sábado, 7 de setembro de 2024

.: “O Filho da Geni”: espetáculo em curta temporada no Espaço O Andar


“Soube muito mais tarde que o que fazíamos era malcriação. Para nós, não tinha nome. A coisa mesmo era feita de palavras não-ditas. Ele me oferecia um brinquedo que eu queria e desenhava no chão o que eu tinha de fazer se eu quisesse.” Monólogo do ator Luiz Fernando Almeida. Texto de Diego Lourenço. Encenação de Lipari.Espaço O Andar. Até dia 27 de setembro. Às quintas e sextas-feiras, às 20h30. Grátis. Foto: Renato Domingos


“O Filho da Geni”, monólogo encenado pelo ator Luiz Fernando Almeida, a partir do texto de Diego Lourenço, com direção de Lipari, estreou em 2 de agosto na SP Escola de Teatro, unidade Roosevelt, trazendo à luz a temática da violência sexual contra meninos, propondo reflexão a um tema invisibilizado pela cultura do silêncio. Agora, a temporada no Espaço O Andar, até dia 27 de setembro será às quintas e sextas-feiras, às 20h30.

O título do espetáculo faz referência à música “Geni e o Zepelim” de Chico Buarque, que pode ser lida como uma das múltiplas faces da desigualdade social e econômica sofrida por quem vive às margens da sociedade. O espetáculo assume a continuidade hereditária dessa desigualdade dando ênfase ao abuso sexual infantil.

Segundo o relatório anual —referente a 2019— do Disque 100, canal de denúncias mantido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, somente 18% dos registros de violência sexual contra crianças e adolescentes brasileiros referiam-se a vítimas do sexo masculino. A subnotificação de abusos contra meninos  se torna ainda maior na adolescência. Enquanto 46% dos casos atinge vítimas do sexo feminino entre 12 e 17 anos, a proporção de garotos da mesma faixa etária que denunciam é de apenas 9%.

Escrito a partir de extensa pesquisa de estudos e entrevistas realizadas pelo ator e equipe com vítimas de abuso sexual infantil no Brasil e na Europa durante cerca de três anos, "O Filho da Geni" enfatiza, por um lado os mecanismos sociais que facilitam a violência sexual com sua perpetuação geracional nas camadas mais pobres da sociedade e, por outro, os processos pessoais pelos quais esses traumas são interiorizados, silenciados e como impactam na vida adulta das vítimas.

“Muitas das vítimas de abuso sexual infantil arrastam essa experiência ao longo de suas vidas como um fardo que não são capazes de descartar. Além disso, em muitos casos, o trauma afeta de maneira disfarçada: a pessoa não se sente bem, mas não consegue identificar o porquê”, diz Luiz. Na peça, o personagem central ao retornar ao Brasil depois de anos trabalhando em condição de subemprego pela Europa, se vê forçado a confrontar seu passado traumático. Com um tom ora inocente, ora cômico, o personagem navega obstinado pelas memórias perturbadoras de sua infância e adolescência para nos contar sua história sem reservas enquanto ganha consciência da dimensão dos abusos que sofreu, inadvertidamente perpetuou, e aprendeu a normalizar.

Para escrever "O Filho da Geni", que envolve entendimento profissional sobre o abuso infantil e seu impacto psicológico na vida infantil e adulta das vítimas, Diego cursou um segundo mestrado, dessa vez em Psicologia pela Arden University, em London. O mestrado, a ser concluído este ano, contribuiu para o embasamento teórico, levantamento de conhecimento científico atualizado sobre os temas centrais da peça e o desenvolvimento de uma pesquisa de campo robusta e ética para acessar o problema. O resultado é uma obra inteiramente baseada em fatos reais que visa refletir de forma anônima, artística e segura sobre as nuances e mecânicas do abuso infantil masculino.

“As mulheres estão emergindo progressiva e dolorosamente da cultura do silêncio pela qual esse tipo de abuso sexual está cercado. Mas as vítimas masculinas de abuso sexual na infância estão apenas começando a denunciar o que há muito tempo silenciaram. Nossa cultura não abre espaço para o homem como vítima. Aqueles que viveram essa situação sentem-se feminilizados, castrados, com vergonha e a sensação de terem deixado de pertencerem ao gênero masculino. A vergonha está relacionada com o sentimento de que não foram capazes de deter o abuso, ou seja, um sentimento de impotência frente à situação vivida”, complementa Luiz.

"O Filho da Geni" é a terceira obra teatral de Diego Lourenço e a segunda parceria com o ator Luiz Fernando Almeida. Sua última peça, "Gotas de Codeína" (2015) – um monólogo visceral tratando de questões de pertencimento, identidade de gênero e suicídio, encenado por Luiz Fernando – continua relevante e sendo apresentada.


Sinopse de "O Filho de Geni"
O personagem ao retornar ao Brasil depois de anos trabalhando em condição de subemprego pela Europa, se vê forçado a confrontar seu passado traumático. Com um  tom ora inocente, ora cômico, o personagem navega obstinado pelas memórias perturbadoras de sua infância e adolescência para nos contar sua história, sem reservas, enquanto ganha consciência da dimensão dos abusos que sofreu, inadvertidamente  perpetuou, e aprendeu a normalizar.


Idealização e atuação - Luiz Fernando Almeida
Formado pelo CPT de Antunes Filho, atua em teatro há 30 anos e trabalhou em montagens como : "Dama da Noite" de Caio Fernando Abreu, "Gotas de Codeína" de Diego Lourenço, "Capitães da Areia" de Jorge Amado, "Anjos de Augusto" de Luiz Fernando Almeida, "Caxuxa" de Ronaldo Ciambroni, "Negrinha" de Monteiro Lobato, "Rapunzelee" de Kadu Veríssimo, "O que terá Acontecido a Rosemary?"de Kadu Veríssimo, "Beckett in White" de Maurício Lencastre, "Navalha na Carne" de Plínio Marcos, "Quando as Máquinas Param" de Plínio Marcos entre outras. Integrou o elenco de Cias como: Teatro Mambembe de Repertorio, Cia Anonima de Teatro, Cia Pernilongos Insolentes Pintam de Humor a Tragédia.Foi indicado ao Prêmio Aplauso Brasil de Teatro 2014, na categoria Melhor Ator, com o espetáculo Dama da Noite. Premiado em diversos festivais e Mostras de Teatro, entre eles: :Festival Santista de Teatro, Prêmio Plínio Marcos de Teatro, Prêmio Nacional das Artes de Mogi das Cruzes .

Como produtor esteve à frente de eventos como Bazar Cafofo, Mercado Mundo Mix, Sansex - Mostra da Diversidade, Festival Santista de Teatro, Free Jazz Festival, Carlton Dance Festival, Skol Beats, Bavaria Vibe Festival, Combo Cultural, Curta Santos- Festival de Cinema de Santos, Verão Teatral (Santos), Teatro nas Bibliotecas, Itinerância Festival Mix Brasil da Diversidade (Santos) Casa de Criadores, Phytoervas Fashion entre outros. Foi membro do Conselho de Cultura de Santos no biênio 2013/2014 ocupando a cadeira do segmento de Produção Cultural. Como Arte Educador, ministrou oficinas em instituições como Oficinas Culturais do Estado de SP e Senac.

Colaborador de sites e publicações importantes como: Mix Brasil, Juicy Santos e Super Site como colunista. É autor dos livros “ Não Deixe a Ansiedade Destruir sua Vida” e “ Notícias do Subterrâneo” ambos disponíveis na Amazon e apresentador do podcast “Tá Passada?" disponível em todas as plataformas digitais.


Encenação de Lipari
Cofundador do Galpão Cultural - Parque Anilinas, e do Coletivo 302, ganhador do 33º Prêmio Shell na categoria Inovação, ambos sediados na cidade de Cubatão, atua como performer, designer de luz, produtor e diretor de arte em obras de diferentes linguagens. Foi presidente do Conselho Municipal de Política Cultural de Cubatão durante o biênio de 2020 e 2021. Atualmente em processo de formação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade São Judas Tadeu.

No campo das artes cênicas, em 2017 fez parte da criação técnica e visual do espetáculo “#República”, peça premiada pelo PROAC - primeiras obras, onde também atuou e desenvolveu sua pesquisa em light performance. Em 2019 desenvolve o projeto da peça Vila Parisi, uma obra em site-specific, contemplada pelo PROAC - montagens inéditas, junto ao coletivo 302 e a diretora convidada Eliana Monteiro do Teatro da Vertigem. Em 2020 coordenou o 17º FESTAC - Festival de Teatro de Cubatão. Em 2022 fez parte da programação do Mirada - Festival Ibero Americano de Artes Cênicas do Sesc com o espetáculo "Vila Parisi".

Em 2020 a convite do Sesc Santos, desenvolveu a direção de arte dos Vídeo - Retratos: Vila Parisi, projeto com exibição permanente em todas as plataformas digitais da rede, sendo este convidado para ser exibido no Festival Internacional de Performance de Zacatecas, México. Em 2021 assinou a direção de arte do documentário “Vila Fabril: Território, História e Cultura" da Flair Produção Cultural em parceria com o Coletivo 302 pela Lei Aldir Blanc e do curta-doc Diário de Bordo Vila Fabril, para edição especial do Mirada 2021.


Dramaturgia de Diogo Lourenço
Diego é historiador e cientista social britano-brasileiro radicado em Londres. Sua pesquisa centra-se na investigação das forças sócio-históricas ligadas à desigualdade social. Para seu doutorado em Sociologia, na Humboldt University of Berlin, Diego pesquisa a desigualdade de classe em 8 países com vínculos coloniais ou imperiais (Brasil, Portugal, Espanha, México, Reino Unido, Estados Unidos, Índia e Alemanha). Mais precisamente, ele investiga como essa forma de desigualdade se manifesta através de práticas de bem-estar, saúde e espiritualidade como o yoga e a meditação. Seu trabalho acadêmico tem sido publicado na França e no Reino Unido, sendo a sua contribuição mais recente um capítulo para o livro Gurus and Media: Sound, Image, Machine, Text and Digital a ser publicado este ano pela UCL, University College London (Livro editado por J. Copeman, A. Longkumar and K. Duggal).

Em Londres, Diego participa de diversas oficinas e eventos voltados a produção teatral, sendo os mais recentes a oficina anual British Theatre 2022 organizada por Matt Wolf no Victoria & Albert Museum voltada a análise crítica dos textos das melhores produções teatrais do Reino Unido em 2022 (2/10/22 a 20/11/22) e palestras Sustainability in Theatre and Representation in Theatre na mesma instituição (22 e 23/04/23).


Ficha técnica
Espetáculo "O Filho da Geni"
Instagram: @ofilhodageni
Idealização e atuação: Luiz Fernando Almeida @oluizfernandoalmeida
Encenação: Lipari @liipari
Dramaturgia Diego Lourenço Não tem insta
Trilha original: Marcos Ozi @marcozi.stos
Design de luz: Juliana Sousa @julianasouza.cultura
Iluminadora: Marina Gatti @marinagatti_
Figurino: Mário Francisco @dermetropol
Direção de Arte: Lipari @liipari
Inflável: Aloha e Ruan @inflapower
Adereços : Mauro Fecco @maurofecco
Preparação corporal : Eleonora Artysenk @eleonoraartysenk
Produção executiva: Luiz Fernando Almeida
Assistente de produção: Ricardo Werson @ricardo_werson_artista
Assessoria de comunicação: Adriana Monteiro/Oficio das Letras @adrianadrixmonteiro
Fotografia: Thiago Santana @thiagofotocubatao
Administração: Regina Aguillar @associacaodosartistassp
Transporte: Mayara Viagens
Costureira : Rose
Ingressos Sympla @sympla
Realização: PROAC e Cafofo Produções @cafofo.producoes
Parceria: Associação dos Artistas, Lab PROCOMUM, SP Escola de Teatro, Associação dos Amigos da Praça, Cultura SP, Governo do Estado de SP (Secretaria de Economia e Indústria Criativa).
Apoio: Apfel, Pizzaria 1900, Nutrisom, Planetas, Oficio das Letras Comunicação, Der Metropol, Mayara Viagens
* Espetáculo contemplado pelo Edital PROAC-01/23- Montagem de Espetáculo Teatral Inédito no Estado de SP


Serviço
Espetáculo "O Filho da Geni"
Espaço O Andar
Até dia 27 de setembro
R. Dr. Gabriel dos Santos, 30, 2º andar, Santa Cecília, São Paulo/SP - 01231010
Região Centro / São Paulo
Capacidade
50 lugares pessoas
Bilheteria
Duração: 60 minutos
Gênero: monólogo dramático
Classificação: 16 anos
Segunda a sexta-feira: uma hora antes do evento
Sábado: uma hora antes do evento
Domingo: uma hora antes do evento
Estacionamento - Rua Dr Gabriel dos Santos, 131
Cafeteria
Ar-condicionado
Acessibilidade
Telefone: (11) 3666-6138
E-mail: contato@oandar.com

.: Do Grupo Pano, "¡Cerrado!" explora as narrativas da América Latina


A peça estreia no Teatro de Contêiner, apresentando a cultura latino-americana e seu passado de autoritarismo, convidando o público a perceber o encantamento e a cultura de frestas como potentes ferramentas políticas. Foto: Leekyung Kim


Com direção e dramaturgia de Caio Silviano, "¡Cerrado!", espetáculo musicado do Grupo Pano, está em cartaz no Teatro de Contêiner. A temporada segue até 30 de setembro com sessões às sexta-feiras, sábados e segundas, às 20h00, e domingos, às 19h00. A inspiração para a criação do espetáculo vem de uma legislação em San Pedro de Atacama, no Chile, que restringe o direito de dançar em estabelecimentos licenciados devido à burocracia excessiva e aos altos custos envolvidos na obtenção das permissões necessárias.

A história se inicia com uma Mulher que, ao finalmente encontrar o Criador dos limites da América Latina, arrasta uma das linhas de seus mapas abrindo uma fresta. Este ato evoca uma entidade capaz de trafegar por tempos antigos, entrelaçar narrativas e revisitar a história da proibição da dança no deserto. “Partimos da regulamentação da dança no deserto do Atacama, no Chile, e sua consequente proibição. Entretanto, no processo de pesquisa e desenvolvimento do espetáculo sentimos a necessidade de levantar um argumento mais abrangente, afinal, talvez a questão a ser explorada não fosse a proibição em si, mas sim um mundo que foi construído para que sua ausência não fosse motivo de revolta”, conta Caio Silviano.

Guiado pelo "portunhol", o enredo apresenta um dialeto misto de português e espanhol, repleto de neologismos, clichês e paródias. A mistura das línguas busca evidenciar a dificuldade da integração brasileira na América Latina devido a um projeto cultural colonial, mostrando que a união do continente ainda é uma ficção a ser construída.


Elementos teatrais
Com direção musical de Marco França (vencedor do prêmio Shell pelo trabalho musical em 2016 e 2019), a trilha sonora é uma fusão de diferentes influências latino-americanas, como os arranjos vocais das Murgas uruguaias, as melodias das milongas argentinas, os tambores cubanos e as músicas tradicionais dos povos andinos, complementados pela musicalidade brasileira.

“A América Latina é um prato cheio e de variados 'sabores' quando falamos em ritmos, instrumentos, gêneros musicais e tradição. O grupo Pano é muito antenado com o contemporâneo sem esquecer do que é considerado raiz de cada lugar. E isso está representado tanto nas intervenções sonoras da boate fictícia, quanto pelos atores com os mais variados instrumentos que foram se agregando em cada experimentação ao longo do processo de criação sonora/musical. A sonoridade do espetáculo certamente é a fusão fiel do que é a latinoamérica: diversa”, pontua França.

A montagem utiliza uma ampla variedade de elementos cenográficos que transformam o público em parte integrante da narrativa, proporcionando uma imersão completa nas localidades descritas. Através de truques de mágica, máscaras expressivas e música ao vivo tocada pelos próprios atores, são criados rituais de celebração e desmantelamento da morte em vida. Mesclando o repertório do realismo fantástico com a dinâmica peculiar do teatro do absurdo, o texto propõe uma ideia de um lugar latino indefinido e marcado por suas contradições. “O objetivo é ao final engajar os espectadores de forma ativa nesse baile que se opõe ao ciclo de morte e desencanto”, explica Silviano.

A construção do figurino, concebido por Cecília Barros, se baseia nas diversas estéticas latino-americanas, com foco em cores, texturas e a pluralidade dos elementos naturais. A pesquisa busca criar algo além das vestes cotidianas, inspirando-se nas Murgas uruguaias e argentinas, no carnaval, nos bailes cubanos, nas danças andinas e outras manifestações culturais do continente. Projetada por Lui Seixas, a iluminação cria atmosferas de boate, deserto e encantamentos. Utilizada pelo grupo como ferramenta narrativa, a luz diferencia os níveis de ficcionalidade entre ator, persona e personagem.

“'¡Cerrado!' é um grito pra fora, para ouvirmos dentro. Um enredo que salta até o Chile para olharmos o Brasil de hoje, que completa 60 anos do golpe civil militar, e tentar entender como e por que o processo de autoritarismo e o pensamento extremista na América Latina volta à tona. E como podemos usar a memória como dispositivo utópico-político dentro da cultura de frestas – política estudada por Luiz Antônio Simas e Luiz Rufino, tema componente da nossa atual pesquisa", conclui Silviano.


Grupo Pano
O Pano desenvolve sua metodologia de trabalho através de estudos teóricos e práticos, explorando textos que vão desde a atuação teatral até os fundamentos sociológicos do teatro. A partir dessas discussões, cria conteúdos musicais, dramatúrgicos e realiza treinamentos com diversas máscaras expressivas para, posteriormente, encenar seus espetáculos. Escolhendo trabalhar o Teatro do Absurdo através de um viés antropofágico, o grupo se utiliza das linguagens que Martin Esslin chama de Teatro Puro (palhaçaria, teatro de revista, etc.).

Seu novo espetáculo, "¡Cerrado!", vencedor da 18ª Edição do Prêmio Zé Renato, faz parte do aprofundamento de sua pesquisa. Unindo os conceitos previamente explorados sobre coeficiente de ficcionalidade com as ideias de encantamento e cultura de frestas estudadas por Luiz Antonio Simas e Luiz Rufino, o grupo se propõe a investigar a cultura latinoamericana, sua capacidade de deslocamento e criação de mundos possíveis.


Ficha técnica
Espetáculo "¡Cerrado!".
Elenco: Amanda Quintero, Cecília Barros, Ian Noppeney, Rafael Érnica, Alice Guêga, Bernardo Bibancos, Henrique Reis, Juliano Veríssimo, Barroso e Gabriela Sugui.
Diretor e Dramaturgo: Caio Silviano.
Direção Musical: Marco França.
Direção de Arte: Cecília Barros.
Iluminador: Lui Seixas.
Máscaras: Rafael Érnica e Caio Silviano. Composições: Caio Silviano, Barroso Eus e Bernardo Bibancos.
Cenotécnico: Pity Santana.
Aderecista: Zé Valdir Albuquerque e Amanda Quintero.
Orientação de manipulação de bonecos: Marcela Arce.
Aprendiz: Marcela Lívier.
Apoio de Palco: Isabela Lourenço| Lou e Marcela Lívier.
Direção de Produção e produção executiva: Isadora Petrin (PiTô Produções).
Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes.
Equipe de vídeo: Pedro Morales, Luiz Felipe Aranha, Rodrigo Nelli
Foto: Leekyung Kim
Apoio: Turma do Bem.
Realização: Grupo Pano, Cooperativa Paulista de Teatro, 18ª edição Prêmio Zé Renato e Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo.


Serviço
Espetáculo "¡Cerrado!"
Temporada de 6 a 30 de setembro. Prorrogação de 4 a 14 de outubro de 2024 - Sexta, sábado e segunda, às 20h00, e domingo, às 19h00.
Duração: 135 minutos.
Classificação: 16 anos.
Ingresso: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada).
Bilheteria: aberta uma hora antes do espetáculo.

Teatro de Contêiner
Rua dos Gusmões, 43 - Santa Ifigênia.
Capacidade: 99 lugares.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

.: Resenha: "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" é excepcional

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em setembro de 2024


"Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" é sequência excepcional de clássico do final dos anos 80. A produção moderna com direção de Tim Burton entrega a essência de seu filme original a cada cena, enquanto conta uma nova história no além com chão irregular quadriculado em preto e branco, incluindo uma repaginada na sequência de dublagem coreografada, não para "Banana Boat (Day-O)", de Harry Belafonte, mas para a música McArthur Park, na voz de Richard Harris. Há resgate de verme de areia esfomeado, fila longa de mortos para ser atendido no além, assim como as esculturas da excêntrica artista plástica Delia Deetz (Catherine O´Hara) e até do figurino de casamento de Beetlejuice (Michael Keaton) e Lydia Deetz (Winona Ryder). 

Sem o casal Barbara (Geena Davis) e Adam (Alec Baldwin) na história de 1h45 (com rumo explicado em um trecho de diálogo), começa com Lydia apresentando um programa televisivo, uma vez que ganhou fama por falar com os mortos. O que ela faz? Presta assistência aos assombrados. Eis que durante um programa o demônio Beetlejuice tenta estabelecer uma conexão com ela, mesmo estando distante de Winter River (e da casa assombrada) e as aparições se tornam mais constantes.

Viúva e "envolvida" com Rory (Justin Theroux), ela tem uma filha adolescente, Astrid Deetz (Jenna Ortega), com quem não consegue manter contato. Contudo, Lydia recebe mensagens de Delia e, ao procurá-la na galeria em que expõe as insanas criações, a médium ouve da "boadrasta" que Charles Deetz (Jeffrey Jones) a deixou (a morte dele garante um defunto um tanto de curioso, assim como sua lápide transparente). Com o enterro do patriarca, Lydia e Delia precisam voltar para a casa em que conheceram Barbara, Adam e Beetlejuice.

Todo o encantamento da mente brilhante de Tim Burton está na apresentação do longa, não apenas ao retratar vivos e mortos numa história surpreendente e com o colorido típico do diretor em meio ao listrado, mas também por entregar detalhes que fazem toda a diferença na telona do cinema. Seja a casa toda coberta por um véu preto, tal qual uma viúva enlutada, a cor esverdeada dos mortos que habitam o além ou ainda por trazer uma Sally raivosa, de "O Estranho Mundo de Jack" em carne, osso e grampeada que chega a se transformar numa Emily do mal de "A Noiva Cadáver".

Em "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice", todos os detalhes primorosos no jogo de cores de Tim Burton tomam por completo a tela de cinema, enquanto empolgam e emocionam os fãs do clássico de 1988, "Os Fantasmas Se Divertem". No entanto, a nova produção tem uma história própria, não implicando na obrigação de assistir o filme antecessor. Neste, também há uma história de família e ainda entrega enredo para todos os novos personagens, com destaque para a sugadora de almas Delores da Monica Bellucci e o ator que quer ser policial Wolf Jackson de Willem Dafoe, garantindo ainda uma pequena e importante participação de Danny de Vitto (o Pinguim do "Batman: O Retorno" de Tim Burton).

No entanto, por vezes, há como que uma ideia de ausência, não somente do fiel companheiro de Delia, Otho (Glenn Shadix, falecido em 2010), mas também do ator Johnny Depp, uma vez que a produção reuniu ícones que trabalharam diversas vezes com Tim Burton. Não que tal necessidade gere algum buraco na trama, mas ver num só filme Winona Ryder, Michael Keaton, Danny de Vitto, fica a sensação ao público que cresceu diante das produções de Burton de que Depp poderia estar ali junto, mesmo que no pequeno papel do pai de Astrid.

Todavia, "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" é um longa excepcional, seja pelo roteiro inteligente de Miles Millar e Alfred Gough, a fotografia impecável e, claro, pelo conjunto da obra de absoluto primor do que é o cinema de Tim Burton. O longa ainda consegue lançar uma provocação certeira aos influencers enquanto faz uma alusão visual ao casal de mortos do primeiro filme quando estão diante de seus celulares. De fato, "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" é surpreendente e um filme para se assistir na telona do cinema e aproveitar cada detalhe escondido, até mesmo num cartaz no quarto do jovem Jeremy (Arthur Conti), por exemplo. Imperdível!



O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

"Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" ("Beetlejuice Beetlejuice"). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, terrorClassificação: 14 anos. Duração: 1h44. Ano: 2023. Distribuidora: Warner Bros. Pictures. Direção: Tim BurtonRoteiro: Miles Millar, Alfred Gough. Elenco: Michael Keaton (Beetlejuice), Winona Ryde (Lydia Deetz), Jenna Ortega (Astrid Deetz), Catherine O'Hara (Delia Deetz)Sinopse: Retornamos à casa em Winter River, onde três gerações da família Deetz se unem após uma tragédia familiar inesperada. Confira os horários: neste link

Trailer de "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice"


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.: Voz de Deus encontra um anjo: Milton Nascimento e Esperanza Spalding


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural

É incrível como Milton Nascimento tem o poder de agregar pessoas de várias gerações em torno de sua obra. E agora foi a vez de Esperanza Spalding, com quem já havia trabalhado anteriormente, que gravou um disco com o nosso eterno Bituca, contando com algumas participações especiais e releituras de canções do compositor mineiro, além do material autoral.

A repercussão do disco no exterior foi a melhor possível. O jornal The New York Times, por exemplo, chamou Milton de "Divindade Musical". Lembrando aquela citação feita por Elis Regina, que afirmou que, "se Deus tiver uma voz, seria a do Milton".

Durante anos, Esperanza Spalding sonhou em fazer música com Milton Nascimento. Ela ouviu sua obra pela primeira vez quando era estudante na Berklee College of Music, em Boston, no início dos anos 2000. O álbum "Milton + Esperanza", é o ápice comovente da admiração de longa data de Spalding, que surgiu como um anjo na vida de Bituca. Uma mistura de clássicos do catálogo de Nascimento, novas músicas de Spalding e covers de outros artistas, incluindo The Beatles e Michael Jackson, o álbum é um retrato de seu relacionamento criativo.

Claro que a voz de Milton já não consegue ter a mesma força. Ainda soa afinada, mas hesitante em alguns momentos. Mas isso não diminui o brilho do trabalho, que conta com banda principal de Matthew Stevens (guitarra), Justin Tyson e Eric Doob (bateria), Leo Genovese (piano), Corey D. King (vocais, sintetizadores). Esperanza Spalding e Milton Nascimento juntos revisitaram cinco de suas canções, junto com quatro originais de Spalding, além de alguns covers do Beatles ("A Day In The Life") e de Michael Jackson ("Human Nature").

É emocionante ouvir a voz de Esperanza entoando "Cais" e "Morro Velho" com Milton Nascimento. O contraste das vozes somente reforça o brilho da obra do compositor mineiro do Clube da Esquina. O álbum convida você a passar um tempo com uma pessoa que é um poço de conhecimento - mais de 80 anos de experiência vivida existem em sua mente e voz. "Milton + Esperanza" compartilha esse milagre simples com você. Sem apelar para os recursos do estúdio. Apenas a música tocada hoje, sem truques. Exatamente como ela é, de fato.

"A Day In The Life"

"Morro Velho"

"Cais"


.: Grupo Companhia das Letras na 27ª Bienal do Livro de São Paulo


Editora terá mais de 50 autores na programação oficial e paralela do evento, como Ailton Krenak, Felipe Neto, Raphael Montes, Pedro Rhuas, Clara Alves e Chico Felitti


Entre os dias 6 e 15 de setembro, o Grupo Companhia das Letras estará presente na 27ª edição da Bienal do Livro de São Paulo. O evento, realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizado pela RX, é um dos maiores festivais literários da América Latina e reúne autores, editores, livreiros e leitores em um espaço dedicado à celebração da cultura e da literatura. Todos os selos do grupo estarão distribuídos em 600 m² de estande.

Mais de 50 autores estarão presentes no evento na programação oficial e paralela. No primeiro sábado, dia 7 de setembro, o grande destaque é o lançamento de "Como Enfrentar o Ódio", livro de Felipe Neto. O autor fará uma mesa ao meio-dia, seguida por duas sessões de autógrafos, uma às 13h00 e outra às 17h00. Stênio Gardel, Raphael Montes e Raul Juste Lores participam do evento no domingo, dia 8. Stênio estará na Arena Cultural no domingo, às 12h, para falar sobre a popularização da literatura brasileira no exterior, ao lado de Flora Thomson-DeVeaux. Raphael Montes também estará na Arena Cultural, às 15h45, em mesa para discutir sobre suspense e romances policiais. Ainda no mesmo dia, Raul Juste Lores estará no Salão de ideias, na mesa “O Avesso do Avesso da Urbe: o Patrimônio Arquitetônico de SP”.

Ao longo da semana, nomes como Aline Bei, Andrea del Fuego,  Ana Paula Maia, Aline Zouvi, Paola Yuu Tabata, Bernardo Esteves, Paula Fábrio e Caetano Galindo passarão pela programação oficial. No segundo fim de semana, os destaques ficam por conta de Ailton Krenak, em mesa sobre o futuro ancestral, e Fabrício Corsaletti, no Salão de ideias.

A Seguinte, selo jovem da Companhia, leva para a Bienal os lançamentos nacionais "Bem-vinda de Volta", de Paola Yuu Tabata, e "Complicado e Perfeitinho", de Renan Bittencourt. A editora também vai lançar títulos internacionais aguardados pelos leitores, como "Combina?", de Casey McQuiston, "Verão de Lenço Vermelho", de Elena Malíssova e Katerina Silvánova, e "Tudo que Nunca Dissemos", de Sloan Harlow. Já a Paralela, marca presença no evento com novidades para os fãs de romances de esportes. "As Regras do Jogo", de Arquelana, e "Atrás da Rede", de Stephanie Archer, serão lançados na Bienal. O best-seller internacional "O Amor (Depois) da Minha Vida", de Kirsty Greenwood, também estará disponível para o público.

Para os pequenos. A programação dos selos infantis do Grupo levará grandes nomes da literatura brasileira e internacional, autores estreantes na literatura para crianças, obras e temas que abordam diversidade e representatividade, além de autores queridos e conhecidos do público infantil e juvenil. Quem abre as atividades do Espaço Infâncias da Bienal do Livro de São Paulo no dia 07 de setembro, sábado, é a banda Fera Neném, que, já em seu segundo álbum (“Xi, deu zebra!”), acaba de lançar também um livro. O baiacu que adorava fantasias saiu em junho pela Brinque-Book, em obra homônima à música da banda, que celebra o jeito único de ser do protagonista e as escolhas de cada um. Depois do pocket show na programação oficial do evento, o “quarteto de baby rock quase punk, meio reggae, bem punkeka para crianças de 0 a 137 anos” vai autografar os livros e receber os fãs no estande infantil da editora, o D28.

Em estreias na literatura infantojuvenil, Stenio Gardel e Ailton Krenak estarão, respectivamente, no dia 8 e 14 de setembro no Espaço Infâncias e na Arena Cultural, onde autografam suas obras, Kajun e Bento, vento, tempo. No dia 13, é a vez de Martha Batalha, receber leitores no estande para o lançamento de "Liz Sem Medo" (Escarlate). O livro é fruto da parceria e da amizade com Joana Penna, que é conhecida por ilustrar a série best seller "Diário de Pilar". A jornalista Ana Clara Moniz apresentará seu primeiro livro, "ABpCD - Letras, Infâncias e Vidas de Pessoas com Deficiência" (Companhia das Letrinhas), escrito em parceria com Lígia Azevedo, no Skeelo Talks no dia 13, sexta, às 11h00, e no estande da Companhia das Letrinhas a partir das 13h30.

Best-seller, alemã Susanne Strasser, autora de livros como "Bem Lá no Alto", "Muito Cansado e Bem Acordado", "Baleia na Banheira" entre outros, além do recém-lançado "A Sopa Está Pronta", fecha a programação no domingo, 15, às 16h00, no Espaço Infâncias, onde vai contar uma de suas histórias e propor brincadeiras para as crianças a partir de cenas de seus livros. Quem comprar uma de suas obras no estande da Companhia das Letrinhas vai ganhar um brinde exclusivo.


Mangás
A Editora JBC estará presente com um estande reservado para os mangás, incluindo lançamentos que chegam direto para o evento e a presença de autores convidados. O estande estará na área da Companhia das Letras (D30), grupo do qual a editora faz parte desde 2022, e terá uma série mangás incluindo os sucessos "My Hero Academia", "Death Note" e "Haikyu!!", distribuição de brindes gratuitos e uma nova ecobag com o tema “Mangá É a Nossa Língua” para quem comprar no estande.

Além dos principais títulos do catálogo, a JBC levará direto para a Bienal vários lançamentos bastante aguardados! O clássico "Astro Boy", de Osamu Tezuka, chega com duas opções de sobrecapa, uma clássica e uma ilustrada pelo quadrinista brasileiro Vitor Cafaggi, Akane-Banashi que traz várias curiosidades da cultura japonesa, "The Fable" vem cheio de suspense e ação, tem também o lançamento de "Suzume", do mesmo autor de "Your Name", "Skip & Loafer" no melhor estilo da comédia romântica, e o lançamento de um quadrinho nacional "Como Fazer Amigos e Enfrentar Fantasmas", de Eric Peleias e Gustavo Borges. 

Ao longo do evento, autores convidados estarão no estande da JBC para encontrar os leitores e fãs de quadrinhos. Quem estiver por lá, poderá tirar fotos e conversar diretamente com os quadrinistas! Além disso, o desenhista Gustavo Borges estará todos os dias da Bienal na área dos artistas (J20).


Conheça a programação completa do Grupo Companhia das Letras na Bienal do Livro:

6 de setembro -Sexta-feira
16h15 – Arena Cultural
Romance + fantasia
Carol Chiovatto e Fernanda Castro

7 de setembro - Sábado
10h – Espaço Infâncias
Pocket show da banda Fera Neném
10h30 – Arena Cultural
Realizando sonhos
Pedro Rhuas
11h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com banda Fera Neném
12h15 e 19h – Arena Cultural
Como enfrentar o ódio
Felipe Neto
13h – Salão de ideias
A literatura e o mundo em colapso
Morgana Kretzmann
14h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Mari Bigio
15h – Estande Prêmio Jabuti
Sessão de autógrafos com Fabio Victor
16h – Papo de mercado
Versos e Vozes: Oportunidades na Economia Criativa da Periferia
Eliana Alves Cruz
16h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Blandina Franco e José Carlos Lollo
17h – Cozinhando com palavras
Bebidas e misturas brasileiras
Neli Pereira
17h – Salão de ideias
Ayrton Senna: 30 anos
Sérgio Rodrigues
18h45 – Salão de ideias
Mesa Sesc LGBTI+: direitos, expressão e afirmação
Chico Felitti e Renan Quinhalha
19h15 – Arena cultural
Unidos pela literatura: o relacionamento de escritores com seu público
Clara Alves

8 de setembro - Domingo
12h – Arena cultural
A popularização da literatura brasileira no exterior
Stênio Gardel e Flora Thomson-DeVeaux
13h – Auditório Ziraldo
Evento Paralela – Arquelana e Felipe Fagundes
15h – Salão de ideias
O avesso do avesso da urbe: o patrimônio arquitetônico de SP
Raul Juste Lores
15h45 – Arena cultural
Suspense e romances policiais
Raphael Montes
17h – Salão de ideias
Quando a realidade inspira a ficção
Micheliny Verunschk e Eliana Alves Cruz
17h – Espaço Educação
Bate-papo com Auritha Tabajara e Maurício Negro
17h30 – Arena cultural
Entre risos e reflexões: o humor na literatura
Bia Crespo, Felipe Fagundes
18h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Auritha Tabajara e Maurício Negro

de setembro - Segunda-feira
16h – Amazon
Bate-papo e sessão de autógrafos com Marcela Tiboni
16h – Estande Companhia das Letras
Sessão de autógrafos com Clara Alves e Fernanda Castro
19h - Skeelo Talks
Bate-papo e sessão de autógrafos com Ilana Casoy

10 de setembro -  Terça-feira
12h15 – Arena cultural
Amarelitudes: Histórias e experiências de autores asiáticos brasileiros
Bate-papo e sessão de autógrafos com Paola Yuu Tabata e Gustavo Hirga
13h – Espaço Infâncias
Bate-papo com Renato Gama
14h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Renato Gama
15h – Estande JBC
Magenta King, autor de 9 Horas
15h30 – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Paola Yuu Tabata e Gustavo Hirga
19h15 – Arena cultural
Investigações na História
Samir Machado de Machado
11/09 – Quarta
14h – Salão de ideias
Tiradas e Tirinhas: o humor e o cotidiano nos quadrinhos
Aline Zouvi
14h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Guilherme Semionato
14h – Estande JBC
Hiro Kawahara, autor de A Sereia da Floresta
15h – Estande JBC
Amanda Freitas, autora de The Flower Pot
16h – Praça de Histórias
Contra a mercantilização da natureza: Ecologia + Futuro
Bernardo Esteves
18h – Papo de Mercado
Nossa Língua Brasileira: Desafios e Perspectivas para Tradutores e Revisores
Caetano W. Galindo

12 de setembro - Quinta-feira
11h – Amazon
Bate-papo e sessão de autógrafos com Camila Fremder
13h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Vienno
14h – Amazon
Bate-papo e sessão de autógrafos com Kiusam de Oliveira
15h – Estande JBC
Vinícius Galhardo, autor de Contos Indígenas - Irupé e Guaraná
15h – Skeelo Talks
Bate-papo e sessão de autógrafos com Camila Fremder
15h30 - Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Kiusam de Oliveira
17h – Espaço Educação
Bate-papo com Kiusam de Oliveira, Waldete Tristão e Rodrigo Andrade
18h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Waldete Tristão e Rodrigo Andrade

13 de setembro - Sexta-feira
11h – Skeelo Talks
Bate-papo e sessão de autógrafos com Ana Clara Moniz e Ligia Azevedo
13h30 – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Ana Clara Moniz e Ligia Azevedo
15h – Estande JBC
Caio Yo, autor de Cosmico
15h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Martha Batalha e Joana Pena
15h45 – Arena cultural
Amor e esportes
Arquelana
17h – Auditório Ziraldo
Bate-papo e sessão de autógrafos
Martha Batalha e Andrea del Fuego
17h – Estande JBC
Lígia Zanelli, autora de Calendar
17h30 – Arena cultural
Sobre literatura e horror
Ana Paula Maia e Gih Alves
18h – Salão de ideias
Solidão em família: Memória, identidade e dinâmicas familiares na ficção
Aline Bei e Paula Fábrio

14 de setembro - Sábado
13h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Silvana Rando
14h – Arena cultural
A mãe e a mulher na literatura
Eliana Alvez Cruz
14h – Arena cultural
O que é o Futuro Ancestral? Ainda é possível chegar lá?
Ailton Krenak e Rita Carelli
15h – Espaço Infâncias
Bate-papo com Ailton Krenak e Rita Carelli
16h – Espaço de autógrafos
Sessão de autógrafos com Raphael Montes
16h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Arturitha Tabajara e Paola Tôrres
17h30 – Arena Cultural
Bate-papo seguido de sessão de autógrafos com Ailton Krenak e Rita Carelli
20h – Praça da Palavra
Jogo jogado e falado: outros olhares para o futebol
Amara Moira

15 de setembro - Domingo
16h – Espaço Infâncias
Bate-papo com Susanne Strasser
17h – Estande Companhia das Letrinhas
Sessão de autógrafos com Susanne Strasser
18h45 – Salão de ideias
Poesia: no livro e no slam
Fabricio Corsaletti


Estande Companhia das Letras: D30
Estande infantil: D28

.: Livro de Yasunari Kawabata é o tema do Clube de Leitura Japan House SP


Com a presença da professora e pesquisadora Bianca Tavolari, encontro do dia 26 de setembro discute a obra 'Kyoto' de Yasunari Kawabata


O livro "Kyoto", escrito em 1962 por Yasunari Kawabata e traduzido por Meiko Shimon (Estação Liberdade) é o tema do Clube de Leitura Japan House São Paulo + Quatro Cinco Um, que ocorre na quinta-feira, dia 26 de setembro, às 19h00 de forma on-line. A publicação conta a história de Chieko, filha adotiva de um comerciante de quimonos, e sua família. A filha assiste de perto o processo de falência da loja de seus pais, assim como uma forte mudança nos valores culturais na cidade onde mora, a antiga capital japonesa que dá nome ao livro. Além de vivenciar transformações comerciais e culturais em sua cidade devido as novas influências do ocidente, Chieko conhece sua irmã gêmea, da qual foi separada quando eram bebês. Criadas em ambientes diferentes, elas lidam com as novas mudanças em suas vidas assim como o afloramento da sexualidade na adolescência.

A convidada especial desta edição é a professora e pesquisadora Bianca Tavolari, escritora e coordenadora da seção "As Cidades" e as coisas na revista Quatro Cinco Um. Na revista, a sessão aborda questões sociais, arquitetônicas e urbanísticas sobre cidades no mundo inteiro. Além de doutora e mestre em Direito pela USP, onde também tem graduação em Filosofia, Bianca já foi docente no Insper e na Universidade de St. Gallen, na Suíça, ambas entre 2018 e 2023. A conversa terá como mediadores Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da JHSP, e Paulo Werneck, editor da revista Quatro Cinco Um.

Primeiro escritor japonês a receber o Nobel de Literatura, em 1968, Yasunari Kawabata é considerado um dos maiores nomes na história da literatura japonesa. Kyoto, de 1962, foi uma das últimas obras finalizadas pelo autor antes de sua morte dez anos mais tarde. Ela também é marcada por sua riqueza nas descrições da cidade, mergulhando nos costumes, cultura e dialeto que inspiraram dois filmes a partir da obra. Uma do diretor Noboru Nakamura, indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1964, e outra de Kon Ichikawa, de 1980. Compre o seu exemplar de "Kyoto" neste link.


Sobre o Clube de leitura Japan House São Paulo + Quatro Cinco Um
Com a mediação de Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da JHSP, e Paulo Werneck, diretor de redação da revista Quatro Cinco Um, o Clube discute livros de autores nipônicos traduzidos diretamente do japonês para o português, com o objetivo de ampliar o acesso dos brasileiros a este universo literário. Todo mês, o encontro de caráter informal conta também com a presença de um leitor convidado, e já recebeu grandes profissionais de língua japonesa no Brasil, autores brasileiros contemporâneos, editores, críticos, jornalistas e personalidades da cultura. Garanta o seu exemplar de "Kyoto" neste link.


Serviço
Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um
“Kyoto”
Quinta-feira, dia 26 de setembro
Horário: 19h00
Convidada: Bianca Tavolari
Duração: cerca de 90 minutos
Custo: participação gratuita, mediante inscrição prévia (vagas limitadas)
Inscrição: https://clubedeleitura.japanhousesp.com.br/
Acesso: on-line, via plataforma Zoom. O link de acesso é enviado aos inscritos por e-mail.
Participantes do clube têm 30% de desconto na compra do livro pelo site da editora por meio do cupom JHSP451. O cupom fica vigente entre 29 de agosto e 28 de setembro, válido para um uso único por CPF.

.: Encontro de Leituras recebe Lídia Jorge e discute premiado livro "Misericórdia"


A transcrição das memórias do último ano de vida de sua mãe foi o desafio escolhido por Lídia Jorge para o livro "Misericórdia". Com mais de 40 horas de áudio em um pequeno gravador de voz, esse romance conta a história de dona Alberti, que passou o final de sua vida em um lar para idosos. A filha da personagem principal e autora é a convidada especial do Encontro de Leituras de agosto, que moderado pela jornalista Isabel Coutinho e pelo escritor e jornalista Sérgio Rodrigues. A premiada obra foi publicada no Brasil pela editora Autêntica Contemporânea e em Portugal pela Dom Quixote.

O encontro será realizado de forma virtual, pela plataforma Zoom, no dia 10 de setembro, às 18h, e é aberto ao público. Lídia Jorge e os moderadores vão discutir a obra que ganhou o Grande Prêmio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2022, além de muitos outros. A história de passa no Hotel Paraíso, o lar para idosos onde Maria Alberta morava. Os relatos da mãe juntos do poder literário trazido por sua filha nos levam a uma imersão completa em um universo comummente estereotipado. São abordados os principais acontecimentos do local: quem chega, quem parte, quem tenta fugir, a convivência com moradores e cuidadores, tudo pela ótica de uma senhora com uma curiosidade única. Compre o livro "Misericórdia" neste link.


Sobre o Encontro de Leituras
O Encontro reúne leitores de língua portuguesa e discute romances, ensaios, memórias, literatura de viagem e obras de jornalismo literário na presença de um escritor, editor ou especialista convidado. Os encontros são gratuitos e acontecem sempre nas segundas terças-feiras de cada mês, às 18h00 do Brasil e 22h00 de Portugal. O evento não é transmitido nas redes sociais, nem disponibilizado depois. É uma experiência para ser vivida por aqueles que se juntam à sessão. Os melhores momentos são depois publicados no podcast Encontro de Leituras, disponível no Spotify, Apple Podcasts, SoundCloud ou outros aplicativos habituais. 

A parceria entre a Quatro Cinco Um e o Público conta com um espaço editorial fixo nos dois veículos e uma newsletter mensal sobre o trânsito literário e editorial entre os países de língua portuguesa. A editoria especial publica materiais jornalísticos sobre autores do Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Timor que tenham sido lançados dos dois lados do oceano. A newsletter mensal traz notas, curiosidades, imagens e informações sobre as novidades das livrarias e os eventos literários em Lisboa, São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades onde se fala português. De vez em quando, na programação de festivais e em outras ocasiões, eventos presenciais serão realizados. Garanta o seu exemplar de "Misericórdia" neste link.


Sobre a Revista Quatro Cinco Um
Publicada em edição impressa, site, newsletters, podcasts e clubes de leitura, a revista dos livros seleciona e divulga mensalmente cerca de duzentos lançamentos em mais de vinte áreas da produção editorial brasileira. Em linguagem clara, sem jargões nem hermetismo, os textos são assinados por nomes de destaque da crítica e da cultura. Tendo o pluralismo e a bibliodiversidade como nortes editoriais, a Quatro Cinco Um busca misturar em sua pauta diferentes gerações, sensibilidades e pontos de vista. Projetos editoriais especiais focalizam temas relevantes, tais como cidades, democracia e justiça, literatura infantojuvenil, literatura japonesa, literatura francesa, literatura israelense e livros LGBTQIA+. 

Desde 2019, a revista publica duas vezes por mês o 451 MHz, primeiro podcast da imprensa profissional dedicado exclusivamente a livros. Acreditamos no livro como objeto de transformação individual e coletiva, com base no princípio de que não há sociedade democrática sem ampla circulação de livros. A revista foi lançada em maio de 2017, tendo como editores Fernanda Diamant e Paulo Werneck. Desde 2019, a Associação Quatro Cinco Um tem como diretores os jornalistas Paulo Werneck e Humberto Werneck.


Serviço
Encontro de Leituras | Quatro Cinco Um + Público
“Misericórdia”, de Lídia Jorge
Terça-feira, dia 10 de setembro
Horário: 18h00 (Brasil), 22h00 (Lisboa, Portugal)
Mediação: Sérgio Rodrigues e Isabel Coutinho
Convidada: Lídia Jorge
O evento não é transmitido nas redes e nem disponibilizado depois

Aberto ao público
Transformação em vídeo e podcast
Acesso à sala virtual do zoom: https://us06web.zoom.us/j/82156058496?pwd=XVajCpNXeHl8x1QmXY9aL32G2yfHoB.1#success
ID: 821 5605 8496
Senha de acesso: 719623
Compre o livro "Misericórdia" neste link.

.: Gustavo Waz é destaque como “Elvis jovem”, no musical sobre o rei do rock


O ator, recém chegado em São Paulo, emociona o público com seu carisma e forte interpretação no papel alternante de Elvis, no novo musical dirigido por Miguel Falabella. Foto: divulgação/Caio Gallucci


O ator Gustavo Waz, recém-chegado a São Paulo, vem encantando com seu talento no musical "Elvis - A Musical Revolution", como Elvis Presley jovem (alternante), nas sessões de quinta-feira. Natural de Canela, no Rio Grande do Sul, Gustavo Waz é um artista em ascensão. Desbravando a cidade de São Paulo, sua estreia na metrópole foi no musical "Paw Patrol", onde deu vida ao protagonista Ryder. Em 2024, destacou-se em "O Rei Leão", interpretando a complexa Hiena Ed e também como cover de Timão e Zazu.

Agora, Gustavo Waz brilha ao integrar o elenco de "Elvis - A Musical Revolution", como Elvis jovem alternante, neste espetáculo com direção de Miguel Falabella, direção coreográfica de Bárbara Guerra e direção musical de Jorge de Godoy, e que promete ser um dos grandes destaques de 2024 da Broadway brasileira. 

Gustavo Waz se preparou com muita dedicação para dar vida a Elvis adolescente, numa construção em conjunto com o time criativo e demais atores que compõem o cast do projeto. Sobre a preparação, ele comenta: “a minha geração não viveu o sucesso de Elvis e por isso tivemos pouco contato até mesmo com a sua história. Comecei então uma pesquisa para entender quem foi esse homem, a sua trajetória, as suas vitórias e os seus fracassos. O próprio musical, por ser biográfico, tem um material bastante completo e robusto para entender de onde veio esse homem e as suas referências”.

Foi uma imersão na vida de Elvis Presley, em cada momento de sua vida - seus movimentos icônicos, o visual autêntico, seu jeito de se relacionar com as pessoas e a própria música - cada detalhe foi milimetricamente estudado para conquistar o público com o carisma e a determinação de Elvis jovem. No musical, Gustavo Waz contrapõe com Daniel Haidar, que interpreta a versão adulta de Elvis - uma dupla talentosa e prodigiosa. Além disso, o projeto conta com Luiz Fernando Guimarães, como Coronel Tom Parker e Leandro Lima, no papel de Elvis adulto, alternando com Robson Lima, nas sessões de sexta a domingo.

Em seu currículo, Gustavo Waz assina personagens marcantes, que certamente deixaram uma marca especial em sua vida. Em "Paw Patrol", como o protagonista Ryder, o ator teve seu primeiro contato com a Broadway brasileira, chegando até São Paulo com a peça. Este foi seu primeiro musical franqueado.

“Sinto que foi onde pude colocar em prática os meus estudos na área de musical, e a rotina como protagonista, foi muito importante para que eu pudesse aprimorar ainda mais os meus conhecimentos. Paw Patrol é uma febre mundial, e eu ainda não tinha dimensão disso. Ainda hoje sou parado na rua e reconhecido por ter interpretado o Ryder”, comenta.

Em "O Rei Leão", clássico da Disney que retornou aos palcos em 2024, Gustavo deu vida à Hiena Ed, um dos maiores desafios de sua carreira até aqui. “É um personagem que, dentro da sua loucura, é extremamente complexo, não só fisicamente, mas porque o ator não pode usar uma lógica humana para justificar atitudes animais”

Além disso, ele também foi cover de Timão e Zazu, dois personagens completamente diferentes de Ed, tanto em manipulação dos bonecos, como em personalidade. “Meu papel de cover foi um trabalho de muita técnica e estudo, para que o público recebesse um espetáculo completo, sem nenhum erro, mesmo com outro ator representando um personagem que não é cotidiano para ele”, complementa o ator.

Para o futuro, Gustavo Waz tem deixado as oportunidades guiarem seu destino e está pronto para emocionar todo o público em "Elvis - A Musical Revolution". “Penso em expandir meus horizontes para as telas também, mas isso é um tema que ainda estou estudando, pois quando acontecer, quero que seja em um projeto que eu realmente acredite no propósito e que converse com meu público!”, finaliza.

Confira o ator nas sessões de quintas-feira às 20h00, no Teatro Santander. O musical fica em cartaz até 1° de dezembro. Acompanhe a carreira de Gustavo Waz através do Instagram: @gustavowaz.


Serviço
"Elvis - A Musical Revolution"
Até dia 1° de dezembro (conferir no site todas as datas disponíveis)
Quintas, sextas, sábados e domingos, às 20h00. Sábados e domingos, às 16h00.
Teatro Santander - Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, São Paulo
Faixa etária 10 anos - menores acompanhados dos pais ou responsáveis legais
Duração 2h30 com 15 minutos de intervalo
Gênero: musical
Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/90179/d/234549
*Todas as sessões possuem audiodescrição e libras

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

.: Gatos ensinam que respostas para os problemas podem estar nos astros


A autora Mai Mochizuki uniu ideias bastante distintas para conceber seu livro de estreia - felinos, astrologia, um velho mito japonês, uma cafeteria mágica itinerante e sua admiração pelas ilustrações do artista Chihiro Sakurada. O resultado não poderia ter sido melhor: "Os Gatos do Café da Lua Cheia", lançado no Brasil pela editora Intrínseca, é um fenômeno no Japão, com mais de 300 mil exemplares vendidos, e já teve os direitos de tradução negociados para mais de 20 países. Em setembro, a peculiar obra chega ao Brasil pela Intrínseca e promete trazer aos leitores ensinamentos valiosos apresentados por professores improváveis: gatos falantes. 

Na trama, várias histórias se entrelaçam pelas ruas de Quioto. Passando por problemas pessoais, cada personagem acaba esbarrando no Café da Lua Cheia, um trailer que aparece nos momentos e locais em que determinados fregueses mais precisam. Lá, eles não podem escolher o que vão comer ou beber: são os gatos que administram o espaço que definem os pratos, personalizados de acordo com a necessidade de cada um. Além de deliciosos quitutes, os felinos oferecem orientações importantes baseadas na leitura do mapa astral dos clientes. Se a princípio os frequentadores ficam atordoados com a experiência inusitada, logo percebem que os conselhos, práticos e diretos, se aplicam perfeitamente às situações que estão atravessando. 

Assim, vemos o desenrolar da jornada de cada pessoa que se depara com o Café da Lua Cheia: Mizuki Serikawa, uma roteirista frustrada com os rumos que sua carreira tomou; Akari Nakayama, uma diretora de TV que esconde uma paixão secreta; Satsuki Ayukawa, uma atriz envolvida em um escândalo; Takashi Mizumoto, um engenheiro de T.I. que enfrenta problemas com a tecnologia; e Megumi Hayakawa, uma cabeleireira que busca novos ares na profissão. No céu e na terra, as vidas dos cinco estão interligadas, e a experiência deles no estabelecimento mágico mudará as perspectivas de todos.

Em" Os Gatos do Café da Lua Cheia", Mai Mochizuki apresenta uma história deliciosa, sensível e inovadora sobre recomeços. Com a atmosfera de uma boa healing fiction, a mágica de uma grande fantasia e um cardápio de se devorar com os olhos, o livro é uma leitura imperdível que resgata um ditado da sabedoria milenar japonesa: se você é gentil com um gato, um dia esse favor será retribuído. Compre o livro "Os Gatos do Café da Lua Cheia" neste link.

O que disseram sobre o livro
“Mochizuki deslumbra em sua estreia na fantasia contemporânea, lindamente elaborada. Tão doce e satisfatória quanto as deliciosas sobremesas servidas no Café da Lua Cheia, esta é uma história suave e imperdível.” — Publishers Weekly



Sobre a autora
Mai Mochizuki nasceu em Hokkaido e mora em Quioto. Ela foi a vencedora do Everystar E-book Grand Prix em 2013 e é membro da Japan Mystery Writers Association e do Unconventional Mystery Writers Club. Com mais de 300 mil exemplares vendidos no Japão, "Os Gatos do Café da Lua Cheia" é o romance de estreia da autora e os direitos de tradução dele foram vendidos para mais de 20 países. Garanta o seu exemplar de "Os Gatos do Café da Lua Cheia" neste link.


Ficha técnica
"Os Gatos do Café da Lua Cheia"

Autora: Mai Mochizuki
Tradução: Ayumi Anraku
Páginas: 216
Editora: Intrínseca
Compre o livro neste link.

.: Bienal do Livro: pedagoga lança livro sobre liberdade feminina


Nesta sexta-feira, dia 6 de setembro, a escritora e pedagoga Maria Luiza Wiederkehr lança a segunda edição da obra "Santa ou Puta? - Vênus de Mim, Um Autorretrato" durante a 27ª Bienal do Livro de São Paulo. Das 17h00 às 19h00, a autora receberá os leitores para uma sessão de autógrafos no estande Escreva Garota (K75). Neste autorretrato literário, ela desafia as normas e estigmas sociais, na medida que incentiva as mulheres a se libertarem das amarras impostas pela sociedade e a abraçarem as próprias identidades com autenticidade e coragem. 

Quantos rótulos uma mulher pode ter em uma sociedade que impõe e espera tanto dela? Boa mãe ou negligente, espírito livre ou "encalhada", comportada ou barraqueira, empática ou interesseira, "Santa ou Put*?". Em meio a esta dualidade que permeia a existência feminina, a escritora e pedagoga Maria Luiza Wiederkehr incentiva as mulheres a serem e agirem sem amarras e repensarem o feminino como algo essencial para a própria autenticidade. 

Em forma de autorretrato, o lançamento propõe o despertar do amor-próprio, mas também reflexão sobre as pré-concepções despejadas diariamente sobre elas, enquanto tentam se encaixar e conquistar espaços na sociedade ainda patriarcal. Por isso, a autora impacta já no título, com o uso das figuras de imagem da “Santa” e da “Puta”, como metáforas para discutir o julgamento que acompanha a liberdade sexual feminina. 

O enredo é estruturado em três capítulos que misturam relatos pessoais e poesia, a partir de uma visão íntima e diversificada da experiência feminina. Acompanha a trajetória de uma mulher dividida entre os papéis de mãe, filha, esposa, amiga e profissional em confronto com as próprias inseguranças. Ela decide, então, viajar sozinha e se libertar das imposições, abraçar vontades e prazeres sem ligar para opiniões, cobranças ou estereótipos de gênero.  

A escrita intimista, leve e bem-humorada se conecta com as ilustrações da autora, feitas à mão como forma de expressão e desafogo. Assim como o quarto e último capítulo, que confere mais leveza à leitura ao celebrar a arte de cozinhar com amor, por meio de receitas familiares como pães, quindins, feijoada alemã e pratos especiais como o "Risoto da Sabedoria" para comer a dois, acompanhados pela "Caipirinha Brasileira" e a letra de um samba autoral. 

Os homens também são convidados a incluírem a sensibilidade e autonomia feminina em suas vidas, e se sentirem livres para chorar mais, sorrir mais e expressar sentimentos. A proposta de Maria Luiza Wiederkehr é que, independentemente do gênero, as pessoas se livrem dos preconceitos, desafiem os papéis tradicionais e abracem uma versão autêntica de si, em contato com a feminilidade. Compre o livro "Santa ou Puta? - Vênus de Mim, Um Autorretrato" neste link.  

Trecho do livro
Queria me preservar, preencher meu ser de tranquilidade para que pudesse me transformar. Despir-me de uma história, de um romance regado a ciúme, filhos e brigas. O que eu queria com a viagem? Era me despir para mim mesma! A viagem era para me conhecer como mulher. Era o meu ser mulher procurando conhecer, principalmente, meus medos e meu poder. ("Santa ou Puta? - Vênus de Mim, Um Autorretrato", pág. 36) 


Lançamento na 27ª Bienal do Livro SP
A segunda edição da obra será lançada durante a Bienal do Livro de São Paulo, no próximo dia 6 de setembro. Das 17h00 às 19h00, a autora receberá os leitores para sessão de autógrafos no estande Escreva Garota (K75). 


Sobre a autora
Maria Luiza Wiederkehr é pedagoga, professora e conselheira de carreira e vida. Especialista em Desenvolvimento, Educação e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná, é também pós-graduada em Marketing. O amor pelas artes a permitiu explorar seu lado mais criativo, como compositora de músicas infantis, ilustradora, desenhista em lápis de cor e escritora. "Santa ou Puta? - Vênus de Mim, Um Autorretrato" é seu livro de estreia, sobre liberdade e coragem feminina. Morou e trabalhou na Amazônia, atuando em comunidades ribeirinhas. Garanta o seu exemplar de "Santa ou Puta? - Vênus de Mim, Um Autorretrato" neste link.


Ficha técnica
"Santa ou Puta? - Vênus de Mim, Um Autorretrato"
 
Autora: Maria Luiza Wiederkehr
ASIN: B0D7SWLSRM
Páginas: 90
Compre o livro neste link.

.: Grupo Aleph comemora 40 anos com lançamento do selo infantil Glida


Foto: Betty Fromer Piazzi e Adriano Fromer Piazzi

A editora Aleph, que em 2024 celebra 40 anos, comemora o aniversário com o estabelecimento de seu grupo editorial e o lançamento do selo infantil Glida – que já marcará presença na Bienal do Livro de São Paulo. A novidade chega ao mercado depois de muito sonho e estratégia. Segundo a fundadora da Aleph, Betty Fromer Piazzi, "o selo era um desejo antigo e que agora se torna realidade"

Após décadas de grandes lançamentos focados na ficção científica, a Aleph já havia expandido sua presença adicionando não ficção às suas linhas editoriais por meio da Goya, e agora o grupo se consolida com a chegada da Glida. De acordo com Luara França, Publisher do grupo Aleph, a Glida vem com forte propósito: "Queremos atingir pessoas que se preocupam com a expansão da imaginação das crianças, bem como dos alicerces do bem-viver", explica ela. 

Glida chega ao mercado com o pé direito, trazendo entre os lançamentos os livros de Ursula K. Le Guin da série "Gatos Alados", ilustrados por S. D. Schindler: quatro livros que perpassam as aventuras de bichanos com asas. A autora, importante na ficção científica, já tem obras nos selos Aleph e Goya. "Trazer os livros da Ursula para Glida deixa que nossos leitores apresentem uma autora querida por eles às crianças ao seu redor com obras escritas especialmente para elas", complementa Luara.

A editora ainda lança "Eu Sou Ioga", livro de Susan Verde ilustrado por Peter H. Reynolds, que traz posturas de ioga que se voltam ao entendimento da criança de si mesma, e "A Estrela no Jardim", de Tiago de Melo Andrade, ilustrado por Rodrigo Chedid, que conta as aventuras da menina Gabi e sua protetora e amiga, a robô Terezinha. A linha editorial inicia com obras indicadas para pequenos leitores de 0 até 12 anos. 

Betty lembra que, assim como já acontece nos outros selos do grupo, os leitores "podem esperar livros curados com dedicação e que trarão a alma das duas casas, tanto Aleph quanto Goya, sempre pensando na expansão do imaginário infantil de forma lúdica e atenciosa com as crianças".

.: John Scalzi traz nova aventura em "A Sociedade de Preservação dos Kaiju"


Jamie Gray acaba de perder o emprego e começa a trabalhar como entregador em um aplicativo de delivery até que tudo muda ao encontrar um amigo das antigas que faz parte de uma organização de direitos de animais de grande porte. Esse amigo convida Jamie para defender a existência desses bichos que estão em outro planeta numa realidade paralela - são  criaturas imensas que precisam ser estudadas e preservadas. O fim dessas criaturas chamadas Kaiju pode colocar todo o universo em desequilíbrio. Esse é o novo enredo de John Scalzi em "A Sociedade de Preservação dos Kaiju", livro que entra em pré-venda pela editora Aleph no Brasil. 

O renomado escritor de ficção científica mescla nesta nova aventura elementos da realidade, como a vida corriqueira do personagem principal Jamie Gray e a Covid-19 tomando Nova York, com o extraordinário, que é essa viagem para um universo paralelo. O ápice da obra está no conflito que acontece no mundo dos kaiju, onde a sociedade de preservação tenta proteger os animais gigantes de outros grupos humanos que também conseguiram chegar no mundo alternativo e se preparam para atacar e exterminar os animais. Eles só não sabem que a morte desses animais raros diminui a distância entre os mundos - cada kaiju que é atacado massivamente e explode equivale a uma bomba nuclear. Os mundos correm o risco de colapsar.

A história é intrigante, envolve conflitos, bom humor e até romance, e cada minuto conta para salvar os animais. A nova obra de Scalzi estará disponível na Bienal, onde o autor estará presente no domingo, 15 de setembro, último final de semana do maior evento literário do país na Arena Cultural. Na mesma semana, Scalzi continua no Brasil para três encontros especiais, promovidos pela Editora Aleph, com fãs e leitores em estados diferentes. O livro A sociedade de preservação dos Kaiju já esta  disponível em pré-venda no site da editora e também pela Amazon. Compre o livro "A Sociedade de Preservação dos Kaiju" neste link.

Sobre o autor
John Scalzi é escritor, editor e crítico de cinema. Ex-presidente da Science Fiction and Fantasy Writers of America (Escritores de Ficção Científica e Fantasia da América), já ganhou os prêmios Hugo e Locus, além do prêmio John W. Campbell de Melhor Escritor Estreante com Guerra do velho, seu primeiro romance. Entre seus livros estão "Redshirts" e "Encarcerados". Scalzi mora em Ohio, nos Estados Unidos, com a esposa, a filha e vários animais de estimação. Garanta o seu exemplar de "A Sociedade de Preservação dos Kaiju" neste link.


Confira a programação: 

16 de setembro - São Paulo
Auditório IAB:  Rua Bento Freitas, 306
Das 19h até às 22h

18 de setembro - Rio de Janeiro
Solar do Botafogo: R. Gen. Polidoro, 180 - Botafogo, Rio de Janeiro
Das 19 h até às 22h

20 de setembro - Recife
Livraria Jaqueira - Recife Antigo: R. Me. de Deus, 110 - Recife, Pernambuco
Das 19 h até às 21h

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