domingo, 26 de maio de 2024

.: "Voando para Casa e Outras Histórias", o livro inédito de Ralph Ellison


Inédito de vencedor do Pulitzer traz vivências norte-americanas que se relacionam com a formação da identidade negra brasileira

Poéticos, vivazes e intensos: assim são os contos de "Voando para Casa e Outras Histórias", livro inédito de Ralph Ellison que chega ao Brasil pela José Olympio. Vencedor do Pulitzer pelo romance "Homem Invisível", Ellison é um dos maiores autores americanos do século XX. Seu tema principal é a formação de uma identidade negra estadunidense, que dialoga com a formação da identidade negra brasileira A tradução de Voando para casa e outras histórias é de André Capilé, poeta, pesquisador de produções literárias afrodiaspóricas e professor de literatura brasileira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que interpreta de forma magistral a oralidade dos personagens do livro.

Publicados pela primeira vez no Brasil, os contos de "Voando para Casa e Outras Histórias" são considerados pela crítica o esboço de "Homem Invisível’, a obra-prima de Ralph Ellison. O livro de contos foi organizado postumamente por John F. Callahan, editor e grande amigo de Ellison, depois que a mulher do escritor, Fanny, encontrou manuscritos em uma mala de couro esquecida debaixo de uma mesa. A antologia traz seis contos inéditos junto a outros já publicados pela imprensa. Aqui estão os primeiros textos de Ellison, escritos entre 1937 e 1954, nos quais o autor já aborda seu tema preferido: a formação de uma identidade negra nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, revela uma realidade particular que transcende a vida ordinária.

Em 14 histórias curtas, leitoras e leitores encontrarão traços autobiográficos de um autor que soube transpassar sua vivência para a literatura. Herdeiro declarado do estilo cru e poético de Ernest Hemingway, Ellison nos emociona com a inocência infantil em “Garoto em Um Trem” e impressiona com a brutalidade dos linchamentos em “[Uma Farra no Parque]” — um retrato de um século XX que se faz atual ainda em tantos momentos. Compre o livro "Voando para Casa e Outras Histórias", de Ralph Ellison, neste link.

O que disseram sobre o livro
“Vistos em conjunto, os contos de Ellison apontam para sua visão consistente sobre a identidade estadunidense construída durante os 55 anos de vida em que ele escreveu.” — John F. Callahan, escritor e crítico literário.

“Maravilhoso, anterior aos riffs de 'Homem Invisível' — e mais uma excelente contribuição para a obra de Ellison.” — Kirkus Reviews


Leia também "O Homem Invisível"
Obra fundamental na formação intelectual de Barack Obama, um dos romances seminais do cânone afro-americano, livro que resume a experiência de ser negro nos EUA, "Homem Invisível" (Editora José Olympio) narra a história de um jovem negro que sai do sul racista dos Estados Unidos e vai para o Harlem, em Nova Iorque, nos primeiros anos do século XX. Com o passar do tempo, entre experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo muito diferente daquele que idealizara. Compre o livro "Homem Invisível", de Ralph Ellison, neste link.

Sobre o autor
Ralph Ellison (1914–1994) foi um romancista estadunidense nascido na cidade de Oklahoma. Neto de escravizados e filho de empregada, perdeu o pai logo cedo. Na juventude, estudou música clássica e era apaixonado por jazz, mas, contrariando seus planos iniciais, não se tornou músico. Em 1936, foi para Nova Iorque e ingressou em um programa para escritores financiado pelo governo; em pouco tempo, passou a ser publicado em jornais e revistas. 

Com o início da Segunda Guerra Mundial, foi admitido na marinha mercante, trabalhando como cozinheiro. Nesse período, idealizou "Homem Invisível", que foi escrito após a guerra e com o qual recebeu o Prêmio Pulitzer. Com esse romance de estreia, consagrou-se como escritor. Passou dois anos na Itália como membro da American Academy in Rome, retornando ao seu país para lecionar nas universidades de Chicago, Rutgers, Yale, Nova York, entre outras. Garanta o seu exemplar de "Voando para Casa e Outras Histórias", escrito por Ralph Ellison, neste link.

.: Peça "Depois do Ensaio, Nora, Persona" desdobra diálogo entre Bergman e Ibsen


Com direção e dramaturgia de José Fernando Peixoto de Azevedo, obra aborda o terror que atravessa os processos de mobilidade social. Foto: André Voúlgaris

Dando continuidade à pesquisa sobre o terror nas relações cotidianas, em sua dimensão racializada, o encenador José Fernando Peixoto de Azevedo estreia "Depois do Ensaio, Nora, Persona". A peça cumpre temporada no Sesc Avenida Paulista até dia 23 de junho, com sessões às quintas, sextas e sábados, às 19h00. Aos domingos e no feriado, 30 de maio, às 17h00. E na quarta, dia 19 de junho, às 19h. O trabalho estabelece uma relação entre os textos “Depois do Ensaio” e “Persona”, do escritor e cineasta sueco Ingmar Bergman (1918 - 2007), e “Casa de Bonecas”, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828 – 1906). As obras, que discutem temas como o abandono, a inveja, o teatro e o cinema, ganharam novos contornos a partir da dramaturgia de Azevedo.

“Desde que montei ‘Ensaio sobre o terror’, em 2023, estamos retomando uma experiência de coletivo. Aos poucos vai se consolidando a Sociedade Arminda, uma plataforma de trabalho, de aquilombamento, inicialmente com Rodrigo Scarpelli e Thainá Muniz", afirma José Fernando Peixoto de Azevedo. Já para este projeto, outros artistas se agregam. É o caso da diretora de arte Beatriz Barros e do diretor musical Muato, além do aprofundamento da parceria com o cineasta André Voúlgaris. "Em mira, os embates que acontecem quando brancos e negros estão juntos. Aqui, nesse ‘juntos’, a cifra do que interessa investigar, apostar, inventar", diz o diretor.

A questão da interracialidade passou a integrar a trama. Em "Depois do Ensaio, Nora, Persona", o público assiste a três peças, uma na sequência da outra. A experiência tem a duração total de 3h40 com um intervalo de 20 minutos. Embora a articulação dos textos não seja imediata, Azevedo realiza uma combinação de trajetórias, fazendo com que uma fábula vá se desdobrando na outra, com pequenas adaptações que dão a ver a atualidade do material.

Sobre a encenação
O espetáculo começa com "Depois do Ensaio". Na trama, enquanto ensaia para montar "Casa de Bonecas", uma jovem atriz negra discute com seu diretor, um homem branco de meia idade, a respeito de certos impasses do trabalho e da vida, fazendo vir à tona aspectos não resolvidos de ambas as trajetórias. Os dois têm visões muito diferentes sobre o fazer teatral, sobre a maneira de politizar o trabalho e como viver/tratar os conflitos.

Ao mesmo tempo, a memória da mãe da jovem – uma grande atriz, amante do diretor, que morreu em crise com suas escolhas – toma a cena, presentificada em sua força falante, um fantasma exigindo justeza entre palavra e gesto, ali, onde a justiça talvez já não seja possível. “Com 'Depois do Ensaio', estou fazendo algo que eu não fazia há muito tempo: uma cena aterrissando na palavra, sem nada que a enquadre, senão os próprios atores, sem utilizar dispositivos do audiovisual, por exemplo” – esta, uma característica do trabalho do encenador José Fernando.

A segunda parte do trabalho é composta pela montagem de "Casa de Bonecas", que teve uma versão do próprio cineasta, em 1981, em que atualizava alguns aspectos do original ibseneano. Agora a peça aparece intitulada Nora, concebida também como um conto de terror. Isso porque a protagonista, em seu casamento com um jovem advogado e banqueiro branco, vivencia uma espiral intensificada de ameaças e devastação, sentindo-se constantemente pressionada por um empréstimo que fez e não deveria. Essa situação evoca aspectos presentes nos dois textos de Bergman, integrando os espetáculos em um movimento de suspense sem solução. E, para criar esse clima aterrorizante, Azevedo retoma um dos elementos centrais das suas montagens: a prática do cinema, ao vivo, em cena.

Três câmeras estão em cena, telas exibem imagens ao vivo e gravadas, e o cenário é construído a partir de chroma key, um recurso que permite a substituição de uma cor sólida (no caso, o azul) por uma imagem. A trilha sonora também é executada ao vivo.

Por fim, em "Persona", uma atriz colapsa em cena e perde a voz. Na tentativa de se recuperar, confronta-se com uma jovem mulher: a enfermeira que, no esforço de cuidar da outra, compreende a falta como um abandono de si. São duas mulheres negras tendo que lidar com a palavra que irrompe no silêncio, como desencontro. "Persona", aqui, divide-se em duas partes. Em um primeiro momento, os espectadores acompanham uma espécie de filme sonorizado ao vivo pelos atores. Depois, quando a fala colapsada emerge em cena, recupera-se a dinâmica do filme inteiro sendo feito ao vivo, como acontece com a encenação do "Casa de Bonecas".

“Com esse projeto, discutimos a permanência dos corpos negros em cena. Por isso, temos pelo menos três gerações de teatro no trabalho. Em Depois do ensaio, temos duas gerações radicalmente diferentes de mulheres negras em cena, o que permite uma reflexão sobre teatro, sobre racialidade no teatro, sobre interracialidade e sobre o lugar dessas mulheres no teatro que fazemos”, comenta Azevedo.

O jogo entre as atrizes, no trânsito entre uma parte e outra, em cena, e a cena em que vemos a atriz jovem, sua mãe, também atriz; ou a atriz revendo o que ainda é possível considerar de sua personagem, Nora, e, depois, de si mesma, são elementos decisivos que, integrados pela presença da câmera e o cinema ao vivo, fazem ver um tanto da violência estrutural que define nossa sociabilidade no seu momento interracial, quando o silencio é nome de ferida social.

Sinopse
"Depois do Ensaio, Nora, Persona": três ensaios sobre a falta e as formas do terror que atravessam processos de mobilidade social na dinâmica inter-racial disso que ainda chamamos sociedade. Primeiro, o teatro, e o que nele se faz na medida em vamos nos inventando a nós mesmos; depois, os confrontos da cena em sua demanda violenta de atualidade sem recuos; por fim, o trabalho de cura sobre os corpos que não esquecem suas dores, mas que as vão mapeando, no esforço de não se perderem em meio a elas, numa reiteração sem fim.

Ficha técnica
Espetáculo "Depois do Ensaio, Nora, Persona" |  Textos: Ingmar Bergman (Depois do ensaio, Persona) e Henrik Ibsen ("Casa de Bonecas") | Tradução: Karl Erik Schøllhammer ("Depois do Ensaio", "Casa de Bonecas", "Persona") e Aderbal Freire-Filho ("Casa de Bonecas") | Dramaturgia, dispositivo de cena e de imagem, direção geral: José Fe  rnando Peixoto de Azevedo |  Elenco: Daniel Tonsig, Castilho, Ellen Regina, Filipe Roseno, Izabel Lima, Rodrigo Scarpelli, Thainá Muniz e Victor Barros | Direção técnica e de imagem: André Voúlgaris | Direção de arte: Beatriz Barros e Maíra Sciuto | Direção musical e trilha: Muato | Desenho de Luz: Denilson Marques | Assistente de direção: Diego Roberto | Operação de câmera e edição de imagens: Fredo Peixoto | Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Kelly Santos | Produção: Gabi Gonçalves e Anderson Vieira - Corpo Rastreado.

Serviço
Espetáculo "Depois do Ensaio, Nora, Persona" |  Com Sociedade Arminda e direção de José Fernando Peixoto de Azevedo |  Até dia 23 de junho de 2024 | Quintas, sextas e sábados, às 19h00 | Domingos e feriados, às 17h00 | Quinta, 30 de maio, às 17h00 |  Quarta-feora, 19 de junho, às 19h00 | Duração: 230 minutos, com intervalo | Sesc Avenida Paulista - Local: Arte II (13º andar) | Av. Paulista, 119 - Bela Vista / São Paulo  | Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)

.: De Abel & Gordon, "A Estrela Cadente" combina comédia e filme noir


Parceiros na vida e na arte, Fiona Gordon e Dominique Abel trabalham juntos desde 1980 com teatro físico. No cinema, já dirigiram vários curtas e longas, como o sucesso “Perdidos em Paris”, e agora lançam "A Estrela Cadente" ("L'Étoile Filante") , em cartaz na rede Cineflix Cinemas, com distribuição da Pandora Filmes. São Paulo, Rio de Janeiro, Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Vitória são as cidades onde o filme, com classificação indicativa de 12 anos, poderá ser assistido. 

Exibido no Festival de Locarno e ganhador do Prêmio do Júri no Beaujolais Meetings of French-speaking Cinema, o longa tem como protagonista Boris, interpretado pelo próprio Abel, um homem que, no passado, foi um ativista, mas, agora, vive uma vida mais tranquila, como barman num bar underground, onde espera ter deixado o passado para trás. Porém, um homem (Bruno Romy), vítima de um atentado, o reconhece e busca vingança. Então, Boris e sua mulher Kayoko (Ito) encontram por acaso, um duplo do barman (também interpretado por Abel), e veem nele a chance de salvar a vida de Boris, porém não esperavam que Fiona (Gordon), a ex-mulher de Dom, entrasse em cena para saber o que aconteceu com o marido. 

Escrito e dirigido pela dupla de diretores, "A Estrela Cadente" é uma comédia de poucos diálogos e muitos estranhamentos que lembra o estilo peculiar de Aki Kaurismäki. Mas os diretores têm seu estilo próprio. Segundo eles, o longa se passa em um mundo de turbulência social: o de hoje. “Cada vez que abrimos a porta podemos ouvir um apelo: um mundo sem consciência está destruindo o mundo”. Abel e Gordon apontam que seus filmes costumam ser classificados como “burlesco poético”. “Ao cruzar a estrada da comédia física para o filme noir, nós não abandonamos nosso desejo de criar humor. Nós exploramos uma paleta mais ácida. Pessimismo, niilismo e melancolia irrigam 'A Estrela Cadente', mas nossos personagens são moralmente ineptos e enchem o filme noir com cores vibrantes”

“Em 'A Estrela Cadente', Abel e Gordon trazem sua sensibilidade cômica para o que poderia ser vagamente descrito como uma história de detetive, contada em um estilo de filme noir pontuado por flashes de cores: um vestido vermelho, um pequeno carro verde, uma scooter amarela brilhante. [...] Cada cena é meticulosamente composta e coreografada, proporcionando momentos memoráveis”, escreve Peter Debruge em sua crítica à Variety


Ficha Técnica
Filme "A Estrela Cadente" ("L'Étoile Filante") | Direção: Fiona Gordon e Dominique Abel | Roteiro: Fiona Gordon e Dominique Abel | Produção:  Fiona Gordon, Dominique Abel, Christie Molia | Elenco: Dominique Abel, Fiona Gordon, Kaori Ito, Philipe Martz, Bruno Romy | Direção de Fotografia: Pascale Marin |
Montagem: Julie Brenta | Gênero: policial, comédia | País: França, Bélgica | Ano: 2023 | Duração: 98 minutos | Classificação Indicativa: 12 anos


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Furiosa: uma Saga Mad Max" ("Furiosa: A Mad Max Saga") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

Trailer de "A Estrela Cadente"


.: "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical" estende temporada no Teatro Porto


Com roteiro e pesquisa de Guilherme Samora, direção de Marcio Macena e Débora Dubois e direção musical de Marco França e Marcio Guimarães, espetáculo é baseado na autobiografia da rainha do rock brasileiro. Foto: João Caldas F.º

Em comemoração aos seus 9 anos, o Teatro Porto atendeu aos pedidos do público prorrogando a temporada do espetáculo "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical", inspirado na autobiografia da cantora. Com mais de 15 mil ingressos vendidos antes da estreia e mais de 40 sessões esgotadas, a temporada será estendida até 15 de setembro, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 17h. Com direção de Marcio Macena e Débora Dubois, o espetáculo traz a atriz Mel Lisboa interpretando a roqueira-mor em um musical inédito, dez anos depois da estreia do sucesso "Rita Lee Mora ao Lado".

Quando Mel Lisboa pisou pela primeira vez em cena como Rita Lee em 2014, ela não poderia prever algumas coisas: primeiro, de que seriam meses de casa cheia num dos maiores teatros de São Paulo. Segundo, que a própria Rita apareceria sem avisar, abençoaria sua performance e ainda voltaria para assistir ao espetáculo. Trabalho, aliás, que rendeu a Mel prêmios como melhor atriz e a colocou de vez entre os maiores nomes do teatro nacional, com uma frutífera e diversificada carreira. 

Como diz Rita no livro, seu grande gol é ter feito um monte de gente feliz. E Mel, no palco como Rita, leva a sério essa missão e comemora o sucesso da temporada. “Ao mesmo tempo que me surpreendi com o sucesso de vendas absolutamente incomum do espetáculo, não é estranho considerando a magnitude da obra e vida da Rita Lee. E, agora que estamos sentindo a reação da plateia, percebemos que, de fato, Rita fez e ainda faz um monte de gente feliz", declara Mel Lisboa.

A nova montagem ainda tem direção musical de Marco França e Marcio Guimarães e, junto com Mel, estão no elenco Bruno Fraga, Fabiano Augusto, Carol Portes, Debora Reis, Flavia Strongolli, Yael Pecarovich, Antonio Vanfill, Gustavo Rezê e Roquildes Junior. Diferentemente do projeto anterior, dessa vez, Mel conta a história de Rita com base no livro da cantora, lançado em 2016 e um dos maiores sucessos editoriais do Brasil. O livro narra os altos e baixos da carreira de Rita com uma honestidade escancarada, a ponto de ter sido apontado como “ensinamento à classe artística” pelo jornal O Estado de São Paulo. A ideia do novo musical surgiu quando Mel gravou a versão em audiolivro, como Rita, em 2022. 

O texto de Rita, numa narrativa envolvente e perfeita para um musical biográfico, conta do primeiro disco voador avistado por ela ao último porre. Sem se poupar, ela fala da infância e dos primeiros passos na vida artística; de Os Mutantes e de Tutti-Frutti; de sua prisão em 1976, na ditadura; do encontro de almas com Roberto de Carvalho; das músicas e dos discos clássicos; do ativismo pelos direitos dos animais; dos tropeços e das glórias.

A montagem tem roteiro e pesquisa de Guilherme Samora inspirada no livro "Rita Lee - Uma Autobiografia", onde a cantora fala abertamente da sua vida pessoal e profissional. A ideia é criar uma versão inédita que mostre todas as facetas dessa grande cantora, compositora, multi-instrumentista, apresentadora, atriz, escritora e ativista dos direitos humanos e uma das maiores, se não a maior artista brasileira.

O Teatro Porto prorroga a temporada do musical "Rita Lee - Uma Autobiografia" em sintonia com as comemorações de seus 9 anos, completados em maio. Como parte de seu compromisso em incentivar a cultura brasileira e fomentar a efervescência da região central da cidade, a peça se alinha à visão curatorial do teatro, que busca excelência artística enquanto promove a inclusão de diferentes públicos.

Clientes da Porto Bank mais acompanhante têm 50% de desconto, e clientes Porto mais um acompanhante têm 30% de desconto.  O Teatro Porto oferece a seus clientes uma van gratuita partindo da Estação da Luz em direção ao prédio do teatro. O local de partida é na saída da estação, na Rua José Paulino/Praça da Luz. No trajeto de volta, a circulação é de até 30 minutos após o término da apresentação. E possui estacionamento gratuito para clientes do teatro. Compre o livro "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical", de Rita Lee, neste link.


Ficha técnica
Espetáculo "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical". Roteiro e Pesquisa: Guilherme Samora. Direção Geral: Débora Dubois e Márcio Macena. Direção Musical: Marco França e Marcio Guimarães. Coreografia: Tainara Cerqueira. Assistente de Coreografia: Priscila Borges. Figurinista: Carol Lobato. Iluminação: Wagner Pinto. Elenco: Mel Lisboa, Bruno Fraga, Fabiano Augusto, Carol Portes, Debora Reis, Flavia Strongolli, Yael Pecarovich, Antonio Vanfill, Gustavo Rezê e Roquildes Junior. Coordenação de Produção: Edinho Rodrigues. Realização: Brancalyone Produções.

Serviço
Espetáculo "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical". Estreou em 26 de abril de 2024. Temporada prorrogada até 15 de setembro - Sextas e sábados às 20h e domingos, às 17h00. Ingressos:  Sextas - Plateia: R$100,00 (inteira) Balcão e Frisas: R$80,00 (inteira). Valor especial: R$40,00 (inteira)* Sábados e Domingos - Plateia: R$120,00 (inteira) Balcão e Frisas: R$100,00 (inteira). Valor Especial: R$40,00 (inteira)*O ingresso VALOR ESPECIAL é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional por sessão.. Classificação: 12 anos. Duração: 120 minutos. Teatro Porto. Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo. Telefone (11) 3366-8700.


Bilheteria
Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.
Clientes Porto Bank mais acompanhante têm 50% de desconto.
Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto.
Vendas: www.sympla.com.br/teatroporto
Capacidade: 508 lugares.
Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Gratuito para clientes do Teatro Porto.


O Teatro Porto oferece a seus clientes uma van gratuita partindo da Estação da Luz em direção ao prédio do teatro. O local de partida é na saída da estação, na Rua José Paulino/Praça da Luz. No trajeto de volta, a circulação é de até 30 minutos após o término da apresentação. E possui estacionamento gratuito para clientes do teatro.

.: "Corpo Intruso" faz nova temporada na Biblioteca Mário de Andrade em junho


Com Luciana Schwinden, Sílvio Restiffe e Julia Terron no elenco, espetáculo "Corpo Intruso", de Samir Yazbek, com direção de Pedro Granato, ganha nova temporada de 3 a 24 de junho, na Biblioteca Mário de Andrade. As sessões acontecem toda segunda-feira, às 19h00. Após a apresentação, haverá bate-papo com escritoras convidadas. Foto: Nadja Kouchi

Texto de Samir Yazbek, com direção de Pedro Granato, o espetáculo "Corpo Intruso" terá  nova temporada de 3 a 24 de junho, na Biblioteca Mário de Andrade, com sessões toda segunda-feira, às 19h00. Após a sessão haverá bate-papo com escritoras convidadas: Aline Bei (3 de junho), Ivana Arruda (10 de junho), Andrea Del Fuego (17 de junho) e Natalia Timernan (24 de junho). Os ingressos são gratuitos. Com Luciana Schwinden, Sílvio Restiffe e Julia Terron no elenco, a trama acompanha a trajetória de uma professora de língua portuguesa do ensino médio que, distante da sua vocação literária, encontra-se no leito de um quarto de hospital, acometida por uma doença desconhecida. Sua relação com o marido mantém padrões de afetos desgastados pelo tempo, com arquétipos e símbolos do casamento convencional, força motriz de uma vida comprometida com as aparências e os ganhos materiais.

Ao receber no hospital a visita de uma aluna apaixonada pelo universo da literatura, a professora, questionada em sua visão de mundo, passa a rever a sua relação com o seu marido e a forma de tocar a sua própria existência. O espetáculo traz discussões sobre vida e morte, e mais precisamente, sobre o que nos mantém vivos, o que nos impulsiona a ter sonhos e querer realizá-los. O universo da educação e da literatura também estão presentes no trabalho, tanto na relação entre professora e aluna, quanto no âmbito familiar e no embate geracional. “A busca da vocação e da paixão está no centro da peça”, conta Granato.

A atmosfera é de suspense intimista. Mesclar o mistério e o drama em um ambiente hospitalar de maneira a criar uma história equilibrada e “temperada” foi o maior desafio da construção, conta o diretor. O minimalismo está presente em toda a concepção do espetáculo, da cenografia que quer colocar o espectador dentro de um quarto de hospital à trilha sonora original, fortemente inspirada na banda britânica Portishead. O espetáculo estreou no Teatro Alfredo Mesquita em março de 2024, cumprindo uma temporada com sessões lotadas e repercussão de público e crítica. Em maio realizou temporada no Pequeno Ato.


Ficha técnica
Texto: Samir Yazbek. Direção: Pedro Granato. Atores: Julia Terron, Luciana Schwinden e Silvio Restiffe. Participação Especial: Carolina Romano. Cenário e adereços: Diego Dac. Iluminação: Beto de Faria. Trilha sonora original: Décio 7. Figurino: Iara Wisnik. Produção executiva: Carolina Henriques e Rommaní Carvalho. Técnico de palco: Victor Moretti. Técnico de Luz: Carol Soares. Técnico de Som: Diego Leo. Acompanhamento técnico: Édson Reis.  Assistente de direção e Contrarregragem: Carolina Romano. Assistente de cenário e Adereços: Luana Miyamoto. Assistente de Figurino: Amrita. Assistente de Trilha Original: Joaquim Scandurra. Tintura Cabelo: Cida Grecco. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Fotos: Nadja Kouchi. Design gráfico: Carolina Romano. Produção: Jessica Rodrigues Produções e Pequeno Ato. Direção de produção: Jessica Rodrigues.


Serviço
Espetáculo "Corpo Intruso" na Biblioteca Mário de Andrade. Temporada: de 3 a 24 de junho de 2024 - Segundas-feiras, às 19h00. Ingressos: grátis. Duração: 90 minutos. Classificação: 14 anos. Bate-papo após o espetáculo: Aline Bei (3 de junho), Ivana Arruda (10 de junho), Andrea Del Fuego (17 de junho) e Natalia Timernan (24 de junho). Biblioteca Mário de Andrade. Rua da Consolação, 94 - República / São Paulo. Telefone: (11) 3150 9453.

.: Mostra "Línguas Africanas que Fazem o Brasil" no Museu da Língua Portuguesa

Com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, projeto destaca a influência das línguas iorubá, eve-fom e do grupo bantu no português falado no Brasil e na cultura nacional. Mostra será aberta no dia 24 de maio. Foto: Guilherme Sai


O dia a dia do povo brasileiro é atravessado pelas presenças africanas na forma como nos expressamos – seja na entonação, no vocabulário, na pronúncia ou na forma de construir o pensamento. É sobre essas presenças que trata a exposição temporária "Línguas Africanas que Fazem o Brasil", com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana e realização do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Aberta ao público desde a última sexta-feira, dia 24 de maio, a mostra fica em cartaz até janeiro de 2025. A exposição conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, e da John Deere Brasil; e apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA. 

Línguas dos habitantes de terras da África Subsaariana, como o iorubá, eve-fom e as do grupo bantu, têm participação decisiva na configuração do português falado no Brasil, seja em seu vocabulário ou na maneira de pronunciar as palavras e de entoar as frases, mesmo que esta estruturação não seja do conhecimento dos falantes. Trata-se de uma história e de uma realidade legadas por cerca de 4,8 milhões de pessoas africanas trazidas de forma violenta ao país entre os séculos 16 e 19, durante o período do regime escravocrata. Além da língua, essa presença pode ser sentida em outras manifestações culturais, como a música, a arquitetura, as festas populares e rituais religiosos.  

“Ao mesmo tempo que a gente quer mostrar ao público que falamos uma série de expressões e estruturas que remontam a línguas negro-africanas, também desejamos revelar de que maneira isso acontece. Por que falamos caçula e não benjamim? Por que dizemos cochilar e não dormitar? Essas palavras fazem parte de nosso vocabulário, da nossa vida, do nosso modo de pensar”, afirma Santana. 

A exposição "Línguas Africanas que Fazem o Brasil" recebe o público com 15 palavras oriundas de línguas africanas impressas em estruturas ovais de madeira penduradas pela sala. Serão destacadas palavras como bunda, xingar, marimbondo, dendê, canjica, minhoca e caçula. O público também poderá ouvi-las nas vozes de pessoas que residem no território da Estação da Luz, onde o Museu está localizado.  

Outro destaque no espaço é a obra do artista plástico baiano J. Cunha - um tecido estampado com os dizeres “Civilizações Bantu” que vestiu o tradicional Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil, no Carnaval de 1996. Além disso, cerca de 20 mil búzios também estarão suspensos e distribuídos pelo ambiente. Na tradição afro-brasileira, as conchas são usadas em práticas divinatórias e funcionam como linguagem que conecta o mundo físico e espiritual.  

“Os búzios estão presentes nos espaços afro-religiosos no Brasil que foram, não os exclusivos, mas os principais núcleos de preservação e reinvenção das línguas africanas do Brasil. A partir deles, as presenças negras se irradiaram para outras dimensões da cultura popular brasileira”, diz Santana. 

Ainda na entrada da exposição, o público avistará vários adinkras espalhados pelas paredes. Trata-se de símbolos utilizados como sistema de escrita pelo povo Ashanti, que habita países como Costa do Marfim, Gana e Togo, na África. Eles podem representar desde diferentes elementos da cultura até sentenças proverbiais inteiras em um único ideograma. Evidenciando a presença desse povo como parte da diáspora africana, é possível encontrar, em diversas regiões do Brasil, gradis de residências e outras construções arquitetônicas adornados com alguns dos mais de 80 símbolos dos adinkras. 

Fazem parte da exposição duas videoinstalações da relevante artista visual fluminense Aline Motta. Na obra "Corpo Celeste III", emprestada pela Pinacoteca de São Paulo e projetada no chão em larga escala, a artista destaca formas milenares de grafias centro-africanas, especificamente as do povo bakongo, presente em territórios como o angolano. Este trabalho foi desenvolvido com o historiador Rafael Galante. Já em Corpo Celeste V, criada exclusivamente para o Museu da Língua Portuguesa, quatro provérbios em quicongo, umbundo, iorubá e quimbundo, traduzidos para o português, serão exibidos em movimento nas paredes e em diálogo com Corpo Celeste III.  

Um dos principais nomes da nova geração da escultura no país, a baiana Rebeca Carapiá  assina obras de arte criadas em diálogo com frequências e grafias afrocentradas, a partir de seu trabalho com metais. A exposição também mostra como canções populares no Brasil foram criadas a partir da integração entre línguas africanas e o português, como Escravos de Jó e Abre a roda, tindolelê. O “jó”, da faixa "Escravos de Jó", advém das línguas quimbundo e umbundo e quer dizer “casa”, “escravos de casa”.

“Escravizados ladinos, crioulos e mulheres negras, que realizavam trabalho doméstico e falavam tanto o português de seus senhores quanto a língua dos que realizavam trabalhos externos, foram a ponte para a africanização do português e para o aportuguesamento dos africanos no sentido linguístico e cultural”, diz Tiganá Santana com base nas pesquisas da professora Yeda Pessoa de Castro. 

Além dos búzios, a mostra explora outras linguagens não-verbais advindas das culturas africanas ou afro-diaspóricas. Entre elas, os cabelos trançados, que, durante o período de escravidão no Brasil, serviam como mapas de rotas de fugas. E de turbantes, cujas diferentes amarrações indicam posição hierárquica dentro do candomblé. Há ainda dois trabalhos da designer Goya Lopes, cujas principais referências são as capulanas, os panos coloridos usados por mulheres em Moçambique. Tais trabalhos enfatizam uma articulação significativa com a língua iorubá. 

Outro exemplo da linguagem não-verbal são os tambores, que compõem uma cenografia constituída por uma projeção criada por Aline Motta, com imagens do mar e trechos do texto Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira, de Lélia Gonzalez, uma das principais intelectuais do Brasil, referência nos estudos e debates de gênero, raça e classe. Nestes trechos, verifica-se o uso da expressão pretuguês cunhada pela intelectual. Por fim, ainda nessa cena, é importante ressaltar a presença de esculturas da Rebeca Carapiá, conversando com as frequências dos tambores. Numa sala de cinema interativa, o visitante será surpreendido com uma projeção de imagens ao enunciar palavras de origem africana como axé, afoxé, zumbi e acarajé.  

O público terá acesso a uma série de registros de manifestações culturais afro-brasileiras e de conteúdos sobre as línguas africanas e sua presença no português do Brasil. Há performance da cantora Clementina de Jesus, imagens da Missão de Pesquisas Folclóricas idealizada por Mário de Andrade, entrevistas com pesquisadores como Félix Ayoh’Omidire, Margarida Petter e Laura Álvarez López, além de gravações de apresentações do bloco Ilú Obá De Min e da Orkestra Rumpilezz, e o vídeo Encomendador de Almas, de Eustáquio Neves, que retrata o senhor Crispim, da comunidade quilombola do Ausente ou do Córrego do Ausente, na região do Vale do Jequitinhonha.  

Tudo isso em meio a sons de canções rituais e narrativas em iorubá, fom, quimbundo e quicongo, captados pelo linguista norte-americano Lorenzo Dow Turner nos anos de 1940 na Bahia e cedidos pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. Será possível, ainda, assistir aos filmes sobre o Quilombo Cafundó: um que já existia há mais de 40 anos e outro que foi concebido para a exposição, versando sobre a língua cupópia de modo mais enfático.  


Serviço
Exposição temporária "Línguas Africanas que Fazem o Brasil"
Até janeiro de 2025
De terça a domingo, das 9h00 às 16h30 (com permanência até as 18h) 
R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia) 
Grátis para crianças até 7 anos 
Grátis aos sábados 
Acesso pelo Portão A 
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet: 
https://bileto.sympla.com.br/event/90834/  
Museu da Língua Portuguesa   
Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo

sábado, 25 de maio de 2024

.: "200 Crônicas Escolhidas": mais que uma antologia, é homenagem a vibrante


O escritor Rubem Braga conquistou os corações dos leitores com sua habilidade singular de tecer narrativas envolventes sobre o cotidiano brasileiro. Não à toa, seu nome é hoje sinônimo de crônica, estilo que o consagrou e que foi consagrado pelo autor. Com uma sensibilidade aguçada, ele explorou uma variedade de temas, desde questões políticas até a beleza da natureza, cativando uma legião de fãs ao longo das décadas. Lançado pela Global Editora, o livro "200 Crônicas Escolhidas", com seleção e prefácio de André Seffrin, proporciona uma jornada inesquecível pelos escritos de um dos mestres da crônica brasileira.

Neste volume de 528 páginas, os leitores encontrarão uma coleção diversificada que reflete a multifacetada habilidade de Braga como cronista. Desde relatos do cotidiano até reflexões profundas sobre a condição humana. O crítico literário André Seffrin, responsável pela organização deste volume, mergulhou fundo no vasto repertório de Braga para oferecer aos leitores uma experiência literária abrangente e emocionante. Desde as crônicas mais antigas até aquelas publicadas postumamente, a seleção foi cuidadosamente concebida para representar o melhor do legado do escritor.

"200 Crônicas Escolhidas" é, assim, mais do que uma antologia; é uma homenagem vibrante a um dos grandes mestres da literatura brasileira, apresentada de forma magistral pela Global Editora. O livro faz parte de um amplo projeto da editora em renovar as publicações de Rubem Braga. Este novo volume é a culminância de uma iniciativa iniciada em outubro de 2021 com o lançamento de "50 Crônicas Escolhidas"; seguido, em setembro de 2022, por "100 Crônicas Escolhidas"; e, em março de 2023, com o livro "150 Crônicas Escolhidas". A ideia é que os leitores possam ter à sua disposição antologias concebidas com extensões várias e pressupostos também distintos entre si. Um percurso irrecusável para todo aquele que deseja passear pelas mais sublimes manifestações literárias da perspicaz sensibilidade do cronista. Compre o livro "200 Crônicas Escolhidas", de Rubem Braga, neste link.

Sobre as obras da Coleção Rubem Braga
"50 Crônicas Escolhidas"  Seleção cuja disposição das crônicas é norteada pela cronologia delas – da mais antiga para a mais recente. Compre o livro "50 Crônicas Escolhidas", de Rubem Braga, neste link.

"100 Crônicas Escolhidas"  coletânea organizada por blocos temáticos, que inclui crônicas que nunca haviam sido publicadas em livro até então. Compre o livro "100 Crônicas Escolhidas", de Rubem Braga, neste link.

"150 Crônicas Escolhidas"  Dividida em blocos temáticos que guardam conexões entre si, a obra apresenta aos leitores várias facetas do autor. Compre o livro "150 Crônicas Escolhidas", de Rubem Braga, neste link.

"200 Crônicas Escolhidas"  Leva em consideração a seleção feita pelo próprio Rubem Braga para obra semelhante publicada em 1977. Porém, algumas crônicas foram retiradas para darem lugar a textos que só foram publicados em livros póstumos. Compre o livro "200 Crônicas Escolhidas", de Rubem Braga, neste link.

.: "Mad Max": George Miller quis que os veículos de "Furiosa" fossem extensão


Estrelado por Anya Taylor-Joy e Chris Hemsworth, o novo longa da saga acaba de estrear nos cinemas de todo o país 

 
"Furiosa: uma Saga Mad Max" ("Furiosa: A Mad Max Saga"), novo filme da Warner Bros. Pictures, dirigido pelo brilhante George Miller, estreou na última quinta-feira, dia 23 de maio, na rede Cineflix Cinemas, já vem encantando os fãs. Um dos elementos mais importantes para a saga Mad Max são os veículos, que intensificam as cenas de ação emblemáticas e dão o tom pós-apocalíptico desejado por Miller.

O diretor do longa conta que, por trás dos automóveis, há um planejamento para que eles se encaixem na história: “Tivemos o cuidado de fazer com que os veículos representem os personagens, como extensões deles, assim como o traje, o cabelo, as armas e todos os artefatos que eles usam”. Miller também afirma que os veículos são tão importantes para os personagens quanto as sequências de ação, auxiliando também na arquitetura das histórias individuais, como, por exemplo, de Dementus que “dirige sua moto-trailer vermelha, mas acaba em um monster truck barulhento quando tem mais acesso a combustível – que se torna seu personagem”, completa o cineasta. "Furiosa: uma Saga Mad Max" está em cartaz em todo o país, também em versões acessíveis.


Sobre o filme
Estrelado por Anya Taylor-Joy e Chris Hemsworth, e dirigido pelo genial diretor vencedor do Oscar, George Miller, o longa-metragem "Furiosa: uma Saga Mad Max" é o aguardado retorno ao icônico mundo distópico criado pelo cineasta australiano há mais de 30 anos com os seminais filmes  "Mad Max". Miller surpreende mais uma vez com uma nova aventura de ação original e autônoma que vai revelar as origens da poderosa personagem do sucesso global, vencedor de seis prêmios Oscar, “Mad Max: Estrada da Fúria”. O novo longa-metragem da Warner Bros Pictures e da Village Roadshow Pictures tem produção de Miller e seu parceiro de longa data, o produtor indicado ao Oscar, Doug Mitchell (“Mad Max: Estrada da Fúria”, “Babe - O Porquinho Atrapalhado”), pela produtora australiana da dupla, Kennedy Miller Mitchell.

Quando o mundo entra em colapso, a jovem Furiosa é sequestrada do Green Place das Muitas Mães e cai nas mãos da horda de motoqueiros liderada pelo Senhor da Guerra Dementus. Vagando pela terra desolada, eles encontram a Cidadela controlada por Immortan Joe. Enquanto os dois tiranos lutam por poder e controle, Furiosa terá que sobreviver a muitos desafios para encontrar e trilhar o caminho de volta para casa. Anya Taylor-Joy protagoniza o papel-título e, com Hemsworth, o filme também é estrelado por Alyla Browne e Tom Burke.

George Miller assina o roteiro de "Furiosa: uma Saga Mad Max", em parceria com seu corroterista de “Mad Max: Estrada da Fúria”, Nico Lathouris. A equipe de produção criativa de Miller inclui o primeiro assistente de direção PJ Voeten; o diretor de segunda unidade de produção e coordenador de dublês Guy Norris; o diretor de fotografia é Simon Duggan (“Até o Último Homem”, “O Grande Gatsby”); o compositor Tom Holkenborg; o designer de som Robert Mackenzie; o editor Eliot Knapman; o supervisor de efeitos visuais Andrew Jackson; e o colorista Eric Whipp. 

Na equipe estão ainda colaboradores de longa data de George Miller como o designer de produção Colin Gibson, a editora Margaret Sixel, o mixador de som Ben Osmo, a figurinista Jenny Beavan, e a maquiadora Lesley Vanderwalt, todos premiados com um Oscar por seu trabalho em “Mad Max: Estrada da Fúria”. A Warner Bros Pictures apresenta, em associação com a Village Roadshow Pictures, uma produção da Kennedy Miller Mitchell, um filme de George Miller, Furiosa: Uma Saga Mad Max. O filme será distribuído mundialmente pela Warner Bros Pictures a partir de 22 de maio de 2024.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Furiosa: uma Saga Mad Max" ("Furiosa: A Mad Max Saga") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: Filme "Escândalo Íntimo" é romance de Luísa Sonza com ela mesma


No filme, a artista aos poucos vai se despindo da armadura que a protegeu durante todos esses anos, para entrar no local mais frágil e sombrio que poderia explorar. Foto: Pam Martins

Dando sequência aos lançamentos da Era “Escândalo Íntimo”, Luísa Sonza lança o filme de seu novo álbum no Youtube. Com direção de Diego Fraga e texto de Guilherme Ashcar, adaptado por Luísa, o curta-metragem ‘Escândalo Íntimo - O Filme’ tem narração da própria artista e conta uma história de amor que se entrelaça com a jornada de amadurecimento da personagem. “As faixas do álbum acabaram se tornando trilhas sonoras para os filmes da minha cabeça, até realmente se transformarem em um único filme unindo trechos dos clipes já lançados e imagens inéditas”, conta a artista.

O filme acompanha a artista pop Luísa Sonza que, aos poucos, vai se despindo da armadura que a protegeu durante todos esses anos, para entrar no local mais frágil e sombrio que poderia explorar: o próprio subconsciente. Inevitavelmente, essa viagem a leva ao seu passado, no interior do Rio Grande do Sul. Local reproduzido em uma fazenda localizada em Santana de Parnaíba, São Paulo.

De acordo com Diego Fraga, a ideia do curta surgiu durante a pré-produção do álbum, onde Luísa contava sobre seus sonhos e pesadelos e como eles de certa forma refletiam momentos de sua vida. “A gente queria contar essa história de forma ultrapessoal, colocando de base os sonhos da Luísa. Então pegamos certos momentos e coisas que ela compartilhou e fomos reajustando na timeline pra contar essa história de amor. Por mais que o filme pareça só terror, é um romance da Luísa com ela mesma”, detalha.

Segundo Flávio Verne, que integra a direção criativa do projeto, a ideia inicial é que o filme pudesse passar de uma forma geral sobre o que é o álbum e sobre o que a Luísa queria abordar mais profundamente, trazendo aspectos da psique, traumas, sonhos dentro de sonhos e como se curar mergulhando dentro da própria mente. “Começamos a falar sobre o filme do EI ainda no primeiro semestre do ano passado. Durante o processo pesquisei muito sobre surrealismo e como ilustramos fatos que acontecem na nossa vida e deixam marcas que acabam virando fantasias na nossa mente. Acho que a experiência num todo foi muito rica porque a Luísa sempre trazia material pra gente trabalhar e pesquisar cada vez mais que íamos nos aprofundando no processo do que de fato seria o filme. Ao longo desse quase um ano muitas coisas foram mudando e amadurecendo, o que foi ótimo pra evolução do projeto”, conta.

O curta passa por todas as fases de um romance tóxico até a chegada do momento de renascer. Usando os sonhos e pesadelos de Luísa, é contada essa história de amor, mostrando todos os ciclos de um romance que dá errado. “No começo do filme temos ela sozinha, em lugar novo, onde ela conhece alguém e se entrega para o sacrifício de se permitir estar e criar algo com outra pessoa. Até que ela percebe que dá errado e tenta sair desse relacionamento de toda forma - trecho em que a cama começa a voar no filme, até alcançar o ponto em que decide acabar e matar aquilo tudo. É quando ela finalmente renasce. Se vê pronta pra uma próxima, pra algo novo que vai acontecer e que ela não sabe o que é”, explica Diego.

Para dar vida ao filme, mais de 150 pessoas integraram a equipe. Foram utilizadas diversas técnicas de pós-produção e de efeitos especiais, com efeitos práticos feitos na hora, efeitos de VFX produzidos em computador e utilização de Inteligência Artificial. O apartamento das cenas foi inteiro construído dentro de uma roda, uma técnica inovadora desenvolvida por Diego Fraga juntamente com Martão, um dos maiores efeitistas do Brasil. Somando ao time de peso, a trilha sonora do filme, 100% original, foi composta pelo premiado Renan Frazer, e a direção de fotografia feita pelo renomado Pedro Delafuente.


Ficha técnica
"Escândalo Íntimo - O Filme" | Realização: Fraga Studio | Diretor: Diego Fraga | Direção criativa: Diego Fraga, Flávio Verne, Lucas Pinho, Luísa Sonza e Pedro Rettore | Produção executiva: Diego Fraga e Pedro Rettore | Direção de fotografia: Pedro Delafuente | Direção de arte: Annik Maas |
Direção segunda unidade: Pedro Rettore | Roteiro: Diego Fraga | Assistência criativa: Lucas Drummond, Pedro Gibram e Thomas Webber | 1ºAd: Thomas Webber | 2ºAd: Helena Bera e Pedro Gibram | Montagem e finalização: Pedro Rettore | CGI: Diego Fraga | VFX: Brandon Ventura e Igor Rolim | Color grading: Marla Colour Grading | Colorista: Fernando Lui | Música original: Renan Franzen | Sound design: Augusto Stern e Fernando Efron | Estúdio de sound design: Bunker Sound Design | Texto para a narração: Gui Ashcar | Adaptação do texto: Luísa Sonza | Assessoria de comunicação: Lupa Comunicação.

.: Moacir Gadotti lança livro "A Educação Contra a Educação" na Livraria da Vila


O livro "A Educação Contra a Educação", escrito pelo filósofo e pedagogo Moacir Gadotti, ganha agora nova edição revista, atualizada e ampliada pela Global Editora. O livro, ao lado de outra obra, "Programados para Aprender" será lançado na próxima terça-feira, dia 28 de maio, às 19h00, na Livraria da Vila, em São Paulo.

"A Educação Contra a Educação" chega ao público em um momento crucial, coincidindo com a convocação da Unesco para reimaginar o futuro da educação e construir um novo contrato social baseado em princípios de colaboração e solidariedade. A edição traz uma atualização cuidadosa do texto original, incorporando novos insights e perspectivas, e materiais inéditos: texto de apresentação; prefácio escrito por Paulo Freire; posfácio escrito pelo próprio autor, oferecendo uma visão aprofundada sobre a evolução da obra até hoje; e, texto do filósofo Claude Pantillon (1938-1980). 

A obra de Moacir Gadotti, livre docente pela Unicamp e doutor em Ciências da Educação na Universidade de Genebra, apresenta uma análise crítica voltando ao passado para entender a educação de hoje, analisando as origens de uma concepção instrumental da educação que se dizia neutra, com promessas de um futuro melhor, de maior equidade, justiça social e democracia, e revelou-se, na verdade, comprometida com a construção de um mundo sob a lógica do mercado. 

Em um dos raros trabalhos críticos em Filosofia da Educação formulados por um brasileiro, Gadotti nos leva a reflexões fundamentais quanto ao sentido da educação e a sua essência. Questiona o paradigma vigente que falhou em cumprir seus compromissos, principalmente no que diz respeito à igualdade, e defende a necessidade de novas abordagens, sujeitos e pontos de vista para uma outra educação possível e necessária. Compre o livro "A Educação Contra a Educação", de Moacir Gadotti, neste link. 


Leia também
Lançado em outubro de 2023,  "Programados para Aprender" conta com prefácio de Mario Sergio Cortella e é o primeiro livro de Moacir Gadottié um dos principais educadores brasileiros da atualidade, na Global. A obra inaugura o selo Global Educação – selo editorial voltado para a área de Educação e Ensino – e também a Série Moacir Gadotti . A série trará textos inéditos sobre as questões educacionais contemporâneas e também o melhor de sua produção já publicada. Livros com ideias e propostas fundamentais para a compreensão da educação como um processo de transformação social e para a formação de professores críticos e reflexivos.

Neste livro, Moacir Gadotti, com uma vasta bibliografia sobre temas como Educação Popular, formação de professores, cidadania e democracia na escola. Suas obras são referência para estudantes, educadores e pesquisadores nacionais e internacionais parte da afirmação: “Somos programados, mas para aprender”, do bioquímico e geneticista francês François Jacob. Esta frase é inúmeras vezes referenciada na obra de Paulo Freire , na busca por pensar sobre os fundamentos de uma educação voltada para um ser humano inacabado; programado, sim, mas não determinado. Gadotti então afirma: “Não nascemos prontos e acabados. Fazemo-nos com o outro por meio da educação. O indivíduo precisa de educadores para se realizar como ser humano”.  A questão que se coloca é, portanto: que educação podemos oferecer a esse ser inacabado?  Compre o livro "Programados para Aprender", de Moacir Gadotti, neste link.


Serviço
Lançamento dos livros "A Educação Contra a Educação" e "Programados para Aprender", com Moacir Gadotti | Terça-feira, dia 28 de maio, às 19h00, na Livraria da Vila, em São Paulo | Rua Fradique Coutinho - Vila Madalena / São Paulo |  Garanta o seu exemplar de "A Educação Contra a Educação", escrito por Moacir Gadotti, neste link.

.: "Roda Viva" entrevista Janaina Torres, eleita a Melhor Chef Feminina do Mundo


Janaina Torres está à frente do premiado restaurante A Casa do Porco e de outros quatro endereços em São Paulo: O Bar da Dona Onça, Hot Pork, Sorveteria do Centro e o Merenda da Cidade. Foto: Marcus Steinmeyer


Nesta segunda-feira, dia 27 de maio, o "Roda Viva" recebe Janaina Torres, eleita a Melhor Chef Feminina do Mundo de 2024 pelo The World's 50 Best Restaurants. Com apresentação de Vera Magalhães, a entrevista será exibida ao vivo, a partir das 22h, na Cultura, site da emissora, app Cultura Play, além de X, YouTube, Tik Tok e Facebook.

Janaina Torres está à frente do premiado restaurante A Casa do Porco e de outros quatro endereços em São Paulo: O Bar da Dona Onça, Hot Pork, Sorveteria do Centro e o Merenda da Cidade. A chef já participou do projeto “Cozinheiros pela Educação”, onde treinou cozinheiras para substituir produtos processados e industrializados das merendas das escolas estaduais por ingredientes in natura. O projeto beneficiou mais de 2 milhões de alunos na cidade de São Paulo. Por conta dessa participação e por seu envolvimento na campanha por socorro à indústria da hospitalidade durante a pandemia do Coronavírus, Janaina foi premiada no American Express Icon Award.

A bancada de entrevistadores será formada por Arnaldo Lorençato - editor-executivo da Revista Veja São Paulo; Luiza Fecarotta - jornalista, crítica gastronômica e comentarista da Rádio CBN; Marcelo Katsuki - editor do blog Comes e Bebes, da Folha de S.Paulo; Mariana Weber - jornalista e escritora; e Miguel Icassatti - jornalista da Revista Gula e curador da Sociedade Paulista de Cultura de Boteco. Haverá ainda a participação do cartunista Luciano Veronezi, que ilustrará a entrevista em tempo real.

.: Teatro: "A Fuzarca dos Descalços", grátis, no Centro Cultural Santo Amaro


O Centro Cultural Santo Amaro recebe neste domingo, dia 26, e terça-feira, dia 28 de maio, o espetáculo "A Fuzarca dos Descalços", montagem do Coletivo dos Anjos. O ator Eder dos Anjos está em cena ao lado de Salloma Salomão e dos músicos Ito Alves e Juh Vieira, que tocam ao vivo a trilha sonora em diálogo constante com a dramaturgia.

Com idealização de Eder dos Anjos, direção de Aysha Nascimento e dramaturgia de Victor Nóvoa, o espetáculo é livremente inspirado em "Esperando Godot", de Samuel Beckett, e cria reflexões sobre as contradições sociais e raciais brasileiras. Na trama, Atsu e Baakir estão do outro lado da cerca. Eles não sabem se estão presos ou do lado de fora, apartados de um mundo ao qual não têm nenhum acesso. Ambos são corpos marginalizados que compartilham sonhos, cicatrizes e dores. Mesmo nas situações mais violentas e oníricas, eles permanecem juntos, tentando compreender e romper com tudo aquilo que os segrega da sociedade.


Serviço
Espetáculo "A Fuzarca dos Descalços"
Recomendação etária: 12 anos
Duração: 60 minutos
Ingressos: gratuitos.
Centro Cultural Santo Amaro
Avenida João Dias, 822, 822. Telefone: (11) 98397-3660
Dias 26 e 28 de maio – Terça-feira, às 20h e domingo, às 19h.

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