quinta-feira, 29 de agosto de 2024

.: Museu da Língua Portuguesa projeta vídeo em fachada e terá apresentações


Com entrada gratuita, programação especial se estenderá para além do horário normal do Museu, terminando às 20h30. Torre do relógio da Estação da Luz. Foto: Ciete Silvério


Uma programação gratuita que se estende até a noite: assim será o dia 7 de setembro, sábado, no Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Nesta data de feriado nacional, as atividades vão se prolongar até as 20h30, incluindo shows da cantora Aryani Marciano e do Pagode na Lata e projeções audiovisuais na torre da Estação da Luz.  

O principal destaque da programação é a projeção que vai rolar das 19h30 às 20h30. Será o encontro da arquitetura do centenário edifício com a projeção mapeada (ou videomapping), técnica audiovisual que consiste na exibição de imagens em superfícies tridimensionais. Intitulado O Museu é o Fluxo, o vídeo artístico poderá ser visto pelo público diretamente da calçada da Estação da Luz, a via localizada em frente ao Museu – o trabalho será exibido de forma ininterrupta ao longo de uma hora.  

A projeção é resultado do projeto Encontros dissidentes: o museu e a rua como laboratório artístico da palavra, que selecionou 12 jovens de 16 a 25 anos para participar de um programa de formação em arte digital, com foco na criação de trabalhos em projeção mapeada. 

De maio a agosto, os jovens participaram de quatro módulos que abordaram temas como as relações entre o Museu da Língua Portuguesa e o seu entorno, a palavra da rua e a experiência audiovisual. As aulas foram coordenadas pelo Coletivo Coletores, que se destaca pelos trabalhos com projeção mapeada dentro do contexto das periferias globais.  

Em 2023, o coletivo, criado pelos artistas e pesquisadores Toni Baptiste e Flávio Camargo, ganhou o prêmio Artistas de Impacto promovido pela ONU, representando São Paulo na categoria artes visuais. “Para o evento de encerramento, o público poderá se conectar com a produção colaborativa dos participantes do projeto, que fará da arquitetura do Museu suporte para uma obra que representará a valorização da coletividade, da memória e da força dos fluxos que ocupam a territorialidade do bairro da Luz”, afirma o Coletivo Coletores. 

“Foi com a frase de João do Rio ‘A rua é transformadora das línguas’ que iniciamos o Encontros Dissidentes. Com esse projeto, descobrimos (ou reafirmamos) como a rua, o território, a arte, a palavra e a construção coletiva são transformadores de um Museu. Neste evento, celebramos a experiência formativa de jovens, talentosos e inspiradores, e todos aqueles que fizeram o projeto acontecer e colocaram em movimento tecnologias e conhecimentos de forma disruptiva e generosa”, diz Camila Aderaldo, coordenadora do Centro de Referência do Museu. 


Esquenta
Antes do início da exibição das projeções, o Museu da Língua Portuguesa apresentará o show musical Risco_, da cantora Aryani Marciano. A atração integra a programação da Plataforma Conexões, que selecionou, em 2024, trabalhos de novos artistas com o tema Línguas Africanas no Brasil, em diálogo com a atual mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil. Nesta performance, que acontecerá a partir das 16h, no Pátio B do Museu, Aryani inclui no repertório canções de diversos ritmos, como rap, samba, jongo e jazz. Ela ainda vai declamar poesias e cantos tradicionais de Moçambique e Malawi.  

O Pagode na Lata, tradicional grupo de samba da região da Luz, também é um dos convidados da programação especial do Museu no feriado do Dia da Independência do Brasil. A banda, cujas rodas de samba agitam o território, vai tocar a partir das 18h, também no Pátio B. 

Das 16h00 às 20h30, o público poderá também comprar comidas e bebidas em barracas espalhadas pelo Pátio B. Os comerciantes, entre eles os da Ocupação 9 de Julho, são parceiros do território e da região central da capital paulista. 

Até as 18h00, a exposição principal e a mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil estarão abertas para visitação. Enquanto a exposição principal explora a diversidade da língua portuguesa por meio de experiências lúdicas, interativas e audiovisuais, a mostra temporária, com curadoria de Tiganá Santana, enaltece a presença de línguas africanas, como as do grupo bantu, no português falado no território brasileiro.  

A exposição "Línguas Africanas que Fazem o Brasil" conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, e da John Deere Brasil; e apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA.   

Serviço
Encontros Dissidentes - Projeção mapeada e música no território da Luz 
Dia 7 de setembro (sábado), das 19h30 às 20h30
Na torre do relógio da Estação da Luz
Grátis  

7º Plataforma Conexões – Show Risco_, com Aryani Marciano
Dia 7 de setembro (sábado), às 16h
Pátio B
Grátis  

Pagode na Lata
Dia 7 de setembro (sábado), às 18h
Pátio B
Grátis  

Exposição principal e mostra temporária "Línguas Africanas que Fazem o Brasil"  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h) 
R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia) 
Grátis para crianças até 7 anos 
Grátis aos sábados 
Acesso pelo Portão A 
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet: 
https://bileto.sympla.com.br/event/90834/  

Museu da Língua Portuguesa 
Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

.: "O Pássaro na Gaiola" reflete sobre racismo e patriarcado no Teatro Estúdio


A protagonista, inspirada por figuras como Ruby Bridges, que foi a primeira criança negra a ingressar em uma escola primária branca no sul dos EUA em 1961, e Maya Angelou, a primeira mulher a aparecer em uma moeda de dólar americana, encontra força para reescrever sua história em um contexto de racismo e patriarcado. Foto: Renato Mangolin


Dirigida e produzida por Arlindo Lopes, com dramaturgia de César Mello e protagonizada por Renata Vilela, "O Pássaro na Gaiola" estreia no dia 31 de agosto, sábado, às 20h00, no Teatro Estúdio. A temporada segue até 22 de setembro, com sessões aos sábados, às 20h00, e domingos, às 17h00. A pesquisa para a peça teatral tem como foco Ruby, uma personagem fictícia inspirada em Ruby Bridges. Através dessa personagem, o público é conduzido pelas histórias da atriz protagonista, Renata Vilela, e de Maya Angelou. Ao combinar elementos fictícios com fatos reais, o objetivo do espetáculo é mergulhar no subconsciente de diversas mulheres que, mesmo enfrentando a dor, conseguiram superar seus traumas.

“Essa peça nasceu de uma vontade de contar histórias próximas às minhas experiências de vida. Sempre penso que a inquietação do artista é uma abertura para portais que criam um novo olhar para o mundo, e claro juntamente com histórias de mulheres que provocaram mudanças sociais, políticas e ideológicas só me faz vislumbrar um mundo de mais justiça, cura e redenção. Precisamos nos orgulhar e nos encontrar com histórias que elevam o nível da humanidade”, relata Renata Vilela.

O espetáculo narra a trajetória de Ruby, uma escritora que visita seu passado, enfrentando as memórias que a moldaram. Ela revive momentos cruciais de sua vida, com a oportunidade de reescrever sua própria história. Em um cenário dominado pelo racismo e patriarcado, Ruby se une a outras mulheres na busca por afirmar-se como uma figura forte e independente.

A história se passa vinte anos após a morte do Reverendo Martin Luther King, em 1987, onde Ruby recebe a notícia do falecimento de James Baldwin, mentor de Maya Angelou, desencadeando nela uma onda de lembranças e nostalgia. Essa perda faz a protagonista retomar sua trajetória e refletir sobre a vida de Maya Angelou, sua maior mentora e referência.

Com isso, vemos uma prisão metafórica que aprisiona mulheres negras desde a infância, marcada pelo medo, pela rejeição e pela crença de que a cor da pele é um obstáculo à felicidade. No entanto, também retrata o processo de enfrentamento e superação desses medos, a reconstrução pessoal, as conquistas e a possibilidade de recomeçar.

“O texto reflete as histórias que ouço de Renata, seu início no balé clássico, suas experiências na dança contemporânea, sua vida de atriz, suas lembranças da infância, sua relação e experiências como filha, esposa, amiga e suas batalhas como mulher negra dentro dessa estrutura social racista, branca e excludente. É um exercício de tentar entender as diversas violências a que ela foi e está sujeita, mas também seu poder de resiliência, suas vitórias e sua garra em continuar evoluindo como mulher e artista”, conclui César Mello.


Sobre a obra
O objetivo da peça é discutir novas perspectivas sobre o mundo em que vivemos, explorando como mulheres negras e brancas estão ocupando espaços historicamente segregados. A narrativa destaca mulheres empoderadas que, com sua coragem, se tornam figuras de destaque como ativistas de direitos humanos, artistas, escritoras, pensadoras e empresárias. O espetáculo é contemplado no Edital Cultura Negra da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura da Cidade de São Paulo e ProAC Cultura Negra. “Que meninas e mulheres como Ruby Bridges, Maya Angelou e Carolina Maria de Jesus possam sempre inspirar um novo mundo, mais justo, amoroso e corajoso”, comenta Arlindo Lopes.

A obra aborda sobre a liberdade, autodescoberta e empoderamento, revelando o que está à frente e por trás dos processos de reconstrução sociais, políticos e humanos. As trajetórias de figuras como Maya Angelou, Ruby Bridges, Carolina Maria de Jesus, entre outras, nos convidam a reconhecer o potencial dentro de uma existência subjetiva. Contar essas histórias amplia a compreensão de senso de responsabilidade diante das transformações profundas necessárias para superar injustiças históricas.


Sobre César Mello - Dramaturgia
Tem uma carreira sólida no teatro, cinema e televisão, com ênfase em musicais da Broadway e séries da Netflix. Já esteve em cinco novelas da Rede Globo, "Viver a Vida", "Lado a Lado", "Sangue Bom", "Babilônia" e "A Lei do Amor". César atuou em várias produções de destaque, incluindo o musical "Uma Linda Mulher", as séries "Sintonia" e "O Negociador", e os filmes "Terapia da Vingança" e "O Sequestro do Voo 375".


Sobre Arlindo Lopes - Diretor e Produtor
Atuou em peças como "Um Homem Chamado Shakespeare" e O "Jardim Secreto". Ele produziu e atuou no monólogo Leonilson e no musical "A Ver Estrelas", ganhando o Prêmio Zilka Sallaberry de Melhor Direção. Arlindo também atuou em Transpotting, que recebeu o Prêmio Shell de Direção. Dirigiu As Aventuras do Menino Iogue, vencedor de 11 prêmios CBTIJ e Botequim Cultural, seguido por Ombela, que ganhou 9 categorias do Prêmio CBTIJ, também foi produtor e diretor do musical infantil "Menino Mandela".


Sobre Renata Vilela - Atriz
Renata é atriz, cantora e bailarina, com atuações em TV, cinema e teatro. Esteve na série Beleza Fatal da HBO Max e na peça Kafka e a Boneca Viajante. Atuou em séries como O Coro, Assédio, Spectrus, e Segunda Chamada, além dos filmes Nada a Perder 1 e 2. No teatro, interpretou musicais como O Rei Leão, Cats e Cartola.


Ficha técnica
Espetáculo "O Pássaro na Gaiola". Dramaturgia: César Mello. Direção e produção: Arlindo Lopes. Elenco: Renata Vilela. Assistência de direção e preparação corporal: Vanessa Pascale. Figurinos: Tereza Nabuco. Cenário: Teca Fichinski. Iluminação: Danielle Meireles. Direção musical e trilha sonora: Gui Leal. Bonequeiro e artes plásticas: Dante. Design gráfico: Gilberto Filho. Visagismo e coreografias de balé: Marcos Andrade. Fotografia: Renato Mangolin. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção: Pássaro Azul Produções em parceria com Capitão Castanho Produções. Realização: Cemear Produções Artísticas.


Serviço
Espetáculo "O Pássaro na Gaiola"
Estreia dia 31 de agosto de 2024, sábado, às 20h, e domingo às 17h no Teatro Estúdio.
Temporada: 31 de agosto até 22 de setembro
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)
Vendas https://bileto.sympla.com.br/event/97679?share_id=1-copiarlink
Teatro Estúdio
Endereço: Rua Conselheiro Nébias, 891 – Campos Elíseos.
Capacidade: 113 lugares.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

.: Xadrez e filosofia: escritor paranaense lança livro de mistério e fantasia


Pós-doutor em filosofia e campeão brasileiro de xadrez blitz, Edgard Zanette estreia na ficção com romance eletrizante repleto de mistério e fantasia; a narrativa explora a busca por significado, conexão e felicidade. Em um tabuleiro de xadrez, cada peça se movimenta de maneira diferente. Cabe ao bom jogador fazer a leitura das possibilidades, da posição de cada peça, para prever e se antecipar no jogo. Em “Assassinato no Monte Roraima”, lançado pela editora CRV, os princípios do xadrez encontram questionamentos filosóficos e um mistério inesperado. 

Concebido por Edgard Zanette, o livro é fruto do desejo do autor de subir e explorar o Monte Roraima, onde encontrou inspiração para seu primeiro romance, que ele mesmo apresenta como “uma obra modesta e delicada, que pode remeter aos livros da coleção Vaga-Lume, responsáveis por despertar meu amor pela leitura”. Compre o livro “Assassinato no Monte Roraima” neste link.


Um crime em altitudes elevadas e o limiar entre o real e imaginário
"Assassinato no Monte Roraima"
conduz o leitor além da trilha da montanha e ao interior complexo de cada personagem. Nesta obra, o xadrez não é apenas um jogo, mas uma metáfora potente que permeia a narrativa, relacionando-a à filosofia, à literatura e à vida. A exploração do Monte Roraima revela não apenas segredos da região, mas também os enigmas intrínsecos à condição humana.

Como um mosaico, sua trama entrelaça as histórias de sete pessoas que estão juntas no trajeto de ascensão ao monte, que fica localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Com línguas distintas e personalidades incógnitas, a história reúne os venezuelanos Terence e Javier; o casal francês, Louis e Camille; os brasileiros Alberto e Helena e o jovem Yuri, um grande mestre de xadrez russo. 

Os sete se encontram no trajeto de ascensão ao monte, e se veem no meio de um problema quando um assassinato acontece no coração da montanha. É quando os valores, defesas e máscaras desses personagens são postas no tabuleiro. As fronteiras entre a realidade e a fantasia se desfazem, lembrando-nos de que, mesmo em uma era de tecnologia avançada, é possível explorar as conexões profundas do espírito humano em suas buscas por sentido e felicidade.

Com apenas 80 páginas, o livro consegue abordar assuntos tão diversos quanto realidade e sobrenatural, relacionando temas clássicos da literatura, do xadrez e da filosofia, com questões regionais da Amazônia, como a lenda sobre Canaimé. Avançando pelo texto, o leitor irá descobrir as paisagens e místicas do local. A história proporciona essa viagem, que desperta interesse sobre o que é real e o que está por trás do véu da fantasia. 


Filosofia e xadrez no currículo e na escrita
Edgard é formado em letras e filosofia com doutorado pela Unicamp e dois pós-doutorados em Filosofia. É docente da Universidade Estadual de Roraima (UERR) e coordenador do curso de Graduação em Ciências Humanas, com ênfase em Educação Indígena, em colaboração com a UERR/UAB.

Ele aprendeu a jogar xadrez aos 14 anos, idade em que também começou a escrever. Assim, a leitura, a escrita e o enxadrismo permeiam a vida do escritor, que é mestre em Xadrez desde 2013 e campeão brasileiro de Xadrez Blitz (título de 2022). Nascido em Medianeira  e criado em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná, ainda cultiva raízes com seu estado natal, mas foi em Boa Vista, capital de Roraima, que seu coração encontrou um lar. Já são onze anos morando no Norte do Brasil.

Sua experiência como professor de filosofia e enxadrista desempenhou um papel crucial na estruturação da narrativa de "Assassinato no Monte Roraima". Seus personagens citam nomes do pensamento como Kant e Hume para refletir sobre as circunstâncias apontadas no enredo, assim como indagações e gestos particulares dos enxadristas também se revelam por palavras e nuances. Tanto o público familiarizado quanto curiosos serão capazes de reconhecer.

Edgard escreveu boa parte do livro dentro de uma barraca durante a expedição. O planalto do Monte é composto por uma rede de cavernas. Durante a escalada, o autor conquistou diversos marcos pessoais, sendo o maior deles, a concepção deste livro. “Em 2023, ao subir ao Monte Roraima, já possuía o esboço do livro em minha mente, registrando todos os detalhes, caminhos e impressões”, conta. 

“Durante a expedição, em uma certa madrugada, passei horas a fio escrevendo em minha barraca, abrigada em uma caverna. Esta foi uma noite especial e boa parte do livro que vocês estão lendo foi delineado naquele espaço minúsculo e escuro”, revela Edgard.

Leia um trecho de “Assassinato no Monte Roraima”:
“A trilha se tornava mais árdua, porém gratificante. A cada quinhentos metros, uma sensação de conquista os impulsionava a continuar. Eles avançavam passo a passo, cientes de que a ansiedade era um adversário a ser vencido. A decisão de passar sete dias na mata, sem sinal de celular, internet ou civilização, ao lado de um grupo de desconhecidos, havia sido feita conscientemente. Eles pagaram caro para vivenciar aquilo tudo. Não cabiam desculpas. Conforme Sartre sustentou, estamos condenados a enfrentar nossa própria liberdade; não há como escapar desse fato.” (“Assassinato no Monte Roraima”, pág. 39)

Projetos futuros
Com dois livros publicados, “Ceticismo e Subjetividade em Descartes” (Editora CRV) e “Aprenda Xadrez com os Filósofos” (UERREdicoes), “Assassinato no Monte Roraima” é o primeiro romance do autor. Para isso, contou com as referências de obras clássicas como “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway, “Caninos Brancos” de Jack London, “O Mundo Perdido”, de Arthur Conan Doyle, “O Nome da Rosa”, de Umberto Eco, “A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera e, claro, “A Idade da Razão”, onde o também filósofo Jean-Paul Sartre mostra suas facetas como romancista. 

A ideia de Edgard era escrever um livro leve e breve, com poucas páginas, para que todos os leitores pudessem conhecer melhor suas ideias, como um cartão de visitas.  “Escrever livros sobre as obras dos grandes filósofos têm sido um processo mais fácil para mim. Porém, compor este romance tem se mostrado uma experiência mais gratificante e desafiadora”, compara.

O autor agora trabalha em um novo romance – mais complexo, extenso e intimista. Já esboçou diálogos e cenas, mantendo a escrita sucinta. “Nesta minha segunda obra inédita, escrevi com um pouco mais de profundidade, mantendo a escrita leve, característica que aprecio”, revela. Garanta o seu exemplar de “Assassinato no Monte Roraima” neste link.

domingo, 25 de agosto de 2024

.: Ann Wilson, da banda Heart e com a Tripsetter, de coração e alma, ao vivo


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural

Veterana na história do rock, Ann Wilson, da banda Heart, surgiu no ano passado com um ótimo projeto solo paralelo com a Tripsetter. Aparentemente buscando obter a essência da sonoridade que fazia nos anos 70. E ela foi ainda mais além. O resultado acabou sendo um tipo de interpretação capaz de emocionar não só os fãs de sua antiga banda. Mas todos que curtem o autêntico rock setentista de raiz.

O disco ao vivo ("Live In Concert") desse projeto reúne parte dessa fértil produção solo com algumas releituras de clássicos do rock como "Isolation" (John Lennon), "Going To California" e "Imigrant Song" (ambas do Led Zeppelin), "Let´s Dance" (David Bowie) e outras do Heart como "Magic Man", "Crazy On You" e "Barracuda".

Chama a atenção a produção autoral com a "Tripsitter". São autênticos petardos sonoros interpretados divinamente por Ann Wilson, contando com uma rica cozinha rítmica. Canções como "This Is Now" e "Ruler Of The Night" atingem em cheio o coração do ouvinte, assim como as releituras, todas cantadas em modo ON, no mais alto grau mesmo. Ann Wilson buscou oxigenar sua criatividade em novas perspectivas dentro da velha e infalível receita do rock setentista. E encontrou na Tripsitter a fórmula ideal para concretizar o seu objetivo.

Recentemente ela anunciou que estava iniciando um tratamento contra um câncer. E que, em função disso, teria que se afastar durante um tempo desse projeto solo e da Heart. Torço para que ela consiga superar esse tratamento o mais breve possível. E possa voltar logo para a estrada e, consequentemente, para os palcos dos shows de rock. 

"This Is Now"


"Ruler Of The Night"

.: Como organizar a vida financeira? 4 dicas para quem precisa guardar


Administrador Tiago Tozzi Nunes ensina como recuperar o controle das finanças pessoais com humildade, sabedoria e fé. Foto: divulgação / Pexels


Organizar a vida financeira com sabedoria e fé envolve equilibrar as responsabilidades materiais e espirituais, praticando a gratidão e a confiança. Quem explica isso é o administrador de empresas Tiago Tozzi Nunes, autor do livro "Educação Financeira e Reflexões sobre a Verdadeira Riqueza".

Segundo o especialista, é importante estabelecer um orçamento que reflita as prioridades, enquanto mantém a disciplina e o planejamento para alcançar os objetivos financeiros. Já a fé entra como um guia para tomar decisões que estejam alinhadas com seus valores e princípios, confiando que, ao agir com integridade e generosidade, o retorno será positivo.

A cada dez brasileiros, oito estão endividados. A pesquisa do Instituto Locomotiva e MFM Tecnologia é uma das muitas que apontam a realidade enfrentada pelas famílias com escassez de dinheiro no Brasil. Segundo o administrador de empresas Tiago Tozzi Nunes, o descontrole financeiro é um dos principais fatores que levam as pessoas ao endividamento, e isto pode estar relacionado, também, à instabilidade emocional.

“Crenças limitantes de incapacidade, por exemplo, pode ocasionar a busca do preenchimento de um vazio interno, levando a pessoa a gastar sem controle com supérfluos”, diz o autor do livro Educação financeira e reflexões sobre a verdadeira riqueza. Ele explica que esta questão, muitas vezes, pode ser resolvida com apoio espiritual e gerenciamento mais consciente das finanças. E, para quem não sabe por onde começar ou não tem conhecimento prévio de organização, o profissional deixa quatro orientações para aplicar dia a dia. Compre o livro "Educação Financeira e Reflexões sobre a Verdadeira Riqueza" neste link.


1. Reconheça e controle o descontrole
Faça um levantamento das despesas e receitas. Identifique onde estão aqueles gastos desnecessários no mercado, com roupas, ou assinaturas de serviços e produtos – evite compras impulsivas. Mas lembre-se: o descontrole é algo interno, já que o dinheiro potencializa a satisfação de vontades. Por isso, a principal transformação precisa interior; aprenda a não viver de comparações; agradeça o que já tem e foque no que deseja conquistar.


2. Avalie necessidades
Agora que você deu um basta no descontrole, faça uma nova análise nas contas e gastos. Priorize necessidades básicas e planeje como atingi-las de forma econômica. Optar por um produto de outra marca e fazer pesquisas de preço são sempre indicados. Há também as necessidades que o dinheiro não preenche, e é preciso ficar atento a elas. Busque alimentar sua alma com notícias boas, momentos em família ou amigos, ações que tragam bem-estar; e reserve também um tempo para praticar a sua fé.


Equilibre suas contas pessoais
Liste a sua receita mensal e, deste total, priorize as despesas fixas, como moradia, alimentação e transporte. Crie o hábito de reservar uma quantia mensal para a poupança – ou outro investimento para planos futuros e objetivos maiores. E não precisa ser muito dinheiro, só sabe poupar no muito quem aprendeu a poupar no pouco. Já para despesas variáveis, divida o saldo restante em partes iguais para cada semana do mês. Exemplo: se você tem R$ 1 mil disponível, pode gastar R$ 250 por semana. Considere também fazer uma projeção anual das finanças, incluindo despesas como IPVA e IPTU. Esta é uma maneira de se preparar para os meses com gastos adicionais. Quanto a rendas extras, como o 13º salário ou “frilas”, transforme-as em poupança ou investimento para o futuro.


4. Enxergue a verdadeira prosperidade
Independentemente de crenças, é importante refletir que a verdadeira riqueza vai além dos bens materiais. Envolve ter saúde, paz, vida familiar harmoniosa e alegrias; tudo isso sustentado por uma crença viva em Jesus. Por isso, inclua a sua fé nas finanças – ao ajudar o próximo, alguma instituição ou a igreja que congrega. Confie em Deus durante todo este processo, pois Ele proverá e guiará suas ações; leia mais a Bíblia, aprenda com os seus ensinamentos e siga de acordo com os princípios divinos. Por fim, Tiago explica que ser próspero significa seguir dois grandes princípios: união, ao contar com a família para viver uma vida mais completa e com apoio de quem se ama; e honestidade, porque dever a alguém pode prejudicar quem não recebeu o pagamento. Agir corretamente só trará bons frutos para você, então reorganize a sua vida em todos os sentidos.


Sobre o autor
Tiago Tozzi Nunes Nunes é natural de São José do Rio Preto (SP) e formado em Administração de Empresas. A partir da experiência profissional e pessoal na área de finanças, ensina como aplicar a gestão financeira com ações simples no dia a dia pautadas principalmente pela organização. É autor do livro Educação financeira e reflexões sobre a verdadeira riqueza, disponível na Amazon, também na versão em inglês. Instagram do autor: @verdadeirariquezammv | @o_tiago_tozzi_nunes. Garanta o seu exemplar de "Educação Financeira e Reflexões sobre a Verdadeira Riqueza" neste link.



.: Entrevista com Walter Medeiros: "Vivo sabendo que não estarei mais aqui"


Autor de "Cancelas do Tempo", Walter Medeiros reflete sobre a importância de escrever poemas e cultivar memórias para encontrar felicidade nos momentos simples. Foto: divulgação

Escritor, poeta, jornalista e advogado, Walter Medeiros transformou 70 anos de experiências em versos que contemplam a transitoriedade da vida. Observador atento e sensível, o autor reúne em "Cancelas do Tempo" uma coletânea de 80 poemas que capturam a simplicidade dos detalhes, os sentimentos marcantes e a riqueza das lembranças para a construção humana. Em entrevista, ele destaca a importância da escrita poética para fazer as pazes com o tempo e reflete sobre como encontrar a felicidade nos momentos simples.

Os primeiros raios de sol do dia, a tristeza de quando Plutão deixou de ser um planeta, o cheiro de café feito pela avó e a leveza de uma viagem de trem. As memórias corriqueiras de Walter Medeiros são cuidadas, guardadas e apreciadas por ele em uma busca para contemplar a beleza da vida em sua simplicidade. Além de serem uma maneira de celebrar a existência, essas lembranças também são as inspirações para os poemas do livro "Cancelas do Tempo". 

Na contramão de uma sociedade que parece cada vez mais acelerada, o autor reforça a importância de parar para admirar o mundo e as experiências. Ele explica os motivos que o levaram a publicar uma obra em homenagem à transitoriedade da vida e à nostalgia: “o tempo sempre remete a lembranças, e é bom quando traz memórias boas. As adversidades, enfrentam-se e podem ser registradas até com lirismo. As mudanças têm, cada uma, sua profundidade, que vem desde um momento de saudade, até o dia da aposentadoria”. Confira a entrevista completa abaixo. Compre o livro "Cancelas do Tempo" neste link. 

O livro é descrito como uma ode à nostalgia, sobre poemas que ajudam fazer as pazes com o tempo. Dada a sua experiência, como você enxerga a transitoriedade da vida?  
Walter Medeiros - Vivo, sabendo que algum dia não estarei mais aqui. Não tenho maiores preocupações com o fim; mas lembro que na juventude a impressão que tinha era de que a vida poderia ser mais longa. Agora, lembro do meu sogro, seu Sebastião, que faleceu em 2022, com 106 anos. Se tiver a sorte de chegar mais uns bons anos para a frente, aí talvez venha a refletir mais sobre o assunto. 

Em “Cancelas do tempo”, você menciona algumas experiências pessoais e lugares, como Natal, Lisboa e a Floresta Negra. Como essas vivências influenciaram sua escrita? 
Walter Medeiros - Natal é a cidade onde nasci, e sempre procurei valorizá-la profundamente. Trata-se de uma cidade encantadora, com suas praias, seu povo amável. Passei seis anos fora e, quando voltei, com nove anos, comecei a cativar cada canto da cidade. Em Lisboa, vivi belos momentos por lá e escrevi poemas sobre ela. E a Floresta Negra tem sua beleza ímpar, mágica, que vale a pena conhecer. 


Entre a efemeridade do tempo, as adversidades e mudanças ao longo da vida, como você enxerga o papel da poesia para explorar a profundidade das experiências e emoções dos leitores? 
Walter Medeiros - A poesia tem o poder de sensibilizar as pessoas. Ao poeta, pode caber escolher a forma mais tocante de a apresentar. O tempo sempre remete a lembranças, e é bom quando traz memórias boas. As adversidades, enfrentam-se e podem ser registradas até com lirismo. As mudanças têm, cada uma, sua profundidade, que vem desde um momento de saudade, até o dia da aposentadoria. Quando contada com bom jeito, pode agradar e envolver o leitor. 

É possível dizer que este livro se conecta com suas outras atividades, como jornalista, pai e avô? Há influências mútuas entre essas diferentes facetas de sua vida? 
Walter Medeiros - 
Sim. Em muitos momentos podemos encontrar algum traço que reflete a veia do jornalista, a visão do pai e do avô. No entanto, essa conexão está bem mais explícita em outros poemas que não entraram no livro. Possivelmente, em um novo volume, outros poemas mostrarão mais esta parte do autor. 


“Cancelas do tempo” aborda um misto de sensibilidade e otimismo, alegrias e tristezas, liberdade e sensualidade. Como foi mesclar essas diversas temáticas? Tem alguma que mais lhe impactou ao retratar?  
Walter Medeiros - Tem. Poema que fala sobre o lugar onde morei. Refere-se ao bairro do Alecrim, onde vivi por 23 anos. A começar pela rua Campo Santo, onde passamos os belos tempos da Jovem Guarda. Ali, tínhamos uma convivência inesquecível, que mantemos até os dias atuais. Uma rua que tem uma vista magnífica para o rio Potengi, o porto e o mar. Costumo dizer que a formação geográfica da barra de Natal tem semelhança com Tróia, em Portugal. 


Qual mensagem ou sentimento você espera que os leitores levem consigo após lerem a obra? 
Walter Medeiros - Uma sensação de vida, natureza, amor, dedicação e sensibilidade. Que sintam a verdade expressa em cada verso, cada poema, como algo que podem usar, incorporar e propagar. Talvez venha a ter influência nos leitores para a forma como observam ambientes semelhantes aos que são apresentados no livro. Espero que cada um rememore momentos idênticos àqueles mostrados na obra. 



Sobre o autor
Walter Medeiros 
é jornalista, advogado, escritor e poeta, natural de Natal, no Rio Grande do Norte. Formou-se em Direito na UFRN, em 1977, mas sua vida profissional foi quase toda guiada pelo jornalismo. Começou jovem e enveredou nas redações de rádio e jornais da capital. Também atuou como professor e assessor de imprensa. Foi correspondente da Folha de S.Paulo e chefe de pauta da TV Cabugi, além de vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RN. Em 2012, recebeu título de Cidadão Matagrandense pela Câmara Municipal de Mata Grande – Alagoas. Na literatura, estreia no gênero de poesia com Cancelas do tempo, mas tem outros quatro livros publicados; dentre eles, o romance Abelardo, o alcoólatra, de 1990 e republicado em 2024, e obras técnicas voltadas a áreas de estudo da saúde e comunicação. Walter Medeiros é casado, tem cinco filhos e nove netos. Instagram do autor: @walterbmedeiros. Garanta o seu exemplar de "Cancelas do Tempo" neste link. 

.: Música e literatura: autor tetraplégico defende poder transformador da arte


Escrito por Carlos Reis Agni, "O Diário do Conflito" narra o encontro de duas mulheres com experiências distintas que buscam um sentido para a existência enquanto desafiam normas


Clara é uma mulher sensível e afetuosa que enfrenta uma depressão grave, mas tende a negligenciar os cuidados com a saúde mental. Já Maria Caballeros é uma ex-guerrilheira que participou do movimento de resistência contra a ditadura militar no Chile e tornou-se uma pessoa em situação de rua na capital paulistana. A vida das protagonistas de "O Diário do Conflito" segue cursos opostos e independentes até que elas se encontram na calçada em São Paulo e têm suas trajetórias transformadas de maneira drástica.

Escrita por Carlos Reis Agni, a obra aproxima a história de personagens que buscam, cada uma a sua maneira, um motivo para continuarem vivas. Idosa e depois de ter conhecido o abandono, a chilena sofre um sangramento e precisa ser internada. Comovida pela situação que acontece nas ruas do grande centro paulista, Clara se compromete em cuidar dela durante a internação. Mas o que parece apenas um ato de bondade vai se tornar uma trama complexa repleta de mistérios e crimes.

Os leitores imergem na narrativa a partir de dois pontos de vista principais: o de Maria Caballeros, através de um diário sobre as violências do regime ditatorial e o improvável surgimento do amor diante de uma realidade adversa; e o de Clara, que reflete sobre a própria maneira de ver o mundo ao ler os escritos da ex-guerrilheira. Entretanto, é o terceiro narrador que adiciona mais suspense à obra: Kailã é um ambientalista apaixonado pela bióloga Janete Mendes, uma mulher disposta a cometer qualquer delito para defender o meio ambiente.

Os quatro personagens estão unidos por meio de um fio condutor envolvendo diferentes linhas do tempo, apagamentos históricos, violações de leis e negligência de transtornos mentais. Com enigmas resolvidos apenas nas últimas páginas, O Diário do Conflito conta com um enredo dedicado aos apaixonados por encontrar respostas para incógnitas aparentemente sem solução.

Mas o livro de Carlos Reis Agni extrapola a aventura e o suspense, porque discorre sobre valores essenciais da existência humana. A busca por um sentido maior para o cotidiano, a importância de lutar para uma causa e a necessidade de continuar enfrentando os conflitos diários estão presentes entre as páginas. Assim o autor propõe um questionamento: “o que você faz para dar sentido à vida e para viver por aquilo que acredita?”. "O Diário do Conflito" faz parte de projeto literário que adapta as obras do autor para a versão digital e conta com apoio da Lei Paulo Gustavo, por meio do Governo do Estado da Bahia e Governo Federal. Compre o livro "O Diário do Conflito" neste link.


Trecho do livro
Seria bom que as horas não tivessem passado, pois algo que jamais sairá das nossas memórias envolveu os nossos sentimentos. Chego a confessar que faria tudo outra vez. Morreria quantas vezes fossem necessárias para viver a vida de forma verdadeira, sem arrependimentos, pois, apesar de tudo, foi no meio de um conflito, na total instabilidade de nossas vidas, que descobrimos o amor. ("O Diário do Conflito", p. 58)

Sobre o autor
Carlos Reis Agni é escritor e poeta autodidata com cinco livros publicados: O Diário do Conflito, “O Oitavo Dia – Um Atalho no Tempo”, “Uma Janela para o Nosso Cárcere”, “O Prelúdio do Desejo” e “Lágrimas de um Espermatozoide”. É diretor presidente da Associação Filarmônica Carlos Gomes, instituição fundada há 105 anos - também atuou na restauração deste importante patrimônio histórico e trabalhou em projetos para incentivar o contato de crianças adolescentes e jovens com a música. Nascido no Recôncavo Baiano, recebeu o prêmio Pedro Kilkerry de mérito cultural na cidade de Santo Antônio de Jesus, em 2022. Tetraplégico, ele é palestrante e luta pelo direito das pessoas com deficiência. Garanta o seu exemplar de "O Diário do Conflito" neste link.


Ficha técnica
"O Diário do Conflito"
Autor: Carlos Reis Agni
ASIN: B0D8WVL8XY
Páginas: 327
Redes sociais do autor: Instagram: @carlosreisagniescritor | Facebook: /carlos.agni
Compre o livro neste link.

sábado, 24 de agosto de 2024

.: Por que não perder "Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway"?

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em agosto de 2024


Uma montagem teatral capaz de elevar o ânimo da plateia -por dias-, ainda que entregue cenas de pura emoção (de pai e filho). "Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway", que coloca Reynaldo Gianecchini na pele de Anthony “Tick” Belrose, performer e drag queen chamada Mitzi Mitosis, ao lado de Diego Martins como Adam Whiteley,  que vive a drag queen Felicia, assim como as atrizes Verónica Valenttino e Wallie Ruy em revezamento no papel de Bernadette Bassenger, é completamente imperdível.

Em cartaz no Teatro Bradesco, em São Paulo, o espetáculo esbanja alegria visual, assim como no texto com tiradas bastante adaptadas ao Brasil, cabendo menção à novela "Laços de Família", o que rapidamente cria um elo do público com cada personagem. Seja entre as drags e a trans até o meio valentão, Bob, de Fabrizio Gorziza ou a valentona de Andrezza Massei. A produção ainda tem uma trilha sonora impecável, incluindo "I Will Survive", “I Say A Little Prayer”, “Go West”, “Can’t Get You Out Of My Head”, “True Colors”, “I Love The Nightlife”, “Girls Just Wanna Have Fun”, e muito mais.

Tudo na montagem faz os olhos brilharem. Não por somente alimentar a alegria no público enquanto desfruta da apresentação, mas por usar tudo a favor em cada cena e mostrar que as diferenças são belas, enriquecedoras e devem ser respeitadas sempre. Enquanto Reynaldo Gianecchini mostra seu lado mais livre, sem amarras, levando-o a voltar cantar, com direito a danças coreografadas. 

Diego Martins entrega o vocal impecável -que remete, inclusive ao seu destaque em "Beatles, Num Céu de Diamantes" (2017), garantindo boas sequências de humor. Verónica Valenttino, a atriz cearense, transexual (a primeira a vencer o Prêmio Shell de Teatro, pelo musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas"), que interpreta Bernadette Bassenger, canta, dança e é o real toque feminino na viagem das drags Tick e Felicia. O trio em cena é um grande presente.

"Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway" tem ainda três divas soltando o vozeirão -fazendo arrepiar, por vezes- com canções que conectam a trama e fazem a narrativa ganhar agilidade. O trio em cena também remete ao clássico Disney, "Hércules", em que há interferências musicais das musas, que complementam a história. É tão lindo quanto ou, até mais, uma vez que tudo acontece ao vivo no palco do Teatro Bradesco.

A montagem tem como enredo a viagem de duas drag queens e uma mulher transexual que vão a bordo do ônibus que recebe o nome de Priscilla, em pleno deserto australiano, para fazer um show. Contudo, para chegar até a parada final, juntas encaram diversos desafios e aventuras durante até o destino. Baseado no filme clássico de 1994, do diretor Stephan Elliott, o espetáculo que estreou dia 07 de junho, no Teatro Bradesco, em São Paulo, fica em cartaz até 1 de setembro. Não perca!


"Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway"

Teatro Bradesco

Endereço: R. Palestra Itália, 500 - 3° Piso - Perdizes, São Paulo

Capacidade: 1.439

O espetáculo, com sessões todas as quintas e sextas, às 20h; sábados e domingos às 16h e 20h

Direção de Mariano Detry. Direção musical de Jorge de Godoy. Coreografias de Mariana Barros. Cenografia de Matt Kinley. Figurino de Fábio Namatame. Design de Luz de Warren Letton. Design de Som de Tocko Michelazzo. Design de peruca de Feliciano San Roman. Design de maquiagem de Alisson Rodrigues. Produção geral de Stephanie Mayorkis.


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.: Resenha: "Motel Destino" trata as consequências de escolhas impensadas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em agosto de 2024


"Motel Destino" é sobre as consequências na vida de um cara que acaba fazendo escolhas erradas. Em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos, o longa nacional dirigido por Karim Aïnouz ("Praia do Futuro"), com toque pornô, apresenta a história do jovem Heraldo (Iago Xavier) que, numa "família" conturbada, precisa pagar com um serviço para poder seguir seu plano de vida: ir para São Paulo. 

Contudo, o seu rumo acaba sendo traçado após frequentar o estabelecimento que aluga quartos para encontros amorosos -batizado com o nome do filme. Sem dinheiro para pagar a conta, falha com o irmão, o que o coloca na mira da polícia local. Amigável, a princípio, o rapaz tenta retribuir o apoio recebido de Dayana (Nataly Rocha), atendente no "Motel Destino".

Assim, passa a prestar serviços dos quais tem conhecimento, como por exemplo, consertar um ar-condicionado considerado perdido. Mesmo assombrado por fantasmas da vida, a estadia de Heraldo o aproxima de Dayana e passa a agir de modo impensado. Assim, trai a confiança do dono do hotel de alta rotatividade, Elis (Fábio Assunção), quem lhe deu abrigo no momento em que mais precisou.

Somando 1h52 de produção, o destino de Heraldo gera total curiosidade até o último minuto, inclusive quando seu plano com Dayana se concretiza -de modo totalmente surpreendente. Com uma bela fotografia, o trio em cena entrega muito. No entanto, é pelas mãos de um quarto personagem que o desejo de vingança ganha forma. Em meio a gemidos e cenas de puro voyeurismo, a trama do triângulo amoroso põe fogo, ditando o ritmo da produção. Vale muito a pena conferir nos cinemas!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Motel Destino" ("nacional"). Ingressos on-line neste linkGênero: terror, ficção científicaClassificação: 18 anos. Duração: 1h52. Ano: 2024. Distribuidora: Pandora Filmes. Direção: Karim AïnouzRoteiro: Karim Aïnouz, Wislan Esmeraldo, Mauricio Zacharias. Elenco: Iago Xavier, Nataly Rocha, Fábio AssunçãoSinopse: Heraldo precisa se livrar de uma dívida e tenta assaltar um banco, mas não é bem-sucedido em sua empreitada. Ele busca esconderijo em um motel de beira de estrada, onde conhece Dayana. Confira os horários: neste link

Trailer de "Motel Destino"


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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

.: Filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol" é exibido grátis no Museu da Língua


Lançado há 60 anos, o clássico "Deus e o Diabo na Terra do Sol" é a atração de agosto do Luz na Tela, o projeto de cinema ao ar livre do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. O filme será exibido gratuitamente na quinta-feira, dia 29 de agosto, a partir das 19h00, no Pátio B. Haverá também distribuição de pipoca e refrigerante. 

Com direção de Glauber Rocha, "Deus e o Diabo na Terra do Sol" é considerado um marco do Cinema Novo, movimento cinematográfico brasileiro dos anos 1960 e 1970 que realizava críticas à desigualdade social do país. Concorreu à Palma de Ouro, no Festival de Cannes, em 1964.  O filme conta a história do sertanejo Manuel (Geraldo Del Rey) e sua mulher Rosa (Yoná Magalhães) que residem em uma cidade do interior do país marcada pela seca e pobreza. Ao ser enganado por um coronel, Manuel o mata e, ao fugir, se junta a um grupo que luta contra grandes latifundiários da região. Deus e o Diabo na Terra do Sol tem também no elenco Othon Bastos, que interpreta Corisco, um dos principais trabalhos da carreira do ator. 

No projeto Luz na Tela, os filmes são exibidos em uma tela de 4 x 2,3 metros. O público pode assisti-los em cadeiras e bancos espalhados pelo Pátio B. Mesmo em caso de chuva, a sessão é mantida por acontecer em um local coberto. Há sempre distribuição gratuita de pipoca e refrigerante.  


Sobre o Museu da Língua Portuguesa 
Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.  

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

Patrocínios e parcerias
A temporada 2024 conta com o patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, e do Instituto Cultural Vale; com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra, e da CAIXA. Conta ainda com as empresas parceiras Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer, Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são parceiros de mídia. A EDP é patrocinadora máster da reconstrução do Museu. A reconstrução e a temporada 2024 são uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.  

Serviço
5º Luz na Tela – Exibição do filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol"
Dia 29 de agosto (quinta-feira), às 19h00
No Pátio B do Museu da Língua Portuguesa - espaço coberto. Grátis.
Museu da Língua Portuguesa 
Praça da Língua, s/nº - Luz / São Paulo

.: Do Grupo Pano, espetáculo "¡Cerrado!" explora as narrativas da América Latina


A peça estreia no Teatro de Contêiner, apresentando a cultura latino-americana e seu passado de autoritarismo, convidando o público a perceber o encantamento e a cultura de frestas como potentes ferramentas políticas. Foto: Leekyung Kim


Com direção e dramaturgia de Caio Silviano, "¡Cerrado!", espetáculo musicado do Grupo Pano, estreia dia 6 de setembro, sexta-feira, às 20h, no Teatro de Contêiner. A temporada segue até 30 de setembro com sessões sexta, sábado e segunda-feira, às 20h00, e domingo, às 19h00. A inspiração para a criação do espetáculo vem de uma legislação em San Pedro de Atacama, no Chile, que restringe o direito de dançar em estabelecimentos licenciados devido à burocracia excessiva e aos altos custos envolvidos na obtenção das permissões necessárias.

A história se inicia com uma Mulher que, ao finalmente encontrar o Criador dos limites da América Latina, arrasta uma das linhas de seus mapas abrindo uma fresta. Este ato evoca uma entidade capaz de trafegar por tempos antigos, entrelaçar narrativas e revisitar a história da proibição da dança no deserto. “Partimos da regulamentação da dança no deserto do Atacama, no Chile, e sua consequente proibição. Entretanto, no processo de pesquisa e desenvolvimento do espetáculo sentimos a necessidade de levantar um argumento mais abrangente, afinal, talvez a questão a ser explorada não fosse a proibição em si, mas sim um mundo que foi construído para que sua ausência não fosse motivo de revolta”, conta Caio Silviano.

Guiado pelo "portunhol", o enredo apresenta um dialeto misto de português e espanhol, repleto de neologismos, clichês e paródias. A mistura das línguas busca evidenciar a dificuldade da integração brasileira na América Latina devido a um projeto cultural colonial, mostrando que a união do continente ainda é uma ficção a ser construída.


Elementos teatrais
Com direção musical de Marco França (vencedor do prêmio Shell pelo trabalho musical em 2016 e 2019), a trilha sonora é uma fusão de diferentes influências latino-americanas, como os arranjos vocais das Murgas uruguaias, as melodias das milongas argentinas, os tambores cubanos e as músicas tradicionais dos povos andinos, complementados pela musicalidade brasileira.

“A América Latina é um prato cheio e de variados 'sabores' quando falamos em ritmos, instrumentos, gêneros musicais e tradição. O grupo Pano é muito antenado com o contemporâneo sem esquecer do que é considerado raiz de cada lugar. E isso está representado tanto nas intervenções sonoras da boate fictícia, quanto pelos atores com os mais variados instrumentos que foram se agregando em cada experimentação ao longo do processo de criação sonora/musical. A sonoridade do espetáculo certamente é a fusão fiel do que é a latinoamérica: diversa”, pontua França.

A montagem utiliza uma ampla variedade de elementos cenográficos que transformam o público em parte integrante da narrativa, proporcionando uma imersão completa nas localidades descritas. Através de truques de mágica, máscaras expressivas e música ao vivo tocada pelos próprios atores, são criados rituais de celebração e desmantelamento da morte em vida.

Mesclando o repertório do realismo fantástico com a dinâmica peculiar do teatro do absurdo, o texto propõe uma ideia de um lugar latino indefinido e marcado por suas contradições. “O objetivo é ao final engajar os espectadores de forma ativa nesse baile que se opõe ao ciclo de morte e desencanto”, explica Silviano.

A construção do figurino, concebido por Cecília Barros, se baseia nas diversas estéticas latino-americanas, com foco em cores, texturas e a pluralidade dos elementos naturais. A pesquisa busca criar algo além das vestes cotidianas, inspirando-se nas Murgas uruguaias e argentinas, no carnaval, nos bailes cubanos, nas danças andinas e outras manifestações culturais do continente.

Projetada por Lui Seixas, a iluminação cria atmosferas de boate, deserto e encantamentos. Utilizada pelo grupo como ferramenta narrativa, a luz diferencia os níveis de ficcionalidade entre ator, persona e personagem.

“'¡Cerrado!' é um grito pra fora, para ouvirmos dentro. Um enredo que salta até o Chile para olharmos o Brasil de hoje, que completa 60 anos do golpe civil militar, e tentar entender como e por que o processo de autoritarismo e o pensamento extremista na América Latina volta à tona. E como podemos usar a memória como dispositivo utópico-político dentro da cultura de frestas – política estudada por Luiz Antônio Simas e Luiz Rufino, tema componente da nossa atual pesquisa", conclui Silviano.


Grupo Pano
O Pano desenvolve sua metodologia de trabalho através de estudos teóricos e práticos, explorando textos que vão desde a atuação teatral até os fundamentos sociológicos do teatro. A partir dessas discussões, cria conteúdos musicais, dramatúrgicos e realiza treinamentos com diversas máscaras expressivas para, posteriormente, encenar seus espetáculos. Escolhendo trabalhar o Teatro do Absurdo através de um viés antropofágico, o grupo se utiliza das linguagens que Martin Esslin chama de Teatro Puro (palhaçaria, teatro de revista, etc.).

Seu novo espetáculo, "¡Cerrado!", vencedor da 18ª Edição do Prêmio Zé Renato, faz parte do aprofundamento de sua pesquisa. Unindo os conceitos previamente explorados sobre coeficiente de ficcionalidade com as ideias de encantamento e cultura de frestas estudadas por Luiz Antonio Simas e Luiz Rufino, o grupo se propõe a investigar a cultura latinoamericana, sua capacidade de deslocamento e criação de mundos possíveis.


Ficha técnica
Espetáculo "¡Cerrado!". Elenco: Amanda Quintero, Cecília Barros, Ian Noppeney, Rafael Érnica, Alice Guêga, Bernardo Bibancos, Henrique Reis, Juliano Veríssimo, Barroso e Gabriela Sugui. Diretor e dramaturgo: Caio Silviano. Direção musical: Marco França. Direção de arte: Cecília Barros. Iluminador: Lui Seixas. Máscaras: Rafael Érnica e Caio Silviano. Composições: Caio Silviano, Barroso Eus e Bernardo Bibancos. Cenotécnico: Pity Santana. Aderecista: Zé Valdir Albuquerque e Amanda Quintero. Orientação de manipulação de bonecos: Marcela Arce. Aprendiz: Marcela Lívier. Apoio de palco: Isabela Lourenço| Lou e Marcela Lívier. Direção de produção e produção executiva: Isadora Petrin (PiTô Produções). Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Equipe de vídeo: Pedro Morales, Luiz Felipe Aranha, Rodrigo Nelli. Foto: Leekyung Kim. Apoio: Turma do Bem.. Realização: Grupo Pano, Cooperativa Paulista de Teatro, 18ª edição Prêmio Zé Renato e Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo.


Serviço
Espetáculo "¡Cerrado!"
Estreia dia 6 de setembro, sexta-feira, às 20h no Teatro de Contêiner
De 6 a 30 de setembro. Prorrogação de 4 a 14 de outubro de 2024 - Sexta, sábado e segunda, às 20h00, e domingo, às 19h00.
Duração: 135 minutos
Classificação: 16 anos.
Ingresso: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada)
Bilheteria: Aberta 1 hora antes do espetáculo.


Teatro de Contêiner
R. dos Gusmões, 43 - Santa Ifigênia
Capacidade: 99 lugares.

.: Musical "Forever Young" retorna aos palcos no Teatro Fernando Torres


Grande sucesso de público, indicado aos principais prêmios do teatro musical, a comédia Forever Young volta em cartaz no Teatro Fernando Torres, no Tatuapé


O musical "Forever Young" volta em cartaz no Teatro Fernando Torres, no Tatuapé, em temporada de 6 de setembro a 11 de novembro. Quem assina a direção é Jarbas Homem de Mello, tradução e adaptação de Henrique Benjamin, direção musical de Miguel Briamonte e elenco composto por Fafy Siqueira, Carmo Dalla Vecchia, Paula Capovila,  Ton Prado, Keila Bueno, Fabio Yoshihara, Andrezza Massei, Miguel Briamonte e Fernando Zuben. As sessões acontecem sextas e sábados, às 20h00 e aos domingos, às 19h00.

O musical de Erik Gedeon estreou em agosto de 2016, no Teatro Raul Cortez, em São Paulo, e realizou temporada em 2017 no Rio de Janeiro. Passou por mais oito capitais brasileiras, alcançando um público de mais de 230 mil pessoas, em mais de 600 apresentações. O espetáculo foi indicado aos maiores prêmios de teatro musical como Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Reverência, e entre outros, sendo vencedor na categoria Visagismo no Prêmio Bibi Ferreira e Melhor Ator para Carmo Dalla Vecchia no Prêmio Reverência.

A comédia traz seis atores que representam a si mesmos no futuro, quase centenários. Apesar das dificuldades eles continuam cantando, se divertindo e amando. Tudo acontece no palco de um teatro, que foi transformado em retiro para artistas, sempre sob a supervisão de uma enfermeira. Quando ela se ausenta, os simpáticos senhores se transformam e revelam suas verdadeiras personalidades através do bom e velho rock’n’roll e mostram que o sonho ainda não acabou e que eles são eternamente jovens.  

"Forever Young" consegue relatar não apenas o problema da exclusão social na “melhor idade”, mas também aborda questões sobre a velhice com muito humor e músicas que marcaram várias gerações. Os números musicais são sucessos de diversos anos, passando pelas décadas de 50, 60, 70, 80 até chegar aos anos 90. Músicas que são verdadeiros hinos como "I Love Rock and Roll", "Smells Like a Teen Spirit", "I Wil Survive", "I Got You Babe", "Roxanne", "Rehab", "Satisfaction", "Sweet Dreams", "Music", "San Francisco", "California Dreamin", "Let It Be", "Imagine", e a emblemática "Forever Young". Já o repertório nacional conta com canções como "Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás", de Raul Seixas, "Do Leme ao Pontal", de Tim Maia, e "Valsinha", de Chico Buarque.

"Forever Young" é uma grande homenagem a todos os artistas que trouxeram tanta magia para as pessoas. E, principalmente, passa a mensagem que ser jovem é algo eterno, que a vida não para, apenas muda-se a frequência das ações.


Ficha técnica
Musical "Forever Young". Autor: Erik Gedeon. Direção Geral: Jarbas Homem de Mello. Supervisão Artística/tradução/adaptação: Henrique Benjamin. Direção Musical e canções adicionais: Miguel Briamonte. Elenco: Fafy Siqueira, Carmo Dalla Vecchia, Paula Capovila, Ton Prado, Keila Bueno, Fabio Yoshiraha e Andrezza Massei.  Piano: Miguel Briamonte. Pianista Substituto: Fernando Zuben. Direção de produção: Henrique Benjamin. Produção executiva: Andréa Marques. Assistência de Direção: Fernanda Lorenzoni. Supervisão Cenográfica: Luís Rossi (In Memoriam). Produtora de Objetos: Rosa Berger. Figurino: Paulette Pink. Visagismo: Hugo Daniel e Paulette Pink. Preparação corporal: Renata Mello Designer de Luz: Giuliano Caratori. Designer de Som: Edézio Aragão. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Assessoria Contábil: CMS Contabilidade. Operador de Luz: Giuliano Caratori. Operador de Som: Edézio Aragão. Camareira: Judite Rosa. Contrarregra: Lucas Andrade. Perucas: Paula Rossi. Realização: Benjamin Produções.   


Serviço
Musical "Forever Young"
De 6 de setembro a 11 de novembro de 2024
Sextas e Sábados às 2oh. Domingos às 19h.
Classificação etária: 10 anos. Duração: 100 Minutos.


Ingressos
Sexta R$ 90,00 (inteira) / R$ 45 (meia-entrada).
Sábados e domingos, R$ 110,00 (inteira) / R$ 55,00 (meia-entrada).
 Grupos R$ 40,00 - Contatos – producoeshb@gmail.com

Teatro Fernando Torres
Rua Padre Estevão Pernet, 588 – Tatuapé - São Paulo - SP, 03315-000
Informações: (11) 2227-1025. Capacidade: 685 lugares.
Bilheteria: Quar a Dom: 14h - 19h
Em dias de espetáculo a bilheteria funciona até o horário de início do espetáculo.
Pela internet: https://site.bileto.sympla.com.br/teatrofernandotorres
Aceita todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque. Ar-condicionado e acesso para deficientes. Estacionamento coberto anexo ao teatro.

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