domingo, 21 de abril de 2024

.: Entrevista: Eduardo Moscovis fala sobre a novela "Alma Gêmea"


Na imagem, Serena (Priscila Fantin) e Rafael (Eduardo Moscovis). Foto: Globo/João Cotta

Nos próximos dias, o público vai voltar a viajar pelos anos 20 e 40, com o casal Serena (Priscila Fantin) e Rafael (Eduardo Moscovis), em "Alma Gêmea" no "Vale a Pena Ver de Novo". A  partir do dia 29 de abril, a trama, criada e escrita por Walcyr Carrasco, com a direção artística de Jorge Fernando, volta ao ar dividida em duas fases, com início na década de 1920, e ambientada, na sequência, nos anos 1940. Na história, Rafael tem a chance de recomeçar, após ter sua vida marcada por uma tragédia. O botânico, que cria rosas, se apaixona por Luna (Liliana Castro), uma jovem bailarina doce e delicada. É amor à primeira vista. Logo, eles têm um filho, mas um assalto armado pela governanta da casa, a amargurada Cristina (Flávia Alessandra), provoca a morte da jovem. 

Vinte anos depois, o botânico é surpreendido pela chegada da empregada Serena (Priscila Fantin), que desperta sua atenção. Um sinal de nascença no mesmo lugar onde Luna levou um tiro, e outras semelhanças com a amada que se foi, o fazem acreditar novamente no amor. Para o autor da obra, Walcyr Carrasco, ver a novela ser exibida pela segunda vez no "Vale a Pena Ver De Novo" é uma alegria imensa. “Não tenho palavras pra expressar o que significa ver ‘Alma Gêmea’ de novo. Poder rever Serena e todos aqueles personagens e poder sentir a mesma emoção de quando eu escrevi a trama”, relata o autor. 

A novela conta ainda com Alexandre Barillari, Ana Lucia Torre, Ângelo Antônio, Drica Moraes, Elizabeth Savala, Emiliano Queiroz, Emilio Orciollo Netto, Erik Marmo, Ernesto Piccolo, Fernanda Machado, Fernanda Souza, Fúlvio Stefanini, Kayky Brito, Luigi Baricelli, Malvino Salvador, Marcelo Faria, Mariah da Penha, Rita Guedes, entre outros, no elenco. Criada e escrita por Walcyr Carrasco, com a colaboração de Thelma Guedes, direção deFred Mayrink e Pedro Vasconcelos, direção-geral e direção artística deJorge Fernando, a trama estreou em 2005, foi reexibida em 2009 na TV Globo, também no "Vale a Pena Ver de Novo", e no Viva, em 2022. Confira a entrevista abaixo com o ator Eduardo Moscovis.

Como construiu o Rafael de "Alma Gêmea", que fez tanto sucesso na sua carreira?
Eduardo Moscovis - Rafael é um herói clássico, um mocinho romântico clássico, potencializado por ser uma novela de época, o que ajuda bastante nesse romantismo. Ele é um cara muito ético, íntegro e perde o seu amor muito jovem. Passa uma grande fase da vida enlutado, com a casa fechada, deixa a barba crescer, não se relaciona com ninguém. É amargurado, triste, um personagem clássico e lindo que ainda cria rosas. Ele cria uma rosa branca, que simboliza o amor dele, esse amor eterno pela Luna.
 

Qual foi a cena mais difícil de gravar durante "Alma Gêmea"? E a mais divertida?
Eduardo Moscovis - A cena mais difícil foi a sequência final, próxima à morte do Rafael, do incêndio. É uma sequência mais delicada porque também tinha muita emoção. As cenas na pensão eram sempre muito gostosas de fazer, as com Ana Lucia Torre e Flávia Alessandra também, porque era uma mãe e uma filha, e elas eram as vilãs. Nos divertíamos quando a gente ensaiava com as maldades e as estratégias delas.

Quais foram os momentos mais difíceis de Rafael na trama?
Eduardo Moscovis - O Rafael passa muito tempo na novela nessa dúvida em relação a Serena. Tinham sequências longas e difíceis, em que ele ficava com muita dúvida, ficava angustiado. 


A novela fez muito sucesso. Como era a repercussão da personagem? Quais as principais lembranças que guarda desse trabalho e da rotina de gravação?
Eduardo Moscovis - Lembro muito do Jorginho, do Jorge Fernando, querido. Jorginho tinha um ritmo e um astral muito peculiar, muito dele. Ele imprimia um humor nas gravações, mas acho que o que mais me marcou foi a forma como fui convidado pelo Walcyr Carrasco. Eu estava gravando "Senhora do Destino", uma novela das nove, e estava viajando em turnê com um espetáculo que eu produzia, que era o "Tartufo". Eu gravava a novela no meio de semana até sexta-feira, e viajava os finais de semana em turnês pelo Brasil. O ritmo de trabalho estava muito puxado. Um dia saímos do estúdio encontrei o Walcyr sentado numa das cadeiras da sala de maquiagem. E Walcyr falou: “quero falar com você”. Aí me deu um nervoso. Eu pensei naquele volume de trabalho que eu estava e pedi cinco minutos. Ele já tinha o anel pronto e me contou rapidamente a sinopse. Tive menos de um mês entre o final da "Senhora do Destino" e o começo da gravação de "Alma Gêmea".
 

Como foi a parceria com o elenco?
Eduardo Moscovis - Foi ótima. Ela sempre muito querida, atenta, envolvida no trabalho, é parceira de jogo de cena. Foi muito bom trabalhar com a Priscila, como foi bom também trabalhar com a Flávia. Tínhamos um elenco muito potente, bom de contracenar. Com Liliana Castro também foi muito legal de trabalhar, ainda fiz um espetáculo com ela também. Ela fez um personagem muito difícil, muito delicado. Foi muito bom fazer.

Gosta de rever trabalhos antigos? De que forma mexem com você
Eduardo Moscovis - Eu não fico revisitando os trabalhos antigos. Eventualmente acontece, principalmente novela, que reprisa agora no "Vale a Pena Ver de Novo". "Alma Gêmea" certamente vou assistir bastante coisa, até porque gravo "No Rancho Fundo", e a novela vai passar enquanto espero para gravar ou estudo. Não mexe muito porque é um contexto, um momento, uma fase. Faz parte da vida. Às vezes remete para aquele momento pessoal que eu passei. 
 

Você estará no ar em "No Rancho Fundo" e em "Alma Gêmea". Já teve essa experiência? Qual a expectativa para as duas estreias?
Eduardo Moscovis - Esse tipo de situação não lembro de ter passado. "Alma Gêmea" tem quase 20 anos e é uma novela completamente diferente de "No Rancho Fundo". É uma novela de época, personagens diferentes um do outro. Não sei exatamente o que esperar, mas vai ser uma experiência que eu vou ter que passar, mas vai ser bom ver meus trabalhos, muito legais, cada um no seu lugar, na sua existência.


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sábado, 20 de abril de 2024

.: "Jenipapo Western", de Tito Leite, é um autêntico bangue-bangue nordestino


O poder, a opressão e a revanche compõem um cenário de violência e inconformismo no romance "Jenipapo Western", de Tito Leite. O livro é um autêntico bangue-bangue nordestino. Nele, os irmãos gêmeos Ivanildo e Sandro vivem em Jenipapo, cidadezinha árida do sertão nordestino. Trabalham, como quase todos ali, na lavoura de algodão. E também como quase todos, são explorados pelos figurões locais, em especial Roberto, o usineiro que detém o poder ao longo de todo o processo de produção e comercialização da matéria-prima. A capa é de Giovanna Cianelli. 

Os agricultores plantam, colhem e se submetem aos compradores, que estão sempre secundados por jagunços. Não há banco na cidade, e o pagamento vem com o rendimento das safras futuras. A sensação geral é de exploração pura e simples. Gerações inteiras parecem não sair do lugar. A modorra é econômica, social e emocional. Diante desse quadro, poucos — devido ao medo de violentas represálias — se articulam contra essa injustiça secular. Um dos raros a fazê-lo é Ivanildo, o “sonhador”, que não se conforma com a vida que ele e sua família levam, não admite ser comandado por pessoas brutais e sente-se cada vez mais impelido a falar sobre os desmandos e injustiças em Jenipapo. Claro que isso desagrada aos chefões. E num atentado planejado contra ele, acabam ceifando a vida de Sandro, o irmão gêmeo que sempre foi alguém conformado com a vida besta (e a iniquidade sem fim) do lugar.

A partir daí o leitor de Jenipapo western é engolfado numa espiral de violência e vingança — um acerto de contas familiar, mas também uma revanche sangrenta contra séculos de aviltamento. Com realismo seco mesclado a um tom lírico, repleto de cenas de ação e um olhar crítico sobre as desigualdades ainda muito presentes na sociedade brasileira, o livro de Tito Leite investiga a violência que perpassa a vida das pessoas comuns. Um autêntico bangue-bangue nordestino (que parece evocar tanto Sergio Leone quanto Graciliano Ramos), em que todos podem se tornar vilões ou heróis de uma hora para outra. Compre o livro "Jenipapo Western", de Tito Leite, neste link.


Sobre o autor
Tito Leitenasceu em Aurora, no Ceará, em 1980. É mestre em filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Poeta e ficcionista, é autor dos livros de poemas "Digitais do Caos", "Aurora de Cedro" e "A Palavra em Seu Deserto". Estreou na prosa em 2022 com o elogiado romance "Dilúvio das Almas", publicado pela Todavia. Garanta o seu exemplar de "Jenipapo Western", escrito por Tito Leite, neste link.

.: Entrevista: Rodrigo Simas, fora de "Renascer", volta a ser Hamlet no teatro


Sucesso com o  Venâncio de "Renascer", Rodrigo Simas comenta encerramento do ciclo na novela e volta para o teatro paulistano em nova temporada de "Prazer, Hamlet". Foto: Ronaldo Gutierrez

A morte de José Venâncio acontece nos próximos capítulos e Rodrigo Simas já se prepara para voltar ao teatro. Em maio, em São Paulo, ele reestreia o monólogo "Prazer, Hamlet". Dirigido por Ciro Barcelos, o ator se desnuda em seu primeiro monólogo que teve ingressos esgotados na primeira temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo. Se no teatro ele entrega tanto, na novela "Renascer", em que ele se despede, a rivalidade entre os Inocêncio e a família Coutinho atravessa gerações e desta vez fará mais uma vítima em "Renascer".

No capítulo previsto para ir ao ar na segunda, 22, Egídio (Vladmir Brichta) arma uma tocaia na estrada para se vingar de José Inocêncio (Marcos Palmeira) mesmo que o alvo seja um dos filhos do fazendeiro. A caminho da fazenda, João Pedro (Juan Paiva) dirige a caminhonete com o irmão, José Venâncio (Rodrigo Simas), no banco do carona. Depois que Buba (Gabriela Medeiros) dá um ultimato e põe o namorado para fora de casa, Venâncio repensa toda a situação e viaja para Ilhéus disposto a contar toda a verdade para "painho".

Mas um tiro certeiro de Egídio acaba com os planos. Aguardando à espreita, o coronel acerta não somente o carro, que faz João Pedro perder o controle e quase cair na ribanceira, como José Venâncio. José Inocêncio parece pressentir a tragédia e sai a galope em direção à estrada, mas só encontra o carro abandonado e conclui que algo grave aconteceu.

Ferido e perdendo muito sangue, Venâncio é acudido por João Pedro, que carrega o irmão, e consegue chegar à casa de Morena (Ana Cecília Costa) gritando por socorro. Delirando, Venâncio ainda chama por Maria Santa (Duda Santos), mas não resiste ao ferimento e morre antes da chegada de José Augusto (Renan Monteiro) ao local. Todos ficam chocados e incrédulos. Especialmente João Pedro, que se sente culpado pela morte do irmão e jura vingança.

"Renascer" é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Walter Carvalho, Alexandre Macedo, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon e Bruna Ferreira e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. A seguir, Rodrigo Simas fala sobre o trabalho em "Renascer".


Você se despede de "Renascer" nos próximos capítulos. Que análise você faz sobre a trajetória do José Venâncio na história?
Rodrigo Simas - José Venâncio estava vivendo crises. Sempre tentando acertar e curar alguns traumas, mas dificilmente conseguia. Ele teve uma trajetória de encontros e desencontros terminando a vida numa tocaia sem nem saber de onde surgiu, mas sendo a consequência por ser um Inocêncio.
 

O que mais te chamou a atenção no Venâncio?
Rodrigo Simas - O que mais me chamou a atenção no personagem foi observar como ele deixou de viver suas verdades e repetir padrões para agradar o próprio pai. Uma prisão dentro da própria cabeça.

De que forma as relações sociais com o pai, Buba, Teca e Eliana influenciaram a pessoa que ele se tornou?
Rodrigo Simas - Cada relação influencia de uma maneira diferente da outra. Mas todas são relações de convivências. Talvez o fato dele querer a aprovação dessas pessoas o fazia ter dificuldade de acertar nas escolhas.                 

Como foi gravar a sequência da morte de José Venâncio ao lado de Juan Paiva?
Rodrigo Simas - O Juan é uma pessoa admirável e um dos melhores atores da geração. Foi uma sequência difícil e trabalhosa. Não fizemos as cenas em ordem cronológica, viajamos para gravar na serra do Rio de Janeiro, mas conseguimos nos divertir.

E sobre a experiência de gravar dentro de um caixão durante o velório. Como foi?
Rodrigo Simas - Já havia morrido em cena uma vez, mas nunca tinha gravado dentro de um caixão. Sempre me perguntam se fiquei com aflição ou tive algum desconforto, mas não. Fiquei zero agoniado e tenso, pelo contrário. Estava confortável e ainda fecharam o caixão por alguns segundos. Em alguns momentos tinha vontade de rir durante os ensaios.
 

Você destacaria alguma cena mais marcante ao longo desses últimos meses?
Rodrigo Simas - Começando por essa cena inédita com Mainha (Duda Santos), que será a última cena de José Venâncio na história e que foi bem especial fazer. Mas destaco ainda as cenas do início da trama com a Buba (Gabriela Medeiros) e outras com a Eliana (Sophie Charlotte) também.


Quais são seus projetos após a novela?
Com o término da novela vou fazer Teatro. Dia 3 de maio já reestreia o meu monólogo: “Prazer, Hamlet” em São Paulo.

.: Taylor Swift lança álbuns “The Tortured Poets Departament” e se expõe mais


O tão aguardado 11º álbum de estúdio de Taylor Swift, “The Tortured Poets Departament”, chegou às plataformas de streaming na 1h00 da manhã (horário de Brasília) da última sexta-feira, dia 19 de abril, com 16 faixas. Para a produção do novo projeto, Taylor conta com seus parceiros habituais, Aaron Dessner e Jack Antonoff, além da participação e uma composição com Florence Welch, vocalista do grupo Florence + The Machine. 

Ouça e baixe aqui: https://taylor.lnk.to/thetorturedpoetsdepartment. Duas horas depois, a cantora apresentou uma versão surpresa do disco, com outras 15 faixas também inéditas. Ouça e baixe aqui: https://taylor.lnk.to/TTPD-theanthology. O novo single da cantora, “Fortnight”, uma composição conjunta de Taylor com Post Malone, está no Top 3 dos vídeos de áudio de música mais vistos do YouTube, ultrapassando 2.3 milhões de views. 

A página de contagem regressiva para o novo álbum de Taylor, quebrou o recorde de pre-saves no Spotify, sendo o álbum mais aguardado pelos usuários da plataforma. Versões físicas do álbum estão disponíveis para venda na UMusic Store, em versões em CD e vinil. As edições limitadas contam com capas colecionáveis e um livreto com as letras da músicas. Saiba mais aqui: https://www.umusicstore.com/Taylor-Swift.

A cantora divulgou o lançamento de seu novo trabalho durante a cerimônia do Grammy®, em fevereiro deste ano. Em suas redes sociais, a cantora definiu seu novo trabalho como "uma antologia de novas criações que capturam acontecimentos, opiniões e sentimentos de um momento tanto emocionante quanto melancólico". “The Tortured Poets Departament” chega 18 meses depois do aclamado álbum “Midnights”, de 2022.


Taylor Swift - “Fortnight” (feat. Post Malone) 



.: Entrevista: Priscila Fantin fala sobre a novela "Alma Gêmea", que estreia dia 29

 

Na imagem, a protagonista da novela com Elizabeth Savalla, em outro grande momento da carreira. Foto: Globo/João Miguel Júnior

Nos próximos dias, o público vai voltar a viajar pelos anos 20 e 40, com o casal Serena (Priscila Fantin) e Rafael (Eduardo Moscovis), em "Alma Gêmea" no "Vale a Pena Ver de Novo". A  partir do dia 29 de abril, a trama, criada e escrita por Walcyr Carrasco, com a direção artística de Jorge Fernando, volta ao ar dividida em duas fases, com início na década de 1920, e ambientada, na sequência, nos anos 1940. Na história, Rafael tem a chance de recomeçar, após ter sua vida marcada por uma tragédia. O botânico, que cria rosas, se apaixona por Luna (Liliana Castro), uma jovem bailarina doce e delicada. É amor à primeira vista. Logo, eles têm um filho, mas um assalto armado pela governanta da casa, a amargurada Cristina (Flávia Alessandra), provoca a morte da jovem. 

Vinte anos depois, o botânico é surpreendido pela chegada da empregada Serena (Priscila Fantin), que desperta sua atenção. Um sinal de nascença no mesmo lugar onde Luna levou um tiro, e outras semelhanças com a amada que se foi, o fazem acreditar novamente no amor. Para o autor da obra, Walcyr Carrasco, ver a novela ser exibida pela segunda vez no "Vale a Pena Ver De Novo" é uma alegria imensa. “Não tenho palavras pra expressar o que significa ver ‘Alma Gêmea’ de novo. Poder rever Serena e todos aqueles personagens e poder sentir a mesma emoção de quando eu escrevi a trama”, relata o autor. 

A novela conta ainda com Alexandre Barillari, Ana Lucia Torre, Ângelo Antônio, Drica Moraes, Elizabeth Savala, Emiliano Queiroz, Emilio Orciollo Netto, Erik Marmo, Ernesto Piccolo, Fernanda Machado, Fernanda Souza, Fúlvio Stefanini, Kayky Brito, Luigi Baricelli, Malvino Salvador, Marcelo Faria, Mariah da Penha, Rita Guedes, entre outros, no elenco. Criada e escrita por Walcyr Carrasco, com a colaboração de Thelma Guedes, direção deFred Mayrink e Pedro Vasconcelos, direção-geral e direção artística deJorge Fernando, a trama estreou em 2005, foi reexibida em 2009 na TV Globo, também no "Vale a Pena Ver de Novo", e no Viva, em 2022. Confira a entrevista abaixo com a atriz Priscila Fantin.

A novela fez muito sucesso. Como era a repercussão da personagem?
Priscila Fantin - 
A repercussão da personagem foi gigantesca, assim como a da novela. Passava no horário das seis e alcançou bons índices na audiência. Até hoje muita gente me chama de Serena. Foi uma personagem muito querida e que as pessoas têm muito carinho.
 

Qual foi a cena mais difícil de gravar durante "Alma Gêmea"? E a mais divertida?
Priscila Fantin - 
A mais difícil foi dentro da gruta azul, porque o acesso é muito restrito. É um lugar de conservação, não era um set fácil de transitar, não dava para colocar tripé nas rochas, luzes, câmeras, era uma equipe muito reduzida, a gente ficava lá muitas horas, até para ir ao banheiro era uma operação diferenciada, é um lugar muito preservado, conservado e com muitas regras para que ele continue sendo o que ele é, um santuário. É muito lindo. Um lugar de estudos e pesquisas.
 

Quais foram os momentos mais difíceis de Serena na trama?
Priscila Fantin - 
Eu acho que o momento difícil da Serena foi quando ela ficou presa, mais para o fim da novela, quando a Cristina (Flávia Alessandra) a sequestra. Ali foi difícil.
 

Como construiu a Serena de "Alma Gêmea", que fez tanto sucesso na sua carreira?
Priscila Fantin - 
Estudei toda a história da cultura e etnia que são os Kadiwéu e tive a oportunidade de visitar uma tribo Kadiwéu, onde Giovani foi batizado. Tive essa proximidade e vivência, e ainda o apoio de um antropólogo estudioso de cultura indígena, Giovani José da Silva.
 

Quais as principais lembranças que guarda desse trabalho e da rotina de gravação?
Priscila Fantin - Eu tinha muito prazer em gravar cenas de ação. Teve uma perseguição em uma fazenda que eu subia no telhado, cenas de nado que não podia mexer muito para não subir a areia e turvar a imagem, as cenas com os animais, arara, cobra, jacaré. Fomos em uma fazenda de jacarés. Eu gosto muito das cenas de ação, encontrava muito prazer em fazê-las.


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sexta-feira, 19 de abril de 2024

.: "Guerra Civil" realiza possibilidades assombrosas colocando armas como lei

 

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em abril de 2024


A realidade nua e crua de armas apontadas para matar civis, inclusive num povoado em que os habitantes chegam a aparentemente viver numa realidade totalmente paralela. Eis "Guerra Civil", o longa da Diamond Films e A24, protagonizado por Kirsten Dunst ("Entrevista com Vampiro", "O Sorriso de Monalisa") e Wagner Moura ("Tropa de Elite", "Praia do Futuro") em que o olhar jornalístico, isento, tenta contar uma história de enfrentamentos -e muitas mortes- entre o próprio povo americano que tanto ama o vermelho, branco e azul da bandeira dos Estados Unidos.

Após o presidente dos E.U.A. iniciar a trama ensaiando um discurso falso, uma sequência de cenas pavorosas quando a reivindicação de um povo é respondida com tamanho destempero dos que acreditam ter o poder de ditar a lei ali. Assim, enquanto a fotojornalista Lee (Kirsten Dunst) e o jornalista Joel (Wagner Moura) registram o caos urbano daqueles que estão, inclusive, sem água e ficam na mira de militares, entra para a trama a novata Jessie (Cailee Spaeny, "Priscilla"). Admiradora declarada de Lee, leva nas mãos a máquina fotográfica do pai que vive num lugar afastado como se aquela guerra não estivesse acontecendo.

Num hall de hotel, três jornalistas trocam provocações veladas: Lee, Joel e Sammy (Stephen Henderson). Afinal, o objetivo é o de cobrir os fatos com exclusividade. No dia de partida rumo a D.C. (Distrito de Colúmbia) para uma entrevista com o presidente, a dupla Lee e Joel, ganham a companhia de Sammy e Jessie, quem se mostra disposta a aprender a não se abalar diante das atrocidades que presencia.

No percurso, muitas mortes e ameaças tornam o longa dirigido por Alex Garland tenso até o fim de 1h49 de duração. Em "Guerra Civil" não há foco na motivação dos embates sangrentos entre os americanos de extremos diferentes, o que importa é o fazer jornalismo, retratando com isenção tudo o que presencia para que quem assista, com total liberdade, possa interpretar os fatos e tome -ou não- um lado para defender. 

A produção é simplesmente maravilhosa, não somente por ser nitidamente aberta a diversas interpretações, mas por ter a coragem de retratar a selvageria humana quando se tem uma arma carregada de balas em mãos. "Guerra Civil" tem o brilhantismo de Wagner Moura numa dobradinha incrível com a também talentosa Kristen Dunst. O resultado é um filmaço. Imperdível! 

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 



"Guerra Civil" ("Civil War"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama bélico, açãoClassificação: 14 anos. Duração: 1h49. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: A24, Diamond Films. Direção: Alex Garland. Roteiro: Alex Garland. Elenco: Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny, Stephen McKinley Henderson, Sonoya Mizuno, Nick OffermanSinopse: Num futuro próximo, uma equipe de jornalistas viaja pelos Estados Unidos durante uma guerra civil em rápida escalada que envolveu toda a nação.


Trailer de "Guerra Civil"

.: Dori Caymmi – 80 anos com Prosa e Papo, por Luiz Otero

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.


Não são muito músicos que chegam aos 80 anos ainda em plena forma, produzindo novas canções com a maestria de sempre. Dori Caymmi com certeza está inserido nesse seleto grupo, com seu mais recente lançamento, o álbum Prosa e Papo, que contou com participações de vários convidados especiais.

Das 11 canções do álbum, oito são inéditas: além do poeta e compositor Paulo César Pinheiro, Roberto Didio divide com Dori a autoria de duas canções.

Todas as músicas do disco são letras que Dori musicou de forma brilhante. O MPB4 surge na música título e também em “Um Carioca Vive Morrendo de Amor”, da safra recente de parcerias com Paulo César Pinheiro. A canção exalta o sentimento do cidadão carioca, amenizando um pouco as notícias que chocam os leitores de jornais e noticiários sobre o Rio de Janeiro. Nesta faixa participam ainda Joyce Moreno e Zé Renato (do Boca Livre).

Foto: Nana Moraes

Falando em Joyce Moreno, a cantora e compositora brilha ainda em “Evoé, Nação!”, faixa na qual divide os vocais com Mônica Salmaso. Duas vozes femininas que sempre abrilhantam as canções que ambas interpretam. Joyce e Mônica aliás já haviam participado juntas de um disco lançado em 2015, com textos de Mario Lago musicados por Dori.

O cantor Renato Braz dá voz a “Canto para Mercedes Sosa”, uma bela homenagem a cantora que foi uma das maiores intérpretes da América Latina. E o mais jovem dos convidados é o cantor e compositor João Cavalcanti, na bem humorada “Chato”. A gravação de “Canção Partida” conta com as participações de Ana Rabello no cavaquinho e Julião Pinheiro no violão 7 cordas.

O disco traz lembranças do pai de Dori, Dorival Caymmi, ao utilizar expressões que o velho mestre da MPB usava nas conversas. A sua voz grave e suave segue impecável, assim como o som inconfundível de seu violão. Prosa e Papo é um daqueles lançamentos para ser apreciado por todos que curtem uma MPB de qualidade.


Um carioca vive morrendo de amor


Prosa e Papo


Evoé Nação



.: "Tributo": homenagem a Lima Duarte inicia série na Globo. Confira entrevista!

Ator fala sobre a emoção de fazer parte do projeto. Foto: divulgação/Globoplay


Uma reverência ao legado de artistas apaixonados por seu ofício. Com essa perspectiva, ‘Tributo’ reúne um grupo de pessoas cujas trajetórias profissionais se confundem intensamente com a própria história da televisão brasileira e deixam marcas profundas na cultura da nossa sociedade. A série documental, que já conta com seis episódios no Globoplay, terá uma leva de quatro deles exibida na TV Globo, a partir desta sexta-feira, dia 19, após o ‘Globo Repórter’. Desta vez, irão ao ar as homenagens a Lima Duarte, Laura Cardoso, Manoel Carlos e Zezé Motta. Os episódios dedicados a Fernanda Montenegro, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, e Ary Fontoura irão ao ar na TV aberta em outras datas.

Além de um criterioso processo de pesquisa em diversas fontes – como o acervo da TV Globo, jornais, revistas e películas – foram captadas cerca de 10 horas de gravações inéditas para cada um dos convidados. Diretora artística de ‘Tributo’, Antonia Prado comenta o desafio de equacionar esse conteúdo em episódios que têm, em média, 70 minutos: “Tínhamos material para uma temporada inteira com cada um dos entrevistados. Escolhemos os momentos mais emocionantes e relevantes, como relatos de bastidores e marcos históricos, além de depoimentos inéditos feitos para a série”. Outro ponto de destaque foi tentar ambientar cada episódio de acordo com o homenageado. "Cada episódio traduz a personalidade de seu dono. Queríamos que eles estivessem à vontade. Lima Duarte, por exemplo, nos recebeu em seu sítio com os pés descalços", conta o diretor Matheus Malafaia.

O primeiro homenageado na exibição "Tributo" na TV Globo é justamente o de Lima Duarte. Aos 20 anos de idade ele estava presente na cerimônia de inauguração da TV Tupi – a emissora pioneira no país –, em 18 de setembro de 1950. De lá para cá, esbanjou versatilidade como sonoplasta, apresentador, dublador e diretor. Mas foi como ator que conquistou de vez o carinho do grande público, na pele de tipos como o Zeca Diabo, de "O Bem-Amado" (1973); Sinhozinho Malta, de "Roque Santeiro" (1985); e Sassá Mutema, de "O Salvador da Pátria" (1988). 

Entre os milhões de admiradores de Lima Duarte estão colegas de cena, como o amigo e vizinho Sergio Guizé, que, no especial, faz uma visita para o veterano em sua propriedade, localizada em Indaiatuba, no interior de São Paulo. “Quando conheci o Lima, ele já estava com seus 50 e poucos anos de profissão e falava que era o último trabalho dele. Até hoje ele diz isso. Mas aparece um personagem e ele fica doidinho. Não tem corpo mole. Você dá um papel e a pessoa vira o super-homem”, elogia. 

O programa ainda traz vários 'causos' contados pelo próprio artista e conta com depoimentos de pessoas próximas a ele. O episódio será dedicado à filha do ator falecida este ano. ‘Tributo’ é uma série original Globoplay com redação de Isadora Wilkinson e Lalo Homrich, direção artística de Antonia Prado, direção de Matheus Malafaia e direção de gênero de Mariano Boni. Confira a entrevista com o ator Lima Duarte!

 

Como foi receber a notícia de que seria homenageado em ‘Tributo’? 

Sou muito agradecido à Globo por me fazer participar de ‘Tributo’, afinal, são tantos anos. O momento mais surpreendente foi quando me permitiram falar da minha mãe e do meu pai. Pude falar dos meus entes mais queridos. Fiz com muito amor, mesmo porque, nesse momento da minha vida, só me restou a paixão pelas coisas finas. Como dizia Carlos Drummond de Andrade: “As coisas finas, essas ficarão”. 

 

Conte um pouco sobre seu encontro com Sergio Guizé. 

Foi muito agradável estar com ele mais uma vez. Nós fizemos uma parceria em ‘Caminho das Índias’ (2009), e depois em ‘O Outro Lado do Paraíso’ (2017), em que fomos para o Jalapão. Andávamos naquele calorão, naquela poeira imensa, esbatida sempre pelos sorrisos de compreensão e piadas que contávamos dia e noite. É muito prazeroso que eu, um velho ator, ouça o que pensam de mim os jovens. Pode ser muito bom, terrível ou surpreendente, mas sempre será útil e profundamente humano. 

 

Qual o maior legado de sua obra? Como espera ser lembrado pelas futuras gerações? 

Um cara que trabalhou muito, desde o primeiro dia de televisão. E até hoje está por aí fazendo umas caretas, em comunhão com o povo. Quero ser lembrado como um velho amigo que vem todas as noites contar, viver e ouvir histórias. Talvez, como dizia Fernando Pessoa: “As coisas que errei na vida / Sei que as terei na morte / Porque a vida é dividida / Entre quem sou e a sorte / As coisas que a sorte me deu, levou-as consigo / Mas as coisas que sou eu, guardei-as todas comigo”. 

 

Em que ‘Tributo’ se diferencia de outras homenagens que você recebeu? 

Acredito que uma das melhores coisas que a Globo faz, já fez e fará é o projeto ‘Tributo’. Não por minha causa, modéstia à parte, mas pelos meus companheiros que nos falarão de suas vidas, de suas histórias, de como vivem, de como chegaram até o coração de cada um dos telespectadores. Essa é uma conquista difícil: penetrar lá dentro. Cada um deles que você vai ver em ‘Tributo’ chegou até o coração do povo. 

 

.: "Em Formato de Urso" conta história real de superação de criança autista

Cerca de 2 milhões de pessoas são autistas no Brasil, índice que varia de 1% a 2% da população, de acordo com o CDC; livro estará disponível a partir de maio


Baseado em uma história real, o livro “Em Formato de Urso”, por Dawn Coulter-Cruttenden e lançamento da Catapulta Editores, narra a jornada de Jack, um garoto de sete anos que tem autismo e perdeu seu urso de pelúcia, chamado Urso. Quando Urso desaparece, Jack e sua família iniciam uma busca pelo animal de pelúcia que irá impactar diversas pessoas.

O transtorno do espectro autista (TEA) tem sido objeto de muitas discussões no Brasil, especialmente devido aos dados recentes que apontam a existência de cerca de 2 milhões de pessoas com autismo no país, cerca de 1% a 2% da população, de acordo com estimativa feita pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) nos Estados Unidos em 2021. Ainda de acordo com o CDC, em 2018, 1 a cada 44 crianças podem ter o transtorno.

Intitulado Abril Azul, o mês é voltado a conscientizar as pessoas sobre o autismo. "A obra Em Formato de Urso se propõe a contar de forma sensível e empática sobre a relação de uma criança com o seu urso de pelúcia, o melhor amigo e um objeto que ajuda Jack a se comunicar com o mundo", afirma a diretora da Catapulta Editores no Brasil, Carmen Pareras.

Urso, além de muito querido, também pode ser visto como um objeto regulador para Jack. Os objetos reguladores para crianças autistas desempenham um papel na promoção da autorregulação e no gerenciamento de estímulos sensoriais. Esses objetos proporcionam uma forma segura de expressão das necessidades sensoriais das crianças autistas, contribuindo para o seu bem-estar emocional. 

"Acompanhar a história de Jack após o sumiço do Urso nos faz embarcar em uma jornada de amor, perda e superação, por meio da empatia daqueles que se compadecem com o desaparecimento do bicho de pelúcia ao longo da narrativa do livro", explica Pareras. Além disso, é fundamental reconhecer que cada criança é única e se comunica com o mundo da sua própria maneira.


Você pode comprar “Em Formato de Urso”, por Dawn Coulter-Cruttenden aqui: amzn.to/3W6RiDR


Papel da literatura no crescimento das crianças autistas

A literatura é uma alternativa para crianças autistas, oferecendo oportunidades de compreensão e empatia. Livros que apresentam personagens com os quais as crianças autistas podem se identificar, como "Em Formato de Urso", proporcionam um espaço seguro para explorar experiências similares às suas.

Ao incorporar essas histórias à rotina das crianças autistas, elas têm a chance de desenvolver habilidades sociais e emocionais, ao mesmo tempo em que se sentem compreendidas. O contato com livros que falem sobre o autismo também podem ajudar a criança a compreender e antecipar eventos futuros, reduzindo a ansiedade e facilitando a adaptação a novas situações.

"A narrativa delicada da obra também pode ser importante para que as crianças como um todo tenham uma compreensão maior do autismo e possam acolher os colegas com mais empatia e cuidado", finaliza Pareras.

O livro estará disponível nas principais livrarias do país, tanto em lojas físicas quanto online, além do e-commerce da editora no distribuidoralibrum.com.br a partir de maio de 2024, com preços sugeridos ao varejo de R$69,90. 

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quinta-feira, 18 de abril de 2024

.: Resenha: "Névoa Prateada" é a busca de "amar e ser amada" de Franky

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em abril de 2024


"Névoa Prateada", dirigido por Sacha Polak ("Dirty God"), é um drama cheio de meandros conflituosos em que olhares falam muito, enquanto a jovem enfermeira Franky (Vicky Knight) busca pela realização da frase "amar e ser amada". Em contrapartida, mesmo após 15 anos, a moça segue focada, em encontrar e punir os responsáveis por um acidente que lhe deixou, inclusive, marcas no corpo -mas também na alma. Assim, a protagonista tenta ir em frente, apesar dos traumas.

Numa família despedaçada, uma vez que o pai saiu de casa, casou-se com outra mulher, tendo um filho e ignora completamente quem ficou no passado, Franky tenta, mas não consegue se entregar ao amor. Morando em um bairro no leste de Londres, seu parceiro tenta convencê-la de que a ama, ainda que não exista tal sentimento por parte dela. 

No entanto, exercendo a profissão, Franky conhece a paciente "suicida" Florence (Esmé Creed-Miles). Logo, a amizade entre as duas vira uma relação amorosa, mas a não aceitação dos familiares de Franky, leva as duas numa fuga para o litoral de Londres. Deixando para trás, a convivência com a irmã Leah, personagem que contribui muito para a trama e até um ataque a Franky e Florence.

A explosão de amor e cumplicidade das duas, sai do estágio da paixão virando ódio por parte da impulsiva Florence. Todavia, Franky já está na vida de Alice (Angela Bruce), que está com câncer, e o jovem Jack (Archie Brigden). Diante de uma nova realidade, Franky parte para o grande desafio do autoconhecimento e compreender seus dons especiais.

A trama que soma 102 minutos acontece diante dos olhos do público, às vezes, freneticamente, o que garante também uma bela fotografia -até psicodélica. Mas é a história principal e suas diversas reviravoltas, lançando provocativas dúvidas quanto ao amadurecimento emocional de Franky que une todas as pontas dos enredos secundários. O resultado é um lindo desfecho. Imperdível!

"Névoa Prateada" é um premiado drama LGBTQIA+ que estreia nos cinemas brasileiros em 18 de abril.


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: Névoa Prateada (Silver Hazer, 2023). Direção: Sacha Polak. Roteiro: Sacha Polak. País de origem: Holanda, Reino Unido, Duração: 102 min. Gênero: ficção, drama. Classificação: 16 anos. Elenco: Vicky Knight, Esmé Creed-Miles, Charlotte Knight, Archie Brigden, Angela Bruce. Distribuição: Bitelli Films. Sinopse: Franky é uma enfermeira de 23 anos que vive com a família em um bairro no leste de Londres. Obcecada por vingança e com a necessidade de encontrar culpados por um acidente traumático ocorrido há 15 anos, ela é incapaz de se envolver em um relacionamento com alguma profundidade, até que se apaixona por Florence, uma de suas pacientes. As duas fogem para o litoral onde Florence mora com a família. Lá, Franky encontrará o refúgio emocional para lidar com as questões do passado.

Trailer



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.: Sesc Vila Mariana estreia "Primeiro Hamlet" em 11 de maio

“Primeiro HAMLET”, de William Shakespeare, estreia no dia 11 de maio na sala Antunes Filho, no Sesc Vila Mariana. Gabriel Villela encena a primeira versão conhecida de Hamlet, mais célebre tragédia de William Shakespeare.  Chamada de primeiro in-quarto (Q1) pelos especialistas, a tradução para o português chegou aqui apenas em 2014, pelas mãos do doutor em literatura inglesa e norte-americana José Roberto O´Shea

Foto: João Caldas


A peça traz Chico Carvalho no papel de Hamlet. Essa é a sua sexta parceria com o diretor, sendo a segunda montagem de Shakespeare (a primeira foi A Tempestade).  Na opinião do ator, as personagens do dramaturgo inglês são como “um prisma cujas diversas faces são iluminadas por seus versos, daí sua riqueza imensurável”.  O elenco também conta com outros grandes atores. Elias Andreato interpreta Corambis (chamado de Polônio nas outras versões), Claudio Fontana faz o Rei Cláudio e, ao seu lado, como Rainha Gertred (Gertrudes, nas outras versões), está Luciana Carnieli.  Ciça de Carvalho é Ofélia.  Ivan Vellame faz o melhor amigo do protagonista, Horácio; André Hendges, o irmão de Ofélia, Laertes; Gabriel Sobreiro e Breno Manfredini são os colegas de Hamlet, aqui chamados de Rosencraft e Gilderstone; por fim, João Attuy interpreta tanto o Coveiro, quanto o invasor norueguês, Fortimbrás. Não menos importante, visto que o diretor tem especial apreço pela musicalidade em todos os seus trabalhos, Dan Maia executa a trilha sonora ao vivo.  

Uma das peculiaridades dessa montagem é a escolha do texto.  Poucas pessoas sabem que há três versões da mais famosa tragédia do bardo, chamadas respectivamente de Q1 (de 1603), de Q2 (de 1604) e de Fólio (de 1623), todas autênticas, conforme atestado pelos estudiosos da área.  Elas diferem sobretudo em extensão, sendo que a primeira tem metade dos versos do Fólio, a mais conhecida e montada entre nós.  A diferença de tamanho torna o “Primeiro Hamlet” mais ágil e menos metafísico.  “A convivência de múltiplas versões era comum no período Elisabetano-Jaimesco”, explica José Roberto O´Shea.  Já Gabriel Villela afirma ter escolhido a primeira delas, não por ser menos conhecida e inédita em São Paulo, mas porque “é a fonte primordial, de onde nasce água pura capaz de purificar, hidratar o rosto das almas, Hamlet!”.


Sobre a encenação

Os atores narram e dramatizam a tragédia shakespeariana sobre um palco coberto por troncos de árvores carbonizadas, ou o que sobrou de uma floresta queimada. J. C Serroni inspirou-se na paixão do autor por florestas, facilmente identificada no protagonismo que exercem em Sonho de Uma Noite de Verão, ou na força trágica que tem em Macbeth.  Uma cama, também carbonizada, é manipulada para sugerir diferentes ambientes, chegando a funcionar como um pequeno palco dentro do grande palco para acolher cenas emblemáticas da tragédia.  

Na concepção de Gabriel Villela, a devastação da natureza sobre a qual se desenrola a trama é uma alusão aos desafios impostos pelo Antropoceno.  O diretor diz ter ficado especialmente comovido com as queimadas no Cerrado, no Parque Nacional das Emas “que trouxe a terrível imagem de um Tamanduá carbonizado.  Essa foto girou o mundo, tornou-se um incêndio simbólico”.  Já o diretor-adjunto, Ivan Andrade, entende que esse texto, “como qualquer clássico, absorve questões do tempo em que está sendo montado.  Colocar Shakespeare, que, nas palavras de Harold Bloom, inventou o homem, em sobreposição a essa destruição causada pelo próprio homem deflagra a necessidade de reflorestamento não apenas das nossas florestas, como também do imaginário.  O colapso ambiental é humano, e é sobretudo da imaginação”.

Gabriel Villela conta que a escolha do elenco deu-se pela voz dos personagens: o desenho da voz de cada ator auxiliou na formação final desta equipe. “No Brasil, a voz foge de convenções inglesas, americanas; o nosso método é Dercy Gonçalves e Grande Otelo, é circo. Isso implica em outra lógica para essas escolhas e faz com que caiba o melodrama do circo na cena da peça dentro da peça, por exemplo”.  Para trabalhar as vozes, Villela contou com sua parceira de muitas décadas, Babaya Morais, além de Dan Maia, ambos responsáveis pela direção musical. A maior parte das músicas é cantada em latim ao vivo pelos atores. O ponto de partida é o cantochão gregoriano, que vai ganhando polifonia ao longo da tragédia.

Os figurinos são, como sempre, assinados por Gabriel Villela, e a luz é de Wagner Freire. 

Para Chico Carvalho, “o Hamlet aqui não é uma versão minha, mas, principalmente, produto da linguagem do Gabriel.  Estamos a favor de uma maquinaria, de uma linguagem.  Com essa premissa, a gente se livra um pouco dessa enrascada de tentar definir o personagem, porque ele é indefinível”.

Sinopse

O jovem príncipe Hamlet da Dinamarca depara-se com o espectro de seu pai, que revela que seu irmão Cláudio, tio de Hamlet, agora casado com Gertred - mãe do Príncipe, o envenenou. Atormentado com esta descoberta, Hamlet cria um plano para testar a veracidade do crime narrado pelo fantasma de seu pai e vingar seu assassinato.


Sobre Gabriel Villela

Artista de teatro, diretor, cenógrafo e figurinista, conhecido por sua teatralidade barroca e fortes traços de brasilidade com mais de 50 espetáculos encenados. Gabriel Villela tem como característica forte a mistura entre uma formação erudita e a estética popular. Estudou Direção Teatral na Universidade de São Paulo.

Sua extensa produção, iniciada profissionalmente na década de 1980, vem colecionando críticas positivas e prêmios (3 Prêmios Molière, 3 Prêmios Sharp, 13 Prêmios Shell, 10 Troféus Mambembe, 6 Troféus APCA, da reconhecida Associação Paulista de Críticos de Arte, 5 Prêmios APETESP, da Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo, 2 Prêmios PANAMCO, 1 Prêmio Zilka Salaberry.e 1 Prêmio APTR), com espetáculos exuberantes, que derivam de textos de autores clássicos como Shakespeare, Schiller e Beckett, mas também de um mundo mais prosaico e particular, no qual se revela sua paixão pela estética popular. A inspiração do circo e a narrativa épica são características marcantes de seu teatro.

Sua peça de estreia, Você vai ver o que você vai ver (1989), já chamou a atenção de críticos e público. No ano seguinte, dirigiu a grande atriz Ruth Escobar em Relações Perigosas. Tornou-se um dos mais renomados diretores teatrais com reconhecimento internacional, sendo convidado a participar de Festivais nos EUA, Europa e América Latina representando o Brasil. Com o Grupo Galpão (ROMEU E JULIETA), Gabriel Villela foi convidado para uma temporada no Globe Theatre, em Londres, conquistando a crítica e o exigente público londrino. O espetáculo voltou a Londres em 2012 para participar da OLIMPÍADA CULTURAL, evento paralelo aos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Outras encenações do autor inglês merecem destaque, como Sua Incelença Ricardo III (2010), Macbeth (2012) e A Tempestade (2015/2016).

Encenou Pirandello (Henrique IV e Os Gigantes da Montanha), Camus (Estado de Sitio e Calígula), Heiner Muller (Relações Perigosas), Calderón de La Barca (A Vida é Sonho), Schiller (Mary Stuart), William Shakespeare, Strindberg (O Sonho) e Eurípides (Hécuba), e os dramaturgos brasileiros Nélson Rodrigues (Boca de Ouro, A Falecida e Vestido de Noiva), Arthur Azevedo (O Mambembe), João Cabral de Melo Neto (Morte e Vida Severina), Luís Alberto de Abreu (A Guerra Santa), Ariano Suassuna (Auto da Compadecida) e Alcides Nogueira (Ventania, A Ponte e A Água de Piscina). 

Foi diretor artístico do Teatro Glória/RJ (1997/99) e também do TBC Teatro Brasileiro de Comédia/SP (2000/01). Dirigiu musicais, óperas, companhias de dança e especiais para TV. 

Na Dança, acabou de dirigir a G2 Cia de Dança do Balé do Teatro Guaira montando “GAG, sobre o Teatro de Marionetes” baseado na obra de Kleist. Seus últimos trabalhos no teatro foram com os grupos teatrais Os Geraldos (CORDEL DO AMOR SEM FIM e UBU REI) e Maria Cutia (O AUTO DA COMPADECIDA). Quase todos os espetáculos que dirigiu fizeram temporada na cidade de São Paulo, onde reside.

“A explosão visual do teatro de Gabriel Villela está na refração da luz de velas dos altares ou na ribalta dos dramas das arenas de circo, nas alegorias de uma religiosidade que reverbera trevas medievais ou em palhaços que subvertem a sisudez do clássico sem roubar-lhe a alma.” (Macksen Luiz, crítico teatral)


Sobre o tradutor

José Roberto O’Shea formou-se bacharel pela Universidade do Texas-El Paso (1977), mestre em Literatura pela American University, D.C. (1981) e PhD em Literatura Inglesa e Norte Americana pela Universidade da Carolina do Norte-Chapel Hill (1989). Na condição de "research fellow", realizou estágios de pós-doutoramento no Shakespeare Institute-Universidade de Birmingham (1997, fomento CAPES), na Universidade de Exeter (2004, fomento CNPq) e, novamente, no Shakespeare Institute (2013, fomento CAPES). Foi bolsista da Folger Shakespeare Library (2010). Ingressou no quadro de docentes da Universidade Federal de Santa Catarina em 1990, como Professor Adjunto, e nessa instituição foi Professor Titular de 1992 a 2016. Atualmente, é Professor Titular voluntário (aposentado) e membro permanente do Colegiado do Programa de Pós-graduação em Inglês da UFSC, atuando em pesquisa, orientação e docência na área de Literatura de Língua Inglesa, sobretudo nos seguintes temas: Shakespeare, Performance, e Tradução Literária. É pesquisador do CNPq desde meados dos anos 90, com projeto que contempla traduções em verso e anotadas da dramaturgia shakespeariana, tendo publicado as seguintes peças: Antônio e Cleópatra; Cimbeline, Rei da Britânia (Prêmio Jabuti, menção honrosa, 2003); O Conto do Inverno (Prêmio Jabuti, finalista, 2008); Péricles, Príncipe de Tiro; Hamlet, o Primeiro In-Quarto; Os Dois Primos Nobres; Tróilo e Créssida (estas últimas no prelo). Tem cerca de 50 traduções publicadas, abrangendo ficção (longa e curta), não ficção, poesia e teatro.

Sobre J. C. Serroni

José Carlos Serroni é um dos principais mestres da cenografia no país, atuante há cinco décadas. Seus trabalhos receberam dezenas de prêmios em festivais nacionais e internacionais e chegaram ao maior evento da área, no mundo, que é a Quadrienal de Praga, na República Tcheca. Em São Paulo, junto do diretor Antunes Filho e do Centro de Pesquisas Teatrais do Sesc, trabalhou em espetáculos icônicos, como “Paraíso Zona Norte”, “Vereda da Salvação” e “Antígona”, e coordenava o Núcleo de Cenografia e Figurino do CPT. Sempre envolvido na formação de novos profissionais, criou o Espaço Cenográfico, no centro de São Paulo, e os cursos de cenografia/figurino e técnicas de palco, da SP Escola de Teatro; além de ter publicado livros de referência como Teatros: uma memória do espaço cênico no Brasil (Senac, 2002), Cenografia brasileira – Notas de um cenógrafo (Sesc, 2013) e Figurinos – Memória dos 50 anos do Teatro do Sesi-SP (Sesi, 2015). 

J. C. Serroni começou como artista plástico, em São José do Rio Preto e formou-se arquiteto pela Universidade de São Paulo. Foi aluno de Flávio Império, professor de gerações de profissionais e colaborador de renomados diretores teatrais. Levou sua expertise para a tevê (TV Cultura, TV Globo e MTV), para a ópera, dança, ao cinema, shows musicais e montagens de exposições, sendo também responsável por reformas de teatros e espaços multiuso em todo Brasil. Há 15 anos seu lugar de experimentações é o Armazém da Utopia, no Rio de Janeiro, junto da Companhia Ensaio Aberto. 


Serviço:

"Primeiro Hamlet"

Sesc Vila Mariana. Endereço: Rua Pelotas, 141, Vila Mariana - São Paulo

Temporada: de 11 de maio a 16 de junho. Quinta a sábado às 21h e domingos às 18h.

Dias 7 e 8 de junho, sexta e sábado, haverá sessões extras às 15h. 

Em todas as 4 sessões dos dias 7 e 8 de junho haverá tradução em libras

Duração: 120 min - com 15 min de intervalo

Classificação etária: 14 anos

Elenco: Chico Carvalho, Elias Andreato, Claudio Fontana, Luciana Carnieli, Ciça de Carvalho, Ivan Vellame, André Hendges, Breno Manfredini, João Attuy e Gabriel Sobreiro

Ingressos: Os ingressos disponíveis no aplicativo Credencial Sesc SP, pelo Portal Sesc SP e nas bilheterias do Sesc em todo o Estado – R$ 15 (credencial plena); R$ 25 (estudante, servidor de escola pública, idosos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$ 50 (inteira) 

Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): terça a sexta, das 9h às 20h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (obs.: atendimento mediante a agendamento).  

Bilheteria: terça a sexta, das 9h às 20h30; sábado, das 10h às 18h e das 20h às 21h; domingos e feriados, das 10h às 18h.

Estacionamento: R$ 8,00 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 17 a primeira hora + R$ 4,00 a hora adicional (outros). 125 vagas.

Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 16 vagas

Informações: 5080-3000


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