terça-feira, 16 de julho de 2024

.: TV Cultura reapresenta "Provocações" com Zé Celso Martinez e Eva Wilma


Nesta quarta-feira, dia 17 de julho, a TV Cultura reapresenta dois grandes momentos do "Provocações" com Antônio Abujamra: a entrevista com Zé Celso Martinez, de agosto de 2002, e com Eva Wilma, de outubro de 2010. A exibição, que acontece a partir da meia-noite é parte da celebração dos 55 anos da emissora. A conversa com Zé Celso celebrou os dois anos do "Provocações" no ar, onde o histórico diretor do Teatro Oficina, aos 65 anos na época, relembrou momentos da carreira, falou sobre autores marcantes, com destaque para Euclides da Cunha, seu favorito. E ainda comentou sobre os desafios de adaptar a obra “Os Sertões” para os palcos, incluindo a escolha de manter a linguagem literária.

Eva Wilma, relembrou um pouco de sua carreira, iniciada na antiga TV Tupi e estendidos em mais de 35 novelas, 20 filmes e um número incontável de peças de teatro. “A primeira novela que deu certo na Tupi eu fazia uma vilã... Foi daí que eu tive o ´gostinho´ de assumir as vilãs, personagens [...] muito mais interessantes e mais desafiadoras”. Quando questionada sobre os privilégios de ser uma atriz veterana, Eva disse que “... acima de tudo, é o bem querer do público. A maneira como o público se manifesta, não nos aplausos, mas sim, ao vivo, intimamente”.

segunda-feira, 15 de julho de 2024

.: "Twisters" coloca o espectador dentro da tragédia sem que ele se arrisque


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Tudo o que está em "Twisters", em cartaz na rede rede Cineflix Cinemas, remete aos anos 90. Desde a estética do filme, passando por personagens despretensiosos, até à história de amor levinha protagonizada por personagens agradáveis, mas não surpreendentes. Parece uma obra pensada para se tornar um clássico ao longo do tempo. O interessante do filme é a intensidade com que ele proporciona vivenciar os desastres ambientais dentro do cinema, sem que o público necessite de fato passar por eles. É uma aventura e tanto, com mais tecnologia que o filme de 1996 e as sequências que a produção já proporcionou. 

Glen Powell como o cowboy-influencer-ambientalista-estereotipado entrega o personagem com uma ironia recorrente, que ele também fez em "Assassino Por Acaso" e se sai bem, o problema é começar a se repetir. Daisy Edgar-Jones, inesquecível como "a garota do lago" de "Um Lugar Bem Longe Daqui" apresenta uma personagem relevante um bom tempo depois daquele longa-metragem e, pasmem, o filme é dela. Mais do que de Glen Power, apontado como o grande protagonista. Não é. 

Entre os "pombinhos do filme" há um drama no meio, a protagonista é traumatizada e se fecha até percorrer todo aquele caminho de se reinventar a partir de uma vitória e, de quebra, um novo amor. Até aí, mais do mesmo. Mas o forte de "Twisters" decididamente não é a história, mas os efeitos. "Twisters" coloca o espectador dentro da tragédia sem que ele se arrisque... e dar essa experiência a ele. É algo que no streaming não vai rolar com a mesma intensidade. É um filme para ver no cinema e sentir tudo, caso contrário é mais um que ao longo dos anos terá uma "pegada de clássico" com pouco ou nadaa acrescentar. É possível perceber a assinatura de Steven Spielberg, que está por trás da produção. 

Daryl McCormack, o "Leo Grande" do filme com Emma Thompson, faz uma participação pequena, mas marcante. Outra curiosidade de "Twisters" é contar uma história de amor sem mostrar sequer um beijo. É uma perspectiva diferente, que também se conecta às novas gerações e as relações humanas que se consolidam a partir da internet.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Twisters" são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: 2ª edição do Festival Literário Arena da Palavra reúne 22 autores em 18 livrarias


Oswaldo de Camargo será o homenageado da 2ª edição do Festival Literário Arena da Palavra. Foto: Renato Parada

A literatura está em alta na cidade e os amantes desta área de expressão artística poderão desfrutar de um evento onde as estrelas são os autores e seus livros. O público terá a possibilidade de compartilhar trocas intelectuais e afetivas, além de circular entre escritores, leitores e livreiros, personagens do vasto mundo das ideias. A 2ª edição do Festival Literário Arena da Palavra, que homenageia o escritor Oswaldo Camargo, e movimenta São Paulo entre os dias 25 de julho e 4 de agosto, quando 18 livrarias de rua da cidade estarão de portas abertas para receber 22 autores durante os nove dias do projeto. A programação inspiradora inclui quatro lançamentos de livros, debates e shows.

A abertura (para convidados) acontece dia 25 de julho, quinta, às 19 horas, no MAM - Museu de Arte Moderna, no Parque Ibirapuera. com pocket show da cantora e compositora Fernanda Porto, quando  haverá a confraternização entre livreiros, autores participantes e homenageado, e os curadores apresentarão os destaques do evento, ressaltando o que norteou sua linha curatorial. Nesta segunda edição do Arena da Palavra, a curadoria segue com o formato de ter, em cada livraria, a figura do  autor-livreiro, que conduzirá um debate com o público a partir dos títulos e/ou obras que terá selecionado previamente.  Entre outras atrações, está a apresentação do Sarau do Capão (dia 30 de julho, terça-feira, às 19h00, na Livraria Megafauna) e o show do violeiro Paulo Freire (dia 4 de agosto, domingo, das 11h00 às 15h00, no Sebo Pura Poesia).

O evento homenageia Oswaldo Camargo, poeta, ficcionista, crítico, historiador da literatura e um dos mais destacados escritores negros das últimas décadas. O escritor estará na Livraria Megafauna dia 30 às 19h00, quando terá seus livros relançados - "O Carro do Êxito", "30 Poemas de Um Negro Brasileiro", "A Descoberta do Frio" (Companhia das Letras). Também estará domingo, 4 de agosto, no encerramento do projeto, na Pura Poesia. O Arena da Palavra também presta homenagem à Livraria Taverna, uma das afetadas pela tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. Seu acervo e mobiliário foram danificados.

Entre os autores escolhidos pela curadoria, estão o jornalista e professor Eugênio Bucci,  a dramaturga e poeta "Ave Terrena", o autor Felipe Franco Munhoz, o quadrinista e ilustrador Alcimar Frazão e as escritoras Lilia Guerra e Aline Bei, entre outros. Para saber a programação completa, visite o site www.arenadapalavra.com.br  e acompanhe as redes do Polo Cultural. O evento tem idealização do produtor cultural Marcelo Sollero, diretor do Polo Cultural, que assina a curadoria ao lado do Claudiney Ferreira ("Certas Palavras"), o jornalista Ubiratan Brasil (crítico de Literatura da APCA) e a escritora Cidinha Silva. Com produção do Polo Cultural, o festival pretende aquecer o circuito/cenário das pequenas empresas do universo do livro. A ideia é fortalecer as livrarias independentes, principalmente as livrarias de rua, de pequeno porte. Busca-se valorizar a diversidade literária e promover o acesso à cultura, proporcionando aos leitores uma experiência enriquecedora e diferenciada. Para viabilizar esta programação, as livrarias receberão pequeno aporte de recursos proveniente de emenda parlamentar.


Lançamentos dos autores Cidinha da Silva, Oswaldo de Camargo, Cristino Wapichana e Felipe Franco Munhoz
O autor indígena Cristino Wapichana (Boa Vista, Roraima, 1971) - contador de histórias, escritor, músico, compositor - autografa o seu Terra Rio e Guerra da editora Moderna no sábado, dia 27, às 15h, na Livraria Miúda (R. Coronel Melo de Oliveira, 766, Pompeia). Contador de histórias, escritor, músico, compositor, produtor cultural, artista indígena, utiliza-se de sua familiaridade com as palavras e a música para disseminar histórias, saberes e heranças dos povos originários, reforçando a importância dessa população para a formação da sociedade brasileira. 

O homenageado Oswaldo de Camargo estará no dia 30 de julho, sexta-feira, às 19h00, na MegaFauna, com o relançamento de seus livros (Companhia das Letras) - "O Carro do Êxito", "30 Poemas de Um Negro Brasileiro", "Descoberta do Frio". Felipe Franco Munhoz, que estreou na literatura com o romance "Mentiras", em 2016, estará na Livraria Sentimento do Mundo no dia 30 de julho, terça-feira, às 19h00, autografando "Dissoluções e Lanternas Ao Nirvana' (audiolivro), lançado pela editora Moderna. A mineira Cidinha da Silva – que tem 22 livros publicados, distribuídos entre os gêneros crônica, conto, ensaio, dramaturgia e infantil/juvenil - assina o seu "Vamos Falar de Relações Raciais? Crônicas para Debater o Antirracismo" (Editoria Autêntica) no sábado, dia 3 de agosto, às 17h00, na Livraria Cabeceira (praça Alfredo Weiszflog, 38, Vila Romana).


Autor-livreiro
Sobre o conceito de autor-livreiro, Marcelo Sollero diz que “foram convidados autores de livros para visitar as livrarias e escolher dentro de seus acervos alguns livros de sua preferência E a partir daí abrir para debater. Esperamos que o festival tenha o poder de ajudar a impulsionar o crescimento do mercado editorial dos independentes, fomentando a cultura e incentivando a formação de leitores”, afirma Sollero.

Ubiratan Brasil conviveu durante anos com o homenageado. “Conheci o Oswaldo quando eu entrei no grupo Estado, em 1990, no Jornal da Tarde, quando ainda era repórter de Esporte. Naquela época, como não tinha internet, o acervo do jornal era importante fonte de pesquisa. Oswaldinho, como a gente o chamava, era um dos atendentes e sempre demonstrou ser uma pessoa culta, antenada com tudo o que acontecia no Brasil e no mundo - e não só na área de cultura. Era um homem muito divertido, com um jeito muito gracioso de falar. Eu gostava de conversar com ele, mesmo que esporadicamente”. Sobre a linha da curadoria, Ubiratan buscou nomes novos ou ainda pouco conhecidos no mercado editorial, mas cujo trabalho já chama atenção das editoras, independente do seu tamanho. “Há muita gente escrevendo hoje em dia, mas poucos com real qualidade. E os que escolhi me pareceram mais representativos desse momento”.

Como visitante ou a trabalho, há exatos 40 anos o curador Claudiney Ferreira frequenta festivais e feiras de livros no Brasil e no exterior. “No geral, os formatos dos eventos são um tanto semelhantes. Normalmente, interessantes. Arena da Palavra nos apresenta uma outra perspectiva de evento literário, principalmente na sua fase presencial. Não só a literatura, escritoras e escritores, editores são personagens importantes deste evento, mas a cidade é também essencial. A cidade e suas pequenas livrarias de rua, todas dotadas de distintas personalidades. Arena da Palavra nos provoca com fluxos e fruição pela urbanidade paulistana”, analisa.


Calendário de programação

Sexta-feira, 26 de julho
19h00 - Livraria Ponta de Lança. R. Aureliano Coutinho, 26, V Buarque
Autor-Livreiro: Felipe Franco Munhoz
Homenagem a Livraria Taverna - presença de Ederson Lopes, representante da livraria do Rio Grande do Sul


Sábado, 27 de julho
13h00 às 15h00 - Companhia Ilimitada. Av. Nova Cantareira, 3344, sala 18.
Autor-livreiro – Vanessa Merique

15h00 – Miúda. R. Coronel Melo de Oliveira, 766, Pompeia
Autor-livreiro: Cristino Wapichana. Lançamento do livro - "Terra Rio e Guerra"

18h00 às 20h00 - Eiffel -Praça da República, 183 – República.
Autor-livreiro: Alcimar Frazão.


Domingo, 28 de julho
15h00 - Sebo Pura Poesia - Rua Costa Aguiar, 1112- Ipiranga
Autor-livreiro: Jarid Arraes


Segunda-feira, 29 de julho
17h00 - Bibla - Pça Profa. Emília Barbosa Lima, 58 - Alto de Pinheiros
Autor-livreiro: Catita

19h00 - Ria  - R. Marinho Falcão, 58 - Sumarezinho
Autor-livreiro: Edson Natale


Terça-feira, 30 de julho
17h00 - Brooklin - Rua Hollywood, 275 – Brooklin
Autor-livreiro – Carol Rodrigues

19h00 - Megafauna  - Av. Ipiranga, 200 - loja 53 – República
Sarau do Capão e Oswaldo de Camargo - Relançamento de seus livros (Companhia das Letras). "O Carro do Êxito", "30 Poemas de Um Negro Brasileiro", "A Descoberta do Frio"

19h00 - Sentimento do Mundo
Felipe Franco Munhoz
Lançamento dos livros – "Dissolução" e "Lanternas ao Nirvana". Editora Record.


Quarta-feira, 31 de julho
19h00 - Ponta de Lança - R. Aureliano Coutinho, 26 - Vila Buarque
Autor-livreiro: Aline Bei. Cia das Letras

19h00 - Da Tarde - R. Cônego Eugênio Leite, 956
Autor-livreiro: Tatiana Nascimento


Quinta-feira, 1° de agosto
15h00 - Pura Poesia - Rua Costa Aguiar, 1112- Ipiranga
Autor-livreiro: Mariana Carrara

17h00 - Na Nuvem - Alameda Eduardo Prado, 493B - Campos Elíseos
Autor-livreiro: Zainne Lima

17h00 - Sebo Chama de uma Vela - R. Iquiririm, 277 - casa 2 - Vila Indiana
Autor-livreiro: Marcelo de Salete


Sexta-feira, 2 de agosto
19h00 - Sentimento do Mundo - R. Barão de Tatuí, 496 - Santa Cecília
Autor-livreiro: Lilia Guerra

19h00 - Patuscada - Rua Luís Murat, 40 - Pinheiros
Autor-livreiro: O Floresta


Sábado, 3 de agosto
14h00 - QueerLivros - Rua Joaquim Távora, 731 Vila Mariana
Autor-livreiro: Ave Terrena

14h00 - Tucambira - Rua Tucambira, 53 - Pinheiros
Autor –livreiro - Juliana Borges

15h00 - Pé de Livro – Rua Tucuna, 298, Pompeia
Autor-livreiro – Priscila Obaci

17h00 - Cabeceira – Praça Alfredo Weiszflog, 38, V Romana, Lapa.
Lançamento – Cidinha da Silva
Livro: "Vamos Falar de Relações Sociais? Crônicas para Debater o Antirracismo"


Domingo, 4 de agosto
11h00 às 16h00 - Pura Poesia - Rua Costa Aguiar, 1112- Ipiranga
Autor-livreiro:  Show com violeiro Paulo Freire
Presença do homenageado Oswaldo de Camargo, autografando seus livros.


Sobre o homenageado
Oswaldo de Camargo nasceu em Bragança Paulista (SP), em 1936. Estudou música e humanidades no Seminário Menor Nossa Senhora da Paz, mas, percebendo intimidade com as letras, decidiu dedicar-se à escrita. Foi revisor do jornal O Estado de S. Paulo, redator do Jornal da Tarde, diretor de cultura da Associação Cultural do Negro e um dos principais colaboradores de periódicos como Novo Horizonte, Niger e Cadernos Negros. Dele, a Companhia das Letras também publicou "O Carro do Êxito".


Curadores
Ubiratan Brasil
Formado em jornalismo pela USP, iniciou a carreira profissional na Editora Abril, como repórter da revista Placar. Seguiu para o Jornal da Tarde, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, onde passou a escrever sobre Cultura durante mais de duas décadas. Cobriu importantes eventos como Copa do Mundo, GPs de Fórmula 1, Feira do Livro de Frankfurt, Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), a cerimônia de entrega do Oscar (desde 2005)r, entre outros. Desde 2023, atua como jornalista freelancer, colaborando para Valor Econômico, Folha, Globo, Marie Claire e Estadão, nas áreas de Literatura, Teatro e Cinema, com especial apreço pelo teatro musical.  

Cidinha da Silva
Mineira de Belo Horizonte, a escritora e editora publicou 17 livros, alguns deles em vários idiomas: alemão, catalão, espanhol, francês, inglês e italiano. A autora passeia confortavelmente pelos gêneros: crônica, conto, ensaio, dramaturgia, infantil/juvenil, pelos quais já recebeu vários prêmios literários. Doutora em Difusão do Conhecimento e conselheira da Casa Sueli Carneiro, é autora dos premiados Um Exu em Nova York e O mar de Manu. Vários de seus livros integram políticas públicas de formação de acervo como o PNLD Literário (FNDE). Tem traduções em catalão, espanhol, francês, inglês e italiano. É cronista do jornal Rascunho (site). Sua publicação mais recente é Vamos falar de relações raciais? Crônicas para debater o antirracismo (Autêntica, 2024).

Claudiney Ferreira
Jornalista, radialista, curador e gestor cultural, trabalhou em rádios, revistas e tvs com jornalismo cultural, político e econômico. Criador do programa de rádio Certas Palavras - especializado em livros e ideias, no ar por 19 anos, ganhador de 15 prêmios. Gestor cultural do Itaú Cultura por 20 anos, coordenou as áreas de literatura, audiovisual (curadoria e produção, jornalismo cultural, leitura, HQ e culturas indígenas). Foi coordenador-geral da construção da plataforma Itaú Cultural Play. Recebeu 19 prêmios por suas atividades no jornalismo.


As 18 livrarias - https://www.arenadapalavra.com.br/livrarias/
1. Bibla
2. Cabeceira
3. Chama de uma Vela
4. Companhia Ilimitada
5. Eiffel
6. Livraria da Tarde
7. Livraria do Brooklin
8. Livraria na Nuvem
9. Megafauna
10. Miúda
11. Patuscada
12. Pé de Livro
13. Ponta de Lança
14. Queer Livros
15. Ria Livraria
16. Sebo Pura Poesia
17. Sebo Tucambira
18. Sentimento do Mundo


Sarau do Capão na Megafauna
A literatura circula na Periferia através de coletivos e slams e o Festival Literário Arena da Palavra dá voz a essas manifestações artísticas ao realizar o Sarau do Capão na Livraria Megafauna dia 30 de julho, às 19 horas. Trata-se de um coletivo que apresenta um sarau itinerante desde janeiro de 2017, fundado por Tawane Theodoro e Jéssica Campos - duas jovens mulheres pretas e poetas, nascidas e criadas no Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. Mescla de poesia, dança, música e diversas formas de arte, além de debate em torno de questões de gênero, raça e classe.


Fotos Oswaldo de Camargo - 


 


Todas as informações - https://arenadapalavra.com.br/livrarias/


 


Serviço


Arena da Palavra - Abertura para convidados no dia 25 de julho, quinta-feira, às 19h no MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, no


Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral - Vila Mariana. Presença dos curadores Cidinha da Silva, Claudiney Ferreira e Ubiratan Brasil.


Pocket show de Fernanda Porto ao piano.  Presença dos 22 autores e 18 livreiros.  Mais informações - https://arenadapalavra.com.br/livrarias/


 


Ficha técnica do Polo Cultural - https://arenadapalavra.com.br/livrarias/


.: Festival Filmes Incríveis do Belas Artes Grupo começa dia 1° de agosto


Evento exibirá no REAG Belas Artes novos trabalhos de Karim Aïnouz, Rithy Panh, além de outros filmes premiados e inéditos no Brasil. Na imagem, o cartaz de “Motel Destino”, único filme brasileiro na Seleção Oficial do Festival de Cannes 2024, concorrendo à Palma de Ouro.


Entre 1° e 14 de agosto o REAG Belas Artes, em São Paulo, será o centro de uma volta ao mundo em produções cinematográficas de 20 países que formam a seleção da primeira edição do Festival Filmes Incríveis, realizado pelo Belas Artes Grupo. Todos são inéditos no circuito brasileiro, e apresentam as novas obras de cineastas renomados, como o brasileiro Karim Aïnouz e o cambojano Rithy Pan, além de um longa do célebre cineasta polonês Krzysztof Kieslowski. O festival é patrocinado pelo Desenvolve São Paulo, Secretaria do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura. 

Dezessete longas já estão confirmados para o festival - quinze filmes de quinze países diferentes, mais dois longas convidados como exibições especiais, sendo eles "Motel Destino", de Aïnouz, e "Spokój/The Calm", de Kieslowski, originalmente lançado em 1976, mas ainda inédito no Brasil. Os filmes do festival foram escolhidos por uma curadoria que valorizou a qualidade artística das obras e filmes que valem a pena serem vistos no cinema. Além disso, esses 20 longas trazem histórias bem contadas com um apuro estético e formal. São filmes que nem sempre chegam ao circuito nacional, por isso ressalta-se a importância de assistir no Festival Filmes Incríveis. Outra novidade é o prêmio do público, que irá escolher seu filme favorito por meio de uma votação. 

O festival será uma oportunidade para ver longas premiados, como o canadense "Universal Language", de Matthew Rankin, ganhador do principal prêmio da Quinzena dos Realizadores em Cannes, e a coprodução entre Espanha e Costa Rica, em "Memorias de un Cuerpo que Arde", de Antonella Sudasassi, vencedor do Prêmio do Público na mostra Panorama do Festival de Berlim 2024; além de filmes de diretores veteranos e renomados, como "Meeting Pol Pot", de Rithy Panh; e novos e promissores cineastas, como "Animale", da franco-argelina Emma Benestan, ambos exibidos no último Festival de Cannes.

Krzysztof Kieslowski marca presença dupla no festival. Além da exibição da cópia restaurada de "Spokój/The Calm", de 1976, no qual um jovem ex-detento é alvo de perseguição por seus colegas de trabalho quando desconfiam que ele seja um traidor numa greve, o cineasta polonês está ligado ao filme iraniano "Café", de Navid Mihandoust, no qual um cineasta sonha com um filme de Kieslowski, porém, proibido pelo governo de fazer filmes, ele passa os dias em um café. O diretor Mihandoust foi condenado a três anos de reclusão com acusações injustas resultantes de um documentário que ele realizou em 2009, centrado na vida profissional de Masih Alinejad, uma jornalista iraniana e ativista dos direitos das mulheres. 

A volta ao mundo do Festival Filmes Incríveis continua, passando por países como Geórgia, com Gondola, de Veit Helmer; Irlanda, com "Lola", de Andrew Legge, exibido em Locarno; o indiano "The Cloud and the Man", de Abhinandan Banerjee, premiado em Calcutá e Caracas; Nepal, com "Shambhala", de Min Bahadur Bham, que foi exibido em competição no Festival de Berlim deste ano; e Bélgica, com "Soundtrak to Coup d'Etat", de Johan Grimonprez, vencedor do Prêmio Especial do Júri por Inovação Cinematográfica no Festival de Sundance 2024, vencedor do Grande Prêmio de Melhor Documentário Internacional no Festival Internacional de Cinema de Sófia 2024, e vencedor do Persistence of Vision Award no Festival Internacional de San Francisco 2024.

O Peru é representado por "Reinas", de Klaudia Reynicke-Candeloro, que foi ganhador do Grand Prix Generation Kplus International no Festival de Berlim 2024; a Arábia Saudita por "Norah", de Tawfik Alzaidi, exibido no Un Certain Regard, em Cannes, onde levou o prêmio de Melhor Atriz; Tunísia por "Mé el Aïn/Who do I belong to", de Meryam Joobeur, que parte do curta da diretora chamado "Brotherhood", indicado ao Oscar; os EUA por "All Dirt Roads Taste of Salt", da estreante Raven Jackson, produzido e distribuído em seu país pela A24; e o Japão por "O Homem com a Caixa de Papelão", de Gakuryu Ishii, que teve uma sessão especial no Festival de Berlim de 2024, e é inspirado num romance clássico de Kobo Abe. 

O único filme brasileiro na competição oficial do Festival de Cannes, "Motel Destino", de Karim Ainouz, será o filme de encerramento do festival em 14 de agosto. O longa é protagonizado por Fábio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha, e se passa no estabelecimento que dá nome ao filme, na beira de uma estrada, no litoral do Ceará, onde moram o dono e sua jovem esposa, mas a chegada de um rapaz transformará a vida de ambos. 

Cada filme terá três sessões durante o festival, e os ingressos terão preços acessíveis: R$ 5,00 (meia-entrada) e R$ 10,00 (inteira). Além disso, também será possível adquirir um passaporte que dará direito a cinco sessões do Festival Filmes Incríveis. A programação completa e os três últimos filmes que completam a seleção serão anunciados em breve. 


Serviço
Festival Filmes Incríveis
Abertura: dia 31 de julho, às 19h30
De 1° a 14 de agosto, no REAG Belas Artes
Rua da Consolação, 2423 – Consolação / São Paulo
Ingressos: R$ 5,00 (meia-entrada) e R$ 10,00 (inteira) - na bilheteria e no site
Passaporte: R$ 75,00 - válido para cinco sessões
Em breve lista completa com 20 longas serão divulgados


15 Filmes já confirmados:

"Café" ("Café")
Irã, 2023, 1h36min., cor, drama, idioma: persa
Direção: Navid Mihandoust

"Meeting Pol Pot"
Camboja/França/Turquia/Taiwan/Catar, 2024, 1h52min, cor, drama, idioma: francês
Direção: Rithy Pan
Seleção Oficial do Festival de Cannes 2024

"Animale"
França, 2024, cor, 1h38min., idioma: francês
Direção: Emma Benestan
Filme de encerramento do Festival de Cannes 2024.

"Gondola"
Alemanha/Georgia, 2023, 1h22min., cor, comédia/drama/romance, idioma: sem diálogos
Direção: Veit Helmer

"Memorias de Un Cuerpo que Arde"
Espanha/Costa Rica, 2024, 1h30min., cor, drama, idioma: espanhol
Direção: Antonella Sudasassi
Vencedor do Prêmio do Público na mostra Panorama do Festival de Berlim 2024; Selecionado para a Competição Ibero-Americana do Festival Internacional de Seattle.

"Lola"
Irlanda/Reino Unido, 2022, p/b, 79 min., idiomas: inglês e alemão
Direção: Andrew Legge
Selecionado para o Festival Internacional de Locarno na Competição de Melhor Primeiro Filme; Prêmio de Melhor Diretor no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires 2023.

"The Cloud and the Man" ("Manikbabur Megh")
India, 2021, 1h37min., cor e p/b, drama/fantasia, idioma: bengali
Direção: Abhinandan Banerjee
Selecionado para a 75ª Edição do Festival Internacional de Cinema de Edimburgo, e concorreu ao Prêmio Firebird na Competição de Cinema Jovem (Mundial) no 46º Festival Internacional de Cinema de Hong Kong.
Vencedor do prêmio NETPAC de Melhor Filme Asiático, no 27º Festival Internacional de Cinema de Calcutá; Vencedor do Prêmio de Melhor Filme no Festival Ibero-Americano de Caracas 2023; Selecionado para o Festival Internacional de Edimburgo 2022; Selecionado para o Festival Internacional de Hong Kong 2022; Selecionado para o Festival Internacional de Santa Barbara 2022.

"Shambhala"
Nepal, 2020, cor, 1h38min., drama, idioma: quirguistão/inglês
Direção: Min Bahadur Bham
Selecionado para o Festival de Berlim 2024 concorrendo ao Urso de Ouro de Melhor Filme. Este é o primeiro longa-metragem nepalês a competir em um grande festival e o primeiro filme do sul da Ásia em três décadas na principal competição da Berlinale.

"Soundtrak to Coup d'Etat"
Bélgica/França, 2024, 2h30min., cor e p/b, documentário, idiomas: francês/inglês/holandês
Direção: Johan Grimonprez
Vencedor do Prêmio Especial do Júri por Inovação Cinematográfica no Festival de Sundance 2024; Vencedor do Grande Prêmio de Melhor Documentário Internacional no Festival Internacional de Cinema de Sófia 2024; Vencedor do Persistence of Vision Award no Festival Internacional de San Francisco 2024.

"Reinas"
Peru/Suíça, 2024, 1h44min, cor, drama, idioma: espanhol
Direção: Klaudia Reynicke-Candeloro
Vencedor do Grand Prix Generation Kplus International no Festival de Berlim 2024; Selecionado para a mostra World Cinema do Festival de Sundance 2024.

"Norah"
Arábia Saudita, 2023, cor, 114 min., drama, idioma: árabe
Direção: Tawfik Alzaidi
Exibido na sessão Un Certain Regard, do Festival de Cannes, o primeiro da Arábia Saudita nos 77 anos de história do festival.

"Universal Language"
Canadá, 2024, cor, 1h29min., comédia, idioma: persa/francês
Direção: Matthew Rankin
Vencedor do Prêmio do Público da Quinzena dos Diretores no Festival de Cannes 2024.

"Mé el Aïn/Who do I belong to"
Tunísia, 2024, cor, 2h, drama, idioma: árabe
Direção: Meryam Joobeur

"All Dirt Roads Taste of Salt"
EUA, 2023, cor, 92 min., drama, idioma: inglês
Direção: Raven Jackson
O filme teve sua estreia mundial na competição do Festival de Cinema de Sundance de 2023, também foi exibido no 71º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e no Festival de Cinema de Nova York de 2023, e foi considerado um dos 10 melhores filmes independentes de 2023 pelo National Board of Review.

"O Homem com a Caixa de Papelão" ("Hako Otoko")
Japão, 2024, 120min., cor e p/b, drama, idioma: japonês
Direção: Gakuryu Ishii
Exibido na mostra “Berlinale Especial”, do Festival de Berlim 2024.

Sessões especiais
"Spokój/The Calm"
Polônia, 1976, cor, 1h21min, drama, idioma: polonês
Direção: Krzysztof Kieslowski
Nunca exibido no Brasil. Em 1981, recebeu o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cinema Polonês.

"Motel Destino"
Brasil, 2024, cor, suspense, 115 min., idioma: português
Direção: Karim Ainouz
“Motel Destino” foi o único filme brasileiro na Seleção Oficial do Festival de Cannes 2024, concorrendo à Palma de Ouro.

.: ViaQuatro promove exposição sobre atletas refugiados na Linha 4-Amarela


Ação é resultado de parceria com a Agência da ONU para Refugiados e busca destacar o papel do esporte na integração. Foto: ACNUR/Emmanuel Croset

Durante todo o mês de julho, os passageiros da Estação Paulista da Linha 4-Amarela terão a oportunidade de conhecer mais sobre o impacto do esporte na vida de refugiados. A ViaQuatro, em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), apresenta uma exposição com fotografias e relatos de atletas e organizações que ajudam indivíduos a recomeçarem suas vidas em novos lugares, iluminando suas jornadas.

“Conhecer realidades diferentes nos ajuda a ampliar nossa visão e entender a importância da empatia e do cuidado com o próximo. Estamos felizes em trazer esta exposição para nossa linha, impactando a vida de nossos passageiros e destacando o papel importante do esporte e do respeito à diversidade”, explica Antonio Márcio, Diretor responsável pela concessionária ViaQuatro.

“Cerca de 730 mil pessoas refugiadas ou em necessidade de proteção internacional vivem no Brasil. Além de acolher essa população e garantir que ela tenha seus direitos reconhecidos e respeitados, o ACNUR atua em soluções duradouras, de modo que essas pessoas se integrem social e economicamente em nosso país. Com a proximidade dos Jogos Olímpicos, esta exposição lembra que o esporte é uma via essencial para essa integração cultural”, afirmou Samantha Federici, chefe da área de Parcerias com o Setor Privado do Acnur no Brasil.

Uma das histórias apresentadas é a de Carlos Acosta. Forçado a deixar a Venezuela com sua família em 2018 após um incidente que o deixou paraplégico, Carlos encontrou no esporte uma oportunidade de reconstruir sua vida. Atualmente, ele é campeão de karatê no Equador e um atleta reconhecido pela Federação Equatoriana de Karatê.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 120 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a recomeçar suas vidas em novos locais nos últimos anos. Esse número dobrou na última década, afetando principalmente crianças, que representam 40% desse total. A maioria dos refugiados sob o mandato da ACNUR vem de cinco países: Afeganistão, Síria, Venezuela, Ucrânia e Sudão.


Serviço
Exposição “O Esporte É Um Farol de Esperança”
Até dia 31 de julho
Local: Estação Paulista da Linha 4-Amarela, em São Paulo

.: Exposição do fotógrafo Manu Pivatti em SP é opção de passeio cultural grátis


Manu Pivatti posa entre as obras da exposição "Origens", resultado de diversas expedições na Amazônia. Foto: Guilherme Machado

A ArboREAL, em parceria com a Alma Eventos Brasil, apresenta “Origens”, uma exposição fotográfica de Manu Pivatti que destaca a beleza e a riqueza cultural dos povos originários da Amazônia. A exposição poderá ser vista até o dia 26 de agosto. A entrada é gratuita, com necessidade de agendamento prévio, especialmente para grupos que desejam visitas guiadas.

“Origens” é o resultado das extensas expedições de Manu Pivatti na Amazônia, onde atuou como voluntário em logística para ONGs da área da saúde. Ao longo dessas expedições, Manu imergiu na vida cotidiana de várias tribos indígenas, acumulando um acervo de mais de 10 mil fotografias e uma coleção de artefatos únicos.

As experiências antropológicas e culturais, somadas às adversidades enfrentadas para sobreviver na selva, moldaram a versatilidade e capacidade de adaptação do fotógrafo. A exposição apresenta fotografias exclusivas de rituais indígenas, raramente testemunhados por externos, e artefatos de grande valor antropológico, histórico e cultural, como um tronco utilizado no Ritual Xinguano do Kuarup e as Luvas de Formigas Tucandeiras do Ritual de Passagem do Povo Sateré-Mawé.

Serviço
Exposição "Origens" | Fotografias de Manu Pivatti
Local: ArboREAL - Loja Conceito, Avenida Imperatriz Leopoldina, 1042
Até dia 26 de agosto de 2024
Entrada: gratuita e aberta ao público com agendamento prévio. Grupos precisam agendar visitas guiadas.
Outras informações: (19) 9 8208 0805
Instagram: @origens_expo | @manupivatti | @arbo_real

.: Socioambiental, 13ª Mostra Ecofalante de Cinema anuncia filmes selecionados


Festival é gratuito e acontece em São Paulo entre 1° e 14 de agosto. Neste ano, pela primeira vez, serão três programas competitivos: além da Competição Latino-Americana e o Concurso Curta Ecofalante, haverá a estreia da Competição Territórios Brasileiros. A Competição Latino-Americana terá 17 filmes, entre longas e curtas-metragens, produzidos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, México, República Dominicana, Panamá e Peru. A Competição Territórios Brasileiros conta com 27 filmes selecionados, enquanto o Concurso Curta Ecofalante tem 25 produções selecionadas. Na imagem, o filme “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)”, dirigido por Lara Jacoski e Patrick Belem


A Mostra Ecofalante de Cinema, que realiza sua 13ª edição em São Paulo entre os dias 1° e 14 de agosto, anuncia os filmes selecionados para seus três programas competitivos: Competição Latino-Americana, Competição Territórios Brasileiros e Concurso Curta Ecofalante. Totalmente gratuito, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais contará com a exibição de mais de 120 títulos de 24 países, além de debates com convidados especiais e diversas outras atrações.

A Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Ela tem patrocínio da Itaú, Mercado Livre, Prefeitura de São Paulo e da Spcine, empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e apoio da White Martins e Synergia Socioambiental . Tem apoio institucional do WWF-Brasil, da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, do Institut Français e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.

Competição Latino-Americana
Presente na Mostra Ecofalante desde 2014, a Competição Latino-Americana premia os melhores filmes de temática socioambiental da América-Latina. Foram selecionados 17 filmes, entre longas e curtas-metragens, produzidos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, México, República Dominicana, Panamá e Peru. Os filmes selecionados foram:


Longas
“A Gruta Contínua” ( Argentina e Cuba,  2023, 85’) dir. Julián D'Angiolillo
“A Transformação de Canuto” (Brasil, 2023, 132’) dir. Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho
“Bila Burba” (Panamá, 2023, 70’) dir. Duiren Wagua
“Céu Aberto” (Peru, 2023, 63) dir. Felipe Esparza
“Histórias de Shipibos” (Peru, 2023, 117’) dir. Omar Forero
“Ramona” (República Dominicana, 2023, 82’) dir. Victoria Linares Villegas
“Rio Vermelho” ( Colômbia/França,  2023, 70) dir. Guillermo Quintero


Curtas
“A Menos Que Bailemos” (Colômbia, 2023, 14′) dir. Hanz Rippe Gabriel e Fernanda Pineda Palencia
“Cama Vazia” (Brasil, 2023, 6) dir. Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet
“Concórdia ” (Chile, 2022, 9′) dir. Diego Véliz
“Hikuri” (México, 2023, 18′) dir. Sandra Ovilla León
“Margens Luminosas ” (Argentina, 2023, 18′) dir. Maira Ayala
“O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio” (Brasil, 2023, 26′) dir. Carlos Adriano
“Um Campo Que Já Não Cheira a Flores” (México, 2023, 19′) dir. César Flores Correa
“Vão das Almas” (Brasil, 2023, 15′) dir. Edileuza Penha de Souza / Santiago Dellape
“Você Vai Me Esquecer?” (México/Peru/España, 2023, 12′) dir. Sofía Landgrave Barbosa
“Yarokamena” (Colômbia, 2022, 21′) dir. Andres Jurado


Competição Territórios Brasileiros
Presente na Mostra Ecofalante pela primeira vez neste ano de 2024, a Competição Territórios Brasileiros premia os melhores filmes de produções ou coproduções brasileiras que abordam diferentes visões e aspectos do país e trazem uma perspectiva socioambiental em relação aos temas tratados. Foram selecionados 27 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens. Os filmes selecionados foram:


Longas
“À Margem do Ouro” (Brasil, 2023, 95′) dir. Sandro Kakabadze
“Anhangabaú” (Brasil, 2023, 88’) dir. Lufe Bollini
“Black Rio! Black Power!” (Brasil, 2023, 74′) dir. Emilio Domingos
“Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (Brasil, 2023, 70′) dir. Lara Jacoski e Patrick Belem
“Favela do Papa” (Brasil, 2023, 76′) dir. Marco Antonio Pereira
“Memórias da Chuva” (Brasil, 2023, 77′) dir. Wolney Oliveira
“O Bixiga É Nosso!” (Brasil, 2023, 73′) dir. Rubens Crispim
“O Contato ” (Brasil, 2023, 85) dir. Vicente Ferraz
“Ouvidor” (Brasil, 2023, 74′) dir. Matias Borgström
“Rejeito” (Brasil/EUA, 2023, 75′) dir. Pedro de Filippis
“Samuel e a Luz” (Brasil, 2023, 70′) dir. Vinícius Girnys
“Sekhdese” (Brasil, 2023, 86′) dir. Graciela Guarani, Alice Gouveia
“Sociedade de Ferro - A Estrutura das Coisas” (Brasil, 2024, 73′) dir. Eduardo Rajabally


Médias e Curtas
“A Bata do Milho” (Brasil, 2023, 16′) dir. Eduardo Liron e Renata Mattar
“A Chuva do Caju” (Brasil, 2023, 21′) dir. Alan Schvarsberg
“Água Rasa” (Brasil, 2023, 19’) dir. Dani Drumond
“Ava Yvy Pyte Ygua / Povo do Coração da Terra” (Brasil, 2023, 40’) dir. Coletivo Guahuí Guyra Kuera
“Despovoado” (Brasil, 2023, 18’) dir. Guilherme Xavier Ribeiro
“Interior da terra” (Brasil, 2022, 16’) dir. Bianca Dacosta
“Kwat e Jaí - Os Bebês Heróis do Xingu” (Brasil, 2023, 20’) dir. Clarice Cardell
“Mborairapé” (Brasil, 2023, 35’) dir. Roney Freitas
“Nosso Terreiro” (Brasil, 2023, 18’) dir. Anna Rieper, Patrícia Medeiros, Ranyere Serra, Fernando Lucas Silva
“Nunca Pensei Que Seria Assim” (Brasil, 2022, 11’) dir. Meibe Rodrigues
“O Silêncio Elementar” (Brasil, 2024, 15’) dir. Mariana de Melo
“Onde a Floresta Acaba” (Brasil, 2023, 15’) dir. Otavio Cury
“Retratos de Piratininga” (Brasil, 2023, 18’) dir. André Manfrim
“Sertão, América” (Brasil, 2023, 18’) dir.Marcela Ilha Bordin


Concurso Curta Ecofalante
O Concurso Curta Ecofalante é uma competição voltada para curtas-metragens produzidos por estudantes. Para participar, os filmes inscritos devem abordar temáticas relacionadas a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU na Agenda 2030 – são 17 objetivos que abrangem temas como erradicação da pobreza, saúde de qualidade, combate às mudanças climáticas e igualdade de gênero. O Concurso Curta selecionou 25 filmes que serão exibidos durante a Mostra e concorrerão ao prêmio de Melhor Curta Ecofalante:

“Além do Impedimento” (Brasil, 2023, 6’) dir. Heloisa Lawanda
“Arquipélago do Bailique: Fragmento das Ilhas Que Dançam” (Brasil, 2023, 26’) dir. Agatha Garmes, Isabel Pontual, Mayra Ataide, Sarah Castro, Tetê Barddal
“As Placas São Invisíveis” (Brasil, 2023, 24’) dir. Gabrielle Ferreira
“Camburi Resiste” (Brasil, 2023, 18’) dir. Guilherme Landim
“Chão De Taco” (Brasil, 2023, 18’) dir. Alan Santana
“Cida Tem Duas Sílabas” (Brasil, 2023, 20’) dir. Giovanna Castellari
“Deriva” (Brasil, 2023, 9’) dir. Hellen Nicolau
“Desconserto” (Brasil, 2023, 7’) dir. Haniel Lucena
“Desmistificando o Axé” (Brasil, 2023, 31’) dir. Marco Neto
“Mama - Africanos em São Paulo” (Brasil, 2023, 17’) dir. Rafael Aquino
“Manchas de Sol” (Brasil, 2023, 19’) dir. Martha Mariot
“Máquinas de Lazer” (Brasil, 2023, 11’) dir. Italo Zaccaon
“Mar.INA” (Brasil, 2023, 26’) dir. Samyre Protázio , Marcelo Almeida Jeyci Elizabeth, Igor Cariman, , David Silva, Divina Profana - Direção coletiva
“Nheengatu” (Brasil, 2023, 6’) dir. Luiz Filho
“Pelos” (Brasil, 2023, 16’) dir. Emma Marques
“Por Trás dos Prédios” (Brasil, 2023, 17’) dir. João Mendonça
“Pour Elis” (Brasil, 2023, 9’) dir. Matheus Alencar
“Quanto Vale?” (Brasil, 2024, 18’) dir. Letícia S. Góis
“Retorno” (Brasil, 2024, 16’) dir. Arthur Paiosi
“Sementes da Resistência, o 25 de Maio e a Luta pela Reforma Agrária” (Brasil, 2023, 20’) dir. Raielle Mazzarelli
“Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade” (Brasil, 2023, 16’) dir. Marcelo Melchior
“Tereza” (Brasil, 2023, 9’) dir. Bea Souza
“Terra Sincera” (Brasil, 2022, 4’) dir. Renan Turci
“TRANSpassado - Corpos Que Retratam” (Brasil, 2023, 25’) dir. Otávio Kaxixó
“Visões da Maré” (Brasil, 2023, 8’) dir. Vivian Cazé, Michael Sousa, Alle Estrela, Thay Silva, Julia Alves


Serviço
13ª Mostra Ecofalante de Cinema
1 a 14 de agosto
Programação gratuita
ecofalante.org.br


domingo, 14 de julho de 2024

.: Elisa Marques: "Às vezes deixo de me expor como escritora para me expor"


"Eu às vezes deixo de me expor como escritora para me expor como pessoa". Em entrevista, a escritora Elisa Marques associa a escrita poética com os aprendizados de vivenciar o amor romântico. Foto: Wictor Cardoso


Formada em Jornalismo nos Estados Unidos, a escritora, roteirista e diretora audiovisual, Elisa Marques, acaba de lançar a autoficção "Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor", que reúne 78 poemas sobre as complexidades do sentimento romântico na sociedade contemporânea. Nesta obra visceral, a autora imerge nas próprias emoções e resgata experiências amorosas para acolher todos aqueles que se identificam com a mesma forma intensa de amar.

Com referências da cultura do rock ao clássico, como inspirações na música “Mania de Você”, de Rita Lee, e as diferentes sensações evocadas pelas composições de Beethoven, este livro é uma ode ao amor sáfico, com declarações apaixonadas e desabafos às mulheres que a autora já se apaixonou. Mais que isso, é um resgate da poesia como forma de transbordar sentimentos universais, mas que muitas vezes passam despercebidos ou são silenciados com a rotina.

Elisa Marques é goiana, nascida em 1994, e cresceu em Goiânia. Estudou Jornalismo e Psicologia nos Estados Unidos e atualmente divide seu tempo entre literatura e cinema, sendo também roteirista e diretora. Elisa desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita inspirada pelas obras de seu falecido avô, a primeira referência que teve de escritor. “Até Minha Terapeuta Sente Falta de Você” é o primeiro livro da autora, que traz sentimentos profundos sobre fins de relacionamentos, e foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo da Secretaria de Estado de Cultura de Goiás como “Melhor Obra Cultural”, no ano de 2023. Agora, lança a publicação poética "Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor", que ganhará uma adaptação para o audiovisual no segundo semestre de 2024. Em entrevista, a Elisa Marques comenta detalhes sobre este lançamento e as referências para escrever a obra, com um breve spoiler do que se pode esperar da adaptação para o audiovisual. Compre o livro "Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor", de Elisa Marques, neste link.


O livro é descrito como uma ode ao amor sáfico. Como você vê a importância da representação do amor entre mulheres na literatura atual e quais desafios você encontrou ao explorar esse tema?
Elisa Marques - A pergunta me faz lembrar da primeira escritora a tratar do tema de forma natural: Odete Rios, através de seu pseudônimo Cassandra Rios, no final da década de 1940. Censurada de todas as formas pela ousadia em plena ditadura militar, Cassandra deu voz a mulheres que existiram. O cenário hoje é diferente, mas manter essa representatividade na literatura contemporânea através de escritoras como Angélica Freitas, Natalia Borges Polesso, Elayne Baeta e muitas outras que me inspiraram, é como dizer: eu sempre vou existir. Da minha parte, não houve desafios ao escrever sobre o amor entre mulheres, pois a Elisa escritora existe através da voz daqueles com quem me relaciono. E nos últimos tempos, tem sido sim uma vida/escrita mais voltada para mulheres.


Você aborda aspectos do amor no mundo contemporâneo, como a espera por mensagens de celular e as ambiguidades dos relacionamentos hoje em dia. Na sua visão, por que essas nuances chamam atenção na poesia?
Elisa Marques - Poesia é também uma relação com quem te lê. Se escrevo a partir dos amores que vivo ou desejo viver e o amor é um sentimento universal, a poesia chama atenção porque se relaciona com os leitores.


O livro combina referências da cultura do rock e do clássico, de Rita Lee a Beethoven. Como essas diversas inspirações impactaram a criação dos seus poemas e a estrutura do livro?
Elisa Marques - Costumo dizer que escrever é prestar atenção. O que me rodeia são minhas maiores inspirações. Foi em uma aula de filosofia que conversei sobre o tema: “A música de Beethoven é ou não é triste?”. Em contrapartida, foi ouvindo “Mania de Você” deitada na rede de casa em um dia qualquer que surgiu o poema cujo primeiro verso é “hoje fiz amor por telepatia”. Escrever é observar.


 A obra também mistura ficção e autobiografia. Quais experiências pessoais mais influenciaram a sua escrita e como foi o processo de transformar vivências reais em poesia?
Elisa Marques - Os potenciais amores inspiraram muito esse segundo livro. No primeiro eu falei sobre o fim de um relacionamento romântico que existiu. Nesse eu falo sobre vários inícios que nunca vingaram de fato e que, por motivos diferentes, terminaram ainda muito vivos em mim justamente pelo que podia ter sido. A escrita a partir de si é muito difícil. Eu às vezes deixo de me expor como escritora para me expor como pessoa. O que é de verdade e o que é ficção é uma linha muito tênue, e quando eu escolho dizer que escrevi uma obra de autoficção eu abro margem para os leitores especularem. Minha escrita vai te encontrar onde você quiser que ela te encontre.


"Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor" será adaptado para o audiovisual. O que os leitores podem esperar dessa adaptação e como você está se preparando para transpor a poesia para as telas?
Elisa Marques - Os leitores podem esperar um show de performance de cinco grandes atrizes goianas em ascensão. A entrega de todos os profissionais envolvidos ultrapassou toda e qualquer expectativa que eu tinha criado. A equipe de produção abraçou o projeto como se eles mesmos tivessem o escrito. Só posso dizer que tenho me preparado para ver esse filme nas telas no mesmo lugar onde faço todas minhas preparações: em terapia (risos).


Garanta o seu exemplar de "Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor", escrito por Elisa Marques, neste link.

.: Entrevista com Carla Guerson: "Percebi que havia mais a ser dito"


“Todo Mundo Tem Mãe, Catarina”: uma conversa com a autora capixaba Carla Guerson sobre seu novo livro. Foto: divulgação


Catarina, a protagonista do novo romance da capixaba Carla Guerson, “Todo Mundo Tem Mãe, Catarina" (compre neste link), lançado pela editora Reformatório, é uma garota de 14 anos que começa a sua jornada pelas descobertas da adolescência após uma infância marcada pela lacuna deixada pelos pais. Criada pela avó, uma servente de condomínio de classe média no interior do Espírito Santo, a personagem precisa desvendar a história familiar complexa e cheia de segredos para crescer.

Assim como sua personagem, Carla Guerson é natural do Espírito Santo, tendo nascido e sido criada em Vitória, onde ainda vive. A autora é formada em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), porém sempre separou momentos para a escrita literária entre sua rotina cheia de minutas jurídicas e relatórios. Começou a carreira literária em 2021, quando publicou o seu primeiro livro de contos, “O Som do Tapa”, publicado pela editora Patuá, que teve uma ótima recepção entre os leitores por tratar temas complexos e personagens mulheres fora do padrão. Em “Fogo de Palha”, da editora Pedregulho, a autora seguiu abordando temas como autoaceitação, maternidade, solidão, relacionamentos familiares e morte e foi premiada pelo edital de Cultura da Secult/ES.

Carla idealizou o Coletivo Escreviventes, que hoje conta com 600 participantes espalhadas pelo Brasil, e também se dedica à leitura de autoras contemporâneas e à mediação de clubes de leitura com foco em obras produzidas por mulheres, como o Leia Mulheres Vitória e o Clube Casa das Poetas. Compre o livro “Todo Mundo Tem Mãe, Catarina”, de Carla Guerson, neste link.

Se você pudesse resumir os temas centrais do livro, quais seriam?
Carla Guerson - Sexo, religião, ancestralidade, prostituição, adolescência. O romance parte da premissa de que a personagem principal não sabe nada de sua mãe e de seu pai, e esta necessidade de saber mais sobre seu passado vai levar Catarina, a personagem principal, a fazer muitas descobertas sobre quem ela mesmo é ou quer ser. Ela transita em meio a diversas possibilidades, tentando traçar um caminho próprio e o leitor acompanha essa trajetória lembrando de sua própria caminhada e de como essa fase é importante na definição de quem somos ou seremos.

Por que você escolheu esses temas?
Carla Guerson Eu tenho um interesse grande pela infância e pela adolescência, acho que são fases definidoras, intensas. Investigar esses processos me instiga e eu tinha vontade de escrever uma personagem nesta faixa etária dos 14 para os 15 anos, que foi uma fase bem importante no meu desenvolvimento. Eu também tinha vontade de ambientar uma história no meu estado, especialmente no interior, acho que é um ambiente ainda pouco retratado na literatura. Escolhido o personagem e o local, a história foi se desenvolvendo. Os temas retratados surgiram naturalmente, a partir do exercício de pensar minha adolescência e também de observar e consumir outras referências que se relacionem a esta etapa da vida, especialmente na vida das meninas, já que minha personagem é uma menina.

Como foi o processo de escrita?
Carla Guerson A primeira faísca do livro veio em 2021, quando eu ainda estava finalizando a escrita do meu primeiro livro, “O Som do Tapa”. Em uma das oficinas que fiz com a Aline Bei, ela trouxe uma provocação com a palavra “abandono”. A provocação me levou pra infância, me fez ter contato com as primeiras sensações de abandono ou de solidão que experimentei e a partir daí surgiu essa personagem que era, antes de tudo, uma sensação. Eu sentia a falta que enlaça a vida de Catarina, mesmo sem saber nomeá-la. Escrevi uma espécie de conto com esta história, onde aparecia a questão da menina guardada na "Bíblia" da avó, essa era a primeira imagem: uma menina que não tem mãe, que foi criada pela avó e que, quando pergunta pra esta avó sobre sua mãe é apresentada a uma fotografia antiga, de uma menina “que não tinha cara de ser mãe de ninguém”. Esta personagem, que ganhou o nome de Catarina, ficou me habitando, e percebi que havia mais a ser dito, que a história não se resumiria a um conto. Assim, deixei o conto de lado e guardei o projeto para desenvolvimento futuro. Em 2022 voltei a pensar sobre ela e passei cerca de 1 ano escrevendo a versão inicial. Em 2023 eu já tinha uma primeira versão e foi o ano que passei lapidando, trocando, mudando, voltando atrás, mudando tudo novamente… E também, enquanto isso, pensando e buscando ativamente uma editora que topasse o projeto como eu tinha imaginado. 


Quais obras ou autores influenciaram diretamente a obra?
Carla Guerson A primeira influência clara pra mim é Lygia Bojunga. Quando comecei a pensar em Catarina estava no meio de um projeto pessoal de ler a obra completa da Lygia, uma escritora que conheci ainda na infância, mas que só mais tarde descobri que tinha uma extensa obra também para o público adulto. A escrita da Lygia, simples e ao mesmo tempo densa, com diálogos marcados pela oralidade, a conversa com o leitor no final da obra, são influências fortes na minha escrita e acho que estão de alguma forma presentes neste primeiro romance, mesmo que de forma indireta. Como a personagem é adolescente, também fiz uma pesquisa direcionada aos livros narrados por personagens crianças e adolescentes, para encontrar o registro de Catarina. Cito como livros que li (ou reli) durante esse período e que também me influenciaram neste sentido: “O Pássaro Secreto”, da Marilia Arnaud; “A Vida Mentirosa dos Adultos”, da Elena Ferrante; “Pança de Burro”, da Andrea Abreu; “Se Deus Me Chamar Não Vou”, da Mariana Salomão; “Os Tais Caquinhos”, da Natércia Pontes e “Corpo Desfeito”, da Jarid Arraes. Além disso, especificamente na questão da falta, da ausência, que é um sentimento forte, uma sensação que parece permear a narrativa, cito como influências: os dois romances da Marcela Dantes (“Nem Sinal de Asas” e “João Maria Matilde”), os romances da Aline Bei (“O Peso do Pássaro Morto” e a “Pequena Coreografia do Adeus”), “Ponciá Vicêncio”, da Conceição Evaristo, entre outros.

Quais são os seus projetos atuais de escrita?
Carla Guerson Costumo me definir como uma pessoa inquieta e isso resulta, obviamente, numa espécie de explosão de projetos, ideias, vontades. Com relação ao que farei em seguida, dentre meus 157 projetos paralelos, tenho dois bem adiantados. O primeiro é um novo livro de poesia, que acabou de ficar em primeiro lugar no edital de seleção de projetos literários do meu estado. Ainda estamos esperando a homologação e demais etapas, mas tudo indica que vem aí, algum dia, é um projeto já bem adiantado. O segundo projeto é um novo romance, em que eu investigo questões relacionadas ao corpo, pressão estética, transtornos alimentares e gordofobia. Este tem a primeira versão pronta, mas ainda estou num processo de entender melhor para onde vai, se é que vai. Acho que são meus dois projetos atuais, digamos assim.

Garanta o seu exemplar de “Todo Mundo Tem Mãe, Catarina”, escrito por Carla Guerson, neste link.

.: Lucas Pagani: "Suspenses instigam a própria natureza humana"


"Baile de Máscaras" é o romance de estreia de Lucas Pagani. Em entrevista, ele comenta detalhes sobre o lançamento e destaca a importância do gênero de suspense na literatura nacional. Foto: divulgação


Após um brutal assassinato repercutir nos noticiários na pacata e fictícia cidade de São Filipe, os moradores ficam em estado de alerta. Afinal, quem é o assassino? E quais as motivações? Agora, cabe à detetive Diana desvendar esse mistério e juntar as peças do quebra-cabeça. É neste contexto que surge o enredo de "Baile de Máscaras" (compre neste link), romance de Lucas Pagani

Muito além de um thriller com mentiras e mortes misteriosas, esse suspense aborda as nuances da existência humana. Por meio de uma narrativa visceral, que concilia investigação criminal, questões psicológicas intrínsecas e protagonistas da terceira idade, o autor apresenta a história de Rui Córdova, que durante 50 anos nutria um amor por Vânia. Mas, antes que a mulher pudesse lhe contar um segredo do passado, ela é brutalmente assassinada.

Lucas Pagani nasceu em Lages (Santa Catarina). Formou-se em Jornalismo pela Universidade do Planalto Catarinense e trabalhou como repórter no Correio Lageano até 2017. Atuou na redação do jornal impresso e on-line, além de rádio e redes sociais. Depois, concluiu o curso de Direito e duas pós-graduações na área. Atualmente, concilia a carreira de escritor com o cargo de servidor público no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. "Baile de Máscaras" é o romance de estreia do escritor. Em entrevista, ele comenta detalhes sobre o lançamento e as referências para a narrativa, destacando a importância do gênero de suspense na literatura nacional. Compre o livro "Baile de Máscaras", de Lucas Pagani, neste link.


Qual foi a sua principal inspiração por trás da produção de "Baile de Máscaras"?
Lucas Pagani - Costumo dizer que meus personagens nasceram antes do enredo, pois fui construindo-os ao longo dos anos até amarrar as subtramas numa história maior. As primeiras ideias surgiram ainda entre 2010 e 2011, nas aulas de redação do ensino médio.


Por que decidiu enveredar pelo suspense e o que mais te atrai neste gênero? 
Lucas Pagani - Sempre gostei muito de mistérios e o clássico "Whodunnit". Então foi uma escolha natural que meu primeiro romance trouxesse elementos de investigação. Desde muito novo, lia autores americanos como Dan Brown e Harlan Coben e imaginava escrever um livro que fizesse o leitor virar uma página atrás da outra, com cada capítulo terminando num gancho de curiosidade.  

Nos últimos anos, temos visto um crescimento significativo do gênero de suspense na literatura nacional. Como você vê essa tendência e de que maneira "Baile de Máscaras" se insere nesse movimento?  
Lucas Pagani - Suspenses sempre despertaram interesse, pois a busca pela solução de um enigma costuma instigar a própria natureza humana. Com o avanço do audiovisual, acredito que as produções do gênero tendem a engajar o público, que consome horas a fio desse conteúdo, além, é claro, da febre dos documentários sobre crimes reais. De modo geral, esta temática e os arquétipos do detetive e do assassino prendem a atenção das pessoas.  

No livro, você aborda temas complexos como abortos clandestinos e fraudes médicas. O que o motivou a incluir esses tópicos na trama e qual foi o processo de pesquisa para tratar desses assuntos de maneira próxima da realidade brasileira?  
Lucas Pagani - Não tive a intenção de trazer essa temática como a principal, mas sim como um elemento a mais que contribuiria para a revelação preparada para o desfecho da trama, que na verdade pretende gerar reflexões sobre a natureza humana, os dramas e traumas familiares, as mentiras, o luto, as amizades, os amores não correspondidos. A solução dos segredos guardados pelos personagens passa pelo tema do aborto (que no início é abordado de forma leve e só volta à tona nas últimas páginas) não como um julgamento moral da parte do autor, mas como um fato que na vida desses personagens foi definidor e trouxe consequências. Não se ignoram os muitos lados desse assunto na realidade, mas, na mentalidade e nas peculiaridades dos meus personagens, fazia sentido que essa ferida mudasse o rumo de suas vidas. Portando, eu a usei como catalisador dos acontecimentos que eu precisava que se desenrolassem na história, mas sempre com a intenção de explorar os sentimentos humanos, as dores, perdas, arrependimentos e o peso das escolhas, sejam elas quais forem.  


Os protagonistas do livro são majoritariamente idosos, que entrelaçam as vivências do momento atual da narrativa com o passado deles. Na sua perspectiva, qual a importância dessa visibilidade para pessoas da terceira idade, principalmente, em gêneros comumente consumidos pelo público jovem?  
Lucas Pagani - Sempre tive muito apreço pelos idosos. A cena de abertura do prólogo, por exemplo, brotou pronta na minha imaginação, e gosto do ar que ela transmite: o pátio de um asilo, idosos recebendo visitantes e tudo isso deixando um ponto de interrogação na mente do leitor - quando se vai ler sobre um assassinato num baile de máscaras, a última coisa que se espera é que essa história comece num asilo. Além do inusitado, o destaque de personagens idosos enriquece a trama por permitir as idas e vindas no tempo e por explorar como mudamos ao longo da vida, como resultado de nossas escolhas e dos outros. As irmãs octogenárias Josefa e Quieta, por exemplo, são muito queridas pelos leitores e funcionam como dois lados de uma moeda: a velhinha senil institucionalizada e a senhora cheia de vitalidade que pinta os cabelos de verde e joga pôquer.  

A narrativa entrelaça eventos passados e presentes. Quais os desafios do escritor em equilibrar essas duas linhas do tempo e garantir que ambas se complementassem, para garantir clareza e a sustentação do mistério até o fim?  
Lucas Pagani - Isso exige muito zelo. Um livro de 300 páginas tem muito mais que ficam de fora da versão final, incluindo as biografias de cada personagem e a linha do tempo, que no meu caso foi bem minuciosa. Como leitor, sempre torci o nariz para contradições e quebras de coerência, então cuidei para que até os dias da semana fossem fieis à realidade. A cena mais distante no tempo na minha narrativa é de algo entre seis e sete décadas antes da atualidade, por isso, é preciso planejar muito bem de onde se parte e quer chegar para que tudo se encaixe. Orgulho-me ao afirmar que não há furos nas marcações temporais da trama. 


Você se inspirou em grandes nomes da literatura de suspense para compor a sua obra de estreia, como Agatha Christie e o brasileiro Raphael Montes. O que você diria que tem de melhor desses autores na trama de "Baile de Máscaras"? E o que você tentou trazer de particularidade sua?  
Lucas Pagani - Eu mencionaria a possibilidade de a releitura ser uma experiência sempre nova. "Baile de Máscaras" é um livro de suspense, sim, mas a busca pela identidade do assassino e pela motivação do crime são ingredientes no meio de vários outros. Quem relê o livro fica surpreso com a quantidade de pistas que estavam plantadas desde o começo e a forma como tudo se encaixa, até os acontecimentos mais aleatórios. Raphael Montes, por exemplo, tem momentos mais excêntricos como os de "Jantar Secreto", mas também retrata traumas psicológicos com muita força, como no caso da Eva de "Uma Família Feliz".  Acredito que meu livro combina esses elementos, ou seja, as soluções criativas necessárias para mover a trama e os mergulhos na cabeça e nas emoções dos personagens que fazem a história acontecer.


Garanta o seu exemplar de "Baile de Máscaras", escrito por Lucas Pagani, neste link.


.: Marcelo Médici entra em novela: "Não é um poço de virtudes"


Pai de Guto e Chicão chega à trama. Leda (Grace Gianoukas) vai se envolver com Ubaiara/Youssef (Marcelo Médici). Foto: Globo/ Fábio Rocha


Um novo personagem entra em cena prometendo mexer com a vida de Leda (Grace Gianoukas) e a rotina da pensão de Furtado (Claudio Torres Gonzaga), na novela "Família É Tudo", de Daniel Ortiz. Com uma vida dupla, Ubaiara é interpretado por Marcelo Médici. Apresentando-se como Youssef, um descendente de árabes, o personagem vai jogar seu charme para a mãe de Júpiter (Thiago Martins), ao conhecê-la em um restaurante.

Pai de Chicão (Gabriel Godoy), a quem reverencia, e de Guto (Daniel Rangel), a quem destrata, Ubaiara é conhecido por aplicar golpes em mulheres maduras que estão à procura de amor. Depois do primeiro encontro com a executiva da Mancini, ele baixa na pensão na Zona Leste, onde se instalará. “Ubaiara é um personagem maravilhoso porque não é um vilão, mas não é um poço de virtudes, e acho que isso é do ser humano. Claro que ele tem pensamentos e atitudes que discordo, e isso torna tudo mais divertido para interpretá-lo. Acho que Leda pode passar de caça a caçadora”, comenta Médici, em entrevista disponibilizada abaixo.


⁠Quem é Ubaiara? Podemos considerá-lo um golpista ou Leda pode de alguma forma dobrá-lo?
Marcelo Médici - Ubaiara é um personagem maravilhoso porque não é um vilão, mas não é um poço de virtudes, e acho que isso é do ser humano. É claro que ele tem pensamentos e atitudes que discordo, e isso torna tudo mais divertido para interpretá-lo. E sim, acho que Leda pode passar de caça a caçadora (risos).

⁠O personagem é pai de Guto e Chicão, mas trata os filhos de maneira diferente. Acha que tem algum mistério por trás dessa relação?   
Marcelo Médici Tenho quase certeza que sim! E acredito que esse mistério inclusive pode resultar nesse comportamento errático do Ubaiara. Mas essa resposta, só o Daniel Ortiz pode dar.

 
Ubaiara vai ter um problema com Maradona e você ama cachorros. Como é isso?
Marcelo Médici Pois é. Daniel (Ortiz) quis me pregar uma peça. Eu sou louco por cachorros e o Ubaiara tem medo deles. A relação dele com Maradona vai ser engraçada. Eu já estou apaixonado pelos pets da novela.

 
Como foi o convite e o que te fez aceitar o papel?
Marcelo Médici Já faz um tempo que o Daniel Ortiz me falou que teria um personagem para mim na novela. Como já fizemos "Passione", em que ele era colaborador do Silvio de Abreu, e depois "Alto Astral" e "Haja Coração", fiquei muito feliz com a lembrança dele.

 
O fato de entrar com a novela em andamento é um diferencial?
Marcelo Médici Eu sabia que entraria depois, então deu para fazer meu espetáculo solo em São Paulo e vai dar para voltar depois que acabarem as gravações. Estou gravando ‘Família é Tudo’ junto com o "Vai Que Cola!".

  

"Família É Tudo" é uma novela criada por Daniel Ortiz e escrita por Ortiz com Flavia Bessone, Nilton Braga, Daisy Chaves e Claudio Lisboa. Com direção artística de Fred Mayrink e direção de Felipe Louzada, Mariana Richard, Augusto Lana e Naína de Paula. A produção é de Mariana Pinheiro, Claudio Dager e Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

.: Nanda Marques sobre personagem: “Carrega o peso do mundo nas costas”


Nanda Marques fala sobre a protagonista em "Dr4g0n", nova série do Globoplay: “Ela carrega o peso do mundo nas costas”. Foto: Fabio Rebelo


Nanda Marques, atriz paulistana, mal pode esperar para o público conhecer Ana Paula, a protagonista na mais nova série Original Globoplay, "Dr4g0n". Primeira trama da plataforma ambientada no universo de e-sports, a obra conta em oito episódios, disponibilizados no dia 18, a história de dois irmãos que passam a sustentar os pais formando um time de players profissionais, após a empresa da família entrar em falência.  

Ana Paula, estudante de administração, é a irmã mais velha de Daniel (Cauã Martins). Independente, boa em fingir confiança e proativa até o ponto de sucumbir ao estresse, ela também pode ser impulsiva e, por isso, está sempre correndo atrás do prejuízo das ideias megalomaníacas que inventa. Quando a empresa dos pais quebra, se sente responsável por achar uma solução e decide investir na carreira do irmão, ao descobrir que ele é um verdadeiro prodígio nos jogos eletrônicos.  

“Ana Paula tem um senso de humor bem específico, oscila entre uma super confiança e uma total falta de autoestima. Ao mesmo tempo em que precisa de proatividade e força, ela também mostra vulnerabilidade. É um papel muito difícil, e necessita de uma grande versatilidade do ator. O primeiro teste da Nanda mostrou tudo isso”, revela Tiago Rezende, criador da obra. 

Nanda Marques pode ser vista na novela "Um Lugar ao Sol" como Cecília, filha da personagem de Andréa Beltrão, disponível no Globoplay. A atriz foi destaque como a protagonista de dois projetos: a série "Colônia"(Globoplay), baseada no livro-reportagem "Holocausto Brasileiro", da jornalista Daniela Arbex, que virou o filme "Ninguém Sai Vivo Daqui", recém-lançado nos cinemas brasileiros, e o longa-metragem "Nas Mãos de Quem Me Leva", além de ter feito uma participação no drama "Marighella", longa de Wagner Moura. Em 2018, fez parte do elenco da série "Onde Nascem os Fortes", e a sua estreia na TV se deu no ano anterior, na série cômica "A Fórmula", dividindo uma mesma personagem com a atriz Cláudia Raia. No teatro, se envolveu com os espetáculos “Fala Comigo Doce Como a Chuva”, “Reunificação das Duas Coréias” e “Bang Bang: você Morreu”

Conte um pouco mais sobre a Ana Paula. Como você define a personagem? 
Nanda Marques -
Ana Paula é uma menina muito determinada, sempre querendo dar sua melhor versão para o mundo, para a família. Ela é tão competitiva que compete com ela mesma, querendo sempre se superar. E com isso ela esbarra em coisas como ansiedade, que me identifico bastante. Ela acaba se atropelando pela ânsia de querer salvar logo a questão financeira da família, carrega muito o peso do mundo nas costas. E por conta de os pais serem pessoas mais despreocupadas, mais relaxadas, ela acaba tomando responsabilidades que não são dela. O que ela pretendia ao entrar na faculdade de Administração era ampliar o negócio dos pais, transformar em algo maior e ser reconhecida por isso. Esse desejo dela de aprovação vem de um trauma da escola: ela sempre foi competitiva desde pequena e jogava futebol. Por conta de um treinador, ela se traumatizou e nunca mais jogou. Por isso tenta se superar em tudo. Ana Paula é determinada, ansiosa, competitiva, muito ativa e com o coração muito bom. 

Como foi, para você, abordar o abismo geracional entre pais e filhos na série?
Nanda Marques - 
Enxergo essa relação dela com os pais como uma hierarquia invertida, do filho ter que assumir um lugar que não pertence a ele, responsabilidades que não são dele e isso me atravessou muito. Na última semana de gravações, eu li de novo o roteiro do início ao fim. Isso fez eu criar mais uma camada para a Ana Paula, e entendi mais esse lado dela de querer tanto aprovação. Tem uma carência que me surpreendeu. 

 
Como foi sua relação com o restante do elenco nos bastidores da gravação?
Nanda Marques - 
O Cauã é maravilhoso, um ótimo ator, excelente profissional, está sempre pronto, sempre afim, admiro muito. O lado do carinho foi imediato, no primeiro teste já tinha certeza. Ele faz muito bem o personagem. A gente se deu muito bem desde o início. Ele é mais prático, eu sou mais sentimental e ele me ajudou muito. Viramos "manos". Durante as gravações, todos viramos superamigos, sempre juntos, brincando, trabalhando, virou uma família mesmo, uma surpresa muito boa, algo que não esperava. A gente se apaixonou pelos personagens e depois nos apaixonamos entre nós.  


A parceria com os diretores também foi marcante para você?
Nanda Marques - 
Foi maravilhoso trabalhar com o Thiago e a Ana, eles foram super atenciosos, desde a condução do teste. Sempre nos deram espaço para troca, para darmos opiniões, participarmos. Por conta de o Thiago ter escrito a série, além de dirigir, eu ficava preocupada que ele tivesse uma Ana Paula muito idealizada na cabeça dele, mas ele foi superaberto a contribuições. 

 
Você já conhecia o universo de e-sports? Fez alguma preparação especial para mergulhar na trama? 
Nanda Marques - 
Eu sempre fui, dos meus irmãos, a que nunca deu bola para o videogame, enquanto eles brigavam para ver quem ia jogar, eu nunca fazia questão. Sou bem Ana Paula nesse aspecto e fui me envolver mais com o tema por causa da série mesmo, quando comecei a entender o quanto é preciso ser dedicado e talentoso para ter sucesso nesse meio. Foi algo que me surpreendeu, como também o fato desse ramo ser, hoje, uma possibilidade de profissão para muitas pessoas. Assisti alguns documentários e, claro, já adorei torcer para alguns times que acompanhamos em competições. Isso eu adoro, quando tem time brasileiro participando, eu super vibro. 

 

Criado por Tiago Rezende, o Original Globoplay "Dr4g0n" tem produção de Nora Goulart, da Casa de Cinema de Porto Alegre. A direção da obra é de Ana Luiza Azevedo e Tiago Rezende. A série é escrita por Tiago Rezende, Ana Saki e Tomas Fleck. A supervisão de texto é de Jorge Furtado. A direção de fotografia é de Rafael Duarte e a direção de arte é de Martino Piccinini. A montagem é de Giba Assis Brasil, Joana Bernardes e Jonatas Rubert.

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