quarta-feira, 1 de maio de 2024

.: Fernando Vilela dirige peça "Bash", de Neil LaBute, no Espaço Elevador


Peça estabelece diálogo com tragédias de Eurípedes para criar discussão sobre como a violência se naturaliza na sociedade sob a luz de diversas justificativas. Foto: Sara Ferreira


“Pessoas são pessoas. Fazemos coisas boas e ruins, às vezes até dentro das mesmas 24 horas. Pouquíssimos de nós são monstros, mas somos todos capazes de comportamentos monstruosos. Aperte os botões certos e podemos fazer escolhas imprudentes, se não absolutamente horríveis”
– Neil Labute


A naturalização e banalização da violência na sociedade em nome da manutenção dos privilégios de uma elite ultraconservadora é tema de "Bash", texto do dramaturgo e cineasta estadunidense Neil LaBute que acaba de ganhar uma montagem dirigida por Fernando Vilela. O espetáculo segue em cartaz até 12 de maio no Espaço Elevador, com apresentações aos sábados e domingos, às 19h00.

O trabalho começou a ser desenvolvido em 2022, quando Vilela estava finalizando uma temporada na Argentina e procurava um texto para viver novamente como ator. E, na montagem, ele também está em cena ao lado de  Filipe Augusto, Júlia Caterina e Malú Lomando. “Acho que muito do que eu sei como diretor, sei, porque, antes de qualquer coisa, sou ator - vejo e entendo as engrenagens de dentro. Quando encontrei Bash foi como um raio certeiro, luminoso e fulminante. Entendi que muito do que eu procurava já estava ali, organizado entre palavras e imagens titânicas, encadeado por mitologias e mortalidades descomunais. Aquilo que existe de mais contraditório e complexo em cada um, a própria existência. A vida na sua força elástica máxima”, comenta Vilela. 

O termo "bash", em inglês, pode ser traduzido tanto como o ato de se bater com força, esmagar e criticar quanto como uma festa, celebração, acontecimento. E o texto explora justamente o ponto de intersecção entre essas antíteses, expondo que essas forças binárias – o bem e o mal, a festa e a tragédia – coabitam dentro de nós. “É só apertar os botões certos”, como define LaBute.

A obra se divide em três cenas delineadas, sendo que duas delas dialogam diretamente com as tragédias gregas de Eurípedes, Ifigênia em Áulis e Medeia. Com isso, o autor destaca a continuidade da natureza humana ao longo dos séculos e sua potencialidade para a violência. LaBute, grande cineasta que é, constrói uma miríade de imagens vibrantes, furiosas para ancorar e corporificar a tragédia em uma realidade identificável, mostrando que ainda hoje estamos na iminência de um rompante.

Sobre essa atemporalidade das tragédias, Fernando Vilela comenta: “tudo está ali nas tragédias. Tudo. Nossos desejos, nossos ímpetos, nossos entraves, nossas desmedidas, nossas insistências. As consequências delas. Tudo. E acredito que elas sejam grandes mananciais para que qualquer dramaturgo, intérprete, pessoa possa olhar e metabolizar. Pois elas falam da gente. Do nosso estado-limite puro. Esse texto escrito em 1999, com o mundo apoiado em outros paradigmas, permitiu que a nossa relação com ele se estabelecesse de outra forma. Uma forma muito diferente de como olhamos para ele hoje em 2024”.

Na primeira cena, em “Ifigênia em Orem”, um homem conta como a morte de sua filha pôde lhe garantir a permanência no emprego e no estilo de vida que construiu ao longo dos anos para ele e sua família. Na segunda, “Um Bando Santos”, um casal universitário rememora o aniversário de namoro em uma viagem especial para Nova Iorque, até que um evento violentamente inesperado acontece. E, na terceira, “Medeia Redux”, uma mulher relata como foi seduzida por um professor em sua época da escola e como isso lhe rendeu uma série de consequências descomunais até resultar na mais drástica entre todas.

“O que mais me chama atenção no texto de LaBute é a forma corajosa com que ele coloca os assuntos na mesa. Suas personagens estão sozinhas, em situação limite, precisando falar. E falar não é fácil. Não tem rota de fuga, não tem desvio. Por isso, são trágicas. E toda essa realidade invocada em cena, acaba invocando outras realidades fora dela. Formando pontos de interseção, próximos ou distantes. Mas ainda sim sobre nós”, reflete Vilela. 

Ainda segundo o diretor, a montagem dialoga com questões que se mostram urgentes e severas para o nosso contexto atual no Brasil e no mundo, como a violência de gênero, a ascensão do conservadorismo no espectro político e a manutenção dos privilégios da branquitude. “A grandeza dessa obra de LaBute se dá pelos múltiplos aspectos que ela faz emergir, objetivos e subjetivos. Questões que continuam ruminando e efervescendo interna e externamente, no individual e no coletivo”, acrescenta.

Em relação à encenação, Vilela conta que optou por seguir um caminho apontado pelo próprio autor do texto no prefácio da obra, no qual diz que “parte da razão pela qual eu escrevi essas peças foi por uma tentativa minha de ver por quanto tempo eu conseguiria manter o interesse do público em cima de uma única pessoa […] em cena contando uma história”

“Não tinha como ser diferente. Estava aí a nossa coluna vertebral, a nossa linguagem - a raiz do teatro, dos mitos - uma pessoa contando para outras uma história. É o dispositivo mais simples e mais complexo ao mesmo tempo. Pois exige de ambos os lados ação. Falar, receber e elaborar juntos”, explica.

Já a cenografia “ou falta dela”, como brinca o encenador, está presente apenas para dar suporte a essa base. “Um espaço que ajuda a sustentar e a dar foco, igual a uma galeria de arte ou um estúdio fotográfico. Que tudo conflui para o objeto em destaque, mesmo no vazio. Algumas obras do Peter Welz (Alemanha), suas instalações fotográficas, serviram como referência para construir essa atmosfera”, antecipa.


Um pouquinho sobre Neil Labute
Premiado dramaturgo, cineasta e roteirista norte-americano. Suas peças incluem "Bash", "The Shape of Things", "The Distance From Here", "The Mercy Seat", "Fat Pig" (Oliver Award indicado em Melhor Comédia), "Some Girl(s)", "Reasons To Be Pretty" (Tony Award indicado como Melhor peça), "In A Forest", "Dark and Deep", uma nova adaptação de "Senhorita Julia" e "Reasons To Be Happy". Ele também é autor de "Seconds of Pleasure", uma coleção de contos, e recebeu em 2013 o Prêmio de Literatura da Academia Americana de Artes e Letras.

O trabalho de Neil LaBute no cinema e na televisão inclui "In the Company of Men" (Prêmio do Círculo de Críticos de Nova Iorque de Melhor Primeiro Filme e Troféu do Cineasta no Festival de Cinema de Sundance), "Seus Amigos, Seus Vizinhos", "Enfermeira Betty", "Possessão", "A Forma das Coisas", "Lakeview Terrace", "Morte no Funeral", "Some Velvet Morning", "Dez Por Dez", "Encontro Selvagem" ("Dirty Weekend"), "Full Circle", "Billy & Billie", e o recente, "House of Darkness". 


Sinopse de "Bash"
Composta por três cenas, "Bash" é um mosaico daquilo que é mais abafado e reprimido dentro de nós e que explode à superfície de maneira furiosa. Um homem conta como a morte da sua filha pôde lhe garantir a permanência no emprego. Um casal universitário rememora o aniversário de namoro em uma viagem especial até que um evento violentamente inesperado acontece. E uma mulher relata como foi seduzida pelo seu professor na época da escola e como isso lhe rendeu uma série de consequências descomunais até resultar na mais drástica entre todas.

Ficha técnica
Espetáculo "Bash"
Texto: Neil LaBute
Direção: Fernando Vilela
Elenco: Filipe Augusto, Júlia Caterina, Fernando Vilela, Malú Lomando
Luz: Ariel Rodrigues
Preparação vocal: Malú Lomando
Direção de arte: Fernando Vilela
Foto: Sarah Ferreira
Assistente de foto: Jefferson Ferreira
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Realização: Fresta

Serviço
Espetáculo "Bash"
Temporada: 13 de abril a 12 de maio
Aos sábados e aos domingos, às 19h
Teatro Elevador – Rua Treze de Maio, 222, Bela Vista
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)
Vendas on-line em Sympla
https://www.sympla.com.br/evento/bash-de-neil-labute/2389288
Bilheteria: Abre 1 hora antes
Classificação: 16 anos
Duração: 170 minutos (com 1 intervalo de 10min)
Capacidade: 45 lugares
Acessibilidade: sem acessibilidade

.: Intérprete do cotidiano, Manoel Carlos ganha homenagem em "Tributo"


“Amor, ódio, inveja e ciúme se parecem em todas as línguas, em todos os países, em todas as famílias”, diz Manoel Carlos. Foto: Globo/Estevam Avellar

Uma noite, na maternidade, Helena (Regina Duarte) obriga o médico César (Marcelo Serrado) a ser seu cúmplice e promover uma troca de bebês. Também no hospital, a jovem Camila (Carolina Dieckmann) chora copiosamente ao raspar os cabelos por conta dos efeitos colaterais de seu tratamento contra o câncer. Ou ainda, no meio da rua, Fernanda (Vanessa Gerbelli) não resiste ao ser atingida por uma bala perdida. Embora pertençam a tramas diferentes – respectivamente, "Por Amor" (1997), "Laços de Família" (2000) e "Mulheres Apaixonadas" (2003) – as cenas descritas acima remetem ao DNA inconfundível de seu criador, o novelista Manoel Carlos. Próximo homenageado de "Tributo", no episódio que vai ao ar nesta sexta-feira (3), após o "Globo Repórter", o dramaturgo tem como marca registrada a capacidade de retratar situações do cotidiano com extrema sensibilidade.

No episódio, Maneco, como é carinhosamente chamado pelos colegas de profissão, é reverenciado pelos muitos intérpretes que brilharam em suas tramas, em relatos exclusivos. Para Tony Ramos – que esteve em "Baila Comigo" (1981), "Felicidade" (1991) "Laços de Família" (2000) e "Mulheres Apaixonadas" (2003) – os trabalhos do autor se sobressaem pela capacidade de Maneco em prestar atenção à sua volta. “Antes de qualquer coisa, Manoel Carlos é um grande ser humano. Um exímio observador da natureza humana e daquilo que nos rodeia”, sintetiza. 

Conhecido por criar personagens femininas emblemáticas, o autor batizou a maioria de suas protagonistas como Helena. O fascínio que ele nutre pela mitologia grega e o fato de achar que este é um nome mais adequado para uma personagem do que para uma pessoa real ajudam a explicar essa repetição, que se tornou uma marca de suas obras, ao lado do cenário: o bairro do Leblon, no Rio de Janeiro.

Baseado na crença de que a função social de uma novela vai além da diversão, Manoel Carlos também é reconhecido pela inserção de pautas sociais em seus enredos. O episódio de "Tributo" resgata iniciativas bem-sucedidas, como o aumento expressivo de doações de medula óssea após "Laços de Família" ou a aprovação do Estatuto do Idoso, por conta da indignação com os maus-tratos de Dóris (Regiane Alves) aos avós em "Mulheres Apaixonadas".

Intérpretes de papéis inesquecíveis, diversos atores relembram a sua experiência no set de gravações e também nos bastidores. Deram depoimentos nomes como Christiane Torloni, Carolina Dieckmann, Susana Vieira, Alinne Moraes, Antonio Fagundes, Dan Stulbach, Deborah Secco, Gabriela Duarte, Giulia Gam, Júlia Lemmertz, Lilia Cabral, Mateus Solano, Mel Lisboa, Nívea Maria, Regiane Alves, Taís Araujo, Tony Ramos, Vera Holtz e Vivianne Pasmanter, além dos diretores Jayme Monjardim e José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. "Tributo" é uma série original Globoplay com redação de Isadora Wilkinson e Lalo Homrich, direção artística de Antonia Prado, direção de Matheus Malafaia e direção de gênero de Mariano Boni.

.: Tudo sobre o show de Madonna que será transmitido de graça na TV


Ela já está em terras brasileiras. E mesmo com uma agenda guardada a sete chaves, um compromisso da Rainha do Pop é mais que certo: no dia 4 de maio, Madonna tem um encontro com seus fãs nas areias de Copacabana e com todo o Brasil, através das telas da Globo, que prepara uma supertransmissão multiplataforma pela TV Globo, Globoplay e Multishow.

No comando do "The Celebration Tour in Rio" estarão Kenya Sade e Marcos Mion pela Globo em todas as suas telas - e ainda Marcus Majella, Laura Vicente e Gui Guedes pelo Multishow e Globoplay. A partir de 21h30, os fãs poderão curtir um aquecimento especial direto da praia de Copacabana, no Multishow e no Globoplay. E, quando chegar a hora do grande show começar, a TV Globo entra em cena para a transmissão completa do espetáculo, logo após a novela "Renascer".

Uma mega produção, para uma supertransmissão
Para a produção do show da Madonna, a Globo prepara uma cobertura multiplataforma, levando sua estrutura de grandes festivais de música, de alta tecnologia. O show será dirigido de uma unidade móvel, captado por mais de 30 câmeras e dezenas de profissionais estarão no local e na emissora, dando suporte ao time que estará na praia de Copacabana. Tudo pensado e planejado para levar os mínimos detalhes e proporcionar a sensação de estar presente nas areias da praia, mesmo para quem estiver em casa.

A transmissão tem direção geral de Pedro Secchin e direção de gênero de Raoni Carneiro, e ambos reforçam que fazer parte desse momento tem um gostinho diferente. "A Globo tem tradição na exibição de grandes eventos e tenho orgulho em dizer que temos uma estrutura e um time de altíssimo nível. Temos equipamentos avançados que atendem a todas as demandas técnicas para uma cobertura desse porte. Nosso objetivo é ampliar a experiência do nosso público, levar a emoção de quem está na arena e ser um elo real entre os fãs e seus artistas. E com certeza, quando alguém falar do show da Madonna no Rio, sabemos que será um privilégio dizer que estivemos lá e levamos isso para milhões de pessoas em todo Brasil, para além das areias da praia", celebra Raoni.

A apresentação será a única da cantora em toda a América do Sul, e os fãs brasileiros poderão ver a diva pop interpretar os maiores hits da sua extensa carreira. "A troca com o time da Madonna tem sido muito bacana. Além de excelentes profissionais, uma equipe muito carinhosa com todos. É um setlist composto só de sucessos, com músicas que ouvimos a vida toda. Ao mesmo tempo, existe uma complexidade, pela escala da turnê e sobretudo a expectativa de todos em assistirem o espetáculo. A gente é fã e trabalha para o fã, então quanto maior a expectativa deste fã interno e externo, maior é o nosso desafio para levar para casa das pessoas uma experiência inesquecível", conclui Pedro Secchin.

Duas produtoras da Globo - Valesca Campos, produtora executiva, e Maria Garcia, gerente de produção - são as responsáveis por planejar toda estrutura, logística e equipe para fazer uma transmissão desse tamanho acontecer. Ambas falam sobre o desafio e o sentimento de realização, que é comum a todos na equipe. "Para realizar uma transmissão da magnitude são necessárias muitas áreas trabalhando em sincronia perfeita. São mais de 200 profissionais, incluindo equipes de logística, figurino, caracterização e outras áreas para fazer isso acontecer. É uma megaestrutura local, com TV compound temporário que compreende camarins, salas de operação, caminhões satélite e geradores – e mais outra distribuída na emissora. Tudo isso apoiado por equipamentos de tecnologia para o broadcast. Ao mesmo tempo, é a realização de um sonho", fala Maria Garcia.

Valesca Campos, completa e reforça o discurso. “Participar desse momento épico da carreira da artista que sonorizou vários momentos da minha vida - e de tanta gente - será um dos maiores privilégios e desafios da minha carreira. Temos uma mega estrutura musical na Globo, e desejamos que tudo isso ajude a levar essa emoção para quem estiver nos assistindo”.

Jornalismo com cobertura especial
Após 12 anos, esta é a quarta passagem de Madonna para shows no Brasil, que já se apresentou no país com as turnês "The Girlie Show", em 1993, "Sticky and Sweet Tour", em 2008, e "MDNA", em 2012. Esse momento, claro, terá uma cobertura especial do jornalismo da Globo. Desde que Madonna chegou ao Rio de Janeiro, o jornalismo da TV Globo acompanha a sua movimentação pela cidade nos jornais locais e de rede e durante todo o sábado, 4, dia do show, traz toda cobertura em seus telejornais e em flashes na programação, com o serviço do show, orientando a população sobre como chegar em Copacabana e os moradores do bairro sobre o fechamento das ruas, atualizando sobre o esquema de transporte e segurança e mostrando a chegada do público ao evento com a ajuda do Globocop. À noite, Monica Teixeira apresenta o RJ2 direto de Copacabana.

Durante toda a semana, a GloboNews terá um repórter na porta do hotel para acompanhar a agenda da Madonna. No sábado, desde a manhã, repórteres acompanharão toda a movimentação no bairro e, durante o espetáculo, o canal terá um repórter na areia de Copacabana e outro em um ponto estratégico, com vista privilegiada de toda a praia. Às 16h30, no dia do show, o especial "Efeito Madonna" da GloboNews vai mostrar como a artista, com 65 anos de idade e mais de 4 décadas de carreira, segue mobilizando multidões ao redor do mundo, além da sua importância política; o movimento dos fãs; e sua influência artística, que revolucionou a indústria de grandes shows, deixando um legado para novos artistas, hoje consagrados. 

Entre os entrevistados, as cantoras Luísa Sonza, Luiza Possi e Daniela Mercury; Cecília Madonna Young, escritora, fã da cantora e filha da Fernanda Young; Luiz Oscar Niemeyer, responsável por trazer a Celebration Tour ao Brasil; Mariana Lins, pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco, autora da tese "A Estetização da Política na Performance de Madonna’; Mary Gabriel, autora da recém-lançada biografia ‘Madonna: Uma Vida Rebelde"; além de fãs e colecionadores.

Além da cobertura completa do evento, o G1 prepara diversas reportagens especiais sobre Madonna, incluindo os figurinos desta turnê, looks icônicos de Madonna ao longo da carreira, infográfico sobre 40 hits e personas que representam os 40 anos de carreira entre outras, além de um conteúdo interativo sobre que hit Madonna lançou no ano que você nasceu. Já no gshow o público poderá conferir a conteúdos no formato de listas, com curiosidades, trajetória da rainha do pop e vida pessoal da cantora. No dia do show, o portal fará a cobertura geral da apresentação em Copacabana. 

Serviço
O show "The Celebration Tour in Rio" será exibido pela TV Globo após a novela "Renascer", pelo Multishow após "TVZ especial Madonna"; e pelo Globoplay, que terá sinal aberto para não assinantes logados. Produzido pela Bonus Track, o desenho de captação está sendo concebido pela Globo em parceria com Jonas Akerlund, colaborador de longa data da cantora. A transmissão tem direção geral de Pedro Secchin, produção executiva de Valesca Campos e produção de Maria Garcia e direção de gênero de Raoni Carneiro.

terça-feira, 30 de abril de 2024

.: Egberto Gismonti volta a São Paulo para mostrar seu trabalho atual


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Um dos músicos mais conceituados do país está de volta aos palcos de São Paulo. O compositor, multi-instrumentista e arranjador Egberto Gismonti, com mais de 45 anos de carreira e mais de 60 discos gravados, é a atração do projeto Estação Brasileira, do Sesc Belenzinho, entre os dias 3 e 5 de maio, sexta e sábado, às 21h00, e domingo, às 18h00.

O músico carioca apresenta show inédito, dando uma prévia de seu novo álbum, cujo lançamento está previsto para ocorrer ainda em 2024. No repertório, além das composições inéditas, Gismonti interpreta alguns clássicos da sua carreira.  Seja qual for a fase a ser mostrada neste show, sempre haverá algo mágico e interessante para quem for conferir.

Egberto Gismonti, 77 anos, nasceu em Carmo, no Rio de Janeiro. Sua obra não comporta classificações de gênero. As fronteiras entre música popular e erudita são diluídas em suas músicas, trazendo uma sonoridade ímpar e original. Com formação erudita, o artista é notório pela pesquisa em música popular e folclórica brasileiras, além de ser um dos primeiros músicos do país a usar sintetizadores em seu trabalho. Além da vasta discografia, ele assina diversas produções e arranjos para outros artistas. 

Aclamado internacionalmente, Gismonti já apresentou sua música em várias partes do mundo, tendo discos lançados em países como França e Alemanha. É também autor de dezenas de trilhas sonoras para cinema, teatro, balé, séries de televisão e projetos de artes visuais. Impossível destacar um item apenas de sua extensa discografia, pois todo o material é interessante e relevante para o ouvinte.

Passa por uma rica obra autoral em discos como "Circense", "Em Família", "Mágico" e o antológico "Dança das Cabeças", ao lado do percussionista Naná Vasconcelos. E ainda inclui ótimas releituras da obra do compositor Heitor Villa-Lobos no disco "Trem Caipira". O show em São Paulo será uma rara oportunidade para o público conferir de perto a genialidade desse músico, cuja produção extrapola até as fronteiras do Brasil. Sua música é universal.

Serviço
Show Egberto Gismonti
Projeto: Estação Brasileira
Dias 3, 4 e 5 de maio de 2024.
Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h.
Valores: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada), R$ 15 (Credencial Sesc).
Ingressos disponíveis somente nas bilheterias das unidades Sesc.
Limite de dois ingressos por pessoa.
Local: Teatro (374 lugares). Classificação: 12 anos. Duração: 90 min.


Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700 
sescsp.org.br/Belenzinho  


"Palhaço"


"Baião Malandro"


"Mais que a Paixão"

.: História de amor de Marielle Franco e Monica Benicio contada por quem viveu


A história do amor de Marielle Franco e Monica Benicio é contada pela primeira vez pela viúva da vereadora que se tornou sinônimo de resistência política no livro "Marielle e Monica: uma História de Amor e Luta", lançado pela editora Rosa dos Tempos. Em 2004, quando Monica Benício topou passar o carnaval com as amigas numa praia em Saquarema, mal sabia ela que sua vida mudaria para sempre. Nessa viagem, outra convidada, até então desconhecida, roubaria sua atenção de forma arrebatadora. “Eu precisei levantar bem a cabeça e erguer meu pescoço para que meus olhos pudessem finalmente enxergar o rosto dela”, conta Monica. “Era uma mulher alta, linda, com sorriso largo e um brilho no olhar que parecia um farol. Tinha luz própria”.

Diante dela, surgiu uma jovem chamada Marielle, de apenas 24 anos, que seria sua companheira inseparável – não apenas daquele carnaval, mas da vida. Marielle e Monica logo se tornaram melhores amigas. E, dessa amizade, aos poucos, um amor genuíno foi ganhando espaço até o ponto em que tomou conta de tudo. Elas se apaixonaram perdidamente e deram início a um namoro às escondidas. No entanto, o jovem casal muito em breve se veria em maus lençóis.

Com dificuldades para afirmar a relação com Monica, Marielle tinha inseguranças que a afastaram da amada.A partir daí, deu-se uma sucessão de idas e vindas, que contaram com muitos períodos de afastamento e de reaproximação, ao longo de 14 anos de uma conexão intensa. Acontecesse o que acontecesse, elas se mantinham por perto, mesmo quando estavam vivendo outras relações. Até que, enfim, se acertaram. Monica estava ao lado de Marielle quando ela definiu que entraria para a política – decisão que mudaria não apenas a vida delas mas também marcaria definitivamente a história do Brasil.Pela primeira vez, Monica Benicio conta a história de amor que fez sua vida se entrelaçar com a de Marielle Franco.

Desde um quartinho na favela da Maré, que serviu de abrigo para encontros, até o gabinete 903 na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, onde Marielle Franco trabalhou, esta é uma história de amor emocionante e surpreendente, cheia de reviravoltas e fatos inusitados, que faz jus a qualquer novela de grande sucesso de público e crítica. Um amor tão profundo e bonito que, agora, conquistará leitores e leitoras pelos quatro cantos do mundo. Compre o livro "Marielle e Monica: uma História de Amor e Luta", de Monica Benicio, neste link.

O que disseram sobre o livro
“Nestas linhas, regida por uma coragem absoluta, Monica fala do seu desejo de morrer e do impacto arrasador do alcoolismo em seu processo de luto. Lutar por justiça por Marielle também foi lutar por sua sobrevivência. Ao concluir este livro, seis anos depois de sua perda dilacerante, Monica Benicio revela um feito enorme: sua pulsão e desejo da própria vida..” – Fernanda Chaves, jornalista, amiga do casal e sobrevivente do atentado que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes

“Monica teve que lutar fortemente, até pelo direito à sua viuvez. Tanto quanto lutou para viver seu grande amor. Pelo simples fato de serem duas mulheres. ‘A luta mudou nossa vida para sempre, mas também nos fez perder o medo de lutar.’ Este livro tem uma enorme importância também porque nos deixa conhecer e acarinhar esses fatos, esse amor inspirador, que se desdobrou em tantas lutas e nos deu uma aliada na vida como Monica Benicio.” – Zélia Duncan, cantora e ativista pela comunidade LGBTQIAPN+

“Um amor bonito de se ver. De se embebedar. De se compartilhar. Mari me apresentou Monica na Maré, e logo de cara me embebedei com pé sujo na cama delas. Monica ficou braba, e ali compartilhamos um amor que nunca teve fim. Ali eu conheci outra Marielle: mais intensa, mais linda, mais inteira. Um amor bonito de se ver..”  Talíria Petrone, deputada federal e amiga do casal Marielle e Monica

“Sabe um amor que vem tão forte, que contagia todo mundo em volta? […] Agora, com este livro, essa história fica registrada para sempre – o tempo de duração desse amor..”  Juliana Farias, antropóloga, lésbica e amiga do casal Marielle e Monica desde 2008

.: "Um Dia na Livraria Morisaki", de Satoshi Yagisawa, continua o sucesso


O escritor Satoshi Yagisawa retoma o palco e os personagens de "Meus Dias na Livraria Morisaki" para construir mais uma história que reflete sobre o poder da literatura como cura para relações difíceis e momentos angustiantes. "Um Dia na Livraria Morisaki" é a continuação do livro de sucesso que se passa em Jinbôchô, charmoso bairro de livrarias de Tóquio, um paraíso para os leitores. Um canto tranquilo a poucos passos dos grandes edifícios modernos, com vitrines cheias de livros, novos ou usados.

Entre elas está a livraria Morisaki, um estabelecimento intimista e especial. Um negócio familiar gerido por Satoru, que recentemente passou a contar com a ajuda de sua mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai administrar a livraria enquanto os tios viajam para celebrar o aniversário de casamento.

Takako instala-se mais uma vez no andar de cima da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico. Dessa vez, ela conta com novos amigos e novos rituais para compor a sua vida. Ela está entusiasmada, como fazia muito tempo não se sentia, mas… por que tio Satoru vem agindo de forma tão estranha? Com o passar do tempo, Satoru e Takako devem enfrentar a difícil escolha de manter a livraria aberta ou fechar as portas para sempre. Essa decisão os levará a uma jornada de volta às raízes da família e os lembrará do poder que uma livraria pode ter para a existência de um indivíduo, de um bairro e de toda uma cultura.

Satoshi Yagisawa constrói um cenário emocionante sobre como o amor compartilhado pelos livros reforça as relações cotidianas e sobre o ciclo da vida, no qual as pessoas partem e voltam, apaixonam-se e se desiludem, e eventualmente nos deixam para sempre. Compre o livro "Uma Noite na Livraria Morisaki", de Satoshi Yagisawa, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Yagisawa sabe exatamente o que fazer para levantar o astral do leitor.” - Publishers Weekly


Sobre o autor
Satoshi Yagisawa nasceu em Chiba, no Japão, em 1977, e vive em Tóquio. "Uma Noite na Livraria Morisaki" é a sequência de "Meus Dias na Livraria Morisaki", seu romance de estreia, também publicado pela Bertrand Brasil, ganhou o Prêmio de Literatura Chiyoda. Além disso, se tornou um best-seller mundial, ganhou uma adaptação para filme e já foi publicado em mais de 20 países.


Leia também
Em "Meus Dias na Livraria Morisaki", uma jovem de 25 anos leva uma vida relativamente tranquila em Tóquio até que o namorado, com quem ela também trabalha, anuncia que vai se casar com outra pessoa. Ela resolve sair do emprego e entra em uma profunda depressão, até que recebe uma ligação do tio que não via havia muitos anos, convidando-a a morar em um quartinho no segundo andar da livraria que está na família há três gerações. Compre o livro "Meus Dias na Livraria Morisaki", de Satoshi Yagisawa, neste link.

.: "Guerra Civil" segue na liderança das bilheterias do país e atinge 585 mil


Superprodução da A24 distribuída no Brasil pela Diamond Films, "Guerra Civil" ("Civil War") segue fazendo grande sucesso nos cinemas - leia a crítica neste link: "Guerra Civil" realiza possibilidades assombrosas colocando armas como lei. Desde a estreia, em 18 de abril, o filme registrou mais de 585 mil ingressos vendidos com uma renda de R$ 13,7 milhões. Ao longo do segundo final de semana de exibição (entre 25 e 28 de abril), o filme liderou novamente as bilheterias brasileiras, com 198 mil pessoas e renda de R$ 4,92 milhões. O Resenhando.com assiste a todos os filmes na rede Cineflix Cinemas Santos, que fica no primeiro andar do Miramar Shopping, localizado no bairro do Gonzaga.

Os excelentes números do longa levaram a Diamond Films a superar em renda e público, em quatro meses, o resultado de todo o ano de 2023. Até 28 de abril deste ano, a distribuidora arrecadou mais de R$ 46,5 milhões em ingressos, contra os R$ 41,4 milhões arrecadados em todo o ano passado. Considerando apenas o período de 1º de janeiro a 25 de abril, o crescimento foi de 275% de 2023 para 2024. Em termos de público, até 28 de abril de 2024, os filmes da Diamond Films atingiram 2.107.189 de pessoas, contra 2.100.161 em 2023.

Dirigido e roteirizado por Alex Garland (“Extermínio”, “Ex-Machina” e “Aniquilação”), "Guerra Civil" é estrelado por Kirsten Dunst, Wagner Moura e Cailee Spaeny e traz impressionantes cenas de ação e um clima de suspense crescente, ao retratar uma guerra sem precedentes nos Estados Unidos. Confira o trailer aqui e imagens em alta aqui. O longa-metragem acompanha um grupo de jornalistas que percorre os EUA em um futuro distópico, durante um intenso conflito que envolve todo o país. O elenco do filme tem ainda nomes como Stephen McKinley Henderson, Jesse Plemmons e Nick Offerman.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Rivais" ("Challengers") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

Trailer de "Guerra Civil"

.: "Irmã Selma", monólogo com Octávio Mendes, será apresentado em Santos


Após o sucesso de sua última passagem pela cidade de Santos, o ator Octávio Mendes retorna com o monólogo de personagens “Irmã Selma” nesta sexta-feira , dia 3 de maio, às 21h00, no Teatro Guarany, em Santos. Os ingressos estão à venda no site da Bilheteria Express, nos pontos de venda no Shopping Balneário e no CNA da Praia Grande.

"Irmã Selma" é um show de humor estrelado, escrito e dirigido por Octávio Mendes. Sucesso em São Paulo, ficou em cartaz no Teatro Gazeta por dois anos e está em turnê. O espetáculo reúne os inesquecíveis personagens criados pelo ator, como a Mônica Goldstein - uma apresentadora de um programa sensacionalista; o Ex-Gay - um cara que “mudou” de vez; a Maria Botânica - atriz e cantora; e a personagem que dá nome ao espetáculo, Irmã Selma - uma freira humorista.

Participou do espetáculo Terça Insana desde o início, onde permaneceu por quatro anos, e criou alguns dos personagens do show. A produção local e do ator e produtor cultural Luiz Fernando Almeida, da Cafofo Produções.


Sobre Octavio Mendes 
Ator, diretor e autor de vários espetáculos, Octávio Mendes é formado na Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD-ECA-USP). Participou do programa "A Praça é Nossa", com o personagem Seu Memê. Participou da temporada de "A Bela e a Fera", o musical da Broadway, que esteve em cartaz no Teatro Abril em São Paulo.

É um dos fundadores do espetáculo "Terça Insana", onde permaneceu por quatro anos, e, criou personagens como Irmã Selma, Maria Botânica, e Xanaína.  Largou o “Terça Insana” para trabalhar ao lado do comediante Sérgio Rabello, onde permaneceu por dois anos em cartaz com o espetáculo "Humor de Quinta".

No Teatro, estreou no espetáculo "Camila Backer, Lives in Concert", que lhe rendeu vários prêmios de Melhor Ator. Protagonizou ao lado de Ney Latorraca, o espetáculo "O Médico e o Monstro", com direção de Marco Nanini; esteve ao lado de Paulo Autran, em "Rei Lear", com direção de Ulysses Cruz.Fez o musical: "Ela é Bárbara", ao lado de Tônia Carrero e direção de Cecil Thiré. E voltando para a comédia musical, esteve em “Sonho de Uma Noite de Verão”, com direção de Cacá Rosset, no papel de Tisbe, entre outros.

Participou de várias novelas da Rede Globo, entre elas “Mulheres Apaixonadas” e “Da Cor do Pecado”. No SBT, fez a novela “O Direito de Nascer”, com direção de Roberto Talma; além da participação em vários programas de várias emissoras. Como autor e diretor, entre várias peças, destacam-se “Air Fly” e “Sacrilégio” por vários prêmios de Melhor Texto.


Serviço
Monólogo "Irmã Selma"
Sexta-feira, dia 3 de maio, às 21h00
Praça dos Andradas, 100  - Centro / Santos
Classificação: 14 anos
Duração 80 minutos

Ingressos à venda:
Bilheteria Express.com.br e nos pontos de vendas:
Shopping Balneário em Santos e CNA em Praia Grande.
Inteira R$ 80,00  e  meia entrada  R$ 40,00

Link Bilheteria Express
https://www.bilheteriaexpress.com.br/ingressos-para-irma-selma-teatro-guarany-comedia-35137019146952.html

segunda-feira, 29 de abril de 2024

.: "Virgínia Mordida", de Jeovanna Vieira: a estreia mais empolgante da literatura


Ao retratar um relacionamento marcado sobretudo pela violência psicológica, Jeovanna Vieira apresenta no livro "Virgínia Mordida", lançado pela Companhia das Letras, uma das estreias mais empolgantes da ficção brasileira. A capa é de Alceu Chiesorin Nunes e Omar Salomão. No romance, Virgínia é uma carioca convicta radicada em São Paulo, que trabalha como advogada de dia e desfruta da cidade à noite. Certa vez, no Aparelha Luzia, encontra Henrí, um ator argentino que ela conhecia de vista, com quem tem uma conexão imediata.

É apenas questão de tempo até que aquele relacionamento tão intenso ganhe contornos nocivos, acentuados por diferenças culturais, de gênero e de raça. E, enquanto os flashbacks mostram a história dos dois, uma celebração no Bosque da Saúde vira o palco de uma série de eventos que colocará o namoro deles inteiro em perspectiva.

Narrado com capítulos curtos em um ritmo vertiginoso, Jeovanna Vieira constrói uma obra de estreia aterradora, que explora a complexidade humana em todas as suas formas: nossas fragilidades e nossos defeitos, a capacidade que temos de infligir dor em nome do amor e, sobretudo, o poder de sermos resgatados, mesmo quando nos falta coragem. Compre o livro "Virgínia Mordida", de Jeovanna Vieira, neste link.


O que disseram sobre o livro
"Um romance que assombra pela descrição do horror do real. Um livro clínico aceso às discussões contemporâneas, que vão desde questões de raça a violências de um relacionamento abusivo. Jeovanna Vieira escreveu uma narrativa que flerta com a dramaturgia. Um livro de pausas, li querendo desler, desviver, ao mesmo tempo que fui seguindo página a página de modo compulsivo. 'Virgínia Mordida' é uma urgência, um alerta, um ebó." - Luciany Aparecida

"Relacionamento tóxico e violento é antigo demais para ser um acaso. Virgínia sabe e não se furta em amar quem a fisga. Mas há uma missão e ela é ancestral: 'firmar a minha geração e criar nódoa na memória dos galhos'. Romance galopante, sem rodeios. Nu, cru, imperdível." - Andréa del Fuego

Sobre a autora
Jeovanna Vieira nasceu em 1985, em Vila Velha, no Espírito Santo. Formada em jornalismo, é autora do livro de poemas "Deserto Sozinha" (Pedregulho, 2023). "Virgínia Mordida" é o romance de estreia da autora. A primeira versão da obra foi finalista do Prêmio Kindle de Literatura. Garanta o seu exemplar de "Virgínia Mordida", escrito por Jeovanna Vieira, neste link.

.: "As Coisas que Perdemos no Fogo": do conto de Mariana Enriquez para o CCSP


Com direção de Lara Duarte e atuação de Juliana Lohmann, espetáculo provoca público através de uma atmosfera asfixiante e humorada a pensar sobre religiosidade, aborto e violência de gênero. Foto: Marcelle Cerutti


O que aconteceria com a ordem social se as mulheres passassem a se atirar em fogueiras por conta própria? Este é o ponto de partida para o solo "As Coisas que Perdemos no Fogo", que tem sua temporada de estreia na Sala Ademar Guerra (porão) do Centro Cultural São Paulo, entre 4 e 26 de maio. A peça tem direção de Lara Duarte e atuação de Juliana Lohmann. Baseada no conto homônimo da escritora argentina Mariana Enriquez, a peça traz uma realidade distópica na qual mulheres passam a se atirar em fogueiras voluntariamente, como forma de protesto às violências a que são submetidas. 

Atear fogo no próprio corpo - e não morrer - se torna um contra-ataque à sociedade, que entra em colapso diante da necessidade de promover novas leituras ao dito feminino. Queimadas e desfiguradas, elas se tornam perigosas, sádicas, monstruosas. Simbolicamente indestrutíveis. “Quando chegaria o mundo ideal de homens e monstras?”, provoca Enriquez.

A peça, que tem dramaturgia assinada por Lara Duarte e dramaturgismo de Maya de Paiva e Juliana Lohmann, aborda também atravessamentos autobiográficos da vida da atriz. Os depoimentos pessoais se entrelaçam ao conto e levantam questionamentos acerca da religiosidade cristã, aborto, medicina e violência de gênero, trazendo humor, acidez e contudência para os temas. Além disso, o trabalho conta com direção de movimento de Castilho, acarretando para a obra uma importante camada dramatúrgica atrelada ao corpo e a movimentação. 

As diversas linguagens da cena também protagonizam o trabalho ao constituírem uma proposta instalativa marcada pela direção de arte de Victor Paula, ancorada na visualidade de diversas texturas de fios, cenário e figurino feitos com 25kg de cabelo. Assim como pelas composições sonoras autorais de Lana Scott e a iluminação criada por Maíra do Nascimento.

"As Coisas que Perdemos no Fogo" deseja instigar o espectador através de uma atmosfera tenebrosa, asfixiante e direta, assumindo como linguagem o realismo fantástico para trazer à luz questões urgentes do cotidiano. O espetáculo propõe uma discussão sobre as relações humanas para além dos limites de moralidade, justiça e ética costurando memória e ficção, realidade e distopia. Compre o livro "As Coisas que Perdemos no Fogo", de Mariana Enriquez, neste link.


Sinopse do espetáculo
Baseado no conto homônimo da escritora argentina Mariana Enriquez, o espetáculo "As Coisas que Perdemos no Fogo" traz uma realidade distópica na qual mulheres passam a se atirar em fogueiras voluntariamente, como forma de protesto às violências a que são submetidas. Garanta o seu exemplar de "As Coisas que Perdemos no Fogo", escrito por Mariana Enriquez, neste link.

Ficha técnica
Solo "As Coisas que Perdemos no Fogo"
Direção e dramaturgia: Lara Duarte
Dramaturgismo: Juliana Lohmann e Maya de Paiva
Direção de movimento e Preparação corporal: Castilho
Assistência de direção: Maya de Paiva
Performance: Juliana Lohmann
Desenho de luz: Maíra do Nascimento
Operação de luz: Maíra do Nascimento e Marina Meyer
Direção musical e sonoplastia: Lana Scott
Composições: Lana Scott e Natália Nery
Operação de som: Lana Scott e Viviane Barbosa
Preparação vocal: Natália Nery
Direção de arte: Victor Paula
Instalação cênica: Victor Paula
Cenotecnia: Anjelus Manuel e Edlene Sousa
Design de aparência: Victor Paula
Costura e desenvolvimento: Nilo Mendes Cavalcanti
Peruqueira: Kitty Kawabuco 
Design gráfico: Nina Nunes
Fotografia: Marcelle Cerutti
Contraregra: Jenn Cardoso
Estagiária: Larissa Siqueira
Produção: Corpo Rastreado - Keila Maschio
Assessoria de Comunicação: Pombo Correio 

Serviço
Solo "As Coisas que Perdemos no Fogo" - @teucorpoaofogo
Temporada: 4 de maio a 26 de maio
Às sextas-feiras e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h
Centro Cultural São Paulo - Sala Ademar Guerra (Porão) – Rua Vergueiro, 1000, Liberdade
Ingressos: Entrada gratuita. Retiradas de ingressos através do site: https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/ ou 1h antes do espetáculo na bilheteria física.
Duração: 75 minutos (1h15)
Classificação Indicativa: 16 anos (temas sensíveis, nudez)
Acessibilidade: espaço acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

.: A nova edição de "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", de Umberto Eco


O que é o texto de ficção? Em que medida ele difere da verdade histórica? O que ocorre quando o leitor mistura os papéis e considera como reais personagens fictícias? Estas e outras questões cruciais da arte narrativa são discutidas, de forma acessível e bem-humorada, por Umberto Eco, nestas seis conferências que realizou em 1993 na Universidade Harvard. Os textos estão reunidos no livro "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", que ganhou nova edição pela Companhia das Letras. A tradução é de Hildegard Feist.

De Esopo a Ian Fleming, de Edgar Allan Poe e Nerval aos modernos experimentos de Georges Perec, passando ainda pela Paris de Alexandre Dumas, o noticiário da Guerra das Malvinas, os filmes pornográficos e seus próprios romances, Eco investiga os diversos aspectos da leitura, expandindo nossa percepção não apenas do mundo ficcional, mas também da própria realidade. Compre o livro "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", de Umberto Eco, neste link.


Sobre o autor

Autor de diversos livros, entre eles "O Nome da Rosa", clássico da literatura universal, Umberto Eco foi um escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano de fama internacional. Foi titular da cadeira de Semiótica e diretor da Escola Superior de ciências humanas na Universidade de Bolonha. Garanta o seu exemplar de "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção", escrito por Umberto Eco, neste link.

.: Com glamour, "Backstage Manhattan" resgata anos 50 e estreia em São Paulo


Com dramaturgia de Paulo Emílio Lisboa e direção de Mauricio Guilherme, o espetáculo conta a história da atribulada vida de um roteirista de cinema, na charmosa Nova Iorque dos anos 50. Foto: Tiago Mendes


Todo o glamour e a busca pela fama numa Nova Iorque dos anos 50, década dourada para o teatro e o cinema norte-americanos, inspiram "Backstage Manhattan", com dramaturgia de Paulo Emílio Lisboa. O espetáculo tem sua temporada de estreia no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca, entre os dias 10 de maio e 28 de julho. A direção é assinada por Maurício Guilherme e o elenco, além do próprio Paulo Emílio Lisboa, traz Priscila Sol, Letícia Birkheuer, Cynthia Falabella e Anderson Di Rizzi.

A dramaturgia é livremente inspirada na trajetória e na figura de norte-americano Tennessee Williams (1911-1983), pseudônimo de Thomas Lanier Williams III, um dramaturgo e escritor norte-americano que viveu todo o auge dessa época. Ele ficou conhecido por ter escrito grandes peças, como “Um Bonde Chamado Desejo” (vencedora do prêmio Pulitzer de Teatro), “Gata em Telhado de Zinco Quente”, “A Descida de Orfeu” e “Anjo de Pedra”, além de dezenas de roteiros para o cinema.

“O Sr. Wiliams e seus textos, como as peças ‘A Dama da Bergamota’ e ‘A Mulher do Gordo’, foram as nossas maiores referências. Ele foi uma figura à frente de seu tempo, assumiu sua homossexualidade em plenos anos 50, quando isso ainda era crime em vários lugares dos Estados Unidos. E, claro, também nos inspiramos em Nova York e no cinema norte-americano. Exaltamos aquele glamour que não é puramente financeiro, mas comportamental – que foi se perdendo com o passar do tempo”, comenta o autor Paulo Emílio Lisboa.

A trama se passa em um prédio em Nova Iorque onde vivem o famoso escritor Sr. Williams e o ator John Puccini, grandes amigos e parceiros de trabalhos de bastante sucesso. Eles curtem uma vida badalada e glamurosa, regada a festas, jantares em restaurantes chiques, estreias, teatro e cinema, junto com outras grandes figuras da cidade como a atriz Vivian Leigh e o diretor Alfred Hitchcock.

Sr. Williams (Anderson di Rizzi) está sendo pressionado por seus produtores e por um estúdio de cinema para entregar o roteiro de seu próximo longa-metragem. E ele precisa ter muita paciência para receber os diversos artistas que o aguardam na entrada do prédio, como a atriz veterana Emily (Cynthia Falabella) e a sonhadora atriz aspirante Deise (Priscila Sol). Todos querem um personagem em uma das histórias do grande escritor. 

Deise sensibiliza Sr. Williams e ganha a chance de fazer um teste para atuar ao lado de John Puccini (Paulo Emílio Lisboa). Mas, a ciumenta Emily, ex-noiva do ator, está preparada para arruinar qualquer pessoa que se aproxime de seu amado. Cindy (Letícia Birkheuer) é uma mulher elegante, bonita, talentosa e cria uma relação de afeto com o Sr. Williams. 

A peça, segundo o autor Paulo Emílio Lisboa, fala sobre amor, desejo e o sonho com a fama. “Deise, assim como qualquer participante do 'Big Brother' nos dias de hoje, quer fazer sucesso de qualquer jeito. E todo mundo está lutando por seu lugar ao sol, tentando sobreviver, trabalhar honestamente, ter reconhecimento, ganhar dinheiro e sair na capa de revista. O texto fala sobre duas coisas inegociáveis: o sonho e o amor. E com isso não se brinca”, revela.

Lisboa ainda conta que todo o cenário e figurino da peça, assinados por Andrei Ara e Marcela Andrade respectivamente, resgatam o glamour da época. Já a iluminação, pensada por Wagner Pinto, explora bastante a penumbra, com luminárias da época e luzes de abajures. E a trilha sonora não podia ser diferente. “Os personagens vivem num apartamento ao lado do contrabaixista do Chet Baker e eles ficam ouvindo os ensaios desse grande trompetista e cantor ao fundo. Por isso, a trilha sonora vai ser recheada de jazz de alto nível”, antecipa o autor.

Em relação ao trabalho com os atores, ele conta que o grupo está trabalhando uma linguagem completamente realista, sob a direção de Maurício Guilherme, que também assina a trilha sonora da peça. “É uma atuação quase cinematográfica, sempre pautada pela verdade cênica, a vida como ela é”, acrescenta Lisboa. 

Sinopse do espetáculo
"Backstage Manhattan" se passa na Nova Iorque dos anos 50. Na corrida pelo Oscar de 1956, o famoso Sr. Williams está pressionado pelos seus produtores e pelo estúdio para entregar o mais breve possível o novo roteiro do longa-metragem. No mesmo prédio onde ele vive, mora o famoso ator John Puccini, grande amigo e parceiro de trabalhos de grande sucesso.  Juntos, Sr. Williams e John Puccini curtem a vida badalada e glamourosa de Nova Iorque. E o escritor precisa de muita paciência para receber diversos artistas que o aguardam na entrada do prédio, como as atrizes Deise e Cindy. Já a ciumenta Emily, ex-noiva de John Puccini, tenta arruinar qualquer pessoa que se aproxime de John, inclusive o próprio Sr. Williams. 

Ficha técnica
Espetáculo "Backstage Manhattan"
Dramaturgia: Paulo Emílio Lisboa
Direção: Mauricio Guilherme
Produção geral: Paulo Emílio Lisboa
Produção de elenco: Andrea Coelho
Elenco: Letícia Birkheuer (Cindy), Anderson Di Rizzi (Sr. Williams), Paulo Emílio Lisboa (John Puccini), Priscila Sol (Deise) e Cynthia Falabella (Emily)
Assistente de produção: Tatiana Marcaçalho
Figurino: Marcela Andrade
Cenário: Andrei Ara
Iluminação: Wagner Pinto
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Estagiário: Rodrigo Odone
Designer gráfico: Carlão Araujo
Trilha sonora: Mauricio Guilherme
Edição da trilha: Gigi Magno (Eletrola Produções)
Gestão de patrocínio: Doble Cultura | João Claudio Noronha


Serviço
Espetáculo "Backstage Manhattan"
Temporada: 10 de maio a 28 de julho
Sextas, às 21h00; Sábados, às 20h00; Domingos, às 18h00
Teatro Nair Bello - Shopping Frei Caneca - Rua Frei Caneca, 569, 3º Piso, Consolação / São Paulo
Ingressos: R$ 100,00
Capacidade: 200 lugares
Classificação: 16 anos
Duração: 80 minutos
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

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