terça-feira, 9 de julho de 2024

.: "Alice no País das Maravilhas" é atração no Festival de Férias do Teatro Uol


Atração de segunda-feira do Teatro Uol, o espetáculo "É como Diz o Ditado" trata das mudanças da vida, algo sempre um pouco assustador, de forma leve e divertida. Foto: Edna Maria


O Festival de Férias do Teatro Uol é o endereço certo para a diversão nas férias de julho. Tradição cultural da cidade de São Paulo, chega a 39ª edição. Este sucesso é fruto de uma programação de qualidade e diversa, em que o público se encanta tanto com clássicos como com espetáculos que abordam o universo infantil de forma criativa e lúdica. São seis espetáculos, que se revezam em apresentações que acontecem todos os dias da semana, até dia 28 de julho, sempre às 15h00. O Teatro Uol conta com toda a estrutura e segurança do Shopping Pátio Higienópolis para que a família aproveite cada minuto do passeio.

Às terças-feiras acontecem as apresentações de "Alice no País das Maravilhas", adaptação do clássico de Lewis Carrol. A plateia terá a chance de conhecer o País das Maravilhas junto com Alice e os vinte personagens mais conhecidos da obra, misturando a linguagem do teatro clássico e o teatro de formas animadas. Ao mergulhar no buraco da árvore, atrás do Coelho Branco, Alice inicia uma viagem fantástica ao País das Maravilhas. Depois de passar pela fechadura de uma porta e encontrar o Jardim das Flores e a Lagarta, Alice é confrontada pelos personagens. Cena após cena, ela vai conhecendo os Gêmeos, Gato que Ri, Chapeleiro Maluco, Ratinha e Lebre Maluca, despertando inesgotáveis possibilidades criativas que existem em cada um de nós. As portas da imaginação e do pensamento são abertas, pois não existe,  em qualquer idade, limite entre o sonho e a realidade. 

No elenco, Pietra Bonet, Laila Mont’Autini,Vilma Fernandes, Eduardo Borges, Moroni Ferretti, Paulo Freira, Fernando Roesner, Edduarda Porcote, Paloma Aguiar, Laura Rogoski, Kerolaine Zamprogna, Poliana Angewicz, Júlia Melnixenco, Júlia Testoni, Joana Pieri, Teo Schneider, Ricard Mar, Órli Carara, Jean Fox, Adriele Barbarossa, João Pedro Olivieri, Max Vieira, Amanda Willians, Renato Filho, Suellen Ramos, Juliana Santos e Maria Carolina Fernandes. Adaptação e direção: Patrícia Toneti.  Realização: Culturamix Produções Artísticas. Dias 9,16 e 23 de julho, terças-feiras, às 15h00. Duração 60 minutos. Recomendação: livre - indicado para maiores de 3 anos.


Serviço
Dentro da programação do 39º Festival de Férias do Teatro Uol, até dia 28 de julho de 2024, spetáculos infantis com classificação livre acontecem de segunda a sexta-feira, às 15h00. Às segundas-feiras, "É como Diz o Ditado". Às terças-feiras, "Alice no País das Maravilhas". Às quartas-feiras, "Era Uma Vez...A Cigarra e a Formiga". Às quintas-feiras, "Chapeuzinho Vermelho". Às sextas-feiras, "O Autinho da Compadecida". Aos sábados e domingos, "João e Maria - A Casa de Doces". 

Ingressos: R$ 80,00. Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323. Vendas on-linewww.teatrouol.com.br. Horário de funcionamento da bilheteria em julho: segundas e terças das 13h00 às 15h00; quartas, quintas e sextas das 13h00 às 20h00; sábados das 13h00 às 22h00, e domingos das 13h00 às 20h00; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Uol e Clube Folha 50% desconto.


Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro Uol: UolL, Folha de S.Paulo, Bain Company, Banco Luso Brasileiro, Germed, Genesys e MetLife.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

.: Espetáculo “O Veneno do Teatro” tem única apresentação no Sesc Santos


Após hiato de dez anos, Osmar Prado retorna aos palcos, ao lado de Maurício Machado, em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa. A direção é de Eduardo Figueiredo, que assina inúmeros sucessos do teatro nacional. O texto já foi encenado em mais de 62 países em todo o mundo. Grande sucesso de público e crítica em São Paulo e Rio de Janeiro, chega ao Sesc Santos para única apresentação, dia 19 de julho, 20h00. Osmar Prado e Maurício Machado: duelo vibrante em cena. Foto: Priscila Prade | O Veneno do Teatro.


Depois de dez anos afastado dos palcos, Osmar Prado está de volta em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa. No palco divide a cena com o premiado ator Maurício Machado e direção de Eduardo Figueiredo (diretor de inúmeros sucessos de público e crítica no teatro nacional). O Sesc Santos recebe o espetáculo teatral "O Veneno do Teatro" no dia 19 de julho, sexta-feira, às 20h00, no Teatro do Sesc. Os ingressos custam de R$12,00 (credencial plena) a R$ 40,00 (inteira), e podem ser adquiridos on-line, a partir do dia 9 de julho, terça-feira, às 17h00, no app Credencial Sesc SP e no portal do Sesc SP. A venda presencial tem início no dia 10/7, quarta-feira, às 17h00.

O espetáculo que teve pré-estreias em Belo Horizonte e Brasília em janeiro, sempre com casas lotadas e inclusive com sessões extras, é sucesso de público e acumula excelentes críticas por onde passa. Depois das temporadas em São Paulo e Rio de Janeiro, já passou por outras capitais como: Goiânia, Porto Alegre e Belém. Sempre com lotação esgotada. 

Uma obra reconhecida e premiada em vários países, um thriller, que trata de temas importantes e atuais. O texto propõe uma reflexão pertinente sobre a ética, estética, as máscaras das convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento tão latente em todos nós, dentro dos limites da realidade e da ficção.

O texto de Sirera já foi traduzido para o inglês, francês, italiano, eslovaco, polonês, grego, português (de Portugal e do Brasil), Croata, Húngaro, Búlgaro, Japonês entre outros idiomas. Foi encenado em mais de 62 países (Espanha, Inglaterra, França, Venezuela, Polônia, Grécia, Porto Rico, Argentina, México, Estados Unidos e Japão, etc.) e coleciona prêmios mundo afora. O que traduz parte de seu sucesso, vitalidade e contemporaneidade. Sempre em cartaz em algum país desde então, recentemente reestreou na Espanha e Argentina, depois de ter excursionado por alguns países, com grande êxito de público e crítica.

Em cena dois atores premiados, num vibrante duelo: O renomado ator Osmar Prado e o experiente Maurício Machado. O espetáculo escrito na década de 70 após ditadura de Franco no início do processo democrático na Espanha e se passa na França em 1784, pré-revolução francesa, ressaltando o período neoclassicista. Em nossa nova versão brasileira, o espetáculo assume uma postura atemporal, inspirado na década de 20 em Paris. "Es una obra interesante, un juego dialéctico sobre ser y representar. Es una fábula moral, un thriller en torno a lo que es el arte“, diz o autor

“Em um momento com tantas adversidades, onde o homem apresenta sérios sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Rodolf Sirera nos apresenta uma importante reflexão sobre civilidade, poder e até onde pode ir a crueldade do ser humano”, diz o diretor Eduardo Figueiredo. O espetáculo é todo pontuado com música ao vivo executado pelo violoncelista Matias Roque Fideles e tem direção musical de Guga Stroeter.


Sinopse de "O Veneno do Teatro"
Um ator é convidado pelo excêntrico Marquês para interpretar uma peça teatral de sua autoria (inspirada na morte de "Sócrates"). Um encontro entre o Marquês (Osmar Prado), um nobre aristocrata egocêntrico que, de forma surpreendente, passa a controlar através de um jogo psicológico o outro personagem, o ator, Gabriel de Beaumont (Maurício Machado). Depois de muitas surpresas no decorrer do espetáculo, o Marquês revela-se um psicopata capaz de qualquer coisa para atingir seu objetivo.


Ficha técnica
Espetáculo "O Veneno do Teatro"
Texto: Rodolf Sirera
Tradução: Hugo Coelho
Direção: Eduardo Figueiredo
Elenco: Osmar Prado e Maurício Machado
Músico: Matias Roque Fideles
Direção musical e trilha: Guga Stroeter
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Desenho de Luz: Paulo Denizot
Assistente de direção musical e trilha: Pedro Pedrosa
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Desenho de luz: Paulo Denizot
Fotografias divulgação: Priscila Prade
Programação visual: Raquel Alvarenga
Assistente de direção: Gabriel Albuquerque
Camareira: Charlene Soares
Técnico de som: Henrique Berrocal
Técnico de luz: Lucas Andrade
Contrarregra: Rodrigo Bella Dona
Cenotécnico: Evandro Carretero
Administrador: Marcelo Vieira
Produção executiva: Paulo Travassos
Assistente de produção: Mavi Uema
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Financeiro: Thaiss Vasconcellos
Leis de Incentivo: Renata Vieira
Idealização e produção: manhas & manias projetos culturais

Serviço
Espetáculo "O Veneno do Teatro"
Dia 19 de julho. Sexta-feira, às 20h00
Teatro do Sesc Santos
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena). R$ 20,00 (meia-entrada). R$ 40,00 (inteira).
Venda on-line pelo aplicativo Credencial Sesc SP e portal do Sesc São Paulo:  a partir do dia 9/7, terça-feira, 17h00.
Presencialmente, nas bilheterias das unidades: a partir do dia 10 de julho, quarta-feira, 17h00.
Duração: 70 minutos.
Estacionamento: consulte os valores em sescsp.org.br/santos

Bilheteria do Sesc Santos - Funcionamento
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30      

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida      
(13) 3278-9800 

.: "Arte Subdesenvolvida" apresenta o Brasil do Século XX no CCBB SP


Mostra será inaugurada, gratuitamente, em 29 de maio no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. O acervo reúne 130 peças produzidas entre as décadas de 1930 e 1980 por mais de 40 artistas, dentre eles Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Cildo Meireles, Hélio Oiticica, Randolpho Lamounier, Solano Trindade, e muitos outros. "Enterro" (1959) | Candido Portinari | Foto: Cortesia Coleção Jones Bergamin

A partir dos anos 1930, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), países econômica e socialmente vulneráveis passaram a ser denominados “subdesenvolvidos”. No Brasil, artistas reagiram ao conceito, comentando, se posicionando e até combatendo o termo. Parte do que eles produziram nessa época estará presente na mostra "Arte Subdesenvolvida", de 29 de maio a 05 de agosto, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP). A entrada será gratuita mediante retirada do ingresso na bilheteria ou pelo site ccbb.com.br/sp.

O conceito de subdesenvolvimento durou cinco décadas até ser substituído por outras expressões, entre elas países emergentes ou em desenvolvimento. “Por isso o recorte da exposição é de 1930 ao início dos anos 1980, quando houve a transição de nomenclatura, no debate público sobre o tema, como se fosse algo natural passar do estado do subdesenvolvimento para a condição de desenvolvido”, reflete o curador Moacir dos Anjos. “Em algum momento, perdeu-se a consciência de que ainda vivemos numa condição subdesenvolvida”, complementa.

A exposição, com patrocínio do Banco do Brasil e BB Asset Management, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, apresenta pinturas, livros, discos, cartazes de cinema e teatro, áudios, vídeos, além de um enorme conjunto de documentos. São peças de coleções particulares, dentre elas dois trabalhos de Candido Portinari. Há também obras de Paulo Bruscky e Daniel Santiago gentilmente cedidas pelo Museu de Arte do Rio - MAR.


Alguns destaques
Obras de grande importância para a cultura nacional estão presentes em "Arte Subdesenvolvida". Duas instalações, em especial, prometem atrair os visitantes. Uma delas é a obra "Sonhos de Refrigerador", do artista Randolpho Lamounier. O trabalho "(site specific)" apresenta um grande volume de objetos que materializam sonhos de consumo de pessoas ouvidas na Praça da Sé, em São Paulo.

“A materialização dos sonhos terá diversas formas de representação, que incluirão desde desenhos feitos pelas próprias pessoas entrevistadas, objetos da cultura vernacular e elementos da linguagem publicitária”, conta o artista. “Posso enumerar até o momento: neons de LED, letreiros digitais, monitores de vídeo, pelúcias, infláveis, banners e faixas manuscritas”, completa.

A instalação vai ocupar todo o vão central do CCBB São Paulo e, como explica o curador, “faz uma reflexão, a partir de hoje, sobre questões colocadas pelos artistas de outras décadas”. Outra obra de destaque na mostra é "Monumento à Fome", produzida pela vencedora da Bienal de Veneza, a ítalo-brasileira Anna Maria Maiolino.

Ao todo mais de 40 artistas e outras personalidades brasileiras terão obras expostas na mostra, entre eles: Abdias Nascimento, Abelardo da Hora, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Artur Barrio, Candido Portinari, Carlos Lyra, Carlos Vergara, Carolina Maria de Jesus, Cildo Meireles, Daniel Santiago, Dyonélio Machado, Eduardo Coutinho, Ferreira Gullar, Graciliano Ramos, Henfil, João Cabral de Melo Neto, Jorge Amado, José Corbiniano Lins, Josué de Castro, Letícia Parente, Lula Cardoso Ayres, Paulo Bruscky, Rachel de Queiroz, Rachel Trindade, Solano Trindade, Regina Vater, Rogério Duarte, Rubens Gerchman, Unhandeijara Lisboa, Wellington Virgolino e Wilton Souza.
 

O subdesenvolvimento em décadas
Arte Subdesenvolvida ocupará quatro pisos do CCBB SP, incluindo o subsolo, e será dividida por décadas. O primeiro eixo, "Tem Gente com Fome", apresenta as discussões iniciais em torno do conceito de subdesenvolvimento. “São de 1930 e 1940 os artistas e escritores que começam a colocar essa questão em pauta”, afirma o curador.

No segundo eixo, "Trabalho e Luta", haverá uma série de obras de artistas do Recife, Porto Alegre, entre outras regiões do Brasil onde começaram a proliferar as greves, as lutas por direitos e melhores condições de trabalho.

Já o terceiro bloco se divide em dois. "Em Mundo e Movimento" “a política, a cultura, a arte se misturam de forma radical”, explica Moacir. Nessa seção há documentos do Movimento Cultura Popular (MCP), do Recife, e do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro.

Já na parte "Estética da Fome", também do eixo 3, a pobreza é tema central nas produções artísticas, em filmes de Glauber Rocha, obras de Hélio Oiticica e peças de teatro do grupo Opinião. “Nessa época houve muita inventividade que acabou sendo tolhida depois da década de 1960”, completa.



"Seja Marginal, Seja Herói" | Hélio Oiticica |Foto:  Projeto Hélio Oiticica


No subsolo ficará o último eixo da mostra, "O Brasil É Meu Abismo", com obras do período da ditadura militar e artistas que refletiram suas angústias e incertezas com relação ao futuro. “São trabalhos mais sombrios e que descrevem os paradoxos que existiam no Brasil daquele momento, como no texto O Brasil é meu abismo, de Jomard Muniz de Britto”, conta o curador.

Durante a mostra serão desenvolvidas atividades especiais como visitas mediadas, lançamento do catálogo e mesa redonda com convidados para discutir o conceito de países subdesenvolvidos. Ao realizar esse projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil oferece ao público a oportunidade de conhecer o trabalho de artistas renomados e entender um período importante da história do Brasil através da arte, reafirmando seu compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura.

A exposição Arte Subdesenvolvida é produzida pela Tuîa Arte Produção e permanecerá aberta ao público até 5 de agosto, com entrada gratuita. Depois, a mostra circulará as demais unidades do CCBB, em Belo Horizonte (28 de agosto a 18 de novembro de 2024), Brasília (9 de dezembro de 2024 a 2 de fevereiro de 2025) e Rio de Janeiro (19 de fevereiro a 12 de maio de 2025).


Serviço
Exposição "Arte Subdesenvolvida"
Até dia 5 de agosto de 2024
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico / São Paulo
Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras.
Ingressos gratuitos: disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB SP.
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.
Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h00 às 21h00.

.: “Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral” chega ao MIS Experience


Patrocinada pelo Grupo L’Oréal, a experiência inédita no Brasil e multissensorial de realidade aumentada 360º abre ao público brasileiro em 14 de julho. 
Mostra imersiva transporta o público para dentro da história da Catedral de Notre-Dame | Crédito: Histovery 


O MIS Experience, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, recebe em julho, pela primeira vez na América do Sul, "Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral". A exposição imersiva de realidade aumentada 360º, concebida por Histovery, em colaboração com Rebuilding Notre-Dame de Paris e patrocinada pelo Grupo L'Oréal, permitirá ao público brasileiro um mergulho sobre os mais de 850 anos de história de um dos monumentos mais importantes da França. De sua fundação medieval até o terrível incêndio de 2019, passando pela consagração de Napoleão e o casamento de Henrique IV, a mostra interativa é uma grande experiência sensorial que destaca, ainda, o trabalho e as habilidades daqueles que atuam para restaurar este Patrimônio Mundial da Unesco.

Os visitantes farão a imersão na história da Catedral de Notre-Dame por meio do HistoPad™, desenvolvido pela francesa Histovery, em colaboração com um comitê científico de especialistas do órgão oficial responsável pela reconstrução do monumento, em Paris. Por meio de cliques nas imagens que aparecem na tela do tablet, cada pessoa poderá ver a reconstituição de diversos períodos que contam a história da Notre-Dame, do século XII, quando foi construída, até sua atual reconstrução, após o incêndio de 2019. Além disso, a experiência multissensorial inclui áudios exclusivos, como sons de órgãos e sinos reais da Catedral.

"Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral" já recebeu mais de 400 mil visitantes em mais de dez países ao redor do mundo e chega ao Brasil em 14 de julho, data em que os franceses celebram a "Queda da Bastilha" e a "Revolução Francesa". Os ingressos podem ser adquiridos no site: www.totalticket.com.br/misexperience.


Perspectiva da exposição no MIS Experience | Crédito: Histovery

Concebida por Histovery, em colaboração com Rebuilding Notre-Dame de Paris e patrocinada pelo Grupo L'Oréal, “Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral” é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, que será concebida por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, no MIS Experience.

“Como uma empresa global, mas de origem francesa, temos muito orgulho de apoiar este projeto dedicado a um monumento histórico tão emblemático para a França e para o mundo. O nosso propósito é criar a beleza que move o mundo e reforçamos o nosso compromisso de 115 anos globalmente, e nos últimos 65 anos no Brasil, de valorizar a história e o conhecimento, mas também construir novas possibilidades por meio da inovação e tecnologia. Esta exposição será uma oportunidade para aproximar os brasileiros da história da catedral considerada um Patrimônio Mundial da Humanidade, através de uma experiência imersiva e disruptiva," reforça Marcelo Zimet, CEO do Grupo L’Oréal no Brasil.” , reforça Marcelo Zimet, CEO do Grupo L’Oréal no Brasil.

“Esta exposição aumentada, patrocinada pelo Grupo L'Oréal, celebra a extraordinária história e o esplendor de Notre-Dame de Paris. Graças ao formato inovador do HistoPad, visitantes de todas as idades podem mergulhar nos 850 anos de história da catedral, revivendo momentos históricos importantes, desde sua construção na Idade Média até sua reconstrução em andamento hoje. Estamos muito gratos à L'Oréal por tornar esta exposição possível e estamos honrados em apresentá-la no MIS Experience de São Paulo, especialmente neste ano que será marcado pela reabertura de Notre-Dame”, disse Bruno de Sa Moreira, cofundador e CEO de Histovery.

“É uma honra para o MIS Experience ser o primeiro museu brasileiro a receber uma exposição de tamanha relevância e impacto, e que dialoga diretamente com a vocação do nosso Museu: a arte unida à tecnologia”, afirma André Sturm, diretor-geral do MIS Experience. O MIS Experience tem patrocínio institucional da Livelo, B3, John Deere, NTT Data, TozziniFreire Advogados, Grupo Comolatti e Sabesp e apoio institucional da Vivo, Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Telium. O apoio operacional é da Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, Renaissance São Paulo Hotel, illycaffè e Sorvetes Los Los.


Serviço
Exposição | "Notre-Dame de Paris: uma Viagem pela Catedral"
Data: a partir de 14 de julho
Local: Galpão do MIS Experience – Rua Cenno Sbrighi, 250, Água Branca
Ingressos: quartas a sextas: R$20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Sábados, domingos e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Gratuito às terças* (retirada de ingressos diretamente na bilheteria física do MIS Experience no dia da visita. Não são feitas reservas de ingressos nestes dias)
Gratuito toda terceira quarta-feira do mês* graças a uma parceria com a B3, patrocinadora do MIS Experience (retirada de ingressos diretamente na bilheteria física do MIS Experience no dia da visita. Não são feitas reservas de ingressos nestes dias).
*Disponibilidade de ingressos sujeita à lotação do espaço e à ordem de retirada dos bilhetes.


Funcionamento
Terças a sextas | das 10h00 às 19h00
Sábado | das 10h00 às 20h00
Domingos e feriados | das 10h00 às 19h00

.: Exposição temporária “Sentar, Guardar, Dormir" em cartaz no Museu do Ipiranga


"Rede". Sorocaba, c. 1900. Museu da Casa Brasileira. Em algodão fiado, esta peça do artesanato sorocabano com dois punhos de cada lado, possibilita várias montagens. Além da posição tradicional, suspendendo-se uma lateral mais alta que a outra, a rede forma uma espécie de poltrona, como representado em uma iconografia do desenhista e fotógrafo do século XIX, Hercules Florence. Foto: Helio Nobre


A exposição temporária “Sentar, Guardar, Dormir: Museu da Casa Brasileira e Museu Paulista em Diálogo” reúne até dia 29 de setembro no Museu do Ipiranga móveis criados nos últimos 400 anos com soluções criativas para três ações cotidianas. A curadoria é dos docentes do Museu Paulista, Paulo César Garcez Marins e Maria Aparecida de Menezes Borrego, e do convidado Giancarlo Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa Brasileira. Bancos, cadeiras, sofás, caixas, cômodas, escrivaninhas, guarda-roupas, redes, esteiras e camas. Todos esses itens fazem parte do nosso dia a dia e revelam como atendemos três necessidades básicas: sentar, guardar e dormir. A mostra apresenta móveis produzidos entre os séculos 16 e 21, com as peças criadas de acordo com as demandas de cada período.

As 164 peças escolhidas estabelecem um diálogo entre os acervos do Museu da Casa Brasileira (MCB), com 118 móveis, e do Museu Paulista, com 46 peças, expondo a complementaridade dos acervos das duas instituições estaduais paulistas. Os itens evidenciam a diversidade cultural e social brasileiras, abordando as heranças indígena, portuguesa e afro-brasileira, além daquelas ligadas às diversas imigrações e migrações que marcaram nossa sociedade.

Para facilitar o diálogo com o público, a exposição foi organizada por tipos de móveis, permitindo uma comparação clara entre as formas de desenvolvimento do mobiliário, seja por métodos artesanais ou industriais. A curadoria é dos docentes do Museu Paulista, Maria Aparecida de Menezes Borrego, e Paulo César Garcez Marins e do convidado Giancarlo Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa Brasileira. Também colaboraram na curadoria os assistentes Rogério Ricciluca Matiello Félix e Wilton Guerra, pela primeira vez juntos.

O MCB foi criado em 1970 para registrar e expor as diferentes formas de morar, tornando-se o único museu brasileiro especializado em design. O acervo abarca muitos itens produzidos a partir da segunda metade do século XX, abrangendo peças assinadas ou produzidas pela indústria ou por camadas populares. Já o Museu Paulista da USP, do qual faz parte o Museu do Ipiranga, é voltado ao estudo de objetos e imagens que documentam a sociedade brasileira e tem móveis em sua maioria produzidos entre o século XVII e os anos 1920.

A exposição está instalada no salão de exposições temporárias, um espaço moderno, acessível e climatizado, com 900m2, localizado no piso jardim, o novo pavimento do Museu do Ipiranga. Os ingressos para a mostra são gratuitos.


Módulos da exposição
Sentar 
Apresenta móveis populares, cadeiras e poltronas feitas por designers dos séculos 20 e 21 e conjuntos de sofás e cadeiras dos séculos 18 e 19. Um conjunto de tipologias que remetem ao uso recorrente ao longo do tempo, incluindo , cadeiras de balanço, cadeiras para criança, sofás, poltronas, poltronas de braço, canapés, bancos, mochos, cadeiras de costura e cadeiras de escritório giratórias. . Entre os destaques, figuram , peças elaboradas para o trabalho como uma cadeira de barbeiro e um raro exemplar de cadeira de dentista portátil, além de bancos e esteiras indígenas.

Guardar
São apresentados diversos tipos de móveis que foram utilizados para armazenar roupas, cartas, documentos e valores. Caixas, canastras, cofres, cômodas, armários, guarda-roupas, contadores, papeleiras e escrivaninhas revelam, por um lado, os modos de dar segurança ao que se quer preservar ou transportar e, por outro, a proteção dos testemunhos da nossa intimidade e das roupas e acessórios que usamos. Entre os destaques, estão a cômoda papeleira com seus sistemas de segredo, guarda-roupas de Alberto Santos Dumont e cangalhas utilizadas em mulas para o transporte de cargas.

Dormir
São exibidos móveis que evidenciam diversas formas de deitar e descansar praticadas no Brasil ao longo de séculos. Da rede de origem indígena às camas de casal ou de solteiro, estes móveis foram utilizados tanto em espaços compartilhados, como em ambientes cada vez mais íntimos ou individuais. Pelos vários materiais usados em sua confecção – como fibras naturais, madeiras, couro, metais para encaixes e molas, plásticos e tecidos – pode-se trilhar o caminho entre fatura artesanal, muitas vezes feitas por indígenas e negros, e a linha de produção em série, como é o caso das Camas Patente. Muitas camas foram ofertadas às coleções dos museus por terem pertencido a membros das elites, como a família imperial, nobres que receberam seus títulos dos imperadores, como a Marquesa de Santos; ou de personalidades da política no regime republicano. O módulo também apresenta um conjunto de móveis que pertenceu ao quarto de dona Violeta Jafet, doado em 2017 ao Museu Paulista. Ele é composto por cama, mesas de cabeceiras, penteadeira, sapateira, banqueta, cadeiras e mesa circular e um divã estofado. Dormir, sentar e guardar estavam, assim, reunidos em um mesmo ambiente de elite, por meio dos móveis feitos pelo Liceu de Artes e Ofícios, que foi o mais famoso fabricante de móveis da cidade de São Paulo.

Serviço
Exposição temporária “Sentar, Guardar, Dormir: Museu da Casa Brasileira e Museu Paulista em Diálogo”
Encerramento: dia 29 de setembro
Sala de exposições temporárias, ala oeste do piso Jardim
Entrada gratuita

Acesso ao edifício Monumento
O acesso ao edifício monumento, no qual estão abertas as exposições de longa-duração, se dá por meio de ingressos vendidos por agendamento em nosso site ou diretamente na bilheteria. Mais informações: Link 

Museu do Ipiranga
Endereço: Rua dos Patriotas, 100
Funcionamento: de terça a domingo (incluindo feriados), das 10h00 às 17h00 (última entrada às 16h00)
Bilheteria a partir das 9h00
Ingressos para as exposições de longa-duração: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia-entrada)
Gratuidades: quartas-feiras e primeiro domingo do mês, além de entrada franca para públicos específicos.

Como chegar
Transporte público: de metrô, há duas estações próximas ao Museu, ambas da linha 2, verde: Alto do Ipiranga (30 minutos de caminhada) e Santos-Imigrantes (25 minutos a pé). A linha 710 da CPTM tem uma parada no Ipiranga (20 minutos de caminhada).
Principais linhas de ônibus: 4113-10 (Gentil de Moura – Pça da República), 4706-10 (Jd. Maria Estela – Metrô Vila Mariana), 478P-10 (Sacomã – Pompéia), 476G-10 (Ibirapuera – Jd.Elba), 5705-10 (Terminal Sacomã – metrô Vergueiro), 314J-10 (Pça Almeida Junior – Pq. Sta Madalena), 218 (São Bernardo do Campo – São Paulo).
Pessoas com deficiência em transporte individual: na entrada da rua Xavier de Almeida, nº 1, há vagas rotativas (zona azul) em 90°. Para quem usa bicicleta, foram instalados paraciclos na área do jardim.
Para quem usa bicicleta, há paraciclos próximos aos portões da R. Xavier de Almeida e R. dos Patriotas.

Patrocinadores e parceiros
Mantenedor: EDP, Shell, Vale
Patrocinador Master: Itaú
Parceiro Gold: Comgas, EMS, Sabesp, Santander
Patrocínio Silver: Caterpillar
Apoio: BNDES, Fundação BB
Empresas parceiras: Dimensional, Nortel, PWC, Too seguros
Parceria de mídia: Estadão, Revista Piauí, Uol, Instituto Bandeirantes
Apoio Institucional: MCB; Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo

.: Galeria Marilia Razuk apresenta a coletiva "Território em Transe" até dia 20


Mostra com tem obras de Anna Bella Geiger, Desali, Jaime Lauriano, Johanna Calle, Marcela Cantuária, Taygoara e Xadalu Tupã Jekupé e curadoria de Ana Carolina Ralston. Foto: 
Filipe Berndt / Divulgação


O título da exposição coletiva "Território em Transe", que segue na Galeria Marilia Razuk até 20 de julho, faz referência ao icônico filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha, realizado em 1967, e como nas palavras da curadora Ana Carolina Ralston, “O diretor e roteirista enfatiza o drama sociopolítico vivido na América Latina em uma atmosfera de transe e de constante movimento”.  

Sob a mesma temática, envolvendo territorialidade, poder, disputas, divisas, diferentes culturas, registros históricos, e questões antropológicas, Território em transe traça conexões sobre o tema, entre as obras de seis artistas: Johanna Calle, representada pela galeria, e os demais convidados: Anna Bella Geiger, Desali, Jaime Lauriano, Marcela Cantuária, Taygoara e Xadalu Tupã Jekupé.

“Buscamos por meio dessa exposição coletiva reforçar o transe de territórios entre céu e terra e quem sabe encontrar nesse espaço um local de reflexão sobre um ideal conjunto que reformule as tão questionáveis formas de cartografar o mundo", explica a curadora Ana Carolina Ralston. 

A exposição se propõe a questionar e observar novas reflexões sobre territorialidade, mas sobretudo, levanta questões sobre sociedade, espiritualidade e suas inúmeras segmentações. Território em transe fica em cartaz entre 15 de maio e 20 de julho de 2024.


Serviço
"Território em Transe" (coletiva)
Exposição até dia 20 de julho de 2024
Local: Galeria Marilia Razuk – Sala 1
Rua Jerônimo da Veiga, 131 – Itaim Bibi, São Paulo
Segunda a sexta / 10h30 às 19h00
Sábado / 11h00 à 16h00
Entrada gratuita

.: "É como Diz o Ditado" nesta segunda no Festival de Férias do Teatro Uol


Atração de segunda-feira do Teatro Uol, o espetáculo "É como Diz o Ditado" trata das mudanças da vida, algo sempre um pouco assustador, de forma leve e divertida. Foto: Edna Maria


O Festival de Férias do Teatro Uol é o endereço certo para a diversão nas férias de julho. Tradição cultural da cidade de São Paulo, chega a 39ª edição. Este sucesso é fruto de uma programação de qualidade e diversa, em que o público se encanta tanto com clássicos como com espetáculos que abordam o universo infantil de forma criativa e lúdica. São seis espetáculos, que se revezam em apresentações que acontecem todos os dias da semana, até dia 28 de julho, sempre às 15h00. O Teatro Uol conta com toda a estrutura e segurança do Shopping Pátio Higienópolis para que a família aproveite cada minuto do passeio.

Às segundas-feiras acontecem as apresentações de "É como Diz o Ditado". O espetáculo trata das mudanças da vida, algo sempre um pouco assustador, de uma forma leve e divertida. O casal circense formado pela Mulher Barbada e pelo Palhaço Coriza, por uma “falha técnica” são abandonados pelo circo. Sozinhos na cidade desconhecida, precisam achar novas maneiras de lidar com essa mudança repentina de vida, inclusive tentando novos tipos de empregos. 

A leveza vem nas formas da encenação, que traz muito da cultura popular e da infância, seja na trilha sonora com suaves gravações de músicas do cancioneiro popular, seja na presença de brincadeiras e interações. Tudo dentro do universo mambembe, do artista circense, que produz tudo o que necessita usando os materiais que tem às mãos. No elenco, Bia Giménes e Rodrigo Inada. Texto e direção: Samuel Carrasco. Produção: Olhares Arte e Cultura e Sacode. Apresentações nos dias 8,15 e 22 de julho, sempre às segundas-feiras, às 15h00. Duração: 50 minutos . Recomendação: livre - Indicado para maiores de 4 anos.

Serviço
Dentro da programação do 39º Festival de Férias do Teatro Uol, até dia 28 de julho de 2024, spetáculos infantis com classificação livre acontecem de segunda a sexta-feira, às 15h00. Às segundas-feiras, "É como Diz o Ditado". Às terças-feiras, "Alice no País das Maravilhas". Às quartas-feiras, "Era Uma Vez...A Cigarra e a Formiga". Às quintas-feiras, "Chapeuzinho Vermelho". Às sextas-feiras, "O Autinho da Compadecida". Aos sábados e domingos, "João e Maria - A Casa de Doces". 

Ingressos: R$ 80,00. Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323. Vendas on-linewww.teatrouol.com.br. Horário de funcionamento da bilheteria em julho: segundas e terças das 13h00 às 15h00; quartas, quintas e sextas das 13h00 às 20h00; sábados das 13h00 às 22h00, e domingos das 13h00 às 20h00; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Uol e Clube Folha 50% desconto.


Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro Uol: UolL, Folha de S.Paulo, Bain Company, Banco Luso Brasileiro, Germed, Genesys e MetLife.

domingo, 7 de julho de 2024

.: Thiago Arantes ensina a como usar o realismo fantástico para se reencantar


"O contexto 'fantástico' é apenas um pano de fundo para refletir sobre a vida''
, Thiago Arantes.

Thiago Arantes é advogado, professor universitário e celebrante de casamentos, mas o que gosta mesmo é de escrever. Apaixonado pela literatura desde a infância, ele lê livros como uma maneira de continuar reencontrando o amor pela vida e agora busca transmitir esta relação para outras pessoas a partir do livro "A Terceira Margem da Folha" (compre neste link).

Em 12 contos, ele se inspira em autores clássicos como Gabriel García Márquez, Jorge Luis Borges, Murilo Rubião e Júlio Cortázar para refletir sobre temas como entraves pessoais, arrependimentos do passado, desilusão, compreensão sobre a morte e julgamentos. "Eu espero, com toda força possível, que, ao final de cada conto, o leitor possa ter a sensação nítida de que a história narrada é crível, por mais incrível que soe. Explico-me: cada narrativa traz consigo pretensas reflexões", afirma o autor.

Na entrevista abaixo, Thiago Arantes detalha mais informações sobre o lançamento, reflete sobre o poder do conto para narrar histórias e recorda o início como escritor. Compre o livro "A Terceira Margem da Folha", de Thiago Arantes, neste link.

O realismo fantástico tem raízes na literatura latino-americana. Como essa tradição literária influenciou sua escrita?
Thiago Arantes - 
Cortázar, Jorge Luis Borges, Murilo Rubião, Gabriel Garcia Márquez, Ruan Rulfo... Eu tenho muito orgulho destes escritores serem latino-americanos, porque é o que são: grandes escritores. Exemplifico: Cortázar tem um dos textos mais envolventes que conheço - não deixamos um conto até que o finalizamos. Já Borges ampliou meus horizontes da escrita de uma forma impensável - realidade, ficção e disfarçadas (falsas) informações abraçadas em suas linhas. Eu acredito que minha escrita caminhe mais pela prosa poética, porque o poeta nasceu antes e vive continuamente. Seja o que quer que escreva, em qualquer gênero, a poética, acredito, será a tônica.

Seu livro mistura elementos de realismo fantástico com o cotidiano. Como essa combinação pode afetar a percepção do leitor sobre a vida?
Thiago Arantes - 
Eu espero, com toda força possível, que, ao final de cada conto, o leitor possa ter a sensação nítida de que a estória narrada é crível, por mais incrível que soe. Explico-me: cada narrativa traz consigo pretensas reflexões e, no meu sentir, perceptíveis. Assim, o que “sobra na língua para degustar” são as meditações sobre o que conto. “Engasgo”, por exemplo, é uma mensagem bastante direta: diga o que quer ou isso vai te sufocar em algum momento. A aplicação da alegoria do texto à vida cotidiana é direta. Portanto, o contexto “fantástico” é apenas um pano de fundo para refletir sobre a vida.

Seus contos lidam com questões filosóficas e metafísicas profundas. Como você equilibra a profundidade desses temas com a necessidade de manter a narrativa envolvente e acessível para o leitor?
Thiago Arantes - Acredito que o conto, por si só, seja um elemento que agrega nesse sentido. Os contos são curtos e, na prescrição de Jorge Luis Borges, mantém aquilo que é essencial. Poderia dizer que a prosa poética é um diferencial, mas aqui podemos encontrar refratários ao estilo preferindo uma descrição mais objetiva como Hemingway. Cortázar também tem uma frase emblemática: “o romance ganha por pontos, mas o conto deve ganhar por nocaute”. Portanto, muito embora os temas caminhem, sim, por estas questões de alta indagação e reflexão, a narrativa há de ser envolvente para não enfadar um leitor. O texto deve ser lido em um fôlego só. Espero que meus contos tenham esta qualidade.

Além do realismo fantástico, que outras características literárias o leitor pode encontrar na sua obra?
Thiago Arantes - Muito embora tenha narrativas essencialmente literárias, no sentido de serem estórias, a maior parte dos contos aborda um aspecto metafísico e filosófico. Também passa temas naturais e essenciais ao ser humano, como vida, morte, destino, nossos entraves pessoais, julgamento, arrependimento, desilusão... Uma curiosidade não proposital é que, à exceção de um conto, meus personagens não têm nome. Eles nascem assim, e quem sou eu para querer modificá-los? Pensando sobre isso recentemente, acredito que, talvez, por alguns contos tratarem de temas elementares a todas as pessoas, o leitor pode se sentir como a personagem do conto. Outra condição que posso destacar também é que os lugares onde se passam os contos são bastante variados e, na maior parte, também não identificados. As estórias, portanto, podem se passar no imaginário dos leitores, em algum lugar que a memória (de um rio, de uma rua, de um bairro) lhes faça referência.

Você já publicou um livro de poesia e agora estreia na literatura de ficção, com os contos de “A terceira margem da folha”. Como surgiu esta veia literária?
Thiago Arantes - Aos doze anos de idade, em uma aula de redação particular que tinha após o colégio, enquanto todos reclamavam à minha volta, eu segurei uma página em branco e disse a mim mesmo: “Não sei o que vou ser nesta vida, mas serei um escritor”. Lembrei dessa cena, adormecida, em um momento muito delicado de minha vida. A partir dali, voltei a escrever, embora meu tempo seja escasso, e isso culminou no livro. Fato é que eu sempre li muito. Tenho uma medalha, de 1993, que recebi por ser a pessoa que mais leu na escola. Comecei a escrever, primeiro, textos esparsos, poemas e, a partir dos anos 2000, em diversos sites e revistas da região, com crônicas principalmente. A literatura sempre foi uma tábua de salvação na minha vida, e esse desejo-profecia aconteceu bem cedo em minha vida. Escrevo porque preciso, sem ter que ter um “porquê". Mecânica da alma é coisa injustificável. Com toda sinceridade do mundo: não estou querendo “mistificar” a coisa. Foi assim. É assim.


Sobre o autor:
Thiago Arantes nasceu em Patos de Minas, Minas Gerais. Escreveu poesias, contos e crônicas para diversos jornais e sites da região. Além de autor e compositor, é professor universitário, advogado e celebrante de casamentos. Pai do Bernardo e do Gabriel, tem na literatura e na música suas maiores paixões. Publicou o livro de poesias Lágrimas Latinas, Lacívias Linguísticas e teve um poema incluído na Antologia Sarau Brasil 2021. A terceira margem da folha é sua estreia no gênero da ficção e contos. Garanta o seu exemplar de "A Terceira Margem da Folha", escrito por Fhiago Arantes, neste link.

.: "A dor ensina com mais eficácia", afirma o escritor Fauno Mendonça

Em entrevista, Fauno Mendonça explica as referências do livro "Bragof", que mistura o real ao onírico em uma narrativa sobre um homem em busca dos sentimentos perdidos ao longo da vida. Foto: Fernando Pires

"Nem todos aprendem sorrindo; a dor ensina com mais eficácia", Fauno Mendonça

O livro "Bragof" (compre neste link), lançamento de Fauno Mendonça, não é uma leitura que entrega respostas mastigadas: ao contrário disso, a obra instiga os leitores a questionarem a si próprios. Quem somos? Para onde vamos? É possível mudar as decisões que tomamos no passado? Como escolher o melhor caminho? Essas perguntas permeiam o enredo protagonizado por um homem que embarca em uma viagem de trem rumo a Bragof, um lugar onde poderá reencontrar os sentimentos perdidos durante a vida.

Ao fazer um paralelo com questões existenciais, a narrativa fantástica serve como uma metáfora para a jornada interior que todos enfrentam quando tentam entender e reencontrar aspectos esquecidos ou reprimidos de si. Em um mundo onde a pressa e a superficialidade dominam, o livro usa a ficção para convidar a pausar, refletir e procurar um significado mais profundo na essência humana, enfatizando a importância de lidar com os desafios emocionais que muitas vezes são evitados na correria do dia a dia. 

Nesta entrevista, o autor explica as simbologias por trás da obra, as relações da história com elementos kafkanianos e a importância do desconforto ao longo da leitura – sentimento que também é responsável por movimentar a vida. Compre o livro "Bragof", de Fauno Mendonça, neste link.

No seu mais novo romance, você traz um enredo profundo em relação à exploração dos sentimentos humanos. O protagonista embarca em um trem rumo a Bragof e, em meio ao percurso, é confrontado com as escolhas que fez na vida. O que seria “Bragof” e como chegar a ele pode ser determinante na vida do protagonista?
Fauno Mendonça - "Bragof" pode ser um medo, um sonho ou um lugar. Cada pessoa define seu destino, e Bragof representa a busca incessante para fugir de si mesmo e das intempéries do mundo ou a busca para alcançar a glória existente no curso da vida.  Não há uma definição plena para o título do livro, isso dependerá de cada um. Se o leitor prestar atenção, poderá abstrair o verdadeiro sentido de "Bragof. Cabe a ele essa escolha de descobrir a sua compreensão, e isso também vale para o protagonista da obra.

De que forma você utiliza elementos kafkanianos na trama para explorar temas como culpa, absurdidade e a fugacidade da vida?
Fauno Mendonça - Kafka realmente demonstrava a realidade usando ferramentas linguísticas no plano do absurdo. Penso que a culpa, o próprio absurdo e a fugacidade da vida encontram-se absortos no cotidiano, porém, poucas pessoas têm consciência disso. De modo que, no âmbito do nosso tempo de cegueira coletiva, busco aclarar esses elementos para desmascarar os falsos sentimentos no desiderato de as pessoas vislumbrarem os melhores caminhos no momento de decidir seus rumos.

A narrativa de "Bragof” desafia a racionalidade ao misturar o real com o onírico. Como acredita que esta abordagem literária possa despertar a percepção do leitor sobre a realidade e a natureza humana?
Fauno Mendonça - Temos dois mundos muito nítidos, o físico e o introspectivo. Ambos são reais, pois a realidade, grosso modo, é aquilo que se acredita. Também é preciso ter claro que não temos conhecimento da exatidão da realidade. Partindo dessas premissas, busquei na narrativa apontar todas essas gradações. Acredito que o leitor poderá perceber essas nuances e compreender com mais nitidez sua própria jornada.

De que forma você usa o desconforto e a frustração do leitor com as decisões tomadas pelo protagonista como ferramentas para provocar uma reflexão sobre as próprias vidas e escolhas?
Fauno Mendonça - Nem todos aprendem sorrindo, normalmente a dor ensina com mais eficácia. Quando há sofrimento próprio ou alheio, os sentimentos ficam mais alertas para fugir do erro. O protagonista erra como qualquer pessoa, e isso causa desconforto. Contudo, vale ressaltar que esses erros são cometidos comumente por todos a todo momento, então, a frustração do erro poderá acender a luz vermelha para que esses erros não mais sejam cometidos.

Considerando que o personagem principal não tem um nome citado na narrativa, qual você acha que é o impacto desse anonimato na identificação do leitor? 
Fauno Mendonça - Quando escrevi o livro “A Busca dos Loucos” também não indiquei nome ao protagonista. Fiz uso desse anonimato novamente na obra "Bragof" para lhe dar mais universalidade.


E como isso serve para universalizar a experiência de busca por significado e enfrentamento de conflitos internos?
Fauno Mendonça - A ausência de seu nome, penso, salvo melhor juízo, aproxima o leitor aos sentimentos vividos na narrativa. Sempre busco chamar o leitor para o lugar do protagonista para que haja mais identificação. Um autoconhecimento ao ver a si mesmo no próprio personagem principal.

Sobre o autor
Fauno Mendonça nasceu em Goiânia, em 1968, e formou-se em Direito na década de 1990. Trabalhou por anos como advogado e atualmente atua no Poder Judiciário, em Brasília. Como escritor, publicou cinco livros: “A Busca dos Loucos”, “Ao Norte do Silêncio”, “Encontre-se”, "D. e o Procurador” e "Bragof". A publicação “Encontre-se” também está disponível no formato de audiolivro. Garanta o seu exemplar de "Bragof", escrito por Fauno Mendonça, neste link.

.: Ana Paula de Abreu fala como a arte ajuda crianças com câncer


"As crianças, mesmo doentes, só querem continuar a ser crianças", Ana Paula de Abreu

Nem sempre é fácil manter o otimismo durante o enfrentamento de doenças. Isso pode ser ainda mais desafiador para crianças, que muitas vezes não entendem a gravidade da situação ou o que está acontecendo. Voluntária na oncologia pediátrica de um hospital, a escritora Ana Paula de Abreu dedicou tempo a contar histórias com mensagens de esperança para os pacientes internados. Quando percebeu como as narrativas transformavam o dia dos pequenos, decidiu publicar um livro em que a personagem também está na luta contra o câncer infantil.

Assim surgiu "Cabelo de Estrelas" (compre o livro neste link), inspirado nas experiências que a autora teve ao lado de crianças e suas famílias. Entre as ilustrações sensíveis em aquarela, pintadas pela artista Ana Cardia, a autora narra a trajetória de uma menina que se vê no espelho e, por estar com alopecia devido à quimioterapia, imagina seu cabelo das formas mais criativas, com estrelas, flores e conchas do mar.

Nesta entrevista, a especialista em Literatura Infantil e Psicologia Positiva fala sobre o poder da literatura para ajudar as crianças em momentos difíceis, além de lições de vida que aprendeu no voluntariado. Compre o livro "Cabelo de Estrelas", de Ana Paula de Abreu, neste link.

Em "Cabelo de Estrelas", você leva uma mensagem de otimismo e esperança para as crianças com câncer enfrentarem os dias escuros. Na sua visão, qual o papel da literatura para ajudar os pequenos leitores e suas famílias nesse momento desafiador?
Ana Paula de Abreu - 
A literatura ajuda a criança internada a ter um tempo de lazer, a voltar a imaginar e a ser criança. Sendo a protagonista uma menina com câncer, o livro também funciona como uma inspiração, um alento, uma identificação com a criança que pode perceber que ela não é a única a passar por este desafio, e que este tempo difícil é doloroso, sim, mas ele também passa. O livro traz uma mensagem de esperança, de usarmos nossos vagalumes interiores para enfrentarmos os dias escuros.

Você foi voluntária de uma oncologia pediátrica de um hospital, onde lia histórias para as crianças internadas. Como essa experiência inspirou a sua trajetória enquanto escritora?
Ana Paula de Abreu - 
Um dia me chamaram no hospital porque uma criança tinha lido um livro meu e, como viu que a autora era da mesma cidade, quis me conhecer. Neste dia, levei meus livros e li as histórias para ela. A partir disso, comecei a frequentar o hospital semanalmente para ler para as crianças internadas na ala oncológica. Essa experiência me fez ver a importância da literatura no âmbito hospitalar. Então, comecei a pensar em escrever uma história cuja protagonista estivesse enfrentando a doença, assim como essas crianças.

Você tem pós-graduação em Literatura Infantil e Psicologia Positiva. Na sua opinião, qual a importância de falar abertamente com as crianças sobre o câncer infantil, um tema tão difícil de abordar?
Ana Paula de Abreu - Muitas vezes, não abordamos os temas difíceis com as crianças por receio de como vão receber as informações. Porém, esse medo nosso gera mais insegurança e ansiedade nelas. Elas sabem que algo está acontecendo (no caso de uma doença, por exemplo), mas o fato de não entenderem sobre o problema, aliado ao fato de saberem que estamos escondendo informações, é muito mais prejudicial do que conversarmos sobre o tema. A literatura é uma ótima ferramenta para iniciar esse tipo de conversa.

Qual foi a maior lição que você aprendeu ao interagir com crianças em tratamento contra o câncer, e como essa lição influenciou sua perspectiva sobre a vida?
Ana Paula de Abreu - Aprendi que as crianças, mesmo doentes, só querem continuar a ser crianças. Querem poder criar, imaginar, brincar, mesmo numa cama de hospital. Aprendi que devemos dar valor à nossa saúde e passar mais tempo com as pessoas que amamos, pois nunca sabemos o que o futuro nos reserva.

Conte um pouco mais sobre o projeto "Boneca Esperança”, uma bonequinha de turbante confeccionada para ajudar crianças com câncer. Como a iniciativa está contribuindo nesse sentido?
Ana Paula de Abreu - A Boneca Esperança é um projeto que conheci enquanto escrevia o livro, de uma mãe, a Valeria Krelling, que criou a boneca para ajudar no tratamento de câncer da sua filha. Hoje, a própria mãe que faz as bonecas passa por um tratamento de câncer de pâncreas. As bonecas continuam a ser vendidas para ajudar neste tratamento. Para cada boneca vendida, uma é doada para alguma instituição. A Boneca Esperança aparece no livro, dando conforto à personagem principal da história.


Sobre a autora
Ana Paula de Abreu
 sempre gostou de escrever histórias, mas só foi transformar a escrita em carreira após o nascimento da filha, quando se aproximou das narrativas infantis. Hoje, já tem 14 livros publicados e mais de 600 mil cópias vendidas. A escritora também é pós-graduada em Literatura Infantil e Psicologia Positiva e cursa a pós-graduação em Neurociências, Desenvolvimento Infantil e Educação. Compre o livro "Cabelo de Estrelas", de Ana Paula de Abreu, neste link.

.: Márcia Basto, pesquisadora de Clarice Lispector, e a relação com a literatura


"Nunca me conformei com explicações lineares"
, Márcia Basto
 

Escritora pernambucana multifacetada, Márcia Basto traz em sua bagagem literária uma coleção de obras que desafiam rótulos e mergulham nas profundezas da experiência humana. Com nove livros publicados, sua escrita híbrida, que transita entre conto, poesia e prosa poética, ganha destaque no relançamento de "Amar Elos Vermelhos" (compre o livro neste link) pela editora Labrador. Esta obra, premiada nos Prêmios Literários da Cidade do Recife, tece a história de uma única personagem, mapeando sua jornada da infância à vida adulta através das cores amarelo e vermelho, símbolos de inocência e maturidade.

Aos 73 anos, Márcia dedica-se exclusivamente à literatura e ao convívio com seus netos, após uma trajetória diversificada que incluiu atuações como advogada, astróloga e arte-terapeuta. Seu envolvimento com a escrita remonta à infância, onde a inclinação para a para fabular já se manifestava. Ao longo dos anos, ela encontrou na palavra escrita um meio de explorar suas múltiplas identidades e transmitir sua visão de mundo, sempre guiada pela questão “ quem eu sou, o que sou, para onde vou”. O sentido do existir é o leimotiv de seu viver.

Inspirada por autores como Clarice Lispector, Manoel de Barros e Haruki Murakami, Márcia busca, através de sua escrita, provocar uma reflexão profunda nos leitores, ampliando seu autoconhecimento e visão de mundo. É autora de nove livros, dentre eles o ensaio "Clarice, Clarear o Leitor de Si Mesmo em Clarice Lispector" (editora Bagaço, 1995), a novela "Marion" (1999) e os premiados "Desejos e Histórias" (1998) e "Amar Elos Vermelhos" (2005), que venceram os Prêmios Literários da Cidade do Recife. Confira a entrevista completa com a autora. Compre o livro "Amar Elos Vermelhos", de Márcia Basto, neste link.


Como começou sua trajetória como escritora?
Márcia Basto - 
Eu fui uma criança que sempre gostou de fabular, fazendo do sonho minha bússola. Muitos "porquês" e "para quês" habitaram minha infância e ainda hoje me habitam. Nunca me conformei com explicações lineares. Através da palavra, encontrei um meio de descobrir minhas múltiplas identidades, pois somos muitos em um só. No meu mestrado de filosofia, explorei o tema da alteridade/identidade em romances de Clarice Lispector e passei a me buscar na palavra. Depois de trilhar por vários caminhos profissionais, desde advogada, procuradora do Estado, astróloga, contadora de histórias, arte-terapeuta prestadora de serviços voluntários, e tantos outros, atualmente me dedico exclusivamente à literatura e à escrita.

Se você pudesse resumir os temas centrais do livro, quais seriam? 
Márcia Basto - 
"Amar Elos Vermelhos" traz uma única personagem cuja vida é mapeada a partir das cores amarelo e vermelho, que também representam os dois capítulos principais do livro. Dessa forma, o amarelo é atribuído a um início, um senso de inocência, em que a protagonista é apresentada como Menina e, o vermelho, designa o feminino adulto, em que a mesma passa a se chamar Mulher. São contos do feminino que almejam fazer pensar o mundo e o viver de cada leitor pela palavra, ao narrar a passagem da meninice para a idade adulta.

O que motivou a escrita do livro e como foi o processo de escrita?
Márcia Basto - 
O caminhar existencial para encontrar algo inominável, que talvez seja o encontrar a mim mesma, sempre me instigou.Daí que o binômio identidade/alteridade está presente nos meus textos. O outro de nós mesmos,o si mesmo como outro. Tenho pela infância uma relação especial. Falo da infância permanente, aquela que atravessa todas as idade e nos traz imagens de solidão, devaneios, liberdade.

Em sua análise, quais as principais mensagens que podem ser transmitidas pelo livro?
Márcia Basto - 
O livro tem no seu título, em destaque a palavra “elos”. Elos que vão além do vínculo da Menina à Mulher - protagonistas da narrativa. Elos que nos une ao universo e que precisam ser restaurados e nutridos. Provocar o leitor a refazer pela leitura, a reescritura do livro dentro do seu contexto de vida. Sua própria jornada da infância à maturidade, mergulhando nos seus contentamentos, angústias, medos, dores, tristeza e descobertas.

Você acredita que a escrita do livro te transformou de alguma forma?
Márcia Basto - 
Na escrita empresto quem sou à narradora ficcionalizando vários acontecimentos, reais ou inventados. Afinal, memória e invenção se confundem. A escrita, para mim, é essencial, é uma forma de viver. No escrevivendo me encontro e me perco, e seguindo meu caminho existencial que se apresenta, não numa linha reta, mas em círculos, labirintos, subidas e descidas.

Qual é sua missão com relação à escrita?
Márcia Basto - 
Fazer com que os leitores, ao reescreverem o livro possam ampliar o autoconhecimento e a cosmovisão.

O que você deseja transmitir como escritora?
Márcia Basto - 
O viver uma vida que faça sentido para cada um, o prestar atenção nas coisas desimportantes e simples, o autorreconhecimento das nossas limitações, menos competitividade e mais cumplicidade. Estamos vivendo numa sociedade do desempenho onde o poder-poder assume um relevante papel e resulta em sermos apressados, estressados e cansados! É preciso saber contemplar o belo, a calma, a tranquilidade

Quais são os gêneros literários que você escreve?
Márcia Basto - 
Prosa poética. A palavra denotativa usa o sentido dicionarizado da palavra para passar objetiva e literalmente o que é expresso. A palavra conotativa ultrapassa o sentido literal referencial, usada na linguagem comum é descritiva. Refere-se a alguma coisa existente na realidade visível e palpável. A palavra poética vai além. Quer expressar os sentimentos e emoções que muitas vezes nem cabem nas palavras.

Quais autores influenciam sua escrita?
Márcia Basto - 
Clarice Lispector, Herman Hesse, Milan Kundera, Gston Bachelar, Manoel de Barros, Haruki Murakami,

Você tem algum ritual de preparação para a escrita?
Márcia Basto - 
Anoto as ideias num bloquinho para depois desenvolvê-las depois, O mundo é um texto que pede para ser lido e interpretado. Não estrutura detalhadamente a concepção do livro antes de escrevê-lo. Sei apenas dos temas centrais que pretendo expressar e deixo que o livro vá se escrevendo.

Está envolvida com outra profissão ou projetos?
Márcia Basto - 
Não. Estou dedicada totalmente à literatura. Meu projeto é publicar um livro em parceria com Joana Cavalcanti e desenvolver a escrita de crônicas. Além da “netoterapia” – expressão que inventei para expressar a alegria de conviver com os netos.

.: Danilo Dias de Sousa ficcionaliza a aparição alienígena em Minas Gerais


"ET de Varginha passou de um evento inexplicável para se tornar presente no imaginário popular"
, Danilo Dias da Silva

Enquanto a população se vê atônita com a “invasão” de extraterrestres em Minas Gerais, algo maior começa a se movimentar no cenário político nacional. O enredo de "Incidente em Varginha" (compre o livro neste link), quinta obra de Danilo Dias de Sousa, vai além do misterioso caso que hoje é parte do imaginário popular, para abordar temas como corrupção e ética. É assim, por meio da ficção, que o jornalista e roteirista pretende chamar a atenção dos jovens sobre episódios políticos recentes no Brasil, e os perigos da manipulação de informações em benefício de interesses pessoais. Primeiro da trilogia "Invasores Misteriosos", o livro traça um paralelo com a vida real a partir da suposta aparição alienígena em Varginha, no ano de 1996. Em entrevista, o autor aborda outros detalhes e as motivações para o enredo, e também adianta alguns spoilers sobre a sequência da série. Compre o livro "Incidente em Varginha", de Danilo Dias de Sousa, neste link.


As aparições extraterrestres em Varginha fazem parte do imaginário popular há muitos anos. Por que, de todas as histórias de alienígenas, você escolheu esta para iniciar a sua série de livros?
Danilo Dias de Sousa - Esse é um caso bem curioso. Eu me lembro que, antes de escrever o livro, eu não fazia a menor ideia sobre o que se tratava o caso Varginha. Para mim, era algo no mesmo estilo do "ET Bilu". Porém, um belo dia, assisti a um documentário do History Channel que falava sobre a aparição de ovnis no Brasil, e aí eu entendi a dimensão do caso. Vi que houve vários envolvidos e que os eventos conversavam entre si e. A partir disso, tive a ideia de escrever o "Invasores Misteriosos - Incidente em Varginha".


Acha que eventos como este, da vida real, que brincam com o “inexplicável”, podem chamar a atenção dos leitores para uma ficção?
Danilo Dias de Sousa - Sem dúvidas, eu acho que nada prende mais a atenção das pessoas do que uma boa fofoca, ou um caso sobrenatural sem muita explicação. O Brasil possui uma série de lendas urbanas como a "Loira do Banheiro" e "o Jogo do Copo", assim como as lendas folclóricas que fazem parte do imaginário regional. Na minha visão, o "ET de Varginha" deixou de ser apenas um evento inexplicável que aconteceu em 1996 e se tornou presente no imaginário popular, como uma lenda urbana. Tenho certeza de que parte do público vai sentir curiosidade em saber sobre o que se trata.


O ET de Varginha foi noticiado pela mídia tradicional brasileira e se tornou um assunto viral entre as pessoas muito antes das redes sociais terem o poder de contribuir para os temas mais comentados no país. A partir de suas pesquisas, explica como aconteceu esse movimento? 
Danilo Dias de Sousa - A televisão ainda é tida como a principal referência em informação e, antigamente, ela era uma unanimidade. Nós, jornalistas, fazemos um trabalho árduo de apuração e checagem dos fatos antes de noticiar grandes eventos, o que reforça a credibilidade. A meu ver, quando começou a pipocar em vários jornais os relatos dos envolvidos - inclusive as mudanças nos discursos - e as reportagens especiais, foi se formando um clima de mistério. A repercussão foi mundial, e ganhou automaticamente o “boca a boca” do povo.


Que perspectivas novas podem ser tratadas na literatura mesmo depois de quase 30 anos dos eventos?
Danilo Dias de Sousa - Uma série de fatores transformou esse incidente no que conhecemos atualmente. Se esse caso acontecesse hoje, provavelmente as coisas fugiriam do controle. Haveria produção de conteúdo em massa sendo disseminado através das redes sociais, pessoas dando opiniões, crentes desacreditando, descrentes acreditando. Isso sem mencionar a possibilidade de um clima de pânico ser criado. O Estado precisaria ser muito perspicaz para abafar um evento dessa magnitude em tempos ultraconectados como os de hoje.


Em “Incidente em Varginha”, você deixa claro que grandes eventos podem servir de ferramenta política para manipular a população. Como você abordou isso e que mensagem deseja passar?
Danilo Dias de Sousa - Uma coisa é fato: não existe maneira melhor de desviar a atenção de um grande problema do que utilizando um problema ainda maior. Isso é conhecido como a Estratégia da Distração e apareceu pela primeira vez em um documento divulgado pelo linguista norte-americano Noam Chrosmky. No livro, temos o ataque dos alienígenas acontecendo, furando a bolha e chegando a milhares de cidadãos, mesmo com o belo esquema de segurança montado para conter essa crise. E, para contornar essa situação, os responsáveis decidem provocar um acontecimento ainda maior e bem mais palpável para desviar o foco do real problema enquanto pensavam em estratégias para abafar o caso. Acredito que a mensagem principal é que a comunicação, nas mãos de pessoas muito bem articuladas, pode elevar uma nação, assim como destruí-la.


Você é um aficionado por teorias da conspiração e histórias que mexem com a imaginação. Como foi o processo de construção dessa narrativa a partir dessas teorias? Pode citar algumas delas espalhadas pelo enredo?
Danilo Dias de Sousa - Super, mesmo mantendo a minha suspensão de descrença ativa, adoro um caso sem resposta. O processo de escrita desse livro se deu na época em que virei o “louco dos documentários”, e consumir esses produtos me deu uma baita inspiração pra criar o universo de Invasores Misteriosos usando esses eventos como plano de fundo. Além do tema principal, que é o ET de Varginha, a obra ainda faz referência aos Anunáqui e aos Reptilianos, além de abordar temas controversos, como a ética por trás da possibilidade de se clonar uma pessoa.


A série “Invasores Misteriosos” será composta por uma trilogia. Os leitores já podem ter uma previsão de quando saem os próximos volumes? E quais serão as temáticas e inspirações extraterrestres? Pode dar algum spoiler?
Danilo Dias de Sousa - Sim. A partir de um determinado momento, os personagens tomam suas próprias decisões, e a história passa a seguir um rumo diferente, deixando uma série de pontas soltas. Para os próximos livros, pretendo explorar os eventos da "Operação Prato" e o da "Noite de Ovnis", mas isso pode mudar se eu encontrar casos ainda mais emblemáticos. Ainda não há uma previsão definitiva de quando eles sairão, mas acredite que no início de 2026.


Você tem outros livros publicados, e de gêneros diferentes. Quais temáticas você costuma trazer nas suas obras de ficção?
Danilo Dias de Sousa - Antes de publicar oficialmente o primeiro livro da série Invasores Misteriosos, eu me dediquei a amadurecer minha escrita, melhorar a forma como desenvolvo os personagens, como construo os cenários e como conduzo a narrativa. Eu me aventurei em quatro gêneros específicos: aventura infantojuvenil, terror, ficção cientifica e drama. Algo que notei é que não importa o enredo, sempre as minhas histórias se desdobravam em um momento de suspense e investigação policial, e, a partir disso, me dei conta de que esse é o meu gênero. Com relação às temáticas, sempre acabo esbarrando em questões políticas, religiosas ou que envolvam o caráter humano. Adoro psicologia e, principalmente, brincar com esse aspecto na construção dos meus personagens.


Sobre o autor
Danilo Dias de Sousa
, também conhecido como D. D. Sousa, é escritor, jornalista, analista de Comunicação Corporativa e roteirista. Nascido em Franco Rocha, grande São Paulo, é apaixonado por ficção científica e o universo geek. Desde adolescente, gosta de criar mundos e desenvolver personagens, mas foi somente aos 25 anos, com incentivo de professores e familiares, que lançou seu primeiro o livro A Foice, um terror psicológico. A obra "Incidente em Varginha" é sua quinta publicação e a primeira da trilogia "Invasores Misteriosos".


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