segunda-feira, 15 de julho de 2024

.: Exposição do fotógrafo Manu Pivatti em SP é opção de passeio cultural grátis


Manu Pivatti posa entre as obras da exposição "Origens", resultado de diversas expedições na Amazônia. Foto: Guilherme Machado

A ArboREAL, em parceria com a Alma Eventos Brasil, apresenta “Origens”, uma exposição fotográfica de Manu Pivatti que destaca a beleza e a riqueza cultural dos povos originários da Amazônia. A exposição poderá ser vista até o dia 26 de agosto. A entrada é gratuita, com necessidade de agendamento prévio, especialmente para grupos que desejam visitas guiadas.

“Origens” é o resultado das extensas expedições de Manu Pivatti na Amazônia, onde atuou como voluntário em logística para ONGs da área da saúde. Ao longo dessas expedições, Manu imergiu na vida cotidiana de várias tribos indígenas, acumulando um acervo de mais de 10 mil fotografias e uma coleção de artefatos únicos.

As experiências antropológicas e culturais, somadas às adversidades enfrentadas para sobreviver na selva, moldaram a versatilidade e capacidade de adaptação do fotógrafo. A exposição apresenta fotografias exclusivas de rituais indígenas, raramente testemunhados por externos, e artefatos de grande valor antropológico, histórico e cultural, como um tronco utilizado no Ritual Xinguano do Kuarup e as Luvas de Formigas Tucandeiras do Ritual de Passagem do Povo Sateré-Mawé.

Serviço
Exposição "Origens" | Fotografias de Manu Pivatti
Local: ArboREAL - Loja Conceito, Avenida Imperatriz Leopoldina, 1042
Até dia 26 de agosto de 2024
Entrada: gratuita e aberta ao público com agendamento prévio. Grupos precisam agendar visitas guiadas.
Outras informações: (19) 9 8208 0805
Instagram: @origens_expo | @manupivatti | @arbo_real

.: Socioambiental, 13ª Mostra Ecofalante de Cinema anuncia filmes selecionados


Festival é gratuito e acontece em São Paulo entre 1° e 14 de agosto. Neste ano, pela primeira vez, serão três programas competitivos: além da Competição Latino-Americana e o Concurso Curta Ecofalante, haverá a estreia da Competição Territórios Brasileiros. A Competição Latino-Americana terá 17 filmes, entre longas e curtas-metragens, produzidos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, México, República Dominicana, Panamá e Peru. A Competição Territórios Brasileiros conta com 27 filmes selecionados, enquanto o Concurso Curta Ecofalante tem 25 produções selecionadas. Na imagem, o filme “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)”, dirigido por Lara Jacoski e Patrick Belem


A Mostra Ecofalante de Cinema, que realiza sua 13ª edição em São Paulo entre os dias 1° e 14 de agosto, anuncia os filmes selecionados para seus três programas competitivos: Competição Latino-Americana, Competição Territórios Brasileiros e Concurso Curta Ecofalante. Totalmente gratuito, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais contará com a exibição de mais de 120 títulos de 24 países, além de debates com convidados especiais e diversas outras atrações.

A Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Ela tem patrocínio da Itaú, Mercado Livre, Prefeitura de São Paulo e da Spcine, empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e apoio da White Martins e Synergia Socioambiental . Tem apoio institucional do WWF-Brasil, da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, do Institut Français e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.

Competição Latino-Americana
Presente na Mostra Ecofalante desde 2014, a Competição Latino-Americana premia os melhores filmes de temática socioambiental da América-Latina. Foram selecionados 17 filmes, entre longas e curtas-metragens, produzidos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, México, República Dominicana, Panamá e Peru. Os filmes selecionados foram:


Longas
“A Gruta Contínua” ( Argentina e Cuba,  2023, 85’) dir. Julián D'Angiolillo
“A Transformação de Canuto” (Brasil, 2023, 132’) dir. Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho
“Bila Burba” (Panamá, 2023, 70’) dir. Duiren Wagua
“Céu Aberto” (Peru, 2023, 63) dir. Felipe Esparza
“Histórias de Shipibos” (Peru, 2023, 117’) dir. Omar Forero
“Ramona” (República Dominicana, 2023, 82’) dir. Victoria Linares Villegas
“Rio Vermelho” ( Colômbia/França,  2023, 70) dir. Guillermo Quintero


Curtas
“A Menos Que Bailemos” (Colômbia, 2023, 14′) dir. Hanz Rippe Gabriel e Fernanda Pineda Palencia
“Cama Vazia” (Brasil, 2023, 6) dir. Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet
“Concórdia ” (Chile, 2022, 9′) dir. Diego Véliz
“Hikuri” (México, 2023, 18′) dir. Sandra Ovilla León
“Margens Luminosas ” (Argentina, 2023, 18′) dir. Maira Ayala
“O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio” (Brasil, 2023, 26′) dir. Carlos Adriano
“Um Campo Que Já Não Cheira a Flores” (México, 2023, 19′) dir. César Flores Correa
“Vão das Almas” (Brasil, 2023, 15′) dir. Edileuza Penha de Souza / Santiago Dellape
“Você Vai Me Esquecer?” (México/Peru/España, 2023, 12′) dir. Sofía Landgrave Barbosa
“Yarokamena” (Colômbia, 2022, 21′) dir. Andres Jurado


Competição Territórios Brasileiros
Presente na Mostra Ecofalante pela primeira vez neste ano de 2024, a Competição Territórios Brasileiros premia os melhores filmes de produções ou coproduções brasileiras que abordam diferentes visões e aspectos do país e trazem uma perspectiva socioambiental em relação aos temas tratados. Foram selecionados 27 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens. Os filmes selecionados foram:


Longas
“À Margem do Ouro” (Brasil, 2023, 95′) dir. Sandro Kakabadze
“Anhangabaú” (Brasil, 2023, 88’) dir. Lufe Bollini
“Black Rio! Black Power!” (Brasil, 2023, 74′) dir. Emilio Domingos
“Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (Brasil, 2023, 70′) dir. Lara Jacoski e Patrick Belem
“Favela do Papa” (Brasil, 2023, 76′) dir. Marco Antonio Pereira
“Memórias da Chuva” (Brasil, 2023, 77′) dir. Wolney Oliveira
“O Bixiga É Nosso!” (Brasil, 2023, 73′) dir. Rubens Crispim
“O Contato ” (Brasil, 2023, 85) dir. Vicente Ferraz
“Ouvidor” (Brasil, 2023, 74′) dir. Matias Borgström
“Rejeito” (Brasil/EUA, 2023, 75′) dir. Pedro de Filippis
“Samuel e a Luz” (Brasil, 2023, 70′) dir. Vinícius Girnys
“Sekhdese” (Brasil, 2023, 86′) dir. Graciela Guarani, Alice Gouveia
“Sociedade de Ferro - A Estrutura das Coisas” (Brasil, 2024, 73′) dir. Eduardo Rajabally


Médias e Curtas
“A Bata do Milho” (Brasil, 2023, 16′) dir. Eduardo Liron e Renata Mattar
“A Chuva do Caju” (Brasil, 2023, 21′) dir. Alan Schvarsberg
“Água Rasa” (Brasil, 2023, 19’) dir. Dani Drumond
“Ava Yvy Pyte Ygua / Povo do Coração da Terra” (Brasil, 2023, 40’) dir. Coletivo Guahuí Guyra Kuera
“Despovoado” (Brasil, 2023, 18’) dir. Guilherme Xavier Ribeiro
“Interior da terra” (Brasil, 2022, 16’) dir. Bianca Dacosta
“Kwat e Jaí - Os Bebês Heróis do Xingu” (Brasil, 2023, 20’) dir. Clarice Cardell
“Mborairapé” (Brasil, 2023, 35’) dir. Roney Freitas
“Nosso Terreiro” (Brasil, 2023, 18’) dir. Anna Rieper, Patrícia Medeiros, Ranyere Serra, Fernando Lucas Silva
“Nunca Pensei Que Seria Assim” (Brasil, 2022, 11’) dir. Meibe Rodrigues
“O Silêncio Elementar” (Brasil, 2024, 15’) dir. Mariana de Melo
“Onde a Floresta Acaba” (Brasil, 2023, 15’) dir. Otavio Cury
“Retratos de Piratininga” (Brasil, 2023, 18’) dir. André Manfrim
“Sertão, América” (Brasil, 2023, 18’) dir.Marcela Ilha Bordin


Concurso Curta Ecofalante
O Concurso Curta Ecofalante é uma competição voltada para curtas-metragens produzidos por estudantes. Para participar, os filmes inscritos devem abordar temáticas relacionadas a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU na Agenda 2030 – são 17 objetivos que abrangem temas como erradicação da pobreza, saúde de qualidade, combate às mudanças climáticas e igualdade de gênero. O Concurso Curta selecionou 25 filmes que serão exibidos durante a Mostra e concorrerão ao prêmio de Melhor Curta Ecofalante:

“Além do Impedimento” (Brasil, 2023, 6’) dir. Heloisa Lawanda
“Arquipélago do Bailique: Fragmento das Ilhas Que Dançam” (Brasil, 2023, 26’) dir. Agatha Garmes, Isabel Pontual, Mayra Ataide, Sarah Castro, Tetê Barddal
“As Placas São Invisíveis” (Brasil, 2023, 24’) dir. Gabrielle Ferreira
“Camburi Resiste” (Brasil, 2023, 18’) dir. Guilherme Landim
“Chão De Taco” (Brasil, 2023, 18’) dir. Alan Santana
“Cida Tem Duas Sílabas” (Brasil, 2023, 20’) dir. Giovanna Castellari
“Deriva” (Brasil, 2023, 9’) dir. Hellen Nicolau
“Desconserto” (Brasil, 2023, 7’) dir. Haniel Lucena
“Desmistificando o Axé” (Brasil, 2023, 31’) dir. Marco Neto
“Mama - Africanos em São Paulo” (Brasil, 2023, 17’) dir. Rafael Aquino
“Manchas de Sol” (Brasil, 2023, 19’) dir. Martha Mariot
“Máquinas de Lazer” (Brasil, 2023, 11’) dir. Italo Zaccaon
“Mar.INA” (Brasil, 2023, 26’) dir. Samyre Protázio , Marcelo Almeida Jeyci Elizabeth, Igor Cariman, , David Silva, Divina Profana - Direção coletiva
“Nheengatu” (Brasil, 2023, 6’) dir. Luiz Filho
“Pelos” (Brasil, 2023, 16’) dir. Emma Marques
“Por Trás dos Prédios” (Brasil, 2023, 17’) dir. João Mendonça
“Pour Elis” (Brasil, 2023, 9’) dir. Matheus Alencar
“Quanto Vale?” (Brasil, 2024, 18’) dir. Letícia S. Góis
“Retorno” (Brasil, 2024, 16’) dir. Arthur Paiosi
“Sementes da Resistência, o 25 de Maio e a Luta pela Reforma Agrária” (Brasil, 2023, 20’) dir. Raielle Mazzarelli
“Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade” (Brasil, 2023, 16’) dir. Marcelo Melchior
“Tereza” (Brasil, 2023, 9’) dir. Bea Souza
“Terra Sincera” (Brasil, 2022, 4’) dir. Renan Turci
“TRANSpassado - Corpos Que Retratam” (Brasil, 2023, 25’) dir. Otávio Kaxixó
“Visões da Maré” (Brasil, 2023, 8’) dir. Vivian Cazé, Michael Sousa, Alle Estrela, Thay Silva, Julia Alves


Serviço
13ª Mostra Ecofalante de Cinema
1 a 14 de agosto
Programação gratuita
ecofalante.org.br


domingo, 14 de julho de 2024

.: Elisa Marques: "Às vezes deixo de me expor como escritora para me expor"


"Eu às vezes deixo de me expor como escritora para me expor como pessoa". Em entrevista, a escritora Elisa Marques associa a escrita poética com os aprendizados de vivenciar o amor romântico. Foto: Wictor Cardoso


Formada em Jornalismo nos Estados Unidos, a escritora, roteirista e diretora audiovisual, Elisa Marques, acaba de lançar a autoficção "Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor", que reúne 78 poemas sobre as complexidades do sentimento romântico na sociedade contemporânea. Nesta obra visceral, a autora imerge nas próprias emoções e resgata experiências amorosas para acolher todos aqueles que se identificam com a mesma forma intensa de amar.

Com referências da cultura do rock ao clássico, como inspirações na música “Mania de Você”, de Rita Lee, e as diferentes sensações evocadas pelas composições de Beethoven, este livro é uma ode ao amor sáfico, com declarações apaixonadas e desabafos às mulheres que a autora já se apaixonou. Mais que isso, é um resgate da poesia como forma de transbordar sentimentos universais, mas que muitas vezes passam despercebidos ou são silenciados com a rotina.

Elisa Marques é goiana, nascida em 1994, e cresceu em Goiânia. Estudou Jornalismo e Psicologia nos Estados Unidos e atualmente divide seu tempo entre literatura e cinema, sendo também roteirista e diretora. Elisa desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita inspirada pelas obras de seu falecido avô, a primeira referência que teve de escritor. “Até Minha Terapeuta Sente Falta de Você” é o primeiro livro da autora, que traz sentimentos profundos sobre fins de relacionamentos, e foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo da Secretaria de Estado de Cultura de Goiás como “Melhor Obra Cultural”, no ano de 2023. Agora, lança a publicação poética "Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor", que ganhará uma adaptação para o audiovisual no segundo semestre de 2024. Em entrevista, a Elisa Marques comenta detalhes sobre este lançamento e as referências para escrever a obra, com um breve spoiler do que se pode esperar da adaptação para o audiovisual. Compre o livro "Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor", de Elisa Marques, neste link.


O livro é descrito como uma ode ao amor sáfico. Como você vê a importância da representação do amor entre mulheres na literatura atual e quais desafios você encontrou ao explorar esse tema?
Elisa Marques - A pergunta me faz lembrar da primeira escritora a tratar do tema de forma natural: Odete Rios, através de seu pseudônimo Cassandra Rios, no final da década de 1940. Censurada de todas as formas pela ousadia em plena ditadura militar, Cassandra deu voz a mulheres que existiram. O cenário hoje é diferente, mas manter essa representatividade na literatura contemporânea através de escritoras como Angélica Freitas, Natalia Borges Polesso, Elayne Baeta e muitas outras que me inspiraram, é como dizer: eu sempre vou existir. Da minha parte, não houve desafios ao escrever sobre o amor entre mulheres, pois a Elisa escritora existe através da voz daqueles com quem me relaciono. E nos últimos tempos, tem sido sim uma vida/escrita mais voltada para mulheres.


Você aborda aspectos do amor no mundo contemporâneo, como a espera por mensagens de celular e as ambiguidades dos relacionamentos hoje em dia. Na sua visão, por que essas nuances chamam atenção na poesia?
Elisa Marques - Poesia é também uma relação com quem te lê. Se escrevo a partir dos amores que vivo ou desejo viver e o amor é um sentimento universal, a poesia chama atenção porque se relaciona com os leitores.


O livro combina referências da cultura do rock e do clássico, de Rita Lee a Beethoven. Como essas diversas inspirações impactaram a criação dos seus poemas e a estrutura do livro?
Elisa Marques - Costumo dizer que escrever é prestar atenção. O que me rodeia são minhas maiores inspirações. Foi em uma aula de filosofia que conversei sobre o tema: “A música de Beethoven é ou não é triste?”. Em contrapartida, foi ouvindo “Mania de Você” deitada na rede de casa em um dia qualquer que surgiu o poema cujo primeiro verso é “hoje fiz amor por telepatia”. Escrever é observar.


 A obra também mistura ficção e autobiografia. Quais experiências pessoais mais influenciaram a sua escrita e como foi o processo de transformar vivências reais em poesia?
Elisa Marques - Os potenciais amores inspiraram muito esse segundo livro. No primeiro eu falei sobre o fim de um relacionamento romântico que existiu. Nesse eu falo sobre vários inícios que nunca vingaram de fato e que, por motivos diferentes, terminaram ainda muito vivos em mim justamente pelo que podia ter sido. A escrita a partir de si é muito difícil. Eu às vezes deixo de me expor como escritora para me expor como pessoa. O que é de verdade e o que é ficção é uma linha muito tênue, e quando eu escolho dizer que escrevi uma obra de autoficção eu abro margem para os leitores especularem. Minha escrita vai te encontrar onde você quiser que ela te encontre.


"Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor" será adaptado para o audiovisual. O que os leitores podem esperar dessa adaptação e como você está se preparando para transpor a poesia para as telas?
Elisa Marques - Os leitores podem esperar um show de performance de cinco grandes atrizes goianas em ascensão. A entrega de todos os profissionais envolvidos ultrapassou toda e qualquer expectativa que eu tinha criado. A equipe de produção abraçou o projeto como se eles mesmos tivessem o escrito. Só posso dizer que tenho me preparado para ver esse filme nas telas no mesmo lugar onde faço todas minhas preparações: em terapia (risos).


Garanta o seu exemplar de "Minha Mão na Sua Boca e Um Verso sobre o Amor", escrito por Elisa Marques, neste link.

.: Entrevista com Carla Guerson: "Percebi que havia mais a ser dito"


“Todo Mundo Tem Mãe, Catarina”: uma conversa com a autora capixaba Carla Guerson sobre seu novo livro. Foto: divulgação


Catarina, a protagonista do novo romance da capixaba Carla Guerson, “Todo Mundo Tem Mãe, Catarina" (compre neste link), lançado pela editora Reformatório, é uma garota de 14 anos que começa a sua jornada pelas descobertas da adolescência após uma infância marcada pela lacuna deixada pelos pais. Criada pela avó, uma servente de condomínio de classe média no interior do Espírito Santo, a personagem precisa desvendar a história familiar complexa e cheia de segredos para crescer.

Assim como sua personagem, Carla Guerson é natural do Espírito Santo, tendo nascido e sido criada em Vitória, onde ainda vive. A autora é formada em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), porém sempre separou momentos para a escrita literária entre sua rotina cheia de minutas jurídicas e relatórios. Começou a carreira literária em 2021, quando publicou o seu primeiro livro de contos, “O Som do Tapa”, publicado pela editora Patuá, que teve uma ótima recepção entre os leitores por tratar temas complexos e personagens mulheres fora do padrão. Em “Fogo de Palha”, da editora Pedregulho, a autora seguiu abordando temas como autoaceitação, maternidade, solidão, relacionamentos familiares e morte e foi premiada pelo edital de Cultura da Secult/ES.

Carla idealizou o Coletivo Escreviventes, que hoje conta com 600 participantes espalhadas pelo Brasil, e também se dedica à leitura de autoras contemporâneas e à mediação de clubes de leitura com foco em obras produzidas por mulheres, como o Leia Mulheres Vitória e o Clube Casa das Poetas. Compre o livro “Todo Mundo Tem Mãe, Catarina”, de Carla Guerson, neste link.

Se você pudesse resumir os temas centrais do livro, quais seriam?
Carla Guerson - Sexo, religião, ancestralidade, prostituição, adolescência. O romance parte da premissa de que a personagem principal não sabe nada de sua mãe e de seu pai, e esta necessidade de saber mais sobre seu passado vai levar Catarina, a personagem principal, a fazer muitas descobertas sobre quem ela mesmo é ou quer ser. Ela transita em meio a diversas possibilidades, tentando traçar um caminho próprio e o leitor acompanha essa trajetória lembrando de sua própria caminhada e de como essa fase é importante na definição de quem somos ou seremos.

Por que você escolheu esses temas?
Carla Guerson Eu tenho um interesse grande pela infância e pela adolescência, acho que são fases definidoras, intensas. Investigar esses processos me instiga e eu tinha vontade de escrever uma personagem nesta faixa etária dos 14 para os 15 anos, que foi uma fase bem importante no meu desenvolvimento. Eu também tinha vontade de ambientar uma história no meu estado, especialmente no interior, acho que é um ambiente ainda pouco retratado na literatura. Escolhido o personagem e o local, a história foi se desenvolvendo. Os temas retratados surgiram naturalmente, a partir do exercício de pensar minha adolescência e também de observar e consumir outras referências que se relacionem a esta etapa da vida, especialmente na vida das meninas, já que minha personagem é uma menina.

Como foi o processo de escrita?
Carla Guerson A primeira faísca do livro veio em 2021, quando eu ainda estava finalizando a escrita do meu primeiro livro, “O Som do Tapa”. Em uma das oficinas que fiz com a Aline Bei, ela trouxe uma provocação com a palavra “abandono”. A provocação me levou pra infância, me fez ter contato com as primeiras sensações de abandono ou de solidão que experimentei e a partir daí surgiu essa personagem que era, antes de tudo, uma sensação. Eu sentia a falta que enlaça a vida de Catarina, mesmo sem saber nomeá-la. Escrevi uma espécie de conto com esta história, onde aparecia a questão da menina guardada na "Bíblia" da avó, essa era a primeira imagem: uma menina que não tem mãe, que foi criada pela avó e que, quando pergunta pra esta avó sobre sua mãe é apresentada a uma fotografia antiga, de uma menina “que não tinha cara de ser mãe de ninguém”. Esta personagem, que ganhou o nome de Catarina, ficou me habitando, e percebi que havia mais a ser dito, que a história não se resumiria a um conto. Assim, deixei o conto de lado e guardei o projeto para desenvolvimento futuro. Em 2022 voltei a pensar sobre ela e passei cerca de 1 ano escrevendo a versão inicial. Em 2023 eu já tinha uma primeira versão e foi o ano que passei lapidando, trocando, mudando, voltando atrás, mudando tudo novamente… E também, enquanto isso, pensando e buscando ativamente uma editora que topasse o projeto como eu tinha imaginado. 


Quais obras ou autores influenciaram diretamente a obra?
Carla Guerson A primeira influência clara pra mim é Lygia Bojunga. Quando comecei a pensar em Catarina estava no meio de um projeto pessoal de ler a obra completa da Lygia, uma escritora que conheci ainda na infância, mas que só mais tarde descobri que tinha uma extensa obra também para o público adulto. A escrita da Lygia, simples e ao mesmo tempo densa, com diálogos marcados pela oralidade, a conversa com o leitor no final da obra, são influências fortes na minha escrita e acho que estão de alguma forma presentes neste primeiro romance, mesmo que de forma indireta. Como a personagem é adolescente, também fiz uma pesquisa direcionada aos livros narrados por personagens crianças e adolescentes, para encontrar o registro de Catarina. Cito como livros que li (ou reli) durante esse período e que também me influenciaram neste sentido: “O Pássaro Secreto”, da Marilia Arnaud; “A Vida Mentirosa dos Adultos”, da Elena Ferrante; “Pança de Burro”, da Andrea Abreu; “Se Deus Me Chamar Não Vou”, da Mariana Salomão; “Os Tais Caquinhos”, da Natércia Pontes e “Corpo Desfeito”, da Jarid Arraes. Além disso, especificamente na questão da falta, da ausência, que é um sentimento forte, uma sensação que parece permear a narrativa, cito como influências: os dois romances da Marcela Dantes (“Nem Sinal de Asas” e “João Maria Matilde”), os romances da Aline Bei (“O Peso do Pássaro Morto” e a “Pequena Coreografia do Adeus”), “Ponciá Vicêncio”, da Conceição Evaristo, entre outros.

Quais são os seus projetos atuais de escrita?
Carla Guerson Costumo me definir como uma pessoa inquieta e isso resulta, obviamente, numa espécie de explosão de projetos, ideias, vontades. Com relação ao que farei em seguida, dentre meus 157 projetos paralelos, tenho dois bem adiantados. O primeiro é um novo livro de poesia, que acabou de ficar em primeiro lugar no edital de seleção de projetos literários do meu estado. Ainda estamos esperando a homologação e demais etapas, mas tudo indica que vem aí, algum dia, é um projeto já bem adiantado. O segundo projeto é um novo romance, em que eu investigo questões relacionadas ao corpo, pressão estética, transtornos alimentares e gordofobia. Este tem a primeira versão pronta, mas ainda estou num processo de entender melhor para onde vai, se é que vai. Acho que são meus dois projetos atuais, digamos assim.

Garanta o seu exemplar de “Todo Mundo Tem Mãe, Catarina”, escrito por Carla Guerson, neste link.

.: Lucas Pagani: "Suspenses instigam a própria natureza humana"


"Baile de Máscaras" é o romance de estreia de Lucas Pagani. Em entrevista, ele comenta detalhes sobre o lançamento e destaca a importância do gênero de suspense na literatura nacional. Foto: divulgação


Após um brutal assassinato repercutir nos noticiários na pacata e fictícia cidade de São Filipe, os moradores ficam em estado de alerta. Afinal, quem é o assassino? E quais as motivações? Agora, cabe à detetive Diana desvendar esse mistério e juntar as peças do quebra-cabeça. É neste contexto que surge o enredo de "Baile de Máscaras" (compre neste link), romance de Lucas Pagani

Muito além de um thriller com mentiras e mortes misteriosas, esse suspense aborda as nuances da existência humana. Por meio de uma narrativa visceral, que concilia investigação criminal, questões psicológicas intrínsecas e protagonistas da terceira idade, o autor apresenta a história de Rui Córdova, que durante 50 anos nutria um amor por Vânia. Mas, antes que a mulher pudesse lhe contar um segredo do passado, ela é brutalmente assassinada.

Lucas Pagani nasceu em Lages (Santa Catarina). Formou-se em Jornalismo pela Universidade do Planalto Catarinense e trabalhou como repórter no Correio Lageano até 2017. Atuou na redação do jornal impresso e on-line, além de rádio e redes sociais. Depois, concluiu o curso de Direito e duas pós-graduações na área. Atualmente, concilia a carreira de escritor com o cargo de servidor público no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. "Baile de Máscaras" é o romance de estreia do escritor. Em entrevista, ele comenta detalhes sobre o lançamento e as referências para a narrativa, destacando a importância do gênero de suspense na literatura nacional. Compre o livro "Baile de Máscaras", de Lucas Pagani, neste link.


Qual foi a sua principal inspiração por trás da produção de "Baile de Máscaras"?
Lucas Pagani - Costumo dizer que meus personagens nasceram antes do enredo, pois fui construindo-os ao longo dos anos até amarrar as subtramas numa história maior. As primeiras ideias surgiram ainda entre 2010 e 2011, nas aulas de redação do ensino médio.


Por que decidiu enveredar pelo suspense e o que mais te atrai neste gênero? 
Lucas Pagani - Sempre gostei muito de mistérios e o clássico "Whodunnit". Então foi uma escolha natural que meu primeiro romance trouxesse elementos de investigação. Desde muito novo, lia autores americanos como Dan Brown e Harlan Coben e imaginava escrever um livro que fizesse o leitor virar uma página atrás da outra, com cada capítulo terminando num gancho de curiosidade.  

Nos últimos anos, temos visto um crescimento significativo do gênero de suspense na literatura nacional. Como você vê essa tendência e de que maneira "Baile de Máscaras" se insere nesse movimento?  
Lucas Pagani - Suspenses sempre despertaram interesse, pois a busca pela solução de um enigma costuma instigar a própria natureza humana. Com o avanço do audiovisual, acredito que as produções do gênero tendem a engajar o público, que consome horas a fio desse conteúdo, além, é claro, da febre dos documentários sobre crimes reais. De modo geral, esta temática e os arquétipos do detetive e do assassino prendem a atenção das pessoas.  

No livro, você aborda temas complexos como abortos clandestinos e fraudes médicas. O que o motivou a incluir esses tópicos na trama e qual foi o processo de pesquisa para tratar desses assuntos de maneira próxima da realidade brasileira?  
Lucas Pagani - Não tive a intenção de trazer essa temática como a principal, mas sim como um elemento a mais que contribuiria para a revelação preparada para o desfecho da trama, que na verdade pretende gerar reflexões sobre a natureza humana, os dramas e traumas familiares, as mentiras, o luto, as amizades, os amores não correspondidos. A solução dos segredos guardados pelos personagens passa pelo tema do aborto (que no início é abordado de forma leve e só volta à tona nas últimas páginas) não como um julgamento moral da parte do autor, mas como um fato que na vida desses personagens foi definidor e trouxe consequências. Não se ignoram os muitos lados desse assunto na realidade, mas, na mentalidade e nas peculiaridades dos meus personagens, fazia sentido que essa ferida mudasse o rumo de suas vidas. Portando, eu a usei como catalisador dos acontecimentos que eu precisava que se desenrolassem na história, mas sempre com a intenção de explorar os sentimentos humanos, as dores, perdas, arrependimentos e o peso das escolhas, sejam elas quais forem.  


Os protagonistas do livro são majoritariamente idosos, que entrelaçam as vivências do momento atual da narrativa com o passado deles. Na sua perspectiva, qual a importância dessa visibilidade para pessoas da terceira idade, principalmente, em gêneros comumente consumidos pelo público jovem?  
Lucas Pagani - Sempre tive muito apreço pelos idosos. A cena de abertura do prólogo, por exemplo, brotou pronta na minha imaginação, e gosto do ar que ela transmite: o pátio de um asilo, idosos recebendo visitantes e tudo isso deixando um ponto de interrogação na mente do leitor - quando se vai ler sobre um assassinato num baile de máscaras, a última coisa que se espera é que essa história comece num asilo. Além do inusitado, o destaque de personagens idosos enriquece a trama por permitir as idas e vindas no tempo e por explorar como mudamos ao longo da vida, como resultado de nossas escolhas e dos outros. As irmãs octogenárias Josefa e Quieta, por exemplo, são muito queridas pelos leitores e funcionam como dois lados de uma moeda: a velhinha senil institucionalizada e a senhora cheia de vitalidade que pinta os cabelos de verde e joga pôquer.  

A narrativa entrelaça eventos passados e presentes. Quais os desafios do escritor em equilibrar essas duas linhas do tempo e garantir que ambas se complementassem, para garantir clareza e a sustentação do mistério até o fim?  
Lucas Pagani - Isso exige muito zelo. Um livro de 300 páginas tem muito mais que ficam de fora da versão final, incluindo as biografias de cada personagem e a linha do tempo, que no meu caso foi bem minuciosa. Como leitor, sempre torci o nariz para contradições e quebras de coerência, então cuidei para que até os dias da semana fossem fieis à realidade. A cena mais distante no tempo na minha narrativa é de algo entre seis e sete décadas antes da atualidade, por isso, é preciso planejar muito bem de onde se parte e quer chegar para que tudo se encaixe. Orgulho-me ao afirmar que não há furos nas marcações temporais da trama. 


Você se inspirou em grandes nomes da literatura de suspense para compor a sua obra de estreia, como Agatha Christie e o brasileiro Raphael Montes. O que você diria que tem de melhor desses autores na trama de "Baile de Máscaras"? E o que você tentou trazer de particularidade sua?  
Lucas Pagani - Eu mencionaria a possibilidade de a releitura ser uma experiência sempre nova. "Baile de Máscaras" é um livro de suspense, sim, mas a busca pela identidade do assassino e pela motivação do crime são ingredientes no meio de vários outros. Quem relê o livro fica surpreso com a quantidade de pistas que estavam plantadas desde o começo e a forma como tudo se encaixa, até os acontecimentos mais aleatórios. Raphael Montes, por exemplo, tem momentos mais excêntricos como os de "Jantar Secreto", mas também retrata traumas psicológicos com muita força, como no caso da Eva de "Uma Família Feliz".  Acredito que meu livro combina esses elementos, ou seja, as soluções criativas necessárias para mover a trama e os mergulhos na cabeça e nas emoções dos personagens que fazem a história acontecer.


Garanta o seu exemplar de "Baile de Máscaras", escrito por Lucas Pagani, neste link.


.: Marcelo Médici entra em novela: "Não é um poço de virtudes"


Pai de Guto e Chicão chega à trama. Leda (Grace Gianoukas) vai se envolver com Ubaiara/Youssef (Marcelo Médici). Foto: Globo/ Fábio Rocha


Um novo personagem entra em cena prometendo mexer com a vida de Leda (Grace Gianoukas) e a rotina da pensão de Furtado (Claudio Torres Gonzaga), na novela "Família É Tudo", de Daniel Ortiz. Com uma vida dupla, Ubaiara é interpretado por Marcelo Médici. Apresentando-se como Youssef, um descendente de árabes, o personagem vai jogar seu charme para a mãe de Júpiter (Thiago Martins), ao conhecê-la em um restaurante.

Pai de Chicão (Gabriel Godoy), a quem reverencia, e de Guto (Daniel Rangel), a quem destrata, Ubaiara é conhecido por aplicar golpes em mulheres maduras que estão à procura de amor. Depois do primeiro encontro com a executiva da Mancini, ele baixa na pensão na Zona Leste, onde se instalará. “Ubaiara é um personagem maravilhoso porque não é um vilão, mas não é um poço de virtudes, e acho que isso é do ser humano. Claro que ele tem pensamentos e atitudes que discordo, e isso torna tudo mais divertido para interpretá-lo. Acho que Leda pode passar de caça a caçadora”, comenta Médici, em entrevista disponibilizada abaixo.


⁠Quem é Ubaiara? Podemos considerá-lo um golpista ou Leda pode de alguma forma dobrá-lo?
Marcelo Médici - Ubaiara é um personagem maravilhoso porque não é um vilão, mas não é um poço de virtudes, e acho que isso é do ser humano. É claro que ele tem pensamentos e atitudes que discordo, e isso torna tudo mais divertido para interpretá-lo. E sim, acho que Leda pode passar de caça a caçadora (risos).

⁠O personagem é pai de Guto e Chicão, mas trata os filhos de maneira diferente. Acha que tem algum mistério por trás dessa relação?   
Marcelo Médici Tenho quase certeza que sim! E acredito que esse mistério inclusive pode resultar nesse comportamento errático do Ubaiara. Mas essa resposta, só o Daniel Ortiz pode dar.

 
Ubaiara vai ter um problema com Maradona e você ama cachorros. Como é isso?
Marcelo Médici Pois é. Daniel (Ortiz) quis me pregar uma peça. Eu sou louco por cachorros e o Ubaiara tem medo deles. A relação dele com Maradona vai ser engraçada. Eu já estou apaixonado pelos pets da novela.

 
Como foi o convite e o que te fez aceitar o papel?
Marcelo Médici Já faz um tempo que o Daniel Ortiz me falou que teria um personagem para mim na novela. Como já fizemos "Passione", em que ele era colaborador do Silvio de Abreu, e depois "Alto Astral" e "Haja Coração", fiquei muito feliz com a lembrança dele.

 
O fato de entrar com a novela em andamento é um diferencial?
Marcelo Médici Eu sabia que entraria depois, então deu para fazer meu espetáculo solo em São Paulo e vai dar para voltar depois que acabarem as gravações. Estou gravando ‘Família é Tudo’ junto com o "Vai Que Cola!".

  

"Família É Tudo" é uma novela criada por Daniel Ortiz e escrita por Ortiz com Flavia Bessone, Nilton Braga, Daisy Chaves e Claudio Lisboa. Com direção artística de Fred Mayrink e direção de Felipe Louzada, Mariana Richard, Augusto Lana e Naína de Paula. A produção é de Mariana Pinheiro, Claudio Dager e Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

.: Nanda Marques sobre personagem: “Carrega o peso do mundo nas costas”


Nanda Marques fala sobre a protagonista em "Dr4g0n", nova série do Globoplay: “Ela carrega o peso do mundo nas costas”. Foto: Fabio Rebelo


Nanda Marques, atriz paulistana, mal pode esperar para o público conhecer Ana Paula, a protagonista na mais nova série Original Globoplay, "Dr4g0n". Primeira trama da plataforma ambientada no universo de e-sports, a obra conta em oito episódios, disponibilizados no dia 18, a história de dois irmãos que passam a sustentar os pais formando um time de players profissionais, após a empresa da família entrar em falência.  

Ana Paula, estudante de administração, é a irmã mais velha de Daniel (Cauã Martins). Independente, boa em fingir confiança e proativa até o ponto de sucumbir ao estresse, ela também pode ser impulsiva e, por isso, está sempre correndo atrás do prejuízo das ideias megalomaníacas que inventa. Quando a empresa dos pais quebra, se sente responsável por achar uma solução e decide investir na carreira do irmão, ao descobrir que ele é um verdadeiro prodígio nos jogos eletrônicos.  

“Ana Paula tem um senso de humor bem específico, oscila entre uma super confiança e uma total falta de autoestima. Ao mesmo tempo em que precisa de proatividade e força, ela também mostra vulnerabilidade. É um papel muito difícil, e necessita de uma grande versatilidade do ator. O primeiro teste da Nanda mostrou tudo isso”, revela Tiago Rezende, criador da obra. 

Nanda Marques pode ser vista na novela "Um Lugar ao Sol" como Cecília, filha da personagem de Andréa Beltrão, disponível no Globoplay. A atriz foi destaque como a protagonista de dois projetos: a série "Colônia"(Globoplay), baseada no livro-reportagem "Holocausto Brasileiro", da jornalista Daniela Arbex, que virou o filme "Ninguém Sai Vivo Daqui", recém-lançado nos cinemas brasileiros, e o longa-metragem "Nas Mãos de Quem Me Leva", além de ter feito uma participação no drama "Marighella", longa de Wagner Moura. Em 2018, fez parte do elenco da série "Onde Nascem os Fortes", e a sua estreia na TV se deu no ano anterior, na série cômica "A Fórmula", dividindo uma mesma personagem com a atriz Cláudia Raia. No teatro, se envolveu com os espetáculos “Fala Comigo Doce Como a Chuva”, “Reunificação das Duas Coréias” e “Bang Bang: você Morreu”

Conte um pouco mais sobre a Ana Paula. Como você define a personagem? 
Nanda Marques -
Ana Paula é uma menina muito determinada, sempre querendo dar sua melhor versão para o mundo, para a família. Ela é tão competitiva que compete com ela mesma, querendo sempre se superar. E com isso ela esbarra em coisas como ansiedade, que me identifico bastante. Ela acaba se atropelando pela ânsia de querer salvar logo a questão financeira da família, carrega muito o peso do mundo nas costas. E por conta de os pais serem pessoas mais despreocupadas, mais relaxadas, ela acaba tomando responsabilidades que não são dela. O que ela pretendia ao entrar na faculdade de Administração era ampliar o negócio dos pais, transformar em algo maior e ser reconhecida por isso. Esse desejo dela de aprovação vem de um trauma da escola: ela sempre foi competitiva desde pequena e jogava futebol. Por conta de um treinador, ela se traumatizou e nunca mais jogou. Por isso tenta se superar em tudo. Ana Paula é determinada, ansiosa, competitiva, muito ativa e com o coração muito bom. 

Como foi, para você, abordar o abismo geracional entre pais e filhos na série?
Nanda Marques - 
Enxergo essa relação dela com os pais como uma hierarquia invertida, do filho ter que assumir um lugar que não pertence a ele, responsabilidades que não são dele e isso me atravessou muito. Na última semana de gravações, eu li de novo o roteiro do início ao fim. Isso fez eu criar mais uma camada para a Ana Paula, e entendi mais esse lado dela de querer tanto aprovação. Tem uma carência que me surpreendeu. 

 
Como foi sua relação com o restante do elenco nos bastidores da gravação?
Nanda Marques - 
O Cauã é maravilhoso, um ótimo ator, excelente profissional, está sempre pronto, sempre afim, admiro muito. O lado do carinho foi imediato, no primeiro teste já tinha certeza. Ele faz muito bem o personagem. A gente se deu muito bem desde o início. Ele é mais prático, eu sou mais sentimental e ele me ajudou muito. Viramos "manos". Durante as gravações, todos viramos superamigos, sempre juntos, brincando, trabalhando, virou uma família mesmo, uma surpresa muito boa, algo que não esperava. A gente se apaixonou pelos personagens e depois nos apaixonamos entre nós.  


A parceria com os diretores também foi marcante para você?
Nanda Marques - 
Foi maravilhoso trabalhar com o Thiago e a Ana, eles foram super atenciosos, desde a condução do teste. Sempre nos deram espaço para troca, para darmos opiniões, participarmos. Por conta de o Thiago ter escrito a série, além de dirigir, eu ficava preocupada que ele tivesse uma Ana Paula muito idealizada na cabeça dele, mas ele foi superaberto a contribuições. 

 
Você já conhecia o universo de e-sports? Fez alguma preparação especial para mergulhar na trama? 
Nanda Marques - 
Eu sempre fui, dos meus irmãos, a que nunca deu bola para o videogame, enquanto eles brigavam para ver quem ia jogar, eu nunca fazia questão. Sou bem Ana Paula nesse aspecto e fui me envolver mais com o tema por causa da série mesmo, quando comecei a entender o quanto é preciso ser dedicado e talentoso para ter sucesso nesse meio. Foi algo que me surpreendeu, como também o fato desse ramo ser, hoje, uma possibilidade de profissão para muitas pessoas. Assisti alguns documentários e, claro, já adorei torcer para alguns times que acompanhamos em competições. Isso eu adoro, quando tem time brasileiro participando, eu super vibro. 

 

Criado por Tiago Rezende, o Original Globoplay "Dr4g0n" tem produção de Nora Goulart, da Casa de Cinema de Porto Alegre. A direção da obra é de Ana Luiza Azevedo e Tiago Rezende. A série é escrita por Tiago Rezende, Ana Saki e Tomas Fleck. A supervisão de texto é de Jorge Furtado. A direção de fotografia é de Rafael Duarte e a direção de arte é de Martino Piccinini. A montagem é de Giba Assis Brasil, Joana Bernardes e Jonatas Rubert.

sábado, 13 de julho de 2024

.: Resenha: "MaXXXine" encerra trilogia de sucesso na Hollywood dos anos 80

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2024


"MaXXXine", dirigido por Ti West, com visual ambientado na Hollywood dos anos 80, volta com Maxine (Mia Goth) como protagonista, apresentada no longa "X - A Marca da Morte" (2022). Ambicionando alcançar a fama, a atriz de filmes pornôs, faz seu melhor para enveredar em outro nicho e, proporcionalmente, conquistar um público maior e, assim, concretizar o objetivo de vida que alimenta desde criança. 

Após um teste, a jovem é aprovada na sequência do filme, "Puritana 2" que a catapulta para o estrelato. Contudo, ao tentar deixar o passado para trás, Maxine começa a ser chantageada via representante, John Labat (Kevin Bacon, de "Footlose - Ritmo Quente" e "Sexta-feira 13") e começa a ver as pessoas que a cercam morrerem, uma a uma. Tentando equilibrar a carreira, a ameaça de alguém desconhecido que sabe tudo de seu passado e o encalço dos detetives Williams (Michelle Monaghan, de "O Melhor Amigo da Noiva") e Torres (Bobby Cannavale, de "Bem-Vindos à Vizinhança"), a senhorita Minx reencontra um homem importante da vida dela. 

De fato, o filme do gênero terror, suspense, para maiores de 18 anos é bom, mas deixa claro que "Pearl" (2023) é superior, considerando a trama, os personagens com o toque pontual dos elementos surpresa. "MaXXXine" também entrega personagens de perfis bem desenhados, embora uma protagonista menos desesperada por sangue e matança -ainda que alguns personagens sejam mortos até com requintes de crueldade. Mas permite facilmente dizer que a essência dos filmes anteriores, principalmente, "Pearl", foi polida.

Em certas sequências faz parecer que se está assistindo a um episódio do seriado "American Horror Story", principalmente a temporada "1984". No entanto, logo segue seu próprio caminho de surpresas sanguinolentas -ainda que mais comportadas. Com figuras conhecidas como a atriz Lily Collins ("Emily em Paris"), Elizabeth Debicki (trilogia "Guardiões da Galáxia"), Kevin Bacon, Michelle Monaghan, Bobby Cannavale, revela o incrível talento de interpretação da cantora Halsey.

Mais comedido, em 1h44, "MaXXXine" também faz refletir a respeito das imposições herdadas dos pais, assim como a criação de um modo pessoal, considerado certo um determinado modo de agir, para que os outros sigam. Seja usando Deus como símbolo de punição para amedrontar ou ainda agindo pelas próprias mãos. Vale muito a pena conferir o encerramento da trilogia do diretor Ti West com a atriz Mia Goth!

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"MaXXXine" ("MaXXXine"). Ingressos on-line neste linkGênero: terrorClassificação: 18 anos. Duração: 1h44. Ano: 2024. Distribuidora: A24. Direção: Ti WestRoteiro: Ti West. Elenco: Mia Goth, Elizabeth Debicki, Moses Sumney, Michelle Monaghan, Bobby Cannavale, Lily Collins, Halsey, Giancarlo Esposito, Kevin BaconSinopse: Na década de 1980, em Hollywood, a estrela do cinema pornográfico Maxine Minx tem sua grande chance de atingir o estrelato. No entanto, um misterioso assassino em série persegue as celebridades de Los Angeles e um rastro de sangue ameaça revelar o passado sinistro de Maxine. Confira os horários: neste link

Trailer de "MaXXXine"


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.: Último final de semana para assistir "A Mulher sem Pecado" do Grupo Gattu


O espetáculo é um mergulho profundo na complexidade da alma humana. A riqueza psicológica dos personagens, aliada à intensidade das emoções, às contradições e às paixões, tornam esta peça genuinamente singular e provocativa. Foto: Ronaldo Gutierrez


O Grupo Gattu, vencedor da categoria Melhor Companhia de Teatro em 2023 pelo Blog do Arcanjo, comemora dez anos de residência no Teatro do Sol com nova montagem para a obra de Nelson Rodrigues: "A Mulher Sem Pecado". A direção é de Eloisa Vitz, há 24 anos à frente do Grupo Gattu e uma das principais autoridades em Nelson Rodrigues no país, com o maior número de direções de peças do autor no Brasil.

O espetáculo é um mergulho profundo na complexidade da alma humana. A riqueza psicológica dos personagens, aliada à intensidade das emoções, às contradições e às paixões, tornam esta peça genuinamente singular e provocativa. “Acredito que Nelson Rodrigues e sua obra transcendem fronteiras culturais, sendo verdadeiramente universais. Esta será a nossa sexta montagem e estamos ansiosos para continuar explorando esse universo incrivelmente rico”, celebra Vitz. Após sua segunda participação no FRINGE - o maior festival de artes do mundo, sediado em Edimburgo, Escócia - Eloisa estreia sua sexta montagem de Nelson Rodrigues, consolidando ainda mais sua posição como uma figura proeminente no cenário teatral brasileiro.

O Grupo Gattu foi indicado ao 30º Prêmio Shell na categoria Inovação, graças ao seu compromisso contínuo com o público na Zona Norte de São Paulo, em 2023, o grupo foi agraciado pela indicação ao Prêmio Governador do Estado, na pessoa de Eloisa Vitz, como destaque na categoria Teatro pelo espetáculo “Verão” e agora marca mais um capítulo em sua pesquisa teatral de sucesso sobre maior dramaturgo brasileiro.

As produções anteriores do Grupo Gattu no universo de Nelson Rodrigues lhes renderam a participação em renomados festivais internacionais, como o Ibero Americano de Teatro (com "Viúva, Porém Honesta" em 2009 e "Boca de Ouro" em 2011), o Festival de Curitiba ("Dorotéia" em 2010), o Festivale ("A Serpente" em 2012) e a mostra agosto 100 Nelson, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (2012). Essas incursões proporcionaram ao grupo as indicações ao VI Prêmio Aplauso Brasil nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Ator, além do prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por "A Falecida" em 2018. Além disso, estas produções foram destaque entre os melhores espetáculos em cartaz na cidade de São Paulo pela Revista Bravo, Revista Veja.


Sinopse de "A Mulher Sem Pecado"
Atormentado por um ciúme doentio, Olegário adota métodos controversos para assegurar que sua bela esposa, Lídia, lhe é fiel. Num thriller psicológico eletrizante, segredos emergem desafiando os limites entre a paixão e a obsessão.


Ficha técnica
Espetáculo "A Mulher Sem Pecado"
Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Eloisa Vitz
Assistente de direção: Miriam Jardim
Elenco: Daniel Gonzales, Miriam Jardim, Eloisa Vitz, Mariana Fidelis, Paulo de Almeida, Lilian Peres e Jailton Nunes.
Cenário e Figurino: Heron Medeiros                       
Iluminação: Eloisa Vitz e Newton Saiki
Trilha sonora: Eloisa Vitz
Crédito das fotos: Ronaldo Gutierrez
Equipe Grupo Gattu: Mariana Azevedo e Arthur Lopez
Arte gráfica: Mariana Fidelis
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Gênero: thriller psicológico
Duração: 75 minutos
Classificação: 16 anos


Serviço
Espetáculo "A Mulher Sem Pecado"
Temporada: até dia 14 de julho.
Sessões as quintas, às 20h, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h.
Gratuito
Temporada gratuita
Bilheteria abre uma hora antes do espetáculo
Reservas pelo Sympla
https://www.sympla.com.br/evento/a-mulher-sem-pecado/2468971?share_id=copiarlink
Local: Teatro do Sol | 60 lugares
Rua Damiana da Cunha, 413 - Santana
Telefone: 11. 3791.2023
Whatsapp: 11. 95679.2526

.: Em 2025: o que se sabe sobre "Capitão América: Admirável Mundo Novo"


A Marvel Studios compartilhou o teaser trailer e o pôster de "Capitão América: Admirável Mundo Novo", apresentando Anthony Mackie como o Capitão América. O Falcão, interpretado por Mackie em filmes anteriores do MCU, assumiu oficialmente o manto do Capitão América no final de "Falcão e o Soldado Invernal", no Disney+ em 2021.

Após se encontrar com o recém-eleito presidente dos EUA, Thaddeus Ross, interpretado por Harrison Ford em sua estreia no Universo Cinematográfico Marvel, Sam se vê no meio de um incidente internacional. Ele deve descobrir o motivo por trás de uma conspiração global nefasta antes que o verdadeiro gênio faça o mundo inteiro ser dominado pelo vermelho.

"Capitão América: Admirável Mundo Novo" é estrelado por Anthony Mackie, Danny Ramirez, Shira Haas, Xosha Roquemore, Carl Lumbly, com Giancarlo Esposito, Liv Tyler, Tim Blake Nelson e Harrison Ford. O longa-metragem tem direção de Julius Onah e produção de Kevin Feige e Nate Moore. Louis D’Esposito e Charles Newirth atuam como produtores executivos. "Capitão América: Admirável Mundo Novo", da Marvel Studios, estreia nos cinemas em 13 de fevereiro de 2025.


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"Capitão América: Admirável Mundo Novo" - Teaser legendado


.: "Luiza Mahin ...Eu Ainda Continuo Aqui" em curta temporada no Sesc Pinheiros


Em curta temporada no Sesc Pinheiros montagem aborda a questão do extermínio da juventude negra no país, entrelaçando relatos da personagem ancestral Luiza Mahin a de outras mulheres negras Foto: Cláudia Ribeiro

O espetáculo "Luiza Mahin ...Eu Ainda Continuo Aqui", da companhia carioca Quintal das Artes Cultura e Entretenimento, chega ao Sesc Pinheiros para curta temporada. A montagem que já esteve em cartaz no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, passando pelas cidades de Santo André e Sorocaba, em São Paulo, estreia para o público paulistano na sexta-feira,12 de julho, seguindo com as apresentações no sábado e domingo. A peça é uma tragédia contemporânea que traz o relato de várias mães acerca do extermínio da juventude negra no país, bem como o desaparecimento destes jovens oriundos de comunidades e periferias.

Em cena, mulheres negras contemporâneas, vítimas do extermínio de seus filhos e do feminicídio traz à tona o massacre de jovens das periferias, e joga luz sobre essa separação cíclica que acomete as populações negras há séculos, desde a travessia do Atlântico, nas diásporas. A montagem promove um cruzamento entre os relatos destas mães com a personagem Luiza Mahin, nascida no início do século XIX, mãe do advogado abolicionista e jornalista Luiz Gama (1830-1882), vendido como escravo pelo próprio pai.

Mahin surge como uma voz ancestral que, conhecendo a dor da perda de um filho, vem para acalentar estas mulheres. Com sua existência até hoje posta em dúvida, Luiza Mahin, que ficou conhecida como revolucionária na Revolta dos Malês (1835, na Bahia), representa para a comunidade negra o ideário de uma ancestral guerreira, símbolo de força e inspiração para as mulheres negras.

O espetáculo, de forte cunho emocional, tem trilha sonora original cantada ao vivo pelas atrizes. A percussão com os tambores reforça o lamento ancestral da mãe África, através da presença da experiente percussionista Regina Café. O figurino e suas cores vibrantes enaltecem ainda a qualidade artística, reforçando o universo da tragédia e as subjetividades de cada uma destas mães, bem como o desenho de luz sombreada que enfatiza o clima entre o passado e o presente.

A companhia carioca carrega no canto, na música e nas palavras essas vivências ancestrais que se encontram no mesmo destino trágico. Conectam o relato de Mahin ao lamento de mães cujos filhos foram vítimas do genocídio em curso no país e clamam pelo fim da violência policial e patriarcal. Erguem a voz em apelo, súplica e luta.

"Luiza Mahin... Eu Ainda Continuo" aqui trata da tragédia contemporânea, diariamente estampada nos noticiários, e que encontra representação em uma dramaturgia que dignifica a dor, sabendo que ela não se elabora completamente pela arte, tampouco conquista apaziguamento pleno nas lutas por justiça racial. No entanto, o engajamento ainda nesses modos de enfrentamento de um horror que persiste há séculos, sustenta a aposta na vida e na transformação coletiva.

Para Cyda Moreno, idealizadora e produtora, a chegada da peça à capital reafirma o local como um grande palco para espetáculos que tratam da temática. “Hoje podemos dizer que já temos um público que quer e precisa se ver representado. Conseguimos depois de muita luta realizar uma formação de plateia de negros, afrodescendentes e um público em geral interessado na luta antirracista”, conclui atriz. A companhia segue com apresentações nas unidades do Sesc Bauru e Sesc Ribeirão Preto.


Ficha técnica
Espetáculo "Luiza Mahin ...Eu Ainda Continuo Aqui" 
Texto: Márcia Santos
Idealização e produção: Cyda Moreno
Direção artística e corporal: Édio Nunes
Direção musical e preparação vocal: Jorge Maya
Elenco: Cyda Moreno, Marcia Santos, Tais Alves, Jonathan Fontella e Márcia do Valle e Regina Café
Vozes dos policiais: Thelmo Fernandes, Marcelo Escorel e Gedivan de Albuquerque
Voz de Luiz Gama: Deo Garzez
Cenário e figurinos: Wanderley Gomes
Trilha sonora original: Jorge Maya e Regina Café
Percussão: Regina Café
Desenho de luz: Valdecir correia
Edição de vídeo: Madara Luiza
Fotografia: Cláudia Ribeiro
Apoio de pesquisa histórica e letra música Calma preta: Aline Najara
Direção de produção: Cyda Moreno
Produção executiva: Igor Veloso
Técnico de som e sonoplastia: Thiago Silva/ Felipe Coquito
Técnico de luz e operação: Rafael Turatti
Produção: Rendah Promoções e Eventos


Serviço
Espetáculo "Luiza Mahin ...Eu Ainda Continuo Aqui"
Dias 13 a 14 de julho. Sábado, às 21h00. Domingo, às 18h00.
Local: Teatro Paulo Autran
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Ingressos: R$ 50,00 (inteira); R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195
Estacionamento com manobrista: terça a sexta, das 7h00 às 21h00; sábado, domingo e feriado, das 10h00 às 18h00

.: "Oi, Brasil!": Josh Hartnett reforça em vídeo especial sua vinda ao país


Isso não é um teste, M. Night Shyamalan está vindo para o Brasil. Nos dias 19 e 20 de julho, o emblemático cineasta, acompanhando de Josh Hartnett e Saleka Shyamalan, vem ao país para promover o seu novo filme "Armadilha". Em vídeo especial postado nas redes sociais da Warner, Hartnett avisa: “Em alguns dias, estaremos aí promovendo Armadilha, nosso novo suspense alucinante. Nós amamos os fãs brasileiros, então não poderíamos deixar vocês de fora da nossa turnê global. Nos vemos em breve, Tchau!”

O país foi escolhido como primeira parada da turnê para prestigiar os fãs do diretor, uma vez que os brasileiros estão entre os que mais seguem Shyamalan em suas redes sociais, e também do elenco. A Warner planeja uma série de atividades especiais com fãs e imprensa para falar do longa que estreia em 8 de agosto em todo o país.

"Armadilha" conta a história de um pai e sua filha adolescente no show da cantora Lady Raven, uma grande diva pop. Mas eles não contavam que o programa familiar viria a se tornar uma caça ao Açogueiro, um temido assassino em série que fará de tudo para não ser pego.


Sobre o filme
A Warner Bros Pictures apresenta “Armadilha”, uma nova experiência no mundo de M. M. Night Shyamalan com performances da estrela da música em ascensão Saleka Shyamalan. Em “Armadilha”, um pai e sua filha adolescente assistem a um badalado show de música pop, quando percebem que estão no epicentro de um evento sombrio e sinistro.

Escrito e dirigido por M. Night Shyamalan, “Armadilha” é estrelado por Josh Hartnett, Ariel Donoghue, Saleka Shyamalan, Hayley Mills e Allison Pill. O filme é produzido por Ashwin Rajan, Marc Bienstock e M. Night Shyamalan, com produção executiva de Steven Schneider.

 A equipe de produção criativa do cineasta inclui o diretor de fotografia Sayombhu Mukdeeprom (“Me Chame Pelo Seu Nome”); a designer de produção Debbie de Villa ("O Jogo do Amor – Ódio”); a editora Noëmi Preiswerk; a figurinista Caroline Duncan (“Tempo”); a supervisora musical Susan Jacobs (“Tempo”); e o diretor de elenco Douglas Aibel (“Asteroid City”). A trilha sonora foi composta por Herdĭs Stefănsdŏttir (“Batem à Porta”).

A Warner Bros Pictures apresenta uma produção da Blinding Edge Pictures, um filme de M. Night Shyamalan, “Armadilha”. O filme será distribuído mundialmente pela Warner Bros Pictures em agosto de 2024.


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