segunda-feira, 24 de junho de 2024

.: "Chupim": Itamar Vieira Junior estreia na literatura infantil com livro ilustrado


Depois dos sucessos - de público e crítica - "Torto Arado", "Salvar o Fogo" e "Doramar ou A Odisseia: histórias", publicados pela Todavia, Itamar Vieira Junior faz a sua estreia na literatura para as infâncias. "Chupim", que será lançado em agosto pela editora Baião, é ambientado no mesmo universo que consagrou Torto arado como um dos grandes romances da atual literatura brasileira. Em coautoria com a artista plástica Manuela Navas, a obra nos presenteia com uma prosa marcada pelo lirismo e pela crítica social.

Antes de o galo anunciar o início de um novo dia, o pai chama para o despertar: “Menino, menino”. Aquela era a primeira vez que Julim ia para os campos de arroz. Ali, enquanto os trabalhadores plantam, colhem e deixam os seus anos na terra, as crianças espantam os chupins. Mas, afinal, que mal pode fazer um passarinho? Primeiro livro para as infâncias de Itamar Vieira Junior, em coautoria com a artista plástica Manuela Navas, "Chupim" nos presenteia com uma prosa marcada pelo lirismo e pela crítica social. 

Entre realidade e sonho, o autor se vale do pássaro já presente em seu primeiro romance – Torto arado – para tematizar a realidade do campo: famílias presas aos donos de terra e à sazonalidade das colheitas, o combate às pragas que ameaçam as plantações, a labuta de homens e mulheres em busca de sustento. Na figura do menino Julim, Itamar Vieira Junior reflete sobre a presença, e o trabalho, das crianças nos campos de arroz, contrapondo as perspectivas infantil e adulta sobre o mesmo universo. Compre o livro "Chupim", de Itamar Vieira Junior, com ilustrações de Manuela Navas, neste link.  


Sobre o autor
Vencedor dos prêmios Leya, Oceanos e Jabuti, Itamar Vieira Junior nasceu em Salvador (BA) em 1979. É geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela UFBA. Seu romance Torto arado (Todavia) é um dos maiores sucessos ― de público e crítica ― da literatura brasileira nas últimas décadas, tendo sido traduzido em mais de vinte países, com futura adaptação para o audiovisual. Também publicou pela Todavia o seu mais recente romance, "Salvar o Fogo" (2023), e o livro de contos "Doramar ou A Odisseia: histórias" (2021).



Sobre a ilustradora
Manuela Navas nasceu em 1996, em Jundiaí (SP), e vive e trabalha em Caraguatatuba (SP). Artista visual autodidata, utiliza da pintura, da fotografia e da xilogravura para tematizar corpos negros, o feminino e a maternidade, a partir de um olhar decolonial e afetivo. Buscando refletir sobre a realidade do povo brasileiro, Manuela já participou de exposições individuais e coletivas no Brasil, Itália e Estados Unidos. Fez parte da ocupação IBORU, de Marcelo D2, e em 2024 tem obras suas como parte do cenário da turnê Zeca Pagodinho, 40 Anos. Garanta o seu exemplar de "Chupim", escrito por Itamar Vieira Junior, com ilustrações de Manuela Navas, neste link.

.: Renato Ritto, Franklin Teixeira e Olívia Pilar marcam presença no Festival Ler


A 5ª edição da Ler - Festival do Leitor acontece na próxima semana, entre 24 e 28 de junho, e a Intrínseca marca presença em três datas com autores incríveis. O evento, que celebra e promove a leitura e o conhecimento, ocorre no Píer Mauá, zona central do Rio de Janeiro, e conta com participações de Renato Ritto nesta terça-feira, dia 25, Franklin Teixeira, na quinta-feira, dia 27, e Olívia Pilar na sexta-feira, dia 28, em mesas que celebram a diversidade e os novos olhares sobre a literatura jovem. Os encontros acontecerão no palco "Voz & Vez", voltado a autores que dialogam diretamente com a juventude, e serão mediados pelo curador Jackson Jacques. 

Na terça-feira, 25 de junho, Renato Ritto se junta à escritora Iris Figueiredo, às 9h30, na mesa “Uma História Não-linear”. Os autores participarão de um bate-papo sobre o uso de estruturas narrativas não lineares como forma de cativar o leitor. Renato é autor de "Marketing do Amor", comédia romântica sobre um rapaz que se vê encrencado após se envolver amorosamente com seu chefe. Além dos diálogos, aplicativos de mensagens, notícias de jornal, listas de tarefas e até cupons fiscais ajudam a contar essa história.


Já na quinta-feira, 27 de junho, Franklin Teixeira participa da mesa "Medo de Sentimentos" com a autora Gih Alves às 15h00. Os dois irão conversar sobre narrativas arromânticas em histórias que, em meio a um turbilhão de acontecimentos, os personagens precisam lidar com algo ainda mais complicado: suas emoções. Franklin é autor de Visão noturna, que segue dois jovens que precisam resolver um mistério que assombra a pequena cidade onde moram. Além de enfrentar os perigos que a investigação reserva, eles ainda têm de encarar as surpresas de seus corações. 


No último dia de evento, 28 de junho, sexta-feira, Olívia Pilar  une forças com Lavínia Rocha para discutir o protagonismo negro na mesa “Afrocentrar as Narrativas”, que terá início às 11h00. No bate-papo, as autoras irão abordar as possibilidades de histórias afrocentradas em diferentes gêneros, como romance, mistério, aventura e mais. Olívia é autora de "Um Traço Até Você", obra sobre uma jovem negra de classe média alta que tenta encontrar seu lugar no mundo após entrar na faculdade. Nesse processo, ela se apaixona por uma poetisa e, juntas, elas enfrentam os desafios e inseguranças do início da vida adulta e descobrem quem são e quem desejam ser.

Os ingressos para a LER - Festival do Leitor podem ser comprados através do site Sympla. Mais informações sobre o evento podem ser encontradas no site oficial, bem como a programação completa. Local do evento: Píer Mauá - Av. Rodrigues Alves, 10 - Praça Mauá, Rio de Janeiro - RJ, 20081-250

Programação da Intrínseca no evento:
25 de junho, terça-feira
Renato Ritto
09h30 | Palco Voz & Vez
Mesa: "Uma história não-linear", com Iris Figueiredo
Mediação: Jackson Jacques 


27 de junho, quinta-feira
Franklin Teixeira
15h | Palco Voz & Vez
Mesa: “Medo de Sentimentos”, com Gih Alves
Mediação: Jackson Jacques 


28 de junho, sexta-feira
Olívia Pilar
11h | Palco Voz & Vez
Mesa: “Afrocentrar as Histórias”, com Lavínia Rocha
Mediação: Jackson Jacques 

.: Entrevista: Scarlett Dantas revela de onde vem o "anarriê"

Tradicionalmente conhecidas como celebração das colheitas, as festas juninas disputam com o Carnaval o posto de época mais aguardada do ano no Brasil. Com datas que remetem aos santos juninos - Santo Antônio (dia 13), São João (dia 24) e São Pedro (dia 29) –, essas festividades são marcadas por muita música e dança, comidas e bebidas típicas, decoração com bandeirinhas coloridas e fogueira. Scarlett Dantas, professora de História do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica a origem das festas juninas, seus significados e símbolos na história.


Qual é a origem das festas juninas e como elas chegaram ao Brasil?
Scarlett Dantas -
As “Festas Joaninas”, com essa nomenclatura, surgiram no período medieval, embora seus antecedentes remontem à Antiguidade, quando ocorriam festividades rurais e pagãs celebradas no solstício de verão, no hemisfério norte, a partir de 20 de junho. Estas festas estavam associadas aos eventos celestes e a influência destes no ciclo produtivo agrário. Nelas se manifestavam os desejos de bons tempos para as próximas plantações. Seus ritos eram oferendas para os deuses relacionados à fecundidade e fertilidade do solo (Tamuz e Isthar para os sumérios, Osíris para os egípcios, Adônis para os gregos e romanos, Astarte para os fenícios). As celebrações permaneceram ao longo do tempo e foram se adaptando a novas realidades culturais, perpassando o Império Romano até sua fragmentação e sendo incorporadas na realidade do ocidente medieval e, assim, associadas ao nascimento de São João Batista. Elas chegaram ao que hoje entendemos como Brasil por meio da colonização portuguesa, iniciada no século XVI, e foram uma das festas mais bem recebidas pelos povos nativos que aqui habitavam. 

Quais influências culturais e religiosas moldaram as festas juninas ao longo dos anos?
Scarlett Dantas - 
No ocidente, muitos dos rituais dos gregos e romanos foram incorporados no período medieval por via romana, e isso valeu para as Festas Juninas. Os rituais de fertilidade que honravam o deus Adônis e a celebração do solstício de verão, envolvendo o uso de fogueira, água, ervas e práticas supersticiosas, foram incorporados nas Festas Juninas medievais. Tudo isso foi produto de um processo gradual de apropriação e representação simbólica conduzida pelo discurso da igreja medieval, que assim transformou vários rituais pagãos em rituais católicos, inclusive como instrumento facilitador da cristianização. Assim, os símbolos dos festejos pagãos do solstício de verão foram atribuídos à celebração do nascimento de São João Batista. 


Qual é o papel dos santos populares (Santo Antônio, São João e São Pedro) nas celebrações juninas?
Scarlett Dantas - 
Os santos populares Santo Antônio, São João e São Pedro são fundamentais nas celebrações juninas por suas associações com tradições de fertilidade, casamento e previsões, ligando práticas antigas a símbolos católicos. 
Santo Antônio: conhecido como o santo casamenteiro, é invocado por moças solteiras que realizam simpatias para encontrar um marido. As práticas incluem colocar a imagem de Santo Antônio de cabeça para baixo, dentro de um copo, no congelador ou enterrá-la até o pescoço. Essas ações simbolizam o pedido desesperado por um marido, e o santo só é "liberado" quando o pedido é atendido. 
São João: associado a adivinhações sobre o futuro marido, São João é celebrado com várias superstições. As moças costumam colher pimentas de olhos vendados para prever a idade e características do futuro marido, baseando-se na maturidade das pimentas. Segundo a tradição católica, São João permanece dormindo no dia de seu aniversário e a fogueira o acorda, permitindo que ele desça dos céus para abençoar as lavouras. Há ainda o costume de se banhar ou banhar a imagem de São João Batista antes de 24 de junho, remetendo ao relato bíblico de seu batismo. 
São Pedro: celebrado no dia 29 de junho, São Pedro é o padroeiro das viúvas e dos pescadores e é visto como responsável por fazer chover. Sua festa marca o encerramento do ciclo das festas juninas, e ele é homenageado por sua importância tanto na fundação da Igreja Católica quanto na vida cotidiana dos fiéis, especialmente os que dependem da chuva para a agricultura. 


Como os elementos pagãos se misturaram com as tradições cristãs nas festas juninas?
Scarlett Dantas -
Visando ampliar o número de fiéis e a cristianização dos povos germânicos, a Igreja Católica buscou associar símbolos e figuras do paganismo às práticas e aos símbolos e santos do cristianismo. Diversos atributos das divindades pagãs foram associados a características dos santos católicos, de modo a facilitar a conversão ao cristianismo. Desse modo, as simpatias e superstições que ocorrem no mês de junho estariam relacionadas às oferendas que antigamente se faziam às divindades pagãs. A utilização da fogueira, as danças e banquetes foram mantidos, embora no discurso católico ambos sejam atribuídos ao nascimento de São João Batista.   


Quais são as principais diferenças entre as festas juninas celebradas no Brasil e em outros países?
Scarlett Dantas - 
A primeira delas é a da culinária típica, que se baseia em alimentos da cultura agrícola local. No Brasil, os pratos típicos se baseiam na cultura do milho, dos grãos e das raízes, enquanto em Portugal, por exemplo, é costume comer sardinhas assadas e, na Noruega, se comem salsichas grelhadas, cachorros-quentes, carnes e frutas defumadas. No que se refere às danças e ao entretenimento, cada região adota danças folclóricas e músicas com características locais. Nesse caso, os festejos brasileiros podem ter tanto o forró, mais comum na região Nordeste, quanto o sertanejo, na região Sudeste e Centro-Oeste, além da apresentação da quadrilha. Em Alicante, na Espanha, costuma-se dançar ao redor da fogueira, queimando monumentos confeccionados em papel machê, desfiles e concursos. Na Dinamarca, costumava-se confeccionar uma bruxa com palha e pano e colocá-la para queimar na fogueira. Na França, na Fête de Saint-Jean é ateada uma grande fogueira em homenagem a São João e se celebra uma missa em sua homenagem. Em Quebec (Canadá), contudo, a festa tem uma conotação mais patriótica e politizada, com a utilização de instrumentos de sopro, acrobatas e bonecos gigantes homenageando figuras históricas da província.


De onde vem a tradição das quadrilhas e como ela se desenvolveu ao longo do tempo?
Scarlett Dantas - 
No que se refere às danças, a mais difundida no Brasil foi a quadrilha (quadrille), uma dança de baile originada na França no século XVIII e que se tornou popular entre a aristocracia brasileira do século XIX. Isso explica vários termos do francês que foram aportuguesados e que marcam os passos da dança, como o “anarriê” ("en arrière", "para trás"), “alavantú” ("en avant tour", "para frente"), “changê” ("changer", "trocar") e “balancê” ("balancer", "balançar o corpo"). Embora seja uma dança tradicional das festas juninas brasileiras, existem concursos de quadrilhas por todo o Brasil e que ocorrem em diferentes meses do ano.


Qual é a origem dos pratos típicos das festas juninas e como eles variam de uma região para outra? Scarlett Dantas - Embora na Festa Junina se associe à fogueira ao nascimento de São João, tanto as populações nativas que habitavam o Brasil no momento da colonização, quanto os povos escravizados que vieram de diferentes partes da África, já tinham o costume de utilizar fogo em seus rituais ou de aplicar a técnica da coivara para trabalhar o solo.


Como as influências indígenas e africanas contribuíram para a formação das festas juninas no Brasil?
Scarlett Dantas - 
Contudo, é na culinária típica que vemos a grande influência das culturas indígenas e africanas. A cultura do milho, comum entre os indígenas e muito aperfeiçoada pelos escravizados, resultaram na confecção de iguarias como a pamonha, a canjica, o milho cozido e o munguzá. O mesmo pode atribuído ao pé-de-moleque, doce produzido com amendoim torrado e rapadura, muito consumido entre árabes, que habitaram a Península Ibérica, e escravizados que vieram para o continente americano. A cultura de raízes, comum entre indígenas e africanos, resultou em pratos cozidos com mandioca, inhame e batata-doce e consumidos nas noites frias.


Qual é o impacto das festas juninas na identidade cultural brasileira?
Scarlett Dantas - 
As festas tradicionais, em geral, transmitem costumes e crenças entre gerações, fortalecem laços sociais e políticos e remetem aos esforços coletivos para manutenção da comunidade. No caso da festa junina, elas celebram o trabalho dos camponeses e as relações produtivas (pensemos nas funções de plantar, colher, caçar e pescar e a divisão de tarefas), as relações de parentesco e incentivo a interações entre casais (lembremos da cerimônia de casamento, do correio elegante e da barraca do beijo). São festas populares e voltadas para a família. Além disso, como qualquer festejo tradicional, estão relacionadas com a história do país e dos povos que habitam e deram contribuições para a cultura regional e nacional. Portanto, mesmo com variações de músicas, danças e trajes entre as regiões brasileiras, as festas juninas homenageiam um santo católico, embora permaneçam com elementos que remetem à celebração dos que trabalham com a terra, maior fonte de alimento, e mesclem culturas indígenas, africanas e europeias em um mesmo evento.

.: Comédia de Mazzaropi e clássico "King Kong" são exibidos em película 16 mm


Filmes são as atrações de junho e julho do projeto Luz na Tela, o cinema ao ar livre do Museu. A curadoria da atividade é do Museu Soberano - Rua do Triunfo

Sabe aquele barulhinho do projetor das antigas salas de cinema? Ele poderá ser ouvido nas próximas duas sessões do projeto "Luz na Tela", o cinema ao ar livre do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Isso porque os filmes programados para junho e julho serão projetados à moda antiga - em película 16 mm. "Jeca Tatu", uma das comédias mais conhecidas de Mazzaropi, será a atração de junho do "Luz na Tela". 

A exibição acontecerá no dia 27, a partir das 19h30. Baseado no personagem criado pelo escritor Monteiro Lobato, o filme conta a história de um caipira preguiçoso e simplório que vive em um sítio no interior de São Paulo com a mulher e seus filhos. A trama envolve dívidas, intrigas e a luta de Jeca para proteger sua família e suas terras. O longa-metragem dirigido por Milton Amaral foi lançado em 1959. Para a sessão de Jeca Tatu, o Pátio B, onde acontecem as exibições do "Luz na Tela", será decorado com bandeirinhas e outros adereços alusivos às festas juninas e caipiras. Além disso, haverá a distribuição de quentão sem álcool, guaraná e, claro, pipoca.  

Em julho, no dia 25, a partir das 19h30, o clássico "King Kong" também será exibido em película 16 mm e em versão dublada. O filme de 1933 transformou o gorila gigante em um ícone pop. A cena do personagem no topo do edifício Empire State, em Nova York, é uma das mais inesquecíveis de todos os tempos do cinema mundial.

Dirigido por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack, King Kong acompanha uma equipe de cinema que vai até uma ilha no Oceano Índico em busca de locações para uma filmagem. Lá, a mocinha da história, Ann (Fay Wray), se depara com um gorila gigante. O animal é capturado e levado para os Estados Unidos, onde um grupo de inescrupulosos empresários deseja torná-lo uma das principais atrações teatrais da cidade de Nova York.  

Ao longo da história cinematográfica, várias refilmagens e adaptações de King Kong foram produzidas, justamente por conta do impacto que o filme original representa até os dias de hoje. Em 1991, ele foi incluído no National Film Registry da Biblioteca do Congresso norte-americano, que preserva obras audiovisuais histórica ou esteticamente significantes. Trata-se de um filme de aventura, suspense, fantasia e terror presente no imaginário de diversas gerações.  

No projeto "Luz na Tela", os filmes são exibidos em uma tela de 4 x 2,3 metros. O público pode vê-los em cadeiras e bancos espalhados pelo Pátio B. Mesmo em caso de chuva, a sessão é mantida por acontecer em um local coberto. Há sempre distribuição de pipoca e guaraná.  


Serviço
3º "Luz na Tela" – Exibição do filme Jeca Tatu, clássica comédia protagonizada por Mazzaropi, em película 16 mm
Dia 27 de junho (quinta-feira), às 19h30 
No Pátio B do Museu da Língua Portuguesa (mesmo em caso de chuva, haverá a sessão de cinema – local coberto) 
Grátis (haverá a distribuição de pipoca, guaraná e quentão sem álcool) 

4º "Luz na Tela" – Exibição do filme "King Kong", clássico do terror de 1933, em película 16 mm e dublado
Dia 25 de julho (quinta-feira), às 19h30 
No Pátio B do Museu da Língua Portuguesa (mesmo em caso de chuva, haverá a sessão de cinema – local coberto) 
Grátis (haverá a distribuição de pipoca e guaraná) 

Museu da Língua Portuguesa 
Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo

.: Comédia de sucesso da Broadway, "O Vison Voador" está de volta a São Paulo


Com Oscar Magrini e grande elenco, o espetáculo promete levar o público à gargalhada, em um jogo de encontros e desencontros em cena. Com direção de Léo Stefanini, a peça reestreia no dia 6 de julho, no Teatro Bor. A adaptação é de Marcos Caruso

Adaptado por Marcos Caruso, que manteve as raízes do humor londrino e a genialidade do texto original com a realidade brasileira, a comédia "O Vison Voador", sucesso na Broadway, estilo “vaudeville”, escrito por Ray Cooney e John Chapmann, reestreia em São Paulo, no dia 6 de julho. Para o diretor Léo Stefanini, não há exagero em afirmar que o espetáculo é uma das maiores comédias de todos os tempos, por ter a capacidade de levar o público às gargalhadas, com o perfeito jogo de encontros (e desencontros), as surpresas, a agilidade dos atores, o milimétrico abrir e fechar das portas. "Trazer este espetáculo é resgatar o contato generoso com o público e nos tornar próximos de novo. Viva a comédia! Viva o público!", comemora.

No palco, os atores Oscar Magrini, Carla Fioroni, Marcelo Iazzetti, Carla Pagani, Ricardo Ciciliano, Adelita Del Sent e Marisa Maia conduzem essa história repleta de encontros, desencontros e surpresas. Há um ano e meio viajando pelo Brasil e arrancando risos do público por onde passa, a peça ficará em cartaz no Teatro Bor, até o dia 15 de setembro, com apresentações aos sábados, às 21h00, e aos domingos, às 18h00.

A trama acontece dentro de uma elegante loja de peles. Gilberto (Oscar Magrini) é gerente e sócio de uma peleteria e, como pretexto para conquistar Silvia (Carla Pagani), ele a presenteia com um casaco de vison. Os problemas surgem quando César, o marido de Silvia, suspeita que algo está acontecendo. César (Ricardo Ciciliano) decide presentear sua secretária, Brigite (Marisa Maia), com o mesmo vison. Armando (Marcelo Iazzetti), estilista da loja, e Rosita (Carla Fioroni), a secretária, ficam no centro de toda confusão, que piora, com a chegada antecipada de Beatriz (Adelita Del Sent), esposa de Gilberto e dona da loja. Situações improváveis e encontros inesperados entre pessoas que não deveriam encontrar-se desencadeiam cenas hilariantes.  


Ficha técnica
Texto original: Ray Cooney e John Chapmann
Tradução e adaptação: Marcos Caruso
Direção: Léo Stefanini
Elenco: Oscar Magrini, Carla Fioroni, Marcelo Iazzetti, Carla Pagani, Ricardo Ciciliano, Adelita Del Sent e Marisa Maia
Consultoria cenográfica: Rafael Macedo
Projeto cenográfico Técnico e 3D: Matheus Henrique
Cenotécnico: Edimilson de Souza
Trilha sonora: Roberto Lazzarini
Iluminador: Rodrigo Souza
Técnico responsável: Yago Mascarenhas
Direção de produção, administração e marketing: Marcio Marinello e Carmem Sanches
Idealização e produção geral: Marcelo Iazzetti
Realização: Clic Arte & Cultura e Iazzetti Produções Artísticas
Produção: Uriart Produções
Produção local: Maximiliana Reis e Thiago Uriart


Serviço
"O Vison Voador"
Teatro Bor – Rua Domingos de Morais 2.970, Vila Mariana.
Classificação: 12 anos
Duração: 80 minutos
Temporada de 6 de julho a 15 de setembro - Sábado, às 21h. Domingo, às 18h.
Valores: entre R$ 60,00 (meia) e R$ 120,00 (inteira). Ingresso solidário: R$ 80,00 (levando um 1kg de alimento não perecível)

.: Andrea Tedesco estreia solo "Catábase em 5 Sonhos" no porão do CCSP


Com direção de Marcos Gomes, espetáculo abre discussão sobre o modo como nos relacionamos com a morte, alternando relatos autobiográficos, narrativas oníricas e ficção em diálogo com questionamentos propostos por Paul B. Preciado. Foto: Halei Rembrandt


Catábase: melodia descendente na música grega, descida ao mundo dos mortos, descida ao inferno. Em medicina, pode significar a fase de declínio de uma doença. No solo "Catábase em 5 Sonhos", a atriz Andrea Tedesco, parte do relato de perdas pessoais para explorar as contradições no modo como nos relacionamos com a morte . O espetáculo, que tem direção de Marcos Gomes, cumpre sua temporada de estreia no porão do Centro Cultural São Paulo (CCSP) de 27 de junho a 14 de julho, com apresentações de quinta a sábado, às 21h00, e aos domingos, às 20h00.

Em cena, a atriz conduz o público por narrativas oníricas e rituais psicomagicos, percorrendo uma trajetória funerária, na qual vai revelando as circunstâncias da morte da sua avó paterna. Diante da morte do seu tio,  irmão do seu pai, 12 anos após a morte de sua avó, a neta se vê na rodoviária de Curitiba tentando retornar a São Paulo com uma mala grande, repleta de fotos, documentos e cartas da família e quatro urnas funerárias - uma da sua avó, outra do seu tio, e mais outras duas de pessoas desconhecidas, das quais nem mesmo os nomes ela sabe. 

Ela só pode intuir, pelo peso de cada uma das urnas, o tamanho que essas pessoas tinham enquanto vivas. Ela não possui os documentos necessários para realizar esse transporte, nem tem uma mala adequada para carregar todos esses mortos. No entanto, carrega-os de modo improvisado e inadequado, numa espécie de suspensão do tempo, conferida pelo caráter insólito da situação.

A recusa àquilo que definimos como luto saudável, aquele que conduz ao apaziguamento da dor e ao esquecimento poderia ser um ato político? Poderia ser uma estratégia para nos tornarmos menos indiferentes à morte de outros? Quais outros? "Catábase em 5 Sonhos" investiga o tema da morte, misturando biografia com ficção, a partir de duas perguntas urgentes propostas pelo filósofo trans espanhol Paul B. Preciado: “Como viver com os mortos?” e “Como viver com os animais?”.

A abordagem da peça não se detém ao viés existencial ou ao caráter pessoal da história autobiográfica narrada pela atriz, mas é uma tentativa de extrapolar esses âmbitos ao se propor a dialogar com as perguntas de Preciado, no contexto de crise antropocêntrica que vivemos.

O trabalho é resultado da pesquisa que a atriz, performer e pesquisadora Andrea Tedesco desenvolve desde 2019,  relacionando os Estudos Críticos Animais ao campo das Artes Cênicas. Pesquisa que, em 2023,  se desdobrou em um projeto de mestrado (Relações Interespecíficas na Cena Contemporânea) aprovado pelo Instituto de Artes da UNESP, na área de Poéticas e Estética Cênica. Antes disso, a pesquisa teórica e prática deu origem às performances, “Te Extraño!” (2021), “In Memoriam” (2022), “Sonhos” (2022) e “Histórias Subversivas para Cachorro Dormir” (2023).

O solo "Catábase em 5 Sonhos" faz parte do projeto de mesmo nome contemplado pela 18ª edição do Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Além da estreia e temporada da peça, a iniciativa propõe dois ensaios abertos ao público seguidos de debates, uma oficina de poesia, uma palestra sobre Zooliteratura e uma oficina de performance.


Ficha técnica
Concepção, dramaturgia e atuação: Andrea Tedesco
Direção: Marcos Gomes
Assistente de direção: João Pedro Ribeiro
Cenário, figurino e artes gráficas: Renan Marcondes
Trilha sonora e operador de som: Pedro Canales
Iluminação: Matheus Brant
Assistente e operadora de luz: Leticia Nanni
Fotografia e vídeo: Halei Rembrandt
Artistas colaboradores: Janaína Leite e Lucas Mayor
Mediação: Eduardo Parisi
Produção executiva: Marcelo Leão
Produção: Anayan Moretto


Serviço
"Catábase em 5 Sonhos", de Andrea Tedesco
Temporada: 27 de junho a 14 de julho
De quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 20h
Centro Cultural São Paulo – Espaço Cênico Ademar Guerra (Porão)
Rua Vergueiro, 1000, Liberdade
Classificação: 14 anos
Ingressos: gratuitos
Retirada pelo site da bilheteria ou na bilheteria física do Centro Cultural São Paulo com uma semana de antecedência ao evento - https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/
Bilheteria: Informações de funcionamento da bilheteria em https://centrocultural.sp.gov.br/bilheteria-ccsp/
Telefone: (11) 3397-4277
Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida, pessoas com deficiência visual e baixa visão. Com o intuito de ampliar cada vez mais o acesso de todos ao CCSP, a estrutura do prédio conta com elevadores, rampas de acesso e piso tátil. Ressaltamos ainda, que, sempre que necessário, os funcionários do Centro Cultural São Paulo estarão disponíveis para prestar assistência aos frequentadores.

domingo, 23 de junho de 2024

.: Clássico de Graciliano Ramos ganha vida nova com ilustrações modernas


Com um enredo atemporal, a obra explora aceitação e respeito às diferenças através de Raimundo, um menino careca com um olho azul e outro preto, que usa sua imaginação para encontrar felicidade.

"A Terra dos Meninos Pelados" é uma narrativa encantadora que aborda questões delicadas da infância, como a discriminação e a liberdade. Por meio da fantasia, Graciliano Ramos cria um universo em que o protagonista, o menino Raimundo, enfrenta os desafios de ser diferente em uma sociedade que não compreende sua aparência única: um olho azul e outro preto, sem cabelos na cabeça.

Este clássico da nossa literatura infantojuvenil ganha, agora, nova vida com as vibrantes ilustrações de Luiza de Souza, a @ilustralu. Esta edição inédita da obra é uma celebração ao clássico atemporal de Graciliano Ramos e uma oportunidade para os leitores de todas as idades se encantarem com a beleza e a profundidade desta história.

A dureza do olhar daqueles que estranhavam sua fisionomia, levam Raimundo a mergulhar num mundo só seu, onde encontra outras crianças como ele. Assim, a jornada se desenrola na imaginária de Tatipirun, criada pelo menino como refúgio dos olhares e comentários maldosos de sua cidade natal. Em Tatipirun, o garoto descobre um local em que as diferenças são celebradas e a independência de ser quem você é não é apenas aceita, mas valorizada.


Trecho do livro
"Raimundo deixou a serra de Taquaritu e chegou à beira do rio das Sete Cabeças, onde se reuniam os meninos pelados, bem uns quinhentos, alvos e escuros, grandes e pequenos, muito diferentes uns dos outros. Mas todos eram absolutamente calvos, tinham um olho preto e outro azul." (págs. 19 e 20)


As modernas ilustrações de IlustraLu trazem um novo peso ao livro de Graciliano Ramos, reforçando de maneira irreverente, porém profunda, as fundamentais discussões sobre aceitação e liberdade da obra. Com estilo jovem e único, os desenhos complementam perfeitamente a aventura, dando vida aos personagens encantadores que Raimundo conhece em seu caminho, como a princesa Caralâmpia, Sinhá Rã e as aranhas vermelhas.Compre o livro "A Terra dos Meninos Pelados", de Graciliano Ramos, com ilustrações de IlustraLu, neste link.


Sobre o autor
Graciliano Ramos nasceu em Quebrângulo, Alagoas, em 27 de outubro de 1892 e faleceu em 20 de março de 1953, no Rio de Janeiro. Foi romancista, contista, cronista e jornalista. Seus livros integram momentos de destaque da produção literária brasileira, sendo "Vidas Secas", "S. Bernardo", "Angústia" e "Memórias do Cárcere" os mais conhecidos dos leitores.

O mundo das crianças, com suas descobertas e expectativas, fez morada na mente e na alma do escritor. Além de ter escrito Infância, relato autobiográfico no qual revisita os duros desafios enfrentados quando menino em Alagoas e em Pernambuco, Graciliano dedicou-se a escrever livros para crianças e jovens. O primeiro foi este "A Terra dos Meninos Pelados" (1939), com o qual conquistou o Prêmio de Literatura Infantil do Ministério da Educação. Mais tarde, em 1944, publicaria também Histórias de Alexandre.

Num breve texto intitulado “Autorretrato” em que elencou os principais traços de sua personalidade, Graciliano registrou que adora crianças. É justo completar este juízo do autor sobre si, acrescentando sua maravilhosa capacidade de se comunicar com o público infantojuvenil através de suas histórias.


Sobre a ilustradora
IlustraLu
é Luiza de Souza. Nasceu em Currais Novos, Rio Grande do Norte, em 1992. Estudou Comunicação Social com habilitação em Publicidade na Universidade Federal de Rio Grande do Norte. Trabalha como artista visual, se dividindo entre ilustrações, quadrinhos e roteiros empolgantes pra ganhar a vida e alimentar Goiaba e Belmiro, seus gatos. Garanta o seu exemplar de "A Terra dos Meninos Pelados", escrito por Graciliano Ramos e ilustrado por IlustraLu, neste link. 

.: Café Filosófico CPFL recebe Clóvis de Barros e Ilan Brenman no dia 3


Especial é realizado em parceria com a editora Papirus 7 Mares e celebra o lançamento do livro "Filosofia ao pé do ouvido: felicidade, ética, amizade e outros temas"; o encontro acontece no dia 3 de julho, às 19h, no Instituto CPFL, com entrada gratuita e transmissão via Youtube

No dia 3 de julho, quarta-feira, às 19h00, o Café Filosófico CPFL apresenta um encontro especial com o filósofo, professor e escritor Clóvis de Barros Filho e o psicólogo e escritor Ilan Brenman. Realizado em parceria com a editora Papirus 7 Mares, este Café terá como tema o livro “Filosofia ao Pé do Ouvido: felicidade, Ética, Amizade e Outros Temas” (compre neste link), de autoria dos dois escritores, com reflexões sobre temas de ontem, hoje e sempre, que fazem parte do cotidiano.

O Café Filosófico CPFL é o broadcast de reflexões do Instituto CPFL que acontece por meio de palestras presenciais em Campinas, transmissões pelo canal do Café via Youtube, além de uma programação transmitida pela TV Cultura que é dividida em três grades: domingos, às 19h00; terças, às 23h00; e sábados, às 22h00.

O que se diz ao pé do ouvido? Um segredo? Uma inquietação? Talvez uma declaração de amor? E que tal uma aula de filosofia? A partir destas provocações, os autores questionam se é possível ser justo e debatem o papel da educação, entre outros assuntos. “Uma das interpretações da etimologia da palavra ‘educação’ vem do latim e significa ex ducere. Ex é puxar, ducere, para fora. Ou seja, educação é tirar o que o outro tem de melhor. E todo mundo, ou quase todo mundo, tem algo de bom dentro de si”, destaca Ilan Brenman.

Clóvis de Barros Filho abre mais o leque: “Por que estudamos tanto a história da França e tão pouco a da África, por exemplo? Se praticamente não há franceses por aqui, mas temos nossos irmãos africanos que, para a nossa sorte, conosco se miscigenaram, deixando aí uma população altamente rica do ponto de vista étnico?”, provoca o professor.

No livro, cujo título é o tema deste Café especial, os pensadores refletem, em uma leitura agradável e provocadora, a respeito de justiça, felicidade, ética, conduta, liberdade e igualdade, também opinam sobre a coragem de ser sábio e a importância da amizade. A obra faz parte da coleção Papirus Debates, criada para dialogar sobre assuntos globais que envolvem o modo de viver em sociedade. Compre o livro "Filosofia ao Pé do Ouvido: felicidade, Ética, Amizade e Outros Temas”, de Clóvis de Barros Filho e Ian Brenman, neste link.

Ambiente inspirador de troca e aprendizado
O espaço do Café Filosófico CPFL, na sede do Instituto CPFL, em Campinas (SP), oferece uma atmosfera convidativa e aconchegante, onde cada detalhe é pensado para proporcionar uma experiência prazerosa. É possível tirar fotos em todos os lugares, incluindo o cenário e palco. O local possui climatização e é acessível para pessoas com deficiência, além de contar com intérpretes de Libras para garantir a participação de todos. Os encontros são presenciais e gratuitos, com entrada por ordem de chegada, a partir das 18 horas. A classificação é de 14 anos e a transmissão online será no canal do Café no Youtube. Garanta o seu exemplar de "Filosofia ao Pé do Ouvido: felicidade, Ética, Amizade e Outros Temas”, escrito por Clóvis de Barros Filho e Ian Brenman, neste link.

Serviço
Café Filosófico CPFL ao vivo - especial Papirus 7 Mares com Clóvis de Barros e Ilan Brenman
Quando: dia 3 de julho, quarta-feira, às 19h
Onde: Instituto CPFL - Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632 - Chácara Primavera, Campinas
Entrada: gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h00.
Transmissão no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=26GpfWrdflU

.: "O Contractador de Diamantes" volta ao Theatro Municipal após 100 anos


Theatro Municipal apresenta "O Contractador de Diamantes", ópera do brasileiro Francisco Mignone, que ganha versão inédita em português. Importante obra nacionalista é repatriada em seu idioma e destaca entre seus momentos mais celebrados a Congada, marco para a presença negra no palco do Municipal de São Paulo no século XX. Com quatro récitas, nos dias 28, 29, 30 de junho e 2 de julho, o espetáculo que foi montado no ano passado no Teatro Amazonas terá direção cênica de William Pereira e direção musical de Alessandro Sangiorgi. Foto: Divulgação/Marcio James/Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Montagem realizada no Teatro Amazonas em 2023


Um século após sua estreia no palco do Theatro Municipal de São Paulo, a ópera brasileira "O Contractador de Diamantes" retorna à casa. Terceira obra da temporada lírica e primeira de autoria nacional, nos dias 28, 29, 30 de junho e 2 de julho, a criação do paulistano Francisco Mignone será apresentada com direção cênica de William Pereira, direção musical de Alessandro Sangiorgi, que fará a regência da Orquestra Sinfônica Municipal, e participação do Coro Lírico Municipal, sob a regência de Érica Hindrikson. Em uma coprodução do Festival Amazonas de Ópera (FAO), essa montagem de "O Contractador de Diamantes" será cantada em português pela primeira vez na história.

O elenco de solistas contará com Lício Bruno, Felisberto Caldeira; Lidia Schaffer, Dona Branca Caldeira; Rosana Lamosa, Cotinha Caldeira; Giovanni Tristacci, Camacho; Douglas Hahn, Magistrado; e Mar Oliveira, Maestro Vicente. Os ingressos variam de R$12 a R$165 (inteira), com classificação indicativa não recomendada para menores de dez anos e duração total de aproximadamente 180 minutos, com intervalo.

A ópera "O Contractador de Diamantes", de Francisco Mignone, voltou a ser apresentada no 25º Festival Amazonas de Ópera, realizado no Teatro Amazonas, após anos perdida e fora dos repertórios. A obra, composta por três atos e originalmente com libreto em italiano de Gerolamo Bottoni, se baseia no drama homônimo escrito por Affonso Arinos.

“O resgate de O Contratador de Diamantes foi por iniciativa do maestro Luiz Fernando Malheiro, diretor do Festival Amazonas de Ópera, que coproduziu essa montagem. Sabia-se que o primeiro e segundo atos estavam intactos, mas o terceiro havia se perdido, restando apenas uma redução para piano. A Academia Brasileira de Música incumbiu o maestro Roberto Duarte de resgatar o terceiro ato, dado seu conhecimento em música brasileira”, explica William Pereira, diretor da ópera.

 Ambientada no século XVIII, em Minas Gerais, mais especificamente na atual cidade de Diamantina, a história narra a vida de Felisberto Caldeira, o terceiro contratador de diamantes do Brasil. Caldeira é um aristocrata que possuía um contrato para a exploração de ouro e diamantes, vislumbrando a emancipação da colônia. A ópera também trabalha a relação entre sua filha e Camacho. O cenário é inspirado na plateia da Casa da Ópera de Ouro Preto, espaço que também é um marco para a música no Brasil, construído de 1746 a 1770, sendo o mais antigo teatro do continente.

Dessa maneira, "O Contractador de Diamantes" trata de temas caros aos mitos nacionais e como uma forma de reapresentá-la ao público brasileiro, para a nova montagem foi tomada a decisão de seu texto ser em português, algo que é inédito. “Existem questões históricas, pois Mignone era um jovem estudante na Itália e 'O Contractador de Diamantes' fazia parte de seu processo de aprendizado durante sua temporada de estudos. A ideia é criar a obra e resgatar a peça, acreditando que uma ópera com discurso nacionalista brasileiro não faria sentido em italiano. Por isso, decidiu-se repatriar essa ópera”, pontua o diretor.

A peça original, de Arinos, foi encenada no Theatro Municipal em 1919 e causou grande impacto devido ao seu conteúdo nacionalista e pela inédita presença de artistas negros no palco do teatro. Este evento foi tão significativo que a cena da congada se destacou e se tornou um marco para a música brasileira e, é claro, na nova montagem, ela será reapresentada ao público por artistas de dança negros e negras.

“A congada acabou se tornando o momento mais famoso da ópera, tendo sido tocada até pela Filarmônica de Viena, regida por ninguém menos que Richard Strauss. Acredito que seja o elo mais importante para que, musicalmente falando, o nacionalismo brasileiro se faça presente nesta ópera, que musicalmente é mais ligada ao fim do século XVIII e início do XIX: as assonâncias com Puccini e Mascagni são evidentes. Evidentemente a congada traz um olhar musical para a cultura popular brasileira”, explica o maestro regente do espetáculo, Alessandro Sangiorgi.

Nesse sentido, Mignone é um importante representante do movimento conhecido como nacionalismo musical. Essa será uma oportunidade única para o público brasileiro ser reintroduzido a sua obra, a partir de novos paradigmas. O compositor buscava, por meio da música clássica, revelar a riqueza do folclore brasileiro, ao mesmo tempo em que incorporava influências de outras tradições musicais como a italiana, por exemplo, trazendo um olhar modernista e antropofágico que é tão vocacional do Theatro Municipal de São Paulo.


Serviço
"O Contractador de Diamantes"
Ópera em três atos de Francisco Mignone com libreto em italiano de Gerolamo Bottoni. Apresentações em 28 de junho de 2024, às 20h00; 29 de junho de 2024, às 17h00; 30 de junho de 2024, às 17h00 e 2 de julho de 2024, às 20h00.


Orquestra Sinfônica Municipal
Coro Lírico Municipal.
Alessandro Sangiorgi, direção musical.
Érica Hindrikson, regência do Coro Lírico Municipal.
William Pereira, direção cênica.
Giorgia Massetani, cenografia.
Caetano Vilela, iluminação.
Olintho Malaquias, figurino.
Ângelo Madureira, coreografia.
Malonna, visagismo.
Ligiana Costa, dramaturgismo e versão em português.
Ana Vanessa, assistente de direção cênica e direção de palco.
Lício Bruno, Felisberto Caldeira.
Lidia Schaffer, Dona Branca Caldeira.
Rosana Lamosa, Cotinha Caldeira.
Giovanni Tristacci, Camacho.
Douglas Hahn, Magistrado.
Mar Oliveira, Maestro Vicente.
Andrey Mira, Taverneiro.
Daniel Lee, Capitão Simone da Cunha.
Sandro Bodilon, Chefe dos Mineradores.
David Marcondes, Dom Cambraia.
Rafael Thomas, Sampaio.
Sérgio Sagica e Sebastião Teixeira, os Guias.
Elayne Caser, Moça 1.
Ludmila de Carvalho, Moça 2.
Monica Martins, Moça 3.
Keila de Moraes, Moça 4.
Heloisa Junqueira, Moça 5.
Laryssa Alvarazi, Moça 6.
Duração aproximada: 180 minutos (com intervalo).
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 10 anos – Pode conter histórias com conteúdo violento e linguagem imprópria de nível leve.
Ingresso de R$ 12,00 a R$ 165,00 (inteira).

.: Filme "Ninguém Sai Vivo Daqui", de André Ristum, ganha cartaz oficial


Inspirado em livro de Daniela Arbex, "Holocausto Brasileiro", longa resgata história de pacientes do Hospital Psiquiátrico Colônia

Com roteiro inspirado no livro "Holocausto Brasileiro", da jornalista Daniela Arbex, o longa "Ninguém Sai Vivo Daqui"  acompanha a jornada de Elisa, uma jovem que engravida do namorado e, no começo dos anos de 1970, é internada à força pelo pai no hospital psiquiátrico Colônia, em Barbacena, Minas Gerais. Com direção de André Ristum, o filme chega aos cinemas brasileiros em 11 de julho. A produção é da Sombumbo e TC Filmes, em coprodução com Gullane, Geração Entretenimento, Canal Brasil e Karta Film, e a distribuição é da Gullane+.

O longa é protagonizado por Fernanda Marques no papel de Elisa e ainda traz no elenco Andréia Horta, Augusto Madeira, Rejane Faria, Naruna Costa, entre outros. Além do filme, que teve sua estreia mundial na seleção oficial do Festival de Tallin Black Nights na Estônia e foi o filme de abertura do Festival de Brasília de 2023, a história do hospital também rendeu uma série, "Colônia", mas Ristum explica que existem diferenças entre as duas obras.

“No filme, as coisas são mais concentradas. O longa acaba sendo mais impactante do que a série que vai aos poucos entrando naquele sofrimento, na dureza que é a vida dessas pessoas. É uma experiência totalmente diferente, outra proposta sonora e conceitual, outra forma de entrar na história. A gente chega nos pontos mais fortes bem mais rapidamente, e, também, tem cenas exclusivas que foram feitas só para o filme. Ambos contam a mesma história, mas quem for ver o filme vai encontrar uma história que, embora conhecida, é uma nova história pois conta de outra forma”, explica o cineasta.

Ristum, que assina o roteiro com Marco Dutra e Rita Gloria Curvo, conta que quando tomou contato com a história do Colônia, as meninas grávidas que eram internadas pelos familiares foi uma das coisas que mais lhe chamou a atenção. “Aquilo me chocou demais, e entendi que talvez esse fosse o melhor caminho para contar essa história. Depois, eu encontrei inclusive uma afinidade com minha história pessoal pois, minha mãe, quando moça, bem antes de eu nascer, também passou por uma situação de uma gravidez antes do casamento e acabou de alguma maneira sendo obrigada a praticar um aborto".

O livro da Daniela Arbex foi a inspiração inicial, mas não foi o único material, pois Ristum fez uma pesquisa extensa para criar "Ninguém Sai Vivo Daqui". “Fui até Barbacena e conheci o Colônia que hoje é outra coisa, e me conectei com várias histórias locais ali. Visitei o museu, conversei com psiquiatras sobre o contexto da época, assisti documentários, acessei muitas fotos entre as quais as famosas fotos que saíram no Cruzeiro nos anos 60. Mas tudo isso serviu de base para a construção de personagens ficcionais, mas em conexão com figuras reais”.

Ristum também lembra que o tema do longa, hospitais psiquiátricos, é um ponto de debate até hoje no Brasil, mesmo depois da reforma psiquiátrica de 2001. “É muito importante debater esse assunto que não foi superado, resolvido. O filme traz uma discussão que ainda é, infelizmente, muito atual e necessária”.

A ideia de realizar o filme em preto e branco veio da longa parceria com o diretor de fotografia Hélcio Alemão Nagamine pois, para eles, não havia qualquer brilho ou cor na vida daquelas personagens. “O preto e branco é um personagem no filme, como o hospício. Eu não via outra maneira de contar essa história a não ser em preto e branco. E acho que o pb nos facilitou muitas coisas também do ponto de vista da produção, além de ter um interesse estético por explorar o preto e branco”.

Inclusive, trazendo uma proposta inovadora, Ristum conta que trabalhou com o elenco como se fosse uma cooperativa, quase uma produção teatral, na qual todos os atores vestiam e maquiavam a si mesmos a partir de um conceito elaborado previamente com o caracterizador. As cenas, rodadas em longos planos-sequência, foram outro elemento que ajudaram o elenco a dar mais consistência aos seus personagens. “A gente ensaiou bastante já na locação, para já chegar próximo daquilo que era o resultado esperado. E esse trabalho de troca e de colaboração com o elenco foi muito interessante e que trouxe realismo para todo o filme”. "Ninguém Sai Vivo Daqui" será lançado no Brasil em 11 de julho pela Gullane+. Compre o livro "Holocausto Brasileiro", de Daniela Arbex, neste link.

.: Para vencer no Enem: como estudar Língua Portuguesa para o exame?


Levantamento do Aprova Total aponta quais os temas da disciplina que mais aparecem na prova; professora compartilha dicas para se aprofundar


A Língua Portuguesa é uma das principais formadoras da identidade cultural e histórica do Brasil. Desde a colonização até os dias atuais, a língua tem sido um canal de expressão artística, cultural e intelectual. Permeia a música, a literatura, o cinema e outras formas de arte, além de ser um instrumento de unificação nacional em um país de dimensões continentais e múltiplas etnias. 

Além de seus aspectos linguísticos e culturais, o idioma se tornou alvo de estudos e análises de diversos estudantes que se preparam todos os anos para os diferentes vestibulares do país. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo, a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias se tornou uma das principais etapas da prova, abrangendo Língua Portuguesa, Literatura, Artes, entre outros temas.  

Para Daniela Cristina da Silva Garcia, doutoranda em linguística aplicada e professora do Aprova Total, uma das principais plataformas online de pré-vestibulares do país, o estudo da língua portuguesa pode ser feito de outras formas além de exercícios e leitura de material didático. “É essencial diversificar as formas de conhecimento da língua e incluir no cotidiano leituras de revistas, jornais e livros de diferentes gêneros, como romances, suspense e ficção científica. O importante é não perder o hábito de leitura e esvaziar o repertório”, aponta a professora.  

Já nos momentos de foco nos estudos para aprovação ao ensino superior, Daniela sugere ao estudante fazer escolhas de quais assuntos priorizar. Segundo um levantamento feito pelo Aprova Total, os assuntos de língua portuguesa mais cobrados na prova do Enem são Gêneros Textuais (39,8%), Introdução à Língua Portuguesa (23,1%), Linguagem Culta e Coloquial (9,3%), Contexto e Imagens (7,4%), e Funções da Linguagem (6,5%).  Confira a análise da professora sobre como os temas aparecem no exame. Compre livros para estudar Língua Portuguesa e se sair bem no Enem neste link. 

Gêneros textuais
A prova de Linguagens no Enem exige que os candidatos identifiquem e analisem diferentes gêneros textuais, como notícias, reportagens, campanhas publicitárias e artigos de opinião. É importante começar a leitura pelo comando da questão, analisar a estrutura do texto e entender seu propósito.  

Interpretação textual 
Esse é um dos pilares do exame. Os estudantes devem ser capazes de interpretar, não apenas os textos de apoio, mas também os enunciados e as alternativas das questões. A interpretação textual está intimamente ligada ao reconhecimento dos gêneros textuais.  

Variação linguística 
O Enem aborda a diversidade da língua portuguesa, explorando a variação linguística entre a linguagem culta e a coloquial. Os estudantes devem reconhecer essas variações e entender o contexto adequado para cada uma, além de refletir sobre o preconceito linguístico e a língua como patrimônio cultural.  

Contexto e imagens 
As imagens são componentes frequentes nas questões do Enem e nunca são meramente ilustrativas. Elas carregam informações simbólicas e contextuais que os estudantes devem saber interpretar.  


Funções da linguagem
Esse é um tema recorrente na prova. Os estudantes precisam conhecer as diferentes funções da linguagem, suas características e a quais elementos da comunicação estão associadas.

.: Filme "Clube dos Vândalos" ganha exposição de fotos inéditas em SP


"Clube dos Vândalos", novo longa da Universal Pictures em cartaz rede Cineflix Cinemas e é estrelado por Austin ButlerTom Hardy e Jodie Comer, poderá ser visto além das telas de cinema. O filme, que narra a história de um clube de motociclistas de Chicago, "Vândalos", ganhou uma exposição de fotografias exclusivas, com cliques realizados durante as filmagens e que fazem referência ao livro homônimo de Danny Lyon, que deu origem ao filme.

A mostra exclusiva, que teve início no último fim de semana, no festival Against The Wind em Curitiba, no Paraná, chegou a São Paulo, onde ficará durante todo o mês de junho. O filme "Clube dos Vândalos" acompanha a jornada de um clube de motoqueiros do centro-oeste americano, os "Vândalos". Através da vida de seus membros, o filme narra, ao longo de uma década, a transformação do clube, de ponto de encontro de motoqueiros à margem da comunidade local, no início, à gangue sinistra que ameaça e coloca em risco até o modo de vida autêntico e único do grupo original.

Confira a programação:
Até este domingo, dia 23 de junho, no Deus Café – Av. Rebouças, 3658, Pinheiros, São Paulo/SP, 05402-600
De 24 de junho a 30 de junho, no Cinesystem Frei Caneca – Shopping Frei Caneca, R. Frei Caneca, 569, Consolação, São Paulo/SP, 01307-001


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Assassino por Acaso" ("Hit Man") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

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