quarta-feira, 4 de setembro de 2024

.: "Os Fantasmas Ainda Se Divertem", "Vovó Ninja" e mais estreiam na Cineflix

Imagem de "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" que estreia na Cineflix Cinemas em 5 de setembro


A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia a aguardada sequência de Tim Burton da comédia, "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice", a animação "Pets Em Ação", assim como os nacionais "Vovó Ninja" e "Othelo, o Grande" para serem assistidos com balde de pipoca quentinha.

Seguem em cartaz os sucessos de bilheteria, como, o nacional "Estômago 2: O Poderoso Chef", o thriller, romance brasileiro "Motel Destino", o drama comédia "Tipos de Gentileza", o romance, drama "A Viúva Clicquot – A Mulher que Formou um Império" e o drama "É assim que acaba". Programe-se e confira detalhes abaixo! 

Sexta-feira, dia 6 de setembro, haverá sessão TEA da animação "Pets Em Ação", às 15h00.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana na Cineflix Santos

"Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice" ("Beetlejuice Beetlejuice"). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, terrorClassificação: 14 anos. Duração: 1h44. Ano: 2024. Distribuidora: Warner Bros. Pictures. Direção: Tim BurtonRoteiro: Miles Millar, Alfred Gough. Elenco: Michael Keaton (Beetlejuice), Winona Ryde (Lydia Deetz), Jenna Ortega (Astrid Deetz), Catherine O'Hara (Delia Deetz)Sinopse: Retornamos à casa em Winter River, onde três gerações da família Deetz se unem após uma tragédia familiar inesperada. Confira os horários: neste link

Trailer de "Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice"


"Vovó Ninja" (nacional). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, infantil. Classificação: livre. Duração: 1h36. Ano: 2024. Distribuidora: coprodução da Galeria com a LC Barreto e o Grupo Telefilms. Direção: Bruno BarretoRoteiro: Rodrigo Goulart, Gabriella Mancini, Gustavo Acioly. Elenco: Glória Pires (Arlete), Michel Felberg, Luiza Salles (Elis), Angelo Vital (Davi), Cleo, Leandro Ramos, Dadá Coelho, Thiago JustinoSinopse: Arlete (Glória Pires) não é uma avó comum. Ela vive reclusa e zen e se prepara para receber seu strês netos em sua casa pelo período das férias, depois de muito tempo sem vê-los. O único problema é que Arlete não é muito chegada nos netos e também não é muito chegada em crianças, que estão insatistfeitas com a chácara da avó, sem internet, com um monte de tarefas domésticas, uma casa cheia de regras e sem muita diversão em um período de calor. Mas após uma tentativa de rouba na casa da avó, um de seus netos, Davi, descobre que sua avó tem habilidades fora do comum, ou melhor, algo que uma avó normalmente não tem. Junto com seus irmãos, Davi vai tentar descobrir o que sua avó escondeConfira os horários: neste link

Trailer de "Vovó Ninja"

"Pets Em Ação" ("Gracie and Pedro: Pets to the Rescue"). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, família, aventura, açãoClassificação: livre. Duração: 1h20. Ano: 2024. Distribuidora: Imagem Filmes. Direção: Kevin Donovan e Gottfried RoodtRoteiro: Jaisa C. Bishop, Bruce A. Taylor, Kelly Peters. Elenco: Bill Nighy, Brooke Shields, Danny Trejo. Direção: Kevin Donovan, Gottfried RoodtSinopse: Durante uma viagem em família, um acidente no aeroporto deixa Gracie e Pedro perdidos em um local desconhecido, longe de casa. Agora, para sobreviver às ameaças da vida na rua, eles precisam superar suas diferenças e aprender a trabalhar em equipe. Confira os horários: neste link

Trailer de "Pets Em Ação"


"Othelo, o Grande" (nacional). Ingressos on-line neste linkGênero: documentárioClassificação: 12 anos. Duração: 1h23. Ano: 2024. Distribuidora: Livre Filmes. Direção: Lucas H. RossiRoteiro: Lucas H. Rossi dos Santos. Elenco: Grande Otelo, Oscarito, Zezé Motta, Ruth de SouzaSinopse: Otelo foi um dos mais brilhantes atores brasileiros do século XX. O filme oferece uma visão íntima e pessoal do homem que se tornou um ícone. Confira os horários: neste link

Trailer de "Othelo, o Grande"

Seguem em cartaz na Cineflix Santos

"Estômago 2: O Poderoso Chef" ("nacional"). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, dramaClassificação: 18 anos. Duração: 2h10. Ano: 2024. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Marcos JorgeRoteiro: Bernardo Rennó, Lusa Silvestre. Elenco: João Miguel, Nicola Siri, Paulo MiklosSinopse: Um dos anti-heróis mais amados do cinema nacional, Raimundo Nonato (João Miguel), está de volta em Estômago 2: O Poderoso Chef, 16 anos após o lançamento do primeiro filme. Com um talento excepcional para a culinária, Nonato conseguiu conquistar os criminosos na hierarquia da cadeia onde cumpre sua pena. Ele cozinha regularmente para o líder dos presidiários, Etcétera (Paulo Miklos), e para os carcereiros, que apreciam uma boa gastronomia. No entanto, essa harmonia é abalada com a chegada de um famoso mafioso italiano, Don Caroglio (Nicola Siri), que ameaça as estruturas do local. Don Caroglio pretende disputar o controle da penitenciária, colocando Raimundo no epicentro de um intenso e perigoso conflito de poder. Agora, Nonato deve usar toda a sua astúcia e habilidades culinárias não apenas para sobreviver, mas para manter seu lugar de destaque na prisão e, quem sabe, sair por cima em meio à guerra pelo controle da penitenciária. O filme explora temas de poder, sobrevivência e lealdade em um ambiente onde a comida é mais que sustento, é uma arma. Confira os horários: neste link


"A Viúva Clicquot – A Mulher que Formou um Império" ("Widow Clicquot"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, cinebiografiaClassificação: 16 anos. Duração: 1h30. Ano: 2024. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Thomas NapperRoteiro: Erin Dignam, Christopher Monger. Elenco: Haley Bennett, Ben Miles, Leo SuterSinopse: A história de Barbe-Nicole Ponsardin – uma viúva de 27 anos que depois da morte prematura do marido – desrespeita as convenções legais e assume os negócios de vinho que mantinham juntos. Sem apoio, ela passa a conduzir a empresa e a tomar decisões políticas e financeiras desafiando todos os críticos da época ao mesmo tempo em que revolucionava a indústria de Champagne ao se tornar uma das primeiras empresárias do ramo no mundo. Hoje, a marca Veuve Clicquot é uma das mais reconhecidas e premiadas do setor e sua ousadia já a sustenta por 250 anos de história. Confira os horários: neste link



"Motel Destino" ("nacional"). Ingressos on-line neste linkGênero: terror, ficção científicaClassificação: 18 anos. Duração: 1h52. Ano: 2024. Distribuidora: Pandora Filmes. Direção: Karim AïnouzRoteiro: Karim Aïnouz, Wislan Esmeraldo, Mauricio Zacharias. Elenco: Iago Xavier, Nataly Rocha, Fábio AssunçãoSinopse: Heraldo precisa se livrar de uma dívida e tenta assaltar um banco, mas não é bem-sucedido em sua empreitada. Ele busca esconderijo em um motel de beira de estrada, onde conhece Dayana. Confira os horários: neste link

Trailer de "Motel Destino"


"Tipos de Gentileza" ("Kinds Of Kindness"). Ingressos on-line neste linkGênero: terror, ficção científicaClassificação: 18 anos. Duração: 2h44. Ano: 2024. Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Yorgos LanthimosRoteiro: Efthimis Filippou, Yorgos Lanthimos. Elenco:Emma Stone, Jesse Plemons, Willem Dafoe, Margaret QualleySinopse: Três histórias interligadas que exploram os caminhos imprevisíveis da vida e os desafios pessoais dos protagonistas: Um homem sem escolha que tenta assumir o controlo da sua própria vida. Um polícia que está alarmado porque a sua mulher desapareceu no mar e, quando regressa, parece uma pessoa diferente. Uma mulher determinada a encontrar alguém específico, com uma habilidade específica, que esteja destinado a se tornar um líder espiritual prodigioso. Confira os horários: neste link



"É assim que acaba" ("It Ends With Us"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, romanceClassificação: 14 anos. Duração: 2h10. Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Justin BaldoniRoteiro: Christy Hall. Elenco: Blake Lively, Justin Baldoni, Brandon SklenarSinopse: Adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome da autora Collen Hoover, apresenta a trama de Lily Bloom (Blake Lively), uma mulher que, após vivenciar eventos traumáticos na infância, decide começar uma vida nova em Boston e tentar abrir o próprio negócio. Como consequência dessa mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro em Ryle (Justin Baldoni), um charmoso neurocirurgião. No entanto, à medida que o relacionamento se torna cada vez mais sério, também surgem lembranças de como era o relacionamento de seus pais. Até que, repentinamente, Atlas Corrigan (Brandon Sklenar), seu primeiro amor e uma ligação com o passado - uma alma gêmea, talvez? - retorna para a vida de Lily. As coisas se complicam ainda mais, quando um incidente doloroso desencadeia um trauma do passado, ameaçando tudo o que Lily construiu com Ryle. Agora, com seu primeiro amor de volta em sua vida, ela precisará decidir se tem o que é preciso para levar o casamento adiante. Confira os horários: neste link


.: Diário de uma boneca de plástico: 4 de setembro de 2024

Querido diário,

Soube da exibição de "X-Men: O Confronto Final" na Sessão da Tarde, preparei-me e recorri ao Globoplay, com minha mãe. Claro que assistimos juntinhas! Que filme incrível e atemporal!

E pensar que há 18 anos meus pais estavam numa sala de cinema para assistir a estreia do terceiro filme dos mutantes da Marvel -eles se casaram em outubro do mesmo ano. Como não amar todo este universo de heróis?

Ok. Eu já tinha consciência de tal carinho, está aí o recente lançamento de "Deadpool e Wolverine" para não nos deixar mentir -assistimos três vezes na Cineflix Cinemas de Santos.

Quanto minha mãe considerou tingir os cabelos num tom avermelhado, justamente por causa da Jean Grey. Sim! Era a minha heroína favorita dela -e vê-la como vilã, na época, foi um tanto frustrante. Também pudera, ela considerava a Jean e o Ciclope como o casal dos sonhos. Contudo, uma verdadeira vilã era muito admirada também: a Mística.

Como iria imaginar que revisitar o passado, junto de minha mãe, por meio de filmes significativos seria um modo tão agradável de recordar lembranças adormecidas?

Em tempo, considerando a trilogia, o meu favorito segue sendo o segundo, "X-Men 2" (2003), depois o primeiro, "X-Men - O Filme" (2000) e, por fim, "X-Men: O Confronto Final" (2006).


Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,


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terça-feira, 3 de setembro de 2024

.: Biografia sobre o Maníaco do Parque movimenta Bienal do Livro de São Paulo


O jornalista e escritor Ullisses Campbell lançará a biografia não autorizada "Francisco de Assis, O Maníaco do Parque" durante a 27ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, que acontece entre os dias 6 e 15 de setembro, no Distrito Anhembi. Roteirista especializado em crimes reais, ele também assina a Coleção Mulheres Assassinas, com as biografias de Suzane von Ritchtofen, Flordelis e Elize Matsunaga. A sessão de autógrafos do livro sobre o serial killer brasileiro faz parte da programação da Matrix Editora e acontece na quarta, dia 11 de setembro, no espaço de autógrafos Suzano 1.

Ele é uma das personalidades confirmadas no espaço Salão de Ideias para o bate-papo “Mentes sombrias: Explorando o lado obscuro do crime brasileiro”, na segunda-feira, dia 9 de setembro, com mediação de outro autor da editora, Beto Ribeiro. O livro sobre o Maníaco do Parque será comercializado no espaço da Matrix Editora, no Estande H87. 

Ao longo da Bienal, a casa editorial desenvolverá sessões de autógrafos de obras variadas e encontros entre autores e leitores. Estão confirmados nomes como a psicóloga e professora Fran Winandy, autora de "Etarismo – Um Novo Nome para Um Velho Preconceito"; Sérgio Ramalho, jornalista investigativo e autor de Decaído; Carole Crema, confeiteira, ex-jurada do programa “Que Seja Doce” (GNT) e autora do livro "Família na Cozinha"; além de Mariana Caltabiano, produtora de TV e Cinema e autora do livro infantil "Jujubalândia". Compre o livro "Francisco de Assis, O Maníaco do Parque", de Ullisses Campbell, neste link.

Confira a programação completa da Matrix Editora na Bienal de SP: 
Dia 6 de setembro - Sexta-feira
15h00 às 16h00 – Sessão de autógrafos do livro "Inteligência Artificial na Sala de Aula" com o autor Allan Pscheidt.
17h00 às 18h00 – Sessão de autógrafos do livro-caixinha "Comportamento Adolescente" com as autoras Judith Nemirovsky e Sonia Ribeiro.
Local: Estande Matrix Editora – H87 


7 de setembro - Sábado
11h00 às 12h00 – Sessão de autógrafos do livro-caixinha "Tirando de Letra", com Viviane Viana.
13h00 às 14h00 – Sessão de autógrafos da obra "Serial Killers - Como Funciona a Mente Sombria dos Assassinos em Série", de Rubens Correia Junior.
16h00 às 17h00 – Sessão de autógrafos do livro "Psicologia: modo de Usar", de Mariangela Blois.
17h00 às 18h00 – Sessão de autógrafos da obra "A Invenção da Velhice Masculina", com Valmir Moratelli.
18h00 às 19h00 – Sessão de autógrafos de "Etarismo - Um Novo Nome para Um Velho Preconceito", de Fran Winandy.
Local: Estande Matrix Editora – H87 


8 de setembro - Domingo
12h00 às 13h00 – A autora Solange Depera Gelles fará a sessão de autógrafos do livro-caixinha "Estresse Infantil".
14h00 às 15h00 – A autora Marcela Bento fará a sessão de autógrafos do livro-caixinha "Sentido da Vida".
15h00 às 16h00 – Presença da autora Janaína Bastos para sessão de autógrafos do livro "Cinquenta Tons de Racismo".
16h00 às 17h00 – Sessão de autógrafos com Herika Deziderio Ortiz, autora da obra "Vamos Falar de Ressentimento".
Local: Estande Matrix Editora – H87 


9 de setembro - Segunda-feira
13h00 às 14h00 – Sessão de autógrafos do livro-caixinha "Oráculo Cigano", com Rosana Bloise.
15h00 às 16h00 – Sessão de autógrafos do livro-caixinha "Dependência Virtual", da autora Carla Egídio.
Local: Estande Matrix Editora – H87
16h00 às 17h15 – Ullisses Campbell, autor da coleção "Mulheres Assassinas", e o youtuber Beto Ribeiro participam do bate-papo “Mentes Sombrias: explorando o Lado Obscuro do Crime Brasileiro”. 
Local: Salão de Ideias 


10 de setembro - Terça-feira
11h00 às 12h00 – Sessão de autógrafos do livro-caixinha "Monte Palavras", com Beatriz Raz.
15h00 às 16h00 – Sessão de autógrafos com Gilmar Lopes, autor do livro"Caçador de Mentiras".
19h00 às 20h00 – Sessão de autógrafos com Vanessa Bley, autora do livro-caixinha "Gerenciador de Emoções".
Local: Estande Matrix Editora – H87 


11 de setembro - Quarta-feira
14h00 às 15h00 – A autora Mariana Caltabiano fará a sessão de autógrafos do livro "Jujubalândia".
16h00 às 17h00 – Presença da autora Christie Ferreira para sessão de autógrafos do livro "Alquimia Integral".
18h00 às 19h00 – Sessão de autógrafos com Julia Duarte, autora da obra "Propósito".
Local: Estande Matrix Editora – H87
19h00 às 21h00 – O autor Ullisses Campbell fará a sessão de autógrafos do livro "Francisco de Assis, o Maníaco do Parque".
Local: Espaço de autógrafos Suzano 1. As senhas para o evento devem ser retiradas antecipadamente. 


12 de setembro - Quinta-feira
12h00 às 13h00 – Sessão de autógrafos com Sandro Bosco, autor da obra "A Sabedoria do Yoga".
17h00 às 18h00 – Presença da autora Carole Crema para sessão de autógrafos do livro "Família na Cozinha".
Local: Estande Matrix Editora – H87 


13 de setembro - Sexta-feira
14h00 às 15h00 – Sessão de autógrafos do livro "O Senhor Lin Conserta Tudo", com Sérgio Maciel e Dulce Seabra.
15h00 às 16h00 – Presença da autora Cristina Lyra para sessão de autógrafos do livro-caixinha "Tarot do Destino".
16h00 às 17h00 – Sessão de autógrafos do livro-caixinha "O Poder da Autoconfiança", escrito por Andréa Cardoniz.
18h00 às 19h00 – A autora Leka Bengliomini fará a sessão de autógrafos do livro "Loka, Eu? Minha História de Pesos, Limites e Big Compulsões".
Local: Estande Matrix Editora – H87 


14 de setembro - Sábado
13h00 às 14h00 – Sessão de autógrafos do livro "Decaído", com Sérgio Ramalho.
15h00 às 16h00 – Presença de Ednei Procópio para sessão de autógrafos do livro "Os Arcanos de Oz".
19h00 às 20h00 – A autora Vanessa Pelegrine fará a sessão de autógrafos do livro-caixinha "Pílulas de Poder para Mulheres".
Local: Estande Matrix Editora – H87 


15 de setembro - Domingo
11h00 às 12h00 – Sessão de autógrafos do livro-caixinha "Discalculia", com Raquel Alves.
13h00 às 14h00 – Presença de Juliana Chinem para sessão de autógrafos do livro "Coaching de Oratória".
15h00 às 16h00 – A autora Bárbara Corcelli fará a sessão de autógrafos do livro-caixinha "Exercícios de Intuição".
Local: Estande Matrix Editora – H87

.: Museu da Língua Portuguesa gratuito aos fins de semana até 31 de dezembro


Gratuidade aos domingos, que começou a vigorar em junho, será estendida até o fim do ano. Aos sábados a entrada já era grátis. Na imagem, exposição principal do Museu da Língua Portuguesa. Foto: Guilherme Sai

O Museu da Língua Portuguesa terá os finais de semana gratuitos até 31 de dezembro de 2024. A entrada já era gratuita aos sábados e, desde junho deste ano, começou a vigorar também aos domingos, o que vem ajudando a movimentar a região no dia em que o comércio no Bom Retiro e na Santa Ifigênia fica fechado. Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo. 

Nos outros dias da semana, o ingresso custa R$ 24,00 (inteira) e R$ 12,00 (meia-entrada). Crianças com até sete anos entram de graça todos os dias, assim como professores e funcionários de redes públicas de ensino, de qualquer nível. Para verificar outras gratuidades, basta acessar este link. O Museu fecha apenas às segundas-feiras para manutenção.  Quem visita o Museu tem acesso à exposição principal e à mostra temporária "Línguas Africanas que Fazem o Brasil" - com curadoria de Tiganá Santana, esta ficará em cartaz até 31 de janeiro. 

Com experiências audiovisuais, lúdicas e interativas, a exposição principal apresenta a diversidade da língua portuguesa falada no território brasileiro e em outras partes do mundo. Na instalação "Nós da Língua", por exemplo, o visitante descobre as características sociais, políticas e culturais de outros países e territórios que falam português, como Angola, Moçambique e Timor Leste. Já a experiência "Palavras Cruzadas" mostra a origem de diversas palavras que compõem o nosso vocabulário. Entre elas, jururu, que tem origem na língua tupinambá, banguela, que vem da língua africana quicongo, e omelete, oriunda da língua francesa. 

A mostra temporária "Línguas Africanas que Fazem o Brasil" destaca a presença de línguas de África, como iorubá, efe-fon e as do grupo bantu, no português falado no Brasil. Para isso, o curador do projeto, o músico e filósofo Tiganá Santana, se vale de obras de artistas contemporâneos, como Aline Motta e Rebeca Carapiá. Ele ainda selecionou vídeos onde são exibidas várias manifestações afro-brasileiras nas áreas da música e da fotografia. A exposição conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, e da John Deere Brasil; e apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA.  


Para além das exposições 
Aos sábados, o Museu ainda promove, uma vez por mês, outras atividades. Entre elas, a Feira de Troca de Livros, o Papo Literário, o Sarau Africanizar no Museu e a Plataforma Conexões. Todas elas são gratuitas. Aos domingos, a atividade paralela às exposições é o projeto Domingo no Museu, que conta com uma apresentação artística e jogos e brincadeiras, estes comandados pelo coletivo Aqui que a gente brinca!. Para participar, não precisa se inscrever e nem retirar ingresso antecipadamente. Por fim, aos sábados e domingos, ocorrem visitas temáticas pela exposição principal e pelo prédio histórico da Estação da Luz. Também gratuitas, elas são organizadas pelo Núcleo Educativo. 

Como chegar 
A maneira mais fácil de chegar ao Museu é de transporte público, pelo Metrô ou pela CPTM, visto que ele está localizado exatamente no prédio da Estação da Luz, no centro histórico da capital paulista. Quem desembarca na Luz não precisa nem sair da Estação para entrar no Museu - há um acesso direto à bilheteria pela gare, a passarela no térreo que fica acima da linha do trem.    


Serviço
Exposição principal e mostra temporária "Línguas Africanas que Fazem o Brasil" 
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)
R$ 24,00 (inteira); R$ 12,00 (meia) 
Grátis para crianças até 7 anos 
Grátis aos sábados 
Grátis aos domingos (até 31 de dezembro)
Acesso pelo Portão A 
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet: 
https://bileto.sympla.com.br/event/90834/  


Museu da Língua Portuguesa 
Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo

.: Livro "Um Amor sem Freio", de Simone Soltani, une romance e Fórmula 1


Em seu primeiro livro publicado no Brasil, Simone Soltani une duas grandes paixões (suas e dos brasileiros): Fórmula 1 e uma boa — e picante — história de amor. Situado no universo das corridas, "Um Amor sem Freio" é um sport romance motivado pelo desejo da escritora por mais protagonismo não branco no esporte e na literatura. Com personagens inspirados em grandes nomes do automobilismo, como Lewis Hamilton e Daniel Ricciardo, a autora apresenta uma trama leve e refrescante ambientada em lindas paisagens, mas que também faz críticas relevantes aos preconceitos existentes no meio esportivo.

Dev Anderson é um piloto de Fórmula 1 que enfrenta uma grande crise de imagem: após uma briga com sua gestora de redes sociais, ele é vítima de um rumor constrangedor que se espalha e o faz perder oportunidades e patrocinadores. Durante uma festa em Mônaco, o rapaz reencontra uma velha conhecida: Willow Williams, irmã de seu melhor amigo. Apaixonada por esportes, ela não conseguiu seguir carreira como atleta devido à Síndrome da Hipermobilidade Articular e busca uma chance no marketing esportivo. Dev sabe que a garota é talentosa e que o conhece o suficiente para ser a única capaz de sanar o escândalo. Assim, ele resolve contratá-la, mas há um problema: o atleta não consegue tirá-la da cabeça desde que os dois se beijaram um ano antes.

Willow, por sua vez, nutre desde a adolescência uma paixão secreta por Dev, mas acredita que a relação não tem futuro. Além de ter medo de manchar sua reputação profissional se envolvendo com seu empregador, ela sabe, por experiências passadas, que o romance não agradaria o seu irmão superprotetor e grande amigo de Dev. No entanto, quanto mais tempo passam juntos, mais difícil se torna para Willow e Dev manterem uma relação estritamente profissional. Apesar disso, os dois sabem que queimar a largada deste amor pode gerar complicações.

Ao contar a história de Willow e Dev, Simone Soltani constrói uma narrativa divertida e interessante permeada por referências ao mundo da Fórmula 1, que vem se tornando cada vez mais popular, especialmente entre as mulheres. Com sua escrita ágil e realista, a autora ainda levanta discussões sobre temas importantes, como o racismo e o machismo presentes no esporte. Nesta obra, as curvas acentuadas podem até fazer o coração do leitor acelerar, mas, na linha de chegada, o final feliz é garantido. Compre o livro "Um Amor sem Freio", de Simone Soltani, neste link. 


O que disseram sobre o livro
“Com um protagonista sexy e uma abordagem diferente e sensível dos romances de esporte, essa obra de Simone Soltani é uma lufada de ar fresco.” — Publishers Weekly


Sobre a autora
Simone Soltani
 é autora de romances e já foi ghostwriter. Nascida e criada em Washington, D.C., obteve o bacharelado em geografia na George Washington University, o que ela gosta de pensar que é muito útil para a construção dos mundos em seus livros. Quando não está escrevendo, gasta boa parte do tempo planejando férias que nunca vai tirar, reorganizando suas inúmeras estantes de livros e assistindo a esportes enquanto fica aconchegada com seus cães. Garanta o seu exemplar de "Um Amor sem Freio", escrito por Simone Soltani, neste link.


Ficha técnica
"Um Amor sem Freio"
Autora: Simone Soltani
Tradução: Helen Pandolfi
Páginas: 400
Editora: Intrínseca
Compre o livro neste link.

domingo, 1 de setembro de 2024

.: Crítica: musical "Priscilla, A Rainha do Deserto" é um sopro de liberdade

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. Na imagem, Reynaldo Gianecchini, teatro, Teatro Bradesco, Verónica Valenttino e Wallie Ruy no sucesso mundial nos palcos e no cinema. Foto: Pedro Dimitrow / Divulgação: @Priscillaratnhadodesertobr

O último dia do musical "Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway", em cartaz neste domingo, dia 1° de setembro, no Teatro Bradesco, marca também a passagem de um espetáculo que marcou época e será lembrado por gerações. O espetáculo é um sopro de liberdade em meio a um país que retrocede para o conservadorismo da boca pra fora - aquele de gente que critica nos outros o que faz de pior às escondidas. Para os artistas que se apresentam no palco, sib a direção precisa de Stephan Elliott, simbolizam aspectos diferentes. Se para cada personagem que atravessa o deserto à bordo do ônibus Priscila há uma motivação, para os artistas o espetáculo é a materialização de muitas coisas.

Para Reynaldo Gianecchini, representa a libertação de alguém que fez inúmeros galãs nas telenovelas brasileiras e agora se arrisca em papéis mais difíceis, como a drag queen que atravessa o deserto para conhecer o filho. Ele ainda se arrisca a cantar. Para Diego Martins, o papel da drag inexperiente é ávida para experimentar a vida representa uma realização pessoal. Percebe-se o prazer do jovem artista, que brilhou em uma temporada de "Beatles num Céu de Diamantes" bem antes de estourar na novela das nove,  em interpretar o personagem. Para Verônica Valenttino (assistimos ao espetáculo com ela), é a consagração de alguém com muito talento e história para contar e que, finalmente, e de maneira muito justa, consegue interpretar um papel à altura de sua grandiosidade. 

Há ainda a participação luxuosa de Andrezza Massei e a figura sempre marcante de Fabrizio Gorziza - um nome que despontou em "O Guarda-Costas" interpretando o papel que foi de Kevin Costner no cinema e vem se destacando a cada papel pela versatilidade. Tatiana Toyota, e seu carisma, dão comicidade a uma peça que trata de assuntos espinhosos, mas consegue ser leve. 

Não bastassem todas essas qualidades, o visual parece uma pintura desenhada à mão repleta de detalhes. A cena de Diego Martins em cima do ônibus envolto a um pano prateado esvoaçante, recriando a cena clássica do cinema, é para ficar na memória do teatro paulistano. Tudo isso embalado por clássicos da música na era disco. Tiveram a proeza, e a ousadia, de colocar um microônibus no palco. A Priscila da peça é linda e representa mais do que um simples veículo. Ela é o caminho, a direção e, possivelmente, dará um final feliz a todos aqueles que passarem por ela. Sejam os intérpretes ou o próprio público. Ninguém sai ileso de um espetáculo assim. 

.: Entrevista: escritora gaúcha Marina Monteiro fala sobre o livro “Açougueira”


Marina Monteiro leva o leitor a assumir o lugar da acusada e oferecer-lhe o benefício da dúvida, criando uma reflexão sobre a culpabilização feminina. Fotos: Manu Deça

A violência doméstica e as opressões sofridas pelas mulheres, bem como a discussão das posições sociais dos gêneros são alguns dos assuntos que a autora e dramaturga Marina Monteiro escolheu abordar no romance de estreia “Açougueira”, publicado pela editora Claraboia. O enredo deste romance provocativo acompanha as investigações do assassinato e esquartejamento de um homem e é narrado por meio dos depoimentos dos moradores da cidade, uma cidadezinha interiorana onde todos se conhecem.

A principal suspeita de ter cometido o crime é a esposa do assassinado, que detalha em seus depoimentos a história da vida do casal, desde seu enlace até a decadência da relação. Por meio deste formato narrativo, a autora leva o leitor a assumir o lugar da acusada e oferecer-lhe o benefício da dúvida, criando uma reflexão sobre a culpabilização feminina. Marina Monteiro é atriz, arte-educadora, produtora e gestora cultural, possui licenciatura em teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), e ainda o título de bacharela em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela nasceu em Porto Alegre, em 1982, e vive atualmente entre as capitais Rio de Janeiro (RJ) e Florianópolis (SC). A autora é vencedora na categoria de narrativas curtas do Prêmio da Associação Gaúcha de Escritoras (AGES) de 2020 com o livro “Em Nossa Cidade Amarelinha Era Sapata”, e do Prêmio Minuano de 2022, na categoria contos com o  livro “Contos de Vista Pontos de Queda”, obra que também foi indicada na mesma categoria ao Prêmio Açorianos de 2023. Compre o livro "Açougueira", de Marina Monteiro, neste link.


Por que você escolheu abordar temas referentes à justiça em sua obra?
Marina Monteiro - O tema da justiça é algo que me inquieta desde muito nova. É uma temática que me move bastante. O papel da justiça, seu ideal de imparcialidade, sua realidade muitas vezes parcial em uma sociedade tão desigual quanto a nossa. Os embates morais e éticos que advém quando refletimos sobre os processos da justiça me inquietam. Quando li a peça "Antígona" na faculdade de teatro já fiquei atenta e anos depois na faculdade de filosofia a revisitei com diversas matérias e debates sobre ética, moral, justiça e as relações com as realidades sociais, e sempre fiquei muito motivada. 


De onde veio a ideia do romance?
Marina Monteiro - 
A ideia do romance surgiu de uma dramaturgia que finalizei em março de 2020, chamada “Carne de Segunda”. Esta dramaturgia surgiu de uma prática de escrita coletiva, de um trio de atrizes escritoras que eu participava junto com Érida Castello Branco e Sônia Alves, no Rio de Janeiro. Fizemos uma determinada dinâmica que funcionava assim: escrevíamos nossos nomes em papéis e dobrávamos, escrevíamos situações em outros papéis e dobrávamos. Depois cada uma sorteava um nome e uma situação. A ideia era escrevermos textos teatrais para a outra atuar. Meus papéis foram Sônia e júri. Lembro que fui pra casa e joguei no google as palavras júri e mulher e a quantidade de matéria sobre violência doméstica foi absurda. O que me fez querer ir mais a fundo. Fiquei pesquisando casos de violência doméstica e feminicídio e o papel da justiça nesses casos, em muitos a mulher saía perdendo, condenada mesmo sendo vítima e de ter perdido a própria vida. Tem um fato estranho no meio disso tudo que é o seguinte: eu juro que achei uma reportagem sobre uma mulher, moradora de uma cidade do interior, que toda a cidade era testemunha de que o marido corria atrás dela com um machado em volta da casa, e ninguém fazia nada. Um belo dia este homem aparece morto, esquartejado, e toda a cidade se volta contra a mulher, ela é tratada como o monstro, mas nem um pio sobre o cara cercar ela com um machado. Lembro de um vizinho dizer a frase absurdamente clássica “em briga de marido e mulher não meto a colher”, só que para condená-la estava metendo. O fato curioso é que esta reportagem me fez começar a pensar na história da dramaturgia que depois foi semente para o romance, desapareceu, eu não salvei o link e nunca mais consegui encontrar. Este embate moral me interessa, dessa mulher da reportagem, ela era perseguida e violentada diariamente, o marido aparece morto e é ela acusada por todos, e mesmo sendo ela a responsável pelo crime, ainda assim, onde estavam todos quando essa mulher precisou de ajuda? E como a justiça prontamente já coloca essa mulher no centro do palco de acusação, sem nem pestanejar, porque claro, matar alguém é um crime sem desculpas, mas violentar uma mulher também deveria ser.


E como foi o processo de escrita da obra?
Marina Monteiro - Eu terminei essa dramaturgia um pouco antes da pandemia, daí veio o isolamento e todo o horror que começamos a viver e essa personagem não saía da minha cabeça. Em determinado momento comecei a fazer uma oficina que o escritor Robertson Frizero estava oferecendo gratuitamente no Instagram, era sobre a escrita do romance, e pra aproveitar melhor a oficina, seria legal eu ter um projeto pra me exercitar, então pensei: “ah, já que essa personagem não sai da minha cabeça, quem sabe não brinco de adaptar a peça para um romance.” Mas zero pretensão de publicar ou de que aquilo viraria um livro, era mais uma distração do horror do que um compromisso sério. Tanto que comecei a escrever o romance todo em caderno de papel com caneta vermelha, acho que pra fugir das telas, para reafirmar uma vida menos virtual naquele momento. Aí a brincadeira foi me tomando: comecei repetindo a dramaturgia e fui vendo que me limitava, ao mesmo tempo em que o texto ia ganhando vida e mudando o rumo da prosa. Quando terminei a primeira parte tive uma trava, porque sentia que mudava a forma e a linguagem mas não achava qual, e também porque eu tinha cismado que queria me distanciar do teatro, fazer apenas literatura. Superei isso e descobri que podia sim beber no teatro, na dramaturgia para fazer nascer esse romance e foi aí que voltei pros meus livros de tragédia, estudei o coro, fui mergulhando nesse universo e consegui encontrar a linguagem da segunda parte e aí o restante do livro foi se fazendo junto.


Você conta que encontrar a linguagem para a narrativa demandou muita experimentação. Como esse processo aparece no livro?
Marina Monteiro - 
Eu tento trabalhar forma, linguagem e conteúdo muito em consonância. Com uma experimentação de uma linguagem que se cola muito a sonoridade da voz da personagem, que tenta trazer o corpo pra página de alguma maneira. Também experimento muito em “Açougueira” as estruturas narrativas, variando as formas de contar esta história e de apresentar estas vozes. O livro é dividido em cinco partes, compostas de capítulos curtos. Em cada uma das partes há uma experimentação de forma diferente, que tenta dar conta da polifonia e do entrecruzamento dessas vozes para movimentar a narrativa. Todas as partes são em primeira pessoa.


Além dos capítulos com diferentes narradores, você traz a questão da fofoca para compor a polifonia. Qual era sua intenção em apresentar tantas opiniões e versões dos fatos ao leitor?
Marina Monteiro - A coisa da fofoca surge nessas vozes preconceituosas e repressoras dos vizinhos dessa personagem, que a julgam o tempo todo, com rara exceção. Aqui brinquei um pouco com a ideia de coro grego só que pensado como um grupo de fofoca, um grupo de Whatsapp de bairro, onde o julgamento e os conservadorismos rolam soltos, no livro eles estão depondo contra ela, mas tem esse tom de fofoca, de invenção. Eu brinco com isso também, de deixar a pessoa leitora tentar decidir que lado ela vai tomar na história. Viver seu próprio embate moral ali. Decidir quem é culpado, quem é inocente e até mesmo se existem culpados e inocentes num caso como o do livro. Ouvir todas aquelas vozes e se movimentar a partir delas.

Quais são as suas influências literárias? Teve alguma que influenciou diretamente o “Açougueira”?
Marina Monteiro - Meus primeiros escritos emulavam muito do estilo de Clarice Lispector e do Fernando Pessoa, autores que me fizeram perceber que literatura podia ser mais que contar uma história, que tinha um mistério ali no como contar, que era fascinante. Outras influências que eu posso citar aqui são Saramago, Lygia Fagundes Telles, Hilda Hilst, Guimarães Rosa, Faulkner, Natalia Borges Polesso, Marcela Dantés, Carola Saavedra, Érico Veríssimo, entre muitos outros. “Açougueira” não teve influência de nenhuma obra ou escritor específico, talvez um pouco da “Antígona”, porque eu tinha acabado de vir de um semestre debatendo ela a partir da República de Platão e as noções de justiça inclusas na peça, além de uma influência do estudo do coro grego.


A escrita do livro te transformou de alguma maneira?
Marina Monteiro - Esse livro pra mim é um marco no meu amadurecimento enquanto escritora. Através dele eu pude entender melhor meu movimento literário, minha pesquisa, meus próprios desejos e também assumir mais minhas obsessões estéticas. Esse livro representa pra mim um amadurecimento como artista. Os desafios que ele me exigiu, as escolhas que ele me exigiu. Um assumir uma relação com a linguagem, a forma e conteúdo que nele eu faço com mais consciência e coragem. Mas o melhor de escrever é o movimento, então não tem jogo ganho, é uma maturidade em relação aos meus processos, com minha própria régua, mas cada novo projeto pode me colocar em movimento noutras direções e exigir novas performances.


Quais são seus projetos atuais de escrita?
Marina Monteiro - Eu tenho um livro de contos com uma primeira versão pronta, descansando há um ano na nuvem, e estou escrevendo um novo romance. O livro de contos traz a temática da presença da infância no espaço urbano e as reverberações dessa presença. São contos mais curtos dos que costumo escrever e brincam muito com as fronteiras da dramaturgia e da literatura. O romance ainda é muito cedo pra falar, estou muito no processo ainda de escrever e descobrir, tenho tido o prazer de fazer isso em coletivo também, no curso "Levantando a Casa" com a Euler Lopes e uma turma muito maravilhosa. Escrever trocando é bom demais. Eu estava precisando desse movimento de troca que um curso proporciona. Já tinha o projeto iniciado, e com os encontros com a turma e com a Euler a coisa tem deslanchado bem. É um romance que vai falar um pouco sobre masculinidade, crise de identidade na adolescência, internet, política de armas, e tudo pode mudar até a hora dele virar um livro publicado. Tenho também me aventurado nos roteiros de audiovisual. Já escrevi uns episódios de uma websérie para uma produtora cultural de Florianópolis, tenho um curta metragem finalizado, um outro em processo e um projeto de longa metragem com protagonismo LGBTQIA+ que um dia há de virar roteiro.

.: Crítica musical: há 50 anos, Elis e Tom se encontravam em disco


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural

Gravado há 50 anos, o álbum "Elis e Tom" se tornou um dos marcos máximos de nossa MPB. A união da maior cantora do Brasil com nosso maestro soberano acabou sendo perfeita, apesar dos contratempos e tensões ocorridos durante a gravação. A ideia do disco foi viabilizada pela Gravadora de Elis Regina na época (Phillps/Phonogram). Ela completava dez anos na casa e escolheu como presente a gravação de um disco com canções de Tom Jobim, com a participação do mesmo.

Para o disco foram recrutados músicos Hélio Delmiro (guitarra), Paulinho Braga (bateria) e Luizão Maia (baixo), além de Cesar Camargo Mariano (teclados), que ficou encarregado pela direção e produção do álbum. O grupo viajou para os Estados Unidos para gravar o álbum juntamente com Tom Jobim, que já morava naquele País. Entretanto o encontro inicial teve momentos de tensão, com Tom questionando o fato de a produção ficar sob responsabilidade de Cesar Camargo Mariano, que na época ainda era um jovem talento.

As desconfianças do Maestro Soberano logo cessaram quando foi finalizada a gravação de Corcovado, com um belo arranjo de cordas e um instrumental que parecia renovar a canção de Jobim, além da voz sempre impecável de Elis. Também foi importante a presença do produtor Aloisio de Oliveira, um amigo de longa data de Jobim, que ajudou a dar um ponto de equilíbrio na produção.

O repertório tem 14 faixas, sendo 12 delas cantadas por Elis e duas em dueto com Tom Jobim ("Águas de Março" e "Soneto da Separação"). Além de "Corcovado", Elis está ótima nas releituras de "Chovendo na Roseira", "Brigas Nunca Mais", "Triste", "Só Tinha que Ser com Você", "Pois É", "Inútil Paisagem", "O que Tinha de Ser", "Modinha" e "Fotografia".

Não há um momento ruim no disco. Essa gravação de "Águas de Março" em dueto é considerada definitiva. Cesar Mariano revelou em uma entrevista que Tom Jobim passou a usar esse arranjo em suas apresentações ao vivo dessa canção. Recentemente o documentário sobre a gravação do álbum trouxe imagens raras desse momento mágico de duas figuras míticas de nossa cultura que se uniram apenas para fazer aquilo que mais gostavam: música.

"Águas de Março"

"Corcovado"

"Chovendo na Roseira"

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