quarta-feira, 19 de junho de 2024

.: "Retorno ao Ventre", de Jr. Bellé: os poemas e a luta do povo kaingang


Na coletânea de poemas "Retorno ao Ventre", lançado pela editora Elefante, o autor Jr. Bellé entrelaça a história de sua família com as raízes kaingang e o movimento de resistência indígena no sul do Brasil. A obra é uma narrativa poética que usa memórias, documentos históricos e ficção para retratar a violenta ocupação das terras indígenas e a luta contínua por demarcação e reconhecimento.

Traduzido para o kaingang, com ilustrações da ativista Moara Tupinambá e contribuições da poeta Eliane Potiguara, o livro celebra lideranças indígenas contemporâneas e convida a um novo olhar sobre a história dos povos originários no Rio Grande do Sul e Paraná, onde há séculos a população enfrenta a invisibilização.


Em defesa da memória e do território kaingang
No livro de poemas "Retorno ao Ventre", Jr. Bellé conecta a história da família ao movimento de resistência vivido pelos povos indígenas no Sul do país. Quando as lembranças de Pedrolina deterioravam-se pelo Alzheimer, ela ligou para o sobrinho e escritor Jr. Bellé para contar uma história até então desconhecida. A família deles, majoritariamente branca, estabelecida no sudoeste do Paraná, vinha de raízes indígenas, possivelmente kaingang. É um relato parecido com a de diversos brasileiros e atravessa a própria formação do país: vítima de um bugreiro alemão, sua tataravó era uma criança indígena que nasceu, viveu e morreu sem registros oficiais ou alguém para relembrar sua trajetória às gerações seguintes. 

Foi o autor que tomou para si esse compromisso e preencheu as lacunas da memória com ficção em Retorno ao ventre - Mỹnh fi nugror to vẽsikã kãtĩ, publicado pela editora Elefante. Na obra, tia Pedrolina também aparece, mas, diferente da vida real, ela está no leito do hospital quando compartilha as escassas lembranças sobre sua ancestral. A partir desse momento, os poemas começam a refletir sobre as consequências do violento processo de ocupação de terras indígenas por colonos brancos: a "marcha para o oeste". Um de seus episódios inaugurais foi a primeira expedição militar da República em direção ao "grande sertão", ou "vazio demográfico", como era chamado o sudeste do Paraná. Contudo, o lugar era o lar e o território de inúmeros povos originários.   

o termo sertão é aqui empregado
sempre no sentido
de vazio demográfico
por vazio demográfico entenda-se apagamento
pois é evidente que aquelas terras estavam cheias
de pinheiro de macaco de tatu de xetá de unha-de-gato
de taquara-mansa de fumeiro-brabo de ipê de kaiowá
de gralha-azul de chuchu de xokleng de cipó de aracá
de alecrim-do-mato de ariticum-preto de ingá de mỹnh
o vazio estava especialmente cheio de mỹnh
estava cheio de nós
("Retorno ao Ventre", pg. 54) 

Para construir esta poesia narrativa, Jr. Bellé recorreu a documentos históricos presentes nos arquivos de espaços como o Museu dos Povos Indígenas do Rio de Janeiro e o Portal da Legislação Histórica do Governo Federal. Parte desta documentação está inserida no livro, como uma composição artística de uma aldeia de casas subterrâneas, uma carta sobre a primeira incursão militar ao sudoeste do Paraná redigida pelo capitão do exército José Ozório e um registro de doação de terras com a comprovação da presença dos povos originários no local. 

Em meio a encontros e desencontros, memórias e esquecimentos, a obra percorre o passado para explicar o presente. Além de abordar as violências e resistências vividas pelas populações indígenas um século atrás, o autor ainda comenta sobre os problemas atuais, como a reivindicação do direito à demarcação de terras, ao passo que celebra conquistas de lideranças como Sônia Guajajara, Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Iracema Gah Té (kujá kaingang que luta pela demarcação do Morro Santana, em Porto Alegre, a quem o livro é dedicado), e muitas outras. 

Bilíngue, o livro foi escrito em português e traduzido ao kaingang pelo professor André Caetano, liderança da T.I. de Serrinha, no Rio Grande do Sul, com revisão final do professor Lorecir Koremág. Já a orelha é assinada por Eliane Potiguara, uma das mais importantes poetas brasileiras e fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas, enquanto as ilustrações são da artista e ativista Moara Tupinambá. 

Vencedor do Prêmio Cidade de Belo Horizonte na categoria Poesia, Retorno ao ventre reconstrói as lacunas da memória com a ficção e homenageia os primeiros habitantes do país, que viviam aqui muito antes de ele ser denominado “Brasil”. A obra também reivindica um novo olhar para o Sul, onde há séculos a população indígena luta contra a invisibilização. Jr. Bellé explica: “falo sobre um local onde muitos já habitaram e ainda habitam: kaingang, kaiowá, mbyá, xokleng, xetá... Os povos do Paraná têm memória, e ela precisa ser preservada e exaltada”. 


Sobre o autor
Doutorando em Estudos Literários (UFPR), mestre em Estudos Culturais (USP) e especialista em Jornalismo Literário (ABJL), Jr. Bellé é jornalista, pesquisador e programador de literatura do Sesc Av. Paulista. Tem quatro livros publicados: “Trato de Levante”, cuja obra foi adaptada para o cinema; “amorte chama semhora”; “Mesmo se saber pra onde”, que recebeu o Prêmio Variações de Literatura e teve menção honrosa no Prêmio Casa de Las Américas; e Retorno ao ventre, obra mais recente lançada pelo autor e publicada pela editora Elefante, que venceu o Prêmio Cidade de Belo Horizonte na categoria Poesia, em 2023.  Filho de Dona Bete e seu Valcir, nasceu em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, uma terra indígena ancestral.

.: Adaptação de romance, "Não Fossem as Sílabas do Sábado" estreia em julho


O espetáculo trata de temas como vida e impermanência, memória e apagamento, maternidade e luto, resistência e recomeços. A dramaturgia é de Liana Ferraz e elenco é formado pelas atrizes Carol Vidotti e Fábia Mirassos. Foto: Tomás Franco


Um trágico e absurdo acidente que muda a vida de duas mulheres é tema de "Não Fossem as Sílabas do Sábado", uma adaptação para o romance que rendeu à escritora e defensora pública Mariana Salomão Carrara o Prêmio São Paulo de Literatura em 2023. O espetáculo tem sua temporada de estreia no Sesc Belenzinho de 5 de julho a 4 de agosto, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h30.

A peça tem direção de Joana Dória, dramaturgia de Liana Ferraz e elenco formado por Carol Vidotti e Fábia Mirassos. A ideia de transportar o romance para o palco surgiu de um encontro casual entre Vidotti e a autora Mariana Salomão Carrara na plateia de outro espetáculo, em junho de 2023. “Eu perguntei para a Mariana se ela já tivera um livro seu adaptado para o palco e ela disse que adoraria que isso acontecesse. Nesse instante, a semente do projeto brotou na minha cabeça. Voltei para casa completamente eufórica, entendendo que ‘Não fossem as sílabas do sábado’ era a história que eu vinha buscando para contar numa peça. Tinha lido o livro numa quinta-feira de janeiro e me envolvido profundamente com essas personagens”, revela Vidotti, que assina a idealização da montagem. 

A trama se passa em uma manhã de sábado, quando Ana, que está em uma loja de molduras, liga para seu marido André, pedindo ajuda para carregar o quadro com o pôster do filme favorito do casal. Como a casa dos dois fica ali perto e André está demorando muito, a esposa começa a suspeitar do atraso. Um trágico acidente muda a vida de Ana e de sua vizinha Madalena, que moram no mesmo prédio, mas mal se conhecem: o marido de Madalena, ao pular da janela, desaba justamente sobre André. A partir de então, o que une as duas viúvas passa a ser justamente o que as separa. Em uma rotina de ausências, elas vão se aproximando e, juntas, atravessam a dor, a chegada de uma criança e as agruras do recomeço. Assim, nasce uma amizade que, talvez, expanda o que se entende por família.

“O luto vertiginoso que a narradora atravessa, as dores de ter seu plano de futuro perfeito destruído, as dificuldades com a maternidade, e a maneira como, acima de tudo, essas duas mulheres constroem uma relação de amizade e reformulam juntas o entendimento de família eram temas que vinham de encontro às minhas inquietações artísticas”, acrescenta Vidotti

Sobre a sensação de ver seu romance adaptado para a cena, Mariana Salomão Carrara relata: “Descobri que dentro da minha cabeça de escritora, possivelmente dentro de qualquer cabeça de escritora, existe uma espécie de palco. Só me dei conta disso quando vi, num ensaio, as atrizes materializando as palavras que em algum momento escutei dentro da minha cabeça.  Fiquei muito emocionada e perdida ouvindo a conversa num léxico que não é o meu – figurino, sombras, refletores – tentando compreender esse fenômeno que é tragarem para fora do livro e da cabeça de escritora essas vidas e essas dores que parecia que eu estava conhecendo de verdade apenas ali”.

A adaptação da obra para os palcos vem como disparador de temas caros de trazer para o debate público, como vida e impermanência, memória e apagamento, maternidade e luto, resistência e recomeços, amizade e amor. Tudo sob uma perspectiva feminina.

Já a diretora Joana Dória revela que se encantou pelo encontro das duas mulheres. “Mergulhamos no processo criativo querendo fazer peça do romance: manter seus traços estilísticos, suas imagens e adjetivos; explorar seu ritmo, seus fluxos, seus jorros, o transbordamento de palavras; e ter nossa prática teatral movimentada pela matéria da literatura. Como o texto literário pode ser transformado em expressão performativa, sonora, espacial e plástica? Como essas diferentes abordagens textuais podem dialogar entre si na criação cênica, sem que percamos de vista o objetivo simples de ser veículo de uma boa história?”, indaga. 

Além dos temas discutidos pela peça, as artistas destacam a importância de se trazer ao público uma adaptação de uma obra literária, instigando e incentivando as pessoas a tornar o ato de ler, acima de um hábito, uma prática social significativa para um avanço de nossa capacidade de estar no mundo.


Sinopse
Ana e Madalena são vizinhas, moram no mesmo prédio, mas mal se conheciam até um fato trágico marcar a vida das duas e mudar os rumos de suas histórias. O marido de Madalena, ao pular da janela, desaba justamente sobre o marido de Ana. E, a partir disto, o que as une é o que as separa. Na rotina das ausências, as duas viúvas vão se aproximando: atravessam a dor, a chegada de uma criança, as agruras do recomeço. Nasce uma amizade, que talvez expanda o que se entende por família. Não fossem as sílabas do sábado é uma adaptação teatral do romance homônimo de Mariana Salomão Carrara.


Bate -papo com Mariana Salomão Carrara, Carol Vidotti e Liana Ferraz
A recriação do romance "Não Fossem as Sílabas do Sábado" no teatro
Dia 3 de agosto de 2024
Horário: das 16h00 às 18h00
Local de realização: Área de Convivência


Ficha técnica
Idealização: Carol Vidotti
Elenco: Carol Vidotti e Fábia Mirassos
Direção: Joana Dória
Autora: Mariana Salomão Carrara
Dramaturgia: Liana Ferraz
Direção de movimento: Nina Giovelli
Assistência de direção: Abel Xavier
Trilha sonora e operação de som: Pedro Semeghini
Cenografia: Andreas Guimarães
Figurino: Érika Grizendi
Visagismo: Fábia Mirassos
Projeções, mapping e operação de vídeo: Vic Von Poser
Desenho e operação de luz: Henrique Andrade
Direção técnica: Giovanna Gonçalves
Fotos: Tomás Franco
Designer gráfico: Renan Marcondes
Intérprete de LIBRAS: Mirian Caxilé e Felipe Medeiros
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Apoio Cultural: Instituto Brasileiro de Teatro - IBT
Direção de produção: Marisa Riccitelli Sant’ana e Rachel Brumana
Produção executiva: Dani Correia e Paula Malfatti
Assistente de produção: Beatriz Falleiros
Gestão: Associação SÙ de Cultura e Educação


Serviço
"Não Fossem as Sílabas do Sábado"
Temporada: 5 de julho a 4 de agosto de 2024*
Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h30
Sesc Belenzinho – Sala Espetáculos II – Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho
Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (meia-entrada) e R$12,00 (credencial plena)
Vendas online em sescsp.org.br. Venda presencial em qualquer unidade do Sesc São Paulo
Telefone: (11) 2076-9700
Classificação: 12 anos
Duração: 1h20
Capacidade: 120 lugares
Acessibilidade: apresentações com tradução em LIBRAS acontecem nos dias 20 e 21 de julho. Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

.: Reunião inédita de textos de García Márquez revela a gênese da Macondo


Reunião inédita de textos de Gabriel García Márquez, "A Caminho de Macondo: ficções 1950-1966" convida os leitores a mergulhar no processo de criação do universo mítico de "Cem Anos de Solidão", um dos maiores romances da literatura latino-americana. A antologia reúne todos os textos publicados pelo vencedor do Prêmio Nobel de Literatura nos quais Macondo foi tomando forma e que marcam o prelúdio da escrita de sua obra-prima. A tradução é de Ivone Benedetti, Édson Braga, Danúbio Rodrigues e Joel Silveira.

Considerado o mestre do realismo mágico latino-americano, García Márquez escreveu alguns dos maiores livros do século XX. Suas obras já foram adaptadas para filmes e minisséries, incluindo uma série baseada em "Cem Anos de Solidão", que será lançada em breve pela Netflix. Em março de 2024, a Record lançou Em agosto nos vemos, romance póstumo e inédito de García Márquez. A edição de A caminho de Macondo conta com prefácio da premiada jornalista Alma Guillermoprieto, texto que é um guia para a obra de Gabo, e nota editorial de Conrado Zuluaga, especialista na obra do autor.

Gabriel García Márquez argumentou em várias ocasiões que primeiro era preciso aprender a escrever um livro e só depois encarar a página em branco. Foram quase 20 anos “vivendo” em Macondo para que aprendesse a escrever sua obra-prima "Cem Anos de Solidão". Nesta antologia, os leitores encontrarão as publicações que precedem a escrita de sua obra mais célebre e que ilustram a gênese da mítica cidade.

"A Caminho de Macondo" reúne desde os textos seminais de 1950 a 1954, publicados inicialmente em colunas de jornais e revistas — alguns com a indicação “Apontamentos para Um Romance” —, até o conteúdo integral das obras "A Revoada (O Enterro do Diabo)", de 1955, "Ninguém Escreve ao Coronel", de 1961, "Os Funerais da Mamãe Grande", de 1962, e "O Veneno da Madrugada (A Má Hora)", de 1966, que marcam o prelúdio efervescente de "Cem Anos de Solidão".

Com prefácio da jornalista premiada Alma Guillermoprieto e nota editorial de um especialista na obra do autor, Conrado Zuluaga, esta coletânea nos introduz ao ciclo macondiano e nos guia por personagens, cenários e cheiros que viriam a compor uma das grandes maravilhas da literatura latino-americana, escrita pelo autor colombiano vencedor do Prêmio Nobel e grande mestre do realismo mágico. Compre o livro "A Caminho de Macondo", de Gabriel García Márquez, neste link.


Sobre o autor
Gabriel García Márquez nasceu em 6 de março de 1927, em Aracataca, um pequeno povoado na costa atlântica colombiana. Honrado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1982, publicou seu primeiro conto, “A Terceira Renúncia”, aos 20 anos e, no ano seguinte, deu os primeiros passos no jornalismo. Durante mais de meio século exerceu esses dois ofícios, enfeitiçado pelo “encanto amargo da máquina de escrever”. Seu talento na arte da narrativa fez com que ele fosse considerado um escritor fascinante por milhares de leitores. Conhecido como o maior expoente do realismo mágico, sempre afirmou que: “Não há nos meus romances uma única linha que não seja baseada na realidade”. Ele foi, definitivamente, o criador de um dos universos mais ricos de significados em língua espanhola no século XX. Morreu na Cidade do México em 17 de abril de 2014. Garanta o seu exemplar de "A Caminho de Macondo", escrito por Gabriel García Márquez, neste link.

terça-feira, 18 de junho de 2024

.: Crítica: "Jardim dos Desejos" revela passado ideológico do jardineiro Narvel

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2024


As voltas que a vida dá trilham o rumo da trama de "Jardim Dos Desejos", filme em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos. A produção dirigida por Paul Schrader ("Taxi Driver", "Gigolô Americano" e "O Contador de Cartas") apresenta Narvel Roth (Joel Edgerton), um meticuloso horticultor que se dedica a cuidar dos jardins impecáveis da bela propriedade pertencente a amargurada e fria viúva Norma Haverhill (Sigourney Weaver). 

Numa relação habitual, porém que fazemos de conta não existir, Narvel está no posto de um empregado mais jovem mantido na palma da mão da senhora. Portanto, presta a ela serviços extras -e bastante íntimos. No entanto, a demanda de Narvel aumenta quando ele é incumbido de ter como aprendiz de jardinagem, a problemática sobrinha-neta Maya (Quintessa Swindell).

Com a chegada desse novo elemento, o passado de Narvel é descortinado, revelando um outro eu capaz de tirar a vida do outro - por razões ideológicas. Contudo, agora, ele que aparentemente conseguiu assumir um novo modo de vida, precisa analisar as escolhas feitas no passado e que ainda refletem em quem ele continua sendo. Todavia, se vê diante de fortes turbulências, inclusive com a riquíssima Norma.

O filme de 1h51 entrega imagens lindas de flores desabrochando, assim como uma fotografia agradável, enquanto retrata a relação conturbada do trio Narvel, Norma e Maya. Sem pressa para acontecer, cada segredo é revelado para trazer mistério na trama que se mostra, ao fim, uma história de amor. Vale a pena conferir!


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Jardim dos Desejos" ("The Master Gardener"). Ingressos on-line neste linkGênero: suspense, romanceClassificação: 16 anos. Duração: 1h51. Ano: 2023. Distribuidora: Pandora Filmes. Direção: Paul Schrader. Roteiro: Paul Schrader. Elenco: Joel Edgerton (Narvel Roth), Sigourney Weaver (Norma Haverhill), Quintessa Swindell (Maya Core), Esai MoralesSinopse: Narvel Roth é o meticuloso horticultor dos Jardins Gracewood e ele deve aceitar uma aprendiz nova.. Confira os horários: neste link

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.: CCBB São Paulo recebe a exposição "A.R.L. Vida e Obra"


O legado de Antônio Roseno de Lima, marcado pela extrema pobreza e falta de reconhecimento, poderá ser contemplado a partir do dia 26 de junho, na capital paulista. Na imagem, Sereia de A.R.L.Foto: Adriano Rosa


A exposição "A.R.L. Vida e Obra", em cartaz de 26 de junho a 19 de agosto, no CCBB SP - Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, é uma oportunidade única para o público conhecer a produção de Antônio Roseno de Lima, artista outsider descoberto no final da década de 1980 pelo professor doutor do Instituto de Artes da Unicamp, Geraldo Porto, que também assina a curadoria da mostra. Semianalfabeto, o fotógrafo e pintor tirou da dura realidade de favelado a inspiração para criar uma obra que é reflexo da mais pura e encantadora arte bruta, onde autorretratos, onças, vacas, galos, Santos Dumont, bêbados, mulheres e presidentes foram seus temas principais.

Apesar das condições precárias em que vivia na favela Três Marias, em Campinas, onde morou de 1962 até sua morte, em junho de 1998, Roseno expressava seus sonhos e observações do cotidiano através de suas pinturas, muitas vezes utilizando materiais improvisados encontrados no lixo: pedaços de latas, papelão, madeira e restos de esmalte sintético. Quando gostava de algum desenho, recortava-o em latas de vários tamanhos para usar como modelo, além de outros materiais como lã, em épocas de frio. Seu barraco era sua tela, onde cores vibrantes e figuras contornadas em preto ganhavam vida, revelando uma poesia visual única. Nas obras, as diversas aspirações do artista são representadas, mas uma delas se repete em toda a sua arte: "Queria ser um passarinho para conhecer o mundo inteiro!"

 
Pedaços da alma e da vida
Com o intuito de desvendar as diferentes camadas da obra de Antônio Roseno de Lima, a exposição em cartaz no CCBB São Paulo está dividida em seis seções, apresentando um panorama completo das diversas facetas do artista. Na primeira delas, "O Bêbado", vislumbramos as raízes de A.R.L. em sua arte, onde se destacam cores chapadas e não existem meios-tons ou efeito de claro-escuro, além do uso de palavras. 

Iniciada em 1975, essa série traz rostos de olhos embaralhados e alucinados pela bebida, trabalho que o projetou como artista no mercado internacional, se tornando sua marca registrada. Em "Recortes da Cidade", mergulhamos nas aspirações e fantasias do artista, onde o vemos estampado em notas de dinheiro (fora de circulação); a casa bonita, colorida e com luz elétrica; o prédio moderno e a fábrica onde almejava trabalhar.

 Na seção "Presidentes" figuram fatos históricos e notáveis como Afonso Pena, Nilo Peçanha, Getúlio Vargas, Mário de Andrade e Santos Dumont, o seu maior ídolo (aquele que provavelmente lhe embutiu o desejo de ser um passarinho). Já em "O Fotógrafo", temos reflexos de sua grande paixão, o ofício que aprendeu a exercer aos 35 anos, em São Paulo capital, e tentou manter vivo no interior (Indaiatuba), mesmo depois de fechar seu estúdio por falta de recursos. “Frutos, Flores e Animais” trazem composições ingênuas de galos, sapos, cavalos, gatos, capivaras e onças ou ainda quadros com traços quase "picassianos" de vacas. "Mulheres e Santas" completa o passeio pela alma criativa de Roseno, um galanteador que gostava de retratar mulheres bonitas, e que seguiu as homenageando em forma de sereias ou à imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Serviço
“A.R.L. Vida e Obra” de Antônio Roseno de Lima
Curador | Geraldo Porto
Centro Cultural Banco do Brasil
Prédio Anexo: Rua da Quitanda, 80 – Centro Histórico – SP, próximo à estação São Bento do Metrô
Período: 26 de junho a 19 de agosto de 2024
Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças.
Ingressos gratuitos:  disponíveis no site bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB São Paulo
* a partir de 21/6
Classificação Indicativa: livre
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.
Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.
Centro Cultural Banco do Brasil - São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112, Centro Histórico / São Paulo

.: "Canção dos Ossos": livro faz releitura sáfica de "O Fantasma da Ópera"


“Essa história não é um romance, e sim uma mistura de todos os meus demônios e obsessões”
, afirma Giu Domingues, autora de “Canção dos Ossos”, lançado pela editora Galera Record. O livro é uma releitura sáfica e fantasia gótica do clássico "O Fantasma da Ópera". O novo trabalho da escritora brasileira, autora da duologia "Luzes do Norte" e "Sombras do Sul", promete impressionar os aficionados por literatura sáfica, gênero amplamente consumido por leitores da geração Z.

A obra é um romance gótico e sáfico, em que a magia sai das melodias para viver entre as palavras – é quase como um "escutar através da leitura. Feche os olhos e deixe a música te guiar". Giu Domingues é uma das autoras do gênero mais vendidas no país, somando mais de 50 mil livros vendidos.

“Canção dos Ossos” nos apresenta o Conservatório Mágico de Vermília, único lugar onde Elena Bordula se sente em casa. O castelo pode ser sombrio, mas é em suas sombras que ela vive. A instituição, mais que uma academia de música, é a força e o olho do imperador. Mas para subir na hierarquia e se tornar Soprano de Ouro, Elena precisa provar que é muito mais do que um sobrenome manchado por sangue.

Os Bordula já haviam feito parte do tecido que compunha a história do Império, mas sua mãe, Loralie, teve que estragar tudo. Porém, assim que estivesse na Primeira Orquestra, Elena restauraria a honra de sua família e seria reconhecida por sua voz, a única coisa em si que jamais desejara mudar. E faria qualquer coisa para alcançar esse objetivo.

Enquanto luta para que sua ambição não entre em desavenças com suas melhores amigas, Cecília e Margot, Elena começa a ouvir vozes e ter sonhos com uma figura enigmática. Começando a duvidar de sua capacidade de distinguir a realidade do imaginário, a jovem se pergunta se está sucumbindo à maldição que leva sopranos a enlouquecerem. Compre o livro “Canção dos Ossos”, de Giu Domingues, neste link.

O que disseram sobre o livro
“Uma leitura orquestrada para ser deslumbrante e assombrosa, uma sedução lenta do leitor para fazê-lo encarar os recantos mais escuros de seu reflexo.” — Laura Pohl, autora de "As Garotas de Grimrose" e best-seller do New York Times.

“Um mundo original de fantasia e cheio de musicalidade. Uma história sombria e surpreendente.” — Paola Siviero, autora de "O Auto da Maga Josefa" e "A Lenda da Caixa das Almas".

“Muito à vontade sob os holofotes, Giu Domingues combina sua voz e espírito para esta nova montagem de um clássico absoluto. Um livro para assistir na primeira fileira.” — Felipe Castilho, autor de "Ordem Vermelha", "Serpentário" e da série "O Legado Folclórico".

“Em Canção dos Ossos, Giu Domingues conduz os leitores pelas profundezas mais sombrias do desejo de forma magistral, nos embalando em uma história vertiginosa e arrebatadora. Um banquete para quem ama personagens moralmente ambíguas e ambiciosas.” — Bárbara Morais, autora da "Trilogia Anômalos".

“Com uma construção de mundo fascinante, essa história sensual e perturbadora convida a encarar as sombras.” — Carol Chiovatto, autora de "Porém, Bruxa", "Árvore Inexplicável", "Senciente Nível 5" e finalista do Prêmio Jabuti.

“Com uma narrativa poderosa e personagens que você vai amar e odiar na mesma medida, Canção dos Ossos é avassalador e impossível de largar da primeira à última página. Prepare-se para ser arrebatado pela melodia sombria de Giu Domingues.” — Karine Ribeiro, autora de "Secretária de Satã" e vencedora do IV Prêmio Aberst de Literatura.

Sobre a autora
Giu Domingues é a autora da duologia de fantasia e romance sáfico "Luzes do Norte""Sombras do Sul", que juntas já venderam mais de 50 mil exemplares e consagraram a autora como best-seller nacional. Giu gosta de ler e escrever sobre mulheres imperfeitas, como ela. Apaixonada por fantasia, também acredita no potencial que história sobre “fantástico” têm de contas verdades sobre nosso mundo, quem somo e o que sentimos. É isso que a autora busca em suas histórias — esse pedaço de verdade, diverso e único. É feminista, bissexual e ansiosa, e isso está sempre presente nos seus textos. Garanta o seu exemplar de “Canção dos Ossos”, escrito por Giu Domingues, neste link.

.: Maisa Silva estreia na TV Globo para viver a vilã da próxima novela das seis


Maisa estreia na TV Globo para viver antagonista na próxima novela das seis. Foto: Fred Othero

A apresentadora e atriz Maisa Silva fará sua estreia na TV Globo atuando na próxima novela das seis, "Garota do Momento". E ela já chega chegando: será a vilã – que amamos odiar! –  na trama de Alessandra Poggi com direção geral de Jeferson De e direção artística de Natalia Grimberg. A atriz vai dar vida à personagem que será a pedra no sapato da protagonista. A trama vai mostrar a busca de uma jovem pela mãe e sua luta para vencer na vida e realizar seus sonhos no Brasil dos anos 1950. É nesse percurso que os caminhos da mocinha da história e da personagem de Maisa se cruzam. 

"Confesso que estou até agora sem acreditar. Comecei minha carreira como atriz nas novelas e, após um tempo longe da TV, voltar com uma novela na TV Globo e uma personagem diferente de tudo o que já fiz, é muito especial e veio na hora certa", comemora Maisa. "Garota do Momento", a próxima novela das seis da TV Globo, tem previsão de estreia no segundo semestre.

.: "Eu Sempre Soube...", com Rosane Gofman, terá única apresentação em SP


Atriz Rosane Gofman fará única apresentação de premiado monólogo na cidade de São Paulo, em que aborda o universo das mães de pessoas LGBTQIAPN+. 
Foto: Roberto Cardoso

O espetáculo "Eu Sempre Soube..." protagonizado pela atriz Rosane Gofman, com texto e direção de Márcio Azevedo, volta para São Paulo no dia 29 de junho no Teatro das Artes no Shopping Eldorado. A peça já fez oito temporadas no Rio de Janeiro, duas na capital paulista e também passou por diversas outras cidades do Brasil. Conquistou vários prêmios como Funarte de Dramaturgia 2018, melhor atriz prêmio Profest de Teatro 2020, Cenyn de melhor monólogo 2019 entre outros.

A peça conta a história da jornalista Majô Gonçalo que está lançando o livro "Eu Sempre Soube..." e palestrando. Em sua primeira aparição pública, nossa protagonista apresenta uma história de amor, do amor mais puro e incondicional que alguém pode sentir. O amor de mãe. Mães capazes de qualquer tipo de sacrifício por amor aos seus filhos. Mães que, mediante a realidade dos filhos se reinventam, se reconstroem para manter a dignidade de sua cria. Mães leoas que pulam em cima com garras afiadas daqueles que tentam por preconceito ou ignorância prejudicarem seus filhos. Mães pela diversidade, mães dispostas a reorganizar seus lares, suas famílias em respeito e dedicação às escolhas dos filhos.

Para escrever essa peça documentário, o autor entrevistou 98 mães, e agrupou essas mulheres e suas vivências em três momentos: Como as mães lidam no momento quando ouvem de seus filhos a frase: “sou gay”. A violência nas ruas que põe em risco a vida de seus filhos. O preconceito na escola, bairro, rua, prédio e principalmente dentro de casa.

Durante o espetáculo diversas dúvidas são relatadas pela protagonista como os casos de homofobia, como as mães recebem o fato que seus filhos estão transicionando? Como contar isso aos outros familiares? Os riscos das cirurgias? A readaptação do novo(a) filho(a) na sociedade? A luta dessas mães quando seus filhos comunicam em casa que estão com HIV? Como abraçar a causa desses filhos? Em todos os momentos e falas da personagem Majô Gonçalo ouvimos palavras de amor e esperança, de afeto e dor.

De janeiro a junho de 2022, o Brasil registrou 135 mortes de pessoas LGBTIAPN+, segundo a pesquisa do GGB (Grupo Gay da Bahia). Ainda de acordo com o levantamento, no 1º semestre de 2022, 63 gays e 58 mulheres trans ou travestis foram mortos. A atriz Rosane Gofman recebeu esse ano o título de embaixadora das Mães da Resistência pelo seu trabalho no espetáculo "Eu Sempre Soube...",  apoiando a luta do movimento LGBTQIAPN+.

Ficha técnica
Texto e direção: Márcio Azevedo
Elenco: Rosane Gofman -> personagem (Majo Gonçalo)
Direção de produção: Fabio Camara
Direção musical, trilha sonora: Tauã de Lorena
Músico: Pedro Mendonça
Luz: Aurélio de Simoni
Figurino: Anderson Ferreira
Cenógrafo: José Carlos Vieira
Visagista: Thiogo Andrade
Operador de luz: Jackson Oliveira
Programação visual: Gabriela Cima
Fotos cartaz: Nanah Garcia
Fotos cena: Roberto Cardoso
Assessoria de imprensa: Fabio Camara
Realização: Lugibi Produções Artísticas

Serviço
Local: Teatro das Artes.  (Av. Rebouças, 3970 - Pinheiros). Shopping Eldorado. 769 lugares.
Sábado, dia 29 de junho, às 17h30
Ingressos: R$ 100,00 e R$ 50,00 (meia-entrada)
Informações: 11 (11) 3034-0075
Vendas pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/95065
Duração: 80 minutos
Classificação: 14 anos

.: 55 anos: TV Cultura exibe estreia de Agnaldo Rayol no "Festa Baile"


"Festa Baile" foi sucesso de público e reunia telespectadores para assistir apresentações de clássicos da música brasileira, no salão do clube Piratininga, em São Paulo. Ainda participam da exibição a Orquestra de Silvio Mazzuca, Trio Irakitan, Zé Ketti, Nelson Gonçalves e Altemar Dutra. Foto: Júlio Cezar Soares | Acervo TV Cultura

Como parte da programação que celebra os 55 anos da TV Cultura, vai ao ar, nesta quinta-feira, dia 21 de junho, edição do Festa Baile com a estreia do apresentador Agnaldo Rayol ao lado de Branca Ribeiro. Gravado em 1982, o programa é exibido a partir da meia-noite (de quinta para sexta-feira), e também recebe nomes como Ayrton e Lolita Rodrigues, Hebe Camargo, Raul Gil e Agnaldo Timóteo.

"Festa Baile" foi sucesso de público e reunia telespectadores para assistir apresentações de clássicos da música brasileira, no salão do clube Piratininga, em São Paulo. Ainda participam da exibição a Orquestra de Silvio Mazzuca, Trio Irakitan, Zé Ketti, Nelson Gonçalves e Altemar Dutra.

Em clima de festa, os artistas e o público celebram a chegada de Agnaldo Rayol, que canta uma seleção de músicas, acompanhado pela Orquestra de Silvio Mazzuca: A Praia (Jovan Wetter – Bruno Silva), Margarida (J. P. Lintz, versão de Fred Jorge) e O Princípio e o Fim (Allan Barrière, versão Nazareno de Brito).

segunda-feira, 17 de junho de 2024

.: Crítica: "Assassino Por Acaso" é louca história de amor com desfecho nota 10

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2024


Na comédia de ação, "Assassino Por Acaso" (Hitman), um professor universitário que presta serviços à polícia para complementar a renda, acaba sendo escalado para substituir um negociador que convence seus contratantes que é um autêntico assassino de aluguel. Quando, Gary Johnson (Glen Powell, de "Irmãos de Honra" e "Todos Menos Você") passa a ficar diante de criminosos -cuidadosamente pesquisados-, decide que o melhor é assumir personagens, com visual e personalidades adequadas.

Em meio a diversos disfarces, Gary interpreta o confiante assassino de aluguel, Ron para a jovem com um toque sensual no seu modo de ser, Madison (Adria Arjona, de "Morbius"), mulher que precisa se livrar do marido abusivo. Diante do pedido, enquanto conhece a moça, Gary toma uma atitude inesperada. Por conta de um conselho, deixa toda a equipe pronta para fazer o flagrante, sem reação.

Para piorar, o professor que leva uma vida pacata, acaba caindo de amores por Madison, que lhe retribui. Assim, ele ingressa numa aventura amorosa cheia de riscos, uma vez que o real dono da vaga que Gary passou a ocupar, está interessado em reassumir o cargo. "Assassino Por Acaso" é um filme em que as situações inusitadas acontecem a ponto de garantir um desfecho completamente inesperado.

O ponto interessante do filme de 1h55 é que o protagonista da trama foi inspirado num homem que, de fato, foi um Gary Johnson. No entanto, a história de amor chega a remeter um pouco ao clássico de sucesso "Sr. e Sra. Smith". Vale a pena conferir a produção, uma vez que, além de ser protagonizada por Glen Powell, o ator de "Scream Queens" que mostra versatilidade total em personagens distintos, inclusive assina o roteiro do filme com Richard Linklater, o diretor.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

"Assassino Por Acaso" ("Hit Man"). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, comédiaClassificação: 16 anos. Duração: 1h55. Ano: 2023. Distribuidora: Diamond Films Brasil. Direção: Richard Linklater. Roteiro: Glen Powell, Richard Linklater. Elenco: Adria Arjona, Glen Powell, Austin AmelioSinopse: Um assassino quebra o protocolo para ajudar uma mulher desesperada que tenta fugir de seu marido. Confira os horários: neste link


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.: "O Mito do Mito", livro inédito de Rita Lee, atende exigência da cantora: saiba


Em julho, a Globo Livros vai publicar  "O Mito do Mito", livro inédito de Rita Lee. A obra, uma ficção com toques de realidade e mistério, começou a ser escrita em 2005 e foi finalizada em 2019. Mas Rita decidiu lançá-lo apenas com uma condição: que fosse postumamente. “Não quero ninguém me perguntando de meras coincidências com fatos ou pessoas reais. Escritora‐mistério”, escreveu no livro.

Na história, a cantora é a própria protagonista e mergulha em uma sessão de terapia com um doutor esquisitão, que só atende quando o sol se põe. No divã, ela se abre em busca de respostas para profundos questionamentos internos.

A pré-venda já está disponível na Amazon com um brinde especial: uma ecobag exclusiva; e tem edição assinada pelo amigo e jornalista Guilherme Samora. O lançamento oficial será no dia 29 de julho. Compre "O Mito do Mito", de Rita Lee, neste link.

.: Espetáculo "Dois Perdidos numa Noite Suja - Delivery" atualiza clássico


Espetáculo “Dois Perdidos numa Noite Suja - Delivery” atualiza clássico de Plínio Marcos com entregadores e universitários; interracialidade e falsa mobilidade social é tema da montagem. Com direção de José Fernando Peixoto de Azevedo e idealização de Michel Pereira, apresentações únicas nos dias 28 e 29 de junho, no Sesc Avenida Paulista. Foto: Felipe Fefo
 


Escrita em 1966, a peça "Dois Perdidos numa Noite Suja", de Plínio Marcos, aborda a precariedade no mundo do trabalho e as práticas de destituição da vida. Em montagem dirigida por José Fernando Peixoto de Azevedo, essa temática é atualizada a partir de uma perspectiva inter-racial. Apresentações únicas nos dias 28 e 29 de junho, sexta e sábado, às 19h30, no Sesc Avenida Paulista. O espetáculo integra a programação do projeto "O Futuro é Cooperativo - Especial Trabalho"; que apresenta um conjunto de atividades com objetivo de debater e compartilhar saberes sobre o direito ao trabalho, cultura, democracia e suas relações com as plataformas de cooperação tradicionais e digitais.

Em "Dois Perdidos numa Noite Suja - Delivery", os atores Michel Pereira e Lucas Rosário mantém o texto de Plínio Marcos na íntegra. Entretanto, os personagens que eram carregadores de caminhão no original se transformaram em entregadores delivery nesta nova proposta. Além disso, na história dirigida por José Fernando, Tonho é um jovem negro e Paco um jovem branco. Ambos são da periferia e vivem em uma residência estudantil, pois estão lutando para se manter na universidade.


Sinopse
Tonho, um jovem negro, e Paco, um jovem branco, são da periferia e dividem uma residência estudantil. Eles têm um cotidiano ambivalente, entre a chegada na universidade e a dificuldade de permanência. Os dois ganham a vida como entregadores delivery. A mistura insuspeitada desses dois universos, verificável já hoje na vida universitária pós-cotas, dá o tom e a fisionomia de um país no qual as promessas de mobilidade social revelam o seu fundo falso no cotidiano supressivo.


Sobre o diretor
José Fernando Peixoto de Azevedo
(São Paulo, SP, 1974). Doutor em filosofia pela USP, é pesquisador, dramaturgo e diretor de teatro e filmes, além de professor da Escola de Arte Dramática (EAD) e do Programa de pós-graduação em artes cênicas, ambos da Escola de Comunicações e Artes da USP, onde também colaborou no Curso Superior do Audiovisual do departamento de Cinema, Rádio e Televisão. Fundou, em 1997, o Teatro dos Narradores, onde realizou, entre outros espetáculos, “Cidade Vodu” (2016) e “Cidade Fim, Cidade Coro, Cidade Reverso” (2011). Também colabora como diretor e dramaturgo no grupo Os Crespos. Dirigiu recentemente “Um Inimigo do Povo” (2022), “As Mãos Sujas” (2019) e “Navalha na Carne Negra” (2018). Publicou “Eu, Um Crioulo” (editora n-1, 2018) e organizou “Próximo Ato: teatro de Grupo” (Itaú Cultural, 2011), com Antônio Araújo e Maria Tendlau. É autor de artigos e peças em revistas e livros no Brasil, EUA, Alemanha e Espanha. Tem desenvolvido trabalhos também em Berlim. É coordenador da coleção Encruzilhada da editora Cobogó. Desde agosto de 2023, é diretor do Teatro da Universidade de São Paulo.


Atores
Michel Pereira
é um ator mineiro residente em São Paulo. Iniciou sua formação em 2013 no GLOBE-SP, coordenado por Ulysses Cruz. Cursou também, em 2017, o NAC – Núcleo de Artes Cênicas, dirigido por Lee Taylor. Em 2018, integrou o Núcleo de Artes Cênicas do SESI SP, sob coordenação de Miriam Rinaldi. Formou-se, em 2023, na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD - ECA/USP). É palhaço, com técnica e aprendizado desenvolvidos no estúdio Oito Nova Dança, com Cristiane Paoli Quito. O artista está no elenco das séries “Chuva Negra” e “A Mesa”, ambas do Canal Brasil e disponíveis no Globoplay. Recentemente, gravou o longa-metragem “Passagrana”, com direção de Ravel Cabral, e a série “Sutura”, para o Star Plus.

Lucas Rosário é formado em Artes Cênicas no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, de Tatuí-SP (2011/2013). Em 2014, em Lençóis Paulista, criou o Grupo Tertúlia Teatro, atuando na peça “Quando as Máquinas Param”, de Plínio Marcos. Em 2016, em São Paulo, integrou o espetáculo “O Desconhecido” e iniciou seus estudos no NAC - Núcleo de Artes Cênicas, atuando no espetáculo “Doc.Eremitas” (2016/2017), com direção de Lee Taylor. Atualmente, cursa interpretação na EAD - Escola de Arte Dramática e Letras/Inglês na FFLCH - faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, ambos na USP - Universidade de São Paulo.


Ficha técnica
Espaço cênico, dispositivo de imagem e direção geral: José Fernando Peixoto de Azevedo
Atuação: Lucas Rosário e Michel Pereira
Músicos em cena: Mateus Jesus e Mariê Olops
Operador de câmera: Nycholas Alves
Operador de imagem: Diego Roberto
Assistente de direção: Thaina Muniz
Desenho de Luz: Denilson Marques
Cenotecnia: Zito Rodrigues e Nilton Ruiz
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Produção executiva: Michel Pereira
Produção: Corpo Rastreado

 
Serviço
"Dois Perdidos numa Noite Suja - Delivery"
Dias: 28 e 29 de junho de 2024. Sexta e sábado, às 19h30
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia) e R$ 12,00 (credencial plena). Vendas online a partir de 18/6, às 17h, e nas bilheterias das unidades do Sesc SP, no dia 19 de junho, às 17h00.
Classificação indicativa sugerida: 14 anos
Duração: 90 minutos
Local: Praça (Térreo).

Sesc Avenida Paulista
Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo
Fone: (11) 3170-0800
Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m
Horário de funcionamento da unidade:
Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, das 10h às 19h30. Domingos e feriados, das 10h às 18h30.

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