sábado, 4 de maio de 2024

.: Ana Beatriz Nogueira reencontra Fernanda Vasconcellos em peça teatral


Kika Kalache também está no elenco do espetáculo sobre a psicanalista Melanie Klein, que teve ingressos esgotados em São Paulo, Brasília e no Rio  de Janeiro. Foto: Lucio Luna


Mãe e filha na novela "A Vida da Gente", de Lícia Manzo, Ana Beatriz Nogueira e Fernanda Vasconcellos se reencontram no teatro. Elas estão em cartaz com o espetáculo "Sra. Klein", que reestreia neste sábado, dia 4 de maio, às 21h00, no Teatro Bravos, e segue em cartaz até dia 30 de junho. Com elas, no elenco, também está a atriz Kika Kalache. Recorte de um único e intenso dia na primavera londrina de 1934, a peça teatral teve ingressos esgotados em São Paulo, Brasília e no Rio de Janeiro.

Embora ambientado há quase 90 anos, o texto do autor inglês Nicholas Wright — com adaptação brasileira de Thereza Falcão - segue atual, como atesta o diretor, Victor Garcia Peralta. “A história é sobre uma família disfuncional, a relação tóxica entre mãe e filha. O público vai se identificar demais porque sempre há dificuldades nesses vínculos", explica ele, que já havia montado o texto há 33 anos, na Argentina. 

As histórias familiares da psicanalista austríaca Melanie Klein (1882-1960) exercem fascínio no mundo todo e a peça já foi encenada no Brasil duas vezes — nos anos 1990, com Ana Lúcia Torre, e, em 2003, com Nathália Timberg à frente do elenco, ambas sob a direção de Eduardo Tolentino de Araújo. Foi ao assistir à segunda montagem de Tolentino que Ana Beatriz Nogueira desejou pela primeira vez viver a personagem-título. 

 "É um texto muito bem feito, que remete aos clássicos em termos de estrutura, e com o qual o público se identifica demais. Eu me lembro que fiquei com a peça na cabeça desde que a vi. Pensei comigo: 'Quando for mais velha, eu quero fazer'. A gente deseja fazer certos papeis mais velhos, com a idade da personagem, embora em teatro tudo seja possível. Só que é mais interessante estar mais madura como atriz", comenta Ana Beatriz Nogueira, também produtora da peça, feliz com o retorno à SP. 

A atriz mergulhou numa longa pesquisa sobre a obra e a personalidade da psicanalista. "Essa peça é mais sobre lidar com a vida do que com a morte, e isso inclui, claro, questões cotidianas e os lutos das nossas certezas e crenças", explica. Vivida agora por Fernanda Vasconcellos, a personagem Melitta, filha de Klein, expõe os conflitos entre mãe e filha, o fio condutor do espetáculo. Neste recorte, ambas as personagens precisam encarar a morte de Hans, o filho/irmão mais novo que acaba de morrer.

Para Fernanda, que já foi a filha de Ana Beatriz Nogueira na novela "A Vida da Gente", de 2011, o reencontro em cena está sendo mais do que inspirador. "É uma bênção do universo e de Deus estar de novo com a Ana em cena. Ela é minha referência e é de uma generosidade, de uma afetuosidade, sempre tão acolhedora. Não se importa em dividir a genialidade dela na cena. Voltar ao lado dela ao teatro, que não faço há um tempo, é muito simbólico para mim", diz a atriz.

O mergulho profundo nas águas da psicanálise, para interpretar Melitta, tem trazido muitas reflexões, confessa Fernanda. "É estimulante. Tenho cada vez mais vontade de aprender. Essas mulheres são muito inteligentes, mentes privilegiadas que estão lidando com suas fragilidades dentro da complexa relação de de mãe e filha. Mesmo para quem já faz análise, é muito interessante e novo", afirma. Como Klein testou seu método psicanalítico nos dois filhos, Melitta se sente violada na sua intimidade e questiona essa mistura de vida pessoal com profissional, o que resulta numa lavação de roupa suja das boas.

Há ainda um terceiro vértice nessa discussão: Paula, personagem de Kika Kalache, que ora tende para o lado de Melitta, sua amiga, ora para o lado de Klein, de quem é discípula. "O encontro das três é forte. A minha personagem é muito observadora, tem menos embates, pois é mais contida. Paula acaba tendo um ponto de vista da história parecido com o do público", explica Kika.

Nesta sua nova encenação, Victor Garcia Peralta seguiu um caminho mais contemporâneo: "Os figurinos da Karen Brusttolin remetem aos anos 1930, mas também dialogam com a moda de hoje. Temos três mulheres e 18 cadeiras em cena, é como um quebra-cabeça. Acho curioso que essas três analistas, tão experientes em ouvir o outro e tratar das questões de seus pacientes, não conseguem se ouvir e ver o óbvio da questão que estão enfrentando. Em muitos momentos, o humor delas sarcástico é maravilhoso", observa o diretor.  A realização do espetáculo é da Trocadilhos 1000 Produções Artísticas, da atriz Ana Beatriz Nogueira.


Ficha técnica
Espetáculo "Sra. Klein"
Texto: Nicholas Wright
Tradução e adaptação: Thereza Falcão
Direção: Victor Garcia Peralta
Elenco: Ana Beatriz Nogueira, Fernanda Vasconcellos e Kika Kalache
Cenário: Dina Salem Levy
Figurinos: Karen Brusttolin
Iluminação: Bernardo Lorga
Trilha sonora: Marcello H
Direção de movimento: Toni Rodrigues
Visagismo: Fernando Ocazione
Idealização: Ana Beatriz Nogueira e Eduardo Barata
Projeto gráfico: Alexandre de Castro
Direção de produção e assessoria de imprensa: Dobbs Scarpa
Realização: Trocadilhos 1000 Produções Artísticas  


Serviço
Espetáculo "Sra. Klein"
Reestreia dia04 de maio a 30 de junho
Teatro Bravos. Rua Coropé, 88, Pinheiros, São Paulo
Sabádos, às 21h00; domingos, às 19h00.
Ingressos: R$ 80,00 (mezanino), R$ 100,00 (plateia inferior) e R$ 120,00 (plateia premium).
Bilheteria: de terça à domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 611
Acessibilidade: sim
Gênero drama/ suspense
Temporada: até 30 de junho

.: Regina Braga e Isabel Teixeira voltam com “São Paulo”, no Teatro Bravos


Grande sucesso de público e crítica, espetáculo teatral cheio de música, poesia, bom humor e histórias curiosas é uma celebração à cidade, sua gente e seus artistas. Esta é a última chance para ver Regina Braga em espetáculo que celebra São Paulo. Foto: Roberto Setton


Quem ainda não assistiu tem agora uma última chance de ver o espetáculo "São Paulo", estrelado por Regina Braga e dirigido por Isabel Teixeira.  O espetáculo poderá ser visto em todos os sábados e domingos de maio (de 4 a 26), na Sala Multiuso do Teatro Bravos (Complexo Aché Cultural, Rua Coropés, 88, Pinheiros). Ingressos já à venda online (https://bileto.sympla.com.br/event/93269) ou nas bilheterias do teatro.

Ao ver "São Paulo", o público descobre histórias encantadoras, garimpadas ao longo de anos, sobre uma cidade que assusta, desafia, acolhe, estimula e sempre surpreende. Dividindo o palco com Regina, um grupo músicos e atores formado por Xeina Barros (voz e percussão), Alfredo Castro (voz e percussão), Vitor Casagrande (voz, cavaquinho e bandolim) e Gustavo de Medeiros (voz e violão) traz à tona versos, contos e melodias que mostram uma cidade única, contraditória, misteriosa e muito divertida.

Desde a sua fundação, em 25 de janeiro de 1554, na área conhecida como Campos de Piratininga, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, onde já existia o Pateo do Colégio, a cidade de São Paulo tem vivido contínuas transformações, sempre acolhendo quem chega, multiplicando sua diversidade e acelerando sua evolução. Esta cidade ocupa o papel de personagem principal do espetáculo, que reúne histórias deliciosas como o relato do Padre José de Anchieta sobre subir a serra do mar (a pé!), a visão poética de Itamar Assumpção sobre o Rio Tietê, a reflexão de Drauzio Varella sobre os passarinhos (bem-te-vis, tico-ticos, sanhaços, sabiás...) que, teimosos, ainda insistem em morar na cidade, e outras preciosidades escritas por ninguém menos que José Miguel Wisnik, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Paulo Prado, Castro Alves, Paulo Caruso, Guilherme de Almeida, Plínio Marcos, José Ramos Tinhorão, Alcântara Machado, German Lorca, Frei Gaspar da Madre de Deus, Carlos Augusto Calil, Paulo Bonfim e Pedro Corrêa do Lago.

A ideia do espetáculo começou a tomar forma há dez anos, estimulada pela leitura do livro A Capital da Solidão, de Roberto Pompeu de Toledo. “Com este livro, a minha relação com a cidade mudou, passou a ser mais amorosa, de afeto mesmo, buscando entender os lugares descritos no livro, como a forca que existia na Liberdade”, revela Regina, que chegou em São Paulo aos 18 anos de idade e, como ela mesma diz, “foi ficando”. São Paulo, uma cidade que nasceu isolada, escondida e assim permaneceu por quase quatro séculos.

Ao longo da peça, (re)descobrimos a transformação da pacata vila com o ciclo do café, que fomentou estradas de ferro e estimulou a imigração; a fundação da Faculdade de Direito no largo de São Francisco, que impactou definitivamente em sua vida cultural e de lazer; o crescimento da cidade para além dos rios Tietê e Pinheiros; o surgimento das periferias a partir dos anos 30 e sua imensa força braçal e cultural; o carnaval do jeito bem paulistano e suas primeiras escolas de samba...

“A evidente paixão de Regina pela cidade de São Paulo é contagiante, conduz o fio narrativo e envolve completamente quem assiste ao espetáculo”, afirma a diretora Isabel Teixeira. Este afeto e este encantamento motivaram uma extensa pesquisa sobre a cidade e o que se escreveu e se cantou sobre ela, com inúmeras ideias anotadas - uma a uma, ano após ano - em um caderninho. Um processo de construção narrativa realizado com as pessoas e para as pessoas, que foi incorporando referências que vieram à tona em uma série de leituras realizadas na Casa de Mario de Andrade, na Biblioteca Mario de Andrade, na Casa das Rosas e em oito exibições no YouTube.

A própria Regina, responsável pelo roteiro, organizou tudo sobre uma ampla mesa, peça central no processo de criação e que acabou sendo o principal elemento cenográfico na montagem teatral, em volta da qual casos e lembranças são compartilhados e ganham calor, cor e som, como acontece mesmo em uma acolhedora mesa de roda de samba, daquelas que adoramos em um boteco ou no quintal de casa. Entre as pérolas resgatadas, São Paulo, Chapadão da Glória (Silas de Oliveira e Joaci Santana), Samba Abstrato (Paulo Vanzolini), Viaduto de Santa Efigênia (Adoniran Barbosa), O Mundo (André Abujamra), No Sumaré (Chico César), Vira (Renato Teixeira), Persigo São Paulo (Itamar Assumpção), entre outras. “A Regina é uma artista muito completa: escreve, canta, produz, sempre muito viva e inquieta. Eu me reconheço nessa inquietação”, complementa Isabel.

E é por inquietação e afeto que Regina compartilha também algumas de suas lembranças da cidade, como as chegadas de trem na Estação da Sorocabana (como era conhecida a estação Júlio Prestes), os jardins floridos dos casarões da Av. Angélica, a elegância nas ruas, a garoa, as águas que sumiram embaixo do cimento, com os rios subterrâneos e retificados, a efervescência do centro da cidade e de teatros como o Maria Della Costa, o Arena e o Oficina, a Escola de Arte Dramática que funcionava onde hoje é a Pinacoteca, as - também teimosas! - árvores da cidade: ipês brancos, roxos, amarelos; flamboyants vermelhos, alaranjados; tipuanas; jacarandás mimosos; sibipirunas com flores amarelas que imitam canários... Uma cidade sempre viva, estimulante e aberta, como o próprio espetáculo, como seus próprios habitantes. Parafraseando Itamar Assumpção, não é (só) amor, é uma identificação absoluta. São Paulo é Regina, São Paulo somos nós.


Sinopse do espetáculo "São Paulo"
Espetáculo teatral que passeia pelos encantos, mistérios e fatos curiosos da cidade de São Paulo, sua formação, suas transformações, sua gente, suas contradições, sua força. A cidade de São Paulo como personagem principal que ganha vida em textos e músicas garimpados ao longo de uma extensa pesquisa, apresentados de forma divertida, leve e surpreendente.


Sobre a atriz Regina Braga
Atriz formada pela EAD – Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), Regina Braga recentemente deu vida à psicanalista Ana Virgínia, na novela "Um Lugar ao Sol", na Rede Globo, onde participou também de "Por Amor", "Mulheres Apaixonadas", "Ti-ti-ti", "A Lei do Amor" e da série "JK". Atuou em mais de trinta espetáculos teatrais, entre eles "Chiquinha Gonzaga, Ô Abre Alas", de Maria Adelaide Amaral; "Uma Relação Tão Delicada", de Loleh Bellon; "À Margem da Vida", de Tennessee Williams; "Um Porto para Elizabeth Bishop", de Marta Goes. Por esses espetáculos, recebeu os prêmios de melhor atriz do ano. Nos últimos anos, em parceria com Isabel Teixeira, apresentou "Desarticulações", de Silvia Molloy e "Agora Eu Vou Ficar Bonita", escrito por ela e Drauzio Varella. Regina também integrou o elenco da série "Alice", na HBO.


Isabel Teixeira
Atriz formada pela EAD, foi assistente de Regina Braga no espetáculo "Totatiando", com Zélia Duncan (2011), dirigiu "Desarticulações", com Regina Braga e texto de Sylvia Molloy (2013); "Tudo Esclarecido", show de Zélia Duncan (2013); "Animais na Pista", de Michelle Ferreira (2014); "Agora Eu Vou Ficar Bonita", com Regina Braga e Celso Sim, roteiro de Regina Braga e Drauzio Varella (2014); "Fim de Jogo", de Samuel Beckett, com Renato Borghi (2016); "Lovlovlov, Peça Única em Cinco Choques", (2016); e "A Mulher que Digita", de Carla Kinzo (2017). Como atriz, atuou em "Puzzle (A, B, C e D)", sob a direção de Felipe Hirsch (2014); e "E Se Elas Fossem Para Moscou?", cumprindo temporada ao redor do mundo até 2020. Foi contratada, como integrante da Cia. Vértice de Teatro, pelo Teatro Odeon de Paris e pelo Le Centquatre-Paris para atuar no espetáculo "Ítaca", de Christiane Jatahy, que estreou em Paris em abril de 2018. Ganhou o prêmio Shell de Melhor Atriz por "Rainha(s)" (2009). Em 2019, escreveu e dirigiu a peça "People vs People",  que estreou em novembro de 2019, em Curitiba. Fez parte do elenco da série "Desalma", de Ana Paula Maia, direção de Carlos Manga Junior, e da novela "Amor de Mãe", de Manuela Dias, direção de José Villamarin. Recentemente, chamou a atenção de todo o Brasil pelo seu desempenho como a personagem Maria Bruaca, na novela "Pantanal" (Rede Globo), com direção de Rogério Gomes, e como Helena no remake da novela "Elas por Elas" (Rede Globo).


Ficha técnica
Monólogo "São Paulo". Elenco: Regina Braga, Vitor Casagrande, Gustavo de Medeiros, Alfredo Castro e Xeina Barros | Direção: Isabel Teixeira | Assistente de direção: Aline Meyer | Roteiro: Regina Braga | Colaboração no roteiro: Isabel Teixeira, Aline Meyer, Vitor Casagrande, Alfredo Castro, Guilherme Girardi e Mônica Sucupira | Colaboração artística: Monique Gardenberg | Iluminação: Beto Bruel | Cenografia e Figurino: Simone Mina | Assistente de Cenografia: Vinicius Cardoso | Gravuras: ateliê Fora de Esquadro – Isabel Teixeira (a partir de arquivos antigos, acervo pessoal e fotos de German Lorca) | Projeto Gráfico: Alexandre Caetano e Júlia Gonçalves (Oré Design Studio) | Fotos: Roberto Setton | Vídeo: Gislaine Miyono e Michel Souza | Operação de som: Alexandre Martins/ Pedro Semeghini | Operador de luz: Taiguara Chagas | Assessoria de Imprensa: Fernando Sant’ Ana | Produção Executiva: Rick Nagash | Produtora-Chefe: Anayan Moretto | Realização: Ágora Produções Teatrais e Artísticas

Serviço
Monólogo "São Paulo".
Teatro Bravos - Sala Multiuso
Complexo Aché Cultural (Rua Coropés, 88 – Pinheiros, São Paulo - SP)
Última temporada: de 4 a 26 de maio de 2024
Sábados, às 20h. Domingos, às 18h.
Inteira R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)
Horários da bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 19h, ou até o início do último espetáculo.
Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Vendas on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/93269
Informações ao público: (11) 99008-4859
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 176 lugares
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida
Recomenda-se o uso de máscara durante todo o espetáculo.
Estacionamento no Complexo Aché Cultural: R$ 39,00 (por até três horas)

.: Livro narra detalhes da mais violenta revolta de escravizados no Brasil


Uma revolta de escravizados propositalmente apagada da história do Brasil é resgatada em detalhes em "Revolta de Carrancas: o Silêncio ao Redor", livro escrito por Joaci Pereira Furtado e publicado pela editora Madamu. A reconstituição dos fatos sangrentos ocorridos em 13 de maio de 1833, na zona rural do atual município de São Tomé das Letras, em Minas Gerais – então parte da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Carrancas –, é o objeto desse livro do historiador, no livro que tem ilustrações de Francisco Silva Neto e prefácio de Rodney William Eugênio.

Furtado, que é graduado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto e mestre e doutor em História Social pela USP, conta que nunca ouvira falar dessa revolta até 2019, quando um primo jornalista a mencionou, além de revelar o parentesco dele com um dos empregados do barão de Alfenas, dono da fazenda Bela Cruz, onde o massacre aconteceu.

Com a curiosidade aguçada, ainda em 2019 Furtado passou a se informar sobre o motim. Foi assim que ele descobriu a pesquisa de Marcos Ferreira de Andrade, professor da Universidade Federal de São João del-Rei que em 1992 encontrou o processo judicial que sentenciou os revoltosos. Esse é o único documento que atesta e detalha o evento – atualmente interditado à consulta, devido ao precário estado de conservação.

De acordo com Furtado, o que mais choca é o silêncio sobre a Revolta de Carrancas. Apesar dos esforços de divulgação do professor Andrade, que já publicou livros e artigos a respeito, essa rebelião de pessoas escravizadas permanece desconhecidamdo grande público. Foi a partir das pesquisas de Andrade, pois, que Furtado escreveu "Revolta de Carrancas: o Silêncio ao Redor" – obra que resume e reflete sobre essa que foi a mais violenta insurreição de cativos no Brasil. E uma das mais desconhecidas.


A Revolta
Ocorrido no dia 13 de maio de 1833, o motim resultou na morte de dezesseis pessoas, das quais nove integravam a rica e influente família de Gabriel Francisco Junqueira (1782-1868), primeiro barão de Alfenas. A violência dos insurgentes – com requintes de crueldade, que incluía emasculação e decapitação das vítimas – não poupou nem crianças da casa grande, mobilizando dezenas de escravizados que explicitamente desejavam a eliminação física de seus senhores como forma de conquista da liberdade.

Liderada por Ventura Mina, escravizado africano de quem pouco se sabe, a Revolta de Carrancas terminou no mesmo dia, com a morte do líder em combate com as forças de repressão e com a prisão dos demais revoltosos. Dezessete amotinados foram  condenados à forca, na maior aplicação da pena de morte na história de sua vigência no Brasil. Nem mesmo a célebre Revolta dos Malês, em Salvador (BA), em 1835, teve tantos sentenciados à pena máxima.

A elite escravista ficou de tal modo chocada com a rebelião mineira que fez aprovar, no parlamento imperial, legislação ainda mais severa contra qualquer pessoa escravizada que atentasse contra a vida de seus senhores e familiares. Surge assim a “lei nefanda”, de 1835. Diante de tamanha violência, e principalmente do cuidadoso silêncio que a própria aristocracia fundiária da época ergueu sobre a insurreição, Joaci Pereira Furtado empenhou-se na escrita desse breve mas contundente texto, na expectativa de romper tal silêncio e popularizar a reflexão sobre os inúmeros significados da Revolta de Carrancas – cujas motivações ainda ecoam na sociedade brasileira.

Revolta de Carrancas: o silêncio ao redor é prefaciado pelo babalorixá e antropólogo Rodney William Eugênio, tem texto de orelha assinado pelo sociólogo Ricardo Antunes (Unicamp) e é ilustrado por Francisco Silva Neto, mestrando em Filosofia pela USP. A edição é bilíngue, com versão integral em inglês de Bruno Bortone Campos.

.: "E se Fôssemos Baleias?" mostra como é possível sonhar como contraposição


Dirigida por Fernanda Raquel e com dramaturgia de Victor Nóvoa, peça encerra a Trilogia do Acúmulo com crítica ao capitalismo de plataformas. Temporada estreia em 9 de maio no Sesc Pinheiros. Foto: Noelia Nájera


O coletivo A Digna apresenta o espetáculo "E se Fôssemos Baleias?", um olhar crítico sobre a mercantilização dos afetos e seu impacto nas relações humanas mediadas pelo mercado de dados. Com dramaturgia de Victor Nóvoa e direção de Fernanda Raquel, a peça estreia no Sesc Pinheiros em 9 de maio, permanecendo em cartaz até 15 de junho, com sessões quinta a sábado às 20h. Dia 30 de maio (feriado) haverá sessão às 18h.

O trabalho conclui a "Trilogia do Acúmulo", que questiona a lógica de eficiência e desempenho que captura os corpos e as relações sociais em "Verniz Náutico para Tufos de Cabelo" (2015), vencedor do Prêmio Aplauso Brasil de Melhor Dramaturgia em 2015, e "Insones" (2018), que teve sucesso de crítica e público em diversas cidades do estado de São Paulo.

A narrativa apresenta uma trabalhadora de um centro de distribuição de uma big tech, cuja rotina de 12 horas diárias é consumida pelo trabalho, deixando suas noites marcadas pela exaustão e insônia. Uma reviravolta ocorre quando ela finalmente consegue dormir e sonha que é uma baleia. Impactada profundamente por este sonho, comete um erro que resulta em sua demissão, desencadeando uma série de violências que a levam a perder as sensações do próprio corpo.

As atrizes Ana Vitória Bella e Helena Cardoso interpretam a protagonista juntas. A escolha de uma pessoa duplicada reflete a força representativa dessa personagem, que carrega elementos comuns a tantos trabalhadoras e trabalhadores atualmente. “O capitalismo de plataformas captura as nossas experiências de vida e as transforma em dados comercializáveis para grandes empresas. Tudo aquilo que sentimos, pensamos e desejamos se transforma em mercadoria. Não somos mais apenas consumidores, mas o próprio produto que é consumido”, explica o coletivo.

"A única personagem da peça, duplicada pela presença de duas atrizes – estratégia que nos ajuda a multiplicar as perspectivas – não consegue mais seguir com sua rotina diária depois de ter vivido a experiência de um sonho e percebe que a vida pode ser muito mais que a mera reprodução da máquina capitalista", completa a diretora Fernanda Raquel.

Essas novas dinâmicas sociais e de trabalho mudaram a forma como nos relacionamos social e politicamente. “Michel Foucault tem uma frase bem interessante sobre os corpos dóceis. Ele diz que quanto mais um corpo produz, menos ação política ele tem no mundo”, contextualiza A Digna. O conjunto de espetáculos é fruto de uma pesquisa de oito anos em parceria com a diretora e atriz Fernanda Raquel. E a peça que encerra a trilogia foca nas maneiras de se contrapor ao acúmulo capitalista a partir de elementos como a memória, o sonho e o tempo.  "Dirigir esta peça é poder ativar o sonho como uma tecnologia de transformação, um ato de resistência, que nos mova em direção a outros horizontes", fala Fernanda.

A encenação minimalista, com cenografia de Renan Marcondes e figurinos de Joana Porto, cria um universo poético, que destaca de forma sutil a transformação dos corpos, utilizando materiais que possam brincar com os efeitos luminosos. Além disso, a trilha sonora original, a cargo de João Nascimento, e a iluminação de Matheus Brant, desempenham papéis essenciais na criação deste universo onírico.

Este espetáculo foi contemplado pelo Edital Proac N.º 01/2023 – Teatro / Produção de Espetáculo Inédito do Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria da Cultura e Economia Criativa  e o Programa de Ação Cultural – Proac, com realização do SescSP.


Ficha técnica
Espetáculo "E se Fôssemos Baleias?"
Idealização e realização: A Digna. Dramaturgia: Victor Nóvoa. Direção: Fernanda Raquel Elenco: Ana Vitória Bella e Helena Cardoso. Produção: Carol Vidotti. Trilha sonora original: João Nascimento. Direção de arte: Renan Marcondes. Iluminação: Matheus Brant. Figurinos: Joana Porto. Trilha sonora original: João Nascimento. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Assistência de produção: Marô Zamaro. Assistência de figurino: Rogério Romualdo. Operação de som: Thiago Shin. Operação de luz: Matheus Brant. Colaboração poética: Maria Thaís.


Serviço
Espetáculo "E se Fôssemos Baleias?"
Estreia dia 9 de maio, quinta-feira, às 20h00.
Temporada: de 9 de maio a 15 de junho. Quinta a sábado, 20h00. Dia 30 de maio. Quinta, 18h00.
Duração: 65 minutos.
Classificação: 14 anos.
Sesc Pinheiros - Auditório - 3º andar
Rua Paes Leme, 195, Pinheiros
Ingressos: R$ 40,00 / R$ 20,00 / R$ 12,00

.: "Radical Optimism" de Dua Lipa, álbum que foi chamado de “felicidade pop”


Dua Lipa
acaba de lançar o aguardado álbum “Radical Optimism”. O novo projeto da artista traz 11 músicas, incluindo as estrondosas “Illusion” e “Training Season”, além do hit “Houdini”. “Eu compus esse álbum enquanto estava solteira”, diz Dua. “Sempre entrei no estúdio com alguma história engraçada e todas inspiraram músicas diferentes. Há uma honestidade que eu não tinha antes”, revela. Ao fazer o álbum, Dua trabalhou com uma equipe de colaboradores, incluindo Kevin Parker, do Tame Impala, Caroline Ailin, Danny L. Harle e Tobias Jesso Jr.

Sobre o projeto, a artista acrescenta ainda: “As origens e formas de trabalhar de todos combinaram muito bem, como amigos e musicalmente. Éramos muito abertos um com o outro e senti que naquela sala poderia ficar vulnerável e falar livremente sobre minhas experiências. A musicalidade disso parecia tão rica e emocionante, e eu queria mergulhar e fazer parte disso”.

Dua Lipa
 descreve “Radical Optimism” como um “pop psicodélico” e observa que há pausas musicais e uma mistura de sons diferentes. "Quando você ouve com os olhos fechados, abre um mundo muito visual”. O álbum foi inspirado na autodescoberta de Dua e fala da pura alegria e felicidade de ter clareza em situações que antes pareciam impossíveis de enfrentar. A Rolling Stone chamou o álbum de “felicidade pop”, ao mesmo tempo em que observou que o projeto é “único e totalmente Dua Lipa: pop dançante e confiante, cheio de frases espirituosas”.

No próximo sábado, 4 de maio, Dua retornará ao renomado programa de TV americano “Saturday Night Live”, onde terá dupla função como apresentadora e convidada musical da noite. A artista esteve no programa pela última vez em 2020, quando cantou “Don’t Start Now”, “Levitating” e fez sua estreia como Marjorie.

Dua Lipa anunciou recentemente a primeira série de datas da nova turnê, com shows em Berlim, Pula e Nimes, em junho, que já estão com ingressos esgotados. Além disso, a popstar fará sua estreia no Pyramid Stage, como atração principal da noite de sexta-feira, no Festival de Glastonbury deste ano, em 28 de junho, e fará um show no icônico Royal Albert Hall de Londres, no dia 17 de outubro, que também já esgotou os ingressos. Compre o álbum "Radical Optimism", de Dua Lipa, neste link.

"Radical Optimism" - Tracklist completa:

1. "End Of An Era"
2. "Houdini"
3. "Training Season"
4. "These Walls"
5. "Whatcha Doing"
6. "French Exit"
7. "Illusion"
8. "Falling Forever"
9. "Anything For Love"
10. "Maria"
11. "Happy For You"

.: "Star Wars Day": fã da franquia, Sérgio Cantú relembra dublagem de Kylo Ren


Emprestando a voz para o vilão Kylo Ren da última trilogia, o ator e dublador compartilha histórias dos bastidores e sua paixão pelo universo de Star Wars enquanto celebra o dia especial para os fãs da saga


A data de 4 de maio ganhou um significado especial para os fãs de cultura pop e de uma das maiores franquias da Disney. O Star Wars Day é celebrado não apenas pelos fãs da franquia, mas também por todos os profissionais que de alguma forma contribuíram com os filmes, incluindo o time de dublagem. A data em questão surgiu do trocadilho e com a semelhança sonora em inglês entre as frases "May The Force Be With You" (“Que a Força Esteja com Você!”) e "May The 4th Be With You" (“Que o 4 de maio esteja com você!”).

Fã de cinema, HQs e todo o universo de cultura pop, o ator e dublador Sérgio Cantú conta que a data de 4 de maio ficou ainda mais especial a partir do momento em que passou a emprestar sua voz para Kylo Ren, conhecido por ser o vilão dos últimos três filmes da franquia - "Episódio VII", "Episódio VIII" e "Episódio IX". Por conta da celebração da data, Sérgio relembra com carinho o personagem. “'Star Wars' é uma franquia pela qual tenho grande interesse, talvez devido a todas as informações e referências nerds presentes nas produções, além do apego sentimental de ser uma franquia apreciada pelos meus pais”, comenta o dublador.

Assim como muitos outros fãs, "Star Wars" está na vida de Sérgio Cantú desde antes de nascer. “Na época que meus pais namoravam, eles foram assistir 'O Império Contra-Ataca' no cinema, em 1980. Hoje, brincamos que eu posso ter sido concebido neste dia”, expõe em tom de brincadeira. Cantú acrescenta que assistia aos filmes da franquia desde a infância, muitas vezes na companhia do pai, que também compartilhava desse gosto especial pelo universo. Mas mesmo com o carinho pelos filmes, Cantú também relembra que nem sempre aproveitou ao máximo as sessões. “Quando mais novo, apesar de já gostar, algumas cenas, principalmente as com Vader, me causavam um pouco de medo”.

Contato profissional com a franquia - Cantú é conhecido por ser um dos dubladores e diretores de dublagem mais apaixonados por cultura pop. Fã assumido da Marvel e com um longo currículo de trabalhos para a Disney, de fato não foi a dublagem de Kylo que o tornou membro da equipe de Star Wars. Quando anunciadas as redublagens dos episódios I, II, III, IV, V e VI, Cantú comemorou ter sido a escolha para conduzir a direção, mas mesmo assim, não vislumbrava dar voz a um personagem da saga.

Com a chegada de Kylo Ren à franquia, Cantú acabou sendo escolhido para dublar o personagem após um pedido extra de testes para a voz. “Foi até muito por acaso, pois eu não tinha me colocado para fazer o teste, pois nunca tinha dublado o Adam Driver em nenhuma produção anterior. Quando a bateria inicial de testes foi recusada, acabei enviando um teste meu apenas para completar o pedido do cliente, isto porque havia ficado faltando uma das três vozes que deveria mandar para o teste. Acabei sendo surpreendido pela escolha da Disney que me aprovou e que me rendeu a realização de um projeto muito especial. Inicialmente, estava receoso, pois Kylo Ren é um personagem que carrega, de certa forma, o mesmo peso de Vader, mas no final deu tudo certo”, complementa Sérgio Cantú.

Ainda sobre o processo de dublagem, Cantú relembra que uma das curiosidades das produções de "Star Wars" é o sigilo com o qual os filmes chegavam ao estúdio de dublagem, muitas vezes repletos de tarjas apenas com a nítida visualização da boca do ator para permitir a sincronia. Próximo à estreia, ele recebeu um convite da Lucasfilm para assistir à primeira sessão do filme com os diretores em Los Angeles. Sérgio Cantú, após atuar na direção de redublagem, atuou na direção de dublagem de outros filmes da franquia, como o "Episódio VII", "Episódio VIII" e "Episódio IX". Entre os spin-offs, Sérgio também atuou na direção de dublagem e tradução de Rogue One, além de ter repetido o trabalho na live-action Obi-Wan Kenobi.

Sobre Sérgio Cantú
Com uma carreira de mais de 30 anos, além de tradutor e diretor de dublagem, Sérgio Cantú é apaixonado por cultura pop e responsável por ser a voz no Brasil de personagens como  Sheldon em "The Big Bang Theory", Andrew Garfield  em "O Espetacular Homem-Aranha", o personagem L em "Death Note", além de inúmeras dublagens como voz de Zac Efron, Shia Labeouf, Elijah Wood, Jesse Eisenberg, além de muitos outros. Dirigiu a dublagem da maioria das produções da Marvel Studios desde "Capitão América – O Soldado Invernal", passando por "Vingadores: Ultimato" e "Wandavision" até chegar em "Guardiões da Galáxia Vol. 3". Embora esteja no mercado da dublagem desde criança, também seguiu carreira no meio científico e tem Mestrado e Doutorado em Bioquímica pela UFRJ. É nerd de carteirinha e adora séries, RPG e boardgames.


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Filmes de sucesso como "Garfield - Fora de Casa" ("The Garfield Movie") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

.: Música: há 50 anos, calava-se a voz maravilhosa de Mama Cass


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Há 50 anos, Cass Elliot, mais conhecida como “Mama Cass” do grupo The Mamas & The Papas, saia de cena deste mundo. Tinha apenas 32 anos e uma curta carreira em grupo vocal e como artista solo. Mas deixou um inegável legado com o talento de sua voz e ao quebrar tabus e preconceitos na sociedade da sua época.

Feminista pioneira e ícone da cultura pop, ela foi uma das maiores cantoras de sua geração e a voz poderosa por trás de hits como “California Dreamin'”, “Monday Monday” e “Dream a Little Dream of Me” - canções essas que marcaram uma era musical, misturando os gêneros folk, rock e pop.

Nascida Ellen Naomi Cohen em 19 de setembro de 1941, Cass Elliot desenvolveu uma intuição para a boa música. Encontrando seu caminho na cena folk-rock dos anos 60, Cass se tornaria uma das vozes definidoras do movimento da contracultura e, mais tarde, uma presença querida na televisão americana.

Pessoas que a conheceram descrevem o magnetismo que ela gerava em torno de si, uma força de autodeterminação, humor e carisma que a acompanhou ao longo de sua breve carreira no show business. Ainda por cima era uma “casamenteira” nata, pois foi pelo menos parcialmente responsável pelas uniões do trio Crosby, Stills & Nash e do grupo The Lovin’ Spoonful.

No início, Cass teve uma experiência no teatro. Mas a partir de 1962, ela encontrou seu lugar na música, no caso, na música folk com o grupo The Big 3 e depois com o The Mugwumps, em paralelo com o auge da Beatlemania nos Estados Unidos.

Em 1965 ela se juntou com Denny Doherty, ex-colega de banda do The Mugwumps, que já havia feito parceria com John e Michelle Phillips do The New Journeymen. Estava formado o quarteto original que se chamaria The Mamas and Papas.

O grupo vocal obteve um rápido sucesso comercial após o lançamento de “California Dreamin'”, seu primeiro single, no final de 1965. A música terminou em primeiro lugar no Cash Box Year End Hot 100 e em décimo lugar no single Hot 100 de final de ano da Billboard de 1966. Outros sucessos como “Monday, Monday”, “Creeque Alley” e “Dedicated to the One I Love” atingiriam em cheiio as paradas americanas. Seu primeiro show foi realizado no mítico Hollywood Bowl e a banda encerrou o icônico festival pop internacional de Monterey em 1967, ao lado de artistas como Jefferson Airplane, The Who, Grateful Dead e Jimi Hendrix.

O grupo se separou em 1968 após gravar quatro álbuns. Enquanto isso, Cass escolheu conscientemente a maternidade solteira, e sua filha Owen Vanessa nasceu durante o último ano de Cass na banda. Além de enfrentar o então tabu social de ser mãe solteira, Cass decidiu seguir com sua tão esperada carreira solo.

No final dos anos 60, ela participava regularmente de programas noturnos populares de televisão americana, chegando a apresentar dois especiais de televisão no horário nobre em 1969 e 1973. A inteligência e a determinação de Cass valeram a pena; ela lançaria cinco álbuns solo e um single top 40, “Make Your Own Kind of Music”, antes de seu falecimento repentino em 1974, aos 32 anos de idade.

Cass Elliot faleceu em julho de 1974, após realizar um show em Londres, na Inglaterra, onde foi aplaudida por um numeroso público. Morreu dormindo no quarto de um hotel, vítima de insuficiência cardíaca devido a degeneração miocárdica provocada pela obesidade.

Por coincidência, quatro anos depois, nesse mesmo quarto de hotel, o baterista da banda The Who, Keith Moon, morreu em função de uma overdose de medicamentos para controlar o alcoolismo. O fato de ser obesa, fora dos padrões estéticos do show business, não impediu que ela brilhasse intensamente na música. Ela não só quebrou os tabus como ainda abriu caminhos para a presença feminina na música.

Sua obra musical permanece incrivelmente atual. Com sua interpretação singular, baseada na música dos anos 40 e 50 e na folk music, acabou se tornando referência para outras gerações. A cantora britânica Adele, por exemplo, mostra algumas influências da eterna Mama Cass. Se estivesse viva, talvez unisse forças com outros músicos de gerações mais recentes. Não é difícil imaginar, por exemplo, o duo Pet Shop Boys chamando Mama Cass para gravar alguma canção dançante bem ao estilo techno-pop.

Coube a filha de Cass, Owen Vanessa, manter vivo o legado da mãe, por meio de um site oficial (www.casselliot.com) e a representando por exemplo na indicação do Mamas & Papas no Hall of Fame do Rock. Recentemente Cass Elliot ganhou postumamente uma estrela na famosa Calçada da Fama de Hollywood, em solenidade com participação de Owen.

"It´s Getting Better"

"Dream a Little Dream Of Me"

"Make Your Own Kind of Music"

.: Critica: "Aumenta Que é Rock´n´roll" é filme brasileiro que empolga e orgulha

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em maio de 2024


O longa nacional "Aumenta Que é Rock´n´roll", dirigido por Tomás Portella ("Desculpe o Transtorno"), surpreende da melhor forma possível. Não por somente contar a aventura do novato radialista Luiz Antônio (Johnny Massaro), mas por levar para as telonas, junto a esse relato verídico, parte da história do rock brasileiro e também de como a essência do primeiro Rock in Rio se deu.

O longa que soma 112 minutos de duração, por vezes, faz remeter à melhor fase do canal televisivo MTV Brasil, embora tudo aconteça muito antes, nos anos 80. O toque mágico de puxar o público para embarcar na trama vem pela interpretação do talentoso elenco, tendo total destaque para o protagonista de Johnny Massaro ("O Pastor e o Guerrilheiro"). Solo ou em dupla, entrega cenas incríveis, principalmente ao lado de George Sauma ("Meu Nome é Gal") e Marina Provenzzano ("Bom Dia, Verônica"). O resultado é um filme que empolga e, com propriedade, entra na lista dos melhores filmes brasileiros, o que é um completo orgulho.

Em "Aumenta Que é Rock´n´roll" Luiz Antônio leva a paixão pelo rock'n'roll para a Fluminense FM  - popularmente conhecida como "A Maldita"-, uma rádio prestes a falir. Todavia, Luiz tem um sonho a concretizar. Assim, ele se vê coordenando uma equipe muito louca e com regras a serem discutidas -com direito a LP quebrando- como a de "tocou hoje, só toca amanhã". Ao criar uma das rádios mais emblemáticas da história do rock brasileiro, Luiz aprende a lidar com o amor do público e a dificuldade que uma relação amorosa pode reservar.

A produção com roteiro de L.G. Bayão entrega uma trilha sonora impecável e contagiante, com direito a ida ao primeiro Rock in Rio e, de quebra, uma cena de filme romântico. No elenco também estão João Vitor Silva, Adriano Garib, Orã Figueiredo, Felipe Rocha, Silvio, Guindane, Flora Diegues. Filmaço brasileiro imperdível!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Aumenta Que é Rock´n´roll" ("nacional"). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 16 anos. Duração: 1h52. Ano: 2023. Distribuidora: H2O Films. Direção: Tomás Portella. Roteiro: L.G. Bayão. Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor SilvaSinopse: Na década de 1980, Luiz Antônio é um atrapalhado radialista que inesperadamente se vê no comando de uma estação de rádio falida e caindo aos pedaços.


.: Bebê a Bordo na Cineflix Cinemas tem "Garfield: Fora de Casa"

Da Redação do Resenhando.com


Sexta-feira, dia 3 de maio tem sessão "Bebê a Bordo", na Cineflix Cinemas para a animação do gato mais preguiçoso e comilão, conhecido universalmente, "Garfield: Fora de Casa". Portanto, os ingressos da exibição que acontecerá às 14h00, podem ser comprados com antecipação por aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Em 1h41, a comédia infantil do rabugento guloso parte numa aventura com o verdadeiro pai, assim, aquele o mundialmente famoso gato de interior que odeia segundas-feiras e adora lasanha, embarca numa aventura selvagem ao ar livre. Contudo, Garfield, junto de seu amigo canino Odie, deixam a vida perfeitamente mimada para se juntarem a Vic em um assalto hilariante e de alto risco.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Garfield: Fora de Casa" ("Garfield The Movie"). Ingressos on-line neste linkGênero: infantil, comédiaClassificação: livre. Duração: 1h41. Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Mark Dindal. Roteiro: David Reynolds, Paul A. Kaplan, Mark Torgove. Dublagem original: Chris Pratt, Nicholas Hoult, Hannah Waddingham, Brett Goldstein, Cecily Strong, Bowen Yang e Luke Cinque-WhiteSinopse: Garfield tem um reencontro inesperado com seu pai, que estava há muito tempo desaparecido - um gato de rua todo desengonçado que atrai o filho para um assalto de alto risco.

Sala 2 (dublado) - Dia 1 de maio: 15h50 
Sala 3 (dublado) - Dia 1 de maio: 18h00
Sala 3 (dublado) - Dia 3 de maio: 14h00 - Bebê a Bordo
Sala 3 (dublado) - De 2 a 8 de maio: 15h00
Sala 4 (dublado) - De 2 a 8 de maio: 15h45 - 18h05 - 20h30



.: A edição especial de "S. Bernardo", de Graciliano Ramos, relançada pela Global


Mais do que apenas um romance, "S. Bernardo" é uma imersão profunda na alma do Brasil rural do século XX, uma obra que figura entre os grandes tesouros da literatura em língua portuguesa. Nesta obra-prima literária de Graciliano Ramos, agora relançada pela Global Editora, somos transportados para o intrincado universo de Paulo Honório, um homem de origens modestas que ascende ao status de poderoso fazendeiro em meio às vastas terras áridas do nordeste brasileiro.

Em sua jornada, o autor não apenas desvenda os infortúnios e as conquistas de Honório, mas também revela os meandros do mandonismo político que moldou a região nas primeiras décadas do século XX. “Em 'S. Bernardo', Graciliano Ramos atinge o auge de sua maestria estilística, revelando um escritor no auge de seus recursos", destaca o crítico literário Antonio Candido. Esta é uma história onde cada página é carregada com reflexões profundas sobre identidade, memória e o sentido da vida.

Esta edição especial da Global Editora, garante o tratamento cuidadoso merecido por esta obra singular. A capa é adornada com uma xilogravura do renomado artista pernambucano J. Borges. O volume também traz uma cronologia da vida e da obra de Graciliano Ramos e reproduções de páginas de um exemplar do livro com anotações do próprio autor, indicando alterações e correções a serem feitas em futuras edições.

Já o posfácio é composto por um estudo crítico assinado pela professora, pesquisadora e escritora Regina Zilberman. Regina oferece uma análise envolvente ao relacionar "Dom Casmurro", de Machado de Assis, com "S. Bernardo". Explore os segredos do poder, da paixão e da redenção nesta narrativa que transcende o tempo e o espaço, marcada pela genialidade única de Graciliano Ramos. Compre o livro "S. Bernardo", de Graciliano Ramos, neste link.


Sobre o autor
Graciliano Ramos (1892-1953) tornou-se um dos mais renomados escritores brasileiros do século XX. Nascido em Alagoas, destacou-se por sua prosa seca e realista. Além de escritor, foi prefeito de Palmeira dos Índios e teve uma trajetória política marcada pelo engajamento social. Sua contribuição à literatura brasileira continua a influenciar gerações de novos escritores e a formar mais e mais leitores. Garanta o seu exemplar de "S. Bernardo", escrito por Graciliano Ramos, neste link.


.: "Mundo Suassuna" viaja pelo sertão encantado do grande escritor brasileiro


Inspirado na obra de Ariano Suassuna, a encenação tem Marcelo Romagnoli na direção e dramaturgia. Em cena, os atores Fabio Espósito, Guryva Portela e Henrique Stroeter.

Em uma cruzada cheia de desatinos, reviravoltas e encontros extraordinários, um cavaleiro errante enfrenta enigmas, caveiras e uma onça malhada pelas estradas pedregosas do Império Consagrado do Sertão, em busca de uma coroa perdida. Este é o mote do espetáculo infantojuvenil "Mundo Suassuna" que faz duas apresentações no palco do Teatro Flávio Império, nos dias 4 e 5 de maio, sábado e domingo, às16h, com ingressos gratuitos.

Inspirado no universo literário do mestre das letras Ariano Suassuna (1927-2014), a montagem tem direção e dramaturgia assinadas por Marcelo Romagnoli e interpretação dos atores Fabio Espósito, Guryva Portela e Henrique Stroeter. A ficha técnica traz ainda o filho do escritor, Manuel Dantas Suassuna (criação de arte e pinturas exclusivas), a cantora e rabequeira Renata Rosa (trilha sonora original e voz em off), Silvana Marcondes (figurinos), Zé Valdir (cenografia) e Rodrigo Bella Dona (iluminação).

"Mundo Suassuna" é a primeira montagem destinada ao público infantojuvenil com aprovação da Família Suassuna. O texto, inédito, reúne motivações, imagens e personagens da obra do renomado escritor paraibano. Estão presentes referências e temas fundamentais da criação de "Suassuna: o Romance da Pedra do Reino", o impacto do circo, a guiança divina, os aspectos armoriais, as influências ibéricas e, principalmente, as inspirações de seu último romance, o monumental Dom Pantero.

A encenação explora a linguagem circense para trazer o humor, a poesia popular e o imaginário épico de Suassuna para as novas gerações por meio de uma aventura de cavalaria. São 12 personagens interpretados pelos três atores que revelam-se em pícaros, trovadores, galhofeiros, figuras do mamulengo e palhaços, com a total liberdade poética para acessar a espetacularidade da fantasia e da magia sertaneja do nosso povo tapuio-ibérico e reverenciar a obra genial de Ariano.

"Mundo Suassuna" oferece um tabuleiro de histórias no qual a mítica do sertão nordestino é o fio condutor, celebrando a força encantada do Brasil profundo. Montado em seu cavalo Pantero (referência ao Cavalo Marinho, brincadeira nordestina com origens ibéricas), esse príncipe sem rei (um Suassuna órfão de pai), carrega seu caderno e anota a vida, representando o viajante imaginário que precisa reencontrar a cultura popular. Em sua jornada o Cavaleiro atravessa a Cidade e o Sertão, enfrenta a Morte, decifra enigmas e é guiado pela Santa Compadecida. Sua aventura é escrita e documentada e o livro é sua obra, que será coroada na Festa do Meio-Dia.

Nesse passeio pelo universo de Suassuna, reverenciando seu “castelo” (obra), a encenação é repleta de signos e referências, como as figuras do mamulengo, bonecos e outros elementos da cultura popular, além de desenhos e gravuras que aparecem no cenário e no figurino. A música também vibra na estética da cultura ibérica-nordestina aos sons da rabeca, da viola e das percussões. O texto assemelha-se à literatura de cordel - com seu humor, suas rimas, seus versos dodecassílabos - para trazer o poeta, o palhaço e o profeta que vivem no “herói” Suassuna.

Ariano Suassuna e suas personagens farsescas são fundamentais à compreensão dos tributos fundantes do povo brasileiro, da gente real e do imaginário nacional. Paraibano, é um dos mais importantes escritores brasileiros e dono de uma escrita única. Autor de obras monumentais como Romance d'a Pedra do Reino e Auto da Compadecida, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1970, criou e dirigiu o Movimento Armorial, com o objetivo de valorizar os aspectos da cultura do Nordeste brasileiro, como a literatura de cordel, a música, a dança e o teatro, entre outros.


Sinopse de "Mundo Suuassuna"

Espetáculo inédito inspirado no universo literário do escritor Ariano Suassuna, que mostra os desatinos de um príncipe em seu cavalo, durante uma viagem pelas estradas pedregosas do Sertão, em busca de um reino perdido. Por meio do humor, da linguagem circense e da poesia popular, o imaginário épico do escritor paraibano é apresentado às novas gerações numa aventura de cavalaria cheia de mistérios, reviravoltas e encontros notáveis. 

Ficha técnica
Espetáculo "Mundo Suasuna". Direção e dramaturgia: Marcelo Romagnoli. Elenco: Fabio Espósito, Guryva Portela e Henrique Stroeter. Criação de arte e pinturas: Manuel Dantas Suassuna. Música original e voz em off: Renata Rosa. Figurinos: Silvana Marcondes. Costureiras: Celma Souza Aguiar, Dany Day e Roxana Jimenez. Adereços: Vinícios Debs e Silvana Marcondes. Produção cenográfica e adereços: Zé Valdir Albuquerque. Desenho de luz e operação: Rodrigo Bella Dona. Direção de arte: Equipe do Projeto. Ilustrações do kamishibai: André Kitagawa. Programação visual: Andrea Pedro. Assistência de produção: Madu Arakaki e Gabriela de Sá. Fotos: Erik Almeida. Design gráfico: Andrea Pedro. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção: Beijo Produções Artísticas. Projeto: Mundo Suassuna - Contemplado pelo Edital nº 06/2023, do ProAC Expresso, Programa de Ação Cultural, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.


Serviço
Espetáculo "Mundo Suasuna".
Ingressos: Gratuitos – Retirar 1h antes das sessões.
Duração: 60 min. Classificação: Livre (indicado para crianças a partir de 5 anos).
Dias 4 e 5 de maio – Sábado e domingo, às16h
Teatro Flávio Império
Rua Professor Alves Pedroso, 600, Cangaíba - São Paulo/SP
A 300 m da estação Eng Goulart da CPTM.
Telefone: (11) 2621-2719. Acessibilidade: Sim.
Capacidade: 206 lugares. Na rede: @teatroflavioimperio

.: Raphael Rossatto dá voz ao famoso gato laranja em "Garfield: Fora de Casa"


O gato laranja mais famoso do entretenimento está de volta! “Garfield: Fora de Casa”, o novo filme animado do personagem, chegou aos cinemas brasileiros no feriado do dia 1º de maio. A produção, que conta com roteiro de David Reynolds, de "Procurando Nemo" (2003), e direção de Mark Dindal, de "O Galinho Chicken Little" (2005), marca o retorno do personagem às telonas após uma longa espera dos fãs. Com a voz original de Chris Pratt, e um extenso currículo em dublagens, incluindo "Guardiões da Galáxia", Raphael Rossatto recebeu mais uma vez a missão de emprestar sua voz ao ator, agora dublando um dos gatos mais amados do cinema e da televisão. 

No longa, Garfield (dublado por Chris Pratt), o gato de estimação famoso por odiar segundas-feiras e amar lasanha, está prestes a ter uma aventura selvagem ao ar livre. Após um reencontro inesperado com seu pai há muito perdido, o maltrapilho gato de rua Vic (dublado por Samuel L. Jackson), Garfield e seu amigo canino Odie são forçados a sair de suas vidas perfeitamente mimadas para se juntarem a Vic em um hilariante e arriscado assalto.

Raphael Rossatto comenta que estava ansioso para poder revelar o trabalho. “Acho que já há uma expectativa do público quando há um trabalho com voz do Pratt e realmente recebi muitas perguntas se estaria na dublagem do personagem.  Mas como em qualquer outro trabalho, tive que conter a ansiedade para revelar”, brinca Rossatto.  O ator e dublador também comenta que “Garfield - Fora de Casa” também rendeu momentos especiais principalmente por colocar pai e filho trabalhando lado a lado. “Adoro realizar dublagem de animações e em Garfield foi ainda mais especial pois tive meu pai  dublando o Vic, que é  o pai do Garfield” comenta.   


Bastidores
Raphael Rossatto já soma mais de 24 produções como voz de Chris Pratt. “O desafio para fugir da voz do Peter Quill e de outros trabalhos dublando o Chris Pratt foi deixar a voz um pouco mais arranhada e mais preguiçosa, pois o Garfield é conhecido por ser um gato muito preguiçoso e por isso tentei brincar com essas nuances de voz”, finaliza. 

Sobre Raphael Rossatto
Nascido em uma família com origem circense, Raphael Rossatto começou cedo sua carreira artística, com passagens marcantes pelo circo e pelo teatro. Aos sete anos, ele já brilhava no espetáculo “Confissões Infantis”. Raphael se formou em dublagem em 2010, com mentoria dos dubladores Cláudio Galvan e Mabel Cezar. Nesse mesmo ano, iniciou sua trajetória na dublagem, rapidamente ganhando destaque ao emprestar sua voz para Flynn Rider nas canções do filme "Enrolados" da Disney. Além disso, Rossatto é conhecido por dublar Kristoff em "Frozen", Peter Quill (Chris Pratt) em "Guardiões da Galáxia", e Cisco Ramón em "The Flash". Recentemente, ele dublou o personagem Mario nos cinemas, reforçando a dublagem de Chris Pratt, e é o dublador de voz e canções do personagem Jaskier na série "The Witcher" e agora também a voz de Garfield. Celebrando seus 14 anos de carreira, Raphael também integra neste mês a Orquestra Petrobras Sinfônica.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Rivais" ("Challengers") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

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