio de Janeiro.

Julho de 2004
1° de julho: o chefe do tráfico do Morro da Providência, Dão, cuja quadrilha é acusada de estar envolvida no desaparecimento de Priscila, é preso. Cinco dias depois ele é solto por falta de provas.


Setembro de 2004
10 de setembro:
a polícia faz a primeira operação no Morro da Providência em busca de uma garagem desativada onde estaria Priscila segundo múltiplas ligações recebidas no Disque Denúncia. Os agentes não encontram vestígios do corpo de Priscila.


Dezembro de 2004
20 de dezembro:
  a 127ª DP de Búzios recebe uma denúncia anônima garantindo que o corpo de uma mulher, que foi encontrado carbonizado dentro de um Astra preto, é o de Priscila. Poucas semanas depois, o Disque-Denúncia recebe a mesma informação.


Abril de 2005
26 de abril:
a família faz exame de DNA para identificar se o corpo encontrado era o de Priscila e o resultado é negativo. Até hoje, o caso não obteve uma conclusão. 

Trailer de "Volta Priscila" 



quarta-feira, 18 de setembro de 2024

.: Cineflix Santos estreia "A Substância", "A Menina e o Dragão" e mais!


Imagem de "A Substância" que estreia na Cineflix Cinemas em 19 de setembro


A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia o terror "A Substância", a animação "A Menina e o Dragao", o longa de ação "Ligação Sombria", a animação "Transformers: O Início" e o suspense, comédia de Woody Allen "Golpe de Mestre em Paris", para serem assistidos com balde de pipoca quentinha. Tem ainda a opção do balde colecionável do filme "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" que com pipoca custa R$ 39,99.

Seguem em cartaz os sucessos de bilheteria, o terror "Não Fale o Mal" e a aguardada sequência de Tim Burton da comédia, "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice". Programe-se e confira detalhes abaixo! 

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana na Cineflix Santos

"A Menina e o Dragão" (Dragonkeeper). Ingressos on-line neste linkGênero: animação. Classificação: livre. Duração: 1h39. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Pictures. Direção: Salvador Simó e Li JianpingRoteiro: Ignacio Ferreras, Pablo Castrillo. Vozes originais: Mayalinee Griffiths, Bill NighySinopse: Ping encontra o último dragão, e juntos, vivem uma aventura mágica e cheia de amizade para salvar os dragões. Confira os horários: neste link

Trailer de "A Menina e o Dragão"



"A Substância" (The Substance). Ingressos on-line neste linkGênero: terror, ficção científicaClassificação: 18 anos. Duração: 2h20. Ano: 2024. Distribuidora: Imagem Filmes, Mubi. Direção: Coralie FargeatRoteiro: Coralie Fargeat. Elenco: Demi Moore, Margaret Qualley, Dennis QuaidSinopse: Elisabeth Sparkle, renomada por um programa de aeróbica, enfrenta um golpe devastador quando seu chefe a demite. Em meio ao seu desespero, um laboratório lhe oferece uma substância que promete transformá-la em uma versão aprimorada. Confira os horários: neste link

Trailer de "A Substância"

"Golpe de Sorte em Paris" (Coup de chance). Ingressos on-line neste linkGênero: suspense, comédiaClassificação: 12 anos. Duração: 1h36. Ano: 2023. Distribuidora: O2 Play Filmes. Direção: Woody AllenRoteiro: Woody Allen. Elenco: Lou de Laâge, Valérie Lemercier, Melvil PoupaudSinopse: Fanny e Jean são parceiros que têm tudo o que um casal ideal queira ter. Um dia ela tem os seus caminhos cruzados com Alain e passa a entender que está vivendo uma vida da qual não gostaria, abrindo margem aos conflitos. Confira os horários: neste link

Trailer de "Golpe de Sorte em Paris"


"Ligação Sombria" (Sympathy for the Devil). Ingressos on-line neste linkGênero: thriller, açãoClassificação: 16 anos. Duração: 1h31. Ano: 2023. Distribuidora: Diamond Films Brasil. Direção: Yuval AdlerRoteiro: Luke Paradise. Elenco: Nicolas Cage (The Passenger), Joel Kinnaman ( The Driver), Alexis Zollicoffer (Waitress), Kaiwi LymanSinopse: Forçado a conduzir um passageiro misterioso sob a mira de uma arma, um homem se vê envolvido em um jogo de gato e rato onde nada é o que parece. Confira os horários: neste link

Trailer de "Ligação Sombria"



"Transformers: O Início" (Transformers: One). Ingressos on-line neste linkGênero:  ação, ficção científicaClassificação: livre. Duração: 1h43. Ano: 2023. Distribuidora: Paramount Pictures. Direção: Josh CooleyRoteiro: Eric Pearson, Andrew Barrer, Gabriel Ferrari, Michael Sherman. Vozes originais: Chris Hemsworth, Brian Tyree Henry, Scarlett Johansson, Keegan-Michael Key, Steve Buscemi, Laurence Fishburne e Jon HammSinopse: A história de origem de Optimus Prime e Megatron, os maiores rivais da franquia, mas que um dia foram amigos tão ligados quanto irmãos. Confira os horários: neste link

Seguem em cartaz na Cineflix Santos

"Não Fale o Mal" (Speak No Evil). Ingressos on-line neste linkGênero: terrorClassificação: 18 anos. Duração: 1h50. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Pictures. Direção: James WatkinsRoteiro: James Watkins. Elenco: James McAvoy (Paddy Field), Mackenzie Davis (Louise Dalton), Aisling Franciosi (Ciara Field)Sinopse: Uma família anseia em passar suas férias no campo. Contudo, o que era pra ser um sonho em família para relaxarem e descontraírem, acaba virando um terrível pesadelo. Confira os horários: neste link

.: Resenha: "Não Fale o Mal" entrega tensão pura com McAvoy demoníaco

Trailer de "Não Fale o Mal"

"Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" ("Beetlejuice Beetlejuice"). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, terrorClassificação: 14 anos. Duração: 1h44. Ano: 2024. Distribuidora: Warner Bros. Pictures. Direção: Tim BurtonRoteiro: Miles Millar, Alfred Gough. Elenco: Michael Keaton (Beetlejuice), Winona Ryde (Lydia Deetz), Jenna Ortega (Astrid Deetz), Catherine O'Hara (Delia Deetz)Sinopse: Retornamos à casa em Winter River, onde três gerações da família Deetz se unem após uma tragédia familiar inesperada. Confira os horários: neste link

.: Resenha: "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" é excepcional

Trailer de "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice"


terça-feira, 17 de setembro de 2024

.: "O Grande Mentecapto", clássico de Sabino, vira HQ por Caco Galhardo


Grande clássico da literatura brasileira e vencedor do Prêmio Jabuti de 1980, que já conta com mais de 87 reedições, "O Grande Mentecapto", de Fernando Sabino, ganha uma inédita adaptação para quadrinhos, feita pelo cartunista Caco Galhardo. Em 1989, o livro foi adaptado para o cinema por Oswaldo Caldeira, com Diogo Vilela, Luiz Fernando Guimarães, Imara Reis, Débora Bloch, Osmar Prado e Regina Casé no elenco.

Por meio dos desenhos, da sensibilidade e da percepção do renomado Caco Galhardo, "O Grande Mentecapto", clássico romance de Fernando Sabino, transporta o leitor para o estado de Minas Gerais e para dentro da vida do atrapalhado, porém encantador, José Geraldo Peres da Nóbrega e Silva, mais conhecido como Geraldo Viramundo. Quando criança, Viramundo abalou todas as estruturas de sua cidade natal, Rio Acima. Com sua força de vontade, sua fé em si mesmo e seus desvarios, ele fez parar o trem de ferro, que nunca parava. Depois, ainda moço, levou suas crenças para o seminário de Mariana, almejando ser padre. Lá, arrumou uma baita confusão com dona Pietrolina e seu falecido marido, o que o levou a partir para Ouro Preto, onde encontrou sua amada de toda vida.

De Ouro Preto, seguiu para Barbacena, onde acabou internado em um hospício. De Barbacena, foi para Juiz de Fora “para integrar o glorioso exército de Caxias e assim cumprir seu dever para com a pátria”. E, de Juiz de Fora, passou por várias outras cidades, seguindo seu caminho, sempre fiel ao propósito de virar Minas Gerais pelo avesso, com confusões e aventuras por onde esteve. Enquanto Viramundo vaga pelo estado, o Brasil é exposto: covardia, fome, abuso de poder, hipocrisia, descaso com os mais pobres, brigas e conflitos são alguns dos temas e acontecimentos que se fazem presentes na história desse grande-pequeno mineiro, e que são muito comuns também no dia a dia de milhares de brasileiros. Compre o livro "O Grande Mentecapto" neste link.

Sobre o autor
Fernando Tavares Sabino
(1923-2004) nasceu em Belo Horizonte (Minas Gerais). Publicou seu primeiro livro, "Os Grilos Não Cantam Mais" (1941), ainda na adolescência. Recebeu, então, uma carta elogiosa do poeta modernista Mário de Andrade, dando início à preciosa correspondência entre ambos, mais tarde publicada sob o título "Cartas a Um Jovem Escritor" (1981). Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1944, onde foi sócio do cronista capixaba Rubem Braga, na Editora do Autor e na Editora Sabiá. Escreveu alguns romances que se tornaram clássicos da literatura nacional, entre eles "O Encontro Marcado" (1956), "O Grande Mentecapto" (1976) e "O Menino no Espelho" (1982). Sabino também foi um grande cronista, famoso por coletâneas como "O Homem Nu" (1960) e "A Cidade Vazia" (1963). Em 1999, recebeu da Academia Brasileira de Letras o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra. 


Sobre o ilustrador
Caco Galhardo é cartunista e desenha tiras diárias para o jornal Folha de S.Paulo desde os anos 1990. Tem 14 livros publicados, incluindo o best-seller "D. Quixote" em quadrinhos. Lançado em 2005, foi uma das obras precursoras da grande leva de adaptações de clássicos em quadrinhos que viria a seguir. Sua adaptação do segundo volume de "D. Quixote", lançado quase dez anos depois, foi finalista do Prêmio Jabuti. Seus desenhos já integraram várias exposições de quadrinhos no Brasil e na Europa, e sua personagem Lili, a Ex foi adaptada para uma premiada série no canal GNT, em 2014. Além das tiras diárias, também escreve roteiros para TV e cinema e é autor de três peças de teatro. Garanta o seu exemplar de "O Grande Mentecapto" neste link.


Ficha técnica
"O Grande Mentecapto"
Fernando Sabino e Caco Galhardo
88 páginas
Ed. Record | Grupo Editorial Record
Compre o livro neste link.

.: Barbatuques traz "Barbatuquices" para o Teatro Multiplan MorumbiShopping


Apresentações propõem divertida aula de música e percussão corporal para o público participar, descobrindo seu próprio corpo como instrumento. Foto: José de Holanda


Nos dias 28 e 29 de setembro, sábado e domingo, às 15h00, o grupo de música corporal Barbatuques traz o espetáculo "Barbatuquices" para o palco do Teatro Multiplan MorumbiShopping, localizado no Piso G2 do shopping. Os ingressos podem ser adquiridos pela Sympla ou na bilheteria no teatro e crianças com até três anos têm entrada gratuita.

Durante a apresentação interativa, que proporciona uma brincadeira musical para toda família e público de todas as idades, são explorados diferentes sons e timbres utilizando recursos como palmas, estalos, sons da boca e pés, entre outros. O repertório traz hits do grupo, como "Você Chegou" (trilha do filme "Rio 2"), "Baianá", "Barbapapa's Groove", "Tum Pá" e também músicas do acervo popular brasileiro em arranjos personalizados, como "Marinheiro Só" e "Samba da Minha Terra", de Dorival Caymmi.


Serviço
Show "Barbatuquices", com Barbatuques
Temporada: 28 e 29 setembro, sábado e domingo, 15h
Classificação indicativa: livre
Duração: 60 minutos
Ingressos: de R$90 a R$45 (grátis para crianças até 3 anos) | Vendas pela Sympla
Teatro Multiplan MorumbiShopping
Avenida Roque Petroni Júnior, nº 1.089, Piso G2, Jardim das Acácias, 04707-900, São Paulo/SP.
Bilheteria abre em dias de espetáculo, 2h antes de cada sessão.
Capacidade: 250 lugares.

.: "O Deus de Spinoza" faz apresentações gratuitas no Centro Cultural São Paulo


“Spinoza balançou o mundo e o pensamento moderno. A montagem trata os personagens com humanidade, com seus erros e acertos e principalmente com as suas convicções...”, afirma o diretor Luiz Amorim. Na imagem, Luiz Amorim, David Kullock e Roberto Borenstein, os rabinos do espetáculo. Foto: Ronaldo Gutierrez


Sucesso de crítica e público, "O Deus de Spinoza" volta a São Paulo após temporadas de sucesso na capital, em 2023, e turnê pelo interior do estado. Desta vez em apresentações gratuitas no Centro Cultural São Paulo, de quinta a sábado, de 19 a 21 de setembro, às 20h00, e domingo, dia 22, às às 20h00. O espetáculo, assinado por Régis de Oliveira, resgata o pensamento do reconhecido filósofo holandês Baruch de Spinoza, condenado no século XVII por sua reflexão sobre a relação do ser humano com Deus e com a Natureza, contestando dogmas da religião judaica da época. Renegado por séculos, seu pensamento foi resgatado e hoje é motivo de estudos no mundo inteiro. No elenco, Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Roberto Borenstein e Luiz Amorim, que também dirige o espetáculo.

Na estreia como dramaturgo, Régis de Oliveira faz um recorte da vida de Spinoza, desde sua condenação - o Herem, em 1656 - até a sua morte, em 1677. “Através do pensamento do filósofo, podemos reconhecer muitos comportamentos de nossa sociedade atual, com suas superstições, crenças ou mistérios. E podemos notar como os donos do poder sabem manipular as multidões através do medo e da imposição do sistema”, conta Régis. Vivemos atualmente num mundo conturbado com emoções descontroladas. O momento pelo qual passamos necessita de reflexão, entendimento e clareza. A filosofia de Spinoza nos traz uma luz nestes tempos. Sua ampla e densa obra trata da relação do ser humano com Deus e com a Natureza. Trata dos afetos, do direito natural, e da essência humana.

Baruch de Spinoza é um filósofo judeu que viveu no Século de Ouro dos Países Baixos.  A Holanda fervilhava culturalmente à época. Ali estava Grócio, um dos pais do direito público, que escolheu a Holanda como pátria espiritual, Rembrandt e Vermeer que despontavam na pintura, entre outros artistas. “Nossa montagem busca trazer o pensamento de Spinoza ao público em geral, de forma profunda mas acessível, para que afete a plateia conforme ao teoria do filósofo. Estas são as afecções”, fala o diretor e ator Luiz Amorim que integra o elenco ao lado de Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock e Roberto Borenstein. Os figurinos são de João Pimenta, a iluminação de Cesar Pivetti e os cenários de Evas Carreteiro.

A peça é pontuada por músicas sefarditas do século XVII, executadas ao vivo pelos músicos Margot Lohn, Gabriel Ferrara e Marcus Veríssimo, que assina a direção musical. Contamos ainda com a participação especial de Laura Visconti, indicada ao Prêmio Bibi Ferreira 2024 pela direção musical do sucesso Beetlejuice. 


Sinopse de "O Deus de Spinoza"
A peça mostra a comunidade judaica incomodada com o pensamento do jovem judeu Baruch de Spinoza. Filho de imigrantes portugueses acolhidos em Amsterdã, ele afronta os costumes e preceitos de sua religião. Na tentativa de convencê-lo a ser um bom cidadão, os membros do Conselho de Rabinos Notáveis apresentam formas de conversão. Se Spinoza não aceitar, poderá ser julgado, condenado e exilado. Ele expõe todo o seu pensamento a seu amigo, Jan Rieuwertsz, editor de livros, com quem pode desabafar e contar de seus planos futuros. Um convite à reflexão e à liberdade de pensamento. O espetáculo é pontuado por músicas sefarditas do século XVII, em língua ladina, executadas ao vivo.


Ficha técnica
Espetáculo "O Deus de Spinoza"
Texto: Régis de Oliveira
Direção e adaptação: Luiz Amorim
Direção musical: Marcus Veríssimo
Elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Luiz Amorim, Roberto Borenstein
Musicistas: Marcus Veríssimo, Margot Lohn / Laura Visconti e Gabriel Ferrara / Lucas Biscaro.
Desenho de Luz: César Pivetti
Figurinos: João Pimenta
Cenografia: Evas Carretero
Visagismo: Beto Franca
Técnico e operador de luz: Rodrigo Pivetti
Produção executiva: Rogério Nagai
Assistência de produção: Mirtes Ladeira
Contrarregragem: Magnus Odilon
Fotografia: Ronaldo Gutierrez - @fotosgutierrez

Serviço
Espetáculo "O Deus de Spinoza"
Texto: Régis de Oliveira
Direção e adaptação: Luiz Amorim
Direção musical: Marcus Veríssimo
Elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Luiz Amorim e Roberto Borenstein
Musicistas: Margot Lohn / Laura Visconti, Marcus Veríssimo e Gabriel Ferrara
Produção executiva: Rogério Nagai
Assistência de produção: Mirtes Ladeira
Duração: 80 minutos.
Classificação: 12 anos. 


Datas em setembro
Quinta, dia 19, sexta dia 20 e sábado, dia 21, às 21h.
Domingo, dia 22, às 20h.
Ø Reservas on-line: https://rvsservicosccsp.byinti.com
As reservas na bilheteria física podem ser realizadas no seguinte horário:
Terça-feira a sábado, das 13h às 22h
Domingo e feriados, das 12h às 21h
Local: Centro Cultural São Paulo
Rua Vergueiro, 1.000 - Liberdade
Instagram: @odeusdespinoza 

.: Ainda dá tempo de ver "Os Fantasmas Ainda Se Divertem" e "Silvio" por R$ 12


Em cartaz na rede Cineflix Cinemas, o novo longa-metragem de Tim Burton, estrelado por Michael Keaton e Winona Ryder, "Os Fantasmas Ainda Se Divertem"("Beetlejuice + Beetlejuice") já levou mais de 770 mil pessoas aos cinemas. Para quem ainda não conferiu o filme, que traz de volta para as telonas um dos fantasmas mais conhecidos do país, Beetlejuice, pagando pouco, ainda dá tempo! Isso porque segue em vigor a Semana do Cinema. Idealizada pela FENEEC (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas), com apoio da  ABRAPLEX (Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex), Ingresso.com e Grupo Consciência, a ação, que está na quinta edição, fixa os preços dos ingressos em R$ 12,00. 98% dos multiplex do país aderiram à promoção e os preços especiais vão até o dia 18 de setembro. Além dos ingressos com preço único, os combos com pipoca e refrigerante também terão valores diferenciados. A ação vai até dia 18 de setembro.

Outro longa de destaque é “Silvio”, que estreou na última quinta-feira, 12 de setembro, e conta a história de Silvio Santos. A trama se inicia 12 horas após o sequestro da filha do apresentador, quando o protagonista tem sua casa invadida e ele mesmo é mantido como refém por sete horas. Diante dessa situação de extremo perigo, ele precisa lutar pela sua vida e pela segurança de sua família, enquanto reflete sobre sua trajetória de vida, marcada por desafios e conquistas. 

O filme é uma oportunidade para relembrar a história do artista, que faleceu recentemente, emocionando uma legião de fãs. Momentos da adolescência, juventude e o caminho para o sucesso do apresentador são retratados no longa, que traz uma visão mais humana e vulnerável daquele que se tornou um ícone da televisão.“Silvio estreou no mesmo dia em que a campanha tem início e vemos essa junção de boas notícias como uma forma de enaltecer o cinema nacional e homenagear a trajetória de Silvio Santos, que teve uma história de vida toda baseada em oferecer diversão para todos os brasileiros”, salienta Lúcio Otoni, presidente da FENEEC. 


Semana do Cinema
Para checar os horários dos filmes e os preços especiais que os exibidores prepararam para os combos, basta acessar os sites de vendas de ingresso ou diretamente o portal do seu cinema favorito. "A venda online desempenha um papel crucial durante a Semana do Cinema, uma vez que as promoções geram um senso de urgência entre os cinéfilos. Neste contexto, a Ingresso.com é muito mais que apoiadora. Somando forças à bilheteria física, proporcionamos uma experiência de compra ágil e conveniente para o público, facilitando a compra de ingressos antecipados e garantindo sempre o melhor lugar no cinema." afirma Mauro Gonzalez, Diretor de Negócios da Ingresso.com

Sucesso de público
A campanha, que nasceu em 2022, levou mais de 13 milhões de pessoas para a frente das telonas em quatro edições, tendo arrecadado mais de R$ 41 milhões de bilheteria somente em fevereiro deste ano. “A ação proporciona mais oportunidades de entretenimento, dissemina a cultura e, ao mesmo tempo, potencializa o desempenho das salas. Com isso, conseguimos aumentar o fluxo nos multiplex, além de permitir que ainda ,mais pessoas possam conferir as estreias da semana”, diz Marcos Barros, presidente da ABRAPLEX. 


Serviço 
“Semana do Cinema”
Na rede Cineflix Cinemas e em todos os cinemas associados a Abraplex e a FENEEC e outros participantes.
Até dia 18 de setembro. 
Todas as sessões sala tradicional 2D.
Preço dos ingressos: R$ 12,00.


Sobre a ABRAPLEX
Criada em 2000 com o objetivo de representar institucionalmente as exibidoras detentoras de multiplex no País, a ABRAPLEX tem dois importantes propósitos que norteiam seu compromisso com associados, mercado e sociedade: ampliar significativamente o número de municípios com telas, democratizando o acesso à cultura e entretenimento, e rever a regulamentação do setor. Mais de 50% do total de salas em funcionamento no Brasil são de associados da entidade, representando 65% da bilheteria nacional.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Não Fale o Mal" ("Speak No Evil") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

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