segunda-feira, 11 de março de 2024

.: E os vencedores do Oscar 2024 foram... Confira a lista!

 


A cerimônia do Oscar aconteceu em Los Angeles, no dia 10 de março, com apresentação do comediante Jimmy Kimmel. Entre os destaques da noite está a apresentação musical da canção "I´m Just Ken", interpretada pelo ator Ryan Gosling, do filme "Barbie". O número com muito rosa, inclusive no terno do artista, teve a participação especial de Slasher, assim como a cantoria de America Ferreira, Greta Gerwig, Margot Robbie e Emma Stone.

O grande vencedor da noite foi o filme "Oppenheimer", de Christopher Nolan, que recebeu 13 indicações e abocanhou 7 estatuetas, sendo que o intocável Assassinos da Lua das Flores, de Martin.  A cantora Billie Ellish também fez história ao se tornar a mais jovem a receber dois Oscars. Confira a lista dos vencedores!


Melhor filme

Oppenheimer - VENCEDOR

American Fiction

Anatomia de Uma Queda

Assassinos da Lua das Flores

Barbie

Maestro

Os Rejeitados

Pobres Criaturas

Vidas Passadas

Zona de Interesse


Melhor diretor

Christopher Nolan – Oppenheimer - VENCEDOR

Justine Triet – Anatomia de Uma Queda

Martin Scorsese – Assassinos da Lua das Flores

Yorgos Lanthimos – Pobres Criaturas

Jonathan Glazer – Zona de Interesse


Melhor ator

Cillian Murphy - Oppenheimer - VENCEDOR

Bradley Cooper - Maestro

Colman Domingo - Rustin

Paul Giamatti - Os Rejeitados

Jeffrey Wright - American Fiction


Melhor atriz

Emma Stone – Pobres Criaturas - VENCEDORA

Annette Bening – Nyad

Lily Gladstone – Assassinos da Lua das Flores

Sandra Hüller – Anatomia de Uma Queda

Carey Mulligan – Maestro


Melhor ator coadjuvante

Robert Downey Jr. - Oppenheimer - VENCEDOR

Sterling K Brown - American Fiction

Robert De Niro - Assassinos da Lua das Flores

Ryan Gosling - Barbie

Mark Ruffalo - Pobres Criaturas


Melhor atriz coadjuvante

Da’Vine Joy Randolph - Os Rejeitados - VENCEDOR

Emily Blunt - Oppenheimer

Danielle Brooks - A Cor Púrpura

America Ferrera - Barbie

Jodie Foster - Nyad


Melhor roteiro original

Anatomia de Uma Queda — Justin Triet, Arthur Harari - VENCEDOR

Os Rejeitados — David Hemingson

Maestro — Bradley Cooper, Josh Singer

Segredos de um Escândalo — Samy Burch, Alex Mechanik

Vidas Passadas — Celine Song


Melhor roteiro adaptado

Zona de Interesse - Jonathan Glazer - VENCEDOR

American Fiction - Cord Jefferson

Barbie - Greta Gerwig, Noah Baumbach

Oppenheimer - Christopher Nolan

Pobres Criaturas - Tony McNamara

Melhor canção original

What Was I Made For? - Barbie - VENCEDORA

The Fire Inside - Flamin' Hot - O Sabor que Mudou a História

I’m Just Ken - Barbie

It Never Went Away - American Symphony

Wahzhazhe (A Song For My People) - Assassinos da Lua das Flores


Melhor trilha original

Oppenheimer - VENCEDOR

American Fiction

Indiana Jones e a Relíquia do Destino

Assassinos da Lua das Flores

Pobres Criaturas


Melhor filme internacional

Zona de Interesse - VENCEDOR

Io Capitano

Perfect Days

A Sociedade da Neve

Das Lehrerzimmer


Melhor animação

O Menino e a Garça - VENCEDOR

Elementos

Nimona

Meu Amigo Robô

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso


Melhor documentário

20 Days in Mariupol - VENCEDOR

Bobi Wine: The People's President

A Memória Infinita

As 4 Filhas de Olfa

To Kill a Tiger


Melhor design de figurino

Pobres Criaturas - VENCEDOR

Barbie

Assassinos da Lua das Flores

Napoleão

Oppenheimer


Melhor maquiagem e penteados

Pobres Criaturas - VENCEDOR

Golda - A Mulher de Uma Nação

Maestro

Oppenheimer

A Sociedade da Neve


Melhor design de produção

Pobres Criaturas - VENCEDOR

Barbie

Assassinos da Lua das Flores

Napoleão

Oppenheimer


Melhor som

Zona de Interesse - VENCEDOR

Resistência

Maestro

Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte Um

Oppenheimer

Melhor edição

Oppenheimer - VENCEDOR

Anatomia de Uma Queda

Os Rejeitados

Assassinos da Lua das Flores

Pobres Criaturas


Melhor fotografia

Oppenheimer - VENCEDOR

O Conde

Assassinos da Lua das Flores

Maestro

Pobres Criaturas


Melhores efeitos visuais

Godzilla Minus One - VENCEDOR

Resistência

Guardiões da Galáxia Vol. 3

Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte Um

Napoleão


Melhor curta

The Wonderful Story of Henry Sugar - VENCEDOR

The After

Invincible

Knight of Fortune

Red, White and Blue


Melhor curta animado

War Is Over! Inspired by the Music of John & Yoko - VENCEDOR

Letter to a Pig

Ninety-Five Senses

Our Uniform

Pachyderme


Melhor documentário curta

The Last Repair Shop - VENCEDOR

The ABCs of Book Banning

The Barber of Little Rock

Island In Between

Nǎi Nai and Wài Pó


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.: "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada" estreia no Teatro Faap


Marisa Orth e Tania Bondezan protagonizam "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", que estreia no dia 19 de março no Teatro Faap.Inédito no Brasil, o espetáculo dirigido por Odilon Wagner é uma comédia ágil, de humor insólito e cheio de surpresas. Foi escrito pelos uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal e encenado em 12 países. Foto: João Caldas 

A insegurança laboral no serviço doméstico e a questão da idade no mundo do trabalho são os grandes temas abordados pela peça "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", dos autores uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal. Ainda inédito no país, o espetáculo ganha uma versão dirigida por Odilon Wagner e protagonizada por Marisa Orth e Tania Bondezan, estreia no dia 19 de março no Teatro Faap onde segue em cartaz até 23 de maio, com sessões às terças, quartas e quintas-feiras, às 20h. 

A comédia estreou em 2016 em Montevidéu e, desde então, teve montagens bem-sucedidas no Uruguai, Chile, Argentina, Espanha, Colômbia, Peru, México, Costa Rica, República Dominicana, Porto Rico, EUA e Panamá. Além disso, conquistou os prêmios Estrella de Mar (2022), Carlos (2023) e ACE Awards (2023), na Argentina, e Bravo (2023), no México. E, em 2024, ainda deve estrear na Bélgica e no Paraguai.

“O convite para montar essa obra veio do próprio autor Fernando Smith”, conta a atriz Tania Bondezan, que também assina a produção ao lado de Odilon Wagner. “Fernando me perguntou se eu tinha interesse em ler a peça e eventualmente montá-la. Eu morri de rir já na primeira leitura, encantei-me com a inteligência e com o humor do texto e já fui traduzindo. Então, mostrei a peça para o Odilon que também se encantou com o trabalho e se propôs a dirigi-lo”, explica a atriz.

Com humor cáustico, a peça acompanha duas cuidadoras de idosos, Glória e Lúcia, que trabalham em diferentes turnos para cuidar de Radojka, uma senhora sérvia que vive longe de sua família. Tudo funciona maravilhosamente bem até que, certa manhã, Glória descobre que Radojka faleceu, após um fatídico acidente doméstico. 

A comédia é baseada nos planos delirantes que as cuidadoras tramam para não perder o emprego, o que acaba resultando em situações bizarras. O desespero de perder o emprego em uma certa idade, o duplo padrão, a ganância e a impunidade que certas situações dão como desculpa para quebrar nosso sistema de crenças e valores são temas apresentados pela obra. 

E sobre a montagem, o autor Fernando Schmidt reflete: “É a nossa primeira experiência teatral no Brasil e esperamos que proporcione as mesmas gargalhadas que ouvimos em todas as montagens anteriores. Cada versão da peça integrou referências locais, mas sempre refletiu como é difícil conseguir um emprego depois dos 50 anos. E rir dos nossos problemas é uma forma de começar a superá-los”.

Para Marisa Orth, que estará em cartaz ao mesmo tempo com o drama "Bárbara", de Michelle Ferreira, a experiência de interpretar dois papéis tão diferentes é desafiadora. “Realmente, nunca vivi isso. Estou ansiosa e aflita, porque de terça a quinta estou em uma comédia e de sexta a domingo, em uma peça densa. Mas estou feliz, porque tenho certeza de que vou crescer muito como atriz. Está sendo uma experiência muito enriquecedora”, diz.

“'Radojka' é um dos textos mais divertidos que li nos últimos anos, era impossível não gargalhar com o humor ácido desse texto ágil e cheio de surpresas do começo ao fim. As duas cuidadoras se envolvem numa trama inusitada e que ao decorrer da peça parece não ter solução, mas as reviravoltas aparecem, como em toda boa comédia de situação, mudando o rumo da história”, comenta Odilon Wagner. O diretor ainda comenta que os papéis das duas protagonistas não poderiam estar em melhores mãos. “Trabalhar com Marisa e Tania é um deleite, pois essa união de talentos, criatividade pulsante e entrega despudorada, tornou o trabalho da direção e de toda a equipe criativa uma alegria. Nos divertimos e rimos muito durante os ensaios e tenho certeza que a experiência será assim para todos!”, acrescenta.


Sobre os autores
Fernando Schmidt é dramaturgo e roteirista de cinema e televisão. Escreveu uma dezena de peças teatrais e mais de vinte peças colaborativas, encenadas em diversos países. Em 1994 estreou seu trabalho solo “Track”. Sete Personagens em Busca do Amor”, premiado pelo Instituto Internacional de Teatro (Unesco) como a melhor obra de um autor nacional daquele ano. 

Pela peça “Quem Foi o Engraçado?”, ganhou o Prêmio Municipal de Dramaturgia em 2010. A peça foi encenada no Uruguai, Argentina e Chile. É autor dos monólogos que compuseram o espetáculo teatral “10 Maneiras de Ser Homem”, estreado no Uruguai, Argentina e Chile.

Em coautoria com Christian Ibarzabal, escreveu diversas obras. Uma delas é “Radojka”, vencedora do prêmio Estrella de Mar em 2022 e do prêmio Carlos 2023, de melhor texto teatral e melhor comédia da temporada, na República Argentina. Com versões na Espanha, México, Argentina, Colômbia, Peru, República Dominicana, Costa Rica, Chile e Uruguai, a obra já ultrapassou 300 mil espectadores.

Também em parceria com Ibarzabal escreveu “Creer y Reventar”, obra que estreou no Chile, Uruguai e México. Com a sua obra “Retrato Inacabado de Mulher” ganhou o Prémio Cofonte 2023 de dramaturgia inédita. É coautor de cinco longas-metragens de diferentes gêneros. Desenvolveu formatos e conteúdos para mais de 30 programas de televisão na Argentina, Uruguai e Chile. Programas de comédia, sitcoms, shows, tramas de suspense, séries animadas, esportes, entrevistas e musicais, vários deles reconhecidos com os prêmios Martín Fierro (Argentina), Iris (Uruguai) e Tabaré (Uruguai).

Já Christian Ibarzabal é roteirista e dramaturgo. Fez cursos de roteiro com Fernando Schmidt no Uruguai e participou de seminários e workshops com Jorge Maestro, Pablo Culell, Carolina Aguirre e Leandro Calderone na Argentina. Desenvolveu roteiros para os programas de televisão Sinvergüenza (Teledoce, Uruguai), La Culpa es de Colón (Teledoce, Uruguai) e Something with you (Montecarlo, Uruguai).

Estreou dez obras de sua autoria e quase vinte em colaboração, nos principais teatros de Montevidéu e do interior do Uruguai. Recebeu indicações e prêmios da crítica teatral, nas categorias Estreante, Melhor Espetáculo Musical e Melhor Espetáculo Infantil, no Prêmio Florencio de teatro uruguaio. Sua obra “Ojos que No Ven” recebeu distinção honorária no Concurso Municipal de Montevidéu 2010. 

Ficha técnica
Espetáculo "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada"
Texto: Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal
Tradução: Tania Bondezan
Elenco: Marisa Orth e Tania Bondezan
Direção: Odilon Wagner
Assistente de direção e Trilha Sonora: Raphael Gama
Cenário: Chris Aizner
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Visagista: Eliseu Cabral
Música: Jonatan Harold
Desenho de Luz: Ney Bonfante
Desenho de Som: André Omote
Arte Gráfica: Lais Leiros
Fotografia: João Caldas
Mídias Sociais: Felipe Pirillo
Direção de Palco: Tadeu Tosta
Contra-regra: Jonathan Alves
Produção Executiva: Katia Brito
Produtores Associados: Tania Bondezan e Odilon Wagner

Serviço
Espetáculo "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", de Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal
Temporada: 19 de março a 23 de maio, de terça a quinta, às 20h
Teatro Faap – Rua Alagoas, 903 – Higienópolis/São Paulo
Ingressos: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada) R$ 42,00 (inteira ingresso social) R$ 21,00 (meia ingresso social)
Vendas on-line em https://teatrofaap.showare.com.br/ e http://www.radojkaacomedia.art.br/
Bilheteria: de quarta a sábado, das 14h às 20h, e aos domingos, das 14h às 17h. ​ Em dias de espetáculos, a bilheteria funciona até o início dos mesmos.
Classificação: 12 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 477 lugares
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

.: "Ursinho Pooh: Sangue e Mel": Framboesa de Ouro 2024 para os piores

 


Na noite que antecede a premiação do Oscars sempre são anunciados os vencedores do "Framboesa de Ouro", que elege os piores filmes do ano. O destaque do sábado, dia 9 de março, foi o filme "Ursinho Pooh: Sangue e Mel". Com cinco indicações, a produção de terror foi o escolhido também na categoria Pior Filme. Confira a lista dos vencedores!


Pior Filme 

Ursinho Pooh: Sangue e Mel - VENCEDOR

O Exorcista: O Devoto

Os Mercenários 4

Megatubarão 2

Shazam! Fúria dos Deuses


Pior Ator

Jon Voight (Mercy: Golpe de misericórdia) - VENCEDOR

Russell Crowe (O Exorcista do Papa)

Vin Diesel (Velozes e Furiosos 10)

Chris Evans (Ghosted: Sem Resposta)

Jason Statham (Megatubarão 2)


Pior Atriz

Megan Fox (Johnny & Clyde) - VENCEDOR

Ana de Armas (Ghosted: Sem Resposta)

Salma Hayek (Magic Mike — A Última Dança)

Jennifer Lopez (A Mãe)

Dame Helen Mirren (Shazam! Fúria dos Deuses)


Pior Atriz Coadjuvante

Megan Fox (Mercenários 4) - VENCEDORA

Kim Cattrall (Meu Pai é um Perigo)

Bai Ling (Johnny & Clyde)

Lucy Liu (Shazam! Fúria dos Deuses)

Mary Stuart Masterson (Five Nights at Freddy’s — O Pesadelo Sem Fim)


Pior Ator Coadjuvante

Sylvester Stallone (Mercenários 4) - VENCEDOR

Michael Douglas (Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania)

Mel Gibson (Confidential Informant)

Bill Murray (Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania)

Franco Nero (O Exorcista do Papa)


Pior Casal

Pooh e Leitão como matadores/assassinos sedentos por sangue (Ursinho Pooh: Sangue e Mel) - VENCEDOR

Quaisquer dois “mercenários impiedosos) em “Os Mercenários 4)

Quaisquer dois investidores gananciosos que doaram parte dos US$ 400 milhões para adquirir os direitos de fazer um remake de “O Exorcista)

Ana de Armas e Chris Evans (que reprovaram em química na tela) em “Ghosted: Sem Resposta)

Salma Hayek e Channing Tatum em “Magic Mike — A Última Dança)


Pior Prequel, Remake, Rip-off ou Sequência

Ursinho Pooh: Sangue e Mel - VENCEDOR

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

O Exorcista: O Devoto

Os Mercenários 4

Indiana Jones e o Chamado do Destino


Pior Direção

Rhys Frake-Waterfield (Ursinho Pooh: Sangue e Mel) - VENCEDOR

David Gordon Green (O Exorcista: O Devoto)

Peyton Reed (Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania)

Scott Waugh (Os Mercenários 4)

Ben Wheatley (Megatubarão 2)


Pior Roteiro

Ursinho Pooh: Sangue e Mel - VENCEDOR

O Exorcista: O Devoto

Os Mercenários 4

Indiana Jones e o Chamado de… posso ir para casa agora?

Shazam! Fúria dos Deuses



Leia+

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.: Livro "O Menino e o Livreiro", de Andrea Jundi, é sobre pertencimento e amizade


Andrea Jundi
estreia na literatura com o romance “O Menino e o Livreiro” (e-galáxia), que narra de forma ritmada a história de Carlos, uma criança de dez anos que há três espera sua mãe voltar no mesmo trem que a levou. Desde sua partida, a vida do menino é correnteza veloz, sem ponto de fuga Em meio a cartas para a mãe, o mistério de seu sumiço, e revelações tão dolorosas quanto libertadoras, a vida do menino se desenrola em desafios grandes demais para uma criança. Mas o nascimento de uma relação abre novas perspectivas.

Assim surge Romeo, o velho livreiro, que vive feito árvore enraizada na beira do rio, até encontrar o menino e se ver como tronco de salvamento. Uma história permeada pela amizade que se desenvolve entre o menino e o livreiro, e as dificuldades deles e das pessoas que compartilham as mesmas ondas. Cada um fazendo o que pode com as oportunidades que tem - ou com a falta delas. É sobre a importância do encontro, do sentimento de pertencimento e uma celebração à incansável fé em acreditar que sempre é possível começar de novo. Compre o livro "O Menino e o Livreiro", de Andrea Jundi, neste link.


Sobre Andrea Jundi
Nasceu no Rio de Janeiro em 1983, mas cresceu em São Paulo. Formou-se em audiovisual e trabalha na área há mais de 20 anos, nas maiores produtoras do Brasil. Desde criança teve duas paixões: livros e cinema. Se um livro era adaptado para o cinema, fazia questão de ler antes o livro para depois assistir ao filme. Não queria perder a chance de criar a sua própria versão da história antes de ver a versão de outra pessoa. Dessa forma sempre se cercou de diferentes maneiras de contar uma história, sendo no trabalho ou por lazer. 

A paixão pela literatura escalou e enquanto não tinha tempo para se debruçar na escrita literária, estudou e se muniu de ferramentas, até finalmente se sentir pronta. Morou no Canadá, em Londres e atualmente vive em Portugal, onde uniu a paixão pela literatura ao conhecimento narrativo e imagético do cinema. Inicia assim uma nova etapa de sua carreira, lançando seu livro de estreia "O Menino e o Livreiro". Garanta o seu exemplar de "O Menino e o Livreiro", escrito por Andrea Jundi, neste link.

.: Teatro: "O Ninho, Um Recado da Raiz", de Newton Moreno, no Sesc Bom Retiro


Espetáculo inédito é escrito e dirigido por Newton Moreno. Com trilha sonora original de Zeca Baleiro, espetáculo é uma novela cênica sobre a intolerância e o ódio no canavial nordestino. Foto: Ronaldo Gutierrez


A dolorosa procura de um jovem por descobrir suas origens e o passado de sua família é tema de "O Ninho, Um Recado da Raiz", com direção e dramaturgia do premiado Newton Moreno. O espetáculo estreia nesta sexta-feira, dia 15 de março, no Sesc Bom Retiro, onde segue em cartaz até 21 de abril, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00. O trabalho ainda tem trilha sonora original de Zeca Baleiro, que também assina a direção musical ao lado de André Bedurê. Já o elenco traz Paulo de Pontes, Tay Lopes, Kátia Daher, Badu Morais, Rebeca Jamir e Jorge de Paula. Em cena, também estão os músicos Bedurê e Pablo Moura.

O projeto retoma a parceria de Moreno com o produtor Rodrigo Velloni, parceiros criativos na bem-sucedida montagem “As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão” (2019). Escrita em 2009, "O Ninho, Um Recado da Raiz" surgiu quando a Cia. Os Fofos Encenam estava pesquisando a civilização da cana-de-açúcar, o patriarcado feudalista da cana e a região da Zona da Mata, no Nordeste brasileiro, para a criação da peça “Memória da Cana”. Na época, o texto seria usado para compor um dos movimentos de outro espetáculo do grupo, “Terra de Santo”, que foi encenado na sequência.

“Nas minhas pesquisas, acabei descobrindo uma célula nazista, localizada em uma cidade perto de Recife. Lá, havia uma grande empresa de uma família poderosa chamada Lundgren, que é importantíssima para a história da cidade e apoiou alguns nazistas que vieram para cá. Encontrei no Arquivo Público do Estado de Pernambuco uma série de documentos registrando os encontros dessas pessoas com espiões alemães e até reuniões do partido nazista. Tive acesso ao trabalho de pesquisadores e ao livro de uma amiga, Susan Lewis, sobre essa presença dos nazistas no Brasil e nas Américas, e comecei a escrever a história”, conta Newton Moreno.

E sobre a decisão de retomar essa obra, o autor ainda revela que se trata de uma resposta à nova ascensão da extrema direita ultraconservadora e dos pensamentos fascista e neonazista no Brasil e no mundo. “Recentemente, tive acesso aos trabalhos da saudosa pesquisadora Adriana Dias, sobre o neonazismo no Brasil. E achamos que seria o momento de investigar o porquê a gente ainda convive com essas ideias fascistas, e nessa herança neonazista que nos cerca”, acrescenta.

"O Ninho, Um Recado da Raiz" é uma novela cênica sobre a intolerância e o ódio em terras brasileiras, em pleno canavial nordestino. Obstinado e incansável, um jovem parte em busca de sua origem até descobrir a verdade dolorosa sobre sua família. Ele é alertado sobre os perigos que se anunciam, mas persevera até entender que a descoberta de si é sempre dolorosa.

“Estamos redescobrindo o Brasil e as muitas histórias que estão sendo recontadas ou que nunca foram contadas. Contamos a história de um rapaz que descobre ter sido deixado numa roda de enjeitados de um convento por uma família. E, quando ele quer saber que família é essa, resvala em heranças que ele não imaginava. Trabalhamos esse espelhamento da busca desse menino atrás do seu DNA com a busca de um país atrás do seu DNA”, antecipa o autor.

Já a encenação, conta o diretor, trabalha com um tripé formado pelo texto, o ator e a música em cena. “É no jogo entre essas três forças que a encenação se dá. A música é executada ao vivo e esses atores estão entregando essa verdade, essa busca desse menino. Só que aqui temos realmente uma história mais seca, que flerta com o trágico”, comenta Moreno.


Ficha técnica
Espetáculo "O Ninho, Um Recado da Raiz"
Elenco: Paulo de Pontes, Tay Lopez, Kátia Daher, Badu Morais, Rebeca Jamir e Jorge de Paula
Músicos: André Bedurê e Pablo Moura
Texto e Direção: Newton Moreno Assistente de Direção: Almir Martines Dramaturgista: Bernardo Bibancos
Produção: Rodrigo Velloni Produção Executiva: Swan Prado
Trilha Sonora Original: Zeca Baleiro
Direção Musical: André Bedurê e Zeca Baleiro
A música "Recado da Raiz" foi escrita por Zeca Baleiro e Newton Moreno
A música "Corifeia" foi escrita por Zeca Baleiro, André Bedurê e Newton Moreno Preparação Vocal e Arranjos Vocais: Rebeca Jamir
Preparação dos Atores e Direção de Movimento: Erica Rodrigues
Cenografia: Andre Cortez
Assistente de Cenografia: Camila Refinetti Cenotécnico: Wanderley Wagner Serralheria: Fernando Zimolo
Adereços: Zé Valdir
Figurinos: Fábio Namatame Assistente: Lari Andrade Modelagem: Juliano Lopes Modelagem e Costura: Lenilda Moura
Costura: Fernando Reinert , Maria Jose Castro e Judite Gerônimo Adereços: Antônio Ocelio de Sá
Iluminação: Equipe A2 | Lighting Design Desenho de Luz: Wagner Pinto Produção de Luz: Carina Tavares Assistente de Iluminação: Gabriel Greghi Operação de Luz: Gabriela Cezario
Consultoria Sonora: Radar Sound | André Omote Operação de Som: Nayara Konno
Palestrante e Historiadora: Susan Lewis
Consultoria e Tradução do Alemão: Evaldo Mocarzel Consultoria de Hebraico: Elaine Kauffman
Diretor de Palco: Jones Souza
Contrarregra: Eduardo Portella
Camareira: Luciana Galvão
Designer Gráfico e Ilustrações: Ricardo Cammarota Fotos: Ronaldo Gutierrez
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Captação, Edição e Mídias Sociais: GaTú Filmes
Gestão Financeira: Vanessa Velloni
Consultoria Jurídica: Martha Macruz de Sá
Administração: Velloni Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "O Ninho, Um Recado da Raiz"
Temporada: 15, 16, 17, 22, 23, 24, 30 e 31/03/2024 e 5, 6, 7, 12, 13, 14, 19 (duas apresentações), 20 e 21/04/2024. Sextas e sábados, às 20h; Domingos, às 18h; Sessão extra na sexta 19/04, às 15h. No dia 29/03, feriado, o Sesc não abre.
Sesc Bom Retiro – Alameda Nothmann, 185, Campos Elíseos
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Vendas on-line em sescsp.org.br
Classificação: 16 anos
Duração: 90 minutos Gênero: Drama Capacidade: 297 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Sessão com audiodescrição no dia 13/04 e interpretação em Libras no dia 14/04.


Estacionamento do Sesc Bom Retiro - (Vagas Limitadas)
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.       
Valores: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena). R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$ 7,50 (Credencial Plena). R$ 15,00 (pelo período).
Horários: terça a sexta, das 9h00 às 20h00. Sábado: 10h00 às 20h00. Domingo: 10h00 às 18h00. Em dias de evento no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.       


Transporte gratuito
O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.
Horário de início do serviço: Terça a Sábado, às 17h30 | Domingo e Feriados, às 15h30. Ao término do espetáculo, o serviço retorna à Estação Luz.      


Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 - Campos Elíseos/São Paulo
Telefone: (11) 3332-3600
Fique atento se for utilizar o Uber para vir ao Sesc Bom Retiro! É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185, caso contrário o aplicativo informará outra rota/destino.

domingo, 10 de março de 2024

.: MASP apresenta mostra de Mário de Andrade a partir de perspectiva queer


O público poderá conferir um conjunto de 88 obras – entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e fotografias – do acervo pessoal do intelectual considerado um ícone do modernismo brasileiro e um dos escritores mais estudados do país. Na imagem, "Retrato de Mário de Andrade", Tarsila do Amaral, 1922


O MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 22 de março a 9 de junho de 2024, a mostra "Mário de Andrade: duas Vidas", que ocupa o mezanino localizado no primeiro subsolo do museu. Com curadoria de Regina Teixeira de Barros, curadora coordenadora, MASP, e assistência de Daniela Rodrigues, assistente curatorial, MASP, a exposição reúne um conjunto de pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e fotografias da coleção pessoal do intelectual brasileiro, ativo na primeira metade do século 20, a partir da perspectiva de uma sensibilidade queer. A mostra tem patrocínio da Lefosse e apoio cultural do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP).

Mário de Andrade (São Paulo, 1893–1945) é um ícone da literatura e do modernismo no Brasil, além de ser um dos escritores mais estudados do país. Em sua faceta pública, foi contista, músico, poeta, professor, romancista, crítico e historiador das artes plásticas, da música e da literatura, além de agente cultural, colecionista e jornalista. Autor de "Pauliceia Desvairada" (1922) e "Macunaíma" (1928), participou da Semana de Arte Moderna (1922) e dedicou-se a registrar, estudar, preservar e divulgar as mais diversas manifestações culturais do país, tanto eruditas quanto populares. Esteve à frente do Departamento de Cultura e Recreação da Municipalidade de São Paulo (1935-1938) e criou o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) (1937), o primeiro órgão do gênero. 

“Passados quase 80 anos da sua morte, a produção intelectual de Mário de Andrade sobre música, artes visuais e arquitetura, seus romances, contos e poemas, além dos levantamentos etnográficos realizados pelo artista, foram e continuam sendo centrais para a compreensão do modernismo no Brasil e para a construção de uma ideia de brasilidade”, elucida a curadora coordenadora, Regina Teixeira de Barros.

Através da perspectiva de uma sensibilidade queer, a exposição "Mário de Andrade: duas Vidas" apresenta um recorte de 88 obras – entre pinturas, desenhos, esculturas e fotografias – do acervo do intelectual, hoje sob a guarda do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP). A mostra reflete sobre itens da sua coleção de artes plásticas e fotografias com os quais conviveu em sua intimidade, longe dos olhos da censura e dos preconceitos vigentes na época. A “tão falada homossexualidade” de Mário de Andrade, como descrita pelo artista em uma carta enviada a Manuel Bandeira em 1928, tornou-se objeto de estudo somente em 2015, quando todos os seus escritos caíram em domínio público e sua produção literária começou a ser analisada à luz de suas preferências homoafetivas, um assunto considerado tabu até então. 

A ideia de “duas vidas”, subtítulo desta exposição, aparece em diversos escritos do autor e exalta a dualidade vivida por Andrade, entre a vida profissional e pessoal. “Mário se qualifica ora como um 'vulcão controlado', ora tomado por uma 'feminilidade passiva'; oscila entre ser um pansexual casto (!) e um monstro libidinoso”, ressalta Teixeira de Barros. Em carta para Oneyda Alvarenga, o intelectual afirma: “Eu sou um ser como que dotado de duas vidas simultâneas, como os seres dotados de dois estômagos. O que mais me estranha é que não há consecutividade nessas duas vidas”. 

O artista registrou em fotografias suas viagens ao Norte e Nordeste do Brasil, entre 1927 e 1929. Na série Tarrafeando (1927), feita no igarapé de Barcarena, nos arredores de Manaus, os homens estão focados no trabalho enquanto Andrade capta imagens de seus corpos de costas. Em outro conjunto de retratos, adota uma estratégia diversa, fixando o olhar franco e direto de trabalhadores, como se observa em Vaqueiro marajoara Tuiuiú (1927). Visto que a câmera era o único objeto que impedia Mário e o retratado de se olharem mutuamente, a curadora reflete que “o fotógrafo permanece protegido pelo objeto diante de si, impossibilitado de retribuir o olhar, defendido de si mesmo e do próprio desejo”.

A mitologia pessoal de Mário também foi registrada em autorretratos ao longo de sua vida. As imagens de um intelectual que dominava todos os códigos da vida pública heteronormativa contrastam com as fotografias mais espontâneas, como em Aposta do Ridículo (1927), captada em um momento descontraído durante a sua viagem ao Amazonas. Essa fotografia revela um homem que podia assumir diversos papéis, já que sabia se divertir e, de fato, performar uma masculinidade queer.

A assistente curatorial Daniela Rodrigues constata que, através de seus escritos e das muitas correspondências, é possível observar o erotismo como um tema que perpassa a vida e o imaginário do autor sobre o Brasil, que se utilizava de inúmeras estratégias literárias para dizer sem explicitar. “Não se trata de ler sua produção como autobiográfica, como se tudo remetesse a ele mesmo, mas em alguns textos veem-se vestígios da sua inquietação sobre a sexualidade enquanto tema e vida”, completa.

Em relação à sua coleção de arte, a pintura "O Homem Amarelo" (1915-16), de Anita Malfatti, – vista por Mário na famosa exposição de 1917 – inaugurou seu interesse pelas artes visuais. Na ocasião, o poeta profetizou: um dia o quadro seria dele. De fato, comprou a obra na Semana de Arte Moderna, realizada no Theatro Municipal de São Paulo, em 1922. No primeiro artigo que escreveu sobre Anita, em outubro de 1921, descreveu O homem amarelo como uma figura fatídica, “feminilizada por uns olhos longínquos, cheios de nostalgia”

Em "Retrato de Mário de Andrade" (1927), Lasar Segall registrou o poeta de frente, captando sua expressão serena em meio aos atributos modernos — como a gravata estampada com losangos e o fundo abstrato-geométrico. Apesar de reconhecê-la inicialmente como “uma das obras mais admiráveis de seu talento de pintor”, em carta ao artista, alguns anos mais tarde o romancista mudou de ideia, pontuando que Segall captou o que havia de perverso nele. “Ambíguo e conflituoso, compreendendo e registrando como poucos o que constituía um país tão contraditório, Mário pouco conhecia a si mesmo”, reitera Daniela.

"Mário de Andrade: duas Vidas" integra a programação anual do MASP dedicada às "Histórias da Diversidade LGBTQIA+". Este ano a programação também inclui mostras de Gran Fury, Francis Bacon, MASP Renner, Lia D Castro, Catherine Opie, Leonilson, Serigrafistas Queer e a grande coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+.


Acessibilidade
Em 2024, todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em libras ou descritivas; textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil, com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados. Os conteúdos ficam disponíveis no site e canal do Youtube do museu.


Catálogo
Acompanhando a exposição, será publicado um catálogo bilíngue, em inglês e português, com a reprodução de obras da coleção do escritor. A publicação, organizada por Regina Teixeira de Barros, com assistência de Daniela Rodrigues, inclui textos de Carolina Casarin, Daniela Rodrigues, Ivo Mesquita, Jorge Vergara, Nathaniel Wolfson e Regina Teixeira de Barros. Com design de Bruna Sade, a publicação tem edição em capa dura.


Serviço
Exposição "Mário de Andrade: duas Vidas"
Curadoria: Regina Teixeira de Barros, curadora coordenadora, MASP, com assistência de Daniela Rodrigues, assistente curatorial, MASP
1º subsolo (mezanino)
22.3—9.6.2024
MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista/São Paulo 
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta, quinta, sexta, sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas
Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 70 (entrada); R$ 35 (meia-entrada)
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Av. Paulista, 1578 - São Paulo

.: Clássico de Rachel de Queiroz de volta às livrarias depois de quase 15 anos


Livro adotado pelo vestibular da Fuvest para 2026 e 2027, "Caminho de Pedras" retorna às livrarias. É o romance mais engajado de Rachel de Queiroz, primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras e a primeira a receber o Prêmio Camões.

Na Fortaleza dos anos 1930, durante a Era Vargas, Roberto tem a missão de recrutar operários para uma nova célula de esquerda. Uma das pessoas que se interessam é Noemi: mãe de Guri e casada com um homem que não ama mais, ela está em busca de algo que a faça se sentir viva. Nas reuniões do partido, Noemi e Roberto desenvolvem uma conexão intelectual intensa, que os leva a um caso amoroso. Ela se vê, então, testando novos limites morais e éticos, tanto no campo do amor quanto no da política.

Expressão de um socialismo libertário que poucas vezes voltaria a aparecer nos textos de Rachel de Queiroz, "Caminho de Pedras" é considerado seu romance mais engajado. Neste livro, aparecem as primeiras demonstrações de um estilo mais introspectivo e de análises psicológicas que alicerçam cenas de forte intensidade emocional. Um arranjo arguto para contar a história de uma paixão proibida inflamada pela luta.

Em "Caminho de Pedras", Rachel de Queiroz nos revela a força de uma mulher que decide seguir seus desejos, mesmo que isso implicasse um divórcio. Numa sociedade em que a mulher deveria desempenhar exclusivamente os papéis de mãe, esposa e dona de casa, Noemi é tanto infratora quanto heroína da própria história, pois a punição que sabia que enfrentaria não foi o suficiente para convencê-la a continuar num casamento sem amor. Compre o livro "Caminho de Pedras", de Rachel de Queiroz, neste link.


O que disseram sobre o livro
“'Caminho de Pedras' é uma história de gente magra, uma história onde há fome, trabalho excessivo, perseguições, cadeia, injustiças de toda a espécie, coisas que os cidadãos bem instalados na vida não toleram.” — Graciliano Ramos

“A mesquinhez pulha dos indivíduos, a amargura sofrente de todos, a incapacidade como que por fatalidade, a dedicação por um ideal mais sonhado que entendido, o ambiente parado das cidades nordestinas (com exceção do Recife), a quantidade inflexível de sol que está no livro, a pureza da linguagem natural, sem a menor pesquisa: é a Rachel de Queiroz grande romancista.” — Mário de Andrade

“A trilogia 'O Quinze', 'João Miguel' e 'Caminho de Pedras' marca claramente um momento da obra de Rachel. A afirmação de seu compromisso com a linguagem clara, de dicção moderna, a preocupação com o social, seus conflitos políticos, sua raiz nordestina. Marca ainda sua habilidade no desenho de personagens femininas cujo desempenho desafia invariavelmente a lógica patriarcal desta primeira metade do século XX.” — Heloisa Teixeira


Sobre a autora
Rachel de Queiroz nasceu no dia 17 de novembro de 1910 em Fortaleza, Ceará. Ainda não havia completado 20 anos quando publicou uma modesta tiragem de "O Quinze", seu primeiro romance. Mas tal era a força de seu talento que o livro despertou imediata atenção da crítica de todo o Brasil. Em 1931 mudou-se para o Rio de Janeiro, mas nunca deixou de passar parte do tempo em sua fazenda no sertão cearense. Ela se dedicou ao jornalismo, atividade que exerceu paralelamente à sua produção editorial. Primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras (1977) e a primeira a receber o Prêmio Camões (1993), a maior honraria em língua portuguesa, faleceu no Rio de Janeiro, aos 92 anos, em 4 de novembro de 2003. Cronista e romancista primorosa, Rachel de Queiroz escreveu peças teatrais e livros infantis. A José Olympio publica sua obra completa, que inclui livros que já se tornaram clássicos, como 'O Quinze' e 'Memorial de Maria Moura'". Garanta o seu exemplar de "Caminho de Pedras", escrito por Rachel de Queiroz, neste link.

.: Grupo Folias estreia "Coisas Estranhas que o Mar Traz", inspirado em romance


O Grupo Folias busca no Teatro de animação toda expressividade para contar "Coisas Estranhas que o Mar Traz", livremente inspirado do romance "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe. Com direção e dramaturgia de Cleber Laguna e Marcia Fernandes, espetáculo estreia na sede do grupo no dia 22 de março. Foto: Mariana Chama


O espetáculo "Coisas Estranhas que o Mar Traz", novo trabalho do Grupo Folias, é livremente inspirado no romance “O Filho de Mil Homens”, do autor português Valter Hugo Mãe. Estreia no dia 22 de março na sede do grupo, onde segue em cartaz até 13 de maio, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos e às segundas, às 19h00. A peça tem direção e dramaturgia de Cleber Laguna e Marcia Fernandes e traz no elenco Alex Rocha, Clarissa Moser, Lui Seixas, Marcella Vicentini e Marcellus Beghelle.

A trama se passa em um vilarejo à beira-mar, onde essas figuras solitárias têm suas histórias e sonhos cruzados. Como barcos à deriva, eles se aproximam, se reconhecem e reinventam um caminho em comum. Pequenas vidas marcadas por singelas tristezas e uma silenciosa esperança iluminam esta fábula sobre as diferenças e a mágica existência cotidiana. Trata-se de uma poesia visual e sonora sobre os vazios das pessoas e as possibilidades de felicidade ao simplesmente ser quem se é.

O grupo busca na expressividade do Teatro de Animação uma maneira de contar essa história, fazendo uso de máscaras, bonecos e Teatro de Sombras. A escolha por essa linguagem decorre do encantamento que ela evoca, traduzindo inquietações artísticas, existenciais e conceituais de seus fazedores, que a consideram mais do que simplesmente uma forma de criar o espetáculo, mas sim uma maneira de interpretar a realidade, transgredindo o mero funcionalismo dos objetos.

“A presença cênica de objetos, bonecos e máscaras é capaz de provocar um efeito impactante, como um choque, uma estranheza ou ao menos uma sacudidela, despertando algo ‘profundamente adormecido’ na psique do espectador, proporcionando uma experiência simbólica e ritualística muitas vezes esquecida nos dias de hoje”, revela o coautor e codiretor Cleber Laguna.

O livro "O Filho de Mil Homens" aposta no cuidado minucioso das relações, apresentando uma pluralidade de figuras humanas e universos, com personagens solitárias que acabam se encontrando e buscando formas de construir pequenas coletividades, reconhecendo-se nas diferenças e encontrando maneiras de se relacionar e conviver com elas.

“Assim como quem acompanha de perto uma semente brotando no asfalto, observamos com uma lupa essa pequena comunidade, essa vila de pescadores. Ao olhar a organização desse microcosmo comunitário, composto por pessoas tão diversas entre si, percebemos que ele é, ao mesmo tempo, algoz e salvação”, acrescenta a coautora e codiretora Marcia Fernandes. "Coisas Estranhas que o Mar Traz" foi contemplado pela 40ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Compre o livro "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe, neste link.


Ficha técnica
Espetáculo "Coisas Estranhas que o Mar Traz".
Dramaturgia e Direção: Cleber Laguna e Marcia Fernandes
Atuação e Animação: Alex Rocha, Clarissa Moser, Lui Seixas, Marcella Vicentini e Marcellus Beghelle
Assistência de Animação: Juliana Notari e Matias Ivan Arce
Bonecos: Juliana Notari
Máscaras: Juliana Notari e Cleber Laguna
Figuras para Sombras: Matias Ivan Arce
Iluminação Cênica e Atuação: Diego França
Sonoplastia e Atuação: Jô Coutinho   
Cenografia e Figurinos: Maria Zuquim
Assistência de cenografia e figurino: Murilo Yasmin Soares
Serralheria: Joseane Natali Domingos e Fábio Luiz Souza Gomes
Costureira figurinos: Rita de Cássia Martins
Costureira cenário: Mônica Cristina Rocha
Arte Gráfica: Renan Marcondes
Fotos: Mariana Chama
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Diarista: Fabiana Rodrigues
Direção de Produção: Tetembua Dandara
Assistente de Produção: Tati Mayumi
Realização: Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e Grupo Folias
Apoio: Cooperativa Paulista de Teatro

Serviço
Espetáculo "Coisas Estranhas que o Mar Traz"
Temporada: 22 de março a 13 de maio
Às sextas-feiras e aos sábados, às 20h00; e aos domingos e segundas-feiras, às 19h00
Galpão do Folias – Rua Ana Cintra, 213, Santa Cecília
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia-entrada) e R$ 10,00 (sócio morador)
Capacidade: 40 lugares
Duração: 60 minutos

.: Jornalismo em Quadrinhos é tema de um curso no CPF Sesc


O curso é com a jornalista e autora de JHQ Gabriela Güllich que apresenta as principais etapas de produção e publicação do gênero


O Jornalismo em Quadrinhos é um formato já estabelecido, com diversas reportagens em veículos de informações, além de publicações específicas. HQ-reportagem como “Palestina”, de Joe Sacco, ou biográfica como “Maus”, de Art Spiegelman são representantes desse formato com os diversos recursos jornalismos aplicados. Grandes premiações como o Eisner (EUA) ou o Prêmio Vladimir Herzog (Brasil) incluem títulos de JHQ entre seus finalistas, consagrando cada vez mais a linguagem tanto dentro dos espaços de HQ, quanto dos espaços de jornalismo tradicional.

No curso “Pensando o Jornalismo Visual: quadrinhos e Expressões” os aspectos, os recursos dos quadrinhos e jornalísticos serão abordados em quatro aulas no CPF - Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, que acontecem de 26 de março até 4 de abril, sempre às terças-feiras, a partir das 10h30. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas.

A jornalista Gabriela Güllich, autora de “Filhas do Campo” e “São Francisco”, apresenta ferramentas para o público trabalhar narrativas jornalísticas em Quadrinhos. Os frequentadores não precisam necessariamente desenhar. As principais etapas da construção de um produto de JHQ estão divididas em quatro aulas: 1 - Introdução ao JHQ; 2 - Roteiro e storyboard; 3 - Thumbnail, rabiscos e finalização e 4 - O que vem depois da HQ?.


Sobre a jornalista
Gabriela Güllich, jornalista e quadrinista. Atua nas áreas de direitos humanos e meio ambiente, com foco em jornalismo visual. Venceu o Troféu HQMix com a HQ-reportagem "São Francisco". Suas colaborações incluem a Revista O Grito!, Agência Pública, Mina de HQ, ((o))eco e Embaixada da França no Brasil.


CPF
O Centro de Pesquisa e Formação – CPF é um espaço do Sesc-SP que articula produção, formação e difusão de conhecimentos, por meio de cursos, palestras, encontros, estudos, pesquisas e publicações nas áreas de Educação, Cultura e Artes.


Serviço
Curso “Pensando o Jornalismo Visual: quadrinhos e Expressões”
De 26 de março a 4 de abril, terças-feiras, das 10h30 às 12h30
Inscrições em sescsp܂org܂br/cpf a partir de 27/02/2024
Valores: R$ 18,00 / R$ 30,00 / R$ 60,00
Vagas: 30
Recomendação etária: a partir de 16 anos
Centro de Pesquisa e Formação – CPF Sesc
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar.
Horário: De terça a sexta, das 10h às 21h. Sábados, das 10 às 18h30
Telefone: (11) 3254-5600
centrodepesquisaeformacao܂sescsp.org.br


 

.: Tragédia brasileira, "Bateau Mouche" vira série documental na HBO


Dirigida por Tatiana Issa e Guto Barra, mesmos diretores e produtores de "Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez", a produção relata em detalhes o que aconteceu no fatídico Ano Novo de 1989 na Baía de Guanabara. Na imagem, reprodução de jornal da época


A HBO iniciou gravações da nova série documental sobre a embarcação "Bateau Mouche", que relatará os acontecimentos da fatídica noite de Ano Novo de 1988 para 1989, em que 55 pessoas morreram a bordo da embarcação Bateau Mouche, enquanto estavam em um passeio de luxo na Baía de Guanabara. A produção está sendo gravada no Rio de Janeiro e ainda não tem previsão de estreia.

A serie documental, que será dividida em três partes, se passa mais de 30 anos do ocorrido e consegue analisar de forma precisa quais foram os reais impactos dessa tragédia, tanto para o âmbito de um turismo responsável e seguro quanto em relação ao exercício da cidadania, ao sistema jurídico brasileiro e ao papel da mídia.

Inspirado nas embarcações parisienses que levam passageiros pelo Rio Sena, o passeio acabou se disseminando entre turistas, empresários, políticos, jornalistas e artistas famosos. Além do trajeto pela Baía de Guanabara, o Bateau Mouche IV tinha como proposta oferecer um jantar al mare, com música, open bar e uma visão privilegiada do notório show de fogos carioca.

 Para a série documental, serão gravadas recriações no mar e em um tanque com 40 metros de comprimento, 30 de largura e até 25 de profundidade, que foi criado para reproduzir as condições oceânicas e gera ondas de até 1 metro de altura. Deixando a narrativa ainda mais detalhada, a produção contará com mais de 30 entrevistas exclusivas de sobreviventes, familiares das vítimas, advogados, especialistas e protagonistas do resgate.

 Ainda, um dos episódios será integralmente dedicado ao relato e a análise dos trâmites jurídicos após a tragédia, levando em consideração os responsáveis pelo infeliz acontecimento nesta história que envolve acusações de corrupção, lavagem de dinheiro, além da fuga de alguns dos condenados.

"Bateau Mouche" é uma coprodução da HBO com a Producing Partners. A série é dirigida e produzida por Tatiana Issa e Guto Barra, com roteiro de Guto Barra e Renata Amato e com supervisão de Sergio Nakasone, Adriana Cechetti e Patrício Diaz por parte da Warner Bros. Discovery.

sábado, 9 de março de 2024

.: Integrantes da Banda Front falam sobre viagem musical em nome da arte


“A Front é uma manifestação artística com muitas ramificações”
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Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Fundada em 1983, no início do movimento do Rock Brasil, a banda Front acabou não seguindo adiante naquela ocasião. Isso porque todos seus integrantes originais – Nani Dias, Ricardo Palmeira e Rodrigo Santos - acabaram sendo escalados pela nata do pop rock para integrarem suas respectivas bandas. 

Com isso, eles acabaram tocando com nomes como Cazuza, Blitz, Leo Jaime, Kid Abelha, Lobão, Barão Vermelho, só pra citar alguns exemplos. E agora, depois de 40 anos, o trio da formação original se reuniu para reativar o antigo projeto, que consistia em gravar canções autorais com foco na música eletrônica e na sonoridade pop dos anos 80. Em um curto espaço de tempo, já lançaram três álbuns e estão em fase de produção do quarto disco! Em entrevista para o Resenhando, os músicos Nani Dias, Rodrigo Santos e Ricardo Palmeira contam como se deu o retorno da banda e a elaboração do processo criativo do grupo. 

Resenhando – Como foi que surgiu a oportunidade de reunir os integrantes da banda Front?
Rodrigo Santos -
Estávamos já tocando uns com os outros em projetos diferentes, quando veio a ideia da volta do Front. Não exatamente como uma banda tradicional dos 80, buscando um lugar ao sol. Esse lugar já conquistamos. Queríamos uma nova forma de ver a arte e a vida como um todo. Um manifesto em movimento, sair da mesmice que vemos por aí. Gostamos de coisas bem plurais e flertamos com a música eletrônica dessa vez. Porém, o Front não tem fronteiras. Tanto não tem, que começamos a gravar álbuns pelo mundo todo, com músicas em estilos variados. Começamos a compor muito em agosto de 2023. O que já daria para fazer uns 10 álbuns. O que resolvemos fazer é viver de arte, de uma forma inusitada. Todos temos milhares de projetos. Somos compositores, produtores etc. E nos conhecemos há 40 anos. Tinha de ter desafio. E o desafio foi começar a gravar, filmar e misturar cultura, turismo, história, música, artes plásticas viajando pelo mundo. Os dois primeiros discos foram gravados no Brasil e lançados em outubro do ano passado. Aí, partimos pra Berlim em novembro para gravar no Hansa Studio, o mesmo de Bowie, U2, REM, Bjork, Depeche Mode e muitos outros. O berço da música eletrônica. Com nossa experiência de décadas, sabemos o que queremos, porque queremos e o que fazer na pré e pós-produção e gravação dos álbuns. Dois meses depois - lançamos em janeiro de 2024 o terceiro álbum - já estávamos em Amsterdam e Hilversum na Holanda, pra gravar o quarto álbum no mesmo estúdio que gravaram The Police, Elton John, Mick Jagger, etc : o Wisseloord Studios. Mais um local maravilhoso, icônico.


Resenhando - Por que no início, em 1983, a banda não seguiu o mesmo curso das outras que fizeram sucesso naquele período? Faltou mais divulgação naquela ocasião?
Nani Dias –
Na verdade, nós estávamos seguindo o curso natural das bandas, tocando nas danceterias, festivais e buscando as gravadoras. Gravamos pela CBS um single pra coletânea Os Intocáveis e um compacto que também entrou na trilha e álbum do filme Rock Estrela. Daí fomos chamados prá banda do Leo Jaime e pulamos pra etapa dos shows top do mercado. O Leo tinha 10 hits nas paradas, circuito primeira linha ... daí seguimos "bem acostumados",  tocando com outros artistas top: Cazuza, Lobão , Kid Abelha , Paulo Ricardo,  Blitz... Rodrigo como músico fixo no Barão...E agora, passados 40 anos , aproveitamos bem toda nossa história pra continuar a escrever novas canções e desfrutar da liberdade que a nossa história nos deu, abrindo caminhos e grandes experiências.


Resenhando – Cada integrante da Front tem um currículo bem significativo na música. Como isso contribuiu para vocês nesse momento atual?
Ricardo Palmeira -
Nos reencontramos no auge artístico de nossas carreiras. Está sendo muito gratificante. Ainda temos a mesma afinidade musical e o resultado está sendo ótimo.


Resenhando  – Como funciona o processo criativo da banda? Todos compõem?
Rodrigo Santos -
Todos compõem, todos participam juntos dos arranjos, a afinidade e amizade são tão grandes, que tentamos desde o início convergir no que os três curtem. Só assim dá certo. As ideias podem vir de várias maneiras. Um som. Uma letra. Ambos ao mesmo tempo. Depois, claro, vamos mexendo até chegar ao ponto certo para os três. Seja na letra, seja na melodia, mixagem etc. É muito unido esse processo. Aliás tudo. Tudo é muito leve e unido.

Resenhando – De 83 para cá, muita coisa mudou na indústria da música. Como você encaram esse momento atual?
Ricardo Palmeira -
O momento atual da música pop está extremamente propício para os músicos da nossa geração, pois artistas de ponta como Harry Styles, The Weekend, Coldplay e Ariana Grande estão usando e abusando da estética musical dos anos 80, combinando com a linguagem eletrônica atual. Como já estávamos mergulhando naturalmente nessa onda, nos sentimos completamente à vontade para participar do cenário contemporâneo e ainda por cima trazer elementos rítmicos brasileiros e de outras culturas consideradas exóticas, pra enriquecer essa mistura.

Resenhando – Como ficam as carreiras solo dos integrantes? Seguem em paralelo?
Rodrigo Santos -
Sim, faremos tudo que quisermos o tempo todo. Tem espaço para tudo. Arte não tem limites ou limitações. O que interessa é a vontade de ficar junto e fazer coisas juntos. Exclusividade não combina com a proposta do Front. E sim a mistura de tudo um pouco! Há espaço e tempo pra tudo. O que importa é estar de bem com a vida e fazer com dedicação, feliz, focado. E isso nós temos de sobra. Então na minha opinião nada briga com nada, tudo se completa e quero viver junto tocando com esses caras pra sempre! Exatamente porque não tem amarras ou fronteiras. Isso chama-se maturidade. Emocional e musical. Quanto mais coisas fizermos, melhor como pessoas ficamos. Serve prá vida o exemplo do Front. Por isso essa “volta” faz tanto sentido. Porque não é uma volta. É uma ida! Um trem para as estrelas. It’s a Long Way Now.

Resenhando – Como está a gravação do quarto disco?
Rodrigo Santos -
Já estamos na mixagem do quarto álbum, gravado na Holanda em fevereiro de 2024. Os três primeiros ("Tempo/Espazo", "Espazo/Tempo" e "The Hansa Album") já podem ser ouvidos nas plataformas de streaming

Resenhando – Há planos para shows neste ano?
Rodrigo Santos -
Sim, claro! Mas não um show qualquer. Estamos criando conteúdo primeiro, fazendo parceria com uma rádio e TV e depois vamos chegar com o show. Estamos preparando algo diferente para o público.


"A Tempestade"

"Sem Você"


"Valeu"

.: Cia. Lazzari apresenta a peça “Perdoa-Me Por Me Traíres” na Funarte SP


A Cia. Lazzari, companhia independente de teatro em São Paulo, apresenta o espetáculo “Perdoa-Me Por Me Traíres”, uma obra de Nelson Rodrigues pelo olhar de Victor Lazzari, no Complexo Cultural Funarte SP. Na peça, a jovem Glorinha, de 16 anos, vive sob a tutela de seu tio Raul, um homem dominador e violento, e de sua tia Odete, uma mulher psicologicamente abalada, que vive apenas por uma frase “está na hora da homeopatia”

Movida pela tragédia e pelo desejo de vingança, Glorinha se envolve em desejos proibidos, prostituição e jogos de poder, e busca também identidade e justiça, onde oscila entre a inocência e a depravação. Raul, consumido pelo ódio e pela culpa, tenta controlar a vida da sobrinha. A obra explora os motivos e as consequências de suposta traição e sobre o machismo estruturado, apresentando, de forma secundária, a história de Gilberto e Judite, pais de Glorinha, questionando a justiça e a possibilidade de redenção. 

A violência física e psicológica permeia a obra, assim como a exploração da sexualidade como forma de poder e dominação. As relações familiares são distorcidas e disfuncionais, desafiando os valores tradicionais e a hipocrisia social.

Ficha técnica
Espetáculo “Perdoa-Me Por Me Traíres”
Autor: Nelson Rodrigues
Direção, visagismo, cenografia e figurino: Victor Lazzari
Produção: Jessica Oehlerick
Elenco: Bianca Duarte, Gabriel Datsch, Guilherme Vendramim, Jorge Pitta, Joviana Venture, Marcela Lebrão, Maria Fernanda Thiago, Nina Inski, Vinny Guimarães e Vitória Stecca
Assistência de Direção: Maria Fernanda Thiago
Stand-in e técnica de palco: Pérolla Franzini
Iluminação: Mafe Rubi Sonoplastia e operação de som: Lívia Martinez
Coreografia: Camila Victorino
Cenotécnica: Mateus Fiorentino
Fotos: Juliana Palladino
Design Gráfico: Pedro Cardoso e Victor Lazzari
Realização: Cia Lazzari
Apoio: Funarte


Serviço
Espetáculo “Perdoa-Me Por Me Traíres”
De 14 de março a 7 de abril
Quintas-feiras, sextas e sábados às 20h00. Domingos, às 19h00
Inteira: R$ 80,00 . Meia-entrada: R$: 40,00
Endereço: Alameda Nothmann, 1058 - Complexo Cultural Funarte SP (Sala Carlos Miranda) em São Paulo.
Duração: 90 minutos
Classificação: 16 anos.
Para garantir o seu ingresso, é só clicar no link da bio da @cialazzari no Instagram.

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