sábado, 13 de julho de 2024

.: Peça teatral "João e Maria - A Casa de Doces" no Festival do Teatro Uol


"João e Maria - A Casa de Doces" conta a história de uma bruxa que sonha em fazer uma poção para ficar mais jovem e precisa de um ingrediente secreto: biscoitos feitos com crianças desobedientes. .  Foto: divulgação

O Festival de Férias do Teatro Uol é o endereço certo para a diversão nas férias de julho. Tradição cultural da cidade de São Paulo, chega a 39ª edição. Este sucesso é fruto de uma programação de qualidade e diversa, em que o público se encanta tanto com clássicos como com espetáculos que abordam o universo infantil de forma criativa e lúdica. São seis espetáculos, que se revezam em apresentações que acontecem todos os dias da semana, até dia 28 de julho, sempre às 15h00. O Teatro Uol conta com toda a estrutura e segurança do Shopping Pátio Higienópolis para que a família aproveite cada minuto do passeio.

Aos sábados e domingos, acontecem as apresentações do espetáculo "João e Maria - A Casa de Doces". Conta a história de uma bruxa muito maluca e engraçada que sonha em fazer uma poção para ficar mais jovem. Para isso, ela precisa de um ingrediente secreto: biscoitos feitos com crianças desobedientes. Ao saber que João e Maria estão perdidos na floresta, ela traça planos para capturá-los e fazer a poção de rejuvenescimento. 

A peça teatral dialoga com a criança e com os responsáveis, abordando através de brincadeiras, mensagens sobre comportamento e educação. No elenco, Déborah Menkos, Rodrigo Mazzoni e Marcella Silveira. Standin: Heliton Oliveira. Adaptação de texto e direção: Heliton Oliveira. Realização: H4 Produções Artísticas. Dias 13,14,20,21,27 e 28 de julho, sábados e domingos às 15h00, no Teatro Uol. Duração 50 minutos. Classificação: livre - indicado para maiores de dois anos.


Serviço
Dentro da programação do 39º Festival de Férias do Teatro Uol, até dia 28 de julho de 2024, spetáculos infantis com classificação livre acontecem de segunda a sexta-feira, às 15h00. Às segundas-feiras, "É como Diz o Ditado". Às terças-feiras, "Alice no País das Maravilhas". Às quartas-feiras, "Era Uma Vez...A Cigarra e a Formiga". Às quintas-feiras, "Chapeuzinho Vermelho". Às sextas-feiras, "O Autinho da Compadecida". Aos sábados e domingos, "João e Maria - A Casa de Doces". 

Ingressos: R$ 80,00. Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323. Vendas on-linewww.teatrouol.com.br. Horário de funcionamento da bilheteria em julho: segundas e terças das 13h00 às 15h00; quartas, quintas e sextas das 13h00 às 20h00; sábados das 13h00 às 22h00, e domingos das 13h00 às 20h00; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Uol e Clube Folha 50% desconto.


Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro Uol: UolL, Folha de S.Paulo, Bain Company, Banco Luso Brasileiro, Germed, Genesys e MetLife.

.: Cinemaço: tudo sobre "Twisters", longa de desastre que acaba de estrear


Está aberta a temporada de caça aos tornados! "Twisters", longa de ação da Warner Bros. Pictures, acabou de estrear na rede Cineflix Cinemas. Estrelado por Daisy Edgar-Jones e Glen Powell, o filme conta a história de uma ex-caçadora de tempestades que, junto de seu amigo, volta a viver à beira do perigo para testar um sistema de rastreamento inovador.

Na noite da última quarta-feira, dia 10 de julho, a ventania invadiu São Paulo e levou inúmeros espectadores para a pré-estreia do filme. Vários convidados especiais puderam assistir a Twisters e sentir, em primeira mão, a adrenalina do longa com o reforço do cenário temático e da cabine de vento montada no local. "Twisters" está em cartaz nos cinemas de todo o país, também em versões acessíveis. Mais informações podem ser obtidas nos cinemas de cada cidade.


Sobre o filme
Neste verão, o épico filme de desastre retorna às telonas com um passeio eletrizante, emocionante e cheio de adrenalina que coloca você em contato direto com uma das forças mais maravilhosas – e destrutivas – da natureza.

Os produtores das séries de filmes “Jurassic”, “Bourne” e “Indiana Jones” apresentam Twisters, o mais recente capítulo, todo atualizado, do blockbuster de 1996, “Twister”. Dirigido por Lee Isaac Chung, roteirista e diretor indicado ao Oscar por “Minari: Em Busca da Felicidade”, Twisters é estrelado pela atriz indicada ao Globo de Ouro, Daisy Edgar-Jones (“Um Lugar Bem Longe Daqui”, série “Normal People”), e Glen Powell (“Todos Menos Você”, “Top Gun: Maverick”), como forças opostas que se unem para tentar prever e, talvez, domar o imenso poder dos tornados.

Daisy Edgar-Jones interpreta Kate Carter, ex-caçadora de tempestades traumatizada por um encontro devastador com um tornado durante seus anos de faculdade, que agora pesquisa padrões de tempestades pelo computador, em segurança, na cidade de Nova York. Ela volta às planícies abertas pelas mãos de seu amigo Javi para testar um sistema de rastreamento inovador. Lá, encontra Tyler Owens (Glenn Powell), charmoso e imprudente astro das redes sociais, cada vez mais popular com os posts de suas aventuras de caçada às tempestades ao lado de sua tripulação barulhenta - quanto mais perigoso, melhor.

Quando a temporada de tempestades fica mais intensa, acaba desencadeando fenômenos aterrorizantes nunca vistos antes, e Kate, Tyler e suas equipes concorrentes entre si vão de encontro à maior luta de suas vidas, já que estão exatamente no corredor central da passagem de múltiplas tempestades por Oklahoma.

"Twisters" também é estrelado pelo ator indicado ao Globo de Ouro, Anthony Ramos (“Em Um Bairro de Nova York”), como Javi; Brandon Perea (“Não! Não Olhe!”); a vencedora do Globo de Ouro Maura Tierney (“Querido Menino”) e Sasha Lane (“Docinho da América”), ao lado de David Corenswet (o inédito “Superman: Legacy”), Daryl McCormack (série “Peaky Blinders”); Kiernan Shipka (série “O Mundo Sombrio de Sabrina”), e Nik Dodani (série “Atypical”).

Lee Isaac Chung dirige Twisters, com roteiro de Mark L. Smith, de “O Regresso”, indicado ao Oscar de Melhor Filme, e argumento de Joseph Kosinski (“Oblivion”), baseados nos personagens criados por Michael Crichton e Anne-Marie Martin. Os indicados ao Oscar Frank Marshall (franquias “Jurassic” e “Indiana Jones”) e Patrick Crowley (franquias “Jurassic” e “Bourne”) são os produtores do filme, com produção executiva de Steven Spielberg, Thomas Hayslip e Ashley Jay Sandberg.

A equipe de produção criativa de Twisters inclui o diretor de fotografia Dan Mindel (“Missão: Impossível 3”, “Star Trek”, “Star Wars: O Despertar da Força”); o designer de produção Patrick Sullivan (“Brightburn - Filho das Trevas”, diretor de arte de “Twister”); a editora Terilyn A. Shropshire (“A Mulher Rei”); a figurinista Eunice Jera Lee (“Clube da Luta para Meninas”, “How to Blow Up a Pipeline”); e o compositor Benjamin Wallfisch (“Blade Runner 2049”, “The Flash”). Warner Bros. Pictures, Universal Pictures, e Amblin Entertainment apresentam Twisters, um filme de Lee Isaac Chung, distribuído internacionalmente pela Warner Bros Pictures.


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.: Cia de Teatro Acidental em “Trilogia Afetos Políticos” no Tusp Butantã


O grupo convida o público a refletir sobre importantes questões contemporâneas e sobre o próprio fazer teatral, propondo uma experiência interativa e instigante entre atores e plateia. Serão apresentados três espetáculos diferentes com entrada gratuita, além de bate-papo com os coletivos Lab TD e O Bonde.


A Cia. de Teatro Acidental está realizando uma grande temporada apresentando a “Trilogia Afetos Políticos” em diversos teatros da cidade de São Paulo. O projeto propõe uma experiência teatral que não pode ser determinada ou controlada previamente, mas encontra-se aberta para o inesperado a partir do encontro entre artistas e público, refletindo sobre importantes questões contemporâneas. Até este domingo, dia 14 de julho, com entrada gratuita, o grupo apresenta espetáculos no Tusp Butantã - Teatro da Universidade de São Paulo, que fica no Butantã, Zona Oeste da cidade de São Paulo. 

No sábado, dia 13, às 20h00, será apresentado o espetáculo “E o que Fizemos Foi Ficar Lá ou Algo Assim”, em que a companhia reflete sobre o ódio como afeto fundamental para compreender a política contemporânea no país. Já no domingo, dia 15, às 18h00, a companhia apresenta a peça “E se a Porta Cair Seguiremos Sentados Apenas Mais Visíveis”, mergulhando no inconsciente político para abandonar um modo de teatro político que aponta os outros (a direita, os dominadores, os donos do poder) como culpados pelas mazelas da sociedade, buscando suas próprias implicações e responsabilidades na situação de crise vivida hoje. 

Haverá ainda um bate-papo sobre Processos Colaborativos no dia 13 de Julho (sábado), às 17h, com participação dos coletivos Lab TD e O Bonde. Esta mostra integra o projeto “Cia de Teatro Acidental: Modos de Ser Muitos”, contemplado na 42ª edição do Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo. 


Serviço
Mostra teatral “Trilogia Afetos Políticos”
Com Cia de Teatro Acidental
Horários: sábado, às 20h00, domingo, a partir de 18h00
Tusp Butantã - Teatro da Universidade de São Paulo - Endereço: Rua do Anfiteatro, 109 acesso pela lateral direita do prédio, ao lado do bloco C - Butantã, São Paulo
Informações: (11) 3123-5222
Acessibilidade: sim - Capacidade: 60 lugares
Grátis - retirada de ingressos 1 horas antes na bilheteria do teatro
Classificação indicativa: 14 anos


13 de julho (sábado) - Horário: 20h00
Espetáculo “E o que Fizemos Foi Ficar Lá ou Algo Assim”
Sinopse: Um grupo de vizinhos se encontra num espaço fechado. O que parece ser uma simples reunião de condomı́nio aos poucos ganha ares inquietantes. Sobre quem discutem os participantes e o que os espreita de lá de fora? Descobrindo-se presos em um filme de terror, só lhes resta tentar descobrir como escapar dessa sinistra ficção. Duração: 80 minutos

14 de julho (domingo) - Horário: 18h00
Espetáculo “E Se a Porta Cair Seguiremos Sentados Apenas Mais Visíveis”
Sinopse: Um julgamento em que os participantes ocupam as posições de juízes, réus e advogados. Um tribunal revolucionário, um coro trágico, uma autocrítica de rede social, uma psicanálise de desenho animado. No debate urgente sobre os rumos políticos, a força de transformação parece paralisada pela confusão entre culpa e responsabilidade, vergonha e masoquismo, acusação e ressentimento. Duração: 90 minutos

13 de Julho (sábado) - Horário: às 17h00
Com Cia de Teatro Acidental e coletivos Lab TD e O Bonde
Bate papo sobre Processos Colaborativos - Uma conversa para refletir sobre dificuldades e potencialidades do processo colaborativo e a organização coletiva nos âmbitos do trabalho criativo, convívio e colaboração.
Duração: 60 minutos

.: "VerDe Perto, o Musical Ecológico" tem sessão grátis no Teatro Sérgio Cardoso


O Teatro Sérgio Cardoso - equipamento vinculado à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Amigos da Arte - apresenta o musical infantil "VerDe Perto, o Musical Ecológico" no dia 14 de julho, domingo, às 11h, com ingressos gratuitos. A apresentação acontece na Sala Carlos Magno e conta com recurso de interpretação em Libras. "VerDe Perto, o Musical Ecológico" é um espetáculo cênico-musical com linguagem simples e poética que fala diretamente com a natureza imaginária das crianças. Com canções autorais, assinadas por Renata Pizi, o espetáculo aborda temas sobre ecologia e sustentabilidade.

Observando a priminha Júlia, que adorava desenhar, mas rasgava e jogava fora o que não lhe agradava, Renata Pizi teve a ideia de criar algo que despertasse nas crianças a consciência ambiental, que pode estar nas atitudes mais simples do cotidiano. E foi refletindo sobre a nossa relação com a natureza que ela criou, em 2016, as poesias, e depois as melodias, extraindo a musicalidade própria de cada poema.

As músicas, tocadas ao vivo, passeiam por diferentes ritmos brasileiros, como baião e maracatu, e por gêneros como rock, pop e rap, entrelaçando músicas e intervenções cênicas. Personagens, histórias e coreografias - conduzidos pela personagem Júlia - reforçam os argumentos das canções, recheadas de curiosidades sobre a natureza que ressaltam a necessidade de cuidarmos do planeta. O espetáculo trata o tema com leveza e muito bom humor, cativando os pequenos espectadores pela graça e originalidade dos poemas cantados. 

O roteiro é formado por “Pet Repet”, “Árvore”, “Lixo na Rua”, “Água”, “Tamanduá” e “Rio Tietê”, entre outras. Todas as músicas foram compostas por Renata, sendo as duas últimas em parceria com Sonekka. A cenografia e os objetos de cena aparecem em composição lúdica. Elementos como lixeiras e galões de água são vestidos com fitas coloridas sendo manipulados e ressignificados durante o espetáculo. E a concepção do figurino foi inspirada na estética clown, com cores vivas que remetendo a fauna e a flora. Esta apresentação de "VerDe Perto, o Musical Ecológico" foi viabilizada pelo Pronac - Programa Nacional de Apoio à Cultura, do Ministério da Cultura - Governo Federal.


Ficha técnica
Concepção e direção: Renata Pizi. Elenco: Renata Pizi (voz e violão), Renata Machado (atriz e voz), Paulo Ribeiro (voz e violão), Everton Alves dos Reis (percussão), Jonathan Campos (ator e voz). Cenário e visagismo: Rafaela Gimenez. Figurino: Alex Leandro. Gerenciamento e produção executiva: Adriana Belic. Assistência e produção executiva: Mili Slikta. Assistência de produção técnica: Arthur Maia. Técnico de som: Danilo Iwakura. Roadie: William Ramos. Fotos: Eugenio Goulart. Projeto gráfico: Alexandre Caetano. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Assessoria em mídias: Platea Comunicação. Interpretação em Libras: Rosemeire Santos.


Serviço
Espetáculo "VerDe Perto, o Musical Ecológico"
Dia 14 de julho de 2024 - Domingo, às 11h
Duração: 45 minutos. Classificação: Livre. Gênero: musical infantil:
Ingressos: gratuitos - Retirar na bilheteria uma hora antes da apresentação.}Sessão conta com intérprete de Libras.

Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista, São Paulo/SP.
Sala Paschoal Carlos Magno (143 lugares + 6 espaços de cadeirantes)
Bilheteria: (11) 3288-0136 - (11) 3882-8080 | Ramal 159.
Atendimento de terça a sábado (14h às 19h) e 2h antes das sessões.
Acessibilidade: Sim.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

.: Resenha: "Twisters" é resgate da pura adrenalina para se ver na telona Cineflix

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2024


"Twisters" faz jus ao plural que leva no nome e honra a produção de 1996, protagonizada por Helen Hunt e Bill Paxton. Em cartaz na Cineflix Cinemas, o longa empolga do início ao fim das 2h2 de duração, com diversas cenas de ação de mexer completamente com a adrenalina. Desde o momento em que leva o público para o centro de um tornado ou ainda para uma sala de cinema quase sendo totalmente engolida pelo fenômeno meteorológico. 

A direção de Lee Isaac Chung ("Munyurangabo") é de tirar o fôlego e entrega muitas situações cômicas e desesperadoras para Daisy Edgar-Jones ("Um Lugar Bem Longe Daqui") e Glen Powell ("Assassino Por Acaso") brilharem, como Kate e Tyler, respectivamente. Sem se apoiar muito no filme antecessor, "Twisters" consegue contar a própria história, começando cinco anos antes de Kate e Tyler se esbarrarem atrás de tornados. Para tornar a mocinha da trama mais humana e criar um elo sentimental com o público, Kate sobrevive a uma tragédia -que deixa o público boquiaberto.

Agora, Kate mora em Nova York até que um amigo de longa data a faz regressar para sua cidade de origem. Acreditando estar envolvida numa boa ação, Kate se une ao grupo PAR que trabalha com tecnologia de ponta para caçar tornados que, cada vez mais, surgem em áreas povoadas. Contudo, há também o maluco Tyler Owens que mantém um canal no Youtube com lives, vídeos e ainda comercializa produtos relacionados.

De fato, todas as diferenças entre Kate e Tyler são expostas diante de todos nos encontros entre os grupos rivais. Todavia, há também uma faísca entre os dois -o que em nenhum momento vira foco da trama. Todos os dois são apaixonados pela caça das várias colunas de ar que giram de forma violenta e potencialmente perigosa que surgem na região, mas ameaça . 

"Twisters" é um filmaço de ação e aventura com a modernidade a seu favor para retratar catástrofes. E entrega muito. Com expertise, alia um elenco de rostos conhecidos, incluindo ainda Anthony Ramos como Javi (Transformers: O Despertar das Feras), Maura Tierney como Cathy ("O Mentiroso"), David Corenswet como Scott ("Pearl"), Kiernan Shipka ("O Mundo Sombrio de Sabrina"), Daryl McCormack ("Boa Sorte, Leo Grande"), Nik Dodani ("Querido Evan Hansen"), aos efeitos visuais muito bons. Logo, testemunhar tudo na telona de cinema é um verdadeiro prazer. Totalmente imperdível! 

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Twisters" ("Twisters"). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, thrillerClassificação: livre. Duração: 2h2. Ano: 2024. Distribuidora: Warner Bros. Pictures Brasil. Direção: Lee Isaac ChungRoteiro: Mark L. Smith. Elenco: Daisy Edgar-Jones (Kate Carter), Glen Powell (Tyler Owens), Anthony Ramos (Javi), Maura Tierney (Cathy)Sinopse: Dois caçadores de tempestades arriscam suas vidas na tentativa de testar um sistema experimental de alerta meteorológico. Confira os horários: neste link

Trailer de "Twisters"

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.: Entrevista: músico, Leandro Fregonesi desenvolve novos projetos


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Fábio Figueiredo

Com 20 anos de carreira, o músico e compositor Leandro Fregonesi tem conseguido conquistar seu espaço na música. Além de lançar discos autorais, suas composições foram gravadas por nomes conhecidos da MPB, como Maria Bethânia e Beth Carvalho, só pra citar dois exemplos. Apesar de ter uma ligação forte com o samba, sua obra também inclui outros ritmos, como o xote, frevo e até baladas românticas, como a de seu mais recente lançamento, a canção "Meu Mar". Em entrevista para o Resenhando.com, Fregonesi conta como foi o seu início na música e revela estar desenvolvendo novos projetos. “Quero realizar um show interpretando canções de outros compositores”.


Resenhando.com - Como foi seu início na música? Quem foram as suas referências?
Leandro Fregonesi - Minha memória afetiva com a música vem desde os sete anos, com a família fazendo reuniões animadas com música e instrumentos. Já nessa época ouvia muitos discos de MPB e alguns internacionais. Mas a MPB sempre fez a minha cabeça, em especial, o samba. Quando passei a trabalhar com música profissionalmente, passei a ter mais clara minhas principais referências como compositores: Chico Buarque, Arlindo Cruz e Paulo Cesar Pinheiro. Mas aprecio também a obra de muita gente que está por aí compondo.

Resenhando.com - Sua família incentivou a sua carreira na música ou houve algum receio?
Leandro Fregonesi - Não tinha músicos na minha família. Fui o primeiro a ingressar profissionalmente nessa área. Mas como sempre levei a coisa a sério, isso acabou por mostrar que o caminho que escolhi seria esse mesmo. Todos compreenderam e me apoiaram na decisão.

Resenhando.com - Como foi ser descoberto por nomes já conhecidos na MPB?
Leandro Fregonesi - No meu caso essas descobertas aconteceram quase que por acaso. A Beth Carvalho recebeu uma fita com composições minhas quando estava escolhendo o repertório de seu disco. Acabou gostando de dois sambas de minha autoria. Foi uma felicidade imensa ouvi-la em disco cantando a minha música. Com a Maria Bethânia ocorreu algo parecido. Eu enviei as canções e ela me contatou uns oito meses depois. As duas foram muito gentis e devo muito a elas. Essas gravações acabaram por ajudar a consolidar minha carreira como compositor.


Resenhando.com - Seu nome tem forte ligação com o samba. Mas você compõe em outros ritmos também.
Leandro Fregonesi - Eu também gosto muito de outros ritmos, como o xote, o frevo e até a música romântica. Cito até Michael Sullivan e Paulo Massadas como referência nesse estilo. Considero a canção Um Dia de Domingo um clássico desse estilo mais romântico. Meu último single, intitulado Meu Mar, é uma canção romântica.  Isso não quer dizer que eu esteja me afastando do samba. Continuo compondo nesse estilo também.  Apenas procuro ampliar meu horizonte musical.

Resenhando.com - Como estão seus planos para o futuro?
Leandro Fregonesi - Estamos divulgando o clipe de “Meu Mar”, com produção, direção e filmagem de Fábio Figueiredo.  Estou trabalhando para um novo show, chamado “Bê-a-Bá do Brasil” que é uma espécie de jukebox de músicas populares. Também é fruto dessa busca e da minha paixão pela música brasileira, à qual dedico toda a minha vida e é o chão no qual floresce a minha obra. Futuramente pretendo lançar um novo disco.

Leandro Fregonesi - "Meu Mar"

Leandro Fregonesi - "Dinheiro Mole"

.: “República Lee - Um Musical ao Som de Rita” estreia nesta sexta, em SP


O espetáculo da In Cena Produções une teatro e cinema, construindo um filme na presença do público, com cenas pré-gravadas e outras filmadas ao vivo. Foto: Gabé

Em uma grande homenagem à cantora e compositora Rita Lee, a In Cena Produções leva aos palcos o espetáculo “República Lee - Um Musical ao Som de Rita”, em curta temporada, de 12 de julho a 4 de agosto, no Teatro Viradalata, em São Paulo. Com texto e direção de Tauã Delmiro, o espetáculo não-biográfico, uma comédia musical, faz um tributo ao legado da rainha do rock brasileiro, marcado pela liberdade e irreverência. Fazem parte da equipe criativa Cella Bártholo (idealização), Hugo Kerth (direção musical e arranjos) e Débora Polistchuck (coreografias e assistência de direção).

“República Lee - Um Musical ao Som de Rita” acompanha a história de cinco jovens, moradores de uma república na cidade de São Paulo, entre os anos de 1968 e 1969. O grupo está engajado em produzir, dentro do apartamento onde mora, um curta-metragem de ficção científica, com baixo orçamento. A trama dentro da trama é baseada em longas-metragens de sci-fi dos anos 1950, como “O Dia em que a Terra Parou”, “A Invasão dos Discos Voadores” e “O Ataque da Mulher de 15 Metros”. No elenco, estão Cella Bártholo (Jullie), Caio Nery (Caio), Rodrigo Salvadoretti (Danilo), Ingrid Klug (Sarah), Pedro Balu (Darín) e João Ferreira e Luiza Cesar (swings).  

A dramaturgia do musical é embalada por canções clássicas do repertório de Rita Lee, como “Agora Só Falta Você”, “Nem Luxo, Nem Lixo”, “Alô, Alô, Marciano”, “Desculpe o Auê” e “Mutante”. “A maior inspiração do enredo foram as canções da Rita e, a partir delas, buscamos absorver o caráter disruptivo presente nas letras e melodias. Embora o espetáculo não seja uma biografia da vida da artista, os cinco personagens são desdobramentos da personalidade transgressora dela”, explica o autor e diretor Tauã Delmiro.

A comédia musical  sintetiza a efervescente cena cultural paulista do final da década de 1960, que assistiu florescer o trabalho de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes. “Um caldeirão de experimentos artísticos que possibilitou o nascimento da Tropicália e a construção da identidade do rock nacional, ritmo que fez de Rita Lee sua principal representante”, ressalta Cella Bártholo, que idealizou o espetáculo e é diretora artística da In Cena Produções.

O espetáculo surpreende o público ao proporcionar uma experiência multilinguagem, unindo teatro e cinema. A partir da interação de cenas teatrais, takes pré-gravados e outros filmados ao vivo, será construído um filme na presença do público. A partir do universo lúdico e disruptivo da lírica de Rita, a narrativa aborda a rebeldia de uma juventude que rompeu paradigmas e quer ser fonte de inspiração para os espectadores.

“Em sua autobiografia, Rita revela sua enorme paixão pelo cinema. Esse fato me inspirou a escrever uma dramaturgia que dialogasse teatro e audiovisual. Levei essa ideia pra Cella e ficamos confiantes de que conseguiríamos desenvolver uma obra instigante e inovadora”, adianta Tauã. Com o objetivo de fomentar o musical brasileiro, a In Cena pretende investir em projetos inéditos e nacionais. “A gente sabe que tem muitos artistas talentosos aqui nas áreas de dramaturgia, composição, dança, e queremos fomentar esse mercado. Além disso, homenagear grandes nomes brasileiros, como a Rita Lee”, completa Cella.


Sobre Tauã Delmiro
Tauã Delmiro atua, dirige, escreve e compõe para teatro. Entrou para lista "Forbes Under 30" como um dos jovens que mais impactaram no setor das artes dramáticas em 2021. Recentemente, com o seu trabalho autoral "As Metades da Laranja", ganhou o Prêmio do Humor nas categorias Melhor Direção e Melhor Espetáculo. Pela peça, também foi indicacado a Melhor Autor no Prêmio APTR e Melhor Ator em Teatro Musical no Prêmio Cesgranrio. Participou do elenco de "Benjamin - O Palhaço Negro" e "(nome do espetáculo]", que ganhou o prêmio de Melhor Espetáculo no Prêmio do Humor, em 2013. Com os monólogos autorais “O Edredom” e "Dois Pais”, acumulou mais de 12 premiações em festivais dedicados ao teatro infanto-juvenil. Em 2024, estreia “República Lee – Um musical ao som de Rita”.


Sobre o Grupo In Cena
A In Cena Casa de Artes e Produções tem sede em Botafogo, no RJ.  Conta com um espaço de mais de 400 metros quadrados, com quatro salas (Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro, Ruth de Souza e Amazonas), um estúdio (batizado de Gonzaguinha), camarim, vestiários e um amplo terraço – um local de convivência a céu aberto. É especializada na formação de atores para o teatro musical, e oferece cursos de preparação para musical, teatro infantil, teatro jovem, prática de montagem, prática de produção, entre outros.

A In Cena Produções, braço do grupo aberto em janeiro de 2022, é focada em produções culturais das mais diversas áreas, abrangendo musicais, audiovisuais, peças, monólogos e stand-ups. Organiza shows, festas, saraus, festivais, eventos corporativos e beneficentes; elabora e realiza projetos autorais, e oferece assistência completa e abrangente a atores, cantores, técnicos, músicos e bailarinos.


Ficha técnica
Espetáculo “República Lee - Um Musical ao Som de Rita”
Direção geral: Tauã Delmiro
Coreografias e assistência de direção: Débora Polistchuck
Direção musical: Hugo Kerth
Direção artística e concepção: Cella Bártholo
Direção de produção: Glauce Carvalho
Direção de marketing e comercial: Lívia Rezen
Direção financeira: Camila Biasi
Assistente financeira: Vanessa Lopes
Assistente de direção artística: Patricio Terry
Assistente de produção: Isaac Belfort & Matheus Sabbá
Assistente de produção: Vinicius Pugliese
Designer e social mídia: João Uchôa
Designer e identiidade visual: Gabé
Designer: Júlia Tavares
Cenografia: Glauce Carvalho & Vinicius Pugliese
Figurino: Vinicius Aguiar


Serviço
Espetáculo “República Lee - Um Musical ao Som de Rita”
Temporada: 12 de julho a 4 de agosto de 2024
Teatro Viradalata: Rua Apinajés, 1387, Perdizes / São Paulo
Telefone: (11) 3868-2535
Dias e horários: sextas e sábados, às 20h00; domingos, às 19h00.
Ingressos: Plateia e plateia superior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada). Plateia lateral superior: R$ 42 (inteira) e R$ 21 (meia-entrada).
Duração: 2h
Classificação etária: 14 anos
Capacidade de público: 240 pessoas
Venda de ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/94325/d/257584
Instagram: @republicalee

.: Histórico e atual, “Tropicália ou Panis et Circenses” ganha reedição em vinil


Disco-manifesto reuniu Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes e outros expoentes da música brasileira

Pedro Só, em julho de 2024.

A Universal Music Brasil faz o relançamento do antológico álbum “Tropicália ou Panis et Circenses”, em versão vinil colorido, com a contracapa original. Lançado em julho de 1968, o disco-manifesto de um dos movimentos culturais mais originais do século 20 continua relevante como nunca. Mas que fique claro: o álbum não é obra a ser admirada com cerimônia, como monumento histórico. Por mais que tenha sido estudada e dissecada academicamente, para além da contundência e da abrangência em conceitos e bandeiras, é um baita disco a ser desfrutado com prazer sensorial e cognitivo. “Tropicália...” traz ideias musicais e arranjos surpreendentes, grandes canções, sacadas de repertório e interpretações memoráveis. Tudo com incrível coesão: em seus 38 minutos e 45 segundos, a variedade faz a unidade.

É um disco coletivo com assinatura personalíssima, traçada por dois baianos na faixa dos 25 anos, Caetano Veloso e Gilberto Gil, junto com o maestro Rogério Duprat (carioca radicado em São Paulo, então com 32 anos), autor de todos os arranjos. Um triunfo que nunca seria o mesmo sem a contribuição de um grupo paulistano superjovem chamado Os Mutantes - Rita Lee tinha 20 anos, Arnaldo Baptista, 19, e Sérgio Dias, “de menor”, 17 -, presente em cinco das 12 faixas. Tanto quanto a sinergia musical, impressiona a sintonia de senso de humor entre os envolvidos.

Gravado no estúdio RGE, centro de São Paulo, em maio de 1968, quando o Vietnã ardia em napalm e Paris era uma festa de barricadas, o disco nasceu a partir da subversão. No caso, do plano inicial da gravadora Phonogram. A ideia era lançar uma coletânea de candidatas a hit, nos moldes da série de uma concorrente. Mas o produtor Manoel Barenbein foi convencido por Caetano e Gil a fazer algo diferente: um LP todo amarrado conceitualmente, a partir de uma espécie de roteiro cinematográfico elucubrado por Caetano. Com direito a colagens sonoras, efeitos de sonoplastia e trilhas incidentais, seria um álbum da nova era dos álbuns, um pouco como o “Sgt Peppers’ Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, lançado em junho de 1967.

Caetano, Gil, Duprat e Barenbein gravaram em quatro canais, como George Martin e os rapazes de Liverpool. E, se tiveram muito menos tempo (apenas quatro semanas), recursos tecnológicos e financeiros, contaram com a contribuição humana milionária de Gal Costa, Tom Zé e Nara Leão, além dos já citados Mutantes - e também de momentos iluminados de dois jovens poetas.

O baiano José Carlos Capinan, parceiro de Gil na faixa de abertura, “Miserere Nobis” (“tenha piedade de nós”, em latim), como bom egresso do engajado CPC (Centro Popular de Cultura), deixa claro que aquela revolução pop e colorida era também revolucionária. As referências católicas da letra ensanduicham a fome do Brasil profundo entre fatias de religião e de opressão. “Miserere...” é uma prece ácida para um país que rima com fuzil e que vive sob a mira dos canhões, como fica sonoramente explícito ao fim da gravação. A faixa final, “Hino ao Senhor do Bom Fim” (composto para o centenário da Independência da Bahia, em 1923) amarra o diálogo com Caetano, Gil, Gal e os Mutantes juntos, em cortejo que se dissolve em uivos e tiros.

Mas coube ao piauiense Torquato Neto (1944-1972) lapidar e avançar no manifesto prenunciado por “Tropicália”, a canção (incluída no primeiro LP solo de Caetano). “Geleia Geral”, escrita com Gil, usa a expressão do poeta Décio Pignatari (1927-2012), autor da frase “na geleia geral brasileira, alguém tem de exercer as funções de medula e de osso”, e extrai do cantor baiano seu grande momento no disco. O mocotó de Gil enumera referências pop (concurso de miss) e populares (carne seca na janela), com estocadas contundentes (“hospitaleira amizade, brutalidade jardim”) e uma bandeirosa citação do “Manifesto Antropófago” lançado pelo escritor modernista Oswald de Andrade (1890-1954) em 1928: “a alegria é a prova dos nove”. Assim fica explícita a filiação maior do tropicalismo, traduzida também na mixórdia entre bumba-meu-boi e iê-iê-iê (“subgênero” do rock cujo batismo foi puro tropicalismo avant la lettre), com lapadas incidentais de “O Guarani” (Carlos Gomes), “Pata Pata (da sul-africana Miriam Makeba) e “All the Way” (hit cantado por Sinatra que originou a expressão “sambarilove”).

“Parque Industrial” apresenta ao planeta a novidade Tom Zé (autor da música), junto a Gil, Caetano, Gal e os Mutantes. Nela, Duprat apronta mais ainda nas intervenções orquestrais, tacando o “Hino Nacional” e jingle de Melhoral na mistura efervescente. O experimentalismo e a irreverência pop do maestro atingem níveis ainda mais altos na lapidar “Panis et Circenses”, com os Mutantes ambientados em meio a “pessoas na sala de jantar”, uma gravação cultuada mundialmente há mais de três décadas.

O hit do álbum, porém, seria outra obra-prima, simploriamente pop, lançada como single em julho: “Baby”, perfeita na voz de Gal Costa (com um help de Caetano), apesar de originalmente escrita para Maria Bethânia. A estrela de Gal também luz no momento mais puramente lírico do LP: “Mamãe, Coragem”, parceria de Torquato com Caetano. Sua voz preciosa ainda é usada inteligentemente como elemento, junto com a de Rita Lee, em “Enquanto Seu Lobo Não Vem”, que denuncia a repressão da ditadura com agogô e uma “Internacional” socialista incidental.

Dentre as sacadas de repertório, “Coração Materno”, o dramalhão gore de Vicente Celestino (1894-1968, morto no dia da festa de lançamento deste disco), costura conceitualmente o desafio ao bom gosto estabelecido, com a orquestração solene  de Duprat (para Caetano, “uma das maiores vitórias do tropicalismo”). Já “Três Caravelas”, versão de Braguinha para um mambo estilizado espanhol, gravada por Emilinha Borba em 1957 (em arranjo nada kitsch de Radamés Gnatalli), é uma pérola graciosa que se casa deliciosamente com as vozes de Caetano e Gil - e, ironicamente ou não, com o ideário tropicaliente.

O bolero trágico-irônico “Lindonéia” tem o mérito de trazer para o disco o carisma de Nara Leão. A cantora havia encomendado a Caetano uma canção inspirada numa admirável obra de técnica mista de Rubens Gerchman (1942-2008) intitulada “A Bela Lindonéia ou A Gioconda do Subúrbio”, com notas de jornal sanguinolento e desamor de periferia. O tropicalismo, ao que parece, estava mais avançado que a pop art de Andy Warhol. E ficou menos datado também, como prova “Batmacumba”, escrita como poema concreto, que segue século 21 adentro como um irresistível groove afro que anima pistas em todo mundo.

Há mais de vinte anos, “Tropicália ou Panis et Circenses” figura no top 10 de todas as enquetes e eleições sobre os melhores discos brasileiros de todos os tempos. Internacionalmente, desde 1989, quando o selo Luaka Bop (de David Byrne) lançou “Brazil Classics 1: Beleza Tropical”, e o tropicalismo inspirou estudos como “Brutalidade Jardim”, do americano Christopher Dunn, a reputação do disco só faz crescer. Para entender os motivos, basta ouvir.


Faixas do álbum “Tropicália ou Panis et Circenses”:

Lado A:
1 – “Miserere Nobis” (Gilberto Gil / Capinan) – Gilberto Gil
2 – “Coração Materno” (Vicente Celestino) – Caetano Veloso
3 – “Panis et Circenses” (Caetano Veloso / Gilberto Gil) – Os Mutantes
4 – “Lindonéia” (Caetano Veloso / Gilberto Gil) – Nara Leão
5 – “Parque Industrial” (Tom Zé) - Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Os Mutantes
6 – Geléia Geral (Gilberto Gil / Torquato Neto) – Gilberto Gil

Lado B:
1 – “Baby” (Caetano Veloso) – Gal Costa e Caetano Veloso
2 – “Três Caravelas” (A Alguero / G Moreu / João de Barro) – Gilberto Gil e Caetano Veloso
3 – “Enquanto Seu Lobo Não Vem” (Caetano Veloso) – Caetano Veloso
4 – “Mamãe Coragem” (Caetano Veloso / Torquato Neto) – Gal Costa
5 – “Bat Macumba” (Caetano Veloso / Gilberto Gil) – Gilberto Gil
6 – “Hino do Senhor do Bonfim” (João Antonio Wanderley / Arthur De Salles) – Gal Costa, Gilberto Gil, Os Mutantes e Caetano Veloso

.: Livro “O Rock Manda Lembranças” traz crônicas divertidas para gerações


Queen, Mutantes, Led Zeppelin, The Beatles, Rolling Stones, R.E.M. e outros ícones musicais estão na coletânea de crônicas “O Rock Manda Lembranças”. Os premiados escritores Leo Cunha e Rosana Rios falam do universo roqueiro, sobre ídolos, estilos, festivais históricos e sons atemporais. Os autores são amigos, e a paixão pelo rock os levou a essa parceria literária, em que revivem memórias e narram descobertas musicais, grandes shows, momentos marcantes e os impactos que o gênero musical causou em seu auge.

“Música é tudo de bom e faz parte da minha vida desde que aprendi a falar - e a cantar. Quando descobri o rock, nos anos 1960, foi amor à primeira ouvida. Nunca mais parei de ouvir e de cantar com minhas bandas favoritas”, diz Rosana Rios. O livro é repleto de aventuras, curiosidades, encontros, lugares emblemáticos, discos clássicos, rádios especializadas importantes e trilhas que marcaram várias gerações.

“Desde cedo me encantei pela música, principalmente pelo rock. Comecei minha coleção particular ainda adolescente e até hoje tenho centenas de vinis e CDs. Na adolescência passei também a ir a shows de rock, que renderam algumas das crônicas deste livro”, fala Leo Cunha. É possível que o leitor jovem não tenha ouvido falar de bandas ou músicos citados na obra. Mas as histórias reunidas são saborosas e despertam interesse. E, nesse caso, as plataformas de streaming e a internet estão aí para dar um jeito na curiosidade.

A obra “O Rock Manda Lembranças” é publicada pela Elo Editora, tem selo Altamente Recomendável, da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) e está disponível nas livrarias brasileiras. Compre o livro “O Rock Manda Lembranças”, de Leo Cunha e Rosana Rios, neste link.


Sobre os autores
Leo Cunha
Nasceu em Bocaiúva (MG), em 1966, e desde criança mora em Belo Horizonte. Escritor, tradutor e jornalista, publicou mais de 60 livros para crianças e jovens, além de cinco livros de crônicas e um de teatro. Sua obra recebeu diversos prêmios no campo da literatura infantil e juvenil, como: Nestlé, Biblioteca Nacional, Jabuti, João-de-Barro, FNLIJ e Cátedra Unesco PUC-Rio. Também teve mais de 20 títulos selecionados para programas de leitura como o PNBE, PNAIC e PNLD Literário. Doutor em Artes e Mestre em Ciência da Informação, ambos pela UFMG, é professor universitário desde 1997, em cursos de graduação e de pós-graduação.

Rosana Rios
Escritora paulistana de literatura fantástica, infantil e juvenil, apaixonada por livros, dragões e chocolate. Trabalha com livros para crianças e jovens há 35 anos e tem mais de 185 obras publicadas. Recebeu vários prêmios, como o Cidade de Belo Horizonte (1990); Bienal Nestlé de Literatura (1991); sete selos Altamente Recomendável, Melhor Livro de Teatro (2005) e Melhor Livro Juvenil (2016) pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Finalista quatro vezes do Prêmio Jabuti, foi premiada em 2016. Ganhou o Selo Distinção e Seleção pela Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio em 2017, 2018, 2019, 2021 e 2022. Pela Biblioteca Nacional, foi agraciada com o Prêmio Sylvia Orthoff em 2022. Garanta o seu exemplar de “O Rock Manda Lembranças”, escrito por Leo Cunha e Rosana Rios, neste link.


Ficha técnica
Livro “O Rock Manda Lembranças”
Texto: Leo Cunha e Rosana Rios
Editora: Elo Editora
ISBN: 978-65-80355-42-6
Dimensões: 20 x 26 cm
Páginas: 88
Preço sugerido: R$ 61,00
Com audiodescrição e acessibilidade em Libras
Compre o livro neste link.

.: Comédia "Como Vender a Lua" brinca com as teorias da conspiração


Uma especialista em marketing e um diretor da Nasa formam uma dupla improvável para garantir que uma missão à Lua seja um sucesso, mesmo que o foguete não chegue ao destino. Essa é a trama central da comédia romântica “Como Vender a Lua” ("Fly Me To The Moon"), em cartaz na Cineflix Santos.

“Como Vender a Lua” brinca com as teorias da conspiração e conta com algumas referências baseadas em fatos reais no roteiro. A especialista em marketing Kelly Jones (Scarlett Johansson) é contratada para melhorar a imagem pública da Nasa e vai trabalhar com o diretor de lançamento da Apollo 11, Cole Davis (Channing Tatum), que precisa garantir o pouso do foguete para a Lua.

Quando a Casa Branca considera a missão importante demais para falhar, Jones é instruída a encenar um falso pouso na Lua como um plano B. Jones e Davis enfrentam pressões intensas para garantir que a farsa seja convincente o suficiente para inspirar uma nação inteira. Eles são forçados a reavaliar suas próprias convicções sobre ética e patriotismo, quando revelações ameaçam expor o plano audacioso.

Dirigido por Greg Berlanti (“Com Amor, Simon”), o filme ainda tem no elenco Ray Romano (“O Irlandês”) e Woody Harrelson (“Jogos Vorazes”). Em entrevista à Entertainment Weekly, Scarlett Johansson contou que batalhou para tirar o filme do papel. Ela é uma das produtoras de “Como Vender a Lua”. “É um filme de grande porte que parece nostálgico e muito moderno e o tipo de filme que estou sempre buscando e que raramente se vê nos cinemas hoje em dia. O público está faminto por filmes originais”, disse a atriz à revista.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Divertida Mente 2" ("Inside Out 2") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: "A Marca da Zorra", de Rita Lee, ganha edição de luxo em vinil


Com direção musical e arranjos de Roberto de Carvalho, o disco duplo reúne pela primeira vez em LP todas as músicas do álbum, com novo projeto gráfico

Por Guilherme Samora, jornalista, editor e estudioso do legado cultural de Rita Lee.

O ano é 1995. O cenário, um castelo vampiresco. A intenção: celebrar o rock de Rita Lee. Das escadas, com cabelos repicados e uma capa vermelha, Rita abria o show “A Marca da Zorra” com a música-título, composta por ela e Roberto de Carvalho especialmente para a tour: “Não, não, não, não, não há quem lhe socorra/ O mau gosto assola a humanidade/ Não corra, não mate, não morra no trajeto/ Ligue já, disk-Zorra direto/ Que porra é essa?/ Essa é a marca da Zorra”. Pioneira nesse modelo de shows no Brasil - com tema, cenário e troca de roupas - Rita estava desde a "Tour 87/ 88" sem fazer um show daquele porte. E percorreu casas de show, ginásios e estádios do Brasil em uma vitoriosa turnê.

O disco ao vivo, gravado no Rio de Janeiro e produzido por Roberto, ganha uma versão de luxo em vinil duplo, pela Universal Music: um na cor cinza e o outro rosa-choque, ambos marmorizados. Na época de seu lançamento, em 1995, esse foi o último álbum de Rita a sair na trinca analógica LP, K7 e CD. O LP, entretanto, era na versão simples, com menos músicas do que o CD. Agora, nenhuma canção fica de fora. 

Outro fato que torna o relançamento especial é o novo projeto gráfico, criado especialmente para essa edição e que traduz todo o clima sombrio do show, que tinha cenário e figurinos assinados por Chico Spinosa. O design, de Guilherme Francini, traz fotos até então inéditas de Mila Maluhy. E tudo o que uma edição de luxo merece: além dos discos coloridos, capa gatefold, envelopes para os discos e encarte.

Depois da abertura com “A Marca da Zorra”, o trio de canções é matador: "Nem Luxo, Nem Lixo", "Dançar pra Não Dançar" e "Jardins da Babilônia". A direção musical e os arranjos de Roberto são perfeitos para o clima mais pesado que permeia todo o show. Roberto está na guitarra e vocais; Lee Marcucci no baixo; Paulo Zinner na bateria; Ronaldo Paschoa na guitarra e Fábio Recco nos teclados.

Na sequência, Rita levitava no palco ao cantar "Ando Meio Desligado". Com uma capa, a ilusão era perfeita e o público vibrava. A vibe teatral de Rita seguia com "Vítima", quando ela vagava pelo palco de capa e chapéu cantando à procura de seu misterioso perseguidor. Transformando-se, a própria, na perseguidora. Um mini-helicóptero sobrevoava o palco nesse momento. "Todas as Mulheres do Mundo" vem a seguir, numa pauleira-feminista que incendeia o espaço. Ouvir o show novamente é uma lembrança viva de um dos inúmeros talentos de Rita: ninguém ocupava o palco como ela.

Vale lembrar que, antes da “Zorra”, ela vinha de uma bem-sucedida temporada do "Bossa'n'Roll", seu show banquinho e violão que abriu caminhos para os acústicos que vieram a seguir. A ideia do retorno triunfal aos grandes concertos começou no Hollywood Rock de 1995, quando Rita, Roberto e banda tocaram no festival, abrindo para os Rolling Stones. Essa foi a deixa para "A Marca da Zorra".

Enquanto Rita fazia outra troca de figurino, Roberto assume o microfone em um ótimo vocal displicente-pauleira para "Papai, Me Empresta o Carro". Rita voltava como uma entidade, debaixo de um figurino branco, cantando "Atlântida", uma das preferidas dos fãs. "Mamãe Natureza" vem na sequência e, logo depois, o hino "Ovelha Negra" - com o público cantando do início ao fim. Virginia, irmã de Rita, fazia vocais nessas duas canções.

"Miss Brasil 2000" é a próxima. Uma modelo nua por debaixo de uma capa rosa desfilava pelo palco. A icônica "On the Rocks" vem em seguida com um arranjo delicioso e vocais urgentes de Rita. Para fechar, o rockão paulista "Orra Meu", quando ela troca os versos "roqueiro brasileiro/ sempre teve cara de bandido" para "roqueiro brasileiro/ já não tem mais cara de bandido". Nesse momento, Rita estava vestida de boba da corte (figurino com o qual ela aparece no selo dos discos!). Um jeito apoteótico e perfeito para fechar a celebração à roqueira-mor, que ganha uma edição à altura do legado de nossa deusa. Viva Rita!

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