sexta-feira, 15 de março de 2024

.: "A Zona de Interesse": o livro que inspirou o filme vencedor do Oscar


Dirigido por Jonathan Glazer, o filme "Zona de Interesse", em cartaz na Rede Cineflix  e em cinemas de todo o país, venceu duas categorias na cerimônia do Oscar 2024: Melhor Filme Internacional e Melhor Som. O longa-metragem é uma adaptação do livro "A Zona de Interesse", de Martin Amis, lançado pela Companhia das Letras, um romance brilhante em que cada um dos vários narradores testemunha o inominável a sua maneira. A tradução é de Donaldson M. Garschagen.

Nome de proa da literatura contemporânea, Martin Amis traz olhar corrosivo neste romance sobre o Holocausto. "A Zona de Interesse", em Auschwitz, era o local onde os judeus recém-chegados passavam pela triagem, processo que determinava se seriam destinados aos trabalhos forçados ou às câmaras de gás.

Este romance se passa nesse lugar infernal, em agosto de 1942. Cada um dos vários narradores testemunha o inominável a sua maneira. O primeiro é Golo Thomsen, um oficial nazista que está de olho na mulher do comandante. Paul Doll, o segundo, é quem decide o destino de todos os judeus. E Szmul, o terceiro, chefia a equipe de prisioneiros que ajudam os nazistas na logística do genocídio. Neste romance, Martin Amis reafirma seu lugar entre os mais argutos intérpretes de nosso tempo. Compre o livro "A Zona de Interesse", de Martin Amis, neste link.


O que disseram sobre o livro
"A Zona de interesse é um prodígio verbal, além de romance brilhante, celestialmente triste e inspirado por nada menos que uma profunda curiosidade moral sobre os seres humanos. É de cair o queixo." -- Richard Ford


Sobre o autor
Martin Amis é autor de treze romances, entre eles Lionel Asbo e Casa de encontros, ambos publicados pela Companhia das Letras. Também é autor do livro de memórias "Experiência", de coletâneas de contos e de obras de não-ficção. Vive no Brooklyn, em Nova Iorque. Garanta o seu exemplar de "A Zona de Interesse", escrito por Martin Amis, neste link.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como “Zona de Interesse” são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: Margaret Atwood leva "Questões Incendiárias" para a literatura


Em mais de 50 textos escritos no período entre 2004 e 2021, Margaret Atwood apresenta seu intelecto prodigioso e humor travesso para o mundo e nos relata o que encontra no livro "Questões Incendiárias: ensaios e Outros Escritos de 2004 a 2021", lançamento da editora Rocco. 

Esta brilhante seleção de ensaios – engraçados, eruditos, infinitamente curiosos, estranhamente proféticos – busca respostas para questões incendiárias como: por que as pessoas em todos os lugares, em todas as culturas, contam histórias Quanto de si você pode doar sem desaparecer? Como podemos continuar vivendo no nosso planeta? É verdade? E é justo? O que zumbis têm a ver com autoritarismo? A tradução é de Maira Parula.

O período de altos e baixos abordado nesta coleção trouxe uma conclusão para o fim da História, uma crise financeira, a ascensão de Donald Trump e uma pandemia. De dívidas à tecnologia, da crise climática à liberdade, de quando dar conselhos aos jovens (resposta: apenas quando forem solicitados) a como definir a granola, não existe melhor autora para questionar os variados mistérios da existência humana. Garanta o seu exemplar de "Questões Incendiárias: ensaios e Outros Escritos de 2004 a 2021", escrito por Margaret Atwood, neste link.


O que disseram sobre o livro
"Margaret Atwood é uma lenda viva." — New York Times Book Review

"['Questões Incendiárias'] reflete tanto a urgência das questões que são importantes para a autora – literatura, feminismo, meio ambiente, direitos humanos – quanto sua aura polêmica… O escopo do livro e a perspicácia de sua escrita evidenciam a leitura e o pensamento de uma longa vida bem aproveitada." — Washington Post

"Inspiradora… Sempre necessária por sua percepção aguçada e narrativa fascinante, Atwood apresenta textos espirituosos, fortes e esclarecedores sobre sua longa e sempre vital carreira." — Booklist

"Talvez não haja melhor escritora para explorar as ansiedades da era atual do que Margaret Atwood." — Entertainment Weekly


Sobre a autora
Margaret Atwood, escritora canadense, é romancista, poeta, contista, ensaísta e crítica literária. Foi agraciada com importantes prêmios literários, entre eles o Príncipe das Astúrias – pelo conjunto de sua obra – e o Man Booker Prize. Um de seus livros de maior sucesso é "O Conto da Aia", que já vendeu milhões de exemplares no mundo todo e inspirou a série de TV homônima. Também da autora, a Rocco publicou, entre outros, "Vulgo Grace", a trilogia "MaddAddão", "A Noiva Ladra", "Olho de Gato" e "O Assassino Cego", vencedor do Booker Prize 2000. Compre o livro "Questões Incendiárias: ensaios e Outros Escritos de 2004 a 2021", de Margaret Atwood, neste link.

.: A infinitude do tempo e do mar no disco de estreia de Carlos Cavallini


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Radicado há alguns anos em Portugal, o cantor e compositor Carlos Cavallini está lançando o seu primeiro disco autoral, intitulado "O Tamanho do Tempo". Uma iniciativa na qual buscou sintetizar suas influências em um trabalho de extremo bom gosto, que aponta para novos caminhos na MPB utilizando o seu cotidiano como principal fonte de inspiração.

Dono de uma voz suave e afinada, Cavallini mostra um tipo de interpretação no estilo cool, em que a mensagem transmitida nas letras oferece momentos de reflexão para o ouvinte. A faixa "Nem Todo Mundo" exemplifica o tipo de mensagem que ele deseja passar: “...Nem todo mundo acredita/ No mesmo Deus que você/Nem todo mundo precisa acreditar...”.

Na faixa "Natureza" se destacam os sopros suaves nos arranjos de trompete e flugelhorn de Aquiles Moraes. E uma letra com mensagem simples e pertinente, lembrando que todos nós fazemos parte da natureza. Na faixa "Sempre Mar", Cavallini procurar ilustrar para o ouvinte o que representa o mar em sua poesia, de uma forma conectada com a paisagem da natureza que ele observa atualmente em terras portuguesas. O resultado ficou acima da média.

O álbum foi produzido por Domenico Lancellotti e Ricardo Dias Gomes, que também fizeram arranjos e contribuíram instrumentalmente no projeto. Além disso, conta com colaborações de músicos de destaque como Pedro Sá, João Erbetta, Davi Moraes, Aquiles Moraes e Jonas Sá. A acordeonista, cantora e compositora Celina da Piedade, participa de uma das faixas do disco.

Cavallini estuda Etnomusicologia na Universidade Nova de Lisboa e prepara-se agora para a sua estreia no panorama musical. "O Tamanho do Tempo" é um mergulho na riqueza da música brasileira, refletindo uma diversidade de influências musicais. Um começo e tanto para um iniciante.

"Nem Todo Mundo"

"Sempre Mar"

"Natureza"

.: "Stranger Things: the Experience" leva o Mundo Invertido para São Paulo


Os fãs de "Stranger Things", fenômeno global da Netflix, terão a chance de descobrir seus poderes e ajudar Eleven a salvar Hawkins

O ano é 1986. A cidade é Hawkins. Mas a ação acontece mesmo em São Paulo, no Brasil. A Netflix, a Blast Entertainment e a Fever apresentam "Stranger Things: The Experience", uma aventura imersiva, com 2.280m2, disponível a partir de sexta-feira, 12 de abril, no Shopping Eldorado em São Paulo. Após encantar fãs em Nova Iorque, Los Angeles, São Francisco, Seattle, Atlanta, Toronto, Paris e Londres, é a vez de São Paulo entrar no clima sobrenatural da série. Prepare-se para viver de perto os mistérios, as amizades e a nostalgia dos anos 1980 em uma celebração épica do universo de "Stranger Things", com desafios incríveis para o público colocar seus poderes secretos em jogo e salvar Hawkins.

Essa experiência revolucionária, com ingressos a partir de R$ 60,00 leva os fãs do sucesso mundial da Netflix para dentro de alguns dos cenários mais marcantes da série em uma aventura inédita e cheia de surpresas ao lado dos seus personagens favoritos. Além disso, o público tem a chance única de passear e conhecer de perto os lugares mais icônicos da série. A aventura começa pelo sinistro Laboratório Nacional de Hawkins, seguida por um mergulho de cabeça no Mundo Invertido. Esta narrativa única, desenvolvida em uma parceria exclusiva com os criadores da série, leva os visitantes a um universo paralelo aterrorizante onde o perigo fica à espreita na escuridão. Com o futuro em jogo, Hawkins vai precisar da ajuda de heróis e heroínas de todas as idades (a partir de 5 anos) para se salvar.

Depois de fugir do Mundo Invertido, os visitantes vão curtir a sala Mix-Tape, cheia de lanches deliciosos que aparecem em "Stranger Things", como o sundae de caramelo da Scoops Ahoy, as fatias deliciosas da Surfer Boy Pizza e os coqueteis diferentões do bar temático. Em seguida, os participantes podem tentar bater o recorde de Mad Max no clássico fliperama Palace Arcade, comprar mercadorias exclusivas e até mesmo ficar cara a cara com o aterrorizante Vecna.

“'Stranger Things: The Experience' oferece aos fãs da série da Netflix uma aventura sem igual na pele dos heróis e heroínas de uma história inédita e ajudar Onze, Mike e todo o grupo a derrotar as forças do mal que ameaçam destruir Hawkins", diz Greg Lombardo, chefe de experiências da Netflix. "Os fãs adoram mergulhar nesse universo quando assistem à série. Agora, eles podem vivenciar um episódio de 'Stranger Things' nesta oportunidade imperdível”, conclui.

“Desenvolvemos essa experiência imersiva usando tecnologia de ponta, com o objetivo de trazer 'Stranger Things' para a vida real das pessoas", diz Rafael Foresto, diretor geral da Fever no Brasil. "Em abril, com 'Stranger Things: The Experience', São Paulo vai ficar mais perto de Hollywood do que nunca”, afirma.

"Trazer esta superprodução para o Brasil, baseada em uma série que é um fenômeno global, consolida a Blast Entertainment e o DC Set Group como referência nacional em ações imersivas. Tenho certeza de que isso vai mobilizar muitos fãs de todas as idades, que sairão de lá se sentindo parte dessa história", celebra José G. Franco, CEO da Blast Entertainment.

Serviço
"Stranger Things: The Experience"
Começa no dia 12 de abril de 2024
Shopping Eldorado, Av. Rebouças, 3970 - Pinheiros, São Paulo - SP, 05402-600, Brasil
Ingressos: a pré-venda começa na terça-feira, 19 de março para quem tiver se cadastrado para a lista de espera, e as vendas gerais na quarta-feira, 20 de março pelo site strangerthings-experience.com/saopaulo/. Os ingressos são limitados.
Ingressos a partir de R$60.
Classificação: embora Hawkins tenha espaço para heróis e heroínas de todas as idades, esta experiência contém linguagem adulta, além de imagens e efeitos visuais realistas. Não será permitida a entrada de crianças menores de cinco anos, e qualquer pessoa com menos de 14 anos deverá estar acompanhada de um adulto.
Horário: terça a domingo e feriados das 10h às 22h


Estacionamento do shopping 
Horários: disponível 24 horas por dia
Até duas horas: R$ 24,00
Hora adicional: R$ 4,00
Diária: R$60,00 (cobrada a partir da 6ª hora)
Após 24 horas: será cobrado adicional de R$ 4,00
Siga @strangerthings.experience para obter mais informações.

.: Bate-papo musical "A Mulher por Trás da Canção" é destaque no Sesc Santos


Bate-papo musical "A Mulher por Trás da Canção" traz ao palco histórias das canções da MPB com nomes femininos, neste sábado, dia 16 de março. Foto: Cesar Sartori
 

Neste sábado, dia 16 de março, às 20h00, a cantora e escritora Rosane Queiroz e o pianista Mario Margarido apresentam o bate-papo musical "A Mulher por Trás da Canção", no auditório do Sesc Santos. Baseado no livro “Musas e Músicas - A Mulher por Trás da Canção”, de Rosane Queiroz, lançado pela editora Tinta Negra, o bate-papo musical leva o público a um passeio pelas histórias das canções da MPB com nomes femininos, revelando quem são mulheres inspiradoras de músicas como "Lígia" (Tom Jobim), "Drão" (Giberto Gil), "Tigresa" (Caetano Veloso), "Anna Júlia" (Los Hermanos), entre muitas outras. 

Além da conversa com o público, a autora do livro, Rosane Queiroz, acompanhada do pianista Mario Margarido, canta 12 músicas que estão presentes no livro. Ingressos à venda: R$ 10,00 (credencial plena), R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira). Livre: autoclassificação. 


Sobre Rosane Queiroz
Jornalista, escritora e cantora, Rosane Queiroz trabalhou 15 anos na editora Globo. Foi editora da revista Marie Claire e da revista de bordo da Gol. Atualmente colabora com diversas publicações, entre elas a Folha de S.Paulo. É autora de "Só-Dores e Delícias de Morar Sozinha" (editora Globo Livros) e “Musas e Músicas - A Mulher por Trás da Canção” (editora Tinta Negra).


Sobre Mario Margarido
Pianista, produtor e arranjador, Mário Margarido estudou composição e regência na Faculdade de Música Santa Marcelina. É fundador da banda Armazém (que já foi Prata da Casa no SESC) e da banda Quasímodo e pianista da banda de Jazz do Esporte Clube Pinheiros. Fez turnê pela França em 2005 e participou do Festival de Música Brasileira na Bretanha em 2006. Suas influências: Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti e Amilton Godoy.

Serviço
Bate-papo musical "A Mulher por Trás da Canção" 
Sábado, dia 16 de março, às 20h00
Auditório do Sesc Santos


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida/Santos  
(13) 3278-9800    


Venda de ingressos
As vendas de ingressos para os shows e espetáculos da semana seguinte (segunda a domingo) começa na semana anterior às atividades, em dois lotes:  

On-line pelo aplicativo Credencial Sesc SP e portal do Sesc São Paulo: às terças-feiras, a partir das 17h00. Presencialmente, nas bilheterias das unidades:  às quartas-feiras, a partir das 17h00.  


Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento   
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30

quinta-feira, 14 de março de 2024

.: Os 80 anos de Bartolomeu Campos de Queirós e lançamentos de três livros

Em comemoração aos 80 anos do saudoso Bartolomeu Campos de Queirós, Global Editora insere novas obras do grande mestre de livros infantis em seu catálogo. Imagem: Spacca

Se estivesse vivo, o renomado autor Bartolomeu Campos de Queirós, uma figura icônica da nossa literatura infantil e infantojuvenil, completaria 80 anos em 25 de agosto. no centro-oeste mineiro, Bartô passou sua infância em Papagaio, antes de se instalar em Belo Horizonte. Deixou mais de 70 obras como legado e contribuição para o país. Com isso, 2024 será um ano especial para a Global Editora, que em honra a esse marco significativo, apresenta três novidades em seu catálogo:

O livro, "Sei por Ouvir Dizer", lançado originalmente em 2008, recebeu o Prêmio Jabuti na categoria Melhor Livro Infantil. A obra é uma narrativa de um menino que encontra três óculos e ouve falar que todos eles eram de uma senhora e usava um para ver de perto, outro de longe e outro para encontrar os outros dois.

"A Ararinha-azul", é uma obra publicada pela primeira vez como livro. Antes, a história havia sido publicada dentro de uma coletânea. O livro narra a história de um garoto, seu avô e o papagaio, que sente falta de uma grande amiga, a Ararinha-azul.

E chegará em abril às livrarias, a nova edição do livro "Correspondência", lançado originalmente em 1986. A obra é uma verdadeira carta de amor ao Brasil e à Democracia, onde o autor apresenta uma série de cartas trocadas entre amigos. Sendo um voto em favor de que a nossa “Carta maior”, a Constituição de 1988, viesse a ser justa e atendesse aos sonhos de nosso povo. Com esses lançamentos, a Global Editora reafirma seu compromisso em promover a literatura brasileira e homenagear grandes nomes como Bartolomeu Campos de Queirós, cujo legado continuará a inspirar leitores de todas as idades.


Biografia do autor
Bartolomeu Campos de Queirós nasceu em 1944 no centro-oeste mineiro e passou sua infância em Papagaio, “cidade com gosto de laranja-serra-d’água”, antes de se instalar em Belo Horizonte, onde dedicou seu tempo a ler e escrever prosa, poesia e ensaios sobre literatura, educação e filosofia. Considerava-se um andarilho, conhecendo e apreciando cores, cheiros, sabores e sentidos por onde passava. Bartolomeu só fazia o que gostava, não cumpria compromissos sociais nem tarefas que não lhe pareciam substanciais. “Um dia faço-me cigano, no outro voo com os pássaros, no terceiro sou cavaleiro das sete luas para num quarto desejar-me marinheiro.”

Traduzido em diversas línguas, Bartolomeu recebeu significativos prêmios, nacionais e internacionais, tendo feito parte do Movimento por um Brasil Literário. Faleceu em 2012, deixando sua obra com mais de 60 títulos publicados como maior legado. Sua obra completa passou a ser publicada pela Global Editora, que assim fortalece a contribuição deste importante autor para a literatura brasileira.

.: Entrevista com Yasmin Brunet: a sereia conta o que passou no "Big Brother"


"O meu objetivo era me mostrar como eu realmente sou, com falhas, erros, vulnerabilidades, qualidades e coisas que as pessoas não conheciam ainda", afirma ela. Foto: Globo/João Cotta

“Um universo paralelo”, é assim que Yasmin Brunet observa o jogo do "Big Brother Brasil". Após deixar a casa na última terça-feira, dia 12 de março, a modelo e empresária vê uma grande diferença entre as posições de quem assiste e de quem participa do reality. “Como espectadora, eu julgava absolutamente tudo o que era feito na casa. E como jogadora é outro mundo, eu não julgo mais ninguém que passou por lá. Você está em uma casa com pessoas que nunca viu na vida, tem que conviver com pessoas com as quais você tem embates. Eu não sei se eu entrei muito preparada como jogadora; eu entrei para viver a experiência do 'Big Brother', sem pensar nessa parte do jogo e, chegando lá, eu iria ver o que fazer”, comenta a eliminada da semana, que afirma não ter traçado uma estratégia para a competição.

Depois de viver os últimos dias do confinamento em conflito com participantes como Davi, Alane e Beatriz, a participante deixou o programa nesta terça, dia 12, com 80,76% dos votos no paredão contra Lucas Henrique e Isabelle. A seguir, Yasmin Brunet conta qual era seu objetivo ao entrar no BBB, revela o que mais lhe surpreendeu ao ter contato com informações fora da casa, e entrega ainda seus planos para a nova fase.
 

Que balanço faz da sua experiência do "Big Brother Brasil"?
Yasmin Brunet - Foi uma experiência com a qual eu aprendi muito sobre mim mesma como pessoa. Era uma vontade minha de muito tempo.


Quais foram os seus melhores momentos no reality?
Yasmin Brunet Os melhores momentos foram os que eu estava com as pessoas que eu gosto, com os meus aliados; os momentos felizes em que eu estava rindo, me divertindo e em que eu esquecia um pouco do jogo.


E os mais difíceis?
Yasmin Brunet As brigas, com certeza, foram os momentos mais difíceis. Eu não gosto de brigar, de me descontrolar, de ter nenhum tipo de embate com ninguém, então todas as brigas foram ruins.

Qual era seu objetivo no "BBB 24", quando topou o convite? 
Yasmin Brunet O meu objetivo era me mostrar como eu realmente sou, com falhas, erros, vulnerabilidades, qualidades e coisas que as pessoas não conheciam ainda – ou conheciam muito pouco.


Acha que conseguiu alcançá-lo?
Yasmin Brunet Ainda não consegui ver muito do que aconteceu, mas eu espero que tenha, sim, atingido o meu objetivo.
 

Nos últimos dias, você comentou que estava sentindo que sairia do programa. O que te fez ter essa percepção?
Yasmin Brunet Lá dentro todo mundo já sabe quem é o ganhador, está muito claro para todo mundo. E quando você tem algum embate com a pessoa que você sabe que é a preferida, é claro que você vai sair. 
 

Agora que deixou da casa, algum acontecimento do jogo que já tenha visto aqui fora te surpreendeu?
Yasmin Brunet Sim, a conversa do Rodriguinho me surpreendeu muito, foi o que mais me surpreendeu até agora. E também o que me foi passado sobre o que o Davi falou na festa, que na verdade não foi como ele falou. O jeito que o Bin (Laden) me falou foi de uma forma, mas na verdade o que ele disse foi de outra. Isso me surpreendeu muito, porque foi ali que começou todo o meu embate com ele, com uma fofoca mal contada.

Que tipo de espectadora de "BBB" era a Yasmin aqui fora?
Yasmin Brunet Como espectadora, eu julgava absolutamente tudo o que era feito na casa.


Que tipo de jogadora você se considera agora?
Yasmin Brunet Como jogadora é outro mundo, eu não julgo mais ninguém que passou por lá, eu entendo que lá é quase que um universo paralelo onde as emoções ficam completamente à flor da pele. Você está em uma casa com pessoas que nunca viu na vida, tem que conviver com pessoas com as quais você tem embates – e na vida normal você dificilmente teria que fazer isso. Eu não sei se eu entrei muito preparada como jogadora; eu entrei para viver a experiência do "Big Brother", sem pensar nessa parte do jogo e, chegando lá, eu iria ver o que fazer. Essa parte do jogo, de fato, foi bem difícil.

Recentemente, você teve grandes embates com o Davi e confessou o incômodo com sua presença. Na sua visão, o que motivou esses conflitos?
Yasmin Brunet Eu acho que começou com a fofoca contada pelo Bin (Laden) na festa sobre ele achar que Camarote não mereceria estar ali e que não merecia ganhar o "BBB".
 

O Davi chegou a dizer que não via movimentações suas no jogo. A Beatriz, inclusive te indicou ao paredão com essa justificativa. Você acha que faltou movimentação da sua parte ou discorda deles nisso?
Yasmin Brunet Eu me movimentei como pude e como fazia sentido para mim, mas eu acho que nunca vai parecer o suficiente e pode ser que não tenha sido suficiente mesmo. Eu não sei como julgar esse tipo de coisa: o que é muito, o que é pouco, quais são as movimentações certas. Eu acho que depende muito do ponto de vista do outro.
 

Nas últimas semanas, também houve atritos entre você e Alane, e você chegou a comentar que a convivência estava insustentável. Como avalia o jogo dela?
Yasmin Brunet O que me incomoda no jogo dela é que ela distorce muito as falas das pessoas e leva sempre para uma pauta que não tem nada a ver com o que foi falado. Eu acho que é um jogo muito perigoso, inclusive, e ela não tem noção do que está fazendo. Aqui fora pode repercutir de outras formas ela pegando falas das pessoas e distorcendo completamente para que ela sempre seja a vítima e o outro sempre seja o perseguidor.

No início do jogo, você tinha apenas a Wanessa Camargo como aliada, não sendo integrante de um grupo grande, como os demais eram.  Acredita que essa foi a melhor estratégia para seguir na disputa?
Yasmin Brunet Isso foi zero uma estratégia para mim. Eu não entrei preparada para o jogo em si, eu entrei para viver a experiência do "Big Brother" sem pensar muito no jogo. Eu queria jogar com o coração, não tinha uma estratégia. Eu imagino que tenha gente que entra com algum tipo de estratégia, mas não foi o meu caso. E eu não sei se foi a melhor escolha em muitos momentos. E pensando agora, friamente, se eu fosse olhar o quesito estratégia, não teria sido a melhor escolha, não. Na minha cabeça, primeiramente, eu não queria combinar voto, eu queria jogar sozinha, com o coração. Mas chega uma hora lá que fica insustentável fazer isso.

Depois de algumas semanas, você acabou se aproximando mais do Lucas Henrique e da Leidy Elin. Vocês se enxergavam como um grupo?
Yasmin Brunet Com certeza. No final, a gente estava combinando voto porque a gente precisava se salvar. A casa ficou muito dividida em dois grupos: o do quarto Fadas e o restante. Então, chegou uma hora em que a gente precisou fazer isso.

Tem algum arrependimento ou faria algo diferente, se pudesse?
Yasmin Brunet Meu único arrependimento foi ter sido explosiva e impulsiva em alguns momentos, ter exagerado nas palavras com algumas pessoas. Nas brigas, houve momentos em que eu me deixei ser levada por emoções que ficam à flor da pele, porque realmente é um mundo paralelo. Eu não imaginei que seria assim, eu não imaginei que seria tão difícil quanto é o jogo em si. Dessas horas que eu exagerei nas palavras e nas colocações eu me arrependo. Mas da forma como eu joguei, não.

Quem acha que ganha o "BBB 24"? 
Yasmin Brunet Eu sei que o Davi ganha.


E para quem torce?
Yasmin Brunet Eu torço para a Leidy, gosto muito dela. Ela foi minha aliada lá dentro e é uma amizade que eu quero trazer aqui para fora, com certeza. Ela estava comigo em todos os momentos, ela me ajudou muito e era uma força muito grande para mim. Ela sofria antes de eu sofrer, chorava antes de eu chorar, estava sempre ali quando eu precisava. Nós deitávamos na cama juntas, ela ficava me contando coisas aqui de fora para espairecer. Eu acho que ela é uma pessoa muito forte, com uma história de vida incrível, então eu torço muito por ela.

Quais são seus planos pessoais e profissionais agora, depois de passar por essa experiência?
Yasmin Brunet Eu pretendo voltar com tudo para a minha marca, para os meus produtos de beleza, fazer novos lançamentos. Voltar a todo vapor com tudo isso que, enquanto eu estava lá dentro, tive que dar uma pausa e deixar com a minha equipe. E pretendo descansar também.

O "BBB 24" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após "Renascer", e domingos, após o "Fantástico". 


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.: Japan House SP prorroga exposição "Convivendo com Robôs" até 19 de maio


Graças ao sucesso de visitação, a exposição “Convivendo com Robôs” ganha mais tempo em cartaz e terá seu período estendido até o dia 19 de maio na Japan House São Paulo, localizada na Av. Paulista, 52, em São Paulo. Vista por mais de 200 mil pessoas, a exposição com curadoria do pesquisador de tecnologia e robótica Zaven Paré, apresenta 11 “robôs amigáveis” e os aspectos particulares dos robôs japoneses. Utilizados de forma terapêutica ou para o entretenimento, os robôs são projetados para interagir de forma simpática, segura e colaborativa, e desmistificam a interação com os humanos.


Serviço
Exposição “Convivendo com robôs”
Período: até 19 de maio de 2024
Local: Japan House São Paulo, térreo - Avenida Paulista, 52, São Paulo/SP
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h
Entrada gratuita. Reservas online antecipadas (opcionais): https://agendamento.japanhousesp.com.br/
Apoio: Consulado Geral do Japão em São Paulo, Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro, JETRO, Museu Nacional de Ciências Emergentes e Inovação e Jornal Asahi Shimbun

.: Com Ricardo Tozzi e grande elenco, "Ainda Dá Tempo" estreia no Teatro Uol


Uma casa à venda é o ponto de encontro de três casais, que se surpreendem com descobertas que podem mudar os seus destinos. Comédia de Jeff Gould, com direção de Isser Korik, estreia no dia 5 de abril, no Teatro Uol. Foto: Guilherme Assano

Com Ricardo Tozzi, Bruna Thedy, Norival Rizzo, Eliete Cigaarini, Igor Cosso, Bia Arantes e Klayton Pavesi, o espetáculo “Ainda Dá Tempo”, que estreia dia 5 de abril no Teatro Uol, traz uma reflexão divertida e instigante sobre a passagem do tempo e a importância do cuidado que os casais devem ter com o relacionamento, nas suas diferentes fases.Escrita por Jeff Gould e com direção de Isser Korik, a comédia começa com casal de meia idade e seu filho adolescente, que arrumam sua casa que está à venda, para receber compradores.

Dois casais, em fases e objetivos distintos, chegam para a visitação e começam a compartilhar as experiências e os desafios que enfrentam em seus relacionamentos. As afinidades entre os gêneros vão se tornando evidentes até que sinais estranhos e misteriosos surgem, o que os leva a uma descoberta surpreendente. Tal situação desperta os casais a questionarem sobre como, no presente, lidam com o seu passado e o que desejam fazer pelo seu futuro.


Parceria de sucesso
A comédia “Ainda Dá Tempo” é o mais recente texto assinado pelo americano Jeff Gould. Durante vinte e cinco anos, o dramaturgo tem feito o público rir ao explorar os territórios do amor, do sexo e do casamento com seu olhar atento sobre aos relacionamentos. “Definitivamente meus textos têm pitadas autobiográficas. Muitos diálogos são baseados no meu relacionamento com minha ex-mulher. Mas não é só isso. Se você quer ser escritor, tenho duas sugestões: seja um pouco louco e seja amigo de alguns deles”, fala o autor sobre o seu trabalho.

“Jogo Aberto”, um dos sucessos anteriores do autor já foi montado em vários países, incluindo o Brasil (2016), traduzido e dirigido por Isser Korik e protagonizado por Ricardo Tozzi. “Eu gosto de repetir parcerias que dão certo. Alguns autores são recorrentes no meu trabalho: João Bethencourt já fiz dois textos, Jeff Gould já é o terceiro que traduzo e enceno. Retomar a parceria com o Tozzi, com a Bruna e com a Eliete, nesse elenco que é um 'dream team' é muito gratificante para mim”. O espetáculo é apresentado pela empresa Metlife e patrocínio do Banco Luso e Consigaz pela Lei Nacional de Incentivo à Cultura.

Ficha técnica
Espetáculo "Ainda Dá Tempo"
Comédia de Jeff Gould
Tradução e Direção de Isser Korik
Elenco: Ricardo Tozzi, Bruna Thedy, Norival Rizzo, Eliete Cigaarini, Igor Cosso, Bia Arantes e Klayton Pavesi.
Cenografia: Ricardo Tozzi
Figurinos: Renata Ricci
Produção Executiva e Cenotecnia: Will Siqueira
Trilha Sonora: Wagner Bernardes
Fotografia: Guilherme Assano
Assistência de Direção: Roana Paglianno
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Criação Gráfica: Letícia Andrade  e R+Marketing
Administração: Paloma Espíndola
Prestação de Contas: Sonia Kavantan
Coordenação de Marketing: Emanoela Abrantes
Iluminador e Operação: Rafael Pereir
Mídias Sociais: Renata Castanho
Realização: Referendum Participações e Serviços Ltda e Ministério da Cultura

Serviço:
Espetáculo "Ainda Dá Tempo"
De: Jeff Gould
Tradução e direção: Isser Korik
Gênero: Comédia
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Temporada: de 5 de abril a 2 de junho. Sextas, sábados e domingos, às 20h00.

Ingressos:
Sextas e Domingos – Setor A R$ 100,00 e Setor B R$ 70,00
Sábados – Setor A R$ 120,00 e Setor B R$ 90,00
Ingressos promocionais com descontos de 70% e 80%, no site e na bilheteria, para os primeiros compradores de cada sessão.

Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323
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Capacidade: 300 lugares
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Horário de funcionamento da bilheteria
Quartas e quintas das 17h às 20h, sextas das 16h às 20h, sábados, das 13h às 22h e domingos, das 13h às 20h; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube UOL e Clube Folha 50% desconto.Patrocínio do Teatro Uol: Uol, Folha de S.Paulo, Genesys, Banco Luso Brasileiro e MetLife.

quarta-feira, 13 de março de 2024

.: Giullia Buscacio na novela: "Sandra é a personagem mais desafiadora"


Atriz entra na novela "Renascer" para modificar os rumos da novela. Foto: Globo/Angélica Goudinho

Sem avisar, Sandra (Giullia Buscacio) aparece de surpresa na fazenda de Egídio (Vladimir Brichta) em ‘Renascer’. A jovem é recebida por Marçal (Osvaldo Mil), capanga de Egídio, que se surpreende ao saber que a moça é a filha do patrão. A surpresa também fica por conta de Dona Patroa (Camila Morgado), mãe de Sandra, que se emociona com o reencontro. Sandra decidiu largar a faculdade em Salvador e passar uns tempos na fazenda. O pai recrimina a ideia e se incomoda com a presença de Sandra na casa, já planejando uma forma de mandar a filha de volta para a capital baiana. Enquanto isso, a mãe se assusta com as ideias progressistas da jovem e o embate de gerações fica visível logo no primeiro momento.

Ainda assim, Sandra não abaixa a cabeça pra Egídio e tenta estabelecer um diálogo com a mãe. Avisa que vai ficar um tempo com eles e que tomou a decisão para ficar mais próxima de Dona Patroa, deixando-a comovida. Mas é durante um passeio a cavalo que Sandra terá outro motivo para prolongar sua estada por aquelas bandas. Com dificuldade em domar o cavalo, a jovem se depara com João Pedro (Juan Paiva) na estrada de terra.

O filho de José Inocêncio (Marcos Palmeira) é solícito e ajuda Sandra a montar no animal. Os dois engatam uma conversa e já demonstram um interesse mútuo, mas basta a moça mencionar que é filha de Egídio Coutinho para João Pedro parar de ajudá-la e ir embora deixando Sandra para trás. De volta para casa, a jovem comenta com o episódio com a mãe. Apesar de ter ficado com raiva da atitude de João Pedro, ela não esconde o interesse pelo rapaz. 

"Renascer" é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Alexandre Macedo, Walter Carvalho, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon e Bruna Ferreira e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. A seguir, Giullia Buscacio comenta sobre Sandra, sua personagem em "Renascer".


Como está a sua expectativa para "Renascer"?
Giullia Buscacio -
É uma realização profissional, principalmente por terem confiado a mim uma personagem como a Sandra, em uma novela das 21h00, com um elenco e equipe tão competente e um público que já carrega uma paixão por esse projeto. A expectativa é enorme. Comecei a gravar bem depois do restante dos colegas da segunda fase e agora chegou a hora. Sou uma espectadora da novela, gosto de acompanhar o trabalho dos colegas e a história toda que é muito encantadora. Estou muito feliz!


O que você destacaria de semelhanças com a personagem?
Giullia Buscacio - 
O fato de sermos mulheres decididas e dispostas a lutar pelo que acredito e pelo certo. 


Como foi o processo de composição da personagem?
Giullia Buscacio - 
Sandra é a personagem mais desafiadora da minha carreira. A construção de personagem é algo muito individual e que depende muito do tempo em que se passa a novela. Hoje, aos 27 anos, me vejo fazendo meu primeiro trabalho mais maduro na televisão e não mais como uma menina. É difícil esse processo de crescer diante das câmeras, mas muito gratificante. 


Como será a relação de Sandra e João Pedro e com os pais dela?
Giullia Buscacio - 
Será muito importante esse encontro dos dois e para ambos. Tanto na trama quanto na vida esses encontros mudam rumos. Não acho que seja uma responsabilidade da Sandra trazer essa alegria para o João Pedro, mas a partir disso eu espero que o João Pedro entenda que há outras formas de a gente ser feliz. Não é porque uma pessoa nos magoou que não teremos nova chance de ser feliz na vida. Espero que a Sandra traga novos ares pra ele e também tem uma relação bem desafiadora com os pais, Egídio e Dona Patroa, daqui pra frente. Ela traz um novo olhar e questionamentos que podem ajudar a mãe a refletir sobre muitos assuntos. Há uma troca muito bonita entre mãe e filha nos assuntos relacionados à figura masculina dentro de casa.

.: Últimas apresentações de "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta..."


Com texto da brasileira Consuelo de Castro, peça está em cartaz até 24 de março no Teatro Paiol Cultural, com idealização de Roberta Collet e direção de Reginaldo Nascimento. Foto: Ronaldo Gutierrez

A montagem "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História", com texto da dramaturga Consuelo de Castro (1946-2016), e idealizada por Roberta Collet, que também está no papel principal, e dirigida Reginaldo Nascimento, faz as últimas apresentações  no Teatro Paiol Cultural, na Vila Buarque, em São Paulo. A peça está em cartaz até dia 24 de março, com sessões sábados e domingos.

Nesta versão livre do mito de Medeia, a personagem-título toma o lugar de Jasão e chefia a expedição dos Argonautas, não por amor a ele, mas pelo ideal de paz entre os povos do Ocidente e do Oriente. Na peça, ela é traída não só pelo amor de Jasão a uma outra mulher, mas por uma aliança política dele com o rei Creonte. Os intérpretes são  Roberta Collet, Felipe Oliveira, Haroldo Bianchi, Joca Sanches e Rodrigo Ladeira. 

A peça foi montada com recursos próprios, sem o apoio de leis de incentivo. O texto de Consuelo mostra Medeia por outros ângulos: na trama, ela tem ideais políticos e chefia a expedição dos Argonautas no lugar de Jasão. De acordo com o mito, a missão desses navegantes era ir à Cólquida buscar o Velocino de Ouro, um presente dos deuses cujo poder era atrair prosperidade. 

Medeia lutava para garantir a paz entre os povos do Ocidente e do Oriente. Por esse motivo, foi traída não só pelo amor de Jasão a uma outra mulher, mas por uma aliança política dele com o rei Creonte. Para abordar todas essas dimensões no espetáculo, a encenação coloca o poder feminino a partir dos atos finais de vida, mortes e renascimentos que atravessam o caminho de Medeia. Ela representa a luta de tantas outras pela paz ao longo da história. A traição aparece em cada desejo inescrupuloso dos homens que a cercam no desenvolvimento da tragédia. “Ela é deslegitimada pelos deuses, pelos oráculos e pelo próprio Jasão. Em sua visão, todos esses agentes matam as pessoas que a ajudam e roubam seu direito de ser rainha”, comenta o diretor Reginaldo Nascimento.


Sobre a encenação
"Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História" de uma maneira diferente. Por isso, de acordo com o diretor Reginaldo Nascimento, a concepção do espetáculo se pauta em uma encenação limpa. “Nosso foco está na força das palavras e na potência das interpretações. Dessa maneira, o cenário é minimalista e a trilha sonora serve apenas para ambientar o espectador”, comenta.

Na proposta cênica, todos os personagens já estão mortos – exceto Medeia, pois ela se tornou um símbolo. “Como minha ideia é que ela esteja expurgando os pecados, a narrativa acontece em retrospecto, como um filme. Ou seja, o palácio já foi queimado e os filhos já estão mortos. Assim, quero que os atores e atrizes estejam chamuscados pela poeira do fogo e do tempo – e o figurinista Chriz Aizner vai viabilizar isso”, detalha o diretor.    

Em relação à sonoplastia, Reginaldo Nascimento pensou em utilizar apenas músicas instrumentais. Haverá também a projeção de um mar, com o barulho constante de água, raios e trovões, dando o clima de uma tragédia grega.  “Para nós, é uma alegria montar esse texto no Teatro Paiol Cultural, que abriu as portas em 1969, justamente com um texto de Consuelo de Castro”, afirma Nascimento. 

Ficha técnica
Espetáculo "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História"
Autora: Consuelo de Castro
Direção: Reginaldo Nascimento
Diretora assistente: Amália Pereira
Elenco: Roberta Collet, Felipe Oliveira, Haroldo Bianchi, Joca Sanches e Rodrigo Ladeira
Desenho de Espaço Cênico e Sonoplastia: Reginaldo Nascimento
Cenário e figurinos: Chris Aizner
Lighting Design: Wagner Pinto
Costureira: Judite Gerônimo de Lima
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Fotógrafo: Ronaldo Gutierrez
Produção executiva: Amália Pereira
Direção de produção: Reginaldo Nascimento
Designer: Patricia Collet


Serviço
Espetáculo "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História"
Até 24 de março, aos sábados, às 20h00, e, aos domingos, às 19h00
Local: Teatro Paiol Cultural - R. Amaral Gurgel, 164 - Vila Buarque (estações de metrô: Santa Cecília e República. Estacionamentos conveniados: Rua Marquês de Itu, 401 e 436). Telefone: (11) 2364-5671.
Bilheteria: de quinta a domingo, das 14h00 às 20h00
Valor: R$ 60,00 e R$ 30,00
Classificação: 14 anos | Duração: 90 minutos

terça-feira, 12 de março de 2024

.: Livro "Palestina", de Rashid Khalidi: um estudo sóbrio sobre a guerra centenária


Escrito pelo principal historiador americano sobre o Oriente Médio, Rashid Khalidi, o livro de não-ficção "Palestina: um Século de Guerra e Resistência (1917-2017)" é um relato sóbrio e ao mesmo tempo pessoal desse conflito sistemático que se arrasta por mais de cem anos. Sem encobrir os erros dos líderes palestinos ou negar a emergência de movimentos nacionalistas de ambos os lados, este livro, lançado pela editora Todavia, reavalia as forças envolvidas e oferece uma visão esclarecedora de um conflito que parece não ter fim.

Em março de 1899, Yusuf Diya al-Khalidi, que já fora deputado e prefeito de Jerusalém, enviou uma carta alarmada a Theodor Herzl, considerado o pai do sionismo moderno. Nela, argumentava que, quaisquer que fossem os méritos do movimento sionista, as “forças brutais das circunstâncias tinham que ser consideradas”, pois o povo palestino nunca aceitaria de bom grado ser suplantado. Ao alertar para os perigos futuros, ele concluía sua nota com um apelo sincero: “em nome de Deus, deixe a Palestina em paz”.

Assim Rashid Khalidi, o principal historiador americano sobre o Oriente Médio, herdeiro intelectual de Edward Said e igualmente reconhecido pelo seu enfoque humanista da disputa, inicia o seu relato sobre a guerra secular na Palestina. Com uma narrativa clara e equilibrada, Khalidi, descendente do autor da carta a Herzl, subverte as interpretações aceitas do conflito, que tendem, na melhor das hipóteses, a descrevê-lo como um confronto trágico entre dois povos que reivindicam o mesmo território. Para tanto, retraça os mais de cem anos da guerra, encampada primeiro pelo movimento sionista e depois por Israel, mas com o substancial (ainda que intermitente) aporte de Grã-Bretanha e Estados Unidos, as grandes potências do período.

Guiando os leitores pelos episódios-chave da campanha colonial, como a Declaração Balfour de 1917 (que comprometia a Inglaterra com o estabelecimento de uma nação judaica sem ao menos mencionar os palestinos) e os confrontos de 1948 e 1967, Khalidi se vale de pesquisas de arquivo, material de familiares — deputados, juízes, acadêmicos, diplomatas e jornalistas — e das próprias experiências para revelar o pano de fundo histórico que enquadra os acontecimentos atuais, explicando dinâmicas subjacentes decisivas para uma compreensão adequada do presente. Compre o livro "Palestina: um Século de Guerra e Resistência (1917-2017)", de Rashid Khalidi, neste link.  


O que disseram sobre o livro
“Uma obra fascinante e original, a primeira a explorar a guerra contra os palestinos com base numa profunda imersão na sua luta.” — Noam Chomsky

“Rashid Khalidi, o herdeiro intelectual de Edward Said, escreveu um dos grandes livros sobre a questão palestina.” — Financial Times

“Informado e fervoroso, este livro é uma elegia aos palestinos, à sua expropriação, ao seu fracasso em resistir à conquista.” — The Guardian

Sobre o autor
Rashid Khalidi
nasceu em 1948, em Nova Iorque. Publicou vários livros sobre o Oriente Médio e ocupa a cadeira Edward Said em estudos árabes modernos da Universidade Columbia. É autor de inúmeros ensaios sobre história e política do Oriente Médio, incluindo textos em The New York Times, The Boston Globe, LA Times, Chicago Tribune e em diversas revistas.

Trecho do livro
Dada essa cegueira, o conflito é retratado, na melhor das hipóteses, como um confronto nacional direto, ainda que trágico, entre dois povos com direitos sobre a mesma terra. Na pior, é descrito como o resultado do ódio fanático e arraigado de árabes e muçulmanos contra o povo judeu enquanto ele estabelece seu direito inalienável à sua terra natal eterna, dada por Deus. Na verdade, não há razão para que aquilo que vem acontecendo na Palestina faz mais de um século não possa ser entendido tanto como um conflito colonialista quanto como uma disputa entre nações. Mas nossa preocupação aqui é sua natureza colonialista, uma vez que esse aspecto central tem sido subestimado, embora essas qualidades típicas de outras campanhas colonialistas estejam evidentes na história moderna da Palestina.

De maneira característica, colonizadores europeus que procuravam suplantar ou dominar povos nativos, nas Américas, na África, na Ásia ou na Australásia (ou na Irlanda), sempre os descreveram em termos pejorativos. Eles também sempre alegam que vão melhorar as condições de vida da população nativa como resultado de seu domínio; a natureza “civilizadora” e “avançada” de seus projetos colonialistas serve para justificar qualquer maldade perpetrada contra os povos nativos para atingir seus objetivos. Basta mencionar a retórica de administradores franceses no Norte da África ou de vice-reis britânicos na Índia.

Sobre o Raj britânico, Lord Curzon disse: Sentir que em algum lugar entre esses milhões de pessoas se deixou um pouco de justiça ou felicidade ou prosperidade, um senso de hombridade ou dignidade moral, uma fonte de patriotismo, um alvorecer de iluminação intelectual ou uma noção de dever, onde antes isso não existia — é o que basta, essa é a justificativa do inglês na Índia.

As palavras “onde antes isso não existia” merecem ser repetidas. Para Curzon e outros de sua classe colonial, os nativos não sabiam o que era melhor para eles e não podiam alcançar essas coisas sozinhos: “Vocês não podem ficar sem nós”, afirmou Curzon em outro discurso. Há mais de um século, os palestinos têm sido descritos precisamente na mesma linguagem por seus colonizadores, como aconteceu com outros povos nativos. A retórica condescendente de Theodor Herzl e outros líderes sionistas não era diferente da usada por seus pares europeus.

O Estado judeu, escreveu Herzl, iria “formar uma parte de um muro de defesa para a Europa na Ásia, um posto avançado da civilização contra a barbárie”. Isso lembrava a linguagem usada na conquista da fronteira norte-americana, que acabou no século XIX com a erradicação ou submissão de toda a população nativa do continente. Como na América do Norte, a colonização da Palestina — como a da África do Sul, da Austrália, da Argélia e de partes da África Ocidental — tinha o objetivo de implantar uma colônia branca europeia. O mesmo tom em relação aos palestinos que caracteriza tanto a retórica de Curzon quanto a da carta de Herzl está replicado na maior parte do discurso sobre a Palestina nos Estados Unidos, na Europa e em Israel até hoje.

Alinhado com essa racionalização colonialista, há um amplo material literário dedicado a provar que, antes do advento da colonização sionista europeia, a Palestina era estéril, vazia e atrasada. A Palestina histórica já foi tema de inúmeras lendas depreciativas na cultura popular ocidental, bem como de escritos academicamente sem valor que se pretendem científicos e eruditos, mas que são cheios de erros históricos, retratos equivocados e, às vezes, total intolerância. No máximo, afirma essa literatura, o país era habitado por uma pequena população de beduínos sem raízes e nômades que não tinham identidade fixa e nenhum vínculo com a terra por onde passavam, de maneira essencialmente transitória.

O corolário dessa afirmação é que foram apenas o trabalho e o dinamismo dos novos imigrantes judeus que transformaram o país no jardim florido que supostamente é hoje, e que somente eles tinham uma identificação e um amor pela terra, bem como um direito a ela (concedido por Deus). Essa atitude é resumida no slogan “Uma terra sem povo para um povo sem terra”, usado por apoiadores cristãos de uma Palestina judaica, bem como pelos primeiros sionistas, como Israel Zangwill. A Palestina era terra nullius para aqueles que vieram se estabelecer nela, e aqueles que lá viviam não tinham nome e eram amorfos. Assim, a carta de Herzl a Yusuf Diya se referia a árabes palestinos, que então eram cerca de 95% dos habitantes do país, como sua “população não judaica”.

Em essência, o argumento era que os palestinos não existiam, ou não deveriam ser levados em conta, ou não mereciam habitar o país que tão tristemente negligenciaram. Se não existem, então mesmo as bem fundamentadas objeções palestinas aos planos do movimento sionista poderiam ser simplesmente ignoradas. Assim como Herzl ignorou a carta de Yusuf Diya al-Khalidi, a maioria dos esquemas para a disposição da Palestina era igualmente arrogante. A Declaração Balfour, que foi emitida em 1917 por um gabinete britânico e comprometia a Inglaterra com a criação de uma nação judaica, nem sequer mencionava os palestinos, a grande maioria da população do país na época, embora estivesse determinando o futuro da Palestina pelo século subsequente. Garanta o seu exemplar de "Palestina: um Século de Guerra e Resistência (1917-2017)", escrito por  Rashid Khalidi, neste link.

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