domingo, 31 de março de 2024

.: "O DJ: amores Eletrônicos", livro de Toni Brandão traça retrato interessante


Na cultura pop geral, o  "metaverso" e a realidade aumentada já foram retratados em obras como "Jogador Nº 1" (dirigido e adaptado por Steven Spielberg) e por uma das sagas mais famosas de todos os tempos, "Matrix". O debate ressurge com força recentemente não apenas porque vivemos na era das redes sociais, mas também porque a pandemia da covid-19 potencializou a necessidade por escapismo e uma realidade "diferente". "O DJ: amores Eletrônicos", do autor Toni Brandão, entende muito bem e sentimento, misturando uma história que fala sobre temas complexos e ao mesmo tempo explora o tão famoso "metaverso".

Além de ser um escritor multimidia, já tendo participado também de roteiros e outros projetos, Toni Brandão é um autor conhecido por livros para um publico mais jovem, pré-adolescente, sempre apto para falar de sentimentos de forma leve e divertida, "O DJ" leva a narrativa para lado distinto, mais jovem adulto, com personagens que carregam dilemas mais forte sentimentos que variam e passam pela sexualidade, luto, solidão e medos.

Contada por diversos pontos de vista, o principal deles é de Amy, que começa a história na balada. Disposta a aproveitar o ambiente em que está, ela dança conforme a música e acaba interessando por Jon. Quando as coisas começam a tomar um rumo inesperado, no entanto, tem que entender exatamente onde ela está e porque está ali. Em certo momento de Matrix, Morpheus, personagem de Lawrence Fishburne , pergunta: "o que é real? Como você define real?"

Se você está falando do que pode sentir, cheirar, experimento ver, então real é apenas sinais elétricos interpretados pelo seu cérebro. Em "DJ", os personas de Toni Brandão estão constantemente se perguntando qual é a realidade em que eles e vivendo, e se os seus sentimentos são reais ou não. Além de ter uma gama diversificada personagens distintos entre si, a narrativa faz um bom trabalho em retratar a disparidade e o mundo real X o metaverso e, no processo, constrói um retrato interessante sobre a juventude. Compre o livro "O DJ: amores Eletrônicos", de Toni Brandão, neste link.


Sobre o autor
Toni Brandão
é um escritor, roteirista, dramaturgo e criador multimídia brasileiro que nasceu em São Paulo no dia 3 de dezembro de 1960. É formado em comunicação social pela Escola Superior de Propagando e Marketing (ESPM). A maioria de seus livros e projetos são voltados para o público adolescente e jovem-adulto e refletem sobre as principais questões do mundo contemporâneo. A venda de seus títulos ultrapassa a marca de 2 milhões de exemplares em 25 anos; e renderam ao autor vários prêmios. Entre eles, o APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte. O sucesso editorial no Brasil está fazendo, a partir de 2017, seus livros serem lançados também da França, Bélgica, Suíça, Canadá e outros países de língua francesa. Pela Global Editora tem publicado "O Garoto Verde", "Os Recicláveis", "Aquele Tombo que Levei", "Guerra na Casa do João", entre outros títulos. Garanta o seu exemplar de "O DJ: amores Eletrônicos", escrito por Toni Brandão, neste link.

.: Entrevista com a poeta piauiense Laís Romero, que explora o território "Mátria"


No livro de estreia "Mátria", lançamento da editora Paraquedas, a poeta piauiense Laís Romero mergulha em temas como corpo, ancestralidade e maternidade, explorando o feminino como um território de expressão. Dividido em três partes - "Desejo", "Mátria" e "Pathos" -, o livro é uma busca pelo lugar da mulher, especialmente da mulher nordestina, singular e marcada pela ancestralidade. 

Por meio de 50 poemas com métrica livre e estilo prosaico, Laís convida os leitores a atravessar a superfície e mergulhar no universo da "mére-mar-mãe-mátria", onde se reconectar com sua origem e encontrar a pausa da exaustão. O livro apresenta uma poesia que oferece um espelho para outras mulheres, proporcionando uma visão direta e pontual sobre suas experiências.

Laís Romero, nascida em Teresina, no Piauí, é mãe, mestra em letras pela UESPI e especialista em escrita e criação pela Unifor. Além de escritora, trabalha como revisora e editora. Sua escrita, marcada por uma urgência em resgatar a própria história, reflete conflitos internos e frustrações com a maternidade, além do apagamento histórico de sua família. Após um processo de criação que se estendeu por 15 anos, "Mátria" finalmente veio à luz em 2023, representando para Laís não apenas um livro, mas uma presença na linha do tempo da escrita sem fim. Sua trajetória acadêmica e literária, aliada ao seu constante desdobramento como mulher, mãe e escritora, evidencia uma voz singular no cenário literário contemporâneo. Confira uma entrevista com Laís, onde ela fala dos temas e das origens de seu fazer literário. Compre o livro "Mátria", de Laís Romero, neste link.


Como você começou a escrever? 
Laís Romero - 
Aos 11 anos escrevi um poema que venceu um concurso na escola. O poema virou uma atração na família, um marco. Lembro de datilografá-lo para que um tio, então professor de literatura, o levasse para uma aula de poesia.


Por que escolher o formato da poesia?
Laís Romero - 
Desde esse momento em que percebi o prazer de ser lida, e acreditei na relevância do que eu escrevia, continuei na empreitada da poesia. Também escrevo prosa, gosto bastante de contos, e submeto a palavra nesses caminhos também. Repito com frequência que a poesia é meu primeiro lar, quase de onde nasci, e me fascina a competência da imagem nos versos, o comprimido de linguagem.

Você tem algum ritual para escrever?
Laís Romero - Sou mãe, trabalho fora da escrita e estudo. Infelizmente não há salário para que possamos escrever literatura, daí uma verdadeira ausência de rituais: escrevo quando e como dá. As metas incluem não deixar de escrever e cumprir os prazos de entrega de materiais solicitados.

Como foi o processo de escrita?
Laís Romero - Esse livro é uma estreia solo que me assombrava há tempos. Assumir o espaço como escritora é algo que considero como sério, e essa ideia me força a continuar. Os poemas foram escritos ao longo de pelo menos 15 anos, e o livro como versão inicial ficou pronto em 2014. Em 2017 o artista Lysmark Lial fez a arte da capa após a leitura da obra, mas só em 2023 consegui materializar o Mátria, que inicialmente se chamava Temporário. Um título imbuído de quase nenhuma coragem. A edição da Paraquedas, através do olhar preciso da Tainã Bispo, solidificou as palavras.


Quais são as suas principais influências artísticas e literárias? 
Laís Romero - Muitas influências me amparam, entre prosa e poesia. Posso dizer que em Mátria respondo muitas mulheres que admiro na arte. Ana Cristina Cesar, Matilde Campilho, Maya Angelou, Renata Flávia, Cecília Meireles e Sophia de Mello são algumas que pontuam meus textos.

Se você pudesse resumir os temas centrais do livro, quais seriam? 
Laís Romero - Ancestralidade. Sexualidade. Maternidade. Feminismo. Brasil. Corpo. São temas que me escolheram. Nasci mulher, piauiense, não tive muita escolha aqui. Antes de desfiar outras questões menos urgentes precisei me abraçar ao que fundamentou minha caminhada. Aos 18 anos engravidei e segui com essa demanda, aos 32 tive meu segundo filho, o   que não pareceu mais fácil. A escolha desses temas veio de forma espontânea, de uma maneira mais direta, foi uma escolha através da urgência. Não sei muito mais que duas gerações antes do presente, não reconheço mais que a etnia em minha face entre a indígena e a negra, os sobrenomes se perderam nos apadrinhamentos. As mulheres foram sobrevivendo, sempre levando a família adiante. Em face dessa realidade onipresente no Brasil, declarei o território Mátria.

Você acha que o livro tem alguma mensagem a transmitir?
Laís Romero - Não penso em mensagens, mas em imagens. Uma visão de como a mulher conjuga os verbos enquanto sujeito é o que pretendo comunicar de maneira direta e pontual. O que sobra ali, enquanto palavra a ser compreendida, é a margem desse pensamento central. Passo caminhada no sexo e desejo, na maternidade e na paixão afetada, de maneira firme e puxando as imagens desimportantes do que vivo diariamente. Se for falar em mensagem, talvez ela esteja aí nesse parágrafo, mas não nos poemas, neles estão imagens.

O livro te transformou de alguma forma? 
Laís Romero - Esse livro representa um peso que me livrei. Tento falar de forma honesta, por isso as palavras de desapego ao que escrevi. Em outros momentos esse livro representa meu cansaço descomunal enquanto mulher, num desassossego (essa maravilhosa palavra cheia de esses). Por dentro consegui me sentir escritora, poeta, pois passei a existir no mundo. Essa obra é uma presença, não meço a dimensão, mas sinto como presença na linha do tempo da escritura sem fim.

O que vem por aí? 
Laís Romero - Estou trabalhando em um romance e tenho um livro de contos pronto, mas ainda nas leituras iniciais para que se firme o livro. O livro de contos une personagens vivendo e morrendo pelo amor desastroso, figuras que fui colecionando e percebi o fio condutor do amor e da morte como nota em comum. Tenho uma reunião de poesias  no prelo, intitulada "Exames aleatórios de imagem", escritos que se ancoram no agora, angústias e notícias transformadas em poesia. Uma maneira de aguentar a realidade.

Garanta o seu exemplar de "Mátria", escrito por Laís Romero, neste link.

.: "Meu Filho Tá On-line Demais": dra. Ana Escobar lança livro em São Paulo


A vida contemporânea exige o uso da tecnologia diariamente. Seja para responder uma mensagem pelo celular, acessar as redes sociais, pagar contas, se inscrever na faculdade ou em cursos, seja para realizar uma videochamada com familiares ou realizar uma entrevista de emprego. Diante do cenário da rotina do século XXI, a Dra. Ana Escobar, membro do conselho diretor do do Centro de Desenvolvimento da Infância da Faculdade de Medicina da USP, elaborou a obra "Meu Filho Tá On-line Demais: equilibrando o Uso das Telas no Dia a Dia Familiar"

Em 20 capítulos, a médica se debruça sobre os mais diversos questionamentos sobre o assunto, como: será que a exposição das crianças aos eletrônicos as torna mais aptas para os desafios do futuro? Os eletrônicos promovem o desenvolvimento cerebral, garantindo agilidade de pensamento e capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo? 

Até que ponto a exposição das crianças e adolescentes a um mundo essencialmente determinado por bancos de dados e algoritmos, socializado em redes de “amizade” virtuais ou influenciado por plataformas digitais com infinitos atrativos – como os jogos, por exemplo – pode ser prejudicial? A inteligência artificial ajudará ou atrapalhará o aprendizado escolar de crianças e adolescentes? Como fazer com que nossas crianças e adolescentes cresçam e se desenvolvam com corpo e mente saudáveis neste mundo dominado e determinado pela tecnologia?

Essas e outras dúvidas são sanadas pela autora, que escreve com linguagem bem-humorada e didática. A obra possui também dicas de leitura e índice remissivo, para quem deseja estudar a fundo o tema. O prefácio é assinado pela psicóloga e consultora educacional Rosely Sayão, referência nacional em discussões sobre temas relacionados a crianças, adolescentes, família e educação. É autora de diversos livros sobre o tema, entre eles "Educação Sem Blá-blá-blá" e "Desafios da Adolescência na Contemporaneidade - Uma Conversa com Pais e Educadores". Compre o livro "Meu Filho Tá On-line Demais", da Dra. Ana Escobar, neste link.


Sobre a Dra. Ana Escobar
Com mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais, a Dra. Ana Escobar produz conteúdo sobre a promoção da saúde e bem-estar, alimentação, saúde mental, vacinas e sono. Ela é médica e comunicadora de saúde, realizou graduação, doutorado e livre docência pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), é membro do Conselho Diretor do Centro de Desenvolvimento da Infância da FMUSP, coordenadora de cursos de graduação e pós-graduação na FMUSP, é membro do Comitê Médico Afya, editora da Revista Clinics, editora e colunista na Revista Crescer e embaixadora do Instituto Jô Clemente (Ex APAE de São Paulo). Garanta o seu exemplar de "Meu Filho Tá On-line Demais", escrito pela Dra. Ana Escobar, neste link.


Serviço
Lançamento do livro "Meu Filho Tá On-line Demais: equilibrando o Uso das Telas no Dia a Dia Familiar", da Dra. Ana Escobar.
Dia 2 de abril de 2024, partir das 19h00.
Livraria da Vila - Shopping Pátio Higienópolis - Piso Pacaembu - Av. Higienópolis, 618 - São Paulo.

sábado, 30 de março de 2024

.: Filme: Anne Hathaway quase desistiu de "Instinto Materno" por motivo bizarro


Anne Hathaway afirmou que o papel de Celine, a dona de casa que perde o filho em um trágico acidente, é o papel mais difícil que já interpretou - e quase desistiu da personagem. Em cartaz na Rede Cineflix Cinemas, o longa-metragem "Instinto Materno" ("Mother's Instinct") coloca frente a frente duas vencedoras do Oscar contracenando em um jogo de gato e rato em que não se sabe quem é a mocinha, nem a vilã. É o maior embate entre mulheres do cinema nos últimos tempos. Confira a  crítica neste link: "Instinto Materno" entrega desfecho cruel e inimaginável.

No aguardado suspense, Anne Hathaway e Jessica Chastain interpretam duas vizinhas cuja amizade será posta à prova após um trágico acidente envolvendo o filho de uma delas. Baseado no livro homônimo de Barbara Abel, adaptado previamente para o cinema pelo belga Olivier Masset-DePasse em 2018, o longa marca ainda a estreia na direção do premiado diretor de fotografia Benoît Delhomme ("A Teoria de Tudo", "Os Infratores", "No Portal da Eternidade").


Rivalidade feminina em pauta
"Instinto Materno" acompanha a vida de duas vizinhas que vivem vidas aparentemente perfeitas: Alice (Jessica Chastain) e Celine (Anne Hathaway). A harmonia da vizinhança é quebrada quando o filho de uma delas sofre um acidente fatal. Celine culpa Alice pela morte de seu filho, e esta, por sua vez, se sente culpada e paranóica, acreditando que Celine pode estar buscando vingança. Uma envolvente disputa tem início à medida que as duas vizinhas mergulham na loucura e na violência.

Hathaway e Chastain foram responsáveis por convidar Benoît Delhomme para assumir a direção. O cineasta revelou que sempre teve o desejo de dirigir um filme: "Sempre tive essa ideia, guardada em algum lugar da minha mente, de que um dia dirigiria um filme. Nunca imaginei que teria um elenco como este".


O medo que quase motivou a desistir da personagem
A densidade da narrativa impactou profundamente Hathaway, que revelou em entrevista para a Vogue Hong Kong que o filme foi o papel mais difícil da carreira dela. A atriz ainda acrescentou: “Toquei no meu maior medo e quase desisti do filme porque não sabia se conseguiria explorar isso como atriz”. Além de Hathaway e Chastain, o elenco inclui ainda Josh Charles e Anders Danielsen Lie como seus maridos. Charles é mais conhecido por seus papéis na série "The Good Wife" e no longa "Sociedade dos Poetas Mortos", enquanto Lie é um ator norueguês que apareceu em filmes como "A Pior Pessoa do Mundo" e "22 de Julho".

Na crítica especializada, o filme vem sendo elogiado por veículos de renome, como o Clarín, por suas semelhanças com o estilo do consagrado diretor Alfred Hitchcock. “Reunir duas estrelas como Jessica Chastain e Anne Hathaway é uma aposta forte para o público internacional, não apenas americano. A aposta é ainda maior quando é possível sentir algo hitchcockiano, que vem não da música, mas das suspeitas que surgem entre duas amigas e vizinhas que levavam até então uma vida tranquila em algum subúrbio dos anos 1960”. No Brasil, o filme foi lançado pela Imagem Filmes em parceria com a California Filmes.

Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Instinto Materno" são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

Ficha técnica
Filme "Instinto Materno".
Direção: Benoît Delhomme.
Roteiro: Sarah Conradt-Kroehler.
Elenco: Jessica Chastain, Anne Hathaway, Anders Danielsen Lie, Josh Charles, Eamon O’Connell, Baylen D. Bielitz e  Caroline Lagerfelt.
Produção: Jessica Chastain, Anne Hathaway, Jacques-Henri Bronckart, Kelly Carmichael, Paul Nelson
Direção de fotografia: Benoît Delhomme
Desenho de produção: Russell Barnes
Trilha sonora: Anne Nikitin
Montagem: Juliette Welfling
Gênero: drama, suspense
País: EUA
Ano: 2024
Duração: 96 min. Distribuição: Imagem Filmes e California Filmes.


"Instinto Materno" 
("
Mothers' Instinct). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, thriller, suspenseClassificação: 14 anos. Duração: 1h34. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Imagem Filmes. Direção: Benoît Delhomme. Roteiro: Sarah Conradt-Kroehler. Elenco: Anne Hathaway, Jessica Chastain, Caroline Lagerfelt, Josh CharlesSinopse: As donas de casa Alice e Celine são melhores amigas e vizinhas que parecem ter tudo. No entanto, quando um trágico acidente destrói a harmonia de suas vidas, a culpa, a suspeita e a paranoia começam a desfazer seu vínculo.

Trailer de "Instinto Materno"

.: "Neil Gaiman: histórias Selecionadas" reúne os 52 melhores textos do autor


Em abril, mergulhe no universo de Neil Gaiman, renomado mestre da literatura, na coletânea "Neil Gaiman: histórias Selecionadas", que reúne os melhores trabalhos do autor. Um dos maiores mestres da literatura contemporânea, ele sempre navegou por inúmeros gêneros e formatos. Esta coletânea de seus melhores trabalhos reúne histórias de terror, humor, amor, fantasma, fantasia e mistério.

Com 52 textos, entre títulos já publicados no Brasil e outros inéditos, "Neil Gaiman: histórias Selecionadas" é uma porta de entrada para a obra de um dos escritores mais versáteis e renomados das últimas décadas e, ao mesmo tempo, um tesouro literário ao qual leitores novos e antigos retornarão muitas e muitas vezes. Compre o livro "Neil Gaiman: histórias Selecionadas" neste link.


Sobre o autor
Neil Gaiman foi citado no "Dicionário de Biografia Literária" como um dos dez maiores escritores pós-modernos vivos, tem mais de vinte livros publicados para leitores de todas as idades e já foi agraciado com inúmeros prêmios literários, incluindo o Hugo, o Bram Stoker e a Newbery Medal. Começou a carreira como jornalista, mas logo seu talento para construir tramas e universos únicos foi levado para o mundo dos quadrinhos, com a aclamada série "Sandman", e, depois, para a ficção adulta e a infantojuvenil. Algumas de suas obras foram adaptadas para o cinema e para a TV. 

Pela Intrínseca, publicou também "Coraline", "Mitologia Nórdica", "Deuses Americanos", "Lugar Nenhum", "Os Filhos de Anansi", "Coisas Frágeis", "O Alfabeto Perigoso", "Cabelo Doido", "Kanela", as edições em quadrinhos de "Deuses Americanos", entre muitos outros. Garanta o seu exemplar de "Neil Gaiman: histórias Selecionadas" neste link.

.: CCBB São Paulo apresenta a 2ª edição de mostra sobre as bruxas no cinema


A mostra acontece de 6 de abril a 5 de maio e traz 28 títulos, debates com especialistas e uma oficina gratuita. Na imagem, cena do filme "Orlando, Minha Biografia Política".


Com o intuito de investigar a maneira que a figura da bruxa foi construída ao longo da história do cinema, o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo apresenta a 2ª edição da mostra "Mulheres Mágicas: reinvenções da Bruxa no Cinema". A nova edição do evento acontece entre os dias 6 de abril e 5 de maio e conta com 28 filmes, debates com especialistas e uma oficina gratuita. Os ingressos serão vendidos a preços populares.

Com curadoria de Carla Italiano, Juliana Gusman e Tatiana Mitre, a programação passa por diferentes gêneros, entre ficção, documentário, experimental e performance, e muitos países, como Alemanha, França, México, Reino Unido, Rússia, Estados Unidos, Brasil e outros. Os filmes estão agrupados em dois eixos temáticos:  "A Bruxa Através dos Tempos: imagens Clássicas" e "Bruxas Contemporâneas: corpos Indomáveis, Saberes Ancestrais". O primeiro revisita o imaginário clássico das bruxas, enquanto o segundo apresenta reinvenções contemporâneas, com destaque para obras de cineastas mulheres e perspectivas feministas.

O primeiro eixo da programação conta com títulos como "A Paixão de Joana D'arc" (1928), um dos principais filmes do cinema mudo, e "Casei-me com Uma Feiticeira" (1942), do renomado diretor René Clair, e "A Bruxa" (2015), que se destacou em várias premiações independentes. A intenção desse segmento é mostrar os tropos que formaram o arquétipo da bruxa no cinema. Por sua vez, o segundo eixo busca reunir filmes que expandem a ideia de mulheres mágicas e apresentam perspectivas críticas. Entre eles estão os longas "Retrato de Uma Jovem em Chamas" (2019), vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes e "Orlando, Minha Biografia Política", adaptação de uma das obras mais conceituadas da escritora inglesa Virginia Woolf. Durante as quatro semanas, haverá ainda sessões de filmes infantis, como o clássico Branca de Neve e os Sete Anões (1937), O serviço de entregas da Kiki (1989), e Malévola (2014).

Para as curadoras, uma das inspirações para a mostra é o trabalho de Silvia Federici, autora que se debruçou sobre as origens da histórica perseguição às mulheres. “Em suas obras, a escritora analisa como a caça às bruxas resultou na marginalização de mulheres que não se encaixavam nos padrões de feminilidade”, observam.

A Sessão de Abertura acontece no dia 6 de abril, às 19h00, com a exibição de "A Praga" (2021), filme póstumo de José Mojica Marins, o lendário Zé do Caixão, um dos maiores nomes do horror brasileiro de todos os tempos. Este filme havia sido dado como perdido até que parte dos seus negativos foi localizada. A sessão do filme é acompanhada do curta-documentário A última praga de Mojica, de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira, que esmiúça os processos de criação do último longa de Mojica, e de um debate após a sessão, com a crítica Júlia Noá e com mediação da curadora Carla Italiano.

Durante o evento também serão realizados mais dois debates e uma oficina gratuita, todos presenciais. No dia 18 de abril, haverá a mesa redonda "Reencantando o Mundo", conduzida por Glênis Cardoso e Mariana Queen Nwabasili, com mediação de Juliana Gusman, e no dia 25 de abril, a curadora Tatiana Mitre falará sobre os filmes "A Fada do Repolho", de Alice Guy (1896/1900) e "Branca de Neve e os Sete Anões" (1937).

Já a oficina, intitulada "Perambulando nas Sombras Encantadoras: segredos da Bruxaria no Cinema de Horror Contemporâneo", será ministrada pela estudiosa Laura Cánepa e acontecerá em 20 de abril, às 14h00. As inscrições devem ser realizadas previamente no site bb.com.br/cultura.

On-line para todo o Brasil
A 2ª edição da mostra "Mulheres Mágicas: reinvenções da Bruxa no Cinema" também contará com uma programação online, disponível para todo Brasil, de 26 de abril a 5 de maio, com os filmes "Rami Rami Kirani", de Lira Mawapai HuniKuin e Luciana Tira HuniKuin (2024) e "Para Sempre Condenadas", de Su Friedrich (1987), disponível gratuitamente no site www.mulheresmagicas.com.

A primeira edição da mostra foi realizada no ano de 2022, em formato híbrido, no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. A iniciativa contou com debates temáticos gratuitos e quatro sessões comentadas, todas disponíveis no Youtube (Canal Mostra Mulheres Mágicas). Ao realizar este projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil reafirma o compromisso de ampliar a conexão do brasileiro com a cultura e com a promoção do acesso à produção cinematográfica nacional e internacional. 


Serviço
Mostra "Mulheres Mágicas: reinvenções da Bruxa no Cinema"
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Período: 6 de abril a 5 de maio DE 2024
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) / R$ 5,00 (meia-entrada), disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB SP
Classificação indicativa: de livre a 16 anos (consultar programação)
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP 
Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras
Informações: (11) 4297-0600


Estacionamento
O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.

Transporte público
O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. 

Táxi ou aplicativo
Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

Van
Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República.  Das 12h00 às 21h00.

Entrada acessível
Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

.: Coleção Gaturro, o gato que encantou a Argentina, chega ao Brasil em livros


Com dois volumes, coleção compila diversas tirinhas de um dos personagens mais icônicos da América Latina

Gaturro, um dos personagens de tirinhas mais famosos – especialmente na Argentina –, está ganhando uma coleção de dois livros com diversas tirinhas do cartunista argentino Cristian Dzwonik, conhecido como Nik. As tirinhas do Gaturro, além de divertidas, são essenciais como ferramenta de aprendizado durante o ensino da língua portuguesa. Com mais de 50 livros, revistas e volumes de quadrinhos publicados, além de um filme animado e até mesmo um jogo on-line multiplayer baseado no personagem, Gaturro se tornou um ícone da cultura pop latino-americana. E, agora, ganha uma coleção de dois volumes publicada pela Catapulta Editores.

Para a diretora da Catapulta Editores no Brasil, Carmen Pareras, pensar e publicar livros que ajudem as crianças é o principal foco da editora: “As tirinhas do Gaturro fazem parte do imaginário das pessoas, assim como são ferramentas de aprendizado. Sendo assim, a coleção de dois volumes publicada pela editora irá fazer parte disso”, comenta. O personagem foi criado por Nik em 1992 e possui milhões de livros vendidos ao redor do mundo.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL), em 2019, os públicos que mais consomem histórias em quadrinhos são crianças no Ensino Fundamental I e jovens universitários, mostrando que ela faz parte da rotina de aprendizado de estudantes de idades variadas.

As tirinhas ainda são um fator essencial para comunicação, tanto que estão presentes em revistas, jornais, gibis e até mesmo programas de televisão e, com Gaturro, não é diferente. O personagem, junto de Ágata e Gaturrinho – vizinha e sobrinho de Gaturro, respectivamente –, traz pequenas histórias divertidas que podem despertar nos pequenos a paixão pela leitura. Compre a Coleção Gaturrro, do cartunista Nik, neste link. 


Quem é o Gaturro?
O gato argentino criado há 32 anos, que já encantou muitas pessoas com suas aventuras, é o protagonista de uma série em quadrinhos de sucesso ao redor do mundo. A história dele gira em torno das peripécias e da vida cotidiana desse simpático felino, que vive apaixonado pela gata Ágata. A imagem cativante do gato marrom e suas histórias engraçadas conquistaram crianças e adultos por gerações. 

“Com seu humor peculiar e situações hilárias do dia a dia, as tirinhas de Gaturro oferecem momentos encantadores para os fãs do universo dos quadrinhos”, explica Pareras. A história de Gaturro é uma mistura de aventuras em casa, com a família adotiva, e peripécias nos telhados do bairro, onde ele interage com diversos personagens, incluindo Ágata e Gaturrinho. 

Desde 1992, as tiras de Gaturro tem encantado leitores na Argentina, em toda a América Latina e até mesmo na Ásia. A relação especial de Gaturro com sua família humana é um dos pontos altos da narrativa, mostrando como os laços familiares podem ser tão importantes.

“A trajetória de Gaturro é marcada por momentos divertidos, reflexões sobre amizade e inspirações para toda a família. O sucesso contínuo dessa história mostra como ela continua relevante e querida entre diferentes culturas ao redor do mundo”, finaliza Pareras. Garanta os seus exemplares da Coleção Gaturrro, do cartunista Nik, neste link. 

.: Entrevista: TS Martins explica como a espiritualidade se conecta à escrita


"Val nas Alturas" é o livro de estreia de TS Martins, que explica em entrevista sobre como utilizou a fantasia para narrar a transformação espiritual de uma mulher comum. Foto: divulgação

TS Martins estava em um processo de reconexão com a espiritualidade quando decidiu dar sentido a essas experiências por meio da literatura fantástica. Assim surgiu seu livro de estreia "Val nas Alturas", que conta a história de uma mãe solo em busca de cura e transformação enquanto enfrenta diversos desafios na vida, comuns a muitas mulheres. Mas a protagonista vai perceber que, através desta jornada, é capaz de mudar não somente a si mesma, mas também as outras pessoas ao seu redor. 

Essa perspectiva de impactar o mundo a partir da espiritualidade se relaciona com a visão íntima da escritora: para ela, o olhar para dentro de si é uma valiosa ferramenta de autoconhecimento e de bem-estar, entretanto, também pode impactar a sociedade e todos os seres humanos. Na entrevista abaixo, a autora comenta ainda sobre a importância do despertar espiritual das mulheres, dá dicas com base nas experiências pessoais e fala sobre projetos futuros. Compre o livro "Val nas Alturas", de TS Martins, neste link.


“Val nas Alturas” é o seu livro de estreia. Por que decidiu trabalhar o enredo em volta de um despertar espiritual feminino?
TS Martins - 
O enredo de Val surgiu para tentar dar conta da minha própria experiência pessoal de reconexão com a espiritualidade em anos recentes e para lidar com todas as ideias com que eu vinha tomando contato. Acho que a ficção me ajudou a dar sentido a essa experiência e, assim, poder transmiti-la, fazendo de Val uma expoente do despertar espiritual feminino. Val é mãe solo e, tendo passado por situações desafiadoras, está em busca de cura e completamente aberta à transformação.


O que a espiritualidade significa para você? 
TS Martins - 
A espiritualidade para mim é uma tentativa de buscar um sentido mais profundo para a experiência que nós temos enquanto seres humanos, buscar compreender quem somos e porque estamos aqui.


E como levou essa percepção para as atitudes, escolhas e experiências da protagonista Val?
TS Martins - 
Para mim, isso faz parte de uma busca espiritual, além de procurar conhecer a si mesmo e viver bem. O tema do livro tem a ver justamente com essas atitudes, escolhas e experiências que nos trazem de volta a nossa espiritualidade e são capazes de refazê-la. Val está buscando fazer essas escolhas e tomar essas atitudes guiada cada vez mais por sua espiritualidade.


Como a criação de histórias como essa se torna uma ferramenta para traduzir ideias e sentimentos que não podem ser expressos de outra forma?
TS Martins - 
O ser humano sempre usou as narrativas para transmitir ideias especiais, desde a mitologia e os contos folclóricos até a literatura contemporânea. Sentimentos que não podem ser transmitidos de outra forma. Acontecimentos que teriam um sentido limitado se fossem apenas racionalmente descritos. As histórias dizem mais do que parecem dizer à primeira vista. Porque a ficção se fundamenta sobre a suspensão da descrença e sobre uma série de premissas que o leitor deve aceitar de antemão se quiser embarcar na história.


Você que já passou por uma jornada de autoconhecimento muito parecida com a da Val, quais dicas daria para as mulheres que precisam se reencontrar diante a situações desafiadoras da vida?
TS Martins - 
Acho que o próprio livro traz essas dicas. Tem dois pontos que eu acho muito importantes. Em primeiro lugar, buscar ressignificar a própria história – a transformação necessita de uma nova narrativa que ficará no lugar da antiga. Em segundo lugar, no dia a dia, eu começaria tentando levar a sério a prática da meditação. Acho que a meditação tem um efeito restaurador para o cérebro e meditar deveria ser incentivado nas escolas, para que todo ser humano pudesse se beneficiar dessa prática.


Você pretende continuar com projetos na literatura? 
TS Martins -
Pretendo, sim, seguir com a literatura.


Você quer seguir na mesma linha, com foco na espiritualidade?
TS Martins - 
Acho que sempre haverá um pouco de espiritualidade nos meus trabalhos daqui por diante, mas nem sempre será esse o foco. Estou escrevendo um próximo livro que traz ensinamentos de Ayurveda e Vedanta, mas o foco já não é mais a espiritualidade, e, sim, o desejo pela vida eterna. Acho que estou me mantendo dentro da linha fantástica, entretanto.

Garanta o seu exemplar de "Val nas Alturas", de TS Martins, neste link.

.: Depois de prometer que não lançaria mais álbuns, Sheryl Crow surpreende


Depois de prometer que não lançaria mais álbuns, a cantora Sheryl Crow resolveu surpreender os fãs. Nove vezes vencedora do Grammy® e pertencente do Rock and Roll Hall Of Fame em 2023, ela lançou o 11º álbum de estúdio completo, “Evolution”, que foi produzido por Mike Elizondo - que está por trás de nomes como Dr. Dre, Maroon 5, Keith Urban, Gary Clark Jr). 

A cantora,  que afirmou publicamente que não lançaria outro álbum completo após “Threads” (2018), agora apresenta “Evolution” como uma surpresa bem-vinda para os fãs. “Tudo se tornou mais orientado para as músicas com o streaming, e fazer um álbum é um empreendimento enorme”, diz Crow. “Comecei enviando uma música para Mike, que se transformou em quatro e seria um EP. Mas as músicas continuaram fluindo de mim; quatro músicas se tornaram nove e ficou bastante óbvio que era um álbum”, revela. Os fãs agradeceram. Compre o álbum "Evolution", de Sheryl Crow, neste link.

sexta-feira, 29 de março de 2024

.: Resenha crítica: "Instinto Materno" entrega desfecho cruel e inimaginável

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em março de 2024


Céline e Alice, duas vizinhas unidas pela amizade de seus filhos, Max e Theo. Em "Instinto Materno", dirigido pelo francês Benoît Delhomme, Anne Hathaway e Jessica Chastain compõe um novo dueto perfeito na telona -depois de "Interestelar"- que se torna eletrizante ao longo de 1 hora e 34 minutos de filme. Na produção com roteiro de Sarah Conradt-Kroehler, tudo começa em paz e harmonia com direito a uma festa de aniversário surpresa para Céline (Anne Hathaway, "Diário da Princesa", "O Segredo de Brokeback Mountain") que termina em algo mais privado, incluindo Alice (Jessica Chastain, "Histórias Cruzadas", "Perdido em Marte"), estando ambas acompanhadas de seus respectivos maridos.

Contudo, um fatídico dia testa a amizade das duas, quando o pequeno Max, filho de Céline sobe na beira de uma sacada e cai, enquanto a mãe usava o aspirador de pó. Alice testemunha, corre em socorro, mas não a tempo. Ao tentar lidar com o luto, a mãe recusa as visitas da vizinha. Contudo, é o pequeno Theo, quem ajuda a reaproximar as amigas, ainda que a relação não seja igual a antes. 


Em meio a um vulcão de sentimentos confusos, as duas tentam se reconectar. Enquanto o público não entende quem é, de fato, a mocinha da história, acusações são trocadas e bizarrices acontecem. Seja por conta de um coelhinho de pelúcia colocado no caixão ou na fala da sogra de Alice que, sem meias-palavras, pede para que Céline se retire da festa de aniversário de Theo. 

O suspense  "Instinto Materno" é empolgante e joga charadas múltiplas para o público tentar decifrar cada pista moldando uma impecável dança das cadeiras em que tanto Alice quanto Céline acabam não sendo o que de fato aparentam ser. A conclusão?! De tão cruel, é completamente inimaginável, porém digno de seu título. Emocionante, envolvente e surpreendente, "Instinto Materno" é um filmaço imperdível! Afinal, como pergunta a canção infantil: "Did you ever see a lassie"?


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Instinto Materno" ("Mothers' Instinct). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, thriller, suspenseClassificação: 14 anos. Duração: 1h34. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Imagem Filmes. Direção: Benoît Delhomme. Roteiro: Sarah Conradt-Kroehler. Elenco: Anne Hathaway, Jessica Chastain, Caroline Lagerfelt, Josh CharlesSinopse: As donas de casa Alice e Celine são melhores amigas e vizinhas que parecem ter tudo. No entanto, quando um trágico acidente destrói a harmonia de suas vidas, a culpa, a suspeita e a paranoia começam a desfazer seu vínculo.

Trailer de "Instinto Materno"

Música infantil "Did you ever see a lassie?"



Leia+

.: Crítica: espetáculo "Gostava Mais dos Pais" transita entre clássico e revolução


No palco, 
Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho oferecem vulnerabilidades e 
se expõem sem medo para entregar de bandeja ao público as performances mais verdadeiras de suas carreiras. Foto: Pedro Miceli


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

O espetáculo "Gostava Mais dos Pais" é mais que uma homenagem a dois comediantes que fizeram história no Brasil e mais que uma celebração à amizade de dois artistas ligados desde a infância. Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho não são irmãos de sangue, o vínculo afetivo é por afinidade, e é essa a linha condutora da peça teatral que fica em cartaz até dia 14 de abril no Teatro Porto, em São Paulo.

Com a direção sensível e repleta de ironia e leveza feita por Debora Lamm, o espetáculo é assinado por Aloísio de Abreu e Rosana Ferrão. Em pouco mais de uma hora, a dupla transita entre a profundidade e a crítica, a ternura e a revolta, o clássico e a revolução. No palco, dois artistas talentosos oferecem vulnerabilidades e se expõem sem medo para entregar de bandeja ao público as performances mais verdadeiras de suas carreiras. 

De quebra, fazem entender o sentido da vida, que é nada mais que continuidade e afeto. São eles no palco, mas também são personagens e, ao mesmo tempo, representam a memória viva dos pais e as lembranças afetivas de um país inteiro, em cena, em algo que celebra a arte, a vida e o que está no meio disso.

Entre a comédia e o desabafo, o inusitado e a emoção, os artistas fazem uma espécie de crônica da vida real e toda a poesia que emana dela. Há muita reverência ao passado e uma clara homenagem aos comediantes Chico Anysio (1931 - 2012) e Lucio Mauro (1927 - 2019). Há quem goste mais dos pais e há quem goste mais dos filhos, já que ninguém é unanimidade. No entanto, Bruno Mazzeo e Lúcio Mauro Filho são a prova irrefutável de que a genética não falha mas que, também, talento não depende de berço. Mais que sangue que corre nas veias, eles são essência. E essência, nesse caso, é talento, continuidade e criação de algo que vai além do legado.

Ficha técnica
Espetáculo "Gostava Mais dos Pais". Elenco: Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho. Direção: Debora Lamm. Dramaturgia: Aloísio de Abreu e Rosana Ferrão. Cenografia: Daniela Thomas. Iluminação: Wagner Antônio. Figurino: Marina Franco. Trilha sonora: Plínio Profeta. 

Serviço
Espetáculo "Gostava Mais dos Pais". Até dia 14 de abril de 2024 - Sextas e sábados às 20h e domingos às 17h. Ingressos: Plateia R$100 e R$50 / Balcão de Frisa R$80 e R$40. Classificação: 14 anos. Duração: 90 minutos. Teatro Porto. Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo. Telefone (11) 3366-8700. Bilheteria: aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração. Clientes Porto Seguro Bank mais acompanhante têm 50% de desconto. Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto. Vendas: www.sympla.com.br/teatroporto. Capacidade: 508 lugares. Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners). Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos. Estacionamento no local: Gratuito para clientes do Teatro Porto.

.: Crítica de teatro: "Beetlejuice - O Musical" celebra a vida e o nonsense


Os grandes momentos do musical se revezam entre Eduardo Sterblitch e Ana Luiza Ferreira em um espetáculo que se divide entre a celebração da vida e o nonsense. Foto: Leo Aversa

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Clássico do cinema e da "Sessão da Tarde" nas mãos de Tim Burton nos anos 80, "Beetlejuice - O Musical" se reinventa no teatro e é tudo o que se espera, mas vai além disso. Há, no espetáculo, em cartaz até dia 21 de abril no Teatro Liberdade, em São Paulo, o ator Eduardo Sterblitch no papel de sua vida. Ao mesmo tempo, os holofotes também estão apontados para Ana Luiza Ferreira no momento mais desafiador da carreira, em que se mostra uma grande revelação dos palcos como a garota gótica Lydia Deetz. Os grandes momentos do musical se revezam entre esses dois artistas em um espetáculo que se divide entre a celebração da vida e o nonsense.

É tudo muito grande em "Beetlejuice - O Musical". A começar pela interpretação histriônica de Sterblitch, tudo o que esse personagem requer e que por vezes lembra outro grande ator, Selton Mello, e o carisma de Ana Luiza Ferreira, que brinca com as nuances de uma personagem que poderia ser extremamente difícil por ser tão emblemática. Ambos os intérpretes fazem parecer fácil algo que, sabe-se, é tão difícil. Primeiro porque a expectativa em torno desses papéis é imensa. Segundo porque ir além do que o papel requer é para poucos. Ambos fazem isso com talento, maestria e, percebe-se, reverência. Eles homenageiam e se divertem ao mesmo tempo.

Com direção de Tadeu Aguiar, produção geral de Renata Borges Pimenta, produção da Touché Entretenimento e apresentado pelo BB Seguros, nada está acima do tom. O espetáculo pede e os atores entregam. Em "Beetlejuice - O Musical" tudo se encaixa perfeitamente. Há o espaço para a nostalgia dos adultos que vão assistir em busca de algo que viveram no passado, e também para a formação de um novo público - embora o espetáculo não seja propriamente voltado para crianças, o que torna tudo ainda mais interessante.

Marcelo Laham e Thais Piza brilham em seus papéis e também destacam-se Joaquim Lopes e Flavia Santana como os novos moradores da casa. A história gira em torno de uma família que vai morar em uma residência habitada por fantasmas, que querem que os novos moradores vão embora do local. Só que os fantasmas não esperavam se deparar com uma criatura tão fúnebre e tétrica como Lydia Deetz. No meio do caminho, há Beetlejuice, que precisa de um favor. Mas não vá esperando um musical bobinho. O espetáculo tem patrocínio de Shell, Mobilize Financial Services, Eurofarma e BNY Mellon e apoio de Raízen, Outback, Robert Half e SegurPro.

É tudo muito esperto, temperado com a atuação de grandes talentos em momentos memoráveis no palco. "Beetlejuice - O Musical" é uma grande festa em que todos estão convidados para comemorar a vida ou se reencontrar com algo que ficou esquecido e que precisa ser acordado. É a conexão entre o presente e o passado dando aquele "empurrãozinho" para seguir em frente.


Sobre o espetáculo
No final dos anos 80, o cultuado diretor Tim Burton lançou um clássico instantâneo, que atravessou gerações, a comédia "Beetlejuice - Os Fantasmas se Divertem". O sucesso foi tamanho que, mais de 30 anos depois, o filme se transformou em um musical da Broadway, que estreou em 2019, sendo indicado a oito Tony´s Awards. No Brasil, o sucesso se repete: o musical teve a maior bilheteria teatral de 2023, no Rio de Janeiro. "

A montagem brasileira tem um super elenco de 23 atores: além de Eduardo Sterblitch, Ana Luiza Ferreira (Lydia Deetz), João Telles (alternante Beetlejuice), Lara Suleiman (alternante Lydia Deetz), Thais Piza (Barbara Maitland), Marcelo Laham (Adam Maitland), Flávia Santana (Delia Deetz), Joaquim Lopes (Charles Deetz), Rosana Penna (Juno), Gabi Camisotti (Skye e alternante Lydia Deetz), Mary Minóboli (ensemble e alternante Skye), Pamella Machado (Miss Argentina e alternante Barbara Maitland), Diego Campagnolli (Otho), Erika Affonso (Maxine e alternante Miss Argentina), Thór Junior (Maxie), Thiago Perticarrari (ensemble e cover Adam Maitland), Dino Fernandes (ensemble e cover Charles Deetz), Nathalia Serra (ensemble e alternante Delia Deetz e Maxine), Gabriel Querino (ensemble e cover Maxie), Thadeu Torres (ensemble), Duda Carvalho (ensemble), Edmundo Victor (ensemble) e Fernanda Misailidis (swing). 

A ficha técnica é repleta de grandes nomes do teatro musical: Renato Theobaldo (cenografia), Dani Vidal & Ney Madeira (figurino), Sueli Guerra (direção de movimento/coreografia), Dani Sanches (desenho de luz), Gabriel D´angelo (desenho de som), Anderson Bueno (visagismo) e Lucas Pimenta (assistente de direção).

Serviço
Espetáculo "Beetlejuice, o Musical". Teatro Liberdade. Rua São Joaquim, 129, Liberdade - São Paulo. Temporada até 21 de abril. Sessões de quarta-feira a domingo. Quartas, quintas e sextas-feiras, às 21h00. Sábados, às 16h00 e às 21h00. Domingos, às 16h00 e 20h30. Plateia Premium: R$ 350,00 (inteira) / R$ 175,00 (meia). Plateia: R$ 280,00 (inteira) / R$ 140,00 (meia). Balcão A: R$ 240,00 (inteira) / R$ 120,00 (meia). Balcão B: R$ 190,00 (inteira) / R$ 95,00 (meia). Duração: 2h30min (com intervalo de 15min). Classificação etária: 10 anos. *Clientes Glesp tem 25% de desconto nos ingressos inteiros mediante a aplicação do cupom, limitado a 4 ingressos por cupom. Válido para todos os setores. Internet (com taxa de conveniência): https://www.sympla.com.br/. Bilheteria física (sem taxa de conveniência): atendimento presencial de terça à sábado das 13h00 à 19h00. Domingos e feriados apenas em dias de espetáculos até o início da apresentação. Formas de pagamento: dinheiro, cartão de débito ou crédito.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.