domingo, 11 de agosto de 2024

.: "Tudo que Nunca Dissemos": romance mais explosivo do ano chega ao Brasil


Em agosto, a editora Seguinte lança "Tudo que Nunca Dissemos" (compre o livro neste link), de Sloan Harlow. O suspense eletrizante, que promete ser o novo vício do público leitor, o romance mais explosivo do ano, e mostra que melhores amigas podem esconder segredos terríveis - e  deixa o leitor perguntando até a última página em quem de fato podemos confiar. A tradução é de Lígia Azevedo.

Ella, a protagonista, não consegue parar de se culpar pelo acidente que matou sua melhor amiga, Hayley, meses atrás. Agora, ela precisa seguir em frente e voltar à escola, mas parece impossível superar tudo o que aconteceu - principalmente porque Sawyer, namorado de Hayley, está sempre por perto.

Aos poucos, o luto os aproxima, e Ella se dá conta do inimaginável - ela está apaixonada pelo namorado da melhor amiga morta. Sem saber como lidar com o sentimento, a garota busca refúgio no diário de Hayley, mas ali descobre que Sawyer tem os próprios segredos, e que a relação dos dois não era tão perfeita como parecia. 

Em "Tudo que Nunca Dissemos", Sloan Harlow nos guia por uma jornada emocional intensa, onde cada página revela as complexidades da dor e do desejo, do luto e do amor. Um livro que você não conseguirá largar até terminar. Garanta o seu exemplar de "Tudo que Nunca Dissemos" neste link.

.: Com Miranda Lebrão, reality "RuPaul's Drag Race Global All Stars" estreia


O Paramount+ acaba de liberar o trailer oficial e a lista completa de jurados convidados de "Rupaul's Drag Race Global All Stars", que começa a ser exibido, no Brasil, com exclusividade na plataforma, no dia 20 de setembro. Esta novíssima versão que chega à franquia traz a icônica apresentadora de "RuPaul’s Drag Race", RuPaul Charles (compre a biografia dela neste link), liderando o painel de jurados, ao lado da lendária Michelle Visage, e do coreógrafo, Jamal Sims.

Outros nomes de sucesso também se unirão ao grupo como jurados convidados, entre eles: Adriana Lima, Ariadna Gutiérrez-Arévalo, Carson Kressley, Danna Paola, Dianne Brill, Graham Norton, Jasmine Tookes, Javier Ambrossi & Javier Calvo, Matt Rogers, Ross Mathews e Ts Madison. 

Em "Rupaul's Drag Race Global All Stars", cada uma das 12 queens que fazem parte do elenco representarão cada um de seus países enquanto competem pelo título de “Queen of the Mothertucking World”, um grande prêmio de 200 mil dólares e uma vaga no “Drag Race Hall of Fame”. A lista das queens que estão na competição de global inclui: a brasileira Miranda Lebrão (“Drag Race Brasil”), Alyssa Edwards (“RuPaul’s Drag Race,” "Rupaul's Drag Race All Stars"), Athena Likis (“Drag Race Belgique”), Eva Le Queen (“Drag Race Philippines”), Gala Varo (“Drag Race México”), Kitty Scott-Claus (“RuPaul’s Drag Race UK”), Kween Kong (“Drag Race Down Under”), Nehellenia (“Drag Race Italia”), Pythia (“Canada’s Drag Race”), Soa de Muse (“Drag Race France”), Tessa Testicle (“Drag Race Germany”) e Vanity Vain (“Drag Race Sverige”).

Em comemoração a nova versão global da icônica franquia, a MTV e a World of Wonder fizeram parceria com a All Out – uma organização internacional que luta pelos direitos LGBTQIAP+ em todo o mundo – fazendo uma doação de 100 mil dólares para iniciar o novo fundo. Para saber mais e contribuir, procure o QR code “Drag Saves the World” ao final de cada episódio.

"Rupaul's Drag Race Global All Stars" é produzido pela World of Wonder Productions com Fenton Bailey, Randy Barbato, Tom Campbell, Steve Kelly, Andrés Barragán e RuPaul Charles atuando como produtores executivos. Daniel Blau Rogge atua como produtor executivo da MTV Entertainment Studios e Julie Ha atua como produtora supervisora, com Margaret Goodman, como executiva responsável.


Serviço
"Rupaul's Drag Race Global All Stars"
Estreia dia 20 de setembro, no Paramount+. 


"A Casa dos Significados Ocultos", a aclamada biografia de Rupaul Charles
Ícone da cultura pop e criador de uma das maiores franquias de reality shows do mundo, RuPaul Charles brinda o público com seu livro mais revelador. Em "A Casa dos Significados Ocultos", que chega ao Brasil em março pela Intrínseca em lançamento simultâneo com os Estados Unidos, a drag fenômeno revisita momentos desafiadores de sua infância, reconhecendo como esse período turbulento foi crucial para a formação do artista, do produtor e da potência do entretenimento que é hoje. A tradução é de Helen Pandolfi.

Desde seus primeiros anos como um garoto negro queer em San Diego, seus relacionamentos complexos com o pai ausente e a mãe temperamental, passando pela construção de uma identidade nas cenas punk e drag de Atlanta e Nova Iorque, até encontrar um amor duradouro com o marido, Georges LeBar, e a autoaceitação na sobriedade, RuPaul escava a própria história de vida, descobrindo novas verdades e insights.

De ícone drag a megaprodutor de um dos reality shows mais populares da atualidade, RuPaul foi o primeiro artista negro a ganhar 12 prêmios Emmy e elevou seu programa "RuPaul’s Drag Race" a uma franquia mundial extremamente bem-sucedida, já presente em mais de 15 países e cuja edição brasileira estreou recentemente na Paramount+ e já está com a segunda temporada confirmada para este ano. 

O artista reconhece que a capacidade de se adaptar foi central para seu sucesso, porém sua natureza camaleônica acabou por torná-lo uma figura enigmática. Em seu livro de memórias mais íntimo e detalhado, RuPaul se revela pela primeira vez sem artifícios A casa dos significados ocultos é um manual para a vida: uma filosofia pessoal que atesta o valor da família que escolhemos para nós mesmos, a importância de celebrar o que nos faz únicos e o poder transformador de enfrentar a si mesmo sem medo. Compre o livro "A Casa dos Significados Ocultos", de RuPaul Charles, neste link.

#JuntosPeloRS
Mais do que nunca, o Rio Grande do Sul precisa da nossa ajuda! As fortes chuvas que vêm castigando o estado provocaram alagamentos, danos severos, vítimas, desabrigados, desalojados e muita necessidade de ajuda. Caso você possa e queira ajudar, é só contribuir através de A Maior Campanha Solidária Do RS e/ou da Cruz Vermelha São Paulo. Mais informações abaixo.


SOS Enchentes do Instituto Vakinha | A maior campanha solidária do RS 
O Instituto Vakinha, o Pretinho Básico e o Badin Colono se juntaram para criar a maior campanha solidária do Rio Grande do Sul. Vamos arrecadar fundos para ajudar as famílias, escolas, abrigos e entidades assistenciais que sofreram com as chuvas fortes. Para doar, você pode contribuir através da chave PIX enchentes@vakinha.com.br  Faça a sua doação agora mesmo e ajude!


Cruz Vermelha São Paulo | SOS Chuvas Rio Grande do Sul
A Cruz Vermelha São Paulo, mais uma vez, soma esforços para ajudar as pessoas acometidas por desastres. Faça agora mesmo sua doação e ajude a fazer diferença. Você pode doar através da chave PIX chuvasrs@cruzvermelhasp.org.br ; ou faça sua doação de itens diretamente na sede: Av. Moreira Guimarães, 699 - Indianópolis / São Paulo - todos os dias, 24 horas. Itens de maior necessidade: água, alimentos não perecíveis, produtos de higiene e limpeza e roupas em bom estado.

sábado, 10 de agosto de 2024

.: Romance de Genki Kawamura é tema do Clube de Leitura Japan House SP


"Se os Gatos Desaparecessem do Mundo" (compre neste link)
,  romance de estreia do cineasta japonês Genki Kawamura, que vendeu mais de 2 milhões de exemplares ao redor do globo, é o tema do Clube de Leitura Japan House São Paulo + Quatro Cinco Um, que ocorre na quinta-feira, dia 29 de agosto, às 19h00 de forma on-line. Lançado pela editora Bertrand Brasil, a obra conta a história de um jovem carteiro, que vive apenas com seu gato. Ele recebe o diagnóstico de que sofre de uma doença em estágio terminal e tem apenas algumas semanas ou meses de vida. Ele então recebe uma visita do Diabo que lhe faz uma proposta: para cada coisa que ele estiver disposto a fazer desaparecer do mundo, ele ganhará um dia extra de vida. Sua existência ganha uma nova dinâmica a partir desse dilema cruel.

A convidada especial desta edição é a tradutora e criadora do canal Komorebi Translations, Anna Ligia Pozzetti. A conversa terá como mediadores Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da JHSP, e Paulo Werneck, editor da revista Quatro Cinco Um. Neste best-seller internacional, o autor presenteia o público com um romance sensível e fascinante que traz à tona a importância da vida e de preservar nosso mundo, permeado por reflexões morais e contundentes. Como decidir o que faz a vida valer a pena? Como distinguir o que é dispensável daquilo que se ama? Essas são algumas das reflexões que o livro instiga.

Genki Kawamura é um diretor, roteirista, produtor e escritor japonês nascido na cidade de Yokohama. Seu filme "Mirai", estreou na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cinema de Cannes e foi vencedor do Annie Award de Melhor Longa-Metragem Independente de Animação, e indicado para a categoria de Melhor Longa-metragem de Animação no Oscar. Kawamura também foi um dos produtores de "Your Name", um sucesso global que ganhou o prêmio de Melhor Filme de Animação da Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles e o Prêmio de Melhor Filme de Animação do Sitges Film Festival. Seu romance de estreia, "Se os Gatos Desaparecessem do Mundo" vendeu mais de 2 milhões de exemplares no mundo e foi traduzido para 18 línguas. Garanta o seu exemplar de "Se os Gatos Desaparecessem do Mundo" neste link.


Sobre o Clube de leitura Japan House São Paulo + Quatro Cinco Um
Com a mediação de Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da JHSP, e Paulo Werneck, diretor de redação da revista Quatro Cinco Um, o Clube discute livros de autores nipônicos traduzidos diretamente do japonês para o português, com o objetivo de ampliar o acesso dos brasileiros a este universo literário. Todo mês, o encontro de caráter informal conta também com a presença de um leitor convidado, e já recebeu grandes profissionais da tradução japonesa no Brasil, autores brasileiros contemporâneos, editores, críticos, jornalistas e personalidades da cultura.


Serviço
Clube de Leitura JHSP + Quatro Cinco Um
"Se os Gatos Desaparecessem do Mundo"
Quando: quinta-feira, dia 29 de agosto
Horário: 19h00
Convidada: Anna Ligia Pozzetti
Duração: cerca de 90 minutos
Custo: participação gratuita, mediante inscrição prévia (vagas limitadas)
Inscrição: https://clubedeleitura.japanhousesp.com.br/
Acesso: on-line, via plataforma Zoom. O link de acesso é enviado aos inscritos por e-mail.
Participantes do clube terão 30% de desconto na compra pelo site da Bertrand Brasil, basta aplicar o cupom JHSP451 diretamente no site da editora. O cupom fica vigente entre 25 de julho e 31 de agosto, válido para um uso único por CPF.
Compre o livro neste link.

.: Precisamos ser publicitários de nós mesmos? Peça de São Paulo vira livro


Dramaturgo e poeta Pedro Tancini questiona a objetificação da arte e dos seres humanos em "Teatro à Venda", tragicomédia que distorce os limites entre ficção e realidade. Foto: divulgação / Alan Kevin


Quatro atores encenam uma peça que mais parece um grande comercial de televisão. Eles interpretam a típica “família margarina”: pai, mãe, filho e filha em um cotidiano perfeito anunciando produtos dos mais diversos e miraculosos. Parece que as propagandas invadiram todos os lugares e nem o teatro escapou. É o "Teatro à Venda" (compre o livro neste link), como provoca o título do livro do dramaturgo e poeta Pedro Tancini, onde tudo pode ser transformado em mercadoria pela lógica capitalista, inclusive a própria arte e os seres humanos. O prólogo é escrito por Luci Ribeiro.

A obra literária, que teve sua primeira encenação em 2023 pelo Coletivo Parêntesis de Teatro, trata sobre as consequências do sistema na vida de trabalhadores que abdicam de tempo, saúde e individualidade para sobreviver. Em uma tragicomédia que distorce os limites entre ficção e realidade, o autor reflete sobre cultura do consumo, desigualdade, epidemia de depressão, crise ambiental e a insensibilização como projeto social.

Nesta sátira ao mundo maravilhoso das narrativas publicitárias, os leitores são convidados a refletir sobre as contradições do capitalismo. A crítica nasce dos conflitos dos quatro protagonistas que se tornam, ao mesmo tempo, as personagens e os atores que os representam. Aos poucos, desmoronam as percepções de cada um deles sobre a própria existência dentro da máquina de produção de lixo e mentiras onde habitam.

O pai descobre que vive uma vida de fachada e, em busca de algum afeto verdadeiro, vende-se pelo telefone. Já a mãe insiste em manter o papel de mulher ideal para fugir da própria infelicidade, até que ela própria se torne uma máquina. O filho, o maior orgulho da família, se mostra um excelente vendedor ao deduzir que não é necessário responsabilidade ou sensibilidade para lucrar nesse mundo de ilusões. A filha, por outro lado, sente-se desamparada porque nenhum produto é capaz de preencher seu vazio e, à procura de um propósito, encontra significado apenas no que é descartado pelo sistema, o lixo.

Pesquisador sobre os impactos do capitalismo nas sociedades do século XXI, Pedro Tancini publica a obra não somente como um retrato da contemporaneidade, mas também como uma maneira de ensaiar caminhos possíveis de superação do sistema. Ele comenta: “Não é difícil criticar o capitalismo. Difícil é ter esperança, quando o sistema está dedicado a nos convencer de que ele é o único possível, que as tragédias que produz são inevitáveis para a existência da civilização. Mas, até para ter esperança, é preciso responsabilidade. E esta obra é um texto que convida a uma esperança ativa, realizada também pelo poder da arte, da literatura e do teatro".

Primeiro volume da coleção de dramaturgias autorais publicadas pelo Coletivo Parêntesis, Teatro à Venda tem o apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústrias Criativas. Em 2024, também é publicado o segundo livro da coleção: a dramaturgia “Professores Online”, de Pedro Tancini e Caio Caldas. Garanta o seu exemplar de "Teatro à Venda" neste link.

Trecho do livro
ATRIZ 2:
É verdade, filho, a gente fica criando esses problemas imaginários. A gente não sossega, a gente fica imaginando o que seria: o que seria isso, o que seria aquilo. Por exemplo, o que seria da minha vida sem o Aspirador de Pó Vacuum Power X Ultra Anatômico? Não dá nem pra imaginar! Enfim... Só sei que não seria nada! Seria uma vida de uma miséria afetiva enorme. Uma vida feita pra trabalhar, trabalhar e trabalhar, uma vida que só olha pra frente, uma vida ao lado de outras vidas que não olham pro lado, só olham pra frente, uma sociedade que só olha pra frente, olha só, a economia cresceu um e meio por cento, parabéns, suas vidas estão sendo desperdiçadas e vale a pena, vale a pena porque elas são a energia de um sistema, de uma máquina, uma máquina gigante, um aspirador de pó gigante, sugando tudo, tudo, tudo. ("Teatro à Venda", pág. 58)


Sobre o autor
Pedro Tancini é dramaturgo, poeta, ator, diretor, produtor, palestrante e fundador do Coletivo Parêntesis de Teatro. É graduado em Comunicação Social pela ESPM, mestre em Comunicação e Práticas de Consumo também pela ESPM e dedica-se à pesquisa sobre os impactos do capitalismo contemporâneo nas sociedades do século XXI. Como autor, já escreveu oito peças de teatro, publicou o livro de contos “Nove Autores – Nova Histórias” e a edição “Erramos” da revista literária “Moreia” junto de outros escritores. Teve, ainda, dramaturgias, poemas e crônicas selecionados por diversos editais e premiações. Em 2024, lança o livro de dramaturgia Teatro à Venda, o livro de dramaturgia “Professores Online” e o livro de poesia “Poemas de Plástico”.


Ficha técnica
"Teatro à Venda"
Autor: Pedro Tancini
Editora: Coletivo Parêntesis de Teatro
ISBN: 978-65-01-09991-0
Páginas: 96
Instagrans do autor: @pedrotancini e @coletivoparentesis
Compre o livro neste link.

.: On-line: BibliON promove a "Jornada Literária - A Literatura para a Infância"


Entre os dias 15 e 17 de agosto, a BibliON - Biblioteca Digital Gratuita de São Paulo - oferece de forma gratuita e on-line um evento voltado para a literatura infantil. A "Jornada Literária - A Literatura para a Infância", vai reunir escritores, ilustradores e mediadores em mesas-redondas que discutirão desde a importância da mediação de leitura na infância até os bastidores do processo criativo de livros ilustrados e HQs.

A programação começa na quinta-feira, dia 15, às 19h00, com a mesa "O Papel do Mediador de Leitura na Formação de Leitores", que abordará como a mediação pode contribuir para a criação de comunidades leitoras entre crianças e seus cuidadores. Participam da discussão a educadora e pesquisadora Ananda Luz e a especialista em literatura infantil e juvenil Dolores Prades. A mediação é de responsabilidade da mestre em literatura infantil Amanda Alves do Amaral.

Na sexta-feira, dia 16 de agosto, também às 19h00, o foco será "O Processo Criativo na Produção do Livro Infantil", onde o ilustrador Roger Mello, a designer Bruna Lubambo e Sidney Gusman, referência em HQs, discutirão a importância das ilustrações na literatura para crianças. Stela Barbieri, autora e educadora, fará a mediação do encontro.

Fechando o evento, no sábado, dia 17 de agosto, às 10h00, acontece um bate-papo com as escritoras Bianca Pinheiro, Gabriela Romeu e Janaina Tokitaka. Elas irão compartilhar suas trajetórias e revelar detalhes do processo criativo por trás de suas obras voltadas ao público infantil. A mediação será de Ana Carolina Carvalho, mestre em educação e psicóloga.


Programação completa
Quinta-feira, 15 de agosto
19h00 às 20h30 | "O Papel do Mediador de Leitura na Formação de Leitores: estratégias de Mediação para Crianças"
Nesta mesa será discutida a importância da mediação de leitura na infância e de que forma ela pode contribuir na formação e no fortalecimento de comunidades leitoras formadas pelo público infantil e seus responsáveis.
Mediação: Amanda Alves do Amaral
Convidadas: Ananda Luz e Dolores Prades 

Sexta-feira, dia 16 de agosto
19h00 às 20h30 | "O Processo Criativo na Produção do Livro Infantil"
Nessa mesa traremos à luz, discussões sobre o processo criativo e o papel dos ilustradores, do livro ilustrado e HQs para a literatura infantil.
Mediação: Stela Barbieri
Convidados: Bruna Lubambo, Roger Mello e Sidney Gusman 


Sábado, 17 de agosto
10h00 às 11h30 | "A Literatura para a Infância: por Trás das Histórias - Bate-papo com Escritores"
Por trás das histórias - bate-papo com escritores
Um bate-papo com escritoras de livros infantis, para falar sobre suas carreiras e contar um pouco do processo criativo que envolve a escrita de obras para o público infantil.
Mediação: Ana Carolina Carvalho
Convidadas: Bianca Pinheiro, Gabriela Romeu e Janaina Tokitaka
As atividades são todas online com transmissão ao vivo pelo Youtube da BibliON.
Inscrições pelo site ou aplicativo da BibliON 


BibliON
Para utilizar o serviço gratuito de empréstimos de livros, basta que os interessados acessem www.biblion.org.br ou baixem o aplicativo BibliON, disponível no Google Play e na Apple Store e realizem um breve cadastro. O usuário pode fazer empréstimo de até duas obras simultâneas, por 15 dias. A BibliON permite ações como organizar listas, adicionar favoritos, compartilhar um livro como dica de leitura nas redes sociais, fazer reservas, ver histórico e sugerir novas aquisições. Por meio de princípios de gamificação, os associados conseguem acompanhar as estatísticas do tempo dedicado à leitura e participar de desafios. E o sistema de busca permite que o usuário utilize diversos filtros, como tema, autor, categoria ou título - ou até mesmo leitura indicada para grupos etários, como leitura infantil e juvenil.

É possível ler em dispositivos móveis, sem a necessidade de usar dados do celular, por meio do download prévio do título ou, ainda, ajustar o tamanho da letra e o contraste da tela; escolher diferentes modos de leitura para dia ou para noite e acionar a leitura em voz sintetizada, para saída em áudio do texto. A BibliON, biblioteca digital gratuita de São Paulo, é uma iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo sob gestão da SP Leituras. 

.: Produção original do SescTV, "Vestígios da Eternidade" estreia dia 20 de agosto


O premiado cineasta brasileiro Ugo Giorgetti dirige a nova produção do SescTV: a série "Vestígios da Eternidade", que tem como tema fatos históricos do Brasil e o Cemitério da Consolação, em São Paulo. De túmulo para túmulo, uma fascinante história é contada pelo professor José de Souza Martins, como fazia em suas aulas como professor de Sociologia da Universidade de São Paulo, quando os alunos eram chamados a percorrer o cemitério como se estivessem num museu a céu aberto. 

A série estreia no dia 20 de agosto, terça-feira, às 22h00 e também fica sob demanda na plataforma sesctv.org.br/vestigios. Além disso, haverá uma atividade complementar no Centro de Pesquisa e Formação, no Sesc 14 Bis: um bate papo entre o professor José de Souza Martins e o cineasta Ugo Giorgetti sobre a série.


Um pouco sobre cada episódio
Episódio 1:
revê o complexo processo de Independência do Brasil por personagens sepultados no Cemitério da Consolação. Estreia Dia 20 de agosto, às 22h00.

Episódio 2: a importância das mulheres nos séculos XIX e XX, evocando Marquesa de Santos, Dona Veridiana de Silva Prado e outras que revolucionaram os costumes da época. Dia 27 de agosto, às 22h00.

Episódio 3: a visão do professor José de Souza Martins sobre o fim da escravidão no Brasil e a importância de personagens como Luiz Gama, Antônio da Silva Prado e outros. Dia 3 de setembro, às 22h00.

Episódio 4: a Primeira República e a elite intelectual brasileira, formada por nomes como Eduardo Prado, Caio Prado Júnior, Florestan Fernandes e outros. Dia 10 de setembro, às 22h00.

Episódio 5: os cenários do início do Século XX e os ideais e sonhos de industriais como as famílias Jafet, Matarazzo, Crespi, Simonsen e outras. Dia 17 de setembro, às 22h00.


Atividade no CPF - Centro de Pesquisa e Formação
A arte tumular como documento do imaginário da morte: Bate papo entre o professor José de Souza Martins e o cineasta Ugo Giorgetti sobre a série Vestígios da Eternidade, produzida pelo SescTV. Construção audiovisual, a burguesia paulista dos séculos XIX e XX, o Cemitério da Consolação, a arte tumular e personagens históricos são pauta do evento. Dia 16/Ago, às 19h30


Sobre o SescTV
O SescTV é o canal cultural do Sesc São Paulo que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o país. Distribuído gratuitamente para mais de 60 operadoras de TV por assinatura e plataformas de streaming em todo o Brasil, sua grade é composta por espetáculos, documentários, filmes, curtas e entrevistas que tratam de temas como arquitetura, literatura, filosofia, teatro, política, sociedade, ética e cotidiano. 

No acervo do canal, que passa dos 10.000 títulos, estão produções próprias e licenciamentos que são distribuídos ao longo da programação para criar uma experiência enriquecedora para o telespectador em todos os horários. Além da programação ao vivo, o site do SescTV oferece uma seleção de produções originais brasileiras e estrangeiras que podem ser assistidas na íntegra, gratuitamente e sem necessidade de cadastro em sesctv.org.br.


Para assistir o SescTV
Consulte as operadoras e serviços de streaming sobre a disponibilidade do canal.
Assista on-line em sesctv.org.br
Nas redes sociais: @SescTV

.: Cassio Scapin estará no "Provoca", com Marcelo Tas, na próxima terça-feira


Entrevista inédita com o ator que deu vida ao Nuno do programa infantil "Castelo Rá-Tim-Bum", vai ao ar na TV Cultura. Foto: Gelse Montesso


Na próxima terça-feira, dia 13 de agosto, no "Provoca", Marcelo Tas recebe o ator Cassio Scapin. No programa, o artista fala da chegada aos 60 anos; a importância do personagem Nino, do "Castelo Rá-Tim-Bum", em sua carreira; relembra a parceria marcante com Paulo Autran; revela uma história da infância na qual brinca com sua orientação sexual; e muito mais. A entrevista inédita vai ao ar às 22h00, na TV Cultura. Além de relembrar com carinho dos tempos do "Castelo" na televisão, Cassio também destaca como a versão do seriado no teatro foi essencial na sua trajetória. “A gente chegou a fazer espetáculo de segunda a segunda, duas sessões por dia. Era uma loucura (...) eu acho que o Castelo me deu principalmente essa relação de afeto com a plateia, é impagável".

Foi no teatro que Scapín conheceu e trabalhou com Paulo Autran, renomado ator brasileiro, conhecido por diversos papéis, incluindo o protagonista Otávio na novela Guerra dos Sexos, ao lado de Fernanda Montenegro. Cassio, que contracenou com o artista em Visitando o Sr. Green, fala do colega com admiração: “O teatro era a casa do Paulo. Ele ficava completamente confortável, não tinha nenhuma tensão em estar no palco (...) ele chegava, botava o figurino dele todo e ia dormir no cenário”.

 Durante o programa, Tas também cita uma conhecida frase de Cassio, quando disse que nunca chegou a sair do armário pois nunca entrou nele. Foi quando o ator contou um caso curioso da infância: “Eu tinha um Bambi. Um Bambi preto e vermelho de veludo. (...) E o Bambi ficava dentro do guarda-roupa. (...) Era meu alter ego que estava dentro do armário. Eu nunca estive”.

.: Exposição inspirada na obra de Clarice Lispector pode ser vista até terça


Com sua personalidade enigmática e uma linguagem poética e inovadora, Clarice Lispector (1920-1977) é, merecidamente, cultuada em todo o mundo como um dos maiores nomes da nossa literatura. Inspirado pelas obras da escritora, o Caminhão de Histórias, um caminhão-baú de 15 metros, adaptado para receber mostras culturais interativas, apresenta a exposição “A Casa que Anda. Que Mistérios tem Clarice?” baseada nos livros "A Vida Íntima de Laura", "O Mistério do Coelho Pensante" e "A Mulher que Matou os Peixes"

O projeto fica no Parque Linear Bruno Covas até terça-feira, dia 13 de agosto, com entrada gratuita, tendo passado pelo Parque Horto Florestal entre os dias 22 de julho e 4 de agosto, e visa a atender ao público circulante, bem como um amplo programa para escolas públicas e privadas do Estado. Com o patrocínio do Instituto CCR, a entidade do Grupo CCR responsável pelos investimentos socioculturais que busca democratizar o acesso à cultura e à educação, o projeto visa incentivar a formação de novos jovens leitores.

Com curadoria de Eucanaã Ferraz, poeta, consultor de literatura do Instituto Moreira Salles (IMS) e professor de literatura brasileira na Faculdade de Letras da UFRJ, e com direção artística e cenografia de Daniela Thomas, cineasta, diretora teatral, dramaturga e cenógrafa, e intervenções artísticas dos artistas plásticos Maria Klabin, Marcela Cantuária, Raul Mourão e Mariana Valente, “A Casa que Anda” apresentará atividades e reflexões sobre o universo infantojuvenil da criação de Clarice de Lispector a partir de histórias que dialogam com seus jovens leitores, despertando curiosidades sobre sentimentos e emoções, que evocam inúmeras reflexões.

Um projeto de educação gratuito, inclusivo e democrático, “A Casa que Anda” sucede o exitoso projeto Busão das Artes, que trouxe “O Mundo Invisível”, concebido no pós-pandemia, e que abordava de forma lúdica o mundo dos fungos, vírus e bactérias, e é uma realização de Renata Lima, que dirige a Das Lima Produções, e da dupla Lilian Pieroni e Luciana Levacov, da Carioca DNA. “Um caminhão-baú transformado em espaço expositivo, que percorre praças e parques do Brasil, ‘O Busão das Artes’ nasceu da nossa vontade de educar, humanizar e sensibilizar o público em relação a temas importantes, sempre permeando questões ambientais. Esse projeto acontece em praças e outros espaços públicos, gratuitamente, e está aberto a todos”, afirma Luciana Levacov, sócia da Carioca DNA.

Segundo Eucanaã Ferraz, a obra de Clarice Lispector tem um raro poder de atração, não importando a idade e outros traços particulares de quem a lê. "Sua palavra é, nesse sentido, universal. Não há dúvida de que associar a escrita com a materialidade das artes visuais e as experiências propriamente lúdicas será impactante para todos que passarem pela ‘Casa que anda’. Também é importante observar que a maior parte das narrativas de Clarice se passa nos ambientes domésticos e, desse modo, criar um ambiente de experiências sensoriais e estéticas numa ‘casa’ trará para mais perto do público o mundo mágico e atraente da autora”, ressalta o curador.

O encantamento começa com o próprio baú do caminhão, totalmente adesivado com primorosas ilustrações de autoria de Mariana Valente, neta de Clarice, que abordam vários aspectos de sua vida, com imagens de cidades e países que visitou ou onde viveu, como Recife, Rio de Janeiro, Pisa, Genebra, e Washington, intercaladas com imagens da escritora cercada de crianças, jardins e animais. Instalações artísticas e interativas apresentam dois ambientes da casa: interno e externo. Quem guia o visitante por esse universo é a “própria” Clarice, com mediadoras caracterizadas que incorporam a personagem, dando a ideia de que a autora os recebe em sua própria casa.

Daniela Thomas, que recriou o espaço interno da casa de Clarice a partir de fotos da residência da autora, reflete sobre como conduziu essa experiência. "Clarice tem a capacidade de revelar a profundidade da experiência humana nas situações mais banais e corriqueiras da vida. Com isso, nos desperta da alienação diária e somos tomados de uma hipersensibilidade para a nossa própria vida. Nosso objetivo é que os visitantes possam ter a experiência de olhar as mesmas coisas que sempre olham, só que agora com a sensibilidade renovada, surpreendendo-se com o que a literatura pode oferecer para a ampliar nossas perspectivas e nossa própria vida".

Além da reprodução do ambiente onde viveu a escritora, que abriga inclusive sua mesa de trabalho, onde repousam manuscritos e uma máquina de escrever com um texto em andamento, o espaço inclui referências e curiosidades dos três livros abordados na exposição, como um aquário vazio - já que os peixes morreram por falta de alimento, quadros da galinha Laura, do Coelho e do peixe, além de vídeo gravado com câmera em primeira pessoa na visão dos animais - assim como fazia a escritora, que criava as histórias a partir da perspectiva dos bichos.

“Busquei replicar a experiência da leitura dessas obras recriando seu apartamento e povoando-o com suas reflexões escritas, cuidadosamente selecionadas por Eucanaã. Clarice, sentadinha em seu sofá com a máquina de escrever apoiada nos joelhos, digitava seus textos extraordinários, enquanto seu olhar não via mais do que as mesmas mobílias e animaizinhos que a cercavam, dia após dia. Uma imaginação fulgurante! Já do lado de fora, o quintal da casa foi reinterpretado por artistas contemporâneos. Também foi criado um filme, que me surgiu com furor quando li os livros pela primeira vez. Pensei: precisamos ver o mundo dos bichos como Clarice apontou, do ponto de vista deles”, ressalta Daniela.  

Do lado externo, as três histórias se unem com diversas atividades de referência aos animais retratados, como o cercado do coelho - que dá algumas pistas para que as pessoas tentem descobrir como sua fuga ocorreu. A Casa do Coelho, projeto do artista Raul Mourão, é representada por uma pequena casa de aço criada para retratar o misterioso desaparecimento do coelho da ficção de Clarice. “Uma gaiola/escultura sobre confinamento e fuga, confeccionada com o mesmo material das grades de segurança que nos acompanham nas grandes cidades brasileiras”, afirma o artista. 

Um lindo tapete, desenhado pela artista plástica Maria Klabin, transmite a sensação do piso de um quintal, com caracóis, tatus-bola, folhas, restos de comida, que podem ser explorados com o auxílio de lupas de aumento. “Esses três livros fazem parte das minhas melhores lembranças com meus filhos crianças”, conta Maria. “Líamos os três em série. É nítida a memória do momento em que eu abria a capa de ‘A mulher que matou os peixes’. A capa era dura, como um pequeno portão. E éramos conduzidos dos risos, gargalhadas à confusão, tristeza, ternura, apreensão, e algumas emoções cuja existência só descobrimos pelos livros da Clarice.  É um privilégio visitar esse quintal pelo qual já devo ter passado muitas vezes, dessa vez, olhando para o chão que deu origem a tantos voos”, completa a artista, sobre a experiência de criar o piso.

Ainda no quintal, o ovo da Galinha Laura, criado por Marcela Cantuária, leva os visitantes a uma reflexão sobre o mistério da vida e a promessa de futuro. "Simboliza de maneira lúdica a gestação e as inúmeras possibilidades que a existência nos traz", explica Marcela. "Eu me senti honrada com o convite para participar da exposição, pois admiro imensamente o legado de Clarice. Uma mostra de arte circulante e interativa, como é o caso do Caminhão de Histórias, reforça o compromisso da arte com o coletivo, além de ser um movimento interessante e inovador", completa a artista.

A experiência traz práticas educativas que remetem ao ofício da escritora, como o espaço de leitura, atividades com máquinas de escrever, oficinas criativas inspiradas nos enigmas das histórias, produção e envio de cartão postal entre outras dinâmicas a serem conduzidas por educadores formados pela equipe da Percebe - consultoria especializada em educativos de museus e exposições.  Os estudantes que visitarem a exposição receberão um caderno de atividades para continuarem a experiência na escola, orientados por seus professores, ou mesmo em casa com seus familiares.

Contando de forma lúdica e participativa a história e obras de Lispector para as crianças, a exposição busca democratizar o acesso à arte e à literatura em diversas localidades do País.  Em 2024, “A Casa que Anda” passará por São Paulo (Parque Horto Florestal e Parque Linera Bruno Covas), Paraná (Londrina e Curitiba), Santa Catarina (Joinville), Goiás (Goiânia), Maranhão (Imperatriz), Bahia (Salvador), Minas Gerais (Belo Horizonte) e Rio de Janeiro (Rio de Janeiro e Niterói). A expectativa é que mais de 60 mil pessoas passem pelo Caminhão de Histórias nessa temporada.

Sobre os livros infantojuvenis de Clarice Lispector
Eucanaã Ferraz nos oferece um panorama sobre os livros de Clarice Lispector para a infância. “Os livros de Clarice Lispector para a infância – como suas obras para o público adulto – são inquietantes. Se a linguagem é acessível e próxima do universo infantil, lá estão as perplexidades, as dúvidas, as perguntas, os mistérios da vida e da morte. Os textos conversam com o leitor e, assim, criam uma intimidade que desarma seu olhar e lhe possibilita viver experiências nas quais a natureza e os animais são parte fundamental. Não são, de modo algum, textos que buscam educar pelo viés da obviedade ou da complacência, como se o leitor-criança fosse imaturo ou intelectual e existencialmente despreparado. Pelo contrário, no convívio do humano com a natureza há traumas, choques, incompreensões, tristezas, mas também amor, humor, alegrias, enfim, múltiplos afetos. O resultado é o exercício estético e vital que se exige de toda e qualquer literatura. E, isso, claro, faz com que esses textos sejam atraentes também para público adulto”.

A exposição é inspirada em três livros infanto-juvenis de Clarice
"A Vida Íntima de Laura" (compre o livro neste link):
conta a história de Laura, a galinha que mais bota ovos em todo o galinheiro. Compondo uma personalidade cheia de nuances para sua personagem, Clarice diverte os pequenos sem subestimar sua inteligência.

"O Mistério do Coelho Pensante" (compre o livro neste link): o sumiço de um simples coelhinho branco – quem diria! – inspira uma das mais instigantes histórias infantojuvenis de Clarice Lispector. Nesse livro a escritora discorre sobre profundas questões existenciais, na dose certa para a apreciação dos pequenos leitores. Qual a diferença entre "natureza humana" e "natureza de coelho"? Como a gente sai do terreno da necessidade para o da vontade e da criatividade? É possível um pensamento que seja também um sentimento e uma sensação?

"A Mulher que Matou os Peixes" (compre o livro neste link): aqui a sintonia com os leitores é obtida a partir do endereçamento direto, e o texto anuncia-se como uma confissão da narradora (“Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu”) e um pedido de perdão à humanidade. Suspenses são encontrados a partir de pequenas tramas, em que perdão e culpa se sucedem. A união das obras busca explorar temas como mistério - o sumiço do coelho, culpa - matou o peixe, autoestima - galinha Laura que se acha feia, o mistério da vida - o ovo - e da morte - o peixe.


Serviço
Caminhão das Histórias em São Paulo
“A Casa que anda. Que mistérios tem Clarice?”
Parque Linear Bruno Covas (Av. Magalhães De Castro, R. Pedro Avancine - Jardim Panorama, São Paulo - https://maps.app.goo.gl/AVMEV67Ve81LQczB6?g_st=iw)
Datas e horário: até terça-feira, dia 13 de agosto, das 9h00 às 17h00
*Entrada gratuita
**A exposição não funciona na segunda-feira.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

.: Crítica musical: a volta de Roberto Riberti em disco


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O novo álbum “Estrela é o Samba” (distribuição Tratore) traz Roberto Riberti de volta, como um bem guardado segredo de São Paulo. Após um hiato de 38 anos, o compositor apresenta sambas feitos em parceria com grandes nomes do gênero, como Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho e Paulo Vanzolini, gravados entre 2012 e 2023.

Entre 1977 e 1986, Riberti lançou quatro discos, foi gravado por gente como MPB4, Elza Soares, Beth Carvalho, Quarteto em Cy, Marcia, Eliete Negreiros e Leila Pinheiro, e teve música até em novela das oito da TV Globo (“Passageiro”, na trilha sonora de “Os gigantes”). Sua produção como compositor e letrista abrange da MPB mais clássica - como “Passageiro” e “Apenas mais um” - até duas correntes aparentemente antagônicas que em sua obra se harmonizam perfeitamente: o samba e o choro de um lado, e de outro a vanguarda paulista (é parceiro de Arrigo Barnabé em clássicos como “Cidade Oculta”, “Lenda”, “A Serpente”, e “Mística”, do “Tubarões Voadores”).

Nesses 38 anos, Riberti se afastou da música, mas não da composição. Foi aos poucos gravando um álbum de seus sambas, o primeiro só com esse gênero, recheado de participações especiais de velhos ídolos e parceiros (muitos dos quais foram nos deixando). “Estrela é o Samba” é, na verdade, uma procura do samba feita por Riberti dentro de sua obra e por sua cidade, São Paulo.

Há no álbum músicas e gravações inéditas, entre elas três sambas fruto da parceria com Elton Medeiros, o clássico “Estrela” (letra de Riberti e melodia de Elton e Eduardo Gudin) até então nunca gravado por Riberti, e “Imensidade” e “Pobre Amor” (melodias de Elton Medeiros e letras de Riberti), sendo dois deles com a participação de Elton Medeiros; “Túmulo do Samba”, com participação do saudoso Germano Mathias; “Todo Mundo Me Diz” (melodia de Riberti e letra de Paulo Vanzolini escrita na década de 40), com participação do MPB4; e Euforia (letra de Riberti e melodia de Nelson Cavaquinho e Eduardo Gudin), pela primeira vez gravada pelo autor.

Trata-se de um disco bem produzido que se encaixaria na rica e tradicional produção da década de 70, o que por si só já merece uma atenta audição do ouvinte. Porque trata-se de uma seleção de sambas que não possui prazo de validade.  Tão atemporal como aquele conhecido clássico  "Velho Ateu" (1978), composto em parceria com Eduardo Gudin, tão presente nas rodas de sambas do país.

"Quando o Amor Invade"

"A Força do Bem"

"Estrela"

.: Seu Jorge lança o podcast ao lado de Roberta Rodrigues e Shirley Cruz


Roberta Rodrigues e Shirley Cruz, renomadas artistas conhecidas por suas contribuições marcantes na televisão e no cinema brasileiros são as apresentadoras deste projeto inédito. Foto: Joana Rosário

O podcast "$em Glamour", o primeiro programa do canal Black Service, estreia hoje, às 21h00, no YouTube. O espaço de produção cultural do Seu Jorge, este projeto inovador promete oferecer uma experiência única ao público, explorando intimidade e conexões genuínas com grandes nomes do entretenimento. Roberta Rodrigues e Shirley Cruz, renomadas artistas conhecidas por suas contribuições marcantes na televisão e no cinema brasileiros são as apresentadoras deste projeto inédito.

O primeiro episódio conta com a participação especial da atriz Cris Viana. Cris, que raramente participa de podcasts, aceitou o convite devido a uma forte identificação com a proposta do "$em Glamour", prometendo uma conversa leve e informativa sobre os bastidores da fama e os aspectos mais humanos da vida artística. 

“O '$em Glamour' é sobre quebrar ciclos que nos foram impostos por séculos. É sobre honrar nossa ancestralidade junto com os que são de verdade. Por nós, pelos nossos. É pra todos. Isso é $em Glamour”, conta Roberta Rodrigues. “A verdadeira revolução começa dentro da gente. $em Glamour é a materialização da nossa revolução”, complementa Shirley Cruz. 

A primeira temporada do podcast "$em Glamour" estreia às 21h00, com transmissão às quartas e sextas-feiras no YouTube e Spotify. Além disso, trechos das entrevistas serão disponibilizados nas redes sociais, incluindo Instagram, TikTok, Facebook e Kwai, ampliando ainda mais o alcance deste novo formato de entretenimento. 

Segundo Seu Jorge, criador da Black Service, o primeiro programa vai aproximar muito o telespectador e o ouvinte do artista porque entrega sobretudo intimidade. "Além de ser um podcast ancorado por duas mulheres incríveis, atrizes renomadas do cinema brasileiro, trazendo muita referência e história de backstage de artistas aspiracionais!".

O podcast "$em Glamour" não apenas oferece entretenimento de qualidade, mas também se destaca por seu compromisso em explorar histórias e curiosidades inéditas de seus convidados. Com uma programação que inclui nomes como, a atriz Andréia Horta, Silvana Oliveira, empresária e mãe da cantora Ludmilla, o cantor Xande de Pilares e os atores Babu Santana e Douglas Silva. A primeira temporada promete ser um verdadeiro sucesso, e a segunda temporada já está em produção com um tema único e que irá emocionar os brasileiros. 

A Black Service é a produtora cultural do Seu Jorge, um espaço de experiências inéditas, relacionamentos, gestão de carreira, acessos e visibilidade para boas ideias. Uma produtora cultural que fomenta inovações para o mercado publicitário, música, cinema e outras intervenções socioculturais. Assista ao primeiro episódio no YouTube e acompanhe os próximos episódios todas as quartas e sextas-feiras: https://www.youtube.com/@SemGlamourpodcast

Assista ao teaser do primeiro episódio

 


.: Espetáculo "Escola Modelo" em nova temporada no Pequeno Ato


Peça dirigida por Fernando Vilela traz em cena Pedro Granato e Letícia Calvosa refletindo as estruturas sociais sob diferentes perspectivas. Espetáculo reestreia em agosto no Pequeno Ato. Foto: Camila Rios


O espetáculo Escola Modelo convida os espectadores a uma jornada e reflexiva sobre os impactos das ações afirmativas e do racismo estrutural na formação escolar. Com direção de Fernando Vilella e dramaturgia de Bruno Lourenço, a peça fará temporada no Teatro Pequeno Ato de 9 a 30 de agosto, com sessões às sextas-feiras, às 20h30.

Através das experiências pessoais dos performers Pedro Granato e Letícia Calvosa, o projeto propõe uma narrativa que atravessa as fronteiras entre o público e o privado, o político e o pessoal. Calvosa, uma mulher negra que enfrentou dilemas sobre as cotas ao ingressar na universidade, e Granato, um homem branco que foi gestor público de formação, refletem sobre como o racismo moldou suas trajetórias educacionais. 

“Como estudante negra, sei que a formação escolar é um momento de muitas descobertas sobre o mundo e sobre si. Um momento delicado que, se não for bem experienciado pelo aluno, pode apagar suas potencialidades e história. O racismo estrutural se apresentou pra mim nesse processo com professores sem letramento racial, com materiais didáticos pensados pela branquitude e para a branquitude, sem referências onde eu me visse representada”, conta a atriz.

Para Granato, que implementou cotas raciais em programas educacionais e levou escolas para as periferias durante sua atuação no poder público, também é preciso questionar sobre a forma que algumas instituições têm inserido alunos em seus espaços. "Incomoda quando essas mesmas escolas que por décadas segregaram agora buscam, à custa de muito dinheiro, se colocar como pioneiras da luta antirracista. Meu foco central é a defesa de uma transformação estrutural, política de nossa desigualdade racial. E que possamos também aprofundar esse debate encontrando as sombras do processo para não se transformar em algo maniqueísta que serve mais para redes sociais que transformações reais", reflete.

A criação do texto partiu de duas forças condutoras, segundo o dramaturgo Bruno Lourenço. “O privado (relatos pessoais, pensamentos, reflexões) e o público (poder público, leis, instituições). Tudo isso permeado pelo discurso de raça e gênero, que atravessa o espetáculo, e a oposição fundamental entre trabalho e sonho (segundo a semiótica discursiva de Greimas), explica. Autores brasileiros importantes como Sílvio de Almeida, Sueli Carneiro, Lívia Sant'anna Vaz e Cida Bento também foram fontes de debates apresentados no texto.

A peça se desenrola em uma ambientação que mescla elementos de sala de aula com a linguagem da contação de histórias, permitindo ao público uma imersão profunda nas reflexões propostas. Através do Teatro Épico de Bertolt Brecht, a encenação busca criar um distanciamento que possibilita o pensamento crítico, convidando os espectadores a questionar as estruturas sociais e educacionais vigentes.

“Se estamos aqui hoje discutindo a desigualdade racial, o plano de ensino nas escolas, a estrutura da educação, uma pergunta que se lança é: qual o modelo educacional que gostaríamos de ter, que fosse comum a todos, para os próximos anos? O público é parte fundamental da discussão. Pois é a partir dele, pela sua identificação, que podemos elaborar juntos novos caminhos a serem tomados, quanto sociedade, quanto país”, diz o diretor Fernando Vilela. 

A cenografia, inspirada no filme "Dogville" de Lars von Trier, utiliza módulos rotativos que lembram lousas escolares, criando um espaço versátil que se transforma em diferentes ambientes conforme a narrativa avança. Cadeiras coloridas infantis dispostas entre o público reforçam a atmosfera escolar, enquanto os elementos cênicos provocam sobre as relações de poder e as dinâmicas sociais presentes no contexto educacional.


Ficha técnica
Espetáculo "Escola Modelo" | Elenco: Pedro Granato e Letícia Calvosa | Direção: Fernando Vilela | Dramaturgia: Bruno Lourenço | Desenho de luz: Ariel Rodrigues | Direção de arte: Fernando Vilela | Figurino: Thais Sakuma | Preparação Vocal: Malú Lomando | Técnico de Palco e Técnico de Som: Victor Moretti l Técnico de Luz: Ariel Rodrigues l l Produção Executiva: Carolina Henriques l Assistência de Produção: Julia Terron e Rommaní Carvalho l Fotos Divulgação: José de Holanda | Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli l Produção e Realização: Jessica Rodrigues Produções e Pequeno Ato l Direção de Produção: Jessica Rodrigues.


Serviço
Espetáculo "Escola Modelo"
Temporada: de 9 a 30 de agosto de 2024. Sextas às 20h30.
Ingressos: R$ 50 e R$ 25.
Link para vendas: https://www.sympla.com.br/produtor/jessicarodrigues
Duração: 60 minutos.
Classificação: 14 anos.
Pequeno Ato | Rua Dr. Teodoro Baima, 78, Vila Buarque, São Paulo - SP, 01220-040
Capacidade: 25 lugares. Informações: (11) 94131-3696

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

.: "Shakespeare Embriagado" segue em cartaz no Espaço Manivela em agosto


Munidos de álcool, atores encenam adaptação de Hamlet no Espaço Manivela, na Vila Leopoldina. Foto: Marcos Moraes


Já imaginou como seriam as clássicas peças de Shakespeare se os atores estivessem bêbados? Esse é o mote do espetáculo "Shakespeare Embriagado", que troca o teatro pelo bar para festejar a obra do dramaturgo inglês como você nunca viu. Muito improviso, plateia comandando cenas, risadas e bebidas! É isso que você encontrará no Espaço Manivela, na Vila Leopoldina, que durante o mês de agosto recebe o espetáculo Shakespeare Embriagado em sessões sempre às  quintas. O local abre às 18h e o espetáculo tem início às 20h30, com cerca de 1 hora de duração. Coquetéis e aperitivos estarão disponíveis para consumo da plateia durante a apresentação.

O diretor Dagoberto Feliz faz uma adaptação de Hamlet, príncipe dinamarquês que busca vingar a morte do pai. O espetáculo mistura o texto original com a liberdade do improviso dos atores, que constroem novas possibilidades junto com a plateia. “A função do elenco é contar a história completa. O tempo e o álcool podem alterar a forma de contá-la, mas não seu conteúdo”, explica Feliz.

No elenco, estão Lívia Camargo, Robert Gomez, Bruna Assis, Michel Waisman e Guilherme Tomé. A equipe é composta ainda pela dramaturgista Karol Garrett, o diretor assistente Guilherme Tomé e o diretor musical Fernando Zuben, com produção da Benjamin Produções. Para o diretor, o encanto da montagem é “fazer Shakespeare o mais ‘esteticamente popular’ possível”. “E nada melhor do que um ambiente de um bar, no qual as pessoas estejam à vontade para participar e mostrar seu entusiasmo, ou desaprovação, para o que acontece na cena”, diz.

Em cada apresentação os atores bebem um pouco, mas um dos atores bebe um pouco a mais, seja Whisky ou Tequila acompanhado, na primeira dose, por um espectador, para provar a veracidade da bebida. “Uma festa! Hilaridade e muita confusão acontecem quando os atores - alguns sóbrios e outros não - tentam manter o roteiro no trilho”, diz o produtor Henrique Benjamin, responsável pela montagem.

Com o álcool, as tragédias de Shakespeare se tornam comédias, brinca Benjamin. A plateia tem poder de decisão em várias cenas, obrigando os atores a improvisarem e manterem o foco. Cada show é diferente do outro, e cada apresentação precisa de um “patrono”, que terá uma experiência premium, um trono real com coquetel da casa e tomada de decisões importantíssimas para o desenvolvimento da trama. A plateia também pode ser escolhida como parte da “trupe de atores” ou como o “fantasma do rei”.

“Quem conhece, em pormenores, a tragédia toda poderá se divertir na comparação com o original e, para quem não conhece totalmente, a diversão estará na feitura e na descoberta dos quiprocós rocambolescos da família do Príncipe Hamlet”, aposta o diretor.


Ficha técnica
Espetáculo "Shakespeare Embriagado"
Autor: William Shakespeare. Dramaturgista: Karol Garrett. Direção Geral: Dagoberto Feliz.
Diretor Assistente: Guilherme Tomé. Direção de Produção: Henrique Benjamin. Produção Executiva: Lucas Andrade. Assistencia de produção:  Eduardo Lazoti. Direção Musical e Piano: Fernando Zuben. Elenco: Lívia Camargo, Robert Gomez, Bruna Assis, Michel Waisman e Guilherme Tomé. Fotos: Marcos Moraes. Gestão de mídias sociais: Felipe Pirillo. Programação Visual: Ton Prado. Realização: Benjamin Produções.


Serviço
Espetáculo "Shakespeare Embriagado"
Sessões sempre às quintas, 20h30
Duração: 60 minutos
Classificação: 18 anos.
Capacidade: 90 lugares.
Valor da entrada: R$ 60,00
Vendas on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/90158
Espaço Manivela – Rua Schilling, 185 - Vila Leopoldina.

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