segunda-feira, 10 de junho de 2024

.: "Fernanda Montenegro Lê Simone de Beauvoir" chega a São Paulo


A leitura estreia dia 20 de junho no Sesc 14 Bis e fica em cartaz até 21 de julho, de quinta a domingo. Foto: Leila Fugii

Depois do sucesso da temporada de estreia do espetáculo "Fernanda Montenegro Lê Simone de Beauvoir" no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, entre os meses de abril e maio deste ano, a leitura dramática chega a São Paulo em 20 de junho, no Teatro Raul Cortez, do Sesc 14 Bis. A leitura celebra os 80 anos de carreira de Fernanda Montenegro e aborda a visão libertária de Simone de Beauvoir (1908-1986) sobre o feminismo, além de sua ligação de vida com o filósofo Jean-Paul Sartre (1905-1980).

Sem personificar Simone, Fernanda se cerca de seus óculos, uma mesa, uma cadeira, da trilha sonora e da iluminação para emprestar sua experiência íntima com a obra, dividindo com a plateia o impacto que a liberdade evocada por Beauvoir teve nessa geração de mulheres. O tempo de preparação e refino para a criação de um ambiente sem interferências demasiadas privilegia a proximidade com o público, que testemunhará a prática da liberdade defendida pela escritora, na voz da atriz.

O encontro de Fernanda Montenegro com a compilação do pensamento de Simone de Beauvoir extraída da obra “A Cerimônia do Adeus“, é uma aproximação com essa escritora, pensadora e ensaísta, que revolucionou a visão do feminino. O espetáculo fica em cartaz até o dia 21 de julho, com apresentações de quinta a sábado, às 20h e às 18h, aos domingos. Os ingressos custam de R$ 18,00 a R$ 60,00 e começam a ser vendidos partir de 11 junho, às 17h00, pelo aplicativo Credencial Sesc e pelo site centralrelacionamento.sescsp.org.br e presencialmente a partir de 12 junho, às 17h00, em todas as unidades do Sesc São Paulo.

“O Sesc celebra a oportunidade de democratizar o acesso de diversos públicos ao encontro entre uma das expoentes das artes brasileiras, e uma das principais pensadoras do século XX, sobretudo devido o potencial das manifestações culturais para estimular reflexões tocantes à experiência humana”, afirma o diretor do Sesc São Paulo, Luiz Deoclecio Massaro Galina.

"Apresentar essa obra é celebrar o legado e inspirar as pessoas, pilares importantes para o Itaú na celebração de nossos 100 anos. Fernanda é uma inspiração, sempre. E estar ao lado dela nesse momento tão importante como artista e também com temas tão importantes para o nosso dia a dia é a prova de como ela faz jus a ser um dos nomes mais marcantes no Brasil, que perpassa o tempo e permanece relevante, se reinventando”, finaliza o diretor de marketing do Itaú Unibanco, Eduardo Tracanella.

Fernanda Montenegro sobre Simone de Beauvoir
"Minha aproximação com a obra de Simone de Beauvoir vem desde quando eu tinha 20 anos. Essa fundamental feminista é uma personalidade referencial na minha geração. O espetáculo, baseado em uma de suas obras, proposto a mim em 2007 por Sérgio Britto, já com a saúde extremamente debilitada, não se realizou. A ideia permaneceu em mim através de outra criação de Simone de Beauvoir – 'A Cerimônia do Adeus'. Organizei rigorosamente essa importante obra durante dois anos. Texto pronto, Bonarcado Produções Artísticas e Carmen Mello levaram à cena essa adaptação com o título de 'Viver Sem Tempos Mortos'. Encenação referencial de Felipe Hirsch. Direção de Arte importante de Daniela Thomas e Iluminação plena de Beto Bruel. Em março de 2023, na Academia Brasileira de Letras, realizei a 1ª leitura desse mesmo texto, organizado por mim. Seguiram duas apresentações no Teatro Poeira, já com aceitação total da plateia. Quando dessa leitura, trechos de outras obras dessa importante feminista e escritora já estavam incluídos nessas apresentações. Ao ler, no palco, Simone de Beauvoir, nós nos conscientizamos da liberdade que essa Mulher se impôs e propôs a todas as gerações que a sucederam", completa Fernanda Montenegro

Ficha técnica
Texto - Simone de Beauvoir
Dramaturgia e Direção - Fernanda Montenegro
Assistência de Direção - Carmen Mello
Seleção Musical - Fernanda Montenegro
Desenho de Som - André Omote
Desenho de luz - Diego Diener
Produção - Bonarcado Produçōes Artísticas & Trígonos Produções Culturais
Direção de Produção - Carmen Mello
Promoção e Comunicação visual - Nicolle Meirelles
Assessoria Jurídica - Janaína Bento
Contabilidade - Contsist
Controller - Elinete Barcellos
Assistência de Produção - Jadir Ferreira e André Nunes
Patrocínio: Itaú Unibanco
Realização: Sesc São Paulo


Serviço
De 20 de junho a 21 de julho; de quinta a sábado, às 20h00, domingo, às 18h00
Venda on-line de ingressos a partir de 11 de junho, às 17h00, pelo aplicativo Credencial Sesc e pelo site centralrelacionamento.sescsp.org.br. Venda presencial a partir de 12 de junho, às 17h00, em todas as unidades do Sesc São Paulo. R$ 60,00 (inteira); R$ 30,00 (meia) e R$ 18,00 (credencial plena). Classificação indicativa: 12 anos | Duração: 75 minutos. Teatro Raul Cortez - 2º andar. Sesc 14 Bis - R. Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo.

.: Crônicas de "Tá Todo Mundo Tentando" são sobre a vida em grandes metrópoles


A escritora Gaía Passarelli mistura ficção e não-ficção em reflexões sobre a vida urbana

Temas comuns presentes nas grandes metrópoles inspiraram "Tá Todo Mundo Tentando", o mais novo livro de crônicas da Editora Nacional. Escrito pela jornalista Gaía Passarelli, traz um olhar reflexivo sobre registros cotidianos, memórias e vida urbana.  A obra, que tem ilustrações do artista de quadrinhos Tiago Lacerda, conhecido como El Cerdo, é dividida em três seções, cada uma encerrada com um conto inédito, marcando a jornada de Gaía do jornalismo rumo à escrita ficcional. A sessão de autógrafos será nesta terça-feira, dia 11 de junho, às 19h00, na Livraria Megafauna. O evento contará com bate-papo conduzido pela jornalista e apresentadora Renata Simões.

A primeira parte, "Tá Todo Mundo Tentando", apresenta crônicas em seu mais conhecido, narrando experiências pessoais que podem ser profundas ou banais, como o uso do batom vermelho. "Batom vermelho não tem necessariamente a ver com querer seduzir. É fácil confundir uma boca vermelha com uma boca disponível. Mas me pintar por escolha própria, dentro de casa, é algo como dizer que estou aqui para mim mesma. Não é possível, acho, falar sobre como escolhemos aparecer sem mencionar machismo. Nós que habitamos corpos femininos somos particularmente propensas à expectativa de agradar, seja com sorrisos gentis, seja com o visual pensado para a satisfação do olhar do outro", destaca a escritora em um trecho do livro que fala também sobre liberdade de envelhecer e aceitação.

A segunda parte, "Todo Mundo", conversa com a literatura de viagem pelo qual a autora é mais conhecida — Gaía atuou como jornalista de viagem por alguns anos e fez de suas viagens solo pelo mundo o tema de primeiro livro, "Mas Você Vai Sozinha?" (Editora Globo, 2016, atualmente fora de catálogo). O segmento traz histórias reais passadas na índia e Argentina, e termina com um conto ficcional que homenageia a jornalista e escritora Martha Gellhorn (1908-1998), que Gaía cita como uma de suas maiores referências.

A terceira parte, batizada "011", faz referência ao código de área da capital paulista. Gaía, que nasceu e vive em São Paulo, reflete sobre as dificuldades e a beleza de habitar uma das maiores cidades do mundo. "É impossível olhar pra essa São Paulo e dizer: ‘Ah, que linda’ — não dá. É preciso não romantizar essa cidade. Parar de fingir que o horror cotidiano de São Paulo é menos importante que os modernistas de 1922, que os heróis da revolução perdida de 1932, que o Obelisco do Ibirapuera, que a arquitetura de Higienópolis, que a imponência da Catedral da Sé, que a riqueza cultural do Bixiga, que a originalidade da vanguarda paulistana, que a beleza dos edifícios do Ramos de Azevedo, que a eletricidade das juventudes periféricas. O horrível e belo, o miserável e rico, a fome e fartura convivem na mesma calçada"Compre o livro "Tá Todo Mundo Tentando", de Gaía Passarelli, neste link.


Sobre a autora
Gaía Passarelli é escritora, editora e criadora da newsletter "Tá Todo Mundo Tentando" na plataforma Substack. Em sua carreira, trabalhou na MTV Brasil, BuzzFeed Brasil e colaborou em jornais e revistas como Folha de S.Paulo, Elle, Marie Claire e Viagem & Turismo. É autora de "Mas Você Vai Sozinha?", publicado pela Globo Livros, em 2016. Garanta o seu exemplar de "Tá Todo Mundo Tentando", escrito por Gaía Passarelli, neste link.

.: Rico Dalasam faz show no Sesc Belenzinho do álbum "Escuro Brilhante"


Na próxima sexta-feira, dia 14 de junho, às 20h30, na comedoria do Sesc Belenzinho, será apresentado o show com o rapper Rico Dalasam. Neste show, o rapper, cantor e compositor, Rico Dalasam apresenta as músicas do álbum "Escuro Brilhante, Último Dia no Orfanato Tia Guga (EBUDNOTG)", além de faixas que se fizeram presentes na carreira de Rico, como "Braille", "30 Semanas" e "Guia de Um Amor Cego". O artista ingressou no rap nacional, e desde então, vem construindo novas narrativas e se firmando cada vez mais na cena do hip hop. Os ingressos estão disponíveis no portal sescsp.org.br e nas bilheterias físicas das unidades Sesc, a R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15 (Credencial Sesc).

Rico Dalasam nasceu em Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo. Foi criado pela vizinha, depois de sua mãe biológica, usuária de drogas, o entregar para ela. Foi quando começou a frequentar a creche da Tia Guga, onde aprendeu “a ver horas, a confabular a vida”. "Escuro Brilhante" é o resultado do passado de Rico, que organiza a história e fala sobre maturidade e autocuidado enquanto narra experiências sobre o amor. Esse álbum também marca o fim de uma trilogia. A partir de Dolores Dala Guardião do Alívio, de 2021, ele abraçou uma vertente mais lírica e reflexiva de se fazer rap.


Serviço
Show: Rico Dalasam
Dia 14 de junho. Sexta, às 20h30.
Valores: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada), R$ 15,00 (Credencial Sesc).
Ingressos à venda no portal sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades Sesc.
Limite de 2 ingressos por pessoa.
Local: Comedoria (500 lugares). Classificação: 14 anos. Duração: 90 min.

Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
sescsp.org.br/Belenzinho

Estacionamento
De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h. 
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 8,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 17,00 a primeira hora e R$ 4,00 por hora adicional.

Transporte Público 
Metrô Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)

.: Sesc Digital oferece curso gratuito de podcasts com Tiago Rogero


Descubra como criar podcasts de qualidade com o jornalista Tiago Rogero, criador e coordenador do projeto Querino. O curso aborda todas as etapas, desde a concepção até a publicação, com técnicas de produção, gravação, roteiro e mais

O que é necessário para produzir um podcast de qualidade? Quais as ferramentas, os equipamentos e as estratégias vitais para criar um programa ou para equiparar tecnicamente o seu podcast (caso já tenha um) com o que de melhor existe na “podosfera” brasileira?  A partir do dia 27 de junho, o Sesc Digital oferece em sua plataforma o curso “Como Criar Podcasts”, on-line e gratuito, destinado a qualquer pessoa interessada em produzir podcasts, seja iniciante ou com experiência, que deseja aprender novas técnicas e aprimorar suas habilidades.

Em seis vídeoaulas, o jornalista Tiago Rogero, criador e coordenador do projeto Querino, aborda todas as etapas de um programa, desde a concepção até a publicação: melhores práticas de produção e gravação, construção de roteiro e locução e também noções de edição, divulgação e formas de financiamento. 

Sobre Tiago Rogero
Tiago Rogero é jornalista. Criador e coordenador do projeto Querino, cujo podcast, produzido pela Rádio Novelo, venceu o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog em 2023. Foi gerente de criação na Rádio Novelo e repórter de O Globo, O Estado de S. Paulo e BandNews FM. Idealizador e apresentador dos podcasts narrativos "Vidas Negras" (original Spotify, produzido pela Rádio Novelo), que foi finalista do Third Coast International Audio Festival de 2021; e "Negra Voz" (pelo jornal O Globo), vencedor do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog em 2020.


Para quem é este curso?
Pessoas interessadas em fazer podcasts ou em entender a dinâmica de como esse tipo de programa é feito. No caso de quem quer fazer podcasts, o curso vale tanto para quem está querendo criar um novo programa "do zero" quanto para quem já possui um e deseja aprender novas técnicas. O conteúdo foi pensado tanto para um público totalmente novo à mídia quanto para quem já deu seus primeiros ou muitos passos nas produções em áudio, de modo que toda videoaula tentará trazer um equilíbrio entre informações introdutórias e aprofundadas. O curso é assíncrono e autoguiado, sem limite de inscrições, e não oferece certificado de conclusão.


Um pouco sobre o conteúdo
Videoaula 1: nesta aula, além da apresentação do professor e do curso, você verá um panorama da atual produção e o interesse por podcasts no Brasil e no mundo. Conhecerá dados de pesquisas de audiência, com informações sobre o perfil dos ouvintes e seus hábitos de consumo, e ouvirá uma descrição detalhada dos tipos de podcasts que existem no mercado brasileiro e dos elementos que os diferenciam.

Videoaula 2nesta aula, além de conhecer as principais formas de financiar a produção de podcasts, você fará o primeiro mergulho na parte prática: entenderá por que é vital pesquisar e estabelecer o perfil da audiência que você quer alcançar; a importância dos primeiros 60 segundos em cada episódio e como a escolha da trilha de abertura e de encerramento pode interferir na relação entre o programa e os ouvintes.

Videoaula 3nesta aula, focada no uso de trilhas sonoras em podcasts, você conhecerá algumas importantes regras para se precaver e evitar quaisquer problemas relacionados a direitos autorais; aprenderá onde encontrar músicas, gratuitas ou não; receberá dicas de como e em que momento usar cada uma delas durante seu programa e de como maximizar esse uso, de modo que nenhuma composição soe repetitiva ou fora de lugar. 

Videoaula 4nesta aula, você aprenderá sobre mais uma das partes que tradicionalmente compõem um podcast: as "cenas" ou "paisagens sonoras", importantíssimas para transportar o ouvinte para dentro da história que você está contando. E também ouvirá dicas de técnicas de gravação, à distância e presencial, usando equipamentos diversos — inclusive o telefone celular — e em distintos ambientes, do estúdio à própria casa.

Videoaula 5nesta aula, você receberá dicas de texto para a construção do roteiro do seu podcast: desde a estruturação até instruções sobre a própria forma de escrever. E também ouvirá orientações para o momento de gravação da locução, seja na sua voz ou, se for o caso, na de alguma outra pessoa que for fazer a apresentação do programa. Por fim, conhecerá alguns passos importantes a serem dados antes do lançamento de um novo podcast.

Videoaula 6na última videoaula do curso, você aprenderá noções de edição, como softwares, formas de organização do trabalho e algumas importantes decisões que podem ou não ser tomadas durante o processo. Saberá como publicar seu episódio e torná-lo disponível em todos os tocadores de áudio e ouvirá dicas de divulgação para que o conteúdo possa circular por aí o máximo possível. Por fim, as dicas finais de encerramento.


Sobre o Sesc Digital
A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. Por essa razão, o Sesc apresenta o Sesc Digital, sua plataforma de conteúdo, e uma plataforma online de cursos livres e gratuitos. Saiba mais: sescsp.org.br/sescdigital e ead.sesc.digital.


.: Reviravoltas e romances: tudo sobre "Volta por Cima", a próxima novela das 7


Elenco de ‘Volta Por Cima’ inicia a preparação para a próxima novela das sete da TV Globo. Na imagem, Jéssica Ellen e Fabrício Boliveira. Foto: Globo/ Manoella Mello


Parte do elenco de "Volta por Cima", próxima novela das sete da TV Globo, se reuniu na última quarta-feira, dia 5, nos Estúdios Globo, para um workshop de imersão na obra, prevista para estrear no segundo semestre na TV Globo. O momento em preparação ao início das gravações, previstas para julho, marcou os primeiros encontros entre integrantes do projeto, como o dos protagonistas Jéssica Ellen e Fabrício Boliveira com MV Bill. O rapper interpretará Lindomar, pai da personagem de Jéssica, Madá, e amigo de Jão, vivido por Fabrício, na trama de Claudia Souto, com direção artística de André Câmara. 
 
Na expectativa de sua primeira protagonista de novela, Jéssica Ellen falou sobre a importância da coletividade para o sucesso do trabalho: “Estou nervosa, porque é uma responsabilidade grande, mas, ao mesmo tempo, muito feliz com a equipe que a gente tem. Acho que, juntos, vamos conseguir contar uma história bonita e feliz. E a Claudia (Souto) falou uma coisa com a qual eu me identifico muito: a novela é uma coletividade. Embora algumas pessoas tenham destaque, a gente não faz absolutamente nada sozinha. Sou cria do teatro, e, essa energia da coletividade é o que mais me atravessa. Traz a expectativa de que, se a coxia é boa, a gente consegue transparecer isso na tela”
 
A trama terá um bairro fictício do subúrbio do Rio de Janeiro como um dos cenários principais. Fabrício Boliveira comenta sobre a importância de dar protagonismo a esse universo. “Estou feliz em fazer essa novela e com uma percepção positiva, pois a gente vai abrir, de algum jeito, uma lente de aumento para as peculiaridades e as minúcias do subúrbio carioca, que, com certeza, se conecta com todos os subúrbios do Brasil”
 
Também estão no elenco Ailton Graça, Amaury Lorenzo, Betty Faria, Cláudia Missura, Fabio Lago, Iara Jamra, Juliana Alves, Juliano Cazarré, Pri Helena, Rodrigo Fagundes, Tereza Seiblitz, Tonico Pereira, Viviane Araujo, entre outros. Escrita por Claudia Souto, ‘Volta por Cima’ tem estreia prevista para o segundo semestre de 2024.
 

Sobre "Volta por Cima"
"Volta por Cima" conta a história de Madalena (Jéssica Ellen), uma jovem mulher batalhadora que teve que adiar seus sonhos pessoais para ajudar no sustento da família. Apesar das dificuldades, ela não esmorece diante das lutas diárias e vislumbra no empreendedorismo o caminho para um futuro mais próspero. E a de Jorge, conhecido como Jão (Fabrício Boliveira), um jovem que começou como trocador de ônibus, se esforçou para conquistar o sonhado diploma de administração e agora almeja um cargo melhor na empresa, mas é preterido pela indicação de um amigo da mulher do patrão. Madalenas e Jãos existem aos milhares no Brasil: pessoas que buscam diariamente uma vida melhor para si e suas famílias e precisam “se virar” diante dos desafios que o destino traz. São elas que inspiram a próxima novela das sete.
 
É uma novela sobre conquistas e o preço que estamos dispostos a pagar por elas. É também sobre dinheiro, e se ele pode estar acima dos laços familiares. Uma trama que envolve amor, humor, disputas e emoção, cruzando o cotidiano de diversas classes sociais. Ambientada no Rio de Janeiro, "Volta por Cima" terá núcleos em um bairro fictício do subúrbio, mostrando a cultura de bate-bolas, além de abordar os universos de uma empresa de ônibus e do empreendedorismo feminino. “Quem acompanhar nossa novela vai encontrar uma história de pessoas do povo, que poderiam sentar ao seu lado do ônibus, ou cruzar com você no sinal.  Convido o público a se identificar, se emocionar, rir e ser surpreendido ao longo da trama, que guarda muitas reviravoltas”, adianta a autora Claudia Souto. 
 
Na trama, os protagonistas Madalena, a Madá, e Jorge, o Jão, se aproximam em função de uma fatalidade que muda para sempre a vida da família de Madalena. Seu pai, o motorista de ônibus Lindomar (MV Bill), está prestes a se aposentar. Mas, no seu último dia de trabalho, um acidente o impede de gozar de um prêmio milionário feito numa aposta na loteria a caminho da Viação Formosa. A história ganha outros contornos quando Osmar, o tio folgado de Madá, descobre sobre o bilhete e faz de tudo para abocanhar o prêmio a fim de se safar de uma dívida de vida ou morte. “A história fala sobre os resultados das nossas escolhas. Teremos a Madá e o Jão como representantes do povo que luta e batalha com o otimismo e com ética para chegar a suas conquistas. E também aqueles que escolhem outros caminhos”, define o diretor artístico André Câmara. 
 
É essa reflexão que se apresenta ao longo dos capítulos: enquanto a ética norteia a decisão de alguns, outros não resistem aos caminhos tortuosos, mesmo que isso signifique passar por cima da família e da lei. Quem dará de fato a volta por cima? "Volta por Cima" é uma novela criada e escrita por Claudia Souto, com colaboração de Wendell Bendelack, Julia laks, Isadora Wilkingson e Juliana Peres. A novela tem direção artística de André Câmara e direção geral de Caetano Caruso. A produção é de Andrea Kelly e Lucas Zardo, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.

.: "Religiões de matriz africana ajudam", diz pai-de-santo David Dias no "Provoca"


No bate-papo, David Dias explica a diferença de Umbanda e Candomblé, o significado das palavras saravá e do orixá Exu, fala sobre seu livro "Sincretismo na Umbanda", sobre racismo religioso e muito mais. Foto: Beatriz Oliveira


Nesta terça-feira, dia 11 de junho, Marcelo Tas entrevista o mestre em Ciências da Religião, músico, escritor e pai-de-santo David Dias. No bate-papo, ele explica a diferença de Umbanda e Candomblé, o significado das palavras saravá e do orixá Exu, fala sobre seu livro "Sincretismo na Umbanda", sobre racismo religioso e muito mais. O "Provoca" vai ao ar na TV Cultura, às 22h00.

“Há a necessidade de saber de onde se veio”, diz David Dias. "Por que se demorou tanto para saber?", indaga Tas. “Pessoas negras não tem acesso ao passado, meu passado caiu no Atlântico, foi jogado no Atlântico, então eu não tenho direito ao passaporte dos meus ancestrais (...) pessoa negra... tem alguém que vai buscar o passaporte africano, angolano? Tem alguém que vai buscar a dupla nacionalidade na Itália, na Espanha, Alemanha. Agora o negro não volta pra África para buscar seu passaporte, então por isso que as religiões de matriz africana ajudam a gente a elaborar a ancestralidade. Por isso que memória e ancestralidade são valores inegociáveis para essas culturas”, explica o pai-de-santo.

Em outro momento do programa ele diz: “Cristo não é o problema. Por exemplo, eu que sou de terreiro, eu sou umbandista, porque eu teria problemas com Cristo? Mas quando eu olho para a sociedade, se eu saio com essa roupa na rua, há pessoas que me matam em nome dele. O que está acontecendo?", pergunta Tas. “Isso é racismo, racismo religioso. Para você entender, Tas, se eu colocar uma roupa branca em você, um filá na cabeça, guias no seu pescoço e falar vamos até o metrô, nós dois sofreremos racismo. Você vai sofrer racismo (...) mas não pela cor da pele, e sim pelos elementos que você usa que indicam exatamente de onde é essa religião”, comenta Dias.

Sobre seu livro "Sincretismo na Umbanda", David explica: “o sincretismo é um fenômeno de encontro presente em todas as religiões (...) quando você tem três, quatro religiões, e coloca tudo dentro de um balaio, mistura, ali você tem um fenômeno do sincretismo, sincretismo é mistura (...) quando a gente pensa no encontro da água do mar, com a do rio, a gente vai perceber que na nossa ideia surge uma terceira água (...) só que se eu tenho um riacho e o mar invade aquele rio, eu tenho gosto de água salgada (...) você não vê mais o rio, mas muita coisa do mar (...) sempre que há esse fenômeno, culturas dominantes, de prevalência e poder, acabam marcando, ditando a regra, ganhando a guerra (...) e com isso perdemos identidade”, afirma. Compre o livro "Sincretismo na Umbanda", de David Dias, neste link.

domingo, 9 de junho de 2024

.: "Melhor Não Contar", de Tatiana Salem Levy, é sobre as experimentações


Escrito por Tatiana Salem Levy e lançado pela editora Todavia, o romance "Melhor Não Contar" apresenta uma narrativa sobre as questões centrais que as mulheres experimentam ao longo da vida, além de um estudo da condição feminina, do nascimento à morte. Da autora de "Vista Chinesa", o novo livro fala sobre o fim da inocência escrito com força e inconformismo. A capa é de Flavia Castanheira e Carolina Martinez.

Aos dez anos, a protagonista de "Melhor Não Contar" relaxa numa piscina, na companhia da mãe e do padrasto. Sem ter chegado ainda à puberdade, se desfaz da parte de cima do biquíni e desfruta da inocência sob o sol e o vento. O sossego é interrompido quando o padrasto, um aclamado cineasta, apresenta o esboço do desenho de observação que fizera dela, marcando assim o fim da sua inocência. Fazendo do título do livro um paradoxo brilhante, a narradora resolve então contar tudo (ou quase): da doença galopante que vai tirar a mãe do seu convívio ainda na juventude à reação de um companheiro a um aborto da protagonista já madura e morando no exterior. Compre o livro "Melhor Não Contar", de  Tatiana Salem Levy, neste link.


Sobre a autora
Tatiana Salem Levy é romancista e ensaísta. Com seu romance "A Chave de Casa", recebeu o Prêmio São Paulo de Literatura como autora estreante em 2008 e o English Pen Award. Dela, a todavia publicou "Vista Chinesa", traduzido em diversos países e finalista dos principais prêmios brasileiros. Garanta o seu exemplar de "Melhor Não Contar", escrito por  Tatiana Salem Levy, neste link.

.: Esgotado há anos, "Big Loura", livro de Dorothy Parker, está de volta


Para a alegria geral da nação de leitores contumazes, a Big Loura está de volta. Lançada pela Companhia das Letras, a aguardada nova edição dos contos de Dorothy Parker, selecionados, traduzidos e apresentados por Ruy Castro chega às livrarias. O livro "Big Loura e Outras Histórias de Nova York" reúne 20 contos da escritora americana mais amarga e hilariante dos anos 1920 e 1930. Conhecida pelo seu poder de sátira, Parker fez parte do vicious circle, como se autodenominava o fechado grupo de escritores que se reuniam no Hotel Algonquin nos anos 1920. A capa é de Alceu Chiesorin Nunes.

Publicados pela primeira vez no Brasil em 1990 e agora em nova edição, esses textos oferecem ao leitor um fervilhante coquetel da era do jazz americana e são uma amostra da prosa mordaz de uma autora que marcou sua época e permanece atual. Uma mistura de humor corrosivo e abordagens inteligentes em que se destacam o humor ácido e a crítica social, com a abordagem de tomas como o racismo, o machismo ou o elitismo, e até uma observação aguda das relações amorosas. 

Este volume inclui os contos "A Valsa", "Arranjo em Preto e Branco", "Os Sexos", "Você Estava Ótimo", "O Padrão de Vida", "Um Telefonema", "Primo Larry", "E Aqui Estamos!", "Diário de Uma Dondoca de Nova York", "Big Loura", "O Último Chá", "Nova York Chamando Detroit", "Só Mais Uma", "A Visita da Verdade", "De Noite, na Cama", "Em Função das Visitas", "As Brumas Antes dos Fogos", "Coração em Creme", "Soldados da República" e "Que Pena". Compre o livro "Big Loura e Outras Histórias de Nova York", de Dorothy Parker, neste link.


O que disseram sobre a autora

"A melhor escritora de sua geração." -- F. Scott Fitzgerald

"Os contos de Dorothy Parker continuam, hoje, tão agudos e engraçados como na época em que foram escritos." -- Edmund Wilson

"O que dá aos seus contos um sabor especial é a sua capacidade de enxergar algo de engraçado nas mais amargas tragédias do ser humano." -- W. Somerset Maugham


Sobre a autora
Dorothy Parker nasceu em 1893, em Nova Jersey. Foi contista, poeta, roteirista de Hollywood e crítica de literatura e teatro. Uma das principais escritoras e satiristas da Era do Jazz americana, vendeu seu primeiro conto em 1922, e em 1929 receberia o prêmio O. Henry com o conto “Big Loura”. Publicou, entre outros livros, "Enough Rope" (poesia, 1926) e "Laments for the Living" (contos, 1930). Morreu em 1967, em Nova York. Garanta o seu exemplar de "Big Loura e Outras Histórias de Nova York", escrito por Dorothy Parker, neste link.

.: "'Bad Boys: até o Fim" marca o retorno de Will Smith depois do tapa


Tudo parecia perdido para Will Smith após ele ganhar o Oscar pelo drama "Criando Campeãs" (crítica neste link) e dar um tapa em Chris Rock na cerimônia. Dois anos depois, "Bad Boys: até o Fim", em cartaz na rede Cineflix Cinemas, marca o retorno do astro, afastado das telas até então e pode representar a volta por cima de um dos grandes nomes da sétima arte. Os bad boys preferidos do mundo todo estão de volta com a mistura de ação eletrizante e comédia escrachada mas, dessa vez, com uma virada: os melhores de Miami são agora os mais procurados.

No filme, os detetives Mike Lowrey (Will Smith) e Marcus Burnett (Martin Lawrence) estão com as cabeças a prêmio. Eles vão precisar ir contra tudo e contra todos para limpar seus nomes. Quarto filme da franquia, “Bad Boys: até o Fim”, estreou na quinta-feira, dia 6 de junho, exclusivamente nos cinemas brasileiros - um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.

Lutando lado a lado até o fim, Mike e Marcus terão que se superar para proteger a reputação do capitão Howard e limpar seus nomes. Dirigido pela dupla Adil El Arbi e Bilall Fallah, “Bad Boys: até o Fim” conta com roteiro de Chris Bremner e traz nomes como Vanessa Hudgens, Eric Dane e Alexander Ludwig no elenco.



Os "Bad Boys" invadem o Flamengo
No ano em que o Flamengo completou seu primeiro centenário, o cinema mundial presenciou a estreia do filme "Os Bad Boys". O sucesso de bilheteria, estrelado por Will Smith e Martin Lawrence, se une ao Rubro-Negro depois de quase 30 anos para promover a mais nova continuação da saga: "Bad Boys: Até o Fim", que estreia em 6 de junho nos cinemas de todo o Brasil.

Na transmissão do jogo Amazonas X Flamengo, no último dia 22 de maio, pela Copa do Brasil, a FlaTV exibiu o trailer de "Bad Boys: Até o Fim" e os jornalistas envolvidos na transmissão comentaram sobre o filme. Na partida contra o Millonarios, pela Conmebol Libertadores, no dia 28, repórteres e apresentadores do canal interagiram com os torcedores no estádio perguntando sobre a franquia e a música-tema, valendo ingressos para a estreia nos cinemas. No Centro de Treinamento, os atletas do clube também receberam kits promocionais do filme.

Ficha técnica
Dirigido por: Adil & Bilall
Roteiro por: Chris Bremner
Produzido por: Jerry Bruckheimer, Will Smith, Chad Oman e Doug Belgrad
Produtores Executivos: Barry Waldman, Mike Stenson, James Lassiter, Jon Mone, Chris Bremner e Martin Lawrence
Elenco: Will Smith, Martin Lawrence Vanessa Hudgens, Alexander Ludwig, Paola Nuñez, Eric Dane, Ioan Gruffudd, Jacob Scipio, Melanie Liburd, Tasha Smith com Tiffany Haddish e Joe Pantoliano

Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Furiosa: uma Saga Mad Max" ("Furiosa: A Mad Max Saga") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: Na Cineflix, "O Cara da Piscina" mistura indicados ao Oscar, comédia e ativismo


Comédia que teve a sua première no Festival de Toronto traz no elenco os indicados ao Oscar® Annette Bening, Danny DeVito e Jennifer Jason Leigh


Em cartaz na rede Cineflix Cinemas, a comédia "O Cara da Piscina" ("Poolman") é protagonizado e dirigido pelo astro Chris Pine, em seu debute na direção de longas, o filme conta ainda com os indicados ao Oscar® Annette Bening, Danny DeVito e Jennifer Jason Leigh no elenco. A produção terá cópias somente legendadas e conta com a distribuição da Diamond Films Brasil. A comédia acompanha Darren Barrenman (Chris Pine), um homem que passa seus dias cuidando da piscina do conjunto residencial Tahitian Tiki, em Los Angeles. Quando descobre uma conspiração para roubar a água da cidade, Darren fará o impossível para salvar sua preciosa Los Angeles.

Os melhores amigos dele são Diane Esplinade (Annette Bening) e Jack Denisoff (Danny DeVito), donos do local. Diane é uma atriz que se tornou terapeuta, e Jack, um ex-cineasta que tem esperanças de fazer seu último filme: um documentário sobre Darren que dedica sua vida a transformar Los Angeles num lugar melhor. Além disso, há também a namorada do protagonista, Susan Kerkovich (Jennifer Jason Leigh), gerente do local, que quer tornar o relacionamento deles mais sério, mas Darren está mais preocupado com a seca que LA está enfrentando.

O diretor descreve seu personagem como uma mistura de Bruce Lee com Erin Brokovich. “Darren é um cara muito normal e, quando não está fazendo manutenção na piscina do condomínio, ele vai às reuniões do conselho municipal todos os dias para lutar pelo povo, para lutar pela preservação da história da cidade, a cidade que ele ama”.

O longa-metragem foi rodado em Los Angeles, o que traz ainda mais veracidade a essa comédia noir contemporânea, que conta com produção de Stacey Sher, que tem em sua filmografia longas de Quentin Tarantino (“Pulp Fiction – Tempo de Violência”, “Django Livre”) e Steven Soderbergh (“Irresistível Paixão”, “Contágio”), a cineasta Patty Jenkins, com quem Pine trabalhou em “Mulher-Maravilha”, Ian Gotler e o próprio Pine. 


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Filmes de sucesso como "Furiosa: uma Saga Mad Max" ("Furiosa: A Mad Max Saga") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: Peça “Realpolitik” é encenada em sala comercial do coração financeiro de SP


Texto inédito da premiada autora Daniela Pereira de Carvalho chega a São Paulo em curta temporada, com direção de Guilherme Leme Garcia, co-direção de Gustavo Rodrigues e os atores Augusto Zacchi e Pedro Osorio. Foto: divulgação


"Realpolitik" (em alemão, "política realística") refere-se à política ou diplomacia baseada principalmente em considerações práticas, em detrimento de noções ideológicas. O termo é frequentemente utilizado pejorativamente, indicando tipos de política que são coercitivas, imorais ou maquiavélicas. A peça "Realpolitik" estreou no Rio no fim de 2022 e será encenada em São Paulo, em curta temporada, até o dia 30 de junho. Em ambas as cidades, os locais escolhidos para abrigar a encenação partiram do conceito de site specific e embora a obra não tenha sido criada a partir de um lugar, os elementos dialogam com o meio circundante. 

O texto reflete o drama da realpolitik no dia a dia do indivíduo. Após o rompimento de uma barragem com 150 vítimas, um jornalista confronta o CEO da empresa de mineração a MBS - Mineradora brasileira do Sudeste. O drama apresentado no texto busca entender o custo de uma vida no negócio das grandes corporações. O texto inédito é da premiada autora Daniela Pereira de Carvalho e a direção de Guilherme Leme Garcia e codireção de Gustavo Rodrigues.

Descrita como uma das peças mais peculiares (e pontiagudas) do ano (2022) por um dos críticos que assistiu ao trabalho, o acerto de contas entre um CEO de uma mineradora e um jornalista interpretados por Pedro Osorio e Augusto Zacchi, - dois homens refletem a agressividade e a arrogância de seus valores impositivos sobre os semelhantes e o meio ambiente, corroendo e enfraquecendo as estruturas tanto sociais quanto ambientais, pela lógica do capitalismo exploratório irresponsável.

“A peça deflagra reflexão através da tragédia do homem branco explorador a qualquer custo, amoral, capitalista voraz, sem medida e sem escrúpulos, que devora os recursos naturais e humanos como um câncer nas estruturas do nosso sistema”, complementa Osório. Escrita no decorrer da pandemia de Covid-19, a ideia, segundo a autora, foi pensar “em como, após as grandes tragédias, os responsáveis pelas empresas tinham que lidar com as questões humanas, éticas, morais e financeiras”. Desse modo, é disso que se trata o acerto de contas em torno do qual o enredo gira, isto é, a peça que é um thriller, com seus momentos de tensão, de surpresa, de susto, com seus outros momentos de virada e de humor. Sempre algum humor é possível, nem que seja o escárnio comedido de si mesmo, no meio da dureza da vida e das histórias.

“Nesse acerto de contas, entretanto, há brechas no teatro para a existência de um possível lugar de convívio cordial, de soluções e boas práticas individuais. Quem sabe, talvez, no meio corporativo, um despertar de consciência de boas práticas”, conclui Osório.

Daniela Pereira de Carvalho é dramaturga e foi duas vezes indicada ao Prêmio Shell Rio de Janeiro, por 'Tudo é Permitido" (2005) e por "Não Existem Níveis Seguros para o Consumo Destas Substâncias" (2006), pela qual recebeu o Prêmio APTR. Em 2007, foi indicada ao Prêmio Shell São Paulo e ao Prêmio APTR, pela peça "Por Uma Vida Um Pouco Menos Ordinária" (2008). Daniela foi ainda indicada ao Prêmio APTR, pelo musical "Renato Russo" (2006).


Ficha técnica
Texto: Daniela Pereira de Carvalho
Direção: Guilherme Leme Garcia
Codireção: Gustavo Rodrigues
Atores: Augusto Zacchi e Pedro Osorio
Trilha sonora: Marcelo H
Figurino: Ana Roque
Idealização: Pedro Osorio
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro/Ofício das Letras


Serviço
Teatro B32 –  Subsolo
Localização: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.732 – Itaim Bibi. São Paulo/SP
Tel.: 3058-9149
Estacionamento com serviço de Vallet: Rua Lício Nogueira, 92, Itaim Bibi
Bilheteria: uma hora antes em dias de espetáculos
Sextas e sábados, às 20h00, até o dia 30 de junho
Domingo às 17h
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
60 lugares
Ingressos: TeatroB32 | ou
💲Pix (21999985276) inserir o nome no comprovante da compra
💰Valor: R$100,00 (inteira) | R$50,00 (meia)



.: "Forró de Pai para Filha": mistura de Graziela e Chico Medori é forró na veia


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Dizem que quanto mais o intérprete diversifica seu repertório, mais calejado e confiante ele fica. No caso de Graziela Medori, essa máxima é mais do que válida. Em seu mais recente lançamento, "Forró de Pai para Filha" ela não só explora um dos ritmos mais tradicionais de nosso cancioneiro como ainda traz o pai a tiracolo, tocando bateria, compondo canções e até soltando a voz em alguns momentos.

O disco conta com oito faixas autorais de Chico Medori no melhor estilo forrozeiro. Tem canção que lembra as imagens de festas juninas ("Uma Noite de São João"), enquanto outra brinca com o flerte do início do namoro ("Vem Me Namorar"). Na faixa Mensagem, uma lembrança dos tempos atuais marcados pelas seguidas agressões contra a natureza e a necessidade de entrarmos em uma nova onda de amor na sociedade.

Em "Água pro Nordeste", o músico Antonio Freire, da Banda da Feira, empresta sua voz para lembrar a importância da água para a região seca do Nordeste. A canção é um dos momentos mais emocionantes do disco. A relação de Chico Medori com o ritmo nordestino vem desde a época em que ele tocava com o mestre Dominguinhos. 

As canções prestam tributo ao velho mestre e ao estilo de música que o consagrou.  Além de acompanhar outros nomes da MPB, Medori também fundou o Grupo Medusa nos anos 80 com outros músicos talentosos (Amilson Godoy, Heraldo do Monte e Claudio Bertrami), que tocavam uma música instrumental de qualidade com influência do jazz e da MPB.

Graziela Medori está totalmente a vontade como intérprete cantando o forró. Nada mal para quem já navegou na praia de Rita Lee (na época com o grupo Brazucália), nas pérolas do Clube da Esquina (acompanhada por Alexandre Vianna), na releitura do disco "Transa", de Caetano Veloso e nos discos tributos a Marcos Valle e a sua mãe, a excelente cantora Claudya, que por sinal está em plena atividade e cantando como nunca.

A produção, mixagem, masterização e gravação do Forró de Pai para Filha ficaram a cargo de Alexandre Vianna. Participam os músicos Cosme Vieira (acordeon), Glecio Nascimento (baixo), João Neto (guitarra), Curisco (percussão) e Chico Medori (bateria e produção). E o disco já pode ser ouvido nas plataformas de streaming. Vale a pena a audição

"Noite de São João"

"Vem Me Namorar"


"Água pro Nordeste"

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