quarta-feira, 7 de agosto de 2024

.: Thai de Melo estreia peça "Como É que Eu Vim Parar Aqui?", no Teatro Unimed


Peça de autoficção criada pela comunicadora, traz uma abordagem humorística e reflexiva sobre as situações do cotidiano. Com direção de Bruno Guida, Thai de Melo faz sua estreia nos palcos com o espetáculo Como é que eu vim parar aqui?, no Teatro Unimed. Foto: @maltoni / divulgação
 

Após fazer sucesso nas redes sociais falando sobre moda, comportamento e estilo, Thai de Melo faz sua estreia nos palcos com o espetáculo Como é que eu vim parar aqui?. Com direção de Bruno Guida e produção de Dani Angelotti, a montagem traz as experiências e reflexões da comunicadora de forma cômica e questionadora. O espetáculo estreia no dia 7 de agosto, às 20h00, no Teatro Unimed, com sessões toda quarta-feira, até 25 de setembro.

Com uma abordagem de autoficção, que busca conduzir o público por uma jornada profunda pela mente da protagonista, no palco são explorados os momentos em que ela se depara com situações inesperadas, questionando-se sobre as escolhas que a levaram até ali. “Senti a vontade de transpor o mundo da internet para o teatro sem necessariamente ser didática sobre o assunto. Quero testar essa persona em outro ambiente e nada mais diferente da Internet que o teatro. Segundo minha mãe, eu falei minha primeira palavra aos dez meses de idade, eu disse ‘água’, talvez isso explique minha sede de me comunicar que agora vou testar em outro lugar”, explica Thai.

A trama acompanha Thai, que inicia a peça de forma reflexiva. Aos poucos, ela transcende suas próprias experiências e começa a se questionar sobre temas universais que ecoam na sociedade contemporânea. Questões como maternidade, casamento, expectativas pessoais e sociais, carreira, traumas, busca pela fama, impacto da Internet e memórias de infância. A narrativa conduz a protagonista a uma jornada de compreensão dessas grandes questões sociais ao longo do enredo. “É sobre como lidar com as expectativas que as pessoas têm sobre a gente. Qual é a linha que nos separa do outro”, descreve Thai.

A narrativa é construída de forma cômica, que permite aos espectadores se identificarem com situações e reviravoltas que a vida apresenta. Simultaneamente, o espetáculo carrega uma carga emocional que ressoa com experiências universais e torna a história da comunicadora não apenas pessoal, mas também popular. O espetáculo convida o público a refletir sobre as escolhas, aventuras e desafios que marcam cada jornada individual. A obra, também, cria uma oportunidade para se conectar com as histórias de Thai, além de incentivar a reflexão sobre temas cotidianos.

"Estamos criando uma linguagem conjunta para o espetáculo. São criadores que muitas vezes vêm de outros universos, como Ana Ariette, diretora de arte, que não é exatamente cenógrafa, embora já tenha feito cenário; Alexandre Herchcovitch, gênio da moda, que não é necessariamente um figurinista teatral; e Flávia Lafer, que é uma stylist. Além disso, há profissionais teatrais como Dan Maia, responsável pela trilha sonora, e Gabriel Malo, pela direção de movimento. A combinação desses profissionais gera algo inusitado, com a estética apurada e um leve flerte da estética da bufonaria”, detalha Bruno Guida.

A produtora Dani Angelotti conta um pouco sobre desejo produzir uma peça com Thai de Melo, que faz sua estreia no meio teatral: “Acho que cada vez mais, em todas as linguagens artísticas, não somente nas artes cênicas, pensar novos caminhos, atrair novos públicos e dialogar com outras linguagens é um caminho necessário a ser explorado. Thai possui potência e será uma grande revelação nos palcos”, analisa.


Da internet aos palcos
Thai de Melo, nascida em Boa Vista, Roraima, formou-se em jornalismo. Embora nunca tenha exercido a profissão, foi onde aprimorou seu lado comunicativo e questionador e, então, passou a se comunicar na internet. Sua trajetória no mundo da moda começou em lojas de renome, como Cris Barros, e logo evoluiu para a criação de conteúdo digital. Sua habilidade atraiu a atenção de marcas prestigiadas como Gucci, Dior e Prada. Thai ganhou reconhecimento online por conta de sua abordagem como comunicadora de moda.


Sobre Bruno Guida - Diretor
Ator, diretor e tradutor, membro do Lincoln Center Director's Lab, com formação no Teatro Escola Célia Helena, na École Philippe Gaulier, em Paris, e na Escola de Teatro de Moscou (GITIS). Dirigiu espetáculos como Bárbara e A Última Entrevista de Marília Gabriela, de Michelle Ferreira; In Extremis, de Neil Bartlett; Blackbox, do coletivo P.L.U.T.O., The Pillowman, de Martin McDonagh, e outros. Como ator, participou de mais de 20 montagens teatrais.


Sobre Dani Angelotti - Produtora
Possui mais de 20 anos de experiência em direção artística e produção, atuando principalmente nas artes cênicas. É diretora e criadora da Cubo Produções e vice-presidente da APTI. É idealizadora do MIACENA e conta com mais de 50 produções com nomes como Mônica Martelli, Rodrigo Lombardi, Mel Lisboa, Maria Ribeiro, Caco Ciocler, Chico Buarque, entre outros.


Ficha técnica
Espetáculo "Como É que Eu Vim Parar Aqui?"
Dramaturgia: Juliana Rosenthal e Thai de Melo
Direção: Bruno Guida
Atuação: Thai de Melo
Direção de arte: Ana Arietti
Figurinos: Alexandre Herschcovitch e Flavia Laffer
Iluminação: Cesar Pivetti
Trilha sonora: Dan Maia
Direção de movimentos: Gabriel Malo
Assistente de direção: Giselle Lima
Fotografia: Mariana Maltoni
Designer: Lucas Cobucci
Assessoria e Imprensa do espetáculo: Adriana Balsanelli
Assessoria de Imprensa Teatro Unimed: Fernando Sant’ Ana
Assessoria jurídica Teatro Unimed: Carolina Simão 
Gerente técnico Teatro Unimed: Reynold Itiki
Comunicação Teatro Unimed: Dayan Machado 
Produção Executiva: Camila Scheffer
Direção de Produção: Dani Angelotti
Idealização: Thai de Melo e Dani Angelotti


Teatro Unimed
O Teatro Unimed está localizado em um dos pontos centrais da cidade de São Paulo: esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, a apenas uma quadra da Avenida Paulista e da estação de metrô Consolação (linha 2 Verde). Muito versátil, com o que existe de mais moderno em tecnologia cênica, ideal para espetáculos de teatro, música, dança, eventos, gravações e transmissões ao vivo, o Teatro Unimed é o primeiro teatro criado pelo arquiteto Isay Weinfeld e ocupa o primeiro andar do Santos Augusta, empreendimento da desenvolvedora Reud, combinação única de escritórios, café, restaurante e teatro, o que permite uma experiência completa, antes e depois de cada espetáculo. Elegante e integrado ao lobby no piso térreo, o Perseu Coffee House é a porta de entrada do Teatro Unimed. Com mobiliário vintage original dos anos 50 e 60, assinado por grandes nomes do design brasileiro, como Zanine Caldas, Rino Levi e Carlo Hauner, e uma carta de cafés, pratos e drinks clássicos, é o lugar perfeito para encontros informais, desde um café da manhã até o happy hour. O Casimiro Ristorante, localizado no quarto andar do edifício, é uma iniciativa de um dos mais admirados e tradicionais restaurantes de São Paulo, o Tatini, fruto da dedicação de três gerações de profissionais voltados para a gastronomia italiana de qualidade: Mario Tatini, Fabrizio Tatini e Thiago Tatini.


Serviço
Monólogo "Como É que Eu Vim Parar Aqui?"
Com Thai de Melo
Teatro Unimed
Ed. Santos Augusta, Al. Santos, 2159, Jardins, São Paulo
Estreia: quarta-feira, 7 de agosto de 2024, às 20h
Curtíssima temporada: todas as quartas até 25 de setembro
Ingressos: Plateia - R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada) | Balcão - R$ 10 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)
Horários da Bilheteria: quartas, sextas e sábados, das 12h30 às 20h30. Domingos, das 10h30 às 18h30.
Duração: 55 minutos
Gênero: comédia
Classificação: 14 anos
Capacidade: 240 lugares
Acessibilidade: Ingressos para cadeirantes e acompanhantes podem ser reservados pelo e-mail contato@teatrounimed.com.br
Estacionamento com vallet terceirizado no local
Vendas pela internet: www.sympla.com.br/teatrounimed
Cancelamentos e reembolsos: https://ajuda.sympla.com.br/hc/pt-br/sections/360000213506-Cancelamento-e-reembolso
Ingressos para grupos: https://ajuda-bileto-sympla.zendesk.com/hc/pt-br/requests/new?ticket_form_id=11634520641684
Não será permitida a entrada na sala após o início do espetáculo, não havendo a devolução de valores ou troca de ingressos para outra data.

.: Teatro Vivo recebe "A Aforista", com Rosana Stavis e duelo de pianistas


Em cena, a premiada atriz Rosana Stavis, com texto de Marcos Damaceno, divide o palco com 2 pianos de cauda, tocados ao vivo pelos músicos Sérgio Justen e Fabio Cardoso, que duelam no palco e dão o tom da narrativa com a trilha original criada pelo compositor Gilson Fukushima. Foto: Priscila Prade


Sucesso de público e crítica - vencedor do Prêmio APCA 2023 de Melhor Espetáculo - "A Aforista" volta em cartaz em São Paulo em temporada no Teatro Vivo, de 8 de agosto a 12 de setembro. Escrita e dirigida pelo dramaturgo Marcos Damaceno, produzida pela Cia.Stavis-Damaceno de Curitiba, traz em cena a atriz Rosana Stavis (indicada aos prêmios Shell, APCA e APTR por sua atuação), acompanhada pelos pianistas Sergio Justen e Fabio Cardoso, com trilha sonora original composta por Gilson Fukushima.

O enredo tragicômico explora as complexidades das escolhas humanas, decisões tomadas e os caminhos seguidos. A trama gira em torno de uma mulher, que caminha incessantemente em direção ao funeral de um antigo amigo da faculdade de música. Durante essa jornada, ela reflete sobre sua própria vida e as trajetórias de seus amigos, todos do mundo musical, cujas escolhas os levaram desde o auge da realização até o fracasso.


A narrativa da peça
O enredo destaca o renomado pianista  John Marcos Martins como um dos personagens centrais, enquanto o pianista Polacoviski enfrenta um destino trágico. A história ocorre através das lembranças, pensamentos e imaginação da narradora, uma amiga próxima dos músicos, apelidada por eles de aforista.

A obra mergulha nas confusões e perturbações mentais da personagem principal, que apresenta um ritmo vertiginoso que oscila entre o angustiante, o hilário, o poético e o filosófico.  A narradora transmite seus pensamentos em uma experiência teatral intensa e hilariante.

A narradora, que está sempre andando e enquanto anda, pensa em como se deu tudo. Sua relação com seus antigos amigos de faculdade, o caminho que cada um seguiu, onde esses caminhos os levaram e o quanto esses caminhos tomados influenciaram, inclusive, na vida uns dos outros.

“É uma peça sobre as decisões que tomamos. Sobre as nossas escolhas. Os caminhos que seguimos. E onde eles nos levam. É também uma peça sobre nossos sonhos, nossos desejos, principalmente quando somos jovens. E de como lidamos com eles, com nossas frustrações e nossas insatisfações: “ser artista é saber lidar com as frustrações” – diz a aforista. Enfim, como toda peça de teatro, de como lidamos com os nossos sentimentos. E de como lidamos com os nossos pensamentos”, conta Damaceno.


Origem e trajetória da Obra
"A Aforista" é o segundo espetáculo de uma trilogia iniciada com "Árvores Abatidas ou Para Luis Melo", influenciada pelo escritor austríaco Thomas Bernhard. Segundo Damaceno, o texto da peça é uma conversa com questões postas por Bernhard, permitindo-se desviar para outros assuntos, outras situações e outros lugares, respondendo e contrapondo temas colocados pelo autor austríaco em sua extensa obra.

A mente como protagonista ou lugar de ação e o impacto quase que exclusivamente pela força do elenco e das palavras são marcas das encenações da Cia.Stavis-Damaceno. A estreia nacional de A aforista aconteceu em janeiro de 2023, no CCBB Rio de Janeiro, seguiu para temporadas no CCBB Brasília, CCBB São Paulo e CCBB Belo Horizonte, além de temporada em Curitiba, com mais de 150 apresentações até o momento.

"A Aforista" foi o vencedor do Prêmio APCA 2023 de Melhor Espetáculo; Prêmio Shell e APTR de Melhor Figurino; Prêmio Cenym nas categorias espetáculo, direção, iluminação e qualidade artística, entre outras 7 indicações. Rosana Stavis foi indicada ao APCA, Shell, APTR e ganhou o Troféu Gralha Azul (Prêmio Governador do Estado do Paraná) como melhor atriz.


Sobre Rosana Stavis
Atriz versátil e premiada, reconhecida por suas performances marcantes em uma variedade de papéis e gêneros dramáticos. É frequentemente apontada pela crítica especializada e por profissionais diversos com uma das melhores atrizes do teatro brasileiro na atualidade. Com formação pela PUC-PR, acumula seis Prêmios Governador do Estado do Paraná (Troféu Gralha Azul) de Melhor Atriz e é cofundadora da Cia.Stavis-Damaceno.


Sobre Marcos Damaceno
Diretor e dramaturgo, formado pela Faculdade de Artes do Paraná. Fundou o Núcleo de Dramaturgia do SESI-PR, promovendo a formação de dramaturgos e recebendo prêmios como o Shell de Melhor Dramaturgia por Homem ao Vento. Marcos também foi elogiado pela revista Bravo! como um dos principais jovens dramaturgos do país e ministra oficinas para atores em dramaturgias contemporâneas.


Sobre a Cia.Stavis-Damaceno
Fundada por Marcos Damaceno e Rosana Stavis em 2003, completou 20 anos em 2023, como uma das principais companhias teatrais do sul do Brasil. Reconhecida por espetáculos de renome nacional como Psicose 4h48 e Árvores Abatidas ou Para Luis Melo, a companhia destaca-se por abordar temas contemporâneos e valorizar a performance dos atores. Além disso, colabora com importantes instituições culturais brasileiras.


Ficha técnica
"A Aforista" | Texto e Direção: Marcos Damaceno. Elenco: Rosana Stavis. Pianistas: Sergio Justen e Fabio Cardoso. Composição e Direção Musical: Gilson Fukushima. Iluminação: Beto Bruel. Figurinos: Karen Brustollin. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Produção Executiva: Bia Reiner. Criação e Produção: Cia.Stavis-Damaceno.


Serviço
Espetáculo "A Aforista"
Reestreia dia 8 de agosto, quinta, às 20h, no Teatro Vivo.
Temporada: de 8 de agosto a 12 de setembro - Terças, quartas e quintas, às 20h.
Classificação: 14 anos.
Duração: 75 minutos.
Ingressos: R$ 100,00 e R$ 40,00.
Valor Preço Popular conforme determinação da Lei Rouanet, havendo um limite de ingressos por sessão.
Venda on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/95024/d/261371/s/1784070
Teatro Vivo - Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 – Morumbi. Telefone: 11 3430-1524.


Bilheteria
Funcionamento somente nos dias de peça, duas horas antes da apresentação.
Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência: Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 (antigo 860) – Morumbi
Estacionamento no local: Valor R$30 - Funcionamento: 2h antes da sessão até 30 minutos após o término da apresentação.

.: Alessandra Negrini estreia solo escrito por Silvia Gomez no Centro Cultural SP

Alessandra Negrini em "A Árvore". Foto: Priscila Prade 

O relato de uma transformação. Em seu primeiro solo, "A Árvore", que estreia no dia 15 de agosto no Centro Cultural São Paulo, a atriz Alessandra Negrini dá voz a uma mulher em processo de reflexão depois de ganhar uma pequena planta e ver-se sozinha com ela em seu apartamento. A temporada segue até 1º de setembro, com apresentações de terça a sábado, às 21h, e aos domingos, às 19h.

O trabalho tem dramaturgia de Silvia Gomez, direção de Ester Laccava e produção de Gabriel Fontes Paiva e Alessandra Negrini. Mirella Brandi (luz), Camila Schimidt (cenário), Ana Luiza Fay (figurinos) e Morris (trilha sonora) completam a equipe de criativos.

O projeto de Alessandra Negrini e Gabriel Fontes Paiva tem uma trajetória muito bem-sucedida. A peça estreou durante a pandemia de forma on-line e, depois, virou um longa-metragem que está sendo distribuído pela O2 Filmes. O espetáculo foi convidado para participar do Festival Mujeres en Escena por La Paz, na Colômbia, em 2021, e também fez parte da programação da MOBR em Portugal e da Mostra Internacional de Teatro - MIT-SP. Também em 2021, o texto da peça foi publicado pela Editora Cobogó. Em 2024, foi apresentado no Encuentro Internacional de Artes Escénicas Expandidas Yvyrasacha, em La Paz, Bolívia, e lido no Encuentro Iberoamericano de Dramaturgia, no evento Punto Cadeneta Punto, organizado por Umbral Teatro em Bogotá, Colômbia. 

Em cena, Alessandra Negrini dá vida à personagem A., que, sozinha em seu apartamento, dirige-se a um interlocutor não identificado para fazer o relato de uma viagem interior iniciada quando ela ganha uma pequena planta de uma vizinha. Certo dia, ao tentar limpar sua estante, A. se vê presa à planta por um fio de cabelo e submerge em um estranho processo, no qual observa seu corpo transformar-se lentamente em algo que desconhece. Despedindo-se de sua forma humana, tomada de novas sensações e percepções, A. ora narra fatos de seu cotidiano, ora se entrega a reflexões diversas, que transitam entre o lírico e o cômico. Uma experiência extraordinária, a um só tempo particular e coletiva.

De acordo com a atriz, a peça é composta por muitas camadas dramatúrgicas. “A Árvore é um relato. Um relato de amor. A personagem M. nos conta a sua história, a sua aventura mais íntima e nos oferece o testemunho de ver o seu corpo se transformando em algo outro. As angústias e as alegrias dessa viagem viram palavras e imagens potentes que ela mesma cria. É uma escrita performática, uma página, uma peça, uma narrativa dessa metáfora de virar algo que não é mais si mesmo. A ideia de virar uma árvore lhe parece bela e necessária e não há mais como escapar”, comenta.

"A Árvore" também é o primeiro monólogo escrito por Silvia Gomez, que teve sua inspiração para criar a personagem a partir de uma imagem. “Um dia, regando uma planta na estante, vi um fio do meu cabelo preso a ela. Pedi para meu filho fotografar e transformei o episódio em textos. Nesta peça, ele disparou a cena da metamorfose, elaborando a sensação de certa forma delirante de ter sido agarrada por aquela planta, como se ela tivesse algo a dizer”, revela.

Outra inspiração para a criação do texto veio de livros como “Revolução das plantas”, do biólogo Stefano Mancuso. Para a autora, a peça faz questionamentos sobre nossa relação de amor e ruínas com a natureza e nosso planeta. “Mancuso fala sobre adotar a metáfora das plantas para pensar nosso futuro coletivo. Olhar para elas como forma de buscar novas perguntas – e respostas – para essa relação em vias de esgotamento”, acrescenta.

“As personagens que escrevo são essas que, de repente, olham para a realidade, mas não cabem mais nela, adentrando então um espaço de delírio que, para mim, é na verdade, extrema lucidez. Um exercício de tentar elaborar o tremendo real por outra camada, reconhecendo nele as fissuras que nos permitem formular novas perguntas”, completa Silvia Gomez, que foi indicada ao Prêmio Shell de dramaturgia em 2019 por “Neste mundo louco, nesta noite brilhante”, e ao APCA de 2022, por “Gesto”.


Sinopse: Há alguns meses, A. vem enfrentando um estranho e inexplicável processo ao ver seu corpo transformar-se em algo que desconhece. Prestes a completar a mudança, ela se despede de suas feições mundanas com um relato que reflete sobre os aspectos extraordinários da experiência vivida por um corpo humano.


Ficha Técnica

Uma produção de Alessandra Negrini e Gabriel Fontes Paiva

Com Alessandra Negrini

Texto e Argumento de Silvia Gomez

Direção Ester Laccava

Assistência de Direção Giulia Lacava

Desenho de Luz Mirella Brandi

Cenografia Camila Schimidt

Figurinos Ana Luiza Fay

Trilha Sonora Original Morris

Realização de Peruca Feliciano San Roman

Técnica de Luz Giorgia Tolaini

Técnicos de Som e Vídeo Thiago Rocha e Bruna Moreti

Fotos Priscila Prade

Designer Gráfico Alexandre Brandão

Assessoria de Imprensa Pombo Correio

Produção Corpo Rastreado – Leo Devitto

Gestão de Projeto Luana Gorayeb

Realização Fontes Realizações Artísticas Ltda


Serviço

A Árvore, de Silvia Gomez

Temporada: 15 de agosto a 1º de setembro

Terça a sábado, às 21h, e aos domingos, às 19h

CCSP – Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho - Rua Vergueiro, 1.000, Liberdade, São Paulo 

Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)

Venda online em https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/

Bilheteria: Terça a sábado, das 13h às 22h; e domingos, das 12h às 21h

Classificação: 14 anos 

Duração: 70 minutos

Capacidade: 321 lugares

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida


Leia+

.: "A Árvore", com Alessandra Negrini, é um espetáculo gritante e urgente

.: Alessandra Negrini estreia espetáculo online "A Árvore"

.: Alessandra Negrini revela: “Gostava de sair de uma e entrar em outra”

.: Por que a minissérie "Engraçadinha" é tão necessária nos tempos de hoje?

.: Crítica de "Cidade Invisível", a live-action de Carlos Saldanha na Netflix

.: Travessia: Guida, Leonor e as surpresas da vida em Portugal

.: #ResenhaRápida: Antonio Benício Negrini responde perguntas indiscretas

.: "Paraíso Tropical" volta pela primeira vez no "Vale a Pena Ver de Novo"

.: Cineflix Cinemas estreia drama "É assim que acaba" na quinta-feira


Imagem de "É assim que acaba" que estreia na Cineflix Cinemas

A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia no dia 8 de agosto, o longa, para ser assistido com balde de pipoca quentinha, "É assim que acaba".

Seguem em cartaz os sucessos de bilheteria, o longa de ação e comédia "Deadpool e Wolverine" e as animações "Meu Malvado Favorito 4" e "Divertida Mente 2". Programe-se e confira detalhes abaixo! 


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreia da semana na Cineflix Santos


"É assim que acaba" ("It Ends With Us"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, romanceClassificação: 14 anos. Duração: 2h10. Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Justin BaldoniRoteiro: Christy Hall. Elenco: Blake Lively, Justin Baldoni, Brandon SklenarSinopse: Adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome da autora Collen Hoover, apresenta a trama de Lily Bloom (Blake Lively), uma mulher que, após vivenciar eventos traumáticos na infância, decide começar uma vida nova em Boston e tentar abrir o próprio negócio. Como consequência dessa mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro em Ryle (Justin Baldoni), um charmoso neurocirurgião. No entanto, à medida que o relacionamento se torna cada vez mais sério, também surgem lembranças de como era o relacionamento de seus pais. Até que, repentinamente, Atlas Corrigan (Brandon Sklenar), seu primeiro amor e uma ligação com o passado - uma alma gêmea, talvez? - retorna para a vida de Lily. As coisas se complicam ainda mais, quando um incidente doloroso desencadeia um trauma do passado, ameaçando tudo o que Lily construiu com Ryle. Agora, com seu primeiro amor de volta em sua vida, ela precisará decidir se tem o que é preciso para levar o casamento adiante. Confira os horários: neste link


Seguem em cartaz na Cineflix Santos

"Deadpool e Wolverine" ("Deadpool and Wolverine"). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, comédiaClassificação: 18 anos. Duração: 2h07. Ano: 2024. Distribuidora: Walt Disney Studios Motion Pictures. Direção: Shawn LevyRoteiro: Ryan Reynolds, Shawn Levy, Wendy Molyneux, Rhett Reese, Zeb Wells, Paul Wernick, Lizzie Molyneux. Elenco: Ryan Reynolds (Wade Wilson/Deadpool), Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Emma Corrin (Cassandra Nova), Morena Baccarin (Vanessa)Sinopse: Wolverine está se recuperando quando cruza seu caminho com Deadpool. Juntos, eles formam uma equipe e enfrentam um inimigo em comum. Confira os horários: neste link



"Meu Malvado Favorito 4" ("Despicable Me 4"). Ingressos on-line neste linkGênero: animação infantil, comédiaClassificação: livre. Duração: 1h34. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Pictures. Direção: Chris Renaud, Patrick DelageRoteiro: Ken Daurio, Mike White. Vozes: Leandro Hassum (Gru), Maria Clara Gueiros (Lucy)Sinopse: Gru dá as boas-vindas a um novo membro da família, Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. No entanto, sua existência pacífica logo desmorona quando um mentor do crime escapa da prisão e jura vingança contra Gru.. Confira os horários: neste link



"Divertida Mente 2" ("Inside Out 2"). Ingressos on-line neste linkGênero: animação infantilClassificação: livre. Duração: 1h36. Ano: 2024. Distribuidora: Walt Disney Studios Motion Pictures. Direção: Kelsey Mann Roteiro: Dave Holstein, Meg LeFauve. Vozes: Otaviano Costa (Medo), Dani Calabresa (Nojinho), Miá Mello (Alegria), Katiuscia Canoro (Tristeza), Gaby Milani (Inveja) e Fernando Mendonça (Vergonha)Sinopse: Com um salto temporal, Riley se encontra mais velha, passando pela tão temida adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle também está passando por uma adaptação para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. Confira os horários: neste link

terça-feira, 6 de agosto de 2024

.: Netflix anuncia série animada de Mafalda, de Juan José Campanella


O diretor e vencedor do Oscar, Juan José Campanella, está trabalhando na adaptação audiovisual da icônica história em quadrinhos "Mafalda", do consagrado mestre do humor gráfico argentino, Quino. Campanella será o diretor, roteirista e showrunner do projeto, desenvolvido no formato de série animada, com Gastón Gorali como co-roteirista e produtor geral, e Sergio Fernández como diretor de produção. Mafalda é uma produção original da Netflix com Mundoloco CGI.


Sobre a Mundoloco CGI
Mundoloco CGI é o estúdio de criação digital mais premiado da região. Fundado por Juan José Campanella junto com Gaston Gorali, Roberto Schroder e Jorge Estrada Mora, é o estúdio por trás de Metegol, a maior produção animada da América Latina até hoje; a bem-sucedida série Mini Beat Power Rockers; e o premiado curta Ian, uma história que nos mobilizará. Mundoloco reúne os mais apaixonados artistas digitais com o objetivo de criar histórias e personagens únicos para audiências de todo o planeta.


Sobre a Netflix
A Netflix é um dos principais serviços de entretenimento do mundo. São 278 milhões de assinaturas pagas em mais de 190 países com acesso a séries, filmes e jogos de diversos gêneros e idiomas. Assinantes podem assistir, pausar e voltar a assistir a um título quantas vezes quiserem em qualquer lugar e alterar o plano a qualquer momento.


Carta de Juan José Campanella - Sobre Mafalda
Eu tinha sete ou oito anos quando foi publicado o primeiro catálogo de tirinhas de Mafalda em forma de livrinho. Meus pais liam as tiras e me diziam que eu não ia entender. Que ofensa. Que desafio. Corri para comprá-lo e ainda me lembro de subir a ladeira de Melo enquanto lia, dando gargalhadas e admitindo que, de fato, haviam tiras que eu não entendia. Mafalda e seus amigos não só me faziam rir muito, mas de vez em quando me mandavam ao dicionário. E cada palavra nova que eu aprendia vinha com o prêmio de uma nova gargalhada.

Logo eu já era mais um da turma da Mafalda. Posso citar muitas piadas de memória, mas como hoje enfrento esse enorme desafio, não vou começar com os spoilers. Corte para décadas depois, em plena produção de Metegol. O mestre Quino veio visitar nosso escritório de produção. Havia quase 200 artistas de diferentes gerações e para todos nós era como se Deus tivesse entrado. Lembro que foi nesse dia que Quino tentou, pela primeira vez, desenhar com um lápis digital. Um gigante como ele, que inspirou gerações de desenhistas com seu traço, e muitos outros humoristas com seu senso de ironia e comentários perspicazes, estava dando forma a um traço, mas como nunca antes, sem tinta nem papel. Seu entusiasmo era o de uma criança com um brinquedo novo, fazendo dezenas de perguntas. O entusiasmo e a curiosidade de quem nunca acreditou saber tudo.

Desde essa visita, começaram a surgir perguntas. Como podemos reconectar as novas gerações que não cresceram com Mafalda a essa grande obra? Como podemos levar seu engenho, sua mordacidade, às crianças que hoje crescem em plataformas digitais? Como podemos, enfim, traduzir uma das maiores obras da história do Humor Gráfico para a linguagem audiovisual? 

Hoje, doze anos depois dessa visita inesquecível, enfrentamos esse desafio. Nada mais nada menos que transformar Mafalda em um clássico da animação. É nossa obrigação preservar o humor, o timing, a ironia e as observações de Quino. Sabemos que não podemos elevar Mafalda, porque mais alta ela não pode estar. Mas sonhamos que aqueles que são devotos dela desde o início possam compartilhá-la com nossos filhos, e embora haja coisas reservadas apenas para adultos, todos possamos soltar uma gargalhada em família, e por que não, recorrer ao dicionário de vez em quando.

Sem dúvida, de longe, o maior desafio da minha vida.

Juan José Campanella

Julho, 2024

.: Com Renata Sorrah, "AO VIVO [dentro da cabeça de alguém]" estreia em SP


Com texto e direção geral de Marcio Abreu, que parte da pesquisa e questionamentos atuais da companhia relativos à memória, sonho e tempo, espetáculo traz aos palcos Renata Sorrah, Rodrigo Bolzan, Rafael Bacelar, Bárbara Arakaki e Bianca Manicongo, também conhecida como Bixarte. Foto: Nana Moraes


No dia 22 de agosto, às 20h, a Companhia Brasileira de Teatro estreia "AO VIVO [dentro da cabeça de alguém]", no Teatro do Sesi-SP, um dos espaços mais pulsantes da Avenida Paulista. A peça foi criada pela companhia num gesto coletivo com os artistas Renata Sorrah, Rodrigo Bolzan, Rafael Bacelar, Bárbara Arakaki e Bianca Manicongo. O texto e direção geral são de Marcio Abreu, e a pesquisa e criação é assinada por ele ao lado de seus parceiros e núcleo criativo da companhia, os artistas Nadja Naira, Cássia Damasceno e José Maria.

"AO VIVO [dentro da cabeça de alguém]" dialoga com a obra de Anton Tchekhov, especialmente com seu texto seminal "A Gaivota" e dá sequência a uma das linhas de pesquisa da companhia brasileira de teatro, que reflete os tempos atuais a partir de diálogos inventivos com os clássicos. Durante o processo de criação, a partir da obra do autor russo, algumas indagações foram feitas para a constituição da dramaturgia, como: quais questões levantadas por Tchekhov atravessam o tempo e chegam até nós, hoje? E de que modo? Como expandir essas questões? E que formas são possíveis, hoje? Há formas novas, futuros possíveis?

Também foram tema de debate o valor da arte, para quem se produz e com quem, os tipos de espaços para se ocupar e construir, a forma como os jovens artistas encontram a própria voz na atualidade, e como se perceber artista na coletividade, com e para o público, em uma experiência viva, focada no agora.


O espetáculo
A narrativa de "AO VIVO [dentro da cabeça de alguém]" é formada por diferentes elementos de diversos campos de memória dos artistas que o compõem. “O público é convidado a percorrer uma lógica de sonho ou de memória, não exatamente no sentido onírico, mas como a gente formula o pensamento, como a memória não tem só a ver com o passado, mas como é um campo ativo de produção de sentidos e também de projeção para possíveis futuros”, explica Marcio Abreu.

A cena que abre o espetáculo, por exemplo, foi inspirada em uma experiência da atriz Renata Sorrah, na década de 1970, quando estava indo para o ensaio da célebre montagem de "A Gaivota", que participou no Rio de Janeiro. Em outro estado de consciência, ela revê personagens de sua vida e de sua arte, atravessando o tempo e ressignificando suas existências, ao vivo, hoje.

A própria peça de Tchekhov também está presente de várias maneiras, seja de forma conceitual e reflexiva sobre as temáticas abordadas nela, seja com os próprios trechos reescritos. Nesta conjunção de memórias, o espetáculo se passa dentro da cabeça de uma artista. Da Renata, da Nina, da Bianca, da Bárbara, do Bolzan, do Rafael, de todos que criaram esse trabalho. Como se pudessem perceber outras consciências, outras subjetividades, coisas que são, e de repente já não são mais. Coisas que se revelam e desaparecem, algo que se vê e, de repente, já não está mais ou já não o é.

“Quando entramos na cabeça de alguém, no campo dinâmico de produção de memória, percebemos que a vida de um único sujeito não é formada apenas por uma individualidade, mas por uma multidão de possibilidades de ser”, afirma o diretor. “É uma peça sobre estar vivo agora. É uma espécie de ensaio sobre vivências no tempo, sobre como colocar tempos múltiplos em relação, no presente. Os tempos - histórico, subjetivo, futuro e da memória - estão todos em convivência”.

Com uma equipe diversa de multiartistas e parceiros colaboradores da companhia em outros trabalhos, "AO VIVO [dentro da cabeça de alguém]" conta com instalação cenográfica e vídeos criados pelo premiado cineasta, artista visual e diretor Batman Zavereze; figurinos do estilista e criador Luís Cláudio Silva e seu Apartamento 03; música original do multiinstrumentista e diretor musical Felipe Storino; direção de movimento e criação da diretora, coreógrafa e bailarina Cristina Moura; fotografias e documentação sensível do projeto da artista Nana Moraes; e a assistência de direção e colaboração criativa do ator, bailarino e pesquisador Fábio Osório Monteiro.


cia brasileira de teatro e o Teatro do Sesi-SP
O Teatro do SESI-SP, do Centro Cultural FIESP, um importante equipamento cultural de São Paulo, completa este ano 60 anos de atividades. Oferece ao seu público uma programação diversa, contundente e gratuita, alinhada com os aspectos sociais e artísticos da contemporaneidade. Os espetáculos apresentados, assim como toda a programação cultural da instituição, são captados por meio dos editais de chamamento lançados periodicamente, onde são selecionados projetos artísticos de todo o território nacional, democratizando o acesso, tanto aos artistas como ao público.

"AO VIVO [Dentro da Cabeça de alguém]" chega ao Teatro do SESI-SP trazendo duas alegrias: a companhia brasileira de teatro junto à atriz Renata Sorrah. A primeira destacamos pela trajetória de repertório brilhante e sua importância na construção da cena contemporânea brasileira atual. Com um histórico de espetáculos impecáveis, tanto na estética como na contundência dos temas tratados. Na segunda, saudamos, com honra, a presença de Renata neste elenco, uma artista emblemática desde o seu reconhecimento na teledramaturgia, como na sua potência em cena, algo que precisa ser visto e admirado. 

Neste encontro de potência e excelência, o espetáculo se encontra com o texto de Anton Tchekhov para a criar uma realidade ficcional, sensível, que convida a uma imersão ao universo interno do ser e ao espaço coletivo social. "AO VIVO", portanto, é o espetáculo certo para integrar a programação do Teatro do SESI-SP neste ano comemorativo, com ele o SESI-SP segue com o seu compromisso: oferecer, de forma gratuita, o que existe de mais relevante na produção teatral nacional.

A companhia brasileira de teatro realizará 61 sessões até o dia 1º. de dezembro de 2024, de quinta-feira a domingo. Os ingressos são gratuitos e devem ser reservados pelo site www.sesisp.org.br/eventos. As apresentações contam com acessibilidade a pessoas surdas e/ou com deficiência visual durante toda a temporada.


Ficha técnica
Espetáculo "AO VIVO [dentro da cabeça de alguém]"
Texto e direção geral: Marcio Abreu
Pesquisa e criação: Marcio Abreu, Nadja Naira, Cássia Damasceno e José Maria
Elenco: Renata Sorrah, Rodrigo Bolzan, Rafael Bacelar, Bárbara Arakaki e Bianca Manicongo
Direção de produção e administração: José Maria e Cássia Damasceno
Iluminação e assistência de direção: Nadja Naira
Direção musical e trilha sonora original: Felipe Storino
Direção de movimento e colaboração criativa: Cristina Moura
Assistência de direção e colaboração criativa: Fábio Osório Monteiro
Figurinos: Luís Cláudio Silva | Apartamento 03
Direção videográfica: Batman Zavareze
Cenografia: Batman Zavareze, João Boni, José Maria, Nadja Naira e Marcio Abreu
Assistente de arte: Gabriel Silveira
Edição de vídeo: João Oliveira
Captação das imagens para vídeos: Cacá Bernardes | Bruta Flor Filmes
Design de som: Chico Santarosa
Assistência de cenografia: Kauê Mar
Assistência e programação de luz: Denis Kageyama e Sibila Gomes
Técnica de vídeo, luz e programação videomapping: Michelle Bezerra
Técnica de luz e som: Dafne Rufino
Assistência de produção: Ará Silva e Jeniffer Rossetti
Cenotécnica: Sasso Campanaro, Alexander Peixoto, Douglas Caldas
Maquinista: Sasso Campanaro
Fotos: Nana Moraes
Programação visual: Pablito Kucarz e Miriam Fontoura
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Carina Bordalo
Criação e produção: companhia brasileira de teatro


Serviço
Espetáculo "AO VIVO [dentro da cabeça de alguém]"
De 22 de agosto a 1º de dezembro de 2024
Sessões: quinta a sábado, 20h00; domingos, 19h00
Local: Teatro do Sesi-SP, no Centro Cultural Fiesp
Endereço: Avenida Paulista, 1313 - Jardins
Ingressos: os ingressos gratuitos são liberados a cada segunda-feira, a partir das 8h. Podem ser reservados no site www.sesisp.org.br/eventos
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Acessibilidade: Sessões com Libras e Audiodescrição aos sábados e domingos.
▪️ Não haverá espetáculo nos dias 30 de agosto, 21, 22, 23, 24 de novembro.

.: "Cheiro de Suor e Vinho", o livro para lá de hot escrito por um cantor sertanejo


A literatura pode ser quente e inspirar o autoconhecimento sexual, além proporcionar ideias para noites a dois. No cenário dos parreirais do interior italiano, o cantor sertanejo Miguel Vaz - da dupla Zé Felipe & Miguel - narra o romance erótico "Cheiro de Suor e Vinho" (compre o livro neste link). Nesta obra, a personagem é cheia de pudores, mas um amor vai revelar uma nova face dos seus desejos. O romance erótico conta uma história quente que mistura frustrações e ousadia, com toques intrigantes da máfia.

Em busca de emprego na capital da moda, Milão, o passado de Elisa Rizzo a persegue. Um mafioso lunático coloca um alvo em suas costas e ela precisa deixar sua terra natal, a pacata cidade de Vernazza. A vida da jovem corre risco e as movimentadas ruas milanesas já não são mais seguras. No entanto, de todos os perigos, nada se compara à chegada de um amor improvável e turbulento para deixar seu coração ainda mais vulnerável.

É entre os parreirais do interior italiano e os luxos da metrópole que os leitores saboreiam o enredo de "Cheiro de Suor e Vinho", primeiro romance erótico do escritor e cantor Miguel Vaz. Na obra, publicada pelo selo Lucens Editorial (Citadel), a protagonista vive um reencontro com o músico Lorenzo Bianchi, que faz com que os desejos tomem conta de sua alma recatada, dando espaço para a ousadia de quem até então mergulhava apenas nos livros. 

Sob a voz narrativa da protagonista Elisa, o escritor surpreende com pitadas inteligentes de erotismo e entrega mais do que um romance entre uma garota em busca de si mesma e um rockstar que tem dificuldades para lidar com a fama. A obra é sobre uma jornada de amadurecimento na passagem da adolescência para a vida adulta, quando novos desejos, sentimentos e objetivos tomam conta da personagem. 

Dos palcos para as páginas, Miguel Vaz proclama neste livro as relações amorosas como verdadeiramente são. A história evidencia relacionamentos cheios de frustrações, incertezas e arrependimentos, mas também aquece com alegria, paixão e crescimento. "Cheiro de Suor e Vinho" é o terceiro romance publicado pelo autor brasiliense. 


Sobre o autor
Miguel Vaz
é escritor, poeta e cantor na dupla sertaneja Zé Felipe & Miguel. Nasceu em Brasília (DF), em 1992 e formou-se em Jornalismo pela Universidade de Brasília. É autor do romance regionalista "Quando a Chuva Cair" e do realismo fantástico "Conchas para María". "Cheiro de Suor e Vinho" marca sua primeira imersão no campo dos romances hot, valendo-se de suas experiências dentro e fora dos palcos, onde paralelamente sua arte circula. 


Ficha técnica
"Cheiro de Suor e Vinho"
Autor: Miguel Vaz
Editora: Citadel Grupo Editorial
Selo: Lucens Editorial
ISBN: 978-6550474515
Dimensões: 15.5 x 1.5 x 23 cm
Páginas: 304
Compre o livro neste link.

.: CCBB SP recebe o espetáculo inédito “Sangue”, dirigido por Kiko Marques


Carol Gonzalez, Rogério Brito, Marat Descartes e Leopoldo Pacheco em "Sangue", espetáculo que propõe uma discussão sobre o poder e a dominação. Foto: Heloísa Bortz

“Sangue” é um projeto inédito, escrito por Kiko Marques especialmente para os atores Carol Gonzalez, Leopoldo Pacheco, Marat Descartes e Rogério Brito. A estreia acontece no dia 8 de agosto, no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, com sessões de quinta a domingo e fica em cartaz até 15 de setembro. Kiko Marques também assina a direção. A obra propõe uma discussão sobre o poder e a dominação. No momento em que a trama começa, a atriz Carin, que produz seus próprios espetáculos, ensaia a peça  “Sangue", onde contracena com o ator Cesar Santo. O texto é de Aponti, genial autor francês falecido no fim dos anos 90.

Com duas semanas de ensaio e com Carin e Cesar chegando a um resultado extraordinário na composição de seus personagens, eles recebem um e-mail revogando a autorização para realização do projeto. Em paralelo, no interior da França, a história revela Leon, ex-namorado de Carin e diretor francês apaixonado pelo Brasil, que originalmente dirigiria “Sangue”. É ele que tenta convencer seu amigo Victor, irmão de Aponti e herdeiro de seus direitos autorais, a bloquear os direitos da montagem brasileira, alegando que Carin plagiou seu projeto.

Os apelos de Carin para reverter a decisão não recebem sequer resposta, até que Leon sugere a Victor, que acredita possuir a mesma genialidade do irmão e ambiciona se tornar diretor de teatro, que ele assuma a direção da montagem brasileira, como um balão de ensaios que, se der certo, poderá ter a montagem reproduzida na França.  Leon irá com ele, trabalhando como cenógrafo e intérprete. Victor então condiciona a liberação do texto à participação dos dois no projeto.

Como uma miniatura do mundo, os conflitos da peça espelham os conflitos que a própria sociedade atravessa. Mais de um século depois da Semana de Arte Moderna, em que a cultura brasileira rompeu os grilhões que a mantinham como subalterna à Europa, ainda se faz fundamental discutir o panorama cultural que hoje encontramos no país. Em “Sangue”, os franceses armam um ardil para se apoderar do projeto dos artistas brasileiros, fazendo-os perder o domínio daquilo que eles próprios idealizaram. O texto também discute a violência de gênero, que aparece desde o início do relacionamento amoroso entre o diretor francês e a atriz brasileira.

"'Sangue' é um poema cênico sobre a fraternidade, em seus mais inesperados modos, sobre a criação artística como pulsão fundamental da vida, e também sobre a violência humana, em seus insuspeitados disfarces", afirma Segundo Kiko Marques, autor e diretor. “Sangue” constrói uma fábula que evidencia como trabalhadores da cultura podem ser também vítimas de seus próprios pares, quando estes não se reconhecem como iguais e se arrogam o papel de algozes. A equipe criativa conta com André Cortez na criação do cenário, Marichilene Artisevskis nos figurinos, Gabriele Souza no desenho de luz e Marcelo Pellegrini na música original. Kiko Rieser assina a direção de produção.

Ao realizar esse espetáculo, o Centro Cultural Banco do Brasil traz para o debate público temas relevantes como o poder, a dominação, o colonialismo e a violência de gênero, incentivando o público a refletir questões culturais e sociais contemporâneas, além de promover a arte e os artistas brasileiros, contribuindo para o fortalecimento do teatro nacional e ampliando a conexão dos brasileiros com a cultura.


Sinopse de "Sangue"
Carin e Cesar Santo estão ensaiando "Sangue", peça de Aponti, genial autor francês já falecido, quando Victor, irmão de Aponti, revoga a permissão para realizar o projeto, sem qualquer explicação e em caráter irrevogável. Em paralelo, no interior da França, vemos Leon, diretor francês apaixonado pelo Brasil e ex-namorado de Carin, convencendo seu amigo Victor a bloquear os direitos da montagem brasileira. Ele alega que Carin plagiou seu projeto e sugere que o amigo assuma a direção dessa montagem. Leon viajaria com ele, trabalhando como cenógrafo e intérprete idiomático. Victor então condiciona a liberação do texto à participação dos dois no projeto.


Serviço
Espetáculo "Sangue"
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Temporada: de 8 de agosto a 15 de setembro
Quintas e sextas, 19h00 | Sábados e domingos, 17h00
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia-entrada)
Duração: 100 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 120 pessoas
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico / São Paulo
Entrada acessível: pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.
Funcionamento CCBB SP: Aberto todos os dias, das 9h00 às 20h00, exceto às terças
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento: o CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h00 às 21h00.
Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h00 às 21h00.

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

.: Novo livro de Alê Motta mantém estilo conciso para falar das dores da alma


Conhecida por suas micronarrativas adotadas em vestibulares de universidades públicas, escritora mantém o estilo aclamado pela crítica no novo romance


Lançamento da Alta Books, “Minha Cabeça Dói” (compre o livro neste link), escrito por Alê Motta, está chegando às livrarias, com agendas já programadas em livrarias do Rio de Janeiro. O quarto livro e primeiro romance da escritora fluminense traz algumas de suas principais características e que a têm diferenciado dentro da nova geração de escritores – a concisão e a força do discurso.

A história é narrada em primeira pessoa, na voz de um menino-adolescente de periferia que carrega na alma todo o peso do cenário em que vive. Poderia ser um enredo comum no cotidiano de muitas famílias, das periferias ou não, mas ganha força no texto de Alê Motta. A narrativa se aproxima do pensamento da personagem, antes de se tornar discurso falado ou escrito e sem as formalidades impostas pelos filtros.

Autora de “Interrompidos” (Reformatório, 2017) e “Velhos” (Reformatório, 2020), além do juvenil “O Menino que Sabia Fingir” (PeraBook Editora 2024), Alê Motta despontou como escritora de micronarrativas, que vêm sendo bem recebidas pela crítica. “Velhos”, aliás, é leitura obrigatória, pelo segundo ano consecutivo, nos vestibulares das universidades públicas do estado de Santa Catarina, com adaptação para o teatro, também pelo segundo ano, e exibições pela capital e interior catarinenses. “Gosto de trabalhar com a concisão. Valorizando a escolha de cada palavra para criar a narrativa”, explica.

A autora foi apresentada ao mercado editorial pelo também escritor, redator publicitário e professor João Anzanello Carrascoza que escreve na quarta capa de “Minha Cabeça Dói”: "Um dos fatos mais expressivos no campo literário é a eclosão de uma voz nova, que, aos poucos, vai se arvorando com seu estilo singular, como é o caso de Alê Motta. Alê alarga não só sua escrita na novela Minha cabeça dói, como igualmente expande, por meio dessa bela história, sua presença no mapa da literatura brasileira contemporânea".

Itamar Vieira Júnior também se manifesta na quarta capa ressaltando o estilo da escritora: "A prosa minimalista de Alê Motta é incisiva e direta. Tira-nos de nossa zona de conforto, como só a boa literatura é capaz de fazer".

E tem, ainda, Sérgio Tavares que escreve: "Neste relato franco e sensível, Alê Motta dá voz a um personagem que canaliza traumas físicos e emocionais numa jornada para se reconhecer num mundo de conflitos familiares, descoberta de amores e amadurecimento pessoal. Um livro que se liga à memória do leitor num pacto de alteridade, pequeno apenas em tamanho, mas não em densidade e alcance, tocando em experiências  que todos nós, de uma forma ou de outra, passamos na transição dramática da infância para a juventude".

A orelha do novo livro traz as impressões do jornalista e escritor Fernando Molica: "Este é um livro sobre cicatrizes, algumas anteriores àquela que, substantiva, ressalta todas as outras. A cicatriz que marca o rosto do narrador perde, ao longo da narrativa, protagonismo para as que o acompanham numa jornada pontuada pelos rasgos profundos e dolorosos que lhe tatuam a alma, como no samba cantado por Nelson Cavaquinho".

Alê Motta
Arquiteta e urbanista pela UFRJ, participou da antologia 14 Novos Autores Brasileiros, organizada pela escritora Adriana Lisboa, e teve alguns dos seus contos publicados em Daughters of Latin America: An International Anthology of Writing by Latine Women (HarperCollins, 2023).


Serviço
Lançamento do livro "Minha Cabeça Dói", de Alê Motta
Dia 9 de agosto, às 19h00
Livraria Leitura - Plaza Shopping / Niterói

Bate-papo de Alê Motta com Fernando Molica e Sérgio Tavares
Dia 26 de agosto, às 19h00
Livraria da Travessa - R. Voluntários da Pátria 97 - Botafogo, Rio de Janeiro RJ

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.