terça-feira, 9 de julho de 2024

.: “Açougueira” expõe condenação prévia da mulher em qualquer circunstância


Em uma das cenas mais emblemáticas de “Açougueira” (compre neste link), lançado pela editora Claraboia, a personagem principal é incitada a abater e descarnar um boi. O duelo homem-animal presente no imaginário como uma batalha entre a força masculina versus a natureza ganha outras camadas e evidencia a singularidade do romance de estreia da escritora e dramaturga gaúcha Marina Monteiro, que também é atriz, arte-educadora, produtora e gestora cultural.

Na trama, quem está em frente ao boi é uma mulher. Ao deslocar as posições sociais e de poder, a escritora apresenta um romance provocativo que evoca discussões sobre violência de gênero e opressão. Um evento de lançamento está agendado em Florianópolis, em Santa Catarina, no dia 12 de julho, a partir das 18h30, na Livraria Latinas - Rua Padre Lourenço R. de Andrade, 650, bairro Santo Antônio de Lisboa.

A obra permeia temas como tradições sociais, relações familiares, paixão, desejo, violência doméstica e justiça. Este último, segundo a autora, é motivo de inquietação constante: “Reflito sobre o papel da justiça, o ideal de imparcialidade, a realidade muitas vezes parcial em uma sociedade tão desigual quanto a nossa”.

Uma das inspirações para o livro veio justamente de sua busca por casos de violência contra a mulher na internet, em notícias e reportagens, e a percepção dos resultados de julgamentos desfavoráveis às vítimas. “Comecei a observar como a Justiça prontamente já coloca essa mulher no centro do palco de acusação. Tirar a vida de alguém é um crime que precisa ser punido, assim como violentar uma mulher, física ou psicologicamente, também deve ser. Mas o que acaba acontecendo, na maioria das vezes, é uma culpabilização da vítima”, argumenta. 

“Açougueira” se divide em cinco partes intituladas: “O Reflexo no Braço Dele”, “Coro de Vizinhos”, “De Fora a Fora”, “Coração Fazendo Goteira” e “Voz Escorrendo”. O enredo envolve o assassinato e esquartejamento de um homem numa cidadezinha interiorana onde todos se conhecem. A principal suspeita é a esposa, personagem central da trama. 

A narrativa é estruturada a partir de depoimentos concedidos a uma autoridade, referenciada por todos como “doutor”.  A esposa detalha desde o início do enlace com o futuro marido até a decadência do matrimônio. Suas falas são entrecortadas por declarações pouco amistosas de vizinhos e conhecidos do casal.

Nessa configuração textual, a autora concede intensidade a todos os envolvidos na trama, acentua repetições, imprecisões e exaltações nas falas, pontua trejeitos, cacoetes e postura dos corpos, e revela ainda emoções e personalidade de cada um.  Nenhum deles tem nome, ainda assim, é possível discernir quem é quem. Outro mérito da obra é a composição das cenas. As descrições misturam a aspereza da paisagem à intensidade das emoções experimentadas pelos envolvidos na cena. As metáforas também são destaque e transportam o leitor para diferentes atmosferas. 

Esse recurso narrativo torna-se essencial para que se conceda o benefício da dúvida à protagonista/esposa e adentre nas camadas complexas que existem no binômio relação afetiva- violência. A escritora acredita que “Açougueira” faz o leitor se implicar na narrativa e assumir um lugar. “Para além disso, acho que o livro traz  esse movimento constante de uma mulher que persegue o desejo de ser e sobretudo de fazer diferente e mudar as estruturas”,  revela Marina.   

De fato, a determinação com que a esposa passa a própria vida em revista, incluindo nessa narrativa as partes repugnantes de sua trajetória, evidencia não só a força e perseverança dessa personagem fictícia, mas acima de tudo a coragem da autora em explorar esses temas num romance original, inventivo e marcante. Compre o livro “Açougueira” , de Marina Monteiro, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Em 'Açougueira', a narradora conta seu testemunho de vida e o oferece perante um júri. Essa mulher quieta e observadora, espia a vida por uma fresta e vive a vida por uma fresta. Ir contra Deus, desse jeito, é demais, é ir contra a natureza do homem. Mulher não age assim. Dizem a ela, e contra deus e tudo, ela segue, abrindo passagens. Neste romance, Marina Monteiro trabalha linguagem e forma de um modo admirável e faz emergir uma história inquietante e polifônica.” (Natalia Borges Polesso na quarta capa do livro “Açougueira”)


Trecho do livro
“Depois soube, foram pro bar, me negociando. Queria saber meu preço, mas os dois se retiraram porque era assunto deles. Mulher não precisa saber quanto vale. Eu e a mãe ficamos no escuro da cozinha ouvindo o silêncio da noite, quando o eco da risada se espalhou e sumiu. A mãe não dizia nada, eu olhando a mãe, tentando entender. Tinha umas partes do corpo dela querendo se despregar e eu quase vi um meio riso na boca dela. Tava gostando. Que mãe não gostava? Ia arranjar a filha nova ainda. Mais cedo que as vizinhas do entorno da igreja. Talvez nem precisasse rezar novena. Bastava uma vela pra santinha, em agradecimento. Ia arranjar a filha com homem trabalhador, de braço duro e suado. Homem bom. O suor tem valor. Eu disse, o suor é o começo da minha história.” (Trecho de "Açougueira", pág, 19)


Experiência do palco para o livro
Marina Monteiro nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 1982, e vive atualmente entre as capitais Rio de Janeiro e Florianópolis, em Santa Catarina. A autora possui licenciatura em teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e ainda o título de bacharela em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Marina define-se como atriz, arte-educadora, produtora e gestora cultural. 

Na área da escrita dedica-se à composição de textos literários, dramatúrgicos e roteiros. É autora do livro de formato híbrido “Comendo Borboletas Azuis” (Multifoco, 2010) e dos livros de contos “Em Nossa Cidade Amarelinha Era Sapata” (Patuá, 2019), vencedor do prêmio da Associação Gaúcha de Escritores (AGES) e “Contos de Vista Pontos de Queda” (Patuá, 2021), indicado ao prêmio Açorianos e vencedor do Prêmio Minuano de Literatura. “Açougueira” é seu romance de estreia.

A experiência de quase duas décadas no teatro e dramaturgia estão implícitas na criação do livro. A obra é inspirada no espetáculo “Carne de Segunda”, escrito pela autora em 2020.  A transformação do texto em romance ocorreu a partir de uma oficina de escrita literária. O desafio, segundo Marina, era justamente a adaptação da linguagem. “Tive uma grande trava porque cismei que queria me distanciar do teatro, fiquei três meses longe da escrita, e depois percebi que era uma bobagem, pois era da dramaturgia que vinha o romance”, conta. 

Para Marina, o lançamento de “Açougueira”, revela seu amadurecimento como artista. “Por meio do livro pude entender melhor meu movimento literário, minha pesquisa, meus próprios desejos e também admitir mais minhas obsessões estéticas”, frisa, e complementa: “Acho que assim como a narradora da obra eu abri umas brechas e assumi meus caminhos”Garanta o seu exemplar de "Açougueira", escrito por Marina Monteiro, neste link.

.: "Era das Revoluções" revisita o passado para analisar temas urgentes


Fúria populista, fratura ideológica, impactos econômicos e tecnológicos, guerras e um sistema internacional repleto de riscos catastróficos - as primeiras décadas do século XXI podem ser consideradas o período mais revolucionário da história moderna. A partir desta premissa, o renomado jornalista e autor best-seller Fareed Zakaria revisita o passado para tecer uma contundente análise sobre temas contemporâneos e urgentes que mobilizam sociedades em todo o mundo. "Era das Revoluções: progresso e Reação de 1600 até o presente", que chega às livrarias em julho pela Intrínseca, apresenta argumentos arrojados e convincentes que revelam conexões inovadoras entre o passado e o presente. A tradução é de George Schlesinger e Renata Guerra.

“A história que conto aqui é mais profunda e mais importante do que um debate sobre as possíveis vantagens dos mercados sobre o Estado. Ela trata do cabo de guerra entre passado e futuro. Desde o século XVI, as mudanças tecnológicas e econômicas fomentaram imensos progressos, assim como enormes disrupções. A disrupção e a distribuição desigual das vantagens alimentam a ansiedade. Mudança e ansiedade, por sua vez, levam a uma revolução da identidade, em que as pessoas buscam novas comunidades e novos significados. E todas essas forças, então, geram uma revolução política”, afirma o autor.

Nesta grandiosa obra, Fareed Zakaria investiga magistralmente as eras e os movimentos que abalaram normas e moldaram o mundo contemporâneo. Três desses períodos contêm lições profundas para os dias atuais: nos países baixos do século XVII, uma série de fascinantes transformações tornou o país de pequenas proporções o mais rico do mundo e criou a política como a conhecemos; no século XVIII, a Revolução Francesa destruiu seus filhos ideológicos e deixou um legado sangrento que nos assombra até hoje; e a mãe de todas as revoluções, a Revolução Industrial, catapultou a Grã-Bretanha e os Estados Unidos para o domínio global, instituindo o mundo moderno.

À luz dessas históricas mudanças de paradigma, Zakaria analisa quatro revoluções atuais: globalização, tecnologia, identidade e geopolítica. Apesar de todos os benefícios, a globalização e os avanços tecnológicos produziram grandes perturbações e uma ansiedade generalizada sobre o que se entendia por identidade - e a identidade é o campo de batalha em que se travam as políticas polarizadas deste século. Tudo isso ocorre no contexto de uma revolução geopolítica, tão profunda quanto a que alçou os Estados Unidos à potência mundial no fim do século XIX.

“Nossa época é revolucionária no sentido em que comumente se utiliza a palavra. Para onde quer que se olhe, é possível ver mudanças radicais e drásticas. Um sistema internacional que parecia estável e familiar está mudando depressa, com os desafios de uma China em ascensão e uma Rússia revanchista. No seio das nações, vemos uma destruição total da velha ordem política, enquanto novos movimentos que transcendem a tradicional divisão esquerda-direita ganham espaço. No âmbito econômico, o consenso surgido após o colapso do comunismo em relação aos livres mercados e ao livre-comércio foi derrubado, e é grande a incerteza quanto a como as sociedades e as economias devem navegar essas águas não exploradas. Como pano de fundo para tudo isso está o pleno florescimento da revolução digital e a chegada da inteligência artificial, com consequências novas e disruptivas”, elenca Zakaria.

Combinando alcance intelectual, uma visão histórica consistente e uma presciência extraordinária, Zakaria revela que, embora estejamos no meio de quatro revoluções sísmicas, o pessimismo é prematuro. Se agirmos com sensatez, a ordem internacional liberal poderá ser renovada e o populismo, relegado ao amontoado de cinzas da história. Compre o livro "Era das Revoluções", de Fareed Zakaria, neste link.


O que disseram sobre o livro
[Este livro] é bem-sucedido em transpor a separação entre leitores comuns e acadêmicos. É uma leitura fácil que oferece novas perspectivas.” — Financial Times


Sobre o autor
Fareed Zakaria é o apresentador do principal programa de questões internacionais da CNN, Fareed Zakaria GPS, além de assinar uma coluna semanal no Washington Post. É autor de quatro best-sellers do New York Times, incluindo seu último livro, "Dez Lições para o Mundo Pós-pandemia", publicado pela Intrínseca. Ele mora na cidade de Nova York. Garanta o seu exemplar de "Era das Revoluções", escrito por Fareed Zakaria, neste link.


"Era das Revoluções", de Fareed Zakaria
Tradução: George Schlesinger, Renata Guerra
Páginas: 384
Editora: Intrínseca

.: Mark Batterson ensina a reconstruir hábitos em 30 dias e eliminar vícios


Substituir hábitos, compreender a diferença entre vícios negativos e positivos, valorizar pequenas conquistas e analisar o próprio desempenho de forma analítica são alguns dos ensinamentos que o escritor best-seller do jornal The New York Times, Mark Batterson, apresenta no livro "Um Dia por Vez".

A partir de acontecimentos corriqueiros, Mark propõe ao leitor um desafio que tem a troca como método central do processo. Para aqueles que desejam reduzir o consumo de açúcar, por exemplo, ele aconselha substituir doces por frutas, um hábito alimentar mais saudável e nutritivo. Exercícios físicos e vícios nocivos, como o alcoolismo, também podem fazer parte deste escambo positivo.

Mark Batterson destaca a importância de dar pequenos passos para alcançar objetivos maiores. Quando ele decidiu correr a Maratona de Chicago, não começou correr 42 quilômetros no primeiro dia, mas montou uma estratégia em que precisaria realizar 72 corridas que totalizassem cerca de 760 quilômetros em seis meses. A partir desse e outros acontecimentos reais, o autor destaca que o cumprimento de metas passa por etapas, de menor ou maior complexidade.  

Com a leitura dividida em dias, esta obra é um desafio para aqueles que decidiram reconstruir os próprios hábitos, sejam eles relacionados à saúde física e mental, independência financeira ou qualidade nos relacionamentos. Ao fim do ciclo de um mês, o leitor terá o conhecimento necessário para eliminar hábitos ruins e desenvolver boas práticas na rotina. Compre o livro "Um Dia por Vez", de Mark Batterson, neste link.

Trecho do livro
Quando tiver de escolher entre o elevador e a escada, decida primeiramente subir a escada. Por quê? O mais difícil é melhor! A escada e o elevador o levarão ao mesmo lugar, mas você ficará em melhor forma se optar pela escada. ("Um Dia por Vez, p. 37)


Sobre o autor
Mark Batterson é o pastor titular da National Community Church, em Washington, DC. Ele tem doutorado em Ministério pela Universidade Regent e é best-seller do jornal The New York Times, com 21 livros publicados, entre eles "Na Cova com Um Leão em Um Dia de Neve", "Persiga o Seu Leão", "Sussurro" e "Bênção Dobrada" - todos publicados em português pela editora Vida. Mark e sua esposa, Lora, têm três filhos e moram na colina do Capitólio. Garanta o seu exemplar de "Um Dia por Vez", escrito por Mark Batterson, neste link.


Ficha técnica
"
Um Dia por Vez"
Autora: Mark Batterson
Editora: Vida
Gênero: Comportamento
ISBN: 978-65-5584-480-1
Edição:  1ª ed., 2024
Número de páginas: 320

.: "Alice no País das Maravilhas" é atração no Festival de Férias do Teatro Uol


Atração de segunda-feira do Teatro Uol, o espetáculo "É como Diz o Ditado" trata das mudanças da vida, algo sempre um pouco assustador, de forma leve e divertida. Foto: Edna Maria


O Festival de Férias do Teatro Uol é o endereço certo para a diversão nas férias de julho. Tradição cultural da cidade de São Paulo, chega a 39ª edição. Este sucesso é fruto de uma programação de qualidade e diversa, em que o público se encanta tanto com clássicos como com espetáculos que abordam o universo infantil de forma criativa e lúdica. São seis espetáculos, que se revezam em apresentações que acontecem todos os dias da semana, até dia 28 de julho, sempre às 15h00. O Teatro Uol conta com toda a estrutura e segurança do Shopping Pátio Higienópolis para que a família aproveite cada minuto do passeio.

Às terças-feiras acontecem as apresentações de "Alice no País das Maravilhas", adaptação do clássico de Lewis Carrol. A plateia terá a chance de conhecer o País das Maravilhas junto com Alice e os vinte personagens mais conhecidos da obra, misturando a linguagem do teatro clássico e o teatro de formas animadas. Ao mergulhar no buraco da árvore, atrás do Coelho Branco, Alice inicia uma viagem fantástica ao País das Maravilhas. Depois de passar pela fechadura de uma porta e encontrar o Jardim das Flores e a Lagarta, Alice é confrontada pelos personagens. Cena após cena, ela vai conhecendo os Gêmeos, Gato que Ri, Chapeleiro Maluco, Ratinha e Lebre Maluca, despertando inesgotáveis possibilidades criativas que existem em cada um de nós. As portas da imaginação e do pensamento são abertas, pois não existe,  em qualquer idade, limite entre o sonho e a realidade. 

No elenco, Pietra Bonet, Laila Mont’Autini,Vilma Fernandes, Eduardo Borges, Moroni Ferretti, Paulo Freira, Fernando Roesner, Edduarda Porcote, Paloma Aguiar, Laura Rogoski, Kerolaine Zamprogna, Poliana Angewicz, Júlia Melnixenco, Júlia Testoni, Joana Pieri, Teo Schneider, Ricard Mar, Órli Carara, Jean Fox, Adriele Barbarossa, João Pedro Olivieri, Max Vieira, Amanda Willians, Renato Filho, Suellen Ramos, Juliana Santos e Maria Carolina Fernandes. Adaptação e direção: Patrícia Toneti.  Realização: Culturamix Produções Artísticas. Dias 9,16 e 23 de julho, terças-feiras, às 15h00. Duração 60 minutos. Recomendação: livre - indicado para maiores de 3 anos.


Serviço
Dentro da programação do 39º Festival de Férias do Teatro Uol, até dia 28 de julho de 2024, spetáculos infantis com classificação livre acontecem de segunda a sexta-feira, às 15h00. Às segundas-feiras, "É como Diz o Ditado". Às terças-feiras, "Alice no País das Maravilhas". Às quartas-feiras, "Era Uma Vez...A Cigarra e a Formiga". Às quintas-feiras, "Chapeuzinho Vermelho". Às sextas-feiras, "O Autinho da Compadecida". Aos sábados e domingos, "João e Maria - A Casa de Doces". 

Ingressos: R$ 80,00. Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323. Vendas on-linewww.teatrouol.com.br. Horário de funcionamento da bilheteria em julho: segundas e terças das 13h00 às 15h00; quartas, quintas e sextas das 13h00 às 20h00; sábados das 13h00 às 22h00, e domingos das 13h00 às 20h00; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Uol e Clube Folha 50% desconto.


Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro Uol: UolL, Folha de S.Paulo, Bain Company, Banco Luso Brasileiro, Germed, Genesys e MetLife.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

.: Espetáculo “O Veneno do Teatro” tem única apresentação no Sesc Santos


Após hiato de dez anos, Osmar Prado retorna aos palcos, ao lado de Maurício Machado, em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa. A direção é de Eduardo Figueiredo, que assina inúmeros sucessos do teatro nacional. O texto já foi encenado em mais de 62 países em todo o mundo. Grande sucesso de público e crítica em São Paulo e Rio de Janeiro, chega ao Sesc Santos para única apresentação, dia 19 de julho, 20h00. Osmar Prado e Maurício Machado: duelo vibrante em cena. Foto: Priscila Prade | O Veneno do Teatro.


Depois de dez anos afastado dos palcos, Osmar Prado está de volta em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa. No palco divide a cena com o premiado ator Maurício Machado e direção de Eduardo Figueiredo (diretor de inúmeros sucessos de público e crítica no teatro nacional). O Sesc Santos recebe o espetáculo teatral "O Veneno do Teatro" no dia 19 de julho, sexta-feira, às 20h00, no Teatro do Sesc. Os ingressos custam de R$12,00 (credencial plena) a R$ 40,00 (inteira), e podem ser adquiridos on-line, a partir do dia 9 de julho, terça-feira, às 17h00, no app Credencial Sesc SP e no portal do Sesc SP. A venda presencial tem início no dia 10/7, quarta-feira, às 17h00.

O espetáculo que teve pré-estreias em Belo Horizonte e Brasília em janeiro, sempre com casas lotadas e inclusive com sessões extras, é sucesso de público e acumula excelentes críticas por onde passa. Depois das temporadas em São Paulo e Rio de Janeiro, já passou por outras capitais como: Goiânia, Porto Alegre e Belém. Sempre com lotação esgotada. 

Uma obra reconhecida e premiada em vários países, um thriller, que trata de temas importantes e atuais. O texto propõe uma reflexão pertinente sobre a ética, estética, as máscaras das convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento tão latente em todos nós, dentro dos limites da realidade e da ficção.

O texto de Sirera já foi traduzido para o inglês, francês, italiano, eslovaco, polonês, grego, português (de Portugal e do Brasil), Croata, Húngaro, Búlgaro, Japonês entre outros idiomas. Foi encenado em mais de 62 países (Espanha, Inglaterra, França, Venezuela, Polônia, Grécia, Porto Rico, Argentina, México, Estados Unidos e Japão, etc.) e coleciona prêmios mundo afora. O que traduz parte de seu sucesso, vitalidade e contemporaneidade. Sempre em cartaz em algum país desde então, recentemente reestreou na Espanha e Argentina, depois de ter excursionado por alguns países, com grande êxito de público e crítica.

Em cena dois atores premiados, num vibrante duelo: O renomado ator Osmar Prado e o experiente Maurício Machado. O espetáculo escrito na década de 70 após ditadura de Franco no início do processo democrático na Espanha e se passa na França em 1784, pré-revolução francesa, ressaltando o período neoclassicista. Em nossa nova versão brasileira, o espetáculo assume uma postura atemporal, inspirado na década de 20 em Paris. "Es una obra interesante, un juego dialéctico sobre ser y representar. Es una fábula moral, un thriller en torno a lo que es el arte“, diz o autor

“Em um momento com tantas adversidades, onde o homem apresenta sérios sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Rodolf Sirera nos apresenta uma importante reflexão sobre civilidade, poder e até onde pode ir a crueldade do ser humano”, diz o diretor Eduardo Figueiredo. O espetáculo é todo pontuado com música ao vivo executado pelo violoncelista Matias Roque Fideles e tem direção musical de Guga Stroeter.


Sinopse de "O Veneno do Teatro"
Um ator é convidado pelo excêntrico Marquês para interpretar uma peça teatral de sua autoria (inspirada na morte de "Sócrates"). Um encontro entre o Marquês (Osmar Prado), um nobre aristocrata egocêntrico que, de forma surpreendente, passa a controlar através de um jogo psicológico o outro personagem, o ator, Gabriel de Beaumont (Maurício Machado). Depois de muitas surpresas no decorrer do espetáculo, o Marquês revela-se um psicopata capaz de qualquer coisa para atingir seu objetivo.


Ficha técnica
Espetáculo "O Veneno do Teatro"
Texto: Rodolf Sirera
Tradução: Hugo Coelho
Direção: Eduardo Figueiredo
Elenco: Osmar Prado e Maurício Machado
Músico: Matias Roque Fideles
Direção musical e trilha: Guga Stroeter
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Desenho de Luz: Paulo Denizot
Assistente de direção musical e trilha: Pedro Pedrosa
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Desenho de luz: Paulo Denizot
Fotografias divulgação: Priscila Prade
Programação visual: Raquel Alvarenga
Assistente de direção: Gabriel Albuquerque
Camareira: Charlene Soares
Técnico de som: Henrique Berrocal
Técnico de luz: Lucas Andrade
Contrarregra: Rodrigo Bella Dona
Cenotécnico: Evandro Carretero
Administrador: Marcelo Vieira
Produção executiva: Paulo Travassos
Assistente de produção: Mavi Uema
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Financeiro: Thaiss Vasconcellos
Leis de Incentivo: Renata Vieira
Idealização e produção: manhas & manias projetos culturais

Serviço
Espetáculo "O Veneno do Teatro"
Dia 19 de julho. Sexta-feira, às 20h00
Teatro do Sesc Santos
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena). R$ 20,00 (meia-entrada). R$ 40,00 (inteira).
Venda on-line pelo aplicativo Credencial Sesc SP e portal do Sesc São Paulo:  a partir do dia 9/7, terça-feira, 17h00.
Presencialmente, nas bilheterias das unidades: a partir do dia 10 de julho, quarta-feira, 17h00.
Duração: 70 minutos.
Estacionamento: consulte os valores em sescsp.org.br/santos

Bilheteria do Sesc Santos - Funcionamento
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30      

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida      
(13) 3278-9800 

.: "Arte Subdesenvolvida" apresenta o Brasil do Século XX no CCBB SP


Mostra será inaugurada, gratuitamente, em 29 de maio no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. O acervo reúne 130 peças produzidas entre as décadas de 1930 e 1980 por mais de 40 artistas, dentre eles Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Cildo Meireles, Hélio Oiticica, Randolpho Lamounier, Solano Trindade, e muitos outros. "Enterro" (1959) | Candido Portinari | Foto: Cortesia Coleção Jones Bergamin

A partir dos anos 1930, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), países econômica e socialmente vulneráveis passaram a ser denominados “subdesenvolvidos”. No Brasil, artistas reagiram ao conceito, comentando, se posicionando e até combatendo o termo. Parte do que eles produziram nessa época estará presente na mostra "Arte Subdesenvolvida", de 29 de maio a 05 de agosto, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP). A entrada será gratuita mediante retirada do ingresso na bilheteria ou pelo site ccbb.com.br/sp.

O conceito de subdesenvolvimento durou cinco décadas até ser substituído por outras expressões, entre elas países emergentes ou em desenvolvimento. “Por isso o recorte da exposição é de 1930 ao início dos anos 1980, quando houve a transição de nomenclatura, no debate público sobre o tema, como se fosse algo natural passar do estado do subdesenvolvimento para a condição de desenvolvido”, reflete o curador Moacir dos Anjos. “Em algum momento, perdeu-se a consciência de que ainda vivemos numa condição subdesenvolvida”, complementa.

A exposição, com patrocínio do Banco do Brasil e BB Asset Management, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, apresenta pinturas, livros, discos, cartazes de cinema e teatro, áudios, vídeos, além de um enorme conjunto de documentos. São peças de coleções particulares, dentre elas dois trabalhos de Candido Portinari. Há também obras de Paulo Bruscky e Daniel Santiago gentilmente cedidas pelo Museu de Arte do Rio - MAR.


Alguns destaques
Obras de grande importância para a cultura nacional estão presentes em "Arte Subdesenvolvida". Duas instalações, em especial, prometem atrair os visitantes. Uma delas é a obra "Sonhos de Refrigerador", do artista Randolpho Lamounier. O trabalho "(site specific)" apresenta um grande volume de objetos que materializam sonhos de consumo de pessoas ouvidas na Praça da Sé, em São Paulo.

“A materialização dos sonhos terá diversas formas de representação, que incluirão desde desenhos feitos pelas próprias pessoas entrevistadas, objetos da cultura vernacular e elementos da linguagem publicitária”, conta o artista. “Posso enumerar até o momento: neons de LED, letreiros digitais, monitores de vídeo, pelúcias, infláveis, banners e faixas manuscritas”, completa.

A instalação vai ocupar todo o vão central do CCBB São Paulo e, como explica o curador, “faz uma reflexão, a partir de hoje, sobre questões colocadas pelos artistas de outras décadas”. Outra obra de destaque na mostra é "Monumento à Fome", produzida pela vencedora da Bienal de Veneza, a ítalo-brasileira Anna Maria Maiolino.

Ao todo mais de 40 artistas e outras personalidades brasileiras terão obras expostas na mostra, entre eles: Abdias Nascimento, Abelardo da Hora, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Artur Barrio, Candido Portinari, Carlos Lyra, Carlos Vergara, Carolina Maria de Jesus, Cildo Meireles, Daniel Santiago, Dyonélio Machado, Eduardo Coutinho, Ferreira Gullar, Graciliano Ramos, Henfil, João Cabral de Melo Neto, Jorge Amado, José Corbiniano Lins, Josué de Castro, Letícia Parente, Lula Cardoso Ayres, Paulo Bruscky, Rachel de Queiroz, Rachel Trindade, Solano Trindade, Regina Vater, Rogério Duarte, Rubens Gerchman, Unhandeijara Lisboa, Wellington Virgolino e Wilton Souza.
 

O subdesenvolvimento em décadas
Arte Subdesenvolvida ocupará quatro pisos do CCBB SP, incluindo o subsolo, e será dividida por décadas. O primeiro eixo, "Tem Gente com Fome", apresenta as discussões iniciais em torno do conceito de subdesenvolvimento. “São de 1930 e 1940 os artistas e escritores que começam a colocar essa questão em pauta”, afirma o curador.

No segundo eixo, "Trabalho e Luta", haverá uma série de obras de artistas do Recife, Porto Alegre, entre outras regiões do Brasil onde começaram a proliferar as greves, as lutas por direitos e melhores condições de trabalho.

Já o terceiro bloco se divide em dois. "Em Mundo e Movimento" “a política, a cultura, a arte se misturam de forma radical”, explica Moacir. Nessa seção há documentos do Movimento Cultura Popular (MCP), do Recife, e do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro.

Já na parte "Estética da Fome", também do eixo 3, a pobreza é tema central nas produções artísticas, em filmes de Glauber Rocha, obras de Hélio Oiticica e peças de teatro do grupo Opinião. “Nessa época houve muita inventividade que acabou sendo tolhida depois da década de 1960”, completa.



"Seja Marginal, Seja Herói" | Hélio Oiticica |Foto:  Projeto Hélio Oiticica


No subsolo ficará o último eixo da mostra, "O Brasil É Meu Abismo", com obras do período da ditadura militar e artistas que refletiram suas angústias e incertezas com relação ao futuro. “São trabalhos mais sombrios e que descrevem os paradoxos que existiam no Brasil daquele momento, como no texto O Brasil é meu abismo, de Jomard Muniz de Britto”, conta o curador.

Durante a mostra serão desenvolvidas atividades especiais como visitas mediadas, lançamento do catálogo e mesa redonda com convidados para discutir o conceito de países subdesenvolvidos. Ao realizar esse projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil oferece ao público a oportunidade de conhecer o trabalho de artistas renomados e entender um período importante da história do Brasil através da arte, reafirmando seu compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura.

A exposição Arte Subdesenvolvida é produzida pela Tuîa Arte Produção e permanecerá aberta ao público até 5 de agosto, com entrada gratuita. Depois, a mostra circulará as demais unidades do CCBB, em Belo Horizonte (28 de agosto a 18 de novembro de 2024), Brasília (9 de dezembro de 2024 a 2 de fevereiro de 2025) e Rio de Janeiro (19 de fevereiro a 12 de maio de 2025).


Serviço
Exposição "Arte Subdesenvolvida"
Até dia 5 de agosto de 2024
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico / São Paulo
Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras.
Ingressos gratuitos: disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB SP.
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.
Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h00 às 21h00.

.: “Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral” chega ao MIS Experience


Patrocinada pelo Grupo L’Oréal, a experiência inédita no Brasil e multissensorial de realidade aumentada 360º abre ao público brasileiro em 14 de julho. 
Mostra imersiva transporta o público para dentro da história da Catedral de Notre-Dame | Crédito: Histovery 


O MIS Experience, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, recebe em julho, pela primeira vez na América do Sul, "Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral". A exposição imersiva de realidade aumentada 360º, concebida por Histovery, em colaboração com Rebuilding Notre-Dame de Paris e patrocinada pelo Grupo L'Oréal, permitirá ao público brasileiro um mergulho sobre os mais de 850 anos de história de um dos monumentos mais importantes da França. De sua fundação medieval até o terrível incêndio de 2019, passando pela consagração de Napoleão e o casamento de Henrique IV, a mostra interativa é uma grande experiência sensorial que destaca, ainda, o trabalho e as habilidades daqueles que atuam para restaurar este Patrimônio Mundial da Unesco.

Os visitantes farão a imersão na história da Catedral de Notre-Dame por meio do HistoPad™, desenvolvido pela francesa Histovery, em colaboração com um comitê científico de especialistas do órgão oficial responsável pela reconstrução do monumento, em Paris. Por meio de cliques nas imagens que aparecem na tela do tablet, cada pessoa poderá ver a reconstituição de diversos períodos que contam a história da Notre-Dame, do século XII, quando foi construída, até sua atual reconstrução, após o incêndio de 2019. Além disso, a experiência multissensorial inclui áudios exclusivos, como sons de órgãos e sinos reais da Catedral.

"Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral" já recebeu mais de 400 mil visitantes em mais de dez países ao redor do mundo e chega ao Brasil em 14 de julho, data em que os franceses celebram a "Queda da Bastilha" e a "Revolução Francesa". Os ingressos podem ser adquiridos no site: www.totalticket.com.br/misexperience.


Perspectiva da exposição no MIS Experience | Crédito: Histovery

Concebida por Histovery, em colaboração com Rebuilding Notre-Dame de Paris e patrocinada pelo Grupo L'Oréal, “Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral” é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, que será concebida por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, no MIS Experience.

“Como uma empresa global, mas de origem francesa, temos muito orgulho de apoiar este projeto dedicado a um monumento histórico tão emblemático para a França e para o mundo. O nosso propósito é criar a beleza que move o mundo e reforçamos o nosso compromisso de 115 anos globalmente, e nos últimos 65 anos no Brasil, de valorizar a história e o conhecimento, mas também construir novas possibilidades por meio da inovação e tecnologia. Esta exposição será uma oportunidade para aproximar os brasileiros da história da catedral considerada um Patrimônio Mundial da Humanidade, através de uma experiência imersiva e disruptiva," reforça Marcelo Zimet, CEO do Grupo L’Oréal no Brasil.” , reforça Marcelo Zimet, CEO do Grupo L’Oréal no Brasil.

“Esta exposição aumentada, patrocinada pelo Grupo L'Oréal, celebra a extraordinária história e o esplendor de Notre-Dame de Paris. Graças ao formato inovador do HistoPad, visitantes de todas as idades podem mergulhar nos 850 anos de história da catedral, revivendo momentos históricos importantes, desde sua construção na Idade Média até sua reconstrução em andamento hoje. Estamos muito gratos à L'Oréal por tornar esta exposição possível e estamos honrados em apresentá-la no MIS Experience de São Paulo, especialmente neste ano que será marcado pela reabertura de Notre-Dame”, disse Bruno de Sa Moreira, cofundador e CEO de Histovery.

“É uma honra para o MIS Experience ser o primeiro museu brasileiro a receber uma exposição de tamanha relevância e impacto, e que dialoga diretamente com a vocação do nosso Museu: a arte unida à tecnologia”, afirma André Sturm, diretor-geral do MIS Experience. O MIS Experience tem patrocínio institucional da Livelo, B3, John Deere, NTT Data, TozziniFreire Advogados, Grupo Comolatti e Sabesp e apoio institucional da Vivo, Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Telium. O apoio operacional é da Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, Renaissance São Paulo Hotel, illycaffè e Sorvetes Los Los.


Serviço
Exposição | "Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral"
Data: a partir de 14 de julho
Local: Galpão do MIS Experience – Rua Cenno Sbrighi, 250, Água Branca
Ingressos: quartas a sextas: R$20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Sábados, domingos e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Gratuito às terças* (retirada de ingressos diretamente na bilheteria física do MIS Experience no dia da visita. Não são feitas reservas de ingressos nestes dias)
Gratuito toda terceira quarta-feira do mês* graças a uma parceria com a B3, patrocinadora do MIS Experience (retirada de ingressos diretamente na bilheteria física do MIS Experience no dia da visita. Não são feitas reservas de ingressos nestes dias).
*Disponibilidade de ingressos sujeita à lotação do espaço e à ordem de retirada dos bilhetes.


Funcionamento
Terças a sextas | das 10h00 às 19h00
Sábado | das 10h00 às 20h00
Domingos e feriados | das 10h00 às 19h00

.: Exposição temporária “Sentar, Guardar, Dormir" em cartaz no Museu do Ipiranga


"Rede". Sorocaba, c. 1900. Museu da Casa Brasileira. Em algodão fiado, esta peça do artesanato sorocabano com dois punhos de cada lado, possibilita várias montagens. Além da posição tradicional, suspendendo-se uma lateral mais alta que a outra, a rede forma uma espécie de poltrona, como representado em uma iconografia do desenhista e fotógrafo do século XIX, Hercules Florence. Foto: Helio Nobre


A exposição temporária “Sentar, Guardar, Dormir: Museu da Casa Brasileira e Museu Paulista em Diálogo” reúne até dia 29 de setembro no Museu do Ipiranga móveis criados nos últimos 400 anos com soluções criativas para três ações cotidianas. A curadoria é dos docentes do Museu Paulista, Paulo César Garcez Marins e Maria Aparecida de Menezes Borrego, e do convidado Giancarlo Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa Brasileira. Bancos, cadeiras, sofás, caixas, cômodas, escrivaninhas, guarda-roupas, redes, esteiras e camas. Todos esses itens fazem parte do nosso dia a dia e revelam como atendemos três necessidades básicas: sentar, guardar e dormir. A mostra apresenta móveis produzidos entre os séculos 16 e 21, com as peças criadas de acordo com as demandas de cada período.

As 164 peças escolhidas estabelecem um diálogo entre os acervos do Museu da Casa Brasileira (MCB), com 118 móveis, e do Museu Paulista, com 46 peças, expondo a complementaridade dos acervos das duas instituições estaduais paulistas. Os itens evidenciam a diversidade cultural e social brasileiras, abordando as heranças indígena, portuguesa e afro-brasileira, além daquelas ligadas às diversas imigrações e migrações que marcaram nossa sociedade.

Para facilitar o diálogo com o público, a exposição foi organizada por tipos de móveis, permitindo uma comparação clara entre as formas de desenvolvimento do mobiliário, seja por métodos artesanais ou industriais. A curadoria é dos docentes do Museu Paulista, Maria Aparecida de Menezes Borrego, e Paulo César Garcez Marins e do convidado Giancarlo Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa Brasileira. Também colaboraram na curadoria os assistentes Rogério Ricciluca Matiello Félix e Wilton Guerra, pela primeira vez juntos.

O MCB foi criado em 1970 para registrar e expor as diferentes formas de morar, tornando-se o único museu brasileiro especializado em design. O acervo abarca muitos itens produzidos a partir da segunda metade do século XX, abrangendo peças assinadas ou produzidas pela indústria ou por camadas populares. Já o Museu Paulista da USP, do qual faz parte o Museu do Ipiranga, é voltado ao estudo de objetos e imagens que documentam a sociedade brasileira e tem móveis em sua maioria produzidos entre o século XVII e os anos 1920.

A exposição está instalada no salão de exposições temporárias, um espaço moderno, acessível e climatizado, com 900m2, localizado no piso jardim, o novo pavimento do Museu do Ipiranga. Os ingressos para a mostra são gratuitos.


Módulos da exposição
Sentar 
Apresenta móveis populares, cadeiras e poltronas feitas por designers dos séculos 20 e 21 e conjuntos de sofás e cadeiras dos séculos 18 e 19. Um conjunto de tipologias que remetem ao uso recorrente ao longo do tempo, incluindo , cadeiras de balanço, cadeiras para criança, sofás, poltronas, poltronas de braço, canapés, bancos, mochos, cadeiras de costura e cadeiras de escritório giratórias. . Entre os destaques, figuram , peças elaboradas para o trabalho como uma cadeira de barbeiro e um raro exemplar de cadeira de dentista portátil, além de bancos e esteiras indígenas.

Guardar
São apresentados diversos tipos de móveis que foram utilizados para armazenar roupas, cartas, documentos e valores. Caixas, canastras, cofres, cômodas, armários, guarda-roupas, contadores, papeleiras e escrivaninhas revelam, por um lado, os modos de dar segurança ao que se quer preservar ou transportar e, por outro, a proteção dos testemunhos da nossa intimidade e das roupas e acessórios que usamos. Entre os destaques, estão a cômoda papeleira com seus sistemas de segredo, guarda-roupas de Alberto Santos Dumont e cangalhas utilizadas em mulas para o transporte de cargas.

Dormir
São exibidos móveis que evidenciam diversas formas de deitar e descansar praticadas no Brasil ao longo de séculos. Da rede de origem indígena às camas de casal ou de solteiro, estes móveis foram utilizados tanto em espaços compartilhados, como em ambientes cada vez mais íntimos ou individuais. Pelos vários materiais usados em sua confecção – como fibras naturais, madeiras, couro, metais para encaixes e molas, plásticos e tecidos – pode-se trilhar o caminho entre fatura artesanal, muitas vezes feitas por indígenas e negros, e a linha de produção em série, como é o caso das Camas Patente. Muitas camas foram ofertadas às coleções dos museus por terem pertencido a membros das elites, como a família imperial, nobres que receberam seus títulos dos imperadores, como a Marquesa de Santos; ou de personalidades da política no regime republicano. O módulo também apresenta um conjunto de móveis que pertenceu ao quarto de dona Violeta Jafet, doado em 2017 ao Museu Paulista. Ele é composto por cama, mesas de cabeceiras, penteadeira, sapateira, banqueta, cadeiras e mesa circular e um divã estofado. Dormir, sentar e guardar estavam, assim, reunidos em um mesmo ambiente de elite, por meio dos móveis feitos pelo Liceu de Artes e Ofícios, que foi o mais famoso fabricante de móveis da cidade de São Paulo.

Serviço
Exposição temporária “Sentar, Guardar, Dormir: Museu da Casa Brasileira e Museu Paulista em Diálogo”
Encerramento: dia 29 de setembro
Sala de exposições temporárias, ala oeste do piso Jardim
Entrada gratuita

Acesso ao edifício Monumento
O acesso ao edifício monumento, no qual estão abertas as exposições de longa-duração, se dá por meio de ingressos vendidos por agendamento em nosso site ou diretamente na bilheteria. Mais informações: Link 

Museu do Ipiranga
Endereço: Rua dos Patriotas, 100
Funcionamento: de terça a domingo (incluindo feriados), das 10h00 às 17h00 (última entrada às 16h00)
Bilheteria a partir das 9h00
Ingressos para as exposições de longa-duração: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia-entrada)
Gratuidades: quartas-feiras e primeiro domingo do mês, além de entrada franca para públicos específicos.

Como chegar
Transporte público: de metrô, há duas estações próximas ao Museu, ambas da linha 2, verde: Alto do Ipiranga (30 minutos de caminhada) e Santos-Imigrantes (25 minutos a pé). A linha 710 da CPTM tem uma parada no Ipiranga (20 minutos de caminhada).
Principais linhas de ônibus: 4113-10 (Gentil de Moura – Pça da República), 4706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana), 478P-10 (Sacomã – Pompéia), 476G-10 (Ibirapuera – Jd.Elba), 5705-10 (Terminal Sacomã – metrô Vergueiro), 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta Madalena), 218 (São Bernardo do Campo – São Paulo).
Pessoas com deficiência em transporte individual: na entrada da rua Xavier de Almeida, nº 1, há vagas rotativas (zona azul) em 90°. Para quem usa bicicleta, foram instalados paraciclos na área do jardim.
Para quem usa bicicleta, há paraciclos próximos aos portões da R. Xavier de Almeida e R. dos Patriotas.

Patrocinadores e parceiros
Mantenedor: EDP, Shell, Vale
Patrocinador Master: Itaú
Parceiro Gold: Comgas, EMS, Sabesp, Santander
Patrocínio Silver: Caterpillar
Apoio: BNDES, Fundação BB
Empresas parceiras: Dimensional, Nortel, PWC, Too seguros
Parceria de mídia: Estadão, Revista Piauí, Uol, Instituto Bandeirantes
Apoio Institucional: MCB; Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo

.: Galeria Marilia Razuk apresenta a coletiva "Território em Transe" até dia 20


Mostra com tem obras de Anna Bella Geiger, Desali, Jaime Lauriano, Johanna Calle, Marcela Cantuária, Taygoara e Xadalu Tupã Jekupé e curadoria de Ana Carolina Ralston. Foto: 
Filipe Berndt / Divulgação


O título da exposição coletiva "Território em Transe", que segue na Galeria Marilia Razuk até 20 de julho, faz referência ao icônico filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha, realizado em 1967, e como nas palavras da curadora Ana Carolina Ralston, “O diretor e roteirista enfatiza o drama sociopolítico vivido na América Latina em uma atmosfera de transe e de constante movimento”.  

Sob a mesma temática, envolvendo territorialidade, poder, disputas, divisas, diferentes culturas, registros históricos, e questões antropológicas, Território em transe traça conexões sobre o tema, entre as obras de seis artistas: Johanna Calle, representada pela galeria, e os demais convidados: Anna Bella Geiger, Desali, Jaime Lauriano, Marcela Cantuária, Taygoara e Xadalu Tupã Jekupé.

“Buscamos por meio dessa exposição coletiva reforçar o transe de territórios entre céu e terra e quem sabe encontrar nesse espaço um local de reflexão sobre um ideal conjunto que reformule as tão questionáveis formas de cartografar o mundo", explica a curadora Ana Carolina Ralston. 

A exposição se propõe a questionar e observar novas reflexões sobre territorialidade, mas sobretudo, levanta questões sobre sociedade, espiritualidade e suas inúmeras segmentações. Território em transe fica em cartaz entre 15 de maio e 20 de julho de 2024.


Serviço
"Território em Transe" (coletiva)
Exposição até dia 20 de julho de 2024
Local: Galeria Marilia Razuk – Sala 1
Rua Jerônimo da Veiga, 131 – Itaim Bibi, São Paulo
Segunda a sexta / 10h30 às 19h00
Sábado / 11h00 à 16h00
Entrada gratuita

.: "É como Diz o Ditado" nesta segunda no Festival de Férias do Teatro Uol


Atração de segunda-feira do Teatro Uol, o espetáculo "É como Diz o Ditado" trata das mudanças da vida, algo sempre um pouco assustador, de forma leve e divertida. Foto: Edna Maria


O Festival de Férias do Teatro Uol é o endereço certo para a diversão nas férias de julho. Tradição cultural da cidade de São Paulo, chega a 39ª edição. Este sucesso é fruto de uma programação de qualidade e diversa, em que o público se encanta tanto com clássicos como com espetáculos que abordam o universo infantil de forma criativa e lúdica. São seis espetáculos, que se revezam em apresentações que acontecem todos os dias da semana, até dia 28 de julho, sempre às 15h00. O Teatro Uol conta com toda a estrutura e segurança do Shopping Pátio Higienópolis para que a família aproveite cada minuto do passeio.

Às segundas-feiras acontecem as apresentações de "É como Diz o Ditado". O espetáculo trata das mudanças da vida, algo sempre um pouco assustador, de uma forma leve e divertida. O casal circense formado pela Mulher Barbada e pelo Palhaço Coriza, por uma “falha técnica” são abandonados pelo circo. Sozinhos na cidade desconhecida, precisam achar novas maneiras de lidar com essa mudança repentina de vida, inclusive tentando novos tipos de empregos. 

A leveza vem nas formas da encenação, que traz muito da cultura popular e da infância, seja na trilha sonora com suaves gravações de músicas do cancioneiro popular, seja na presença de brincadeiras e interações. Tudo dentro do universo mambembe, do artista circense, que produz tudo o que necessita usando os materiais que tem às mãos. No elenco, Bia Giménes e Rodrigo Inada. Texto e direção: Samuel Carrasco. Produção: Olhares Arte e Cultura e Sacode. Apresentações nos dias 8,15 e 22 de julho, sempre às segundas-feiras, às 15h00. Duração: 50 minutos . Recomendação: livre - Indicado para maiores de 4 anos.

Serviço
Dentro da programação do 39º Festival de Férias do Teatro Uol, até dia 28 de julho de 2024, spetáculos infantis com classificação livre acontecem de segunda a sexta-feira, às 15h00. Às segundas-feiras, "É como Diz o Ditado". Às terças-feiras, "Alice no País das Maravilhas". Às quartas-feiras, "Era Uma Vez...A Cigarra e a Formiga". Às quintas-feiras, "Chapeuzinho Vermelho". Às sextas-feiras, "O Autinho da Compadecida". Aos sábados e domingos, "João e Maria - A Casa de Doces". 

Ingressos: R$ 80,00. Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323. Vendas on-linewww.teatrouol.com.br. Horário de funcionamento da bilheteria em julho: segundas e terças das 13h00 às 15h00; quartas, quintas e sextas das 13h00 às 20h00; sábados das 13h00 às 22h00, e domingos das 13h00 às 20h00; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Uol e Clube Folha 50% desconto.


Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro Uol: UolL, Folha de S.Paulo, Bain Company, Banco Luso Brasileiro, Germed, Genesys e MetLife.

domingo, 7 de julho de 2024

.: Thiago Arantes ensina a como usar o realismo fantástico para se reencantar


"O contexto 'fantástico' é apenas um pano de fundo para refletir sobre a vida''
, Thiago Arantes.

Thiago Arantes é advogado, professor universitário e celebrante de casamentos, mas o que gosta mesmo é de escrever. Apaixonado pela literatura desde a infância, ele lê livros como uma maneira de continuar reencontrando o amor pela vida e agora busca transmitir esta relação para outras pessoas a partir do livro "A Terceira Margem da Folha" (compre neste link).

Em 12 contos, ele se inspira em autores clássicos como Gabriel García Márquez, Jorge Luis Borges, Murilo Rubião e Júlio Cortázar para refletir sobre temas como entraves pessoais, arrependimentos do passado, desilusão, compreensão sobre a morte e julgamentos. "Eu espero, com toda força possível, que, ao final de cada conto, o leitor possa ter a sensação nítida de que a história narrada é crível, por mais incrível que soe. Explico-me: cada narrativa traz consigo pretensas reflexões", afirma o autor.

Na entrevista abaixo, Thiago Arantes detalha mais informações sobre o lançamento, reflete sobre o poder do conto para narrar histórias e recorda o início como escritor. Compre o livro "A Terceira Margem da Folha", de Thiago Arantes, neste link.

O realismo fantástico tem raízes na literatura latino-americana. Como essa tradição literária influenciou sua escrita?
Thiago Arantes - 
Cortázar, Jorge Luis Borges, Murilo Rubião, Gabriel Garcia Márquez, Ruan Rulfo... Eu tenho muito orgulho destes escritores serem latino-americanos, porque é o que são: grandes escritores. Exemplifico: Cortázar tem um dos textos mais envolventes que conheço - não deixamos um conto até que o finalizamos. Já Borges ampliou meus horizontes da escrita de uma forma impensável - realidade, ficção e disfarçadas (falsas) informações abraçadas em suas linhas. Eu acredito que minha escrita caminhe mais pela prosa poética, porque o poeta nasceu antes e vive continuamente. Seja o que quer que escreva, em qualquer gênero, a poética, acredito, será a tônica.

Seu livro mistura elementos de realismo fantástico com o cotidiano. Como essa combinação pode afetar a percepção do leitor sobre a vida?
Thiago Arantes - 
Eu espero, com toda força possível, que, ao final de cada conto, o leitor possa ter a sensação nítida de que a estória narrada é crível, por mais incrível que soe. Explico-me: cada narrativa traz consigo pretensas reflexões e, no meu sentir, perceptíveis. Assim, o que “sobra na língua para degustar” são as meditações sobre o que conto. “Engasgo”, por exemplo, é uma mensagem bastante direta: diga o que quer ou isso vai te sufocar em algum momento. A aplicação da alegoria do texto à vida cotidiana é direta. Portanto, o contexto “fantástico” é apenas um pano de fundo para refletir sobre a vida.

Seus contos lidam com questões filosóficas e metafísicas profundas. Como você equilibra a profundidade desses temas com a necessidade de manter a narrativa envolvente e acessível para o leitor?
Thiago Arantes - Acredito que o conto, por si só, seja um elemento que agrega nesse sentido. Os contos são curtos e, na prescrição de Jorge Luis Borges, mantém aquilo que é essencial. Poderia dizer que a prosa poética é um diferencial, mas aqui podemos encontrar refratários ao estilo preferindo uma descrição mais objetiva como Hemingway. Cortázar também tem uma frase emblemática: “o romance ganha por pontos, mas o conto deve ganhar por nocaute”. Portanto, muito embora os temas caminhem, sim, por estas questões de alta indagação e reflexão, a narrativa há de ser envolvente para não enfadar um leitor. O texto deve ser lido em um fôlego só. Espero que meus contos tenham esta qualidade.

Além do realismo fantástico, que outras características literárias o leitor pode encontrar na sua obra?
Thiago Arantes - Muito embora tenha narrativas essencialmente literárias, no sentido de serem estórias, a maior parte dos contos aborda um aspecto metafísico e filosófico. Também passa temas naturais e essenciais ao ser humano, como vida, morte, destino, nossos entraves pessoais, julgamento, arrependimento, desilusão... Uma curiosidade não proposital é que, à exceção de um conto, meus personagens não têm nome. Eles nascem assim, e quem sou eu para querer modificá-los? Pensando sobre isso recentemente, acredito que, talvez, por alguns contos tratarem de temas elementares a todas as pessoas, o leitor pode se sentir como a personagem do conto. Outra condição que posso destacar também é que os lugares onde se passam os contos são bastante variados e, na maior parte, também não identificados. As estórias, portanto, podem se passar no imaginário dos leitores, em algum lugar que a memória (de um rio, de uma rua, de um bairro) lhes faça referência.

Você já publicou um livro de poesia e agora estreia na literatura de ficção, com os contos de “A terceira margem da folha”. Como surgiu esta veia literária?
Thiago Arantes - Aos doze anos de idade, em uma aula de redação particular que tinha após o colégio, enquanto todos reclamavam à minha volta, eu segurei uma página em branco e disse a mim mesmo: “Não sei o que vou ser nesta vida, mas serei um escritor”. Lembrei dessa cena, adormecida, em um momento muito delicado de minha vida. A partir dali, voltei a escrever, embora meu tempo seja escasso, e isso culminou no livro. Fato é que eu sempre li muito. Tenho uma medalha, de 1993, que recebi por ser a pessoa que mais leu na escola. Comecei a escrever, primeiro, textos esparsos, poemas e, a partir dos anos 2000, em diversos sites e revistas da região, com crônicas principalmente. A literatura sempre foi uma tábua de salvação na minha vida, e esse desejo-profecia aconteceu bem cedo em minha vida. Escrevo porque preciso, sem ter que ter um “porquê". Mecânica da alma é coisa injustificável. Com toda sinceridade do mundo: não estou querendo “mistificar” a coisa. Foi assim. É assim.


Sobre o autor:
Thiago Arantes nasceu em Patos de Minas, Minas Gerais. Escreveu poesias, contos e crônicas para diversos jornais e sites da região. Além de autor e compositor, é professor universitário, advogado e celebrante de casamentos. Pai do Bernardo e do Gabriel, tem na literatura e na música suas maiores paixões. Publicou o livro de poesias Lágrimas Latinas, Lacívias Linguísticas e teve um poema incluído na Antologia Sarau Brasil 2021. A terceira margem da folha é sua estreia no gênero da ficção e contos. Garanta o seu exemplar de "A Terceira Margem da Folha", escrito por Fhiago Arantes, neste link.

.: "A dor ensina com mais eficácia", afirma o escritor Fauno Mendonça

Em entrevista, Fauno Mendonça explica as referências do livro "Bragof", que mistura o real ao onírico em uma narrativa sobre um homem em busca dos sentimentos perdidos ao longo da vida. Foto: Fernando Pires

"Nem todos aprendem sorrindo; a dor ensina com mais eficácia", Fauno Mendonça

O livro "Bragof" (compre neste link), lançamento de Fauno Mendonça, não é uma leitura que entrega respostas mastigadas: ao contrário disso, a obra instiga os leitores a questionarem a si próprios. Quem somos? Para onde vamos? É possível mudar as decisões que tomamos no passado? Como escolher o melhor caminho? Essas perguntas permeiam o enredo protagonizado por um homem que embarca em uma viagem de trem rumo a Bragof, um lugar onde poderá reencontrar os sentimentos perdidos durante a vida.

Ao fazer um paralelo com questões existenciais, a narrativa fantástica serve como uma metáfora para a jornada interior que todos enfrentam quando tentam entender e reencontrar aspectos esquecidos ou reprimidos de si. Em um mundo onde a pressa e a superficialidade dominam, o livro usa a ficção para convidar a pausar, refletir e procurar um significado mais profundo na essência humana, enfatizando a importância de lidar com os desafios emocionais que muitas vezes são evitados na correria do dia a dia. 

Nesta entrevista, o autor explica as simbologias por trás da obra, as relações da história com elementos kafkanianos e a importância do desconforto ao longo da leitura – sentimento que também é responsável por movimentar a vida. Compre o livro "Bragof", de Fauno Mendonça, neste link.

No seu mais novo romance, você traz um enredo profundo em relação à exploração dos sentimentos humanos. O protagonista embarca em um trem rumo a Bragof e, em meio ao percurso, é confrontado com as escolhas que fez na vida. O que seria “Bragof” e como chegar a ele pode ser determinante na vida do protagonista?
Fauno Mendonça - "Bragof" pode ser um medo, um sonho ou um lugar. Cada pessoa define seu destino, e Bragof representa a busca incessante para fugir de si mesmo e das intempéries do mundo ou a busca para alcançar a glória existente no curso da vida.  Não há uma definição plena para o título do livro, isso dependerá de cada um. Se o leitor prestar atenção, poderá abstrair o verdadeiro sentido de "Bragof. Cabe a ele essa escolha de descobrir a sua compreensão, e isso também vale para o protagonista da obra.

De que forma você utiliza elementos kafkanianos na trama para explorar temas como culpa, absurdidade e a fugacidade da vida?
Fauno Mendonça - Kafka realmente demonstrava a realidade usando ferramentas linguísticas no plano do absurdo. Penso que a culpa, o próprio absurdo e a fugacidade da vida encontram-se absortos no cotidiano, porém, poucas pessoas têm consciência disso. De modo que, no âmbito do nosso tempo de cegueira coletiva, busco aclarar esses elementos para desmascarar os falsos sentimentos no desiderato de as pessoas vislumbrarem os melhores caminhos no momento de decidir seus rumos.

A narrativa de "Bragof” desafia a racionalidade ao misturar o real com o onírico. Como acredita que esta abordagem literária possa despertar a percepção do leitor sobre a realidade e a natureza humana?
Fauno Mendonça - Temos dois mundos muito nítidos, o físico e o introspectivo. Ambos são reais, pois a realidade, grosso modo, é aquilo que se acredita. Também é preciso ter claro que não temos conhecimento da exatidão da realidade. Partindo dessas premissas, busquei na narrativa apontar todas essas gradações. Acredito que o leitor poderá perceber essas nuances e compreender com mais nitidez sua própria jornada.

De que forma você usa o desconforto e a frustração do leitor com as decisões tomadas pelo protagonista como ferramentas para provocar uma reflexão sobre as próprias vidas e escolhas?
Fauno Mendonça - Nem todos aprendem sorrindo, normalmente a dor ensina com mais eficácia. Quando há sofrimento próprio ou alheio, os sentimentos ficam mais alertas para fugir do erro. O protagonista erra como qualquer pessoa, e isso causa desconforto. Contudo, vale ressaltar que esses erros são cometidos comumente por todos a todo momento, então, a frustração do erro poderá acender a luz vermelha para que esses erros não mais sejam cometidos.

Considerando que o personagem principal não tem um nome citado na narrativa, qual você acha que é o impacto desse anonimato na identificação do leitor? 
Fauno Mendonça - Quando escrevi o livro “A Busca dos Loucos” também não indiquei nome ao protagonista. Fiz uso desse anonimato novamente na obra "Bragof" para lhe dar mais universalidade.


E como isso serve para universalizar a experiência de busca por significado e enfrentamento de conflitos internos?
Fauno Mendonça - A ausência de seu nome, penso, salvo melhor juízo, aproxima o leitor aos sentimentos vividos na narrativa. Sempre busco chamar o leitor para o lugar do protagonista para que haja mais identificação. Um autoconhecimento ao ver a si mesmo no próprio personagem principal.

Sobre o autor
Fauno Mendonça nasceu em Goiânia, em 1968, e formou-se em Direito na década de 1990. Trabalhou por anos como advogado e atualmente atua no Poder Judiciário, em Brasília. Como escritor, publicou cinco livros: “A Busca dos Loucos”, “Ao Norte do Silêncio”, “Encontre-se”, "D. e o Procurador” e "Bragof". A publicação “Encontre-se” também está disponível no formato de audiolivro. Garanta o seu exemplar de "Bragof", escrito por Fauno Mendonça, neste link.

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