quarta-feira, 10 de julho de 2024

.: Atração de quarta no Teatro Uol, "A Cigarra e a Formiga" provoca reflexões


 Atração de quarta-feira do Teatro Uol, o espetáculo "Era Uma Vez... A Cigarra e a Formiga" cativa o espectador, além de provocar uma reflexão sobre estigmas da sociedade Foto: Luiz Áureo


O Festival de Férias do Teatro Uol é o endereço certo para a diversão nas férias de julho. Tradição cultural da cidade de São Paulo, chega a 39ª edição. Este sucesso é fruto de uma programação de qualidade e diversa, em que o público se encanta tanto com clássicos como com espetáculos que abordam o universo infantil de forma criativa e lúdica. São seis espetáculos, que se revezam em apresentações que acontecem todos os dias da semana, até dia 28 de julho, sempre às 15h00. O Teatro Uol conta com toda a estrutura e segurança do Shopping Pátio Higienópolis para que a família aproveite cada minuto do passeio.

Às quartas-feiras acontecem as apresentações de "Era Uma Vez...A Cigarra e a Formiga", que conta a história de Ana Cigarra que é uma artista e  enfrenta as dificuldades para seguir seu caminho na arte, por imposições da família e da sociedade. Sua profissão reúne algumas peculiaridades que muitas vezes não são compreendidas, nem por ela mesma. Para se situar no mundo, ela procura uma oportunidade convencional de trabalho, no escritório do Sr. Tião Formiga Saúva.

O que ela não esperava  é que seria desse encontro inesperado que sua carreira artística iria realmente mudar. A história cativa o espectador, além de provocar uma reflexão sobre estigmas da sociedade. No elenco, Guido Caratori e Isabella Milsoni. Realização: Cia. Fábrica de Sonhos. Dias: 10, 17 e 24 de julho, às quartas-feiras, às 15h00. Duração 50 minutos. Classificação: livre - indicado a partir de 4 anos


Serviço
Dentro da programação do 39º Festival de Férias do Teatro Uol, até dia 28 de julho de 2024, spetáculos infantis com classificação livre acontecem de segunda a sexta-feira, às 15h00. Às segundas-feiras, "É como Diz o Ditado". Às terças-feiras, "Alice no País das Maravilhas". Às quartas-feiras, "Era Uma Vez...A Cigarra e a Formiga". Às quintas-feiras, "Chapeuzinho Vermelho". Às sextas-feiras, "O Autinho da Compadecida". Aos sábados e domingos, "João e Maria - A Casa de Doces". 

Ingressos: R$ 80,00. Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323. Vendas on-linewww.teatrouol.com.br. Horário de funcionamento da bilheteria em julho: segundas e terças das 13h00 às 15h00; quartas, quintas e sextas das 13h00 às 20h00; sábados das 13h00 às 22h00, e domingos das 13h00 às 20h00; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Uol e Clube Folha 50% desconto.


Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro Uol: UolL, Folha de S.Paulo, Bain Company, Banco Luso Brasileiro, Germed, Genesys e MetLife.

.: Chega a SP para apresentação única o espetáculo assistido por 3 milhões


Chega a São Paulo para apresentação única o espetáculo assistido por mais de 3 milhões de pessoas "Os Homens Querem Casar e as Mulheres Querem Sexo", stand-up de Carlos Simões, que tem apresentação no Teatro Gazeta, dia 11 de julho. Foto: Morgana Rodrigues


Prepare-se para uma noite de muitas risadas e reflexões com o stand-up de sucesso “Os Homens Querem Casar e as Mulheres Querem Sexo”, do talentoso Carlos Simões. Com mais de 3 milhões de espectadores ao longo de 15 anos, esta comédia imperdível chega ao Teatro Gazeta, em São Paulo, para uma única apresentação no dia 11 de julho, às 20h30.

O espetáculo é uma divertida terapia do riso que explora a importância das relações e do casamento nos dias atuais. Simões, com seu estilo carismático e interativo, provoca a plateia a refletir sobre questões como a busca pelo parceiro ideal e os desafios da vida a dois. “Acredito no casamento, pois ninguém vive sozinho. A busca pela pessoa perfeita não é necessariamente a busca pela pessoa ideal”, afirma o comediante.

Nesta versão stand-up, Carlos Simões traz histórias inéditas, além das clássicas que fizeram sucesso ao longo dos anos. O espetáculo é conhecido por formar casais na plateia, tornando a experiência ainda mais envolvente e divertida. “Minha expectativa é grande, o paulistano é um público consumidor de cultura e comédia, e quero interagir com os espectadores”, revela Simões.

Ao longo de sua trajetória, “Os Homens Querem Casar e as Mulheres Querem Sexo” foi apresentado em 150 cidades brasileiras e também em Nova York, Miami e Boston. Agora, o espetáculo chega a São Paulo em seu formato stand-up, prometendo arrancar risadas e reflexões do público.


Ficha técnica
Produção local: Lírio Produções
Realização: Playcine Produções
Duração: 60 minutos
Classificação: 16 anos
Gênero: Comédia


Serviço:
Local: Teatro Gazeta - Av Paulista, 900/Bela Vista
Data: 11 de julho
Horário: 20h30
Lotação: 700 pessoas
Ingresso: R$ 90,00 (inteira) R$ 45,00 (meia-entrada)
Link para compra de ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/95171/d/261946/s/1786981?_gl=1*nzbac0*_ga*OTQ3OTcxOTc3LjE3MTU4MDA4Mjc.*_ga_KXH10SQTZF*MTcxODIxOTQxNy4yLjEuMTcxODIxOTQ5My41NC4wLjE4NzExODQ5ODc.
Contato bilheteria: (11) 3253-4102 

terça-feira, 9 de julho de 2024

.: Entrevista com Tati Machado, campeã da "Dança dos Famosos"


Com final disputada e empate, vencedores foram definidos na nota do público de casa. Tati Machado e Diego Maia são os campeões da "Dança dos Famosos", com eles, no meio, o apresentador Luciano Huck. Foto: Globo/ Beatriz Damy


No topo do pódio da "Dança dos Famosos": a jornalista Tati Machado e o professor de dança Diego Maia venceram a competição na noite do último domingo, dia 7 de julho. A temporada 2024 terminou em clima de comemoração para a dupla, que saiu vencedora do reality após um empate emocionante. Depois da soma das notas dos jurados, da plateia e do público de casa, Amaury Lorenzo e Tati Machado empataram com 138,9 pontos. O critério de desempate foi a votação no Gshow, que consagrou a apresentadora com vantagem de um décimo. Na entrevista abaixo, Tati fala sobre a sua vitória. 


Você era repórter do Gshow e cobria os bastidores do "Dança", entrevistando os participantes e campeões. Agora você é a campeã. O que passa pela sua cabeça?
Tati Machado -
Eu não estou acreditando. Eu escreveria a matéria sobre o campeão. Acho que a matéria que eu escreveria para mim mesma se eu estivesse lá hoje é uma matéria de realização de sonhos. Eu estou realmente realizando um sonho. Eu estou em êxtase ainda, estou nas nuvens de estar conseguindo trilhar um caminho tão legal na minha carreira e viver momentos como esse, que jamais eu vou tirar da minha memória. Que lindo, que lindo tudo isso.


Pretende continuar dançando?
Tati Machado - 
Eu vou continuar dançando. Já prometi para o Diego que a gente vai tentar pelo menos uma vez por semana ter aula particular de todos os ritmos. Já tenho meus ritmos preferidos: Samba de gafieira, Bachata e Salsa. Estou pronta para continuar dançando. 
 

O que foi mais difícil? E o que foi mais fácil?
Tati Machado - Eu acho que o mais difícil foi lidar com os meus próprios sentimentos, porque mesmo quando todo mundo falava “ah, você está em primeiro lugar, pode ficar tranquila, relaxada”, eu nunca conseguia. Eu acho que o meu maior vilão foi a minha mente, porque às vezes a gente tem vontade de se sabotar, não estamos acostumados a falar que somos capazes. Eu fui aprendendo isso ao longo dos meses e que bom que esse quadro foi tão longo a ponto de eu conseguir me descobrir dessa maneira. O mais fácil foi sorrir, porque eu tenho um trato com a felicidade e disso não abro mão. Eu sou uma pessoa feliz, independentemente de qualquer coisa ou qualquer resultado, eu ia continuar sorrindo e continuar sendo feliz porque eu sei que ainda tenho uma trajetória muito longa pela frente. 

A quem você dedica essa vitória? 
Tati Machado - 
Eu dedico especialmente ao meu pai, que não está mais aqui hoje, mas tenho certeza de que está vendo. Ele sempre foi um grande motivador na minha vida e eu queria muito que ele estivesse sentado aqui para ver hoje, mas dedico também à minha família, que está sempre do meu lado, e ao Bruno, meu "mozão", que todo mundo já conhece como "mozão", porque ele abdicou de muita coisa pelo meu sonho e transformou o meu sonho no sonho dele também.

.: Fenomenal, "Ainda Temos o Amanhã" superou a bilheteria de "Barbie" na Itália


Ainda dá tempo de assistir ao filme italiano "Ainda Temos o Amanhã" ("C'É Ancora Domani"), em cartaz na rede Cineflix Cinemas. Líder de bilheteria na Itália, filme distribuído pela Pandora Filmestraz a atriz Paola Cortellesi na direção de seu primeiro longa-metragem. O drama conta a história de uma mulher que passa a questionar seu papel na Roma pós-guerra, nos anos 1940, a fim de evitar que a sua filha (Romana Maggiora Vergano) tenha o mesmo destino que ela. 

Um dos títulos pré-selecionados para representar o seu país na disputa do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2024 e longa de abertura do último Festival de Roma, onde foi premiado pelo público, a produção surpreendeu as plateias italianas, tendo registrado mais de 5 milhões de espectadores, tornando-se um dos maiores sucessos de bilheteira da história recente do cinema italiano, superando até o fenômeno "Barbie", em 2023.

A cineasta narra com leveza a história de Delia, esposa de Ivano e mãe de três filhos que aceita a vida de esposa e mãe que lhe foi destinada. No entanto, a chegada de uma carta misteriosa desperta a sua coragem para desafiar o destino e imaginar um futuro melhor, não apenas para si mesma. Unindo a comédia ‘a la italiana’ a um neo realismo pop, Cortellesi faz um filme que é um hino à liberdade. Uma obra original que surpreende, inova e emociona ao prestar um tributo aos feitos extraordinários de muitas mulheres comuns que, sem suspeitarem, contribuíram para a construção de uma sociedade mais igualitária.

A Itália reconheceu o longa com o prestigioso Prêmio italiano “Il Biglietto D´Oro” ("O Ingresso de Ouro"). Lançado em 26 de outubro de 2023 na Itália, o filme registrou uma impressionante bilheteria de 24 milhões de euros (125 milhões de reais) em pouco mais de um mês de exibição, um marco histórico na indústria cinematográfica do país. Este é um triunfo significativo para a diretora em sua estreia como cineasta. "Ainda Temos o Amanhã", apresentado em preto e branco, mantém sua relevância ao explorar a condição feminina na Itália dos anos 40, oferecendo uma narrativa profunda e emocionante, além de muito atual. O longa é um lançamento da Pandora Filmes.


Sinopse de "Ainda Temos o Amanhã"
Em uma Roma pós-guerra dos anos 40, dividida entre o otimismo da libertação e as misérias, vive Delia, uma mulher dedicada, esposa de Ivano e mãe de três filhos. Esses são os papéis que a definem e ela está satisfeita com isso. Enquanto seu marido Ivano age como o chefe autoritário da família, Delia encontra consolo em sua amiga Marisa. A família se prepara para o noivado da filha mais velha, Marcella, que vê no casamento uma saída para uma vida melhor. No entanto, a chegada de uma carta misteriosa dá a Delia a coragem para questionar seu destino e de sua família e, talvez, encontrar sua própria liberdade. Entre segredos e reviravoltas, este drama emocionante explora o poder do amor e da escolha em tempos difíceis.

Ficha técnica
Título: "C'É Ancora Domani" ("Ainda Temos o Amanhã")
Roteiro: Furio Andreotti, Giulia Calenda, Paola Cortellesi
Direção: Paola Cortellesi
Música: Lele Marchitelli
Fotografia: Davide Leone
Elenco: Paola Cortellesi, Valerio Mastandrea, Romana Maggiora Romano
Edição: Valentina Mariani
País: Itália
Ano: 2023
Duração: 118 minutos
Gênero: Drama
Assista ao trailer

Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Divertida Mente 2" ("Inside Out 2") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

Trailer de "Ainda Temos o Amanhã"

.: Malu Mader comenta retorno à TV em "Renascer": "O meu irmão vai me matar!"


"...quando eu recebi o convite, pensei: "se eu recusar, o meu irmão vai me matar" (risos). Foto: Globo/ Fábio Rocha

Aurora (Malu Mader) é uma investidora e fazendeira bem-sucedida. Ela chega à fazenda de José Inocêncio (Marcos Palmeira) no capítulo que vai ao ar nesta terça-feira, dia 9, em "Renascer". A empresária será recebida por José Bento (Marcello Melo Jr.), que faz as honras da casa já que o pai e o irmão, José Augusto (Renan Monteiro) estão em uma viagem especial ao local onde fica o jequitibá-rei e o facão do fazendeiro. É a primeira vez que Inocêncio leva um dos filhos até o local. Lá, os dois conversam sobre a finitude da vida e os rumos de suas próprias trajetórias.

 Ao retornarem à fazenda, José Inocêncio é surpreendido pela presença de Aurora em sua casa e fica incomodado ao ver Bento "proseando" com a moça e relembrando os feitos heroicos que envolvem a figura de "painho". À primeira vista, Aurora e José Inocêncio não se "bicam". Mas logo a coronel baixa a guarda, se dispõem a mostrar a fazenda para a empresária e os dois começam a se entender. A atração entre os dois chama a atenção dos filhos e de Inácia (Edvana Carvalho), que logo nota o patrão diferente. A seguir, confira a entrevista com Malu Mader sobre a participação em "Renascer".

 
O que mais motivou você a aceitar o convite para fazer essa participação em "Renascer"?
Malu Mader - Quando eu recebi o convite para essa participação em "Renascer", imediatamente fiquei tomada de novo por uma vontade de fazer novela, algo que não me passava mais pela cabeça. E eu acho que o que pesou bastante nesta decisão foi o fato de ser um trabalho com Marquinhos Palmeira que é, além de um ator que eu admiro imensamente, um amigo querido de uma vida inteira. Acho que a gente é amigo desde os meus 15, 16 anos. Além disso, também achava que era uma falha da minha trajetória nunca ter feito uma novela do Benedito (Ruy Barbosa) e agora surgiu a oportunidade através da adaptação do Bruno Luperi. Apesar de não acompanhar mais tanto as novelas, desde "Pantanal" eu venho sentindo que essa turma liderada pelo Gustavo (Fernández), Bruno (Luperi), Marquinhos Palmeira e toda a equipe, está fazendo um trabalho especial e imediatamente fiquei com vontade de me juntar a eles. 
 

Você também teve uma torcida bem familiar para retornar à TV, especialmente por ser em "Renascer"...
Malu Mader - Verdade. Uma coisa que pode parecer engraçada e que também contribuiu para que eu quisesse aceitar é que meu irmão (Luis Felipe Mader) é muito fã de "Renascer". E nós temos uma ligação muito forte. Também teve uma coincidência de ele ser pediatra dos filhos de vários colegas da novela, de filhos e netos dos diretores, além de ser muito amigo do Marquinhos. Então quando eu recebi o convite, pensei: "se eu recusar, o meu irmão vai me matar" (risos). 

Como você avalia o seu retorno às novelas?
Malu Mader - Apesar de não fazer novela há muito tempo e estar distante desse universo, é claro que por ter feito isso a minha vida inteira, a minha identidade se confunde um pouco com essa figura da atriz de novela. É algo muito forte. Então, ao longo desses anos todos afastada, eu ouvia muito do público em geral: "E aí, não vai fazer mais novela?". Agora vou poder falar: "Vou, vou fazer sim! Vou fazer uma participação em 'Renascer'!". Não é só a gente que escolhe as coisas. As coisas também nos escolhem. Estou muito feliz com o carinho e acolhimento com que fui recebida por toda a equipe e pelos colegas. Poucas vezes vi pessoas tão abertas e com esse espírito de coletividade, de equipe que trabalha unida, de maneira tão leve e prazerosa. Estou encantada e muito feliz.


"Renascer" é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Walter Carvalho, Alexandre Macedo, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon, Bruna Ferreira e Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

.: Contos: "Breve Inventário de Pequenas Solidões", o novo livro de Tiago Feijó


O livro "Breve Inventário de Pequenas Solidões" (compre neste link) é uma coletânea composta por dez contos que versam, cada qual à sua maneira, sobre uma temática definida: a solidão, ou melhor, aquelas pequenas solidões às quais todos nós estamos sujeitos. Assim como em "Insolitudes" (7letras, 2015), seu primeiro livro de contos, nesta segunda incursão aos textos curtos Tiago Feijó mantém a mesma acuidade na escrita, o mesmo cuidado na composição primorosa das frases e dos diálogos, a mesma preocupação em permear sua prosa com achados poéticos e sutis reflexões.

Através dos contos enfeixados neste novo livro, um tênue fio vai costurando as histórias, enredando o leitor em várias tramas e texturas, nas quais os personagens, sejam pessoas ou animais, são marcados por algum tipo de isolamento, de perda ou incomunicabilidade. Em outras palavras, por suas específicas solidões, pequenas solidões. Seja o que for, uma coisa é certa: quem se aventurar pelas páginas desta obra estará em ótima companhia. Compre o livro "Breve Inventário de Pequenas Solidões", de Tiago Feijó, neste link.


Sobre o autor
Tiago Feijó é professor e escritor. Nasceu em Fortaleza, mas foi criado em Guaratinguetá, interior de São Paulo. Formou-se em Letras Clássicas pela Unesp. Venceu o Prêmio Ideal Clube de Literatura 2014. É autor dos livros "Insolitudes" (7letras, 2015), “Diário da Casa Arruinada” (Penalux, 2017), livro finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, e “Doze Dias” (Penalux, 2022), livro finalista do Prêmio Leya 2021 e vencedor do Prêmio Manuel Teixeira Gomes 2021. Tem textos publicados em diversas antologias, revistas e blogs de literatura. Garanta o seu exemplar de "Breve Inventário de Pequenas Solidões", escrito por Tiago Feijó, neste link.

.: "Recortes", de Antonio Candido, reúne 50 textos sob diferentes prismas


Relançado pela editora Todavia, o livro "Recortes" (compre neste link), de Antonio Candido, é uma reunião de 50 textos sob diferentes prismas daquele que é um dos nossos maiores críticos. Publicada originalmente em 1993, a obra difere de outras coleções de ensaios do autor. São textos, em geral, curtos e diversificados, produzidos em sua maioria entre 1972 e 1992.

Os artigos de jornal e revista, as palestras, discursos, prefácios, testemunhos, perfis de mestres e amigos aqui reunidos abordam clássicos da literatura brasileira, estrangeiros que escreveram sobre o Brasil, memórias de infância e juventude e ainda passagens sombrias da história do país. A capa da edição 2024 é de Oga Mendonça.

"Recortes" aborda clássicos da literatura brasileira, como Castro Alves e Carlos Drummond de Andrade, estrangeiros que escreveram sobre o Brasil, como Otto Maria Carpeaux e Roger Bastide. Esta edição segue a última revista e modificada pelo autor. Compre o livro "Recortes", de Antonio Candido, neste link.


O autor
Antonio Candido de Mello e Souza nasceu no Rio de Janeiro, em 1918. Crítico literário, sociólogo, professor, mas sobretudo um intérprete do Brasil, foi um dos mais importantes intelectuais brasileiros. Morreu em 2017, em São Paulo. Garanta o seu exemplar de "Recortes", escrito por Antonio Candido, neste link.

.: Rodrigo Goldacker levanta questões traumáticas em romance fragmentado


Rodrigo Goldacker
 escreve intensamente desde os 12 anos. Em seu perfil no Medium são mais de mil e quinhentos seguidores e uma centena de textos que foram publicados desde 2016. Rodrigo é um dos cinco finalistas da primeira edição do Prêmio Amazon de Literatura Jovem com a ficção “Eu Só Existo às Terças-Feiras”, selecionado entre quase 700 livros. O vencedor do prêmio será anunciado no dia 27 de maio. A obra, por ser finalista, está sendo adaptada para audiobook.

“Eu Só Existo às Terças-feiras” foi finalizado em outubro de 2017 e havia sido previamente inscrito no Prêmio Kindle em 2022. Influenciado pelo processo de individuação, conceito recorrente na obra do psiquiatra Carl Jung, o livro surgiu como uma expansão de uma autobiografia escrita por Rodrigo em 2015. “Praticamente impublicável”, com conteúdo denso e mais de 150 mil palavras, o autor transformou seus relatos em uma nova história a partir de metáforas, algumas mais diretas, outras sutis, sobre um período essencialmente marcado por processos de perda e adaptação mental. 

O romance psicológico desenvolve uma premissa curiosa e criativa enquanto tece sua trama de suspense com constantes reviravoltas. Viktor é um adolescente que cursa o colegial e há alguns anos lida com uma cisão de personalidade. Em seu corpo habitam sete indivíduos distintos. Um para cada dia da semana e é com a nomenclatura de cada período que os fragmentos são batizados.

Quem conta essa história é a personalidade que, como o título declara, só existe às terças-feiras. Os leitores irão testemunhar as paranoias de um narrador confuso, que precisa preencher as lacunas do que ocorre entre cada “apagão” de uma semana – enquanto desvenda como agem e quais são as intenções dos outros indivíduos que compõem Viktor. Em ritmo divertido, uma conspiração (pessoal e) familiar se manifesta colocando em risco a existência do protagonista, Terça.

Rodrigo é filho de mãe bipolar e desde cedo precisou lidar com conflitos familiares e algumas responsabilidades afetivas impostas pelas circunstâncias. Assim, o interesse do autor pela psicologia para além da curiosidade dá sinais perceptíveis em sua escrita. Ele carrega nas costas uma bagagem não compatível com sua pouca idade. Os temas versados em “Eu Só Existo às Terças-Feiras” incluem a condição humana, crises existenciais, famílias disfuncionais e a finitude da vida. Compre o livro “Eu Só Existo às Terças-Feiras”, de Rodrigo Goldacker , neste link.


Trecho do livro
“Caio em mim. Dessa vez, já é a segunda aula depois do intervalo. Cada dia, menos tempo. Só me permito sentir tristeza por isso durante um único minuto. Mas, pior do que isso, tenho uma intuição, um péssimo pressentimento de que algo aconteceu. E as imagens que vou aos poucos lembrando em sutis filetes do sonho com Quinta não servem para me animar.” (pág. 136)


Escritor versátil e de obras plurais
Redator que “vive das palavras”, Rodrigo é graduado em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Cásper Líbero. Seu currículo acadêmico apresenta ainda uma especialização em UX Writing, pelo Instituto de Desenho Instrucional e mestrado em Comunicação, também pela Cásper. É natural de São Paulo, capital, e desde a infância já carregava certa convicção do que gostaria de ser e do que fazer. “Sempre quis ser escritor e comecei a fazer isso de um jeito bem obsessivo. Passei minha adolescência, juventude e vida adulta todas escrevendo”, conta.

Suas principais referências são cimentadas na filosofia do século XX. “Albert Camus, Carl Jung e Judith Butler são três bases importantes para mim em pensamento e que acabam aparecendo muito em tudo que escrevo, principalmente nos ensaios, mas isso também ‘vaza’ para as poesias e romances”, aponta. Ele ainda cita o porta-voz da geração beat, Jack Kerouac, como uma referência para sua formação, e escritores como Hermann Hesse, Roberto Bolaño, Haruki Murakami, Clarice Lispector, Fernando Pessoa e Franz Kafka.

Sua literatura, apesar de não ser necessariamente autobiográfica, carrega marcas de sua história, como “Verde Verdade” (301 pág., 2023), obra que Rodrigo qualifica como uma desconstrução e atualização dos romances de estrada, inspirado na literatura beatnik. Escrito quando tinha 18 anos, o livro é uma homenagem àquele que seria seu leitor ideal, o avô, já falecido. Sua história, que fala do encontro entre dois andarilhos que se conectam, tem raízes profundas no relacionamento do escritor com o familiar na infância.

O autor ainda prepara novos lançamentos, como é o caso de um livro de poesia que compreende poemas escritos entre os anos de 2022 e 2023 (e acrescenta outros, nomeados como “excessos” por terem sido compostos anteriormente) previsto para ser lançado pelo NADA∴Studio Criativo; “Ensaio das Expectativas Míticas” e um romance experimental chamado “O Prisioneiro e os Outros”.


Adentrando o mercado digital e artístico
Como redator inserido no mercado digital, Rodrigo também escreve sobre o modo como a comunicação e a tecnologia são capazes de afetar o tecido social através da política e religião. Em “NFT’s, influencers e a música [...] do artista [...]”, por exemplo, o escritor reflete sobre comunicação, tecnologia e cultura através de um caso de propriedade intelectual que compreende alguns dos métodos do mundo conectado. O texto técnico, que começa lidando com criatividade, impedições e mercado artístico, deságua em como pontos e palavras, teoricamente habituais, exigem do indivíduo alguma fluência e atenção para oportunidades levantadas no mundo conectado.  Foi seu primeiro livro físico publicado, em 2022, através da editora Casatrês.

O ensaio, originalmente no Medium, trata sobre personalidades artísticas e todo tipo de capital simbólico social e cibernético atrelado a obras e criadores. O “pitch” para começar a escrever veio de um artista que assinava sua música ambiente com uma sequência de caracteres impronunciáveis e sequer “digitáveis”.

Rodrigo questiona: “Por que escolher fazer algo assim? Por que complicar ‘de propósito’ para restringir o acesso?” As perguntas persistem até oportunas reflexões sobre o atual mercado de influência e o modo como a informação e aptidão digital, que parecem tão óbvias, ainda são capitais restritos, mas não precisamente relacionados ao dinheiro.


Uma escrita que busca honestidade emocional
Mesmo escrevendo em diferentes formatos, Rodrigo entende que sua mensagem procede um inconsciente coletivo e atemporal. Familiar a qualquer leitor. “Eu quero falar sobre sentimentos e experiências, mesmo quando forem ruins, do jeito mais honesto e vulnerável possível. Honestidade emocional é algo que eu acho importante e que eu tento trazer pra minha escrita, não só na poesia e na ficção, mas até nos ensaios”. Abordar existencialismo e demais questões filosóficas, por dedução, pode parecer fatigante, porém, a narrativa característica do autor, que busca pontos semelhantes à vida comum, é capaz de tornar a experiência fluida e prazerosa.

Para “Eu Só Existo...” existem possibilidades abertas em grandes casas editoriais acerca do futuro da obra. O escritor, porém, está focado em continuar produzindo. “Quero continuar escrevendo poesias, contos, ensaios, textos mais técnicos e histórias de ficção. Em algum momento penso também na escrita de coisas mais autobiográficas, mas ainda me questiono sobre como fazer isso dadas as questões sensíveis que envolveria”, afirma. Rodrigo também está se aventurando pela literatura de gênero. Desde 2018 vem trabalhando em um livro de terror, que está com o primeiro ato pronto, mas como se trata de um projeto mais ambicioso, não existe perspectiva para a sua data de lançamento. Garanta o seu exemplar de “Eu Só Existo às Terças-Feiras”, escrito por Rodrigo Goldacker, neste link.

.: Ao pé do ouvido, Clóvis de Barros e Ilan Brenman refletem sobre valores


Os temas que pautam as discussões da atualidade nas esferas individual e coletiva são aprofundados pelos escritores best-sellers Clóvis de Barros Filho e Ilan Brenman em "Filosofia ao Pé do Ouvido: Felicidade, Ética, Amizade e Outros Temas", lançamento da Papirus 7 Mares. A obra faz parte da coleção Papirus Debates, criada para dialogar sobre assuntos globais que envolvem o modo de viver em sociedade.

Nesse livro, os pensadores refletem a respeito de justiça, felicidade, ética, conduta, liberdade e igualdade, também opinam sobre a coragem de ser sábio e a importância da amizade. Em leitura agradável e provocadora, os autores questionam se é possível ser justo e debatem o papel da educação, entre outros assuntos.

“Uma das interpretações da etimologia da palavra ‘educação’ vem do latim e significa ex ducere. Ex é puxar, ducere, para fora. Ou seja, educação é tirar o que o outro tem de melhor. E todo mundo, ou quase todo mundo, tem algo de bom dentro de si”, destaca Ilan Brenman. Para aproveitar a deixa, Clóvis de Barros Filho abre mais o leque: “Por que estudamos tanto a história da França e tão pouco a da África, por exemplo? Se praticamente não há franceses por aqui, mas temos nossos irmãos africanos que, para a nossa sorte, conosco se miscigenaram, deixando aí uma população altamente rica do ponto de vista étnico?”, provoca o professor.

Para travar um diálogo aberto e dinâmico, Clóvis e Ilan enriquecem a narrativa com relatos pessoais e utilizam recursos que aproximam e divertem o leitor. Trazem, por exemplo, comentários que comparam o ator Reynaldo Gianecchini às tantas “beleza alternativas” que se vê por aí – e assim comprovam que a natureza nem sempre é legal com todos. Também usam um meme do "Big Brother Brasil" para tratar da diferença entre inteligência e sabedoria. 

Com livros publicados no campo da ética, filosofia e educação, os autores convidam os leitores a tomarem consciência do tipo de sociedade em que desejam viver. Alertam sobre a necessidade de identificar aquilo que é mais importante preservar: os valores, que definem a decência existencial e, de certa maneira, permitem uma vida mais próspera com os demais. Compre o livro "Filosofia ao Pé do Ouvido: Felicidade, Ética, Amizade e Outros Temas", de Clóvis de Barros Filho e Ilan Brenman, neste link.



Sobre os autores
Clóvis de Barros Filho
escritor best-seller, é doutor e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Tem mais de 30 livros publicados sobre ética, felicidade, autoconhecimento e valores. Suas palestras cativam as mais diversas plateias, sem o uso de aparatos tecnológicos. Recorrendo a exemplos do cotidiano e histórias divertidas, ensina conteúdos densos de maneira leve e fascinante.

Ilan Brenman, escritor best-seller, tem mais de 80 livros publicados e reconhecimento internacional, traduzido para diversos idiomas, como alemão, francês, romeno, grego, italiano, espanhol, polonês, sueco, dinamarquês, turco, vietnamita, taiwanês, coreano, chinês, entre outros. Seus trabalhos já foram agraciados com prêmios tanto no Brasil quanto no exterior. Em 2023, ele alcançou um feito inédito em mais de seis décadas de existência do prêmio Jabuti, ao ter dois de seus livros nomeados como finalistas. É bacharel em Psicologia pela PUC-SP e doutor pela Faculdade de Educação da USP. Garanta o seu exemplar de "Filosofia ao Pé do Ouvido: Felicidade, Ética, Amizade e Outros Temas", escrito por Clóvis de Barros Filho e Ilan Brenman, neste link.

.: “Açougueira” expõe condenação prévia da mulher em qualquer circunstância


Em uma das cenas mais emblemáticas de “Açougueira” (compre neste link), lançado pela editora Claraboia, a personagem principal é incitada a abater e descarnar um boi. O duelo homem-animal presente no imaginário como uma batalha entre a força masculina versus a natureza ganha outras camadas e evidencia a singularidade do romance de estreia da escritora e dramaturga gaúcha Marina Monteiro, que também é atriz, arte-educadora, produtora e gestora cultural.

Na trama, quem está em frente ao boi é uma mulher. Ao deslocar as posições sociais e de poder, a escritora apresenta um romance provocativo que evoca discussões sobre violência de gênero e opressão. Um evento de lançamento está agendado em Florianópolis, em Santa Catarina, no dia 12 de julho, a partir das 18h30, na Livraria Latinas - Rua Padre Lourenço R. de Andrade, 650, bairro Santo Antônio de Lisboa.

A obra permeia temas como tradições sociais, relações familiares, paixão, desejo, violência doméstica e justiça. Este último, segundo a autora, é motivo de inquietação constante: “Reflito sobre o papel da justiça, o ideal de imparcialidade, a realidade muitas vezes parcial em uma sociedade tão desigual quanto a nossa”.

Uma das inspirações para o livro veio justamente de sua busca por casos de violência contra a mulher na internet, em notícias e reportagens, e a percepção dos resultados de julgamentos desfavoráveis às vítimas. “Comecei a observar como a Justiça prontamente já coloca essa mulher no centro do palco de acusação. Tirar a vida de alguém é um crime que precisa ser punido, assim como violentar uma mulher, física ou psicologicamente, também deve ser. Mas o que acaba acontecendo, na maioria das vezes, é uma culpabilização da vítima”, argumenta. 

“Açougueira” se divide em cinco partes intituladas: “O Reflexo no Braço Dele”, “Coro de Vizinhos”, “De Fora a Fora”, “Coração Fazendo Goteira” e “Voz Escorrendo”. O enredo envolve o assassinato e esquartejamento de um homem numa cidadezinha interiorana onde todos se conhecem. A principal suspeita é a esposa, personagem central da trama. 

A narrativa é estruturada a partir de depoimentos concedidos a uma autoridade, referenciada por todos como “doutor”.  A esposa detalha desde o início do enlace com o futuro marido até a decadência do matrimônio. Suas falas são entrecortadas por declarações pouco amistosas de vizinhos e conhecidos do casal.

Nessa configuração textual, a autora concede intensidade a todos os envolvidos na trama, acentua repetições, imprecisões e exaltações nas falas, pontua trejeitos, cacoetes e postura dos corpos, e revela ainda emoções e personalidade de cada um.  Nenhum deles tem nome, ainda assim, é possível discernir quem é quem. Outro mérito da obra é a composição das cenas. As descrições misturam a aspereza da paisagem à intensidade das emoções experimentadas pelos envolvidos na cena. As metáforas também são destaque e transportam o leitor para diferentes atmosferas. 

Esse recurso narrativo torna-se essencial para que se conceda o benefício da dúvida à protagonista/esposa e adentre nas camadas complexas que existem no binômio relação afetiva- violência. A escritora acredita que “Açougueira” faz o leitor se implicar na narrativa e assumir um lugar. “Para além disso, acho que o livro traz  esse movimento constante de uma mulher que persegue o desejo de ser e sobretudo de fazer diferente e mudar as estruturas”,  revela Marina.   

De fato, a determinação com que a esposa passa a própria vida em revista, incluindo nessa narrativa as partes repugnantes de sua trajetória, evidencia não só a força e perseverança dessa personagem fictícia, mas acima de tudo a coragem da autora em explorar esses temas num romance original, inventivo e marcante. Compre o livro “Açougueira” , de Marina Monteiro, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Em 'Açougueira', a narradora conta seu testemunho de vida e o oferece perante um júri. Essa mulher quieta e observadora, espia a vida por uma fresta e vive a vida por uma fresta. Ir contra Deus, desse jeito, é demais, é ir contra a natureza do homem. Mulher não age assim. Dizem a ela, e contra deus e tudo, ela segue, abrindo passagens. Neste romance, Marina Monteiro trabalha linguagem e forma de um modo admirável e faz emergir uma história inquietante e polifônica.” (Natalia Borges Polesso na quarta capa do livro “Açougueira”)


Trecho do livro
“Depois soube, foram pro bar, me negociando. Queria saber meu preço, mas os dois se retiraram porque era assunto deles. Mulher não precisa saber quanto vale. Eu e a mãe ficamos no escuro da cozinha ouvindo o silêncio da noite, quando o eco da risada se espalhou e sumiu. A mãe não dizia nada, eu olhando a mãe, tentando entender. Tinha umas partes do corpo dela querendo se despregar e eu quase vi um meio riso na boca dela. Tava gostando. Que mãe não gostava? Ia arranjar a filha nova ainda. Mais cedo que as vizinhas do entorno da igreja. Talvez nem precisasse rezar novena. Bastava uma vela pra santinha, em agradecimento. Ia arranjar a filha com homem trabalhador, de braço duro e suado. Homem bom. O suor tem valor. Eu disse, o suor é o começo da minha história.” (Trecho de "Açougueira", pág, 19)


Experiência do palco para o livro
Marina Monteiro nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 1982, e vive atualmente entre as capitais Rio de Janeiro e Florianópolis, em Santa Catarina. A autora possui licenciatura em teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e ainda o título de bacharela em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Marina define-se como atriz, arte-educadora, produtora e gestora cultural. 

Na área da escrita dedica-se à composição de textos literários, dramatúrgicos e roteiros. É autora do livro de formato híbrido “Comendo Borboletas Azuis” (Multifoco, 2010) e dos livros de contos “Em Nossa Cidade Amarelinha Era Sapata” (Patuá, 2019), vencedor do prêmio da Associação Gaúcha de Escritores (AGES) e “Contos de Vista Pontos de Queda” (Patuá, 2021), indicado ao prêmio Açorianos e vencedor do Prêmio Minuano de Literatura. “Açougueira” é seu romance de estreia.

A experiência de quase duas décadas no teatro e dramaturgia estão implícitas na criação do livro. A obra é inspirada no espetáculo “Carne de Segunda”, escrito pela autora em 2020.  A transformação do texto em romance ocorreu a partir de uma oficina de escrita literária. O desafio, segundo Marina, era justamente a adaptação da linguagem. “Tive uma grande trava porque cismei que queria me distanciar do teatro, fiquei três meses longe da escrita, e depois percebi que era uma bobagem, pois era da dramaturgia que vinha o romance”, conta. 

Para Marina, o lançamento de “Açougueira”, revela seu amadurecimento como artista. “Por meio do livro pude entender melhor meu movimento literário, minha pesquisa, meus próprios desejos e também admitir mais minhas obsessões estéticas”, frisa, e complementa: “Acho que assim como a narradora da obra eu abri umas brechas e assumi meus caminhos”Garanta o seu exemplar de "Açougueira", escrito por Marina Monteiro, neste link.

.: "Era das Revoluções" revisita o passado para analisar temas urgentes


Fúria populista, fratura ideológica, impactos econômicos e tecnológicos, guerras e um sistema internacional repleto de riscos catastróficos - as primeiras décadas do século XXI podem ser consideradas o período mais revolucionário da história moderna. A partir desta premissa, o renomado jornalista e autor best-seller Fareed Zakaria revisita o passado para tecer uma contundente análise sobre temas contemporâneos e urgentes que mobilizam sociedades em todo o mundo. "Era das Revoluções: progresso e Reação de 1600 até o presente", que chega às livrarias em julho pela Intrínseca, apresenta argumentos arrojados e convincentes que revelam conexões inovadoras entre o passado e o presente. A tradução é de George Schlesinger e Renata Guerra.

“A história que conto aqui é mais profunda e mais importante do que um debate sobre as possíveis vantagens dos mercados sobre o Estado. Ela trata do cabo de guerra entre passado e futuro. Desde o século XVI, as mudanças tecnológicas e econômicas fomentaram imensos progressos, assim como enormes disrupções. A disrupção e a distribuição desigual das vantagens alimentam a ansiedade. Mudança e ansiedade, por sua vez, levam a uma revolução da identidade, em que as pessoas buscam novas comunidades e novos significados. E todas essas forças, então, geram uma revolução política”, afirma o autor.

Nesta grandiosa obra, Fareed Zakaria investiga magistralmente as eras e os movimentos que abalaram normas e moldaram o mundo contemporâneo. Três desses períodos contêm lições profundas para os dias atuais: nos países baixos do século XVII, uma série de fascinantes transformações tornou o país de pequenas proporções o mais rico do mundo e criou a política como a conhecemos; no século XVIII, a Revolução Francesa destruiu seus filhos ideológicos e deixou um legado sangrento que nos assombra até hoje; e a mãe de todas as revoluções, a Revolução Industrial, catapultou a Grã-Bretanha e os Estados Unidos para o domínio global, instituindo o mundo moderno.

À luz dessas históricas mudanças de paradigma, Zakaria analisa quatro revoluções atuais: globalização, tecnologia, identidade e geopolítica. Apesar de todos os benefícios, a globalização e os avanços tecnológicos produziram grandes perturbações e uma ansiedade generalizada sobre o que se entendia por identidade - e a identidade é o campo de batalha em que se travam as políticas polarizadas deste século. Tudo isso ocorre no contexto de uma revolução geopolítica, tão profunda quanto a que alçou os Estados Unidos à potência mundial no fim do século XIX.

“Nossa época é revolucionária no sentido em que comumente se utiliza a palavra. Para onde quer que se olhe, é possível ver mudanças radicais e drásticas. Um sistema internacional que parecia estável e familiar está mudando depressa, com os desafios de uma China em ascensão e uma Rússia revanchista. No seio das nações, vemos uma destruição total da velha ordem política, enquanto novos movimentos que transcendem a tradicional divisão esquerda-direita ganham espaço. No âmbito econômico, o consenso surgido após o colapso do comunismo em relação aos livres mercados e ao livre-comércio foi derrubado, e é grande a incerteza quanto a como as sociedades e as economias devem navegar essas águas não exploradas. Como pano de fundo para tudo isso está o pleno florescimento da revolução digital e a chegada da inteligência artificial, com consequências novas e disruptivas”, elenca Zakaria.

Combinando alcance intelectual, uma visão histórica consistente e uma presciência extraordinária, Zakaria revela que, embora estejamos no meio de quatro revoluções sísmicas, o pessimismo é prematuro. Se agirmos com sensatez, a ordem internacional liberal poderá ser renovada e o populismo, relegado ao amontoado de cinzas da história. Compre o livro "Era das Revoluções", de Fareed Zakaria, neste link.


O que disseram sobre o livro
[Este livro] é bem-sucedido em transpor a separação entre leitores comuns e acadêmicos. É uma leitura fácil que oferece novas perspectivas.” — Financial Times


Sobre o autor
Fareed Zakaria é o apresentador do principal programa de questões internacionais da CNN, Fareed Zakaria GPS, além de assinar uma coluna semanal no Washington Post. É autor de quatro best-sellers do New York Times, incluindo seu último livro, "Dez Lições para o Mundo Pós-pandemia", publicado pela Intrínseca. Ele mora na cidade de Nova York. Garanta o seu exemplar de "Era das Revoluções", escrito por Fareed Zakaria, neste link.


"Era das Revoluções", de Fareed Zakaria
Tradução: George Schlesinger, Renata Guerra
Páginas: 384
Editora: Intrínseca

.: Mark Batterson ensina a reconstruir hábitos em 30 dias e eliminar vícios


Substituir hábitos, compreender a diferença entre vícios negativos e positivos, valorizar pequenas conquistas e analisar o próprio desempenho de forma analítica são alguns dos ensinamentos que o escritor best-seller do jornal The New York Times, Mark Batterson, apresenta no livro "Um Dia por Vez".

A partir de acontecimentos corriqueiros, Mark propõe ao leitor um desafio que tem a troca como método central do processo. Para aqueles que desejam reduzir o consumo de açúcar, por exemplo, ele aconselha substituir doces por frutas, um hábito alimentar mais saudável e nutritivo. Exercícios físicos e vícios nocivos, como o alcoolismo, também podem fazer parte deste escambo positivo.

Mark Batterson destaca a importância de dar pequenos passos para alcançar objetivos maiores. Quando ele decidiu correr a Maratona de Chicago, não começou correr 42 quilômetros no primeiro dia, mas montou uma estratégia em que precisaria realizar 72 corridas que totalizassem cerca de 760 quilômetros em seis meses. A partir desse e outros acontecimentos reais, o autor destaca que o cumprimento de metas passa por etapas, de menor ou maior complexidade.  

Com a leitura dividida em dias, esta obra é um desafio para aqueles que decidiram reconstruir os próprios hábitos, sejam eles relacionados à saúde física e mental, independência financeira ou qualidade nos relacionamentos. Ao fim do ciclo de um mês, o leitor terá o conhecimento necessário para eliminar hábitos ruins e desenvolver boas práticas na rotina. Compre o livro "Um Dia por Vez", de Mark Batterson, neste link.

Trecho do livro
Quando tiver de escolher entre o elevador e a escada, decida primeiramente subir a escada. Por quê? O mais difícil é melhor! A escada e o elevador o levarão ao mesmo lugar, mas você ficará em melhor forma se optar pela escada. ("Um Dia por Vez, p. 37)


Sobre o autor
Mark Batterson é o pastor titular da National Community Church, em Washington, DC. Ele tem doutorado em Ministério pela Universidade Regent e é best-seller do jornal The New York Times, com 21 livros publicados, entre eles "Na Cova com Um Leão em Um Dia de Neve", "Persiga o Seu Leão", "Sussurro" e "Bênção Dobrada" - todos publicados em português pela editora Vida. Mark e sua esposa, Lora, têm três filhos e moram na colina do Capitólio. Garanta o seu exemplar de "Um Dia por Vez", escrito por Mark Batterson, neste link.


Ficha técnica
"
Um Dia por Vez"
Autora: Mark Batterson
Editora: Vida
Gênero: Comportamento
ISBN: 978-65-5584-480-1
Edição:  1ª ed., 2024
Número de páginas: 320

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