sexta-feira, 16 de agosto de 2024

.: "Meu Filho, Nosso Mundo" é retrato nada florido da vida de criança autista

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em agosto de 2024


Qual a receita para criar um filho diagnosticado com autismo? No drama "Meu Filho, Nosso Mundo", em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos, dirigido por Tony Goldwyn, um casal separado tenta encontrar a maneira ideal de criar o garotinho Ezra (William A. Fitzgerald). Assim, todo o embate fica concentrado em Max (Bobby Cannavale, "Bem-vindos à Vizinhança", "MaXXXine") e Jenna (Rose Byrne, "Vizinhos") em meio a dificuldades de lidar com a condição de Ezra, outros dois personagens interferem na trama. Seja Stan (Robert De Niro, "Assassinos da Lua das Flores"), pai de Max e avô daquele que é o alvo da disputa, assim como de Bruce (Tony Goldwyn, eterno vilão de "Ghost - Do Outro Lado da Vida", além de dirigir, atua neste filme), na pele do namorado de Jenna que, numa fala, leva Ezra a uma situação limite.

Max que teve uma carreira na televisão, parte para o stand-up e sonha participar do programa televisivo de Jimmy Fallon (que faz uma aparição especial durante os créditos do filme). É com uma ajudinha que ele consegue fazer o caminho das pedras, entrando na trama a personagem de Whoopi Goldberg. Na vida pessoal, numa relação nem tão amistosa com a mãe do filho, numa guarda compartilhada, criar o filho com transtorno do espectro autista (TEA) fica complicado.

Contudo, o ponto de partida da trama se dá quando Ezra ouve o que não deve e tem uma reação que o coloca no meio da rua e resulta em seu atropelamento. Numa reação furiosa, Max ataca o médico e precisa estabelecer um acordo que fere o filho em nome de sair de trás das grades. Com medida restritiva, ele comete outro crime: sequestra Ezra e, assim, juntos embarcam numa aventura cheia de descobertas que esbarra na casa de uma antiga amiga, Grace (Vera Farmiga).

Com roteiro de Tony Spiridakis, "Meu Filho, Nosso Mundo" é um filme delicado que emociona enquanto retrata de modo nada florido como é a criação de um filho com TEA. Todavia, destaca também a necessidade dos pais se encontrarem nos próprios filhos. Vale muito a pena conferir! 

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Meu Filho, Nosso Mundo" ("Ezra"). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 14 anos. Duração: 1h40. Ano: 2024. Distribuidora: Diamond Films. Direção: Tony Goldwyn Roteiro: Tony Spiridaki. Elenco: Bobby Cannavale (Max Bernal), Robert De Niro (Stan), Rose Byrne (Jenna), William A. Fitzgerald (Ezra), Vera Farmiga (Grace). Whoopi Goldberg (Jayne), Rainn Wilson, Daphne Rubin-Vega (Agent Margo Jenkins). Sinopse: No longa, Bobby Cannavale vive Max Bernal, um comediante que, com casamento e carreira falidos, está morando com seu pai, Stan (Robert De Niro). Max e sua ex-esposa Jenna (Rose Byrne) têm dificuldades em encontrar a maneira ideal de criar seu filho, Ezra, diagnosticado com autismo aos 11 anos. Confira os horários: neste link


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.: Entrevista com Simone Kopmajer: a sustentável leveza da voz da Áustria


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Tinksi

A cantora austríaca Simone Kopmajer está divulgando o seu mais recente trabalho, o álbum "Hope", que reúne algumas releituras com foco no jazz e em alguns elementos do pop, além de canções autorais compostas em parceria com outros músicos. O disco segue a linha de sonoridade de outros lançamentos, mostrando uma voz suave, madura e bem segura de si como intérprete. Em entrevista para o portal Resenhando.com, ela conta como foi seu início na música e comenta o atual panorama do mercado fonográfico, marcado pela volta do vinil em países da Europa e na América do Norte. “Espero que possamos desacelerar um pouco nesse processo e curtir mais a música em sua essência”.


Resenhando.com - No seu álbum "With Love" você apresenta músicas autorais. Neste álbum mais recente, "Hope", você se mostrou como compositora novamente?
Simone Kopmajer - Sim, eu co-escrevi três músicas: "Black Tattoo", "Hope" e "So Faengt das Leben an".


Resenhando.com - Como você começou na música?
Simone Kopmajer - Cresci em uma família musical e comecei a tocar piano quando tinha oito anos. Mas cantar continuou sendo meu primeiro amor e ainda é. 


Resenhando.com - Quais foram as suas referências musicais?
Simone Kopmajer - Quando criança, ouvia os artistas favoritos do meu pai, como Frank Sinatra, Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Dean Martin, Herb Alpert, ... e mais tarde fui influenciada por todos os grandes cantores de pop e soul como Aretha Franklin, Stevie Wonder, Whitney Houston, Marvin Gaye, Al Jarreau, entre outros.


Resenhando.com - A indústria musical vem mudando nos últimos anos. Como você vê a situação atual?
Simone Kopmajer - Está mudando rápido e as plataformas de downloads e streaming estão se tornando cada vez mais importantes, mas também está voltando para o vinil e isso é bom. Acho que teremos que desacelerar novamente e selecionar mais.


Resenhando.com - Você conhece a música brasileira?
Simone Kopmajer - Claro, eu adoro música brasileira e também há uma comunidade musical brasileira em Viena que começou anos atrás com Alegre Correa.


Resenhando.com - E quem você mais admira na MPB?
Simone Kopmajer - Eu gosto muito de Elis Regina. Adoro a voz dela, seu fraseado e interpretação de uma música.


Resenhando.com - Quais são os planos para shows de promoção do álbum "Hope"?
Simone Kopmajer - Estamos agora fazendo muitos shows na minha terra natal, Áustria. E faremos uma turnê nos Estados Unidos em fevereiro de 2025.


"The Dock Of The Bay"

"Black Tatoo"

"Hope"

.: Vozes do Cerrado Goiano se unem no palco para celebrar a música brasileira


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O que era para ser um encontro de amigos no palco acabou se tornando um espetáculo de música brasileira autêntica.  O projeto Vozes do Cerrado Goiano conseguiu unir Juraildes da Cruz, Antônio Pádua e Maria Eugênia, três talentos da região de Goiás,  que desenvolvem carreiras solo férteis para mostrar um pouco de sua arte e poesia cantando juntos.

O show sob a direção musical de Luiz Chaffin já chegou em São Paulo e deve se estender para outras localidades, conforme informa Antônio Pádua. “A resposta do público acabou superando nossas expectativas. De uma certa forma, creio que a obra que apresentamos tem um forte apelo popular. Nós três somos artistas do palco”.

Pádua explica que o projeto nasceu inicialmente para comemorar os 50 anos de carreira de Juraildes da Cruz. Mas acabou crescendo e sendo ampliado com a união de Maria Eugênia, que já havia gravado várias canções de Juraildes. Por sua vez,  Pádua, que já tinha feito várias parcerias com o homenageado ao longo dos anos, acabou por contribuir para dar forma ao espetáculo. “É uma celebração a obra do Juraildes, que representa muito a nossa autêntica música regional, aquela que atinge o coração do público”.

Juraíldes da Cruz é um ícone da música brasileira que celebra 50 anos de carreira e quase 70 anos de vida dedicados à sua arte. Com composições gravadas por artistas renomados como Xangai, Elomar e Saulo Laranjeira, Juraíldes já foi indicado cinco vezes ao Prêmio da Música Brasileira, vencendo duas vezes. Sua obra abrange uma rica diversidade de ritmos, melodias e temas que vão da natureza ao humor e filosofias de vida, é a base deste espetáculo. 

Pádua, nome artístico de Antônio de Pádua da Silva, é um cantor e compositor de voz marcante. Com 40 anos de carreira e diversas premiações em festivais, é conhecido por sua habilidade em mesclar sonoridades e criar músicas que refletem a simplicidade e a riqueza cultural de sua terra. Em "Vozes do Cerrado Goiano", ele apresenta composições próprias e parcerias com Juraíldes da Cruz, Paulinho Pedra Azul e outros grandes nomes da MPB. 

Maria Eugênia celebra 30 anos de carreira fonográfica com uma trajetória dedicada à diversidade da música brasileira. Sua voz já deu vida à abertura da novela Araguaia e foi destaque no programa Som Brasil em homenagem a Chico Buarque. Com uma carreira internacional que inclui turnês por mais de 20 países, Maria Eugênia traz ao palco sua interpretação única das composições de Juraíldes da Cruz e outros clássicos da MPB. Juntos,  os três com seus estilos próprios, encontram um ponto comum na música de Juraíldes, criando uma homenagem singular a este artista ímpar. 

"Toda Vez" - Juraildes da Cruz

"Louca Magia" - Pádua

"Quem Ama Perdoa" - Maria Eugenia

.: Robert De Niro levou drama pessoal para "Meu Filho, Nosso Mundo": saiba


A Diamond Films lança o drama "Meu Filho, Nosso Mundo" ("Ezra"), a emocionante história do comediante em crise Max Bernal (Bobby Cannavale), que impulsivamente decide levar seu filho Ezra (William A. Fitzgerald), uma criança diagnosticada com autismo, para uma viagem de carro. Mas, além do retrato honesto dessa relação entre pai e filho, o longa do diretor Tony Goldwyn traz Robert De Niro roubando a cena como o avô de Ezra, Stan, e mais: contribuindo inclusive no roteiro.

Como pai de um jovem diagnosticado com autismo na vida real, De Niro trouxe um pouco da sua sensibilidade pessoal para o projeto e ajudou a afinar o tom de "Meu Filho, Nosso Mundo", equilibrando a comédia por vezes ácida com a realidade crua da situação em que se encontra a família protagonista. “Bob falou muito sobre como o público tinha que saber que estava ouvindo a verdade e que o humor não poderia interferir nisso”, explicou o roteirista Tony Spiridakis

A contribuição do ator foi muito valiosa, segundo o diretor. “Através dos insights do Bob, o Tony criou um relacionamento bem mais profundo entre os três homens, porque não importa o quanto eles se amem, a comunicação emocional é difícil para eles”, disse Goldwyn. Já na frente das câmeras, De Niro levou para a superfície do personagem os arrependimentos de um pai que desejava se tornar uma pessoa melhor. “Bob construiu Stan tão completamente na sua performance que você o sente com pouquíssima exposição. Você apenas sente a lacuna que precisa ser curada entre ele e Max”, completou o roteirista.

Entretanto, De Niro não é o único que tem uma relação pessoal com a dinâmica familiar retratada em "Meu Filho, Nosso Mundo". Na realidade, o próprio Spiridakis e o produtor William Horberg também são pais de pessoas com transtorno do espectro autista, e cada um trouxe um pouco da sua própria experiência para o projeto. Por exemplo, o senso de humor do longa está intimamente ligado à família de Spiridakis. "A nossa salvação como família sempre foi a comédia”, explicou. “Sempre foi meu estilo dar risada quando estou com medo, então trouxe essa qualidade para o Max. E meu filho também tem seu jeito perspicaz de olhar para o mundo".

O resultado dessa convergência de sensibilidades foi um filme emocionante, sobre e para todas as famílias. “Como pai de um rapaz de 18 anos com autismo, a história me nocauteou. Foi tão honesta e real… Eu pude sentir que foi escrita por alguém que viveu essa experiência”, afirmou Horberg. Além do quarteto principal composto por William A. Fitzgerald, Bobby Cannavale, Rose Byrne e Robert De Niro, "Meu Filho, Nosso Mundo" também conta com os atores Rainn Wilson, Whoopi Goldberg e Vera Farmiga. O título entra em cartaz nacionalmente com distribuição da Diamond Films.


Sinopse
"Meu Filho, Nosso Mundo" acompanha o comediante Max Bernal (Bobby Cannavale) que, com casamento e carreira falidos, está morando com seu pai Stan (Robert De Niro). Ele não concorda com Jenna (Rose Byrne) sobre a melhor maneira de cuidar do filho deles, Ezra, de 11 anos e diagnosticado com autismo. Cansado e decidido a mudar o jogo, Max parte com Ezra em uma viagem de carro para encontrar um lugar onde possam ser felizes.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "É Assim que Acaba" ("It Ends with Us") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: "É Assim que Acaba" traz alerta sobre relacionamentos abusivos


"Quinze segundos. Esse é o tempo necessário para mudar completamente tudo o que você conhece sobre uma pessoa. Quinze segundos"
. Uma das importantes frases do livro "É Assim Que Acaba" ("It Ends with Us") de Collen Hoover já destaca o porquê é um grande sucesso entre os fãs de livros e romances nos dias atuais. O sucesso é tanto que a história se adaptou para o filme que está em cartaz na rede Cineflix Cinemas

No filme, Lily (Blake Lively) é uma jovem dona de uma floricultura que acaba se apaixonando por Ryle (Justin Baldoni). A princípio, um relacionamento comum, passando por altos e baixos, até que a história toma um rumo diferente e apresenta sinais importantes a serem observados pelos cinéfilos, deixando de lado o destaque da palavra "amor". A psicanalista e terapeuta Ana Lisboa destaca que o livro e o filme ajudam a reparar nos principais indícios de um relacionamento conturbado, abusivo e reforça que o fim é a melhor solução, por mais que pareça ser difícil. 

“Um outro ponto bem relevante na análise é que a realidade de Lily começa a ficar parecida com o relacionamento dos seus pais e isso volta à tona na vida da protagonista. Muitos casos de mulheres, da vida real, é ficar diante de brigas dos pais e se sentir responsável pela família, e não é o papel da mulher. Deixando esse rastro para seus relacionamentos futuros. Muitas ainda pensam que replicar a vida amorosa da mãe pode ser uma saída e não, isso não deve acontecer. Nós somos prioridades de nossas vidas, independente do que nossos pais fizeram ou façam”, explica a psicanalista. 

Em paralelo, um amor antigo de Lily chega na história. Aos poucos, a trama conta um pouco sobre essa história antiga. Inclusive, Atlas (Brandon Sklenar) ajuda Lily em muitas situações e decisões atuais de sua vida. É um personagem chave para sua evolução. “A trama traz isso muito diretamente em diversos pontos. A comunicação e o poder de um apoio emocional em situações como em um relacionamento tóxico, por exemplo. Como é no caso de Lily com Atlas”, completa Ana Lisboa. 

Mas a psicanalista acredita que o perdão e a cura, diante dos traumas do passado, é um dos destaques de toda história. Os personagens precisam enfrentar suas dores, aprenderem a perdoar tanto os outros quanto a si mesmos para construir uma nova vida, tanto falando de amor, quanto na vida profissional ou social. “Não é um processo fácil, mas é possível quando existe uma jornada de cura segura. Com apoio sincero, isso fica claro em pontos altos da vida de Lily”, destaca Ana. 

E ainda falando da personagem principal, mesmo com seus problemas com os pais - que são inúmeros -, aparição de Ryle, que movimentou muito sua vida, Lily aprendeu, ao longo da história, a aceitar suas imperfeições e a trabalhar sua auto aceitação, longe do que é imposto pela sociedade. Além disso, ela também reflete sobre sua própria jornada, suas descobertas e conquistas, principalmente, quando ela consegue, no começo da história, comprar sua floricultura. “São nessas conquistas e descobertas que a jornada se torna mais clara para a pessoa, dando um significado, evolução e propósito de vida”, finaliza Ana. Compre o livro "É Assim Que Acaba" neste link.


Ana Lisboa @analisboa
Psicanalista, líder do maior movimento de Feminino e Mentalidade do Mundo, Ana Lisboa é especialista em construção de comunidades e terapias sistêmicas, sendo pioneira em grandes movimentos na história das Constelações Familiares, tanto no Brasil como na Europa. Atualmente, após impactar milhões de vidas em suas redes sociais e possuir uma comunidade de mais de 32 mil alunas em 41 países, Ana ensina mulheres a usarem sua potência máxima para conquistarem dignidade e liberdade. Professora, Palestrante, Advogada, Empresária, mestranda em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade de Lisboa, especialista em Direitos das Mulheres, com quase uma década de aprofundamento nos conhecimentos sistêmicos, é fundadora do Movimento Feminino Moderno e CEO do Instituto Conhecimentos Sistêmicos. Garanta o seu exemplar de "É Assim Que Acaba" neste link.


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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

.: "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical" estende temporada até dezembro


Pela atuação no espetáculo, Mel Lisboa está indicada ao Prêmio APCA e Prêmio Shell de Teatro. O espetáculo tem roteiro e pesquisa de Guilherme Samora, direção de Marcio Macena e Débora Dubois e direção musical de Marco França e Marcio Guimarães. Foto: João Caldas F.º

Fenômeno da temporada teatral paulistana, desde sua estreia no Teatro Porto em abril deste ano, "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical" esgotou todas as sessões e foi visto por mais de 32 mil espectadores em 65 apresentações. Com esse sucesso, a temporada foi novamente estendida, dessa vez até 8 de dezembro. Já começaram as vendas para as sessões de setembro e outubro (para novembro e dezembro serão anunciadas em breve). As sessões acontecem às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 17h00, e os ingressos podem ser adquiridos na Sympla.

Com direção de Marcio Macena e Débora Dubois, "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical" traz a atriz Mel Lisboa interpretando a roqueira-mor Rita Lee, o que lhe rendeu as indicações aos Prêmios APCA e Shell 2024 de melhor atriz. Como diz Rita no livro, seu grande gol é ter feito um monte de gente feliz. E Mel, no palco como Rita, leva a sério essa missão e comemora o sucesso da temporada. “Ao mesmo tempo que me surpreendi com o sucesso de vendas absolutamente incomum do espetáculo, não é estranho considerando a magnitude da obra e vida da Rita Lee. E, agora que estamos sentindo a reação da plateia, percebemos que, de fato, Rita fez e ainda faz um monte de gente feliz", declara Mel Lisboa.

A montagem tem roteiro e pesquisa de Guilherme Samora inspirada no livro "Rita Lee - Uma Autobiografia" (compre neste link), onde a cantora fala abertamente da sua vida pessoal e profissional. A direção musical é de Marco França e Marcio Guimarães e, junto com Mel, estão no elenco Bruno Fraga, Fabiano Augusto, Carol Portes, Debora Reis, Flavia Strongolli, Yael Pecarovich, Antonio Vanfill, Gustavo Rezê e Roquildes Junior.

O espetáculo é baseado no livro homônimo de Rita Lee, lançado em 2016 e um dos maiores sucessos editoriais do Brasil. O livro narra os altos e baixos da carreira de Rita com uma honestidade escancarada, a ponto de ter sido apontado como “ensinamento à classe artística” pelo jornal O Estado de São Paulo. A ideia do novo musical surgiu quando Mel gravou a versão em audiolivro, como Rita, em 2022. 

O texto de Rita, numa narrativa envolvente e perfeita para um musical biográfico, conta do primeiro disco voador avistado por ela ao último porre. Sem se poupar, ela fala da infância e dos primeiros passos na vida artística; de Mutantes e de Tutti-Frutti; de sua prisão em 1976, na ditadura; do encontro de almas com Roberto de Carvalho; das músicas e dos discos clássicos; do ativismo pelos direitos dos animais; dos tropeços e das glórias.

Clientes do Porto Bank mais acompanhante têm 50% de desconto, e clientes Porto mais um acompanhante têm 30% de desconto.  O Teatro Porto oferece a seus clientes uma van gratuita partindo da Estação da Luz em direção ao prédio do teatro. O local de partida é na saída da estação, na Rua José Paulino/Praça da Luz. No trajeto de volta, a circulação é de até 30 minutos após o término da apresentação. E possui estacionamento gratuito para clientes do teatro.


Ficha técnica
Espetáculo "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical". Roteiro e Pesquisa: Guilherme Samora. Texto: Márcio Macena. Direção Geral: Débora Dubois e Márcio Macena. Direção Musical: Marco França e Marcio Guimarães. Coreografia: Tainara Cerqueira. Assistente de Coreografia: Priscila Borges. Figurinista: Carol Lobato. Iluminação: Wagner Pinto. Elenco: Mel Lisboa, Bruno Fraga, Fabiano Augusto, Carol Portes, Debora Reis, Flavia Strongolli, Yael Pecarovich, Antonio Vanfill, Gustavo Rezê e Roquildes Junior. Coordenação de Produção: Edinho Rodrigues. Realização: Brancalyone Produções.


Serviço
Espetáculo "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical". Estreou em 26 de abril de 2024. Temporada prorrogada até 8 de dezembro - Sextas e sábados, às 20h00, e domingos, às 17h00. Ingressos: sextas, sábados e domingos - Plateia: R$ 120,00 (inteira). Balcão e Frisas: R$ 100,00 (inteira). Valor Especial: R$ 40,00 (inteira). *O ingresso VALOR ESPECIAL é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional por sessão.
Classificação: 12 anos. Duração: 120 minutos.


Teatro Porto
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos/São Paulo. Telefone (11) 3366-8700. Bilheteria: aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração. Clientes Porto Bank mais acompanhante têm 50% de desconto. Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto. Vendas: www.sympla.com.br/teatroporto. Capacidade: 508 lugares. Formas de pagamento: cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners). Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos. Estacionamento no local: gratuito para clientes do Teatro Porto. O Teatro Porto oferece a seus clientes uma van gratuita partindo da Estação da Luz em direção ao prédio do teatro. O local de partida é na saída da estação, na Rua José Paulino/Praça da Luz. No trajeto de volta, a circulação é de até 30 minutos após o término da apresentação. E possui estacionamento gratuito para clientes do teatro.

.: Otavio Augusto apresenta "A Tropa" em duas sessões especiais no Teatro Estúdio


Espetáculo marca as comemorações pelos 60 anos de carreira de Otavio Augusto. Ele interpreta um ex-militar viúvo e autoritário que, no leito de hospital, vê as relações veladas da família serem descortinadas. Foto: Philip Lavra e Isadora Relva


Há oito anos em cartaz, o espetáculo "A Tropa", estrelado por Otavio Augusto, retorna a São Paulo para duas sessões especiais no Teatro Estúdio. As apresentações acontecem nos dias 24 e 25 de agosto, sábado, às 20h00, e domingo, às 17h00. A montagem, que já passou por 16 cidades do Brasil, tem direção de Cesar Augusto e texto de Gustavo Pinheiro, vencedor de um concurso de dramaturgia promovido pelo Banco do Brasil, em 2015. Os filhos são interpretados por Alexandre Menezes, Daniel Marano, Alexandre Galindo e André Rosa.

Na trama, um pai doente recebe a visita dos quatros filhos no hospital. O que seria apenas um encontro em função de um parente debilitado se revela um acerto de contas familiar, permeado de humor e afeto, tendo como pano de fundo os últimos 50 anos de História brasileira. Os filhos, muito distintos entre si, formam um mosaico da sociedade brasileira: um dentista militar aposentado que mora com o pai; um jovem usuário de drogas com passagens por clínicas de reabilitação; um empresário casado, pai de duas filhas, que trabalha numa empreiteira sob investigação por corrupção; e um jornalista que acaba de pedir demissão e passa por uma crise com a profissão. Os cinco vivenciam enfermidades ideológicas, sociais, afetivas e familiares. E seus embates e descobertas servem para discutir diferenças e tolerância - um tema cada vez mais atual. 

Em cartaz desde 2016, A Tropa faz uma leitura perspicaz, sensível, ácida e bem-humorada da sociedade brasileira. “Estreamos no governo Dilma, atravessamos em cena o impeachment dela, o governo Temer, o governo Bolsonaro e agora estamos de volta a um governo de esquerda, com Lula. Não mexemos em uma vírgula do texto e ele se mantém mais atual do que nunca. É interessante e perturbador ao mesmo tempo”, afirma o autor.


60 anos de carreira
"A Tropa" marca as comemorações pelos 60 anos de carreira de Otavio Augusto. Ele interpreta um ex-militar viúvo e autoritário que, no leito de hospital, vê as relações veladas da família serem descortinadas. “Tenho três famílias teatrais fundamentais: a primeira foi no começo da minha carreira, no Teatro Oficina, ao lado de Zé Celso, Renato Borghi, Othon Bastos, fazendo espetáculos fantásticos, como 'Pequenos Burgueses' (1963), 'O Rei da Vela' (1967), e 'Galileu Galilei' (1968). O segundo grande encontro teatral da minha vida foi com Fernanda (Montenegro) e Fernando (Torres), meus queridos amigos e parceiros de cena em grandes sucessos como 'O Interrogatório' (1972), 'O Amante de Madame Vidal' (1973) e 'Suburbano Coração' (1989). E o terceiro encontro vivo desde 2016, com essa verdadeira família afetiva que se formou em torno de 'A Tropa'. Sou muito feliz fazendo esse espetáculo com estes companheiros”, afirma o ator, agraciado, em junho deste ano, com o Prêmio APTR pelo conjunto da sua carreira teatral. Em sua carreira, Otavio coleciona importantes prêmios como Kikito, Prêmio Shell e nada menos do que cinco Prêmios APCA.

Zé Celso reconheceu o talento e a sensibilidade do ator muito antes de sua estreia nas peças do Teatro Oficina. “Num dia, apareceu na minha frente um sujeito que atuava com espontaneidade, humor, emoção. Um ator feito, que nasceu com a vocação. Era Otavio Augusto", escreveu o dramaturgo na orelha do livro da peça, publicado em 2018 pela Editora Cobogó. “É um ator verdadeiro, completo: é trágico, cômico, tesudo, antropofágico, e faz parte de uma linhagem rara de atuação brasileira", complementou.

Otavio Augusto também marcou gerações com personagens inesquecíveis na televisão, nos sucessos "Vamp" (1991), "Tieta" (1989) e "Avenida Brasil" (2012), e no cinema, com os filmes "Central do Brasil" (1998), "Boleiros" (1998), "Mar de Rosas" (1977) e no mais recente "Eduardo e Mônica".


Ficha técnica
Espetáculo "A Tropa". Texto: Gustavo Pinheiro. Direção: Cesar Augusto. Elenco: Otavio Augusto (Pai), Alexandre Menezes (Humberto), Daniel Marano (João Batista), Alexandre Galindo (Artur) e André Rosa (Ernesto). Stand in: Daniel Villas. Assistente de interpretação: Mar Martins. Cenografia: Cesar Augusto. Iluminação: Adriana Ortiz. Figurinos: Ticiana Passos. Fotos: Elisa Mendes, Pablo Henriques e Fernandovisky. Registro videográfico: Tiago Scorza. Assessoria de Comunicação: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção Executiva: Ciro Duprat. Direção de Produção: André Roman. Coordenação. Geral de Projeto: Alexandre Galindo. Realização: AR Produções & Gênese Produções.


Serviço
Espetáculo "A Tropa"
Dias 24 e 25 de agosto, sábado, às 20h00, e domingo, às 17h00.
Ingressos: R$ 90,00 e R$ 45,00.
Classificação indicativa: 14 anos.
Gênero: comédia dramática.
Duração: 80 minutos
Teatro Estúdio
Rua Conselheiro Nébias, 891 - Campos Elíseos/São Paulo
Capacidade: 142 lugares.
Vendas https://bileto.sympla.com.br/event/97082

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

.: André Rocha lança o livro "A Bancada da Bíblia" pela editora Todavia


Escrito por André Ítalo Rocha, o livro "A Bancada da Bíblia" é um estudo contundente sobre uma força cada vez mais consolidada na política brasileira. Em 1890, quando os primeiros deputados protestantes foram eleitos ao Congresso Nacional, os evangélicos compunham 1% da população brasileira. Ao longo do século seguinte, no entanto, os congressistas ligados a igrejas se tornaram uma influente força política, paralelamente ao crescimento demográfico dos fiéis.

Sob a diretriz das denominações históricas, como a batista e a presbiteriana, até os anos 1980 o perfil dos parlamentares protestantes e seu pequeno contingente refletiam o escasso interesse dessas igrejas pela política secular. Naquela década, porém, começou a grande expansão do pentecostalismo no país. O impressionante crescimento da população evangélica, hoje estimada em mais de 30% dos brasileiros, foi impulsionado pelas concessões de rádio e televisão conquistadas pelas novas igrejas. Bispos e pastores se converteram em ricos empresários e cobiçados cabos eleitorais, à frente de multidões de seguidores. 

Na Constituinte, a recém-formada “bancada evangélica” ou “da Bíblia” passou a defender os interesses das igrejas com furiosa devoção. Esse grupo multipartidário, com 32 parlamentares na época, atualmente ocupa quase um quinto das cadeiras da Câmara dos Deputados. Evangélica (FPE), fundada em 2003, institucionalizou a atuação política dos crentes. De Sarney a Lula, todos os governos precisam negociar seus projetos com o partido informal dos evangélicos.

Seus membros mais proeminentes se revezam entre os papéis de celebridades midiáticas e caciques partidários, ao mesmo tempo respeitados e temidos por seus oponentes. Através de uma competente mistura de reportagem, ensaio histórico e análise política, André Ítalo Rocha lança um olhar investigativo para a bancada da Bíblia e seus representantes, no passado e no presente, a fim de compreender sua evolução e suas perspectivas de poder. Compre o livro "A Bancada da Bíblia" neste link.

O que disseram sobre "A Bancada da Bíblia"
“Contando a história da bancada que se converteu numa opção real de poder e seduz cada vez mais eleitores, André Ítalo Rocha revela de forma envolvente e esclarecedora como a religião voltou para o coração da política no Brasil.” — Bruno Paes Manso


Trecho de "A Bancada da Bíblia"
O pentecostalismo que se conhece no Brasil nasceu nos Estados Unidos e se diferencia do protestantismo histórico basicamente por acreditar que Deus continua, até os dias de hoje, a se manifestar por meio de atos como a cura de doentes e a expulsão de demônios. O termo é uma referência ao episódio bíblico de Pentecostes, evento que comemora a descida do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus Cristo. É nessa passagem da Bíblia que aparece também o dom de falar em línguas estranhas, uma prática bem comum em igrejas pentecostais.

Essa distinção de crença é capaz de explicar por que as igrejas pentecostais têm cultos mais fervorosos, com milagres e momentos emotivos, enquanto as protestantes históricas são mais tradicionais, com cerimônias mais comedidas. No Brasil, uma parcela dos protestantes históricos, aliás, se incomoda quando o protestantismo histórico é colocado no mesmo balaio dos pentecostais, como se todos fossem um grupo homogêneo — os “evangélicos”. 

É um incômodo que vem de certo preconceito de classe, porque os protestantes históricos brasileiros, em geral, fazem parte de segmentos mais abastados da sociedade, com raízes na imigração europeia. Se os históricos se veem como figuras mais intelectualizadas, discretas e que de fato estudam a Bíblia, os pentecostais seriam apenas manipulados por pastores escandalosos. Nesse sentido, até o uso do termo “crente” pode fazer algum protestante histórico olhar torto, porque, em outros tempos, essa palavra costumava ser mais associada aos “alienados” das “seitas” pentecostais.

Recentemente, contudo, a expressão tem sido mais aceita e seu uso já é comum como mais um sinônimo para protestante ou evangélico, como neste livro. Esse distanciamento entre históricos e pentecostais, além disso, tem sido encurtado ao longo das últimas décadas, porque é o crescimento do pentecostalismo que vem dando mais poder para o segmento lutar em favor de pautas que os unem, e também porque igrejas pentecostais mais elitizadas têm surgido, atraindo as classes mais altas, em especial empresários, artistas e atletas. Tanto que, na disputa por fiéis, algumas igrejas protestantes históricas passaram até a adotar práticas pentecostais em seus cultos. E para políticos protestantes históricos, tornou-se conveniente se apresentar de maneira genérica ao povo como evangélico ou crente, de olho nos votos.

Seja como for, o candidato que quiser conquistar esse eleitorado em expansão terá mais chance de sucesso se assumir uma postura em defesa da chamada agenda de costumes, que inclui pautas como aborto, legalização de drogas e homossexualidade, três dos temas mais sensíveis para os eleitores crentes. Isso não significa que o voto evangélico é homogêneo. Ainda que seja uma minoria, uma parcela de crentes se coloca mais à esquerda, inclusive em pautas como reforma agrária, como os evangélicos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 

Na classe política, a presença de nomes como Henrique Vieira, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), também indica diversidade de pensamento. Mas é fato que os crentes costumam ser mais conservadores que a média dos brasileiros em questões morais. Em pesquisa feita um ano antes da eleição de 2018, 74% dos evangélicos se mostraram contra a liberação do uso de maconha, enquanto a média brasileira é de 66%.

A distância é maior quando o assunto é homossexualidade. Entre os evangélicos, 68% são contra a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo, bem acima da taxa registrada para a população como um todo, de 42%, segundo pesquisa de 2016. Políticos evangélicos, portanto, ganham pontos com seus eleitores quando se engajam no combate a iniciativas como a do chamado “kit gay”, termo utilizado de maneira pejorativa por candidatos para se referir à cartilha do programa Escola sem Homofobia. 

Encomendada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados ao Ministério da Educação, a cartilha seria distribuída às escolas com o objetivo de orientar professores a lidar com questões LGBTQIAP+ e desestimular entre os estudantes a discriminação por orientação sexual. Cercado de polêmicas, o conteúdo nunca foi distribuído à rede de ensino público, mas o termo “kit gay” pegou e tem sido utilizado até hoje por políticos evangélicos, que afirmam, erroneamente, se tratar de conteúdo produzido para ensinar e incentivar a homossexualidade entre as crianças.


Sobre o autor
André Ítalo Rocha nasceu em 1990, em Fortaleza. É jornalista com especialização em ciência política. Tem passagens por veículos como Diário do Nordeste e Agência Estado, do jornal O Estado de S. Paulo. Atualmente trabalha no Pipeline, coluna de negócios do Valor Econômico. Em 2021, venceu o Prêmio Todavia de Não Ficção. Garanta o seu exemplar de "A Bancada da Bíblia" neste link.

Ficha técnica

"A Bancada da Bíblia" - Não-ficção brasileira | Jornalismo
Autor: André Ítalo Rocha
Editora: Todavia
Páginas: 304
ISBN: 978-65-5692-704-6
E-ISBN: 978-65-5692-708-4
Compre o livro neste link.

.: Antonio Pokrywiecki lança livro de contos que explora a consciência


“Dentes de Leite” é o novo livro do escritor catarinense Antonio Pokrywiecki aborda como a psique humana está sujeita aos efeitos da incerteza do futuro, do medo do fim do mundo e das pressões da ideologia neoliberal. Publicado pela editora Cachalote, selo do grupo editorial Aboio criado em parceria com a Lavoura Editorial, a obra conta com a orelha assinada pelo escritor Joca Reiners Terron.

Antonio usa da sátira e do potencial inventivo do conto para desafiar as fronteiras do realismo e explorar o quanto a vida moderna pode parecer insólita. A palavra crise guia os sete contos do livro. “Após escrever, me dei conta de que todos os contos tratam de personagens em que algo falta, e a pulsão de morte de alguma maneira se manifesta. Para todos os personagens, há algo fora do lugar - como um dente arrancado”, comenta Antonio. 

Esse deslocamento também é trabalhado na estrutura do livro em si. Segundo o autor, os contos serem bem fragmentados em sua maioria é resultado de uma escolha formal para refletir a realidade fragmentada em que vivemos. A proposta de fragmentação das narrativas não é um impedimento para Antonio produzir uma escrita certeira, direta e irônica. Nesse sentido, Joca Reiners Terron destaca: “É com extrema paciência que ele extrai do leitor suas prevenções e medos. Com o método e a lisura do dentista realizando seu trabalho num paciente sentado na cadeira elétrica”.


Medo do futuro, capitalismo tardio e neoliberalismo
O medo do futuro é um tema que permeia quase todos os contos em “Dentes de Leite”. Em “O Anjo Exterminador”, um conto pandêmico - embora não cite a pandemia de 2020 -, o fim do mundo é assistido pelas janelas de um apartamento e ganha contornos de punição divina. Enquanto em “O Balneário”, não é Deus, mas o progresso humano e a construção civil que arruinam a natureza.

Já no conto “Nico e Kira”, acompanhamos a saga de um casal que tem suas vidas impactadas pelo avanço tecnológico quando Nico é substituído em seu emprego na fábrica de colchões por uma máquina alemã. Diante da insegurança financeira, do medo que Kira também perca seu sustento, o casal, sem conseguir verbalizar seus tormentos, busca uma fuga individual nos prazeres.  

Já em “Dentes de Leite”, conto que nomeia a obra, acompanhamos a saga de um menino que tem os dentes arrancados em um episódio de bullying, na escola. O conto explora as raízes do comportamento de uma psique moldada pela consciência de uma inferioridade surgida na infância, explorando também a natureza humana. 

Para Antonio Pokrywiecki , é impossível falar do fim do mundo, o sintoma, sem mencionar a doença, a ideologia de progresso. A opressão pelo trabalho contemporâneo é explorada no conto que fecha o livro, “Ilusões perdidas”. Cheio de bordões satirizando o Vale do Silício, o texto apresenta uma startup acometida por uma crise financeira e institucional sem precedentes. Em um cargo de gerência, o protagonista Arturo, deve buscar caminhos para superar a situação, e gerar uma boa percepção interna. Compre o livro de contos "Dentes de Leite" neste link.


A escrita minuciosa de Antonio Pokrywiecki 
Natural de Joinville, em Santa Catarina, Antonio Pokrywiecki vive atualmente em São Paulo, capital. Jornalista de formação e escritor de ficção, estreou com o romance “Tua Roupa em Outros Quartos” (Patuá, 2017) e tem contos publicados nas antologias “2020, o Ano que Não Começou” (Reformatório, 2021), “Antologia - Contos” (Selo Off Flip, 2022) e “Realidades Estilhaçadas” (Mondru, 2023).

Escreve desde 2014, quando intensificou seu contato com a literatura contemporânea. “Dentes de Leite” surgiu após ele decidir voltar a escrever contos como uma forma de reencontrar a diversão na escrita. “Entre o primeiro conto e o último, o livro, em uma rotina quase diária de escrita, revisão e reescrita, levou quatro anos para ser finalizado”, comenta o escritor, sobre seu processo criativo.

Suas principais influências literárias são J.M. Coetzee, Roberto Bolaño, Rubem Fonseca, Carola Saavedra, Lydia Davis, Ali Smith, Donald Barthelme, Thomas Pynchon, George Saunders e Georges Perec. Garanta o seu exemplar de "Dentes de Leite" neste link.


Ficha técnica
“Dentes de Leite” - Contos
Autor: Antonio Pokrywiecki
Orelha assinada pelo escritor Joca Reiners Terron.
Editora Cachalote
144 páginas
Instagram do autor:@antonio.pokrywiecki
Compre o livro neste link.

.: Jeferson Tenório, autor de "O Avesso da Pele" fala sobre a censura de livros


O banimento de livros em escolas de todo o país e o "cancelamento" de títulos nas redes sociais chamam a atenção para a censura das obras literárias. É o caso do livro "O Avesso da Pele", que foi recolhido de uma escola no Rio Grande do Sul e pelos governos do Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Foto: reprodução Instagram @jeferson.tenorio.9


Na sexta-feira, dia 16 de agosto, o programa "Opinião" conversa com o escritor Jeferson Tenório, autor do livro "O Avesso da Pele", e recebe o educador e escritor Ilan Brenman; e o também autor e professor de literatura Ricardo Lísias para falarem sobre a censura de obras literárias. Com apresentação de Rita Lisauskas, a edição inédita vai ao ar na TV Cultura, às 20h30.

O banimento de livros em escolas de todo o país e o "cancelamento" de títulos nas redes sociais chamam a atenção para a censura das obras literárias. É o caso do livro "O Avesso da Pele", que foi recolhido de uma escola no Rio Grande do Sul e pelos governos do Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. A justificativa foi que a obra possui "linguagem imprópria para menores" e "conteúdo sexual".

Outros escritores brasileiros renomados também têm sido alvo de silenciamento por motivos variados. Nomes como Machado de Assis, Jorge Amado, Monteiro Lobato e até Ziraldo estão na lista de livros que são alvos de polêmicas, principalmente nas redes sociais. Mas não é só no Brasil que isso acontece. 

Nos Estados Unidos, por exemplo, um levantamento da Associação Americana de Bibliotecas mostrou que, apenas em 2023, foram retirados de circulação 4.240 títulos de bibliotecas no país, quase o dobro do registrado em 2022, em que 2.571 livros foram vetados. É o maior número desde o início do monitoramento, há mais de duas décadas. Compre o romance "O Avesso da Pele" neste link.

.: Cléo Busatto estreia na literatura adulta com livro de contos


Em estreia na ficção adulta, Cléo Busatto reúne cinco contos que constituem histórias de diferentes protagonistas em busca pela liberdade de amarras sociais. Foto: Kraw Penas


Duas vezes finalista do Prêmio Jabuti e com mais de 41 obras publicadas nos 20 anos de carreira dedicados ao público infantil e infantojuvenil, a escritora e mestre em Teoria Literária (UFSC), Cléo Busatto estreia na literatura adulta com "Fragilidades", um livro de contos sobre mulheres marcadas pela dor e coragem da existência feminina.

Nesta ficção, a autora reúne cinco contos que constituem histórias de diferentes protagonistas em busca pela liberdade de amarras sociais. Com uma linguagem límpida e diálogos rápidos, a escritora conduz a uma jornada profunda de reflexão sobre o panorama das vivências femininas na sociedade contemporânea, ao mesmo tempo que denuncia as violências de gênero, negligências, desigualdades e desamparo. Compre o livro de contos "Fragilidades" neste link.

Depois de 20 anos, a estreia na literatura adulta
Os contos de Cléo Busatto narram histórias de mulheres marcadas pela dor, coragem e com um ponto de virada em comum Se as mulheres ainda são percebidas como seres frágeis, elas encontraram na vulnerabilidade a força necessária para continuarem a existir. Apesar de enfrentarem violências de gênero, negligências, desigualdades e desamparo, seguem em frente à procura de liberdade. Esse é o panorama das vivências femininas na sociedade contemporânea - e de outros tempos – que ressoa em "Fragilidades", livro de estreia da escritora na literatura adulta após mais de duas décadas de dedicação ao público infantojuvenil e à formação de leitores.

Os cinco contos que constituem a obra recorrem a uma linguagem límpida, com diálogos rápidos, palavras não ditas e sentimentos sufocados, para narrar as histórias de diferentes mulheres em busca de se livrar de aprisionamentos sociais e emocionais. Cada texto apresenta personagens em situação de confronto que precisam rever diversos aspectos da vida, como relações maternais, abusos domésticos, amores líquidos pautados pelas redes sociais e traições no matrimônio.

As narrativas estão conectadas por experiências quase universais que atravessam diferentes épocas, idades e contextos socioeconômicos. Abertura do livro, “Colar” aborda a trajetória de uma jovem com poder de cura que esconde sua capacidade sobrenatural para não ser desaprovada pelo pai e pela sociedade; já “Sombras” acompanha uma viúva que, obrigada a ficar em casa durante todo o casamento, desenvolve agorafobia após a morte do marido.

No conto “Fragilidade”, os leitores conhecem os problemas de uma mãe com Alzheimer e sua filha – juntas, elas lidam com a recordação contínua de dores do passado. “Dança”, por outro lado, imerge nas memórias de uma personagem que revisita relacionamentos e percebe como perpetua a “maldição da família”, na qual as mulheres se casam com homens mentirosos e violentos. Encerramento da obra, “Pandemônio” se debruça sobre os conflitos de uma mãe de dois filhos que concede um espaço na casa para o ex abusivo morar durante a pandemia e se torna uma vítima de feminicídio.

Ao final de cada texto, as protagonistas têm suas dores expurgadas na própria história. Mas as soluções nem sempre são positivas: muitas vezes, a liberdade somente é alcançada com situações trágicas. Cléo Busatto explica: “Os textos giram em torno do mesmo ponto central relacionado à dor que as mulheres carregam e a como elas conseguem transformar as vidas através da coragem e da resiliência. Escrevi esse livro porque minha mulher pediu vez para falar, em todos os contos têm uma parte de mim”.

Trecho do livro
"Durante quinze anos, Inês viveu sob a sombra de Akira. No início da vida conjugal, ela nem mesmo abria a boca, fosse para dar opinião ou para questionar as ordens do marido. As freiras a instruíram a não discordar, a não pedir. E Akira não abria espaço para conversa fiada, como costumava dizer. Saía de casa às oito da manhã e voltava às sete da noite. Dormia às dez, e nesse tempo ocupava-se com o banho, o jantar e o noticiário. Inês acostumou-se a ficar calada, a ouvir, a concordar e a fazer sempre as mesmas coisas, rotineiramente as mesmas coisas. ("Fragilidades", pág. 55)


Sobre a autora
Autora de 42 obras de ficção, não ficção e infantojuvenis, com mais de 500 mil exemplares vendidos em 20 anos de carreira, Cléo Busatto é uma artista da palavra. Foi duas vezes finalista do Prêmio Jabuti, em 2016 com "A Fofa do Terceiro Andar” e em 2023 com “Um Lago, Um Menino e a Lua”. Mestre em Teoria Literária (UFSC), promove oficinas e palestras sobre narração oral, leitura e literatura e já formou em torno de 80 mil pessoas. "Fragilidades" é seu primeiro livro de contos de ficção adulta. Garanta o seu exemplar de "Fragilidades" neste link.


Ficha técnica
"Fragilidades" - Contos
Autora: Cléo Busatto
Editora: CLB Produções
ISBN: 978-65-87181-32-5
144 páginas
Compre o livro neste link.

.: “O Picapau Amarelo” chegará a todos os lares com o lançamento do +SBT


Série original já está entre as produções mais vistas da versão beta do streaming gratuito da emissora e contará com produtos licenciados. Foto: João Raposo/SBT


O SBT celebra os 105 anos da obra infantil mais famosa de Monteiro Lobato com um presente para toda a família. Desde o dia 1° de julho, a série original “O Picapau Amarelo” está disponível na versão beta do streaming gratuito +SBT e, em breve, todos poderão acompanhá-la no lançamento oficial da plataforma em 18 de agosto. A atração, inclusive, ficou em primeiro lugar entre as produções mais vistas no mês de estreia, mantendo-se até hoje no "top 3" da plataforma.

Uma criação de Jefferson Cândido adaptada de "O Sítio do Picapau Amarelo", a série chega com uma nova roupagem, onde a turminha sai dos livros para as telinhas ao longo de 15 episódios que apresentam histórias baseadas na obra original em uma formatação de quadros educativos e com duração mais curta, além de cores que agradam o público infantil, entre elas as chamadas candy colors.

Com um elenco formado por grandes artistas, a produção traz Bibba Chuqui como Tia Nastácia, Patrícia Mayo interpretando Dona Benta, Hugo Carvalho dando vida ao Visconde de Sabugosa e Débora Gomez no papel da boneca Emília. Já Pedrinho será vivido por Felipe Lago, enquanto Marianna Santos encarna Narizinho, tendo ainda Adilson de Carvalho como o Marquês de Rabicó. Ao longo da trama, muitos outros atores convidados darão vida à Cuca, Saci, Peter Pan, Anjinho, entre outros.

Uma forma de entretenimento para todas as idades, a primeira temporada será ambientada na aconchegante casa interiorana com o propósito de trazer aprendizados e diversão através da dramaturgia. Experimentos, músicas, receitas, contos e fábulas valorizam a cultura e o folclore em episódios recheados de aventura e encanto.

Os espectadores vão acompanhar Dona Benta, Tia Nastácia, Emilia, Pedrinho, Narizinho, Marquês de Rabicó e Visconde de Sabugosa em muitas aventuras e quadros, dentre os quais “As Receitas da Tia Nastácia” e “Experiências do Visconde”, que irão fazer com que as crianças do outro lado da tela aprendam brincando. Em “Serões de Dona Benta” e “Histórias da Tia Nastácia”, contos populares e histórias do mundo entram em cena com muita magia do faz de conta e do Pirlimpimpim para aguçar a imaginação e o lado lúdico de todos.

Tem também o “Emilia Visita”, onde a personagem leva o público mirim para conhecer um lugar curioso ou animais para mostra-los em seu habitat natural. Outro atrativo será “A Rádio do Picapau Amarelo”, com o lançamento de músicas e sete clipes musicais interpretados pelos atores para envolver as crianças e compor a trilha sonora da série, com os dois primeiros álbuns já disponíveis em todas as plataformas digitais de áudio.

A diversão transcende as telas e chega aos lares de todas as famílias com produtos licenciados da série em várias categorias. Os bonecos da "Turma da Emilia" chegam em dezembro, enquanto os sorvetes Amaretto e sorvetes Lolla com "Sabores do Sítio" e as almofadas da turminha pela empresa Belchior em breve poderão ser adquiridos. Outras novidades também virão nos principais segmentos de licenciamento, tais como brinquedos, alimentos, confecções e volta às aulas.

No primeiro episódio, o público acompanha a história do Marquês de Rabicó e como ele se tornou amigo de Narizinho. Depois, em “Serões de Dona Benta”, conhecer a história dos sete leitõezinhos que nasceram ali no sítio. Nas “Receitas da Tia Nastácia”, ela irá ensinar como fazer pipocas coloridas, a comida favorita do Rabicó. E, nas "Experiências do Visconde", ele e Emília ensinam a garotada uma experiência com ovos. A diversão acontece do começo ao fim.


Sobre os personagens
Emilia (Débora Gomez) - Na trama criada por Monteiro Lobato, Emilia foi feita por Tia Nastácia para a menina Narizinho. Nasceu muda e foi curada pelo Dr. Caramujo, que lhe receitou uma ‘pílula falante’ e a boneca desembesta a falar: “estou com um horrível gosto de sapo na boca”. Ela é conhecida por “abrir sua torneirinha de asneiras”, principalmente quando quer explicar algo difícil ou justificar uma ação ou vontade. Além de falar muito, também costuma trocar os nomes das coisas ou pessoas por versões de sonoridade semelhante.

Visconde de Sabugosa (Hugo Carvalho) - É um boneco feito de sabugo de milho, cuja sabedoria obteve através dos livros da estante de Dona Benta. Apesar de ser um Visconde, seu único pertence é a cartola. Nas aventuras, é sempre escolhido por Pedrinho para fazer coisas perigosas, pelo fato dele ser ‘consertável’ – se estragasse, machucasse, ou até morresse, tia Nastácia fazia outro. Uma das características mais marcantes na personalidade do visconde é que ele é muito obediente à boneca Emilia, pois tem muito medo dela, já que ela ameaça ‘depená-lo’ se ele não fizer o que ela manda.

Narizinho (Marianna Santos) - Chama-se Lúcia, mas é conhecida mesmo como Narizinho e ganhou esse apelido por conta de seu nariz arrebitado. Adora comer jabuticaba do pé, inventar reinações e conversar com sua melhor amiga e grande companheira Emília. Ela tem oito anos. É dona de Emília, a boneca falante, e também tem um primo que mora na cidade, Pedrinho, que vem passar as férias no sítio da avó de ambos os primos.

Pedrinho (Felipe Lago) - Chama-se Pedro Enerrabodes de Oliveira. É um menino bastante corajoso (seu único medo é o de marimbondo), aventureiro, neto de Dona Benta e primo de Lúcia (Narizinho). Pedrinho tem dez anos, mora na cidade e sempre vem passar as férias no sítio de sua avó. É lá que ele, junto de sua prima, a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa e outros, tramam e aprontam várias travessuras e reinações no sítio até onde a imaginação os levar.

Tia Nastácia (Bibba Chuqui) - A extrema bondade de Tia Nastácia dava-lhe o verdadeiro ar de brasilidade, junto à sua amiga Dona Benta.  Foi pela boca de Tia Nastácia que dezenas de histórias do folclore brasileiro foram narradas, com deleite, aos meninos do sítio. Por seus lábios, personagens menosprezados do rico fabulário popular encontraram meios de chegar aos leitores mirins do Brasil. Tia Nastácia se torna, portanto, o centro das atenções em “Histórias da Tia Nastácia”. Tia Nastácia é a personagem que representa a sabedoria popular, a sabedoria do povo. Nessa nova versão, tia Nastácia será a grande mestre das crianças. Ela ensinará a contar e o abc para as crianças além de arrasar cantando em alguns clipes da série.

Dona Benta (Patrícia Mayo) -  Calma, doce, serena e contadora de boas histórias. As características definem a clássica personagem de Monteiro Lobato, Dona Benta". A personagem é uma mulher idosa que possui dois netos, Narizinho e Pedrinho, também é proprietária do sítio do Picapau Amarelo junto com Tia Nastácia. Muito sábia, sempre ensina coisas novas aos netos, informando-os sobre a cultura do Brasil e do mundo.

Marquês de Rabicó (Adilson de Carvalho) -  Ele é um porco gordinho e guloso, que adora comer jabuticabas e que ganhou este nome por ter somente um toquinho de rabo. Ele morre de medo de Tia Nastácia, que sempre tenta colocá-lo na panela. Rabicó é marido de Emília, que só se casou com ele por interesse em se tornar marquesa. Isso se deve ao fato de que Narizinho enganou a boneca dizendo que Rabicó na verdade era um marquês descendente da nobreza, e que uma bruxa havia o transformado em porco e que só voltaria a ser gente quando ele encontrasse um certo anel na barriga de certa minhoca.

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