sábado, 6 de julho de 2024

.: Musical "Um Dia na Broadway" tem temporada prorrogada até o dia 14


Com 32 artistas em cena, o espetáculo reproduz a atmosfera de dez dos mais famosos musicais de todos os tempos com figurinos e cenários grandiosos. São eles: "Priscila", "Evita", "Chicago", "Grease", "Les Miserables", "Mary Poppins", "A Bela e a Fera", "O Fantasma da Ópera", "Cats" e "Mamma Mia". Foto: divulgação


Uma espécie de tributo aos grandes musicais estadunidenses, "Um Dia na Broadway" prorroga temporada no Teatro Liberdade, em São Paulo, até dia 14 de julho de 2024, com sessões aos sábados e domingos, às 17h00. Com 32 artistas em cena, o espetáculo reproduz a atmosfera de dez dos mais famosos musicais de todos os tempos com figurinos e cenários grandiosos. São eles: "Priscila", "Evita", "Chicago", "Grease", "Les Miserables", "Mary Poppins", "A Bela e a Fera", "O Fantasma da Ópera", "Cats" e "Mamma Mia".

Depois de quase 15 anos encenando clássicos do universo infantil, o diretor e músico Billy Bond - há mais de 30 anos no Brasil, à frente da Black & Red Produções – volta a montar espetáculos adultos. Billy Bond aposta no encantamento dos brasileiros por Nova York, por isso, reproduz o espírito da cidade em cena. Com isso, o diretor quer agradar quem já conhece e ama a metrópole e os que nunca estiveram por lá, mas sonha visitá-la. 

Para levar o público a essa viagem, o espetáculo cria uma ambientação característica: um painel com 160 metros de tiras de luz de LED que reproduz pontos turísticos clássicos, como a Times Square, a Broadway, a Estátua da Liberdade, Wall Street, o Harlem, o Empire State, o Metrô e o Grand Central Station.

O espetáculo conta com direção geral e dramaturgia de Billy Bond e Andrew Mettine, adaptação de Bond e Lilio Alonso, direção musical e arranjos de Bond e Villa, direção de cena de Marcio Yacoff, coreografia de Italo Rodrigues, cenário de Marcelo Larrea e figurinos de Paula Canterini e Feliciano San Roman. Além disso, em cena estão 32 pessoas, entre atores, cantores e bailarinos e técnicos. 

A história começa com a chegada de uma família de férias em Nova York. Acompanhado pelos filhos, um casal viaja para Nova York a fim de comemorar o aniversário de casamento na cidade onde se conheceu e se apaixonou. Logo há um desencontro e as crianças se perdem dos pais no Metrô da Grand Central Station.

A partir de então, na tentativa de reencontrá-los, os irmãos se aventuram por lugares onde acreditam que encontrarão o casal.  Sabem que os pais são fanáticos por teatro, portanto, na busca, visitam os teatros da Broadway e assistem trechos de musicais clássicos. Na plateia, o público acompanha a saga da família e se delicia com as cenas concebidas por Billy para reproduzir a atmosfera de dez dos mais famosos musicais de todos os tempos, em imagens, figurinos, cenários e músicas cantadas ao vivo.

São eles: "Priscila" (ao som de "It’s Raining Men"), "Evita" ("Don’t Cry for Me Argentina"), Chicago ("All That Jazz"), "Grease" ("Summer Nights"), "Les Miserables" ("One Day More"), "Mary Poppins" ("Supercalifragilistic"), "A Bela e a Fera" ("Beauty and Beast") "O Fantasma da Ópera" ("The Phantom of the Ópera"), "Cats" ("Memories") e "Mamma Mia" ("Dancing Queen"). E, no decorrer dessa trama, um personagem entra em cena para ajudar a contar sua história. Trata-se do próprio George Michael Cohan, artista identificado como um dos primeiros a fazer espetáculos musicais nos Estados Unidos. 

Como não pode faltar nas montagens do diretor, a encenação conta com números aéreos, levitação e outros truques e efeitos especiais. Para dar a sensação de 3D, Billy explica, o espetáculo mescla dois cenários, um virtual (composto por imagens de NY em 4K) e outro físico. Outro destaque é o sistema de som Surround, que envolve toda a plateia. Além disso, para que tudo saia como o diretor concebeu, uma equipe de dez profissionais trabalha há meses na computação gráfica. “A reprodução dos espaços da cidade tem de ser fiel”, exige o diretor!


Sobre Billy Bond, 30 anos de Brasil
Nascido com o nome de Giuliano Canterini, em Lá Spezia, na Itália, Billy Bond fez carreira na Argentina, onde morou por mais de 15 anos e foi sucesso no mundo do rock’n’ roll na década de 70. No fim dos anos 60, Bond lotava espaços em meio à ditadura na Argentina com o grupo de hard rock Billy Bond Y La Pesada. Também produzia espetáculos pop, alguns duramente reprimidos pela polícia, como o que fez em 1972 no Luna Park. Chegou a ter mais de 100 músicas censuradas na época. 

Chegou ao Brasil em 1974, diretamente no Rio de Janeiro e, depois, estabeleceu-se em São Paulo, onde mora atualmente. Aqui foi cantor da banda punk Joelho de Porco, dirigiu o primeiro show de Ney Matogrosso após a saída dos Secos & Molhados e produziu o show da banda Queen no estádio do Morumbi, em 1981. 

Precursor dos musicais de grande porte, assinou a direção-geral da versão brasileira de Rent em 1999. São mais de 30 títulos na bagagem, entre eles, O Beijo da Mulher Aranha, Os Miseráveis e After de Luge, entre outros. A partir dos anos 2000, Billy sedimentou seu formato de encenar espetáculos musicais com total liberdade de criação. 

Assim, depois de 2004, direcionou seu foco de interesse para revisitar e homenagear clássicos de todos os tempos da Literatura Infantil. A primeira foi montagem foi "O Mágico de Oz", prestigiada por um público superior a um milhão e 800 mil espectadores em toda América Latina. O segundo espetáculo, "Pinóquio - O Musical", estreou em 2006 e foi aplaudido por mais de 900 mil pessoas no Brasil. Em seguida, foram apresentadas as montagens de "A Bela e a Fera", "Peter Pan", "Branca de Neve", "Cinderella", "A Bela Adormecida", "Alice no País das Maravilhas", entre outros. 

Serviço
"Um Dia na Broadway", de Billy Bond
Temporada prorrogada até dia 14 de julho.
Sábados e domingos, às 17h00.
Teatro Liberdade - Rua São Joaquim, 129, Bairro Liberdade / São Paulo
Ingressos: R$ 250,00 (Plateia Premium), R$ 230,00 (Plateia), R$ 180,00 (Balcão A), R$ 150,00 (Balcão A com vista parcial) e R$ 150,00 (Balcão B)
Vendas online em https://site.bileto.sympla.com.br/teatroliberdade/
Bilheteria: de terça-feira a sábado, das 13h00 às 19h00, e aos domingos e feriados (apenas em dias de espetáculo), das 13h até o início da apresentação.
Indicação etária: livre.
Duração aproximada: 130 minutos.
Lotação: 900 lugares.
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.



.: "Um Porre de Shakespeare" prorroga temporada até dia 22


Em toda sessão da peça, um dos atores ou atrizes ingere cinco doses de uma bebida alcoólica e deve encenar seu papel em estado de embriaguez, com o restante do elenco sóbrio. A direção é assinada por Zé Henrique de Paula. Na imagem, a atriz Bruna Guerin. Foto: Adriano Doria


Já imaginou assistir a uma peça em que uma das pessoas do elenco está realmente embriagada? Esta é justamente a proposta de "Um Porre de Shakespeare", versão brasileira produzida pelo Núcleo Experimental para o espetáculo "Drunk Shakespeare", que estreou em Londres e fez enorme sucesso tanto na capital inglesa quanto em diversas cidades norte-americanas. O espetáculo acaba de prorrogar a temporada de estreia no Teatro do Núcleo Experimental, na Barra Funda, para até o dia 22 de julho. O elenco conta com Bruna Guerin, Fabiana Tolentino, Luciana Ramanzini, Cleomácio Inácio, Dennis Pinheiro, Gabriel Lodi e Rodrigo Caetano.

Zé Henrique de Paula, que dirige e assina cenografia da montagem brasileira, conta que assistiu ao espetáculo em Nova York em 2023 junto com a produtora Renata Alvim. “Nos divertimos muito e então decidimos trazer a peça ao Brasil, em uma coprodução entre a Rega Início e o Núcleo Experimental”, diz. Na trama, a Sociedade Literária do Velho Bardo Bêbado é formada por seis atores e atrizes que se encontram todas as noites para celebrar o bom e velho “Will” e a sua tragédia mais famosa, a escocesa, aquela que ninguém ousa pronunciar o nome. Infelizmente (ou felizmente) uma das pessoas do elenco toma cinco doses de uma bebida forte antes de começar a peça. Então, cabe aos outros manter a história nos trilhos.

Essa espécie de sociedade literária encena a tragédia "Macbeth", que narra a inescrupulosa e sangrenta ascensão do general de mesmo nome ao trono da Escócia. E o que intriga o diretor Zé Henrique de Paula é justamente o motivo pelo qual a montagem original ter escolhido essa peça entre as mais de 30 obras escritas por William Shakespeare (1564-1616).

“Depois de muito trabalho de mesa e de muita análise do texto, acabamos percebendo que é a própria questão do sobrenatural, do oculto e do mistério que provavelmente justifica essa escolha. Obviamente esse texto é muito atual pelo seu aspecto político, mas acabamos transformando essa sociedade literária numa espécie de sociedade ocultista, e é aí que entra a história da bebida”, revela o encenador.

Na prática, somente um dos atores – escolhido por um sorteio – toma as cinco doses da bebida em cena. E dois espectadores assumem o papel de rei e rainha – eles se sentam em lugares especiais e têm um papel surpresa e super especial na montagem. “Essa bebida ela vai funcionar como uma espécie de invocação, um ritual de invocação do espírito Shakespeareano, da alma Shakespeareana, e última análise do próprio Shakespeare, esteja ele onde estiver, para que ele. Derrame as suas bênçãos para aquela apresentação que vai acontecer ali naquela noite. A bebida funciona como uma chave ritualística, como um símbolo de um ritual, e esse ator ou essa atriz que vai beber vai funcionar como um canal, como uma ponte para que todos acessem ali o espírito Shakespeareano. Obviamente tudo isso é uma grande brincadeira”, explica Zé Henrique de Paula.

“A peça não é uma sessão espírita, não é um ritual ocultista ou sobrenatural, mas fazemos essa brincadeira para que esse seja o elemento detonador da própria brincadeira da peça. Como vamos chegar ao fim se uma pessoa não está completamente de posse das suas faculdades mentais, da sua capacidade física? E tudo é muito imponderável, porque não sabemos o que vai acontecer, já a bebida bate de um jeito a cada dia. Por isso, existe um elemento de improvisação, de jogo, de prontidão. Tem até uma frase de Shakespeare que diz: ‘Estar pronto é tudo!’. E, neste caso, acho que ela nunca foi tão verdadeira”, acrescenta. 

E um aspecto bem interessante que diferencia a versão brasileira das demais é o fato de que o elenco é composto por sete atores e atrizes, e, em toda apresentação, a pessoa que bebeu na sessão anterior não está em cena, pois está se recuperando em casa. Por isso, cada ator está preparado para interpretar dois papéis diferentes. 

“Esse revezamento faz com que nunca haja um elenco igual ao outro nos mesmos papéis. E essa matemática toda faz com que, na temporada inteira, nunca haja uma escalação em que os atores façam os mesmos papéis na mesma combinação de elenco. Ou seja, as 32 sessões desta temporada terão uma combinação diferente da outra tanto pela escalação do elenco quanto pela pessoa que bebe na sessão. O jogo é a peça. Fazemos uma homenagem ao teatro, ao maior dramaturgo de todos os tempos e ao ofício do ator, que está sendo colocado em risco e em xeque todas as noites”, explica.

Ficha técnica
Elenco: Bruna Guerin, Fabiana Tolentino, Luciana Ramanzini, Cleomácio Inácio, Dennis Pinheiro, Gabriel Lodi e Rodrigo Caetano.
Adaptação e direção: Zé Henrique de Paula
Iluminação: Fran Barros
Cenografia: Zé Henrique de Paula
Figurinos: Ùga Agú
Assistente de cenografia: Dani Bezerra
Assistente de figurinos: Cauã Stevaux
Cenotécnico: Jhonatta Moura
Fotos: Adriano Dória
Design gráfico: Laerte Késsimos
Redes sociais: 1812 Comunicação
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção: Renata Alvim e Zé Henrique de Paula
Produção executiva: Luanda Scandura
Assistente de produção: Victor Lima
Realização: Rega Início e Núcleo Experimental


Sinopse
Na Sociedade Literária do Velho Bardo Bêbado, seis atores e atrizes se encontram todas as noites para celebrar o bom e velho Will e a sua tragédia mais famosa, a escocesa, aquela que ninguém pode ousar pronunciar o nome. Infelizmente (ou felizmente) um deles, ou uma delas, irá tomar cinco doses de uma bebida antes de começar a peça. Agora, cabe aos outros manter a história nos trilhos. Aqui, cada apresentação é diferente, dependendo de quem beber - e do que essa pessoa bebeu!

Serviço
"Um Porre de Shakespeare", com Núcleo Experimental de Teatro
Temporada prorrogada até dia 22 de julho.
Sextas, sábados e segundas-feiras, às 20h00, e aos domingos, às 18h00.
Teatro do Núcleo Experimental – Rua Barra Funda, 637 - São Paulo

Ingressos
Mezzanino: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)
Palco: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia-entrada)
Mesa: R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia-entrada)
Rei & rainha: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada)
Vendas on-line (com taxa de conveniência): em sympla.com.br/
Bilheteria física (sem taxa de conveniência): todos os dias das 12h00 às 18h00. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação.
Duração: 2h10min (Com 10 minutos de intervalo)
Classificação etária: 18 anos, menores de 18 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais.


Descontos
50% DE DESCONTO | MEIA-ENTRADA: obrigatória a apresentação do documento previsto em lei que comprove a condição de beneficiário.
ATENÇÃO - Para Pontos de Venda e Bilheterias é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no ato da compra e no acesso ao evento. Para vendas pela Internet e Telefone é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no acesso ao evento. Caso o benefício não seja comprovado, o portador deverá complementar o valor do ingresso adquirido para o valor do ingresso integral, caso contrário o acesso ao evento não será permitido.
ESTUDANTES - Lei Federal 12.933/13, Decreto Federal 8.537/15 e Medida Cautelar Provisória concedida pelo STF em 29/12/2015 – Carteira de Identificação Estudantil (CIE), emitida pela ANPG, UNE, Ubes, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos, conforme modelo único nacionalmente padronizado. Os elementos indispensáveis da CIE são: I  nome completo e data de nascimento do estudante; II  foto recente do estudante; III  nome da instituição de ensino na qual o estudante esteja matriculado; IV  grau de escolaridade; e V  data de validade até o dia 31 de março do ano subsequente ao de sua expedição.
IDOSOS (PESSOAS COM MAIS DE 60 ANOS) - Lei Federal 10.741/03 e Decreto Federal 8.537/15 – Documento de identidade oficial com foto.
JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA, COM IDADES DE 15 A 29 ANOS - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 - Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto.
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACOMPANHANTE QUANDO NECESSÁRIO - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 - Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social  INSS que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto.
DIRETORES, COORDENADORES PEDAGÓGICOS, SUPERVISORES E TITULARES DE CARGOS DO QUADRO DE APOIO DAS ESCOLAS DAS REDES ESTADUAL E MUNICIPAIS - Lei Estadual n° 15.298/14 - Carteira funcional emitida pela Secretaria de Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto.
PROFESSORES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL E DAS REDES MUNICIPAIS DE ENSINO - Lei Estadual n° 14.729/12 - Carteira funcional emitida pela Secretaria da Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto.

.: CCBB São Paulo apresenta teatro de janela "Acorda!", com o Grupo Esparrama


Coletivo paulistano idealizador do projeto Teatro de Janela, que apresenta espetáculos a partir da janela de um prédio no Elevado Presidente João Goulart no centro da capital paulista, ocupa as janelas do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Pela primeira vez, em 11 anos de atuação, o Grupo Esparrama idealiza e encena uma montagem em uma janela diferente da localizada em frente ao Minhocão. Foto: Sissi Eiko


Três palhaços denominados “acordadores de cidades” juntam-se com as crianças “especialistas em janelas”, que conseguem ver o que sonham as janelas, quem mora nelas e que histórias elas guardam, para cumprir a incrível missão de despertar prédios que estão adormecidos para voltarem a ser utilizados produzindo novas memórias. Esse é o fio condutor de "Acorda!", nova montagem do Grupo Esparrama, que ocupa as janelas do primeiro e terceiro andares do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo.

"Acorda!" integra o projeto Teatro de Janela, proposta inusitada do Grupo Esparrama, que de forma poética e sem precedentes ocupa e debate a cidade, com a plateia acomodada no espaço público para assistir uma peça teatral e com isso se apropriar da cidade de uma forma diferente. Após três peças e 25 mil espectadores na janela do prédio no Minhocão (Elevado Presidente João Goulart), o Esparrama muda de cenário e pela primeira vez encena um espetáculo em uma janela inédita.

 Na nova montagem com direção de Iarlei Rangel, três palhaços “acordadores de cidades” (Kleber Bianez, Lígia Campos e Rani Guerra) precisam acordar um prédio que está roncando e se não for despertado a tempo vai dormir para sempre. Pela intensidade do ronco os “especialistas” conseguem saber quanto tempo resta para que o prédio não caia no sono eterno e marcam esse tempo em uma ampulheta gigante.

"Acorda!" também é marcado pela presença de Petrônio e Pedruska, duas gárgulas que habitam uma das janelas do prédio. Na montagem, as personagens são bonecos que contam as histórias e memórias do prédio, seu entorno e da própria cidade de São Paulo. Com muita diversão, os palhaços tentam muitas maneiras de acordar o prédio até despertarem um dragão que habitou o local.

 
Cidade ocupada
Iarlei Rangel, diretor do Grupo Esparrama conta que para criação deste espetáculo, o coletivo reuniu cinco grupos de crianças que, durante um passeio pelo quarteirão do Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo, observaram, com seus olhos atentos de especialistas, as janelas do centro da cidade. “Elas nos revelaram histórias e personagens que habitam ou habitaram aquelas janelas aparentemente vazias. Algumas dessas histórias estão em 'Acorda!' e outras tantas, junto com seus personagens, nos serviram de inspiração. As crianças guiaram nossos olhares para as coisas mais incríveis da cidade, coisas para as quais os nossos olhos de adultos geralmente estão fechados”.

"Acorda!" é fruto dessa pesquisa continuada do Grupo Esparrama que usa a janela como suporte para convidar o público a ocupar as ruas e olhar a cidade. Na vida real já existem muitos “acordadores de cidades” que, com muita coragem, vivem ocupando, dando vida e criando novas histórias para espaços que perderam a sua função social. São grupos de mães que dão novos ares a pracinhas abandonadas, são moradores que transformam ruas em lugares de brincar aos finais de semana e famílias que ocupam prédios abandonados para transforma-los em lar.

“Na nossa história inventada, os nossos palhaços assumem essa função de ‘acordadores de cidades’ para, junto com os ‘especialistas de janelas’ de cada apresentação, lembrar ao público que cidade vazia fica desmemoriada e que o segredo é mantê-la sempre bem ocupada”, pontua o diretor.
 

Cenas envolvem todo o prédio
A encenação propõe um ritmo marcado pela tensão proposta pela ampulheta e pelas gárgulas, que representam o tempo limite para que o prédio possa ser acordado, em contraste com o deslumbramento provocado pelas cenas das memórias despertadas. Conduzindo essa pulsação entre planos abertos – cenas que envolvem todo o prédio – e planos fechados – cenas em uma única janela – estão os palhaços que usam o riso como forma de engajar o público com o conflito da montagem.

Por fim, as crianças são convocadas para ajudar a resolver a grande questão de "Acorda!". A cena de construção de um novo habitante do prédio é a materialização de um sonho antigo do Grupo Esparrama: o de trazer a "escuta de/com crianças” (que até então era utilizada apenas como inspiração) como elemento cênico/dramatúrgico do próprio espetáculo.

Como se fossem cortinas de um teatro, as janelas do prédio do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo se abrem para revelar o mais novo espetáculo do Grupo Esparrama. “Há algum tempo sonhamos com a possibilidade de experimentar outras janelas, que nos trouxessem novas histórias, novos desafios e novas cidades. E estamos muito felizes pelo CCBB SP ter imaginado conosco a possibilidade de acordar o seu prédio, abrindo suas janelas e deixando que elas sonhassem diante dos olhos da plateia”, enfatiza Iarlei Rangel.

Ao realizar esse projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta uma forma inovadora de utilização de seu espaço cultural, contribui com a revitalização e ocupação do centro da capital paulista, incentiva a formação de novas plateias e reafirma seu compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura.

Teatro de Janela
A ideia do Teatro de Janela nasceu de uma forma bastante despretensiosa. Naquela época, 2013, o Esparrama ensaiava o primeiro espetáculo - 2POR4 - na sala do apartamento de dois dos integrantes do grupo, que fica exatamente em frente ao Minhocão. Os integrantes então perceberam que a música do quarteto de cordas que escapava pela janela chamava a atenção das pessoas que passavam pelo viaduto e, para aguçar ainda mais esta curiosidade, os palhaços apareceram na janela para fazer uma pequena interação com aqueles, que a partir de então, se transformaram em público de uma intervenção fugaz. Foi a partir deste acontecimento inesperado que o grupo passou a considerar aquele espaço enquanto uma oportunidade de ação cultural.

Após oito meses de pesquisa o grupo estreou o espetáculo Esparrama pela Janela, que deu origem a uma sequência de três montagens. A peça ganhou destaque relevante de público, crítica e mídia pela forma poética e inusitada com que ocupou e discutiu a cidade. Vencedora dos prêmios FEMSA de Teatro Infantil e Jovem nas categorias revelação pela direção e Sustentabilidade e Cooperativa Paulista de Teatro de melhor ocupação de espaço, a peça foi um projeto precursor para a revitalização simbólica do Minhocão, se tornando referência para diversas pesquisas nas áreas de artes e urbanismo.

Em 2015 o grupo estreou Minhoca na Janela em 2018 foi a vez de Navegar, que foi finalista do Prêmio APCA 2018 na categoria Teatro Infantojuvenil e finalista em oito categorias (produção, direção, autoria de texto original, atriz, ator coadjuvante, cenografia, figurinos e sustentabilidade) do Prêmio São Paulo de Incentivo de Teatro Infantil e Jovem.

Por conta de todo este histórico, o Grupo Esparrama recebeu o reconhecimento do DPH – Departamento de Patrimônio Histórico da cidade de São Paulo, por meio de uma placa afixada no prédio onde são realizadas as apresentações, destacando a contribuição desta experiência para formação das identidades e memórias dos diversos grupos sociais existentes em São Paulo. “Abrimos a janela para nos apresentar e a própria cidade nos invadiu com todas suas questões, se impondo enquanto tema e cobrando de nós artistas a coragem de responder cenicamente a estas provocações. Com isso, vieram os espetáculos seguintes completando a trilogia”, explica Iarlei Rangel.


O prédio do CCBB São Paulo
Construído em 1901, o prédio do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo virou agência bancária em 1927 e Centro Cultural em 2001. O edifício foi comprado pelo Banco do Brasil em 1923 e após a reforma do arquiteto Hippolyto Pujol, se tornou o primeiro prédio em imóvel próprio do Banco do Brasil na cidade de São Paulo.

Graças ao restauro do arquiteto Hippolyto Pujol, o espaço ainda preserva características arquitetônicas do início do século da Belle Époque Paulista, período de influência francesa, como platibandas (faixas horizontais no superior do prédio) e mansardas (janelas sobre o telhado). Também são notáveis a estrutura de concreto armado (uma inovação na época), a grande área das janelas emolduradas por pilastras monumentais e o vão interno que atravessa todos os andares, iluminado por uma claraboia. Um dos destaques do prédio é o busto do deus grego Mercúrio, o deus do comércio, embaixo das iniciais “BB” do banco.


Ficha técnica
Concepção – Grupo Esparrama. Dramaturgia – Bobby Baq e Grupo Esparrama. Direção – Iarlei Rangel. Elenco – Lígia Campos, Kleber Brianez e Rani Guerra. Manipuladores – Evelin Cristina (Pedruska/Dragão/Famílias e Habitante Inventado pelas crianças) e Paulo Henrique (Petrônio/Dragão/Famílias e Habitante Inventado pelas crianças). Direção musical, Trilha Musical e Músicas Originais – Tô Bernado e Rani Guerra. Produção Musical – Estúdio Indlu. Bonecos e Adereços Cênicos – Eliseu Weide. Criação de Figurino – Marcela Donato. Cenotécnico – Andreas Guimarães. Assistentes de Figurino – Katia Naiane e Judite de Lima. Contrarregra, Assistência de Manipulação e de Som – Venâncio Ramos e Dega. Técnica de Som – Carol Andrade. Narração da Cena Janete – Paloma Alves. Design Gráfico – Marina Faria. Direção de Produção – Paloma Alves | Obará Produções. Produção Executiva – Fabiana Carqueijo. Assessoria de Imprensa – Frederico Paula | Nossa Senhora da Pauta. Patrocínio - Banco do Brasil. Realização – Ministério da Cultura e Centro Cultural Banco do Brasil.
 

Serviço
Espetáculo "Acorda!"
Com o Grupo Esparrama
Temporada: até dia 28 de julho, de sexta-feira a domingo, às 15h00.
De 3 de agosto a 1º de setembro, sábados e domingos, às 15h00.
Entrada gratuita
Duração: 40 minutos 
Classificação indicativa: livre
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo  
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, São Paulo – SP  
Funcionamento CCBB SP: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças  
Informações: (11) 4297-0600 
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h. 
Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do  Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa  Vista. 
Táxi ou aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB  (200 m). 
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma  parada no metrô República. Das 12h00 às 21h00.

sexta-feira, 5 de julho de 2024

.: "O Gosto da Guerra", de José Hamilton Ribeiro, em edição revista e ampliada


A Companhia das Letras lança nova edição revista e ampliada de "O Gosto da Guerra" (compre neste link), livro de José Hamilton Ribeiro, premiado jornalista brasileiro que cobriu a Guerra do Vietnã. O livro traz ainda outros textos publicados na revista Realidade - a mais importante revista de grandes reportagens da nossa imprensa - alguns inéditos em livro, e posfácio de Patrícia Campos Mello. Neste sábado, dia 6 de julho, o autor estará n’A Feira do Livro, no Pacaembu, realizando o lançamento da obra, no estande da Companhia das Letras, às 16h00.

José Hamilton Ribeiro foi um dos raros jornalistas do país a entrar no Vietnã durante os conflitos que, por quase duas décadas, fizeram tremer o Sudeste Asiático — e abalaram o mundo, que não seria o mesmo depois da humilhante derrota da maior potência militar global, as forças armadas dos Estados Unidos.

Narrada em tom coloquial, na qual não faltam ironias, a reportagem sobre o Vietnã de José Hamilton Ribeiro (ele mesmo uma baixa do conflito, após pisar em uma traiçoeira mina na Estrada sem Alegria), no entanto, capta toda a dimensão trágica dessa guerra desigual e insere o autor na tradição do jornalismo literário ao lado de grandes nomes da imprensa internacional.

Nesta edição revista e ampliada, o texto original vem acompanhado por outra reportagem de José Hamilton, também escrita em 1968, em que narra seus primeiros dias no Vietnã, além de colaborações do autor para a revista Realidade, que dão uma amostra do tipo de jornalismo praticado por ele e explicam por que Hamilton é o repórter mais premiado do Brasil. Compre o livro "O Gosto da Guerra", de José Hamilton Ribeiro, neste link.


Sobre o autor
José Hamilton Ribeiro 
é paulista de Santa Rosa do Viterbo, onde nasceu em 29 de agosto de 1935. Ao longo de sua carreira esteve à frente da criação da revista Realidade, que se tornou um paradigma do jornalismo brasileiro, e da Quatro Rodas. Trabalhou na Folha de S.Paulo, no Globo Repórter, no Fantástico e no Globo Rural, veículo em que exerceu as funções de repórter e editor. Considerado um dos maiores jornalistas do país, Zé Hamilton ganhou sete prêmios Esso, e, em 2006, recebeu o Maria Moors Cabot, a mais antiga honraria internacional do jornalismo, da Escola de Jornalismo de Columbia, em Nova York. Vive em Uberaba (MG). Garanta o seu exemplar de "O Gosto da Guerra", escrito por José Hamilton Ribeiro, neste link.

.: Versão teatral de "Shakespeare Apaixonado" estreia no 033 Rooftop


O espetáculo, baseado no filme vencedor do Oscar, tem estreia marcada para 2 de agosto no 033 Rooftop, em São Paulo, e acontecerá em formato imersivo. Foto: João Caldas F°


O Instituto Artium de Cultura e o Atelier de Cultura, empresas responsáveis por sucessos como "Wicked", "Evita Open Air", "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate", "Cantando na Chuva", e "Legalmente Loira", trazem mais uma superprodução a São Paulo em 2024: o espetáculo teatral "Shakespeare Apaixonado". Apresentado pelo Ministério da Cultura e com patrocínio máster da Comgás, a apresentação acontecerá no 033 Rooftop, localizado no Complexo JK Iguatemi, com direção e versão para a língua portuguesa do premiado diretor Rafael Gomes, conhecido por trabalhos de relevância no teatro e no cinema. Sucesso na literatura e em grandes palcos ao redor do mundo, a obra estreará no Brasil em formato imersivo, o que possibilitará que o público fique muito próximo aos atores. O ambiente, caracterizado como a Inglaterra elisabetana do Renascimento, propiciará aos espectadores uma viagem para o século XVI.

A peça, que tem origem no filme homônimo - com Joseph Fiennes, Gwyneth Paltrow e Judi Dench - tem adaptação original para os palcos de Lee Hall, um dos mais premiados autores ingleses da atualidade e responsável também pelo roteiro de Billy Elliot, vencedor do Tony Award de Melhor Texto de um Musical em 2009. Antes de chegar a São Paulo, Shakespeare Apaixonado ganhou produções encenadas em Londres, Nova York, Japão e África do Sul, sempre com grande êxito de público e crítica. "A adaptação teatral de Lee Hall expande o drama romântico do filme e cria uma obra que precisa ser conhecida pelo público brasileiro. Ao lado da trama amorosa, se ergue uma comédia de época, muito divertida e sofisticada", comenta Rafael Gomes. "Um espetáculo de raro dinamismo e grandiosidade, em uma produção teatral com 22 atores em cena e que merece ser vista por seu ineditismo", completa o diretor vencedor dos prêmios APCA e Shell.

Um trio de renome encabeça o elenco: Rodrigo Simas interpretará um jovem cheio de sonhos, William Shakespeare, que, após um bloqueio criativo, encontra na aristocrata Viola de Lesseps (representada nesta montagem por Carla Salle) sua musa inspiradora. Lady Viola, por ser comprometida e também por não poder exercer o ofício de atriz, se veste em trajes masculinos para participar dos ensaios junto a Shakespeare, visto que, naquela época, as mulheres não tinham permissão para atuar. O trio se completa com a grande atriz Ana Lúcia Torre, que interpreta a Rainha Elizabeth I.

O elenco ainda é composto por outros 19 atores. O formato de arena do 033 Rooftop permitirá uma experiência positiva e atrativa pela proximidade dos atores, que utilizarão todo o espaço como cenário, e um menu exclusivo inspirado na gastronomia da Inglaterra. A produção no Brasil é licenciada pelo Disney Theatrical Group. "Shakespeare Apaixonado" é apresentado pelo Ministério da Cultura, tem patrocínio master da Comgás, patrocínio prata da Esfera, patrocínio do Sem Parar e Zurich Santander Seguros e Previdência, e apoio da Farmacêutica EMS, SegurPro, Santander, Unisys, Rio Branco, Radisson Blu São Paulo e Dona Deôla.

Equipe criativa
Direção geral: Rafael Gomes
Direção Musical: Rodrigo Hyppolito
Cenário: André Cortez
Figurino: Ligia Rocha, Marco Pacheco e Jemima Tuany
Direção de movimento: Fabricio Licursi
Design de som: Gabriel D'Angelo
Design de luz: Wagner Antônio
Design de perucas: Feliciano San Roman
Design de maquiagem: Cris Tákkahashi
Versão brasileira: Rafael Gomes
Direção técnica: Rodrigo Checarone
Produção executiva: Pia Calixto
Produção: Baccic


Elenco completo
Rodrigo Simas - William Shakespeare
Carla Salle - Viola
Ana Lucia Torre - Rainha Elizabeth I
Fafa Renno - Ama
Gustavo Vaz - Lorde Wessex
Leandro Villa - Christopher Marlowe
Davi Novaes - Burbage
Rael Barja - Henslowe
Dagoberto Feliz - Fennyman
Vinicius Salgueiro - John Webster
Dom Capelari - Ned Alleyn
Thiago Ledier - Adam (Gregório) e cover de SIR ROBERT/ TILNEY
Lucas Bocalon - Sam (Julieta) e cover de NED AYLLEN
Walmick de Holanda - Ralph (Ama) e cover de HENSLOWE
Evandro Cavalcante - Nol (Benvólio e Sansão) e cover de BURBAGE
Ernani Sanchez - Sir Robert de Lesseps / Tilney
Amaurih Oliveira - Peter (Teobaldo) e cover de MARLOWE
José Trassi - Robin (Madame Capuleto) e cover de FENNYMAN
Gabriel Edeano - Wabash e cover de WESSEX
Rafael De Bona - Cover de Will Shakespeare e Ensemble
Julia Corrêa - Kate e cover de AMA e RAINHA
Luiza Porto - Molly e cover de VIOLA


Experiência gastronômica
O público poderá desfrutar de uma experiência gastronômica completa, assinada pelo Chef Mário Azevedo, do 033 Rooftop. Inspirado pelo clima de Londres do século XVI, o Chef preparou três pratos tipicamente ingleses, que contam ainda com drink e sobremesa. O público precisa adquiri-los antecipadamente pela Sympla, pois não estarão disponíveis para a venda no local no momento da apresentação, sendo servidos apenas aos clientes que reservarem com antecedência.

*A compra dos itens do Menu Shakespeare Apaixonado não dá acesso ao 033 Rooftop, é necessário adquirir ingressos para o espetáculo "Shakespeare Apaixonado". 

*Cliente Santander tem desconto de 15% no menu e demais itens comercializados no bar do 033 Rooftop. 

Srtviço
Apresentado por: Ministério da Cultura
Patrocínio master: Comgás
Temporada: de 2 de agosto a 22 de setembro de 2024
Local: 033 Rooftop
Endereço: Complexo do Shopping JK - Av. Juscelino Kubitschek, 2041 - Itaim Bibi - SP 

Sessões:
Quinta-feira às 19h30
Sexta-feira às 19h30
Sábado às 15h00 e às 19h30
Domingo às 15h00 e às 19h30

Classificação Etária
Classificação Etária: livre. Menores de 12 anos devem estar acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais. A determinação da classificação etária poderá a qualquer momento ser alterada pelo Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude da Comarca de São Paulo - SP. 

Duração aproximada: 150 minutos com 15 minutos de intervalo
Capacidade: 421 pessoas
Acesso para pessoas com deficiência
Estacionamento: Valet R$35,00 – aceita todos os cartões de débito/crédito
Ingressos: de R$19,80 a R$400,00


Canais de venda oficiais
Sem taxa de conveniência
Bilheteria do Teatro Santander - Todos os dias 12h as 18h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação.
Autoatendimento: A bilheteria do Teatro Santander possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24h por dia.

Com taxa de conveniência
Site: Sympla.com
*ATENÇÃO! O ELENCO PODERÁ SOFRER ALTERAÇÕES SEM AVISO PRÉVIO. EVITE ATRASOS! RECOMENDAMOS A CHEGADA COM NO MÍNIMO 30 MINUTOS DE ANTECEDÊNCIA. APÓS O INÍCIO DO ESPETÁCULO, SOMENTE SERÁ PERMITIDA A ENTRADA APÓS A PRIMEIRA CENA. EM CASO DE ATRASO, NÃO HAVERÁ DEVOLUÇÃO DO VALOR DOS INGRESSOS, NEM A TROCA PARA OUTRO DIA OU SESSÃO.
*Crianças de até 1 ano e 11 meses de idade, que ficarão no colo dos responsáveis, não necessitam de ingresso. Obrigatória apresentação de documento oficial com foto.

.: Herson Capri e Caio Blat estrelam peça "Memórias do Vinho (Per Bacco)"


Com direção de Elias Andreato, o texto inédito da saudosa Jandira Martini e de Maurício Guilherme retrata pai e filho que se reencontram após longo período de distância para um acerto de contas. Foto: Nana Moraes


Os talentosos atores Herson Capri e Caio Blat interpretam pai e filho em "Memórias do Vinho (Per Bacco)", último texto escrito para teatro pela saudosa Jandira Martini, em colaboração com Maurício Guilherme. A peça inédita foi criada a partir de uma ideia do produtor Fernando Cardoso, que produz a peça ao lado de Roberto Monteiro, seu sócio na Mesa 2 Produções. Com direção de Elias Andreato, o espetáculo tem sua temporada de estreia no Teatro Vivo, de 3 de agosto a 15 de setembro, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00.

É na valiosíssima adega da família que pai (Herson Capri) e filho (Caio Blat), afastados há anos, se reencontram. A coleção de vinhos do pai, que reúne compras de oportunidade, antigos presentes e garrafas arrematadas em leilões frequentados pelos muito ricos, pode ser a solução para um projeto pessoal do filho. Mas inesperadas revelações e até um secreto diário de vinhos, escrito pelo pai, muda o rumo desse encontro, transformando-o em um tenso acerto de contas. Estarão os dois preparados para um brinde final?

Tomando como contexto o fascinante universo dos vinhos, capaz de resgatar a história da humanidade desde tempos imemoriais, a peça retrata o reencontro entre pai e filho que estão afastados há muitos anos. Reunidos por pura necessidade, o filho vê na adega do mais velho uma chance de sair da ruína financeira vendendo algumas garrafas. A preciosa adega, formada por garrafas colecionadas como antigos presentes, compras de oportunidade e raridades arrematadas em leilões caríssimos, representa uma espécie de biblioteca de memórias - muitas delas difíceis de serem degustadas. E, no meio das garrafas, o filho encontra um diário secreto dos vinhos, escrito pelo pai, contendo informações detalhadas sobre quando cada garrafa foi adquirida e aberta.

O curioso diário, capaz de despertar prazer em qualquer enólogo, conta não apenas a trajetória da adega e dos vinhos contidos nela, mas a história de toda uma vida. No entanto, inesperadas revelações mudam o rumo desse encontro, transformando-o em um tenso acerto de contas. “Essa história revela o aspecto efêmero que só o teatro é capaz de registrar – em oposição direta ao contexto atual, no qual imagens e sons são captados freneticamente por smartphones e câmeras. Não seria esse um ponto de encontro entre Vinho e Teatro - ambos criados pelo deus Baco para celebrar o prazer de viver intensamente o momento?”, comenta o produtor Roberto Monteiro. Memórias do Vinho (Per Bacco) é apresentado pelo Ministério da Cultura, Vivo e Mesa 2, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.


Ficha técnica
Autores: Jandira Martini e Maurício Guilherme
Direção: Elias Andreato
Assistente de direção: Rodrigo Frampton
Cenário: Rebeca Oliveira
Contrarregra: Tico (Agilson dos Santos)
Figurino: Mari Chileni
Camareira: Gisele Pereira
Iluminação: Cleber Eli
Operação de luz: Ian Bessa
Operação de som: Eder Soares
Trilha: Elias Andreato
Fotos: Nana Moraes
Design e identidade visual: Rodolfo Rezende / Estúdio Tostex
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção executiva: Elisangela Monteiro
Direção de produção: Fernando Cardoso e Roberto Monteiro
Realização: Mesa2 Produções

Serviço
"
Memórias do Vinho (Per Bacco)", de Jandira Martini e Maurício Guilherme
Temporada: 3 de agosto a 15 de setembro de 2024
Às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00
Teatro Vivo - Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi, São Paulo
Ingressos: R$ 150,00 (inteira), R$ 75,00 (meia-entrada)* e R$ 40,00 (preço popular)**
Venda online em https://bileto.sympla.com.br/event/95023
Bilheteria (sem taxa de conveniência): aberta 2 horas antes das sessões. Totem Sympla: de segunda a sexta, em horário comercial
Classificação: 12 anos
Duração: 70 minutos
Capacidade: 274 lugares
Acessibilidade: Todas as apresentações têm tradução em LIBRAS. Teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
* O comprovante de meia-entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.
**O ingresso na categoria “Preço Popular” é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional.

.: "Deadpool & Wolverine" tem pré-venda disponível na rede Cineflix Cinemas


Lançamento mais aguardado do ano, "Deadpool & Wolverine", novo filme da Marvel Studios protagonizado por Ryan Reynolds e Hugh Jackman que chega aos cinemas em 25 de julho de 2024, terá sua pré-estreia no Brasil em 24 de julho. Os ingressos podem ser adquiridos on-line e na na rede Cineflix Cinemas. Os detalhes de compra, preços e horários para as sessões podem ser encontrados de forma on-line, presencial, na loja virtual e/ou nos aplicativos móveis da rede.

Shawn Levy dirige "Deadpool & Wolverine". No filme, um apático Wade Wilson trabalha duro na vida civil. Seus dias como mercenário moralmente flexível, Deadpool, ficou para trás. Quando seu planeta enfrenta uma ameaça, Wade deve relutantemente vestir-se novamente com um ainda mais relutante... relutante? Mais relutante? Ele deve convencer um Wolverine relutante em... Porra. As sinopses são tão estúpidas.

Além de Ryan Reynolds e Hugh Jackman, o elenco conta com Emma Corrin, Morena Baccarin, Rob Delaney, Leslie Uggams, Karan Soni e Matthew Macfadyen. Kevin Feige, Ryan Reynolds, Shawn Levy e Lauren Shuler Donner produzem junto a Louis D'Esposito, Wendy Jacobson, Mary McLaglen, Josh McLaglen, Rhett Reese, Paul Wernick, George Dewey, Simon Kinberg e Jonathon Komack Martin como produtores executivos. DEADPOOL & WOLVERINE é escrito por Ryan Reynolds, Rhett Reese, Paul Wernick, Zeb Wells e Shawn Levy.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Divertida Mente 2" ("Inside Out 2") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: "A saúde mental, ela é o mal do século", diz Marcelo Serrado no "Provoca"


O ator conta, em detalhes, como são os sintomas de uma síndrome do pânico, como percebe os gatilhos e como lida com a crise quando ela vem – por já conhecer. Foto: Felipe Medeiros


Nesta terça-feira, dia 9 de julho, o apresentador Marcelo Tas entrevista o ator Marcelo Serrado. Na conversa com o ator, produtor e diretor brasileiro eles falam sobre novelas no streaming, cuidado com saúde mental, síndrome do pânico e mais. Inédito, o "Provoca" vai ao ar às 22h00, na TV Cultura.

O ator conta, em detalhes, como são os sintomas de uma síndrome do pânico, como percebe os gatilhos e como lida com a crise quando ela vem – por já conhecer. “Tinha a ver também com a coisa de você desacelerar, eu estava emendando um trabalho no outro, um trabalho no outro e ‘pá’, de repente eu desacelerei”, fala ao lembrar de quando foi viajar com a família para a Disney, viveu uma crise na ida – mas conseguiu controlá-la – e precisou adiar o retorno ao Brasil por conta da síndrome do pânico e não conseguir embarcar no voo. “A saúde mental, ela é o mal do século (...) Eu vejo que a alma humana é capaz de nos levar a lugares muito interessantes, mas também a abismos muito perigosos”, comenta, ao dizer que isso pode atingir a todos.

Ao ser questionado por Tas sobre as maiores diferenças entre novela na TV e no streaming, diz: “Você tem mais tempo pra trabalhar as cenas, você tem mais tempo pra fazer as cenas, você tem quase uma qualidade de cinema, entendeu? Poucos personagens, e são, assim, personagens bem interessantes pra se fazer no streaming, que são personagens que te levam pra lugares que talvez na TV aberta você não fosse”.

“Eu me reconheci naquele lugar lá fora da Globo, no sentido de que eu olho pro lado tem Caio Blat contracenando comigo, do outro lado a Camila Pitanga, na minha frente tem o Herson Capri. Então me reconheci naquelas pessoas. Muito inteligente do Max de colocar, no sentido do cara se reconhecer”, diz sobre a novela "Beleza Fatal", que estreia no plataforma de streaming Max, em 2025.

Quanto ao momento atual de sua vida, ele afirma para Tas: “Eu descrevo hoje como ‘provoca’, o nome do seu programa, um provoca. A vida me provocou e eu me renasci, ao meu olhar. E se isso vai bater no olhar dos outros de uma maneira positiva, ok, se não bater também, ok. Mas pra dentro de mim, surgiu um novo Marcelo aí, que é esse Marcelo que eu quero daqui pra diante”.

.: MPB-4: disco com participações especiais comemora 60 anos de música


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O Brasil sempre teve tradição de lançar grupos vocais na música. E alguns conseguem permanecer em atividade com um repertório de qualidade, que merece sempre ser redescoberto pelo grande público. Um desses casos é o do MPB-4, que está lançando um disco comemorando 60 anos de carreira, com várias participações especiais. Um álbum que pode ser classificado como uma pérola musical.

O grupo tem dois integrantes da formação original: Aquiles e Miltinho. Ruy Faria e Antonio Waghabi, o Magro, faleceram em 2018 e 2012, respectivamente. Dalmo Medeiros e Paulo Malagutti completam atualmente o grupo, que busca manter a tradição dos arranjos vocais criados por Magro ao longo da sua trajetória, que se tornaram sua marca registrada.

E a coisa se repete nesse novo lançamento pela gravadora Biscoito Fino. O trabalho funciona como uma pequena e valiosa amostra da genialidade e competência desse grupo, que é considerado por muitos como um patrimônio de nossa música.

O disco abre com "Notícias do Brasil", de Milton Nascimento, contando com o autor no vocal. Um arranjo delicado e um pouco mais cadenciado do que o da versão original, logicamente preservando a integridade do intérprete que já está com 80 anos. E segue com "O Cantador", clássico da era dos festivais com Dori Caymmi no vocal, em uma ótima versão da canção.

O que se segue depois é puro deleite para quem curte a nossa música. O samba pede passagem em "Pret-A-Porter de Tafetá" (com João Bosco) e "Caso Encerrado" (com Toquinho). E ancora em um porto seguro com Ivan Lins na clássica "Velas Içadas". O mestre Edu Lobo canta a sua animada "Dança do Corrupião", com arranjo influenciado pelos ritmos nordestinos. E o eterno parceiro Chico Buarque canta "Angélica", parceria sua com Miltinho, com letra inspirada na história da estilista Zuzu Angel, que perdeu o filho durante o período do governo militar no Brasil.

O disco segue com a genialidade de Guinga, com a complexa canção "Catavento e Girassol". E depois cai novamente no samba raiz com Paulinho da Viola e a clássica "Coisas do Mundo Minha Nega". A dupla gaúcha Kleiton e Kledir participa cantando a canção "Paz e Amor", com uma letra cheia de esperança no futuro e no presente. E Alceu Valença canta com o MPB-4 a sua balada "Na Primeira Manhã". O disco encerra com "Parceiros", bonita composição de Francis Hime com o autor no vocal.

Se por um lado o disco não consegue resumir os 60 anos do grupo, pelo menos teve o mérito de mostrar uma música de qualidade que merece ser redescoberta pelo público. E também comprova que o grupo continua com a sua integridade musical intacta, mesmo com as alterações na sua formação. Vale muito a pena a audição.


"Pret-A Porter de Tafetá"


"Angelica"


quinta-feira, 4 de julho de 2024

.: Livro de Marcelo Tognozzi examina a polarização que tomou conta do mundo


São Paulo será a primeira cidade a receber o lançamento do livro "Ninguém Segura Este Monstro - Manipular, Mentir & Polarizar", do jornalista Marcelo Tognozzi. O evento vai acontecer em 10 de julho, na Livraria da Vila. Com olhar perspicaz e uma capacidade analítica inigualável, neste livro Tognozzi mergulha profundamente na política contemporânea e na polarização que domina o cenário global.

A obra é uma coletânea de 100 artigos escritos pelo jornalista nos últimos cinco anos e publicados no jornal eletrônico Poder 360. São textos que tratam de cenários e fatos políticos marcantes no Brasil e no mundo, desde a ascensão de Bolsonaro, o ressurgimento de Lula e a eleição de Milei na Argentina; até o Governo Trump, a guerra da Ucrânia, os objetivos de Putin e o eterno conflito entre Israel e o mundo árabe; incluindo até mesmo as inescrupulosas ações do marqueteiro da direita internacional Steve Bannon.

Marcelo Tognozzi é um jornalista reconhecido por sua clareza e objetividade; um profundo observador das pessoas e dos acontecimentos, oferecendo um antídoto contra a ignorância arrogante e o desprezo pela verdade que permeiam os tempos atuais.

"Em um momento em que o ódio à imprensa e ao conhecimento prolifera, Tognozzi proporciona lucidez e razão, brindando o leitor com a verdade, com o conhecimento que traz as luzes necessárias para entendermos a fase tormentosa pela qual passa a humanidade”, diz o também escritor e jornalista Nei Lima Figueiredo, autor do prefácio do livro.

“Ninguém Segura Este Monstro - Manipular, Mentir & Polarizar" - nome também de um dos artigos do livro sobre fake news -, vem iluminar os caminhos da compreensão política e social dos nossos tempos. Depois de São Paulo, o livro será lançado em Brasília, Recife e Rio de Janeiro.

Sobre o autor
Marcelo Tognozzi
é jornalista com pós-graduação em Marketing Político e Gestão de Campanhas Eleitorais pela Graduate School of Political Management, da The George Washington University(EUA) e em Inteligência Econômica pela Universidade de Comillas na Espanha. Trabalhou em grandes veículos de imprensa do lopaís e, atualmente, é colunista do jornal digital Poder360. É especialista em novas mídias e marketing político digital, com grande experiência como consultor na área de Relações Institucionais.

Foi Secretário Adjunto de Comunicação do governo do Distrito Federal, chefiou a Assessoria Parlamentar do Ministério de Minas e Energia durante o governo Fernando Henrique Cardoso, foiSecretário de Imprensa da Presidência do Senado Federal e coordenou o Departamento de Comunicação Social da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em 1996, planejou e implantou a Agência Brasília do governo do Distrito Federal, primeira agência de notícias governamental on-line do Brasil. Nos últimos 14 anos, executou outros dois projetos pioneiros de agências de notíciasvirtuais: para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e para a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Como especialista em novas mídias, desenvolveu diversos trabalhos na área de marketing viral e mobile marketing. Já participou de campanhas de partidos como PDT, PT, DEM, PMDB e de entidades de classe. É autor de "Vote Certo - A Eleição sem Complicação" e do e-book "Manual da Campanha Digital"; além de coautor dos livros "Junho de 2013 - A Sociedade Enfrenta o Estado", "Marketing Político em Tempos Modernos" e "Políticos ao Entardecer". Professor do curso de pós-graduação em Marketing e Comunicação Digital do Centro Universitário Iesb, em Brasília, é sócio-diretor da A+B Comunicação e RP Digitais, com sede também na capital federal.


Serviço
Lançamento do livro “Ninguém Segura Este Monstro - Manipular, Mentir & Polarizar", do jornalista Marcelo Tognozzi.
Dia 10 de julho, às 18h00.
Local: Livraria da Vila - Pinheiros. Rua Fradique Coutinho, 915 - São Paulo.

.: Estrelado por Emma Stone, "Tipos de Gentileza" estreia em 22 de agosto


Dirigido por Yorgos Lanthimos e estrelado por Emma Stone, o longa-metragem "Tipos de Gentileza", da Searchlight Pictures, estreia em 22 de agosto nos cinemas nacionais. No elenco, tamb[ém estão Jesse Plemons, Willem Dafoe, Margaret Qualley, Hong Chau, Joe Alwyn, Mamoudou Athie e Hunter Schafer.

A nova produção da Searchlight Pictures é uma fábula antológica que acompanha um homem sem escolha que tenta assumir o controle de sua própria vida; um policial tentando lidar com o fato de sua esposa, que havia desaparecido no mar, ter retornado e parecer outra pessoa; e uma mulher determinada a encontrar uma pessoa específica com uma habilidade especial, destinada a se tornar uma poderosa líder espiritual.

"Tipos de Gentileza" é estrelado pela duas vezes vencedora do Oscar® Emma Stone, pelos indicados ao Prêmio da Academia Jesse Plemons e Hong Chau, além de Willem Dafoe, Margaret Qualley, Joe Alwyn, Mamoudou Athie e Hunter Schafer. O roteiro original foi escrito por Lanthimos e Efthimis Filippou, fazendo deste projeto sua quinta colaboração juntos ("O Lagosta", "O Sacrifício do Cervo Sagrado", "Dentes Caninos", "Alpes"). Já a produção do filme ficou por conta de Ed Guiney, Andrew Lowe, Kasia Malipan e Yorgos.

Trailer de "Tipos de Gentileza":

.: Espetáculo "Nzinga" resgata história da rainha angolana Nzinga no CCSP


Idealizada por Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues, montagem propõe um reencontro do público, sob a perspectiva bantu cíclico-espiralar, com imagens de uma das soberanas mais estudadas no mundo

Ao resgatar a relação entre a rainha Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi, do Ndongo (parte do atual território de Angola), o espetáculo teatral "Nzinga" propõe um mergulho nos repertórios culturais das matrizes bantu. O trabalho, idealizado por Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues, estará em temporada no Centro Cultural São Paulo - Sala Jardel Filho, de 5 a 14 de julho, com sessões de sexta e sábado, às 20h00, e aos domingos, às 19h00. Em cena estão Aysha Nascimento e Flávio Rodrigues. Os ingressos são gratuitos.

Com dramaturgia de Dione Carlos, a trama parte de um recorte temporal de sete anos, entre 1617 e 1624, desde o momento em que Ngola Mbandi assume o trono após a morte do pai até a coroação de Nzinga como soberana do Ndongo, após o falecimento de seu irmão. A ideia da montagem é debater fragmentos desta narrativa a partir de uma visão afrodiaspórica, negando o pensamento eurocentrado que supõe que a história das populações negro-africanas se inicia com o processo de escravização mercantilista e se encerra com a colonização.

Também conhecida como Njinga a Mbandi, Jinga, Ginga, Ana Nzinga, Ngola Nzinga, Nzinga de Matamba, Mbande Ana Nzinga e Dona Ana de Sousa, a rainha angolana configura-se enquanto ente-personagem mítica e sócio-histórica que reitera as resistências dos povos africanos e permite aos afrodescendentes acessar e recontar suas próprias histórias, repletas de possibilidades imprevisíveis.

“Essa história viabilizou um mergulho nos repertórios culturais das matrizes bantu, modelos civilizacionais baseados na ética comunitária e no vitalismo, em uma concepção de existência integrada. O espetáculo traz premissas que podem, creio eu, fortalecer nossos lugares de potência, sobretudo diante do momento atual de tantas mazelas. O espetáculo é uma proposta, e não uma resposta, sobre ser, estar e sentir no mundo”, revela Aysha Nascimento, co-idealizadora do trabalho.

Ela ainda conta que teve um maior contato com a história da rainha Nzinga em 2017, quando ela e Flávio Rodrigue apresentaram junto com o Coletivo Negro o espetáculo Revolver no Festerca - Festival Internacional de Teatro do Cazenga, província de Luanda, Angola. “Infelizmente, pouco se sabe sobre os irmãos e irmãs de Mwene Nzinga, então nós nos apoiamos em fontes bibliográficas combinadas a fontes orais de uma produção panafricanista muito específica. O nosso objetivo era escapar da construção antagônica entre os irmãos sustentada pelas fontes eurocêntricas”, explica a atriz.

A partir da perspectiva bantu, o espetáculo propõe ao público uma reflexão sobre a ética comunitária, as relações de gênero, a irmandade, as concepções de espaço-tempo, as noções de família, as lógicas de poder e as táticas anticoloniais. “À medida que fomos estudando as filosofias das matrizes ‘congo-angolanas’, pudemos refletir sobre temas importantes, como família alargada e relações de poder ou gestão do poder sob outro ponto de vista, bem distinto da concepção ocidental. Esperamos que, por meio de outras experiências, a gente possa conceber o mundo e apreender a realidade de outras formas. Por isso, lançamos luz a tais repertórios e referenciais reatualizados a partir da nossa experiência afrodiaspórica”, relata Flávio Rodrigues, co-idealizador do trabalho e ator que divide a cena com Aysha Nascimento.

Ainda sobre esse rico processo, o historiador Bruno Garcia, co-idealizador e orientador de pesquisa teórica do trabalho, acrescenta: “Iniciamos nossos estudos lendo autoras e autores da região de África Central (sobretudo, da República Democrática do Congo|RDC e de Angola), na tentativa de compreender as concepções de tempo, espaço e pessoa pelo prisma dos Bakongo, dos Mbundu e dos Tchokwe. Dentre nossos referenciais, podemos citar a produção do congolês Bunseki Fu-Kiau e do angolano Patrício Batsîkama. Contamos também com a parceria da sua majestade, a rainha Diambi Kabatusuila (RDC), do pesquisador soteropolitano Niyi Tokunbo Mon’a-Nzambi, do historiador angolano Filipe A. Vidal, da cientista política e estilista angolana Cristina Lucas Magalhães, do historiador panafricanista angolano Luís Miguel Antônio Dias e do historiador e artista mineiro Salloma Salomão. Essas parcerias nos permitiram aprofundar nossas conexões África-Brasil pelo Atlântico Negro”.


Sobre a encenação
O texto não é exclusivamente uma biografia da personagem-título, mas a apresentação de determinadas imagens históricas. “Gostaríamos de apresentar situações icônicas - exemplares, modelares - que ecoam aspectos das vidas negras (talvez, falando mais amplamente, de pessoas racializadas)”, reflete Eduardo Okamoto, orientador artístico do projeto.

Por isso, mais que uma narrativa no tempo (acontecimentos concatenados, conflitos, clímax e desfecho) a equipe procurou valorizar a dramaturgia em seus aspectos imagéticos: paisagens, ambientes, cenários, lugares onde se está e partir de onde se vê, se ouve e se fala, ou seja, atitudes. A cena abre-se, portanto, não só como um modo de representar/dramatizar fatos históricos, mas como modos de pensar imagens que ciclicamente se repetem.

Durante a criação de cenas, referências diversas orientaram o processo, como a obra teórica do queniano Ngũgĩ wa Thiong'o. Para ele, um dos problemas fundamentais da poesia teatral como sistema sígnico é a criação de uma concepção de espaço-tempo diversa daquela que regula a vida dos Estados Nacionais (dos sistemas econômicos, portanto). Aqui, é tarefa da arte não aderir a simbiose que existe entre produção e processos de subalternização (de povos, grupos sociais ou raciais).    

Apostando na narrativa como procedimento, o espetáculo centra-se na palavra a no jogo de atuantes. A corpo-oralidade como modo de descrever situações, relacioná-las, tomá-las como mote para meditação e aprendizado.

Assim, as matrizes culturais africanas podem constituir um sopro renovador da cena contemporânea e, especialmente, da cena que aborda tematicamente as identidades (que tratam de gênero, raça, etc.). Nzinga pode nos ajudar a pensar modos de negociar a própria existência sem nos limitarmos às imagens produzidas por nossos algozes. Deve-se ter em conta aquilo que o outro produz como imagem de nós, já que a recusa a estas efabulações pode não bastar – no limite, estaremos apenas enquadrando o nosso próprio existir num imaginário que não é o nosso. Negociar, assim, pode ser um destino e um paradoxo: pensar a partir do outro, pensar o outro e, também, pensar outra coisa.


Sinopse de "Nzinga"
O espetáculo narra as relações entre Mwene Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi, realezas da região centro-africana no século XVII. A dramaturgia concentra-se em um recorte temporal de sete anos (1617 - 1624), momento em que Mbandi sucede ao trono após a morte do pai, Ngola Mbandi Kiluanji, até o episódio em que Nzinga torna-se rainha do Ndongo. A trama convida o público a refletir sobre ética comunitária, relações de irmandade, concepções de espaço-tempo, lógicas de poder e táticas anticoloniais. Trata-se de um reencontro, sob a perspectiva bantu cíclico-espiralar, com a biografia de uma das soberanas mais estudadas no mundo.


Ficha técnica
Idealização, concepção e direção geral: Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues. Atuação: Aysha Nascimento e Flávio Rodrigues. Orientação artística: Eduardo Okamoto. Orientação artístico-pedagógica (fase inicial): Maria Thaís Direção musical: Salloma Salomão. Trilha sonora original: Salloma Salomão e Gui Braz (Aruanda Mundi). Vozes gravadas: Salloma Salomão e Juçara Marçal. Musicistas: Aysha Nascimento, Flávio Rodrigues, Gui Braz, Salloma Salomão, Jéssica Areias, Manoel Trindade e Érica Navarro. Dramaturgia: Dione Carlos. Preparação corporal: Val Ribeiro. Preparação corporal (fase inicial): Kanzelumuka. Orientação de pesquisa teórica: Bruno Garcia. Desenho de luz: Wagner Pinto. Cenografia: Julio Dojcsar. Figurino: Silvana Marcondes. Costureira: Judite de Lima. Joias: Débora Marçal (Preta Rainha). Técnico e operador de luz: Gabriel Greghi. Técnico e operador de som: Tomé de Souza. Produção administrativa: Izah Neiva (produtora Eillibre LTDA). Produção executiva: Marcos di Ferreira. Fotografia: Sérgio Fernandes. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Ilustração: Yirenkyi Asante. Arte gráfica: Bruno Marcitelli. Realização: Diásporas Produções; Produtora Eillibre; ProAC - Edital ProAC Expresso Nº 02/2023 – Programa De Ação Cultural – “Teatro – Circulação de espetáculo”; e Centro Cultural São Paulo.


Serviço
"Nzinga" no Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho
Temporada: de 5 a 14 de julho de 2024, sextas e sábados às 20h; domingos, às 19h.
Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho
Rua Vergueiro, 1000 - Liberdade, São Paulo - SP
Duração: 60 minutos. Classificação: 14 anos. Capacidade: 321 lugares. Entrada franca.

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