quarta-feira, 6 de março de 2024

.: "Alerta de spoiler": referências a Game of Thrones e pitadas de literatura hot

Uma história leve e divertida para repensar estereótipos, com fanfics, um pouco de hot e dramas 30+


O que acontece quando pessoas muito diferentes fisicamente se atraem? E quando você precisa manter máscaras sociais para se proteger, mesmo querendo despi-las… O que acontece quando você se apaixona por alguém, mas ainda precisa se apaixonar por você mesmo? Com referências a Game of Thrones (GoT) e pitadas de literatura hot, chega às livrarias em março pela editora Intrínseca o primeiro romance da americana Olivia Dade publicado no Brasil: "Alerta de spoiler". Além de entregar muito entretenimento, risadas e identificação com os leitores, essa comédia romântica promete trazer reflexões sobre relacionamentos improváveis, gordofobia, relações familiares tóxicas, ética e as diversas personalidades que criamos para sobreviver.

Neste livro, Dade mistura os universos das celebridades e das fanfics com todas as problemáticas que só personagens com mais de 30 anos podem proporcionar. Muito aguardado desde o anúncio da pré-venda por conta da representatividade que a história traz ao apresentar uma mulher gorda como personagem principal, Alerta de spoiler narra a relação entre Marcus Caster-Rupp, o protagonista de Deuses dos Portões, a maior série de TV do momento — inspirado em Jaime Lannister de GoT —, e a geóloga April Whittier. 

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Marcus é conhecido por ser arrogante e só se preocupar com a própria aparência mas, na verdade, esconde um lado nerd que gosta de escrever histórias anônimas na internet criticando Eneias, seu próprio papel na série. April é geóloga e mantém sua paixão por fazer cosplay e escrever fanfics em segredo. Um dia, April cansa de viver essas vidas separadamente e toma coragem para publicar uma foto da última fantasia que criou para Lavínia, a protagonista de Deuses dos Portões e par de Eneias na série. O fato de April não se encaixar no padrão de beleza da sociedade faz com que a imagem acabe atraindo atenção indesejada. Ela só não esperava que, após ver os comentários maldosos na internet, Marcus saísse em sua defesa e a convidasse para sair.

Durante o encontro, Marcus logo percebe que April é exatamente o tipo de pessoa com quem ele gostaria de se relacionar: uma mulher linda, confiante e inteligente. No entanto, assim que descobre que ela é a Tiete Da Lavínia, sua amiga virtual mais próxima, ele se vê numa encruzilhada: como proteger sua persona on-line e, ao mesmo tempo, conquistar April na vida real? Será que é melhor arriscar contar a verdade ou continuar mantendo segredo sobre quem ele é? Tanto nas críticas norte-americanas quanto nas manifestações do público brasileiro ao anúncio da pré-venda, o que se destaca é a felicidade pela representatividade: do corpo à paixão pelas fanfics. Segundo o Washington Post, o livro é um caminho de autodescoberta, pontuado por uma química avassaladora, diálogos inteligentes e um humor irresistível”


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“Para todos que, como eu, já duvidaram: pessoas como você podem ser desejadas. Pessoas como você podem ser amadas. Pessoas como você podem ter um final feliz.” — Olivia Dade


Olivia Dade sempre foi nerd e propensa a ignorar o resto do mundo quando estivesse com qualquer livro nas mãos. Mestre em História, já teve diversos empregos, mas por fim alcançou seu objetivo de vida: usar pijama o dia todo, como a escritora-eremita e bruxa entusiasmada que é. Atualmente, Olivia mora nos arredores de Estocolmo com a família e uma coleção de livros cada vez maior.


Livro: "Alerta de spoiler"

Autora: Olivia Dade

Tradução: Ana Rodrigues

432 páginas

Editora: Intrínseca

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.: Plantagonista: entrevista com Michel, o eliminado da semana do BBB24

Foto: Globo/João Cotta


Plantagonista? Para definir sua trajetória no "Big Brother Brasil 24", o mais recente eliminado escolhe outra palavra: reconstrução. Michel deixou a casa em um paredão contra Alane e Davi, com 70,33% dos votos do público, e conta estar tranquilo com o que viveu no reality show. Revela que preferiu se manter mais distante dos holofotes na primeira semana da competição como tática para fugir do paredão, e que mudou de rumo e aliou os grupos Puxadinho e Gnomos como forma de defesa e articulação no jogo. "Planta ganha três provas do anjo? Planta chega até uma final de prova do líder? Será mesmo que fui planta ou não? Porque eu comecei a incomodar! Na minha visão, eu fiz uma participação bem interessante", pondera.

A seguir, o ex-BBB fala sobre o rótulo de fofoqueiro, explica os embates com MC Bin Laden, Davi e Lucas Henrique e aponta Isabelle como a melhor jogadora da edição. Confira essas e outras avaliações feitas por Michel nesta entrevista pós-confinamento.



Se pudesse definir sua participação no ‘BBB 24’ em uma palavra, qual seria?

Reconstrução. Por chegar ao BBB escolhido pelos próprios participantes, primeiro senti que eu era um visitante. Depois, eu consegui me reconstruir ali dentro, me sentir pertencente àquela casa. Tive, então, uma virada de chave e, junto com os Gnomos, a Raquele, a Giovanna e eu conseguimos ficar mais ativos no jogo, nos defendermos melhor. O tempo inteiro a gente estava se reconstruindo no jogo, por mais que aqui fora isso possa não ter ficado tão claro. A minha meta era fugir do paredão, tanto que no que eu caí eu saí fora – sendo anjo e garantindo a imunidade. Por isso "reconstrução" é a palavra.

 

Por que acha que foi eliminado em seu primeiro paredão?

Eu acho que caí no paredão errado, na hora errada, com dois que são favoritos e eu tive um embate. É a questão da torcida maior. Apesar de que eu estou muito feliz com a minha torcida também. Sei que eles foram muito engajados, e a gente dá trabalho para quem tá aqui fora e gosta da gente (risos). Se eu tivesse ido mais longe, ia mostrar mais jogo e seria mais legal. Eu fui taxado de fofoqueiro, mas o jogo é a comunicação. Se você não consegue comunicação, você não joga. Então precisa ir, sim, atrás de informações, trazer para os seus e dali ter um parâmetro do que fazer.

 

No início do jogo, o Juninho sugeriu uma aliança ao Puxadinho, mas vocês descartaram. Mais adiante, você, Raquele e Giovanna se uniram em um trio até decidirem começar a jogar com os Gnomos. O que você tinha como critério para formar ou não um grupo para jogar no BBB?  

Primeira coisa: conexão. A minha conexão com a Giovanna e com a Raquele foi surreal, com a Raquele ainda mais; acho que vocês conseguiram sentir. Se a gente falar de fidelidade, de carinho e de amor, vai ser a minha amizade com a Raquele. Foi algo muito fidedigno, tanto dela quanto meu. Quando não era ela que me procurava pela casa, era eu que procurava por ela. A gente deu muita força um para o outro. Não tivemos essa conexão com o Juninho, vimos que o jogo era um pouco diferente, e ele foi para o quarto Gnomos com pessoas que, naquele momento, a gente não queria jogar. Depois, fizemos essa aliança quando percebemos que nós três, sozinhos, não conseguiríamos nos defender. Muitos falam: "Foi comprado por uma jujuba, uma pulseira Vip". Mas não foi, foi estratégia nossa também. Tanto que no início a gente se sentiu um pouco desconfortável. Eu tive uma crise de choro horrorosa, falava que eu tinha que ter o coração menor. Mas, quando teve aquele assunto de corpo eu entendi perfeitamente o lado da Fernanda e vi que não foi tão alarmante assim como a Alane colocou. Graças a Deus eu consegui acessar a Fernanda e a Pitel, e foi maravilhoso conhecer as duas, que são pessoas muito legais.

 

No Sincerão, o Marcus Vinicius disse que você se vendeu pelo Vip da Fernanda quando ela foi líder. Acha que a sua estratégia de jogo foi acertada nesse momento? 

Acho que sim. Os outros grupos estavam muito fechados, a gente não conseguiria entrar. Ficaríamos nós três ali vagando, o que era muito perigoso porque era um voto confortável para as outras pessoas. A Isabelle, que a gente gosta muito também, deu muita sorte de ser muito forte fora da casa, porque ela foi a três paredões direto justamente pelo voto confortável, sem ter uma "manada" por trás para defender. Quando os participantes enxergam isso, eles repensam. Então, acredito que foi, sim, assertivo.

 

Nas primeiras semanas, alguns participantes disseram que você era uma das plantas da casa. Depois, mudaram de ideia. Enxerga que teve, de fato, uma mudança de comportamento na competição? 

Tive. Na primeira semana a minha estratégia era não me destacar tanto porque, no início, quem se destaca vai para o paredão. Então, fiquei mais quieto. Sou muito observador e queria observar para criar meus laços. Esse trio que eu tinha (eu, Raquele e Giovanna) era super de confiança, eu tinha certeza de que o que eu falasse ali, não ia sair dali. Acho que ficou nítido isso no programa, foi muito bonito; meu olho enche de água até hoje só de falar. São duas pessoas que eu quero levar para a vida. Depois, eu falo: planta ganha três provas do anjo? Planta chega até uma final de prova do líder? Então é isso: será mesmo que fui planta ou não? Porque eu comecei a incomodar! Estar em cinco Sincerões é ser planta? Eu fui a cinco direto. Então, acho que "planta" não me cabe, não. Na minha visão, eu fiz uma participação bem interessante.

 

Você teve embates diretos com Davi, MC Bin Laden e Lucas. Tinha eles como seus maiores adversários ou foi uma questão de ocasião?

Eu não sou a pessoa do embate direto, não gosto. Mas, quando tenho que me posicionar, me posiciono, apesar de às vezes não saber o que falar no momento (risos). Com o Lucas isso foi o pior porque ele me perguntou onde tinha sido o clique e eu tive problema com a minha memória, o que pegou muito mal para mim. Eu tenho TDAH, o que eu não falei lá na casa. Isso e a pressão me estressaram e me fizeram ter essa confusão de não lembrar das coisas. Tanto que ontem, no 'Bate-papo BBB', eu fiquei muito surpreso quando vi que eu que passei informação para o Bin [MC Bin Laden] (risos). Com o Lucas o clique foi quando ele me colocou no monstro, porque eu não esperava de jeito nenhum. Fiquei muito chateado. Por que, se ele gostava tanto de mim, ia me colocar no monstro? Monstro é negativo. Ele veio falar que queria me dar visibilidade, mas essa eu não queria. Ali começou e vários outros problemas decorreram disso. Com o Bin eu estava vendo o jogo dele de leva e traz, ele achando que estava jogando bem, e isso estava me incomodando muito. E eu nunca fui contra o Davi. A gente teve um problema, mas depois começou a ter uma aproximação de novo com conversas que não eram sobre jogo. Eu falei para ele que votaria no Bin e isso foi uma jogada minha porque eu sabia que ia parecer com o jogo dele e eu era uma prioridade dele de voto. Falei para a minha prioridade descer um pouco, já que meu voto seria parecido com o dele. Dali começou o embate. Mas eu jogava por semana. Cada semana, para mim, era uma vitória.

 

Você tinha a tática de fazer as provas com muita calma e concentração. Essa estratégia te fez ganhar várias provas. Como fazia a sua avaliação das dinâmicas do jogo para conseguir vencer? 

Eu tenho dificuldade de concentração, mas queria tanto vencer! Então eu pensava: tem pessoas muito fortes em agilidade, se eu for para agilidade e correria eu vou perder; isso era fato, eu sou realista. A partir disso comecei a pensar em outro caminho, e foi o de tentar fazer a prova o mais perfeitamente possível. Eu pensava: tenho que fazer rápido, mas perfeito. Acho que isso me ajudou muito nas três provas que ganhei, que tiveram questões de agilidade, mas também de estratégia. 

 

Você foi anjo e ficou imune três vezes no jogo. Em qual delas acha que a imunidade foi mais valiosa para você? 

As duas últimas imunidades foram as mais valiosas por eu estar correndo muito risco de ir ao paredão. E nessa semana eu tinha que ter ganhado também. Nossa, foi por pouco que não peguei a liderança, meu lance [durante o arremesso da prova] bateu na quina e voltou! Eu sabia que se eu perdesse para o Lucas, ele iria me indicar ao paredão. Mas, faz parte do jogo. A gente tem que saber perder também porque, se eu entrei, sabia que um só iria ganhar. Infelizmente não fui eu. Eu nunca corri do jogo. O respeito, para mim, tinha que ser a primeira coisa. E eu tinha uma convivência muito boa com a casa, o que me pegava muito também na hora de ter que indicar alguém. Quando fui anjo e tive que indicar alguém ao paredão, eu fiquei muito nervoso ao falar o nome do Lucas porque era uma pessoa de quem eu gostava por alguns aspectos, mas para o meu jogo não estava sendo favorável.

 

Quem você acha o melhor jogador ou jogadora do ‘BBB 24’? 

Por ter o jogo mais diferente, estar batendo no peito e falando que joga sozinha, talvez a melhor jogadora seja a Isabelle. Eu tinha um trio, mas a Isabelle sempre esteve no meu top 5. Era uma pessoa que eu gostava muito. Não tinha interesse nenhum no jogo dela, tanto que a gente não conversava sobre isso. Às vezes ela me escutava e eu abria meu jogo porque sabia que a informação não ia sair dali. Ela era uma pessoa em quem eu confiava muito também. Cheguei a chamar ela para jogar mais, mas ela batia no peito dizendo: "Não, eu jogo sozinha, meu jogo é assim e se o Brasil tiver que comprar vai ser assim". Por isso acho que ela é uma ótima jogadora e isso pode levá-la longe.

 

Como você acha que Giovanna e Raquele vão se comportar no game após a sua saída? 

Eu tenho muito medo de elas se afundarem. Eu tentava sempre levantar as duas, por mais que eu tivesse destruído também. Confiava muito em nós três, achava que a gente podia ter um enredo muito legal. Acho que a questão do pé atrapalhou muito a Giovanna. Quando ela conversava comigo, eu via o mulherão que ela é, que fala, e acho que essa questão do pé acabou escondendo muito ela. De nós três, acho que ela era a mais escondida; agora, no finalzinho, que ela começou a dar uns pitacos. E a Raquele é maravilhosa, foi uma conexão surreal. Torço muito por ela e quero que ela deslanche. Vi que ela tinha muita força em mim, mas não quero que ela fique apegada a isso. Espero que ela continue, que não pare nem fique baqueada. Acho que elas têm que seguir com a Pitel e a Fernanda. Tomara que elas continuem juntas porque acredito que as quatro podem ter muita força. E agora o jogo não vai vazar, né? Não tem Rodriguinho na casa, o Bin não está jogando... (risos)

 

Para quem fica sua torcida? 

Se eu for pelo coração, Raquele. Se for pelo jogo, Isabelle. Se a Isabelle ganhar eu vou ficar muito feliz, mas obviamente a Raquele é a minha favorita, por conexão e por tudo. Espero que ela cresça muito no jogo! No dia do Sincerão com o Marcus a gente viu o posicionamento dela e eu fiquei muito feliz pelo jeito que ela se colocou. Tomara que ela se coloque mais assim. Eu acho muito difícil ela desrespeitar alguém, perder a linha, mas essa onça pode vir, que tá valendo (risos).

 

Quais os planos para o pós-reality? Pretende voltar para a sala de aula imediatamente?

Eu estou disposto a abraçar todas as oportunidades que vierem. Não quero voltar para a sala de aula por enquanto porque é ralado, sofrido, apesar de eu amar a minha profissão. Eu tenho vontade de ir para o entretenimento. Tenho o pensamento muito rápido, brinco, consigo sair das situações, então estou aberto a oportunidades. Ainda quero ver se consigo ajudar ONGs LGBTs com Educação. Gosto muito de viagens também. 

 

E o casamento? 

O casamento vai sair, tem que sair (risos)! É uma coisa que eu quero muito há cinco anos. Quando falo do Renato meus olhos enchem de lágrimas, brilham. É uma pessoa em quem eu tenho 100% de confiança. Eu no BBB nunca fiquei preocupado com o que ele estaria fazendo aqui fora. Me preocupava com como ele estava. Quero que o casamento saia o mais rápido possível!

 

O "BBB 24" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após "Renascer", e domingos, após o "Fantástico". 

 

Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 24" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do "Click BBB" e o "Mesacast BBB", que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o "BBB – A Eliminação", exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página "BBB Hoje", as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o "Bate-Papo BBB", enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.


Leia+

.: Lucas Pizane, do "BBB 24": "Parece que você amadurece um ano a cada dia"

.: Thalyta Alves, do "BBB 24": "O silêncio pode ser o maior grito de uma pessoa"

.: Maycon Cosmer: "Entre o que eu falo e as pessoas entendem existe um oceano"

.: Amanda Meirelles, campeã do "BBB 23": “Eu ainda estou chocada”

.: Entrevista com Bruna Griphao: "Fui muito verdadeira, até demais"

.: Larissa Santos, a craque que mudou o rumo do "BBB 23" duas vezes

.: Entrevista: Ricardo Camargo, o Alface que não era planta no "BBB 23"

.: #BBB23: entrevista com Domitila Barros, "Sem errar, seria desumano"

terça-feira, 5 de março de 2024

.: "Cabaré Miss Jujuba", em homenagem à Julieta Hernández, faz duas sessões


Espetáculo traz para o palco uma celebração à vida e ao legado de Julieta, que desempenhou papéis diversos como palhaça, cicloviajante, bonequeira, poeta e musicista. Foto: Traiana Zacariotti 


O Mundo Circo SP, iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, com gestão e produção da Associação Paulista dos Amigos da Arte, recebe nos dias 9 e 10 de março, sábado e domingo, às 17h00, o espetáculo "Cabaré Miss Jujuba", uma homenagem à palhaça Miss Jujuba, celebrando a diversidade e a inspiração da imigrante venezuelana Julieta Hernández. 

Repleto de números de circo, palhaçaria, poesia e música, o espetáculo faz parte da programação do mês da mulher e promete momentos de graça, reflexão e celebração, com um elenco formado exclusivamente por artistas circenses mulheres. Em uma homenagem emocionante, o "Cabaré Miss Jujuba" traz para o palco uma celebração à vida e ao legado de Julieta, que desempenhou papéis diversos como palhaça, cicloviajante, bonequeira, poeta e musicista. Julieta, infelizmente, teve a vida abreviada em dezembro do ano passado, no estado do Amazonas, durante uma longa viagem de bicicleta até seu país de origem, para visitar sua mãe.

Sob a curadoria do grupo Circo di SóLadies | Nem SóLadies, o espetáculo promete mergulhar o público em uma emocionante experiência, oferecendo uma reinterpretação das tradições circenses e interioranas, sob a perspectiva do palhaço. A performance, pontuada por músicas típicas ao vivo, não apenas promete entretenimento, mas também busca transmitir a essência e a inspiração que Julieta Hernández deixou.


Serviço
"Cabaré Miss Jujuba"
Dias 9 e 10 de março, sábado e domingo, às 17h00
Classificação etária: Livre
Entrada gratuita
Duração: 55 minutos
Local: Av. Cruzeiro do Sul, 2630 - Carandiru/São Paulo

segunda-feira, 4 de março de 2024

.: "Sobre Literatura e História": livro de Júlio Pimentel relaciona ficção e História


Um livro singular que faz do cruzamento entre história e ficção uma trama de diálogos entre alguns dos principais nomes da literatura do século XX do nosso continente. Como um historiador lê a literatura? Como a ficção se relaciona com a história? No livro "Sobre Literatura e História - Como a Ficção Constrói a Experiência", lançado pela Companhia das Letras, o autor Júlio Pimentel Pinto oferece neste livro respostas sensíveis e inteligentes a essas perguntas. 

Mediante uma escrita prazerosa, ele nos convida a indagar sobre os caminhos possíveis de serem traçados entre os protocolos discursivos da história e as formas especulativas da ficção, sinalizando não apenas a permeabilidade de seus limites, mas, sobretudo, a distinção que as legitima enquanto práticas e saberes.

A partir da leitura de autores como Julio Cortázar, Jorge Luis Borges, Ricardo Piglia, Octavio Paz, Juan Carlos Onetti, Milton Hatoum, Edgar Allan Poe, José Martí, Sousândrade, Raymond Chandler, entre outros, Júlio Pimentel Pinto coloca em evidência indagações compartilhadas entre o fazer do historiador e o do escritor -- sem que a ficção surja como ilustração de um argumento histórico e sem que a história se preste a compor mero pano de fundo para a escrita da ficção.

"Sobre Literatura e História - Como a Ficção Constrói a Experiência" é um livro para todos aqueles que se interessam por literatura e por história, em diálogo, combinando olhares, contaminando-se mutuamente. Compre o livro "Sobre Literatura e História - Como a Ficção Constrói a Experiência", de Júlio Pimentel, neste link.

O que disseram sobre o livro
"Fruto de mais de trinta anos de militância crítica e professoral, o livro atinge um amadurecimento nas leituras e análises por aproximação e contraste dos maiores clássicos da América Latina." -- Jorge Schwartz

"Com lucidez e elegância nos debates teóricos, sem perder de vista a complexidade dos temas, um livro delicado no seu gesto de indagação e, sobretudo, atento ao prazer do leitor." -- Ana Cecilia Olmos

Sobre o autor
Júlio Pimentel Pinto
é professor no departamento de história da Universidade de São Paulo (USP) e autor, entre outros, de Uma memória do mundo: "Ficção, Memória e História em Jorge Luis Borges" (Estação Liberdade, 1998) e "A Pista & a Razão: uma História Fragmentária da Narrativa Policial" (e-galáxia, 2019). Garanta o seu exemplar de "Sobre Literatura e História - Como a Ficção Constrói a Experiência", escrito por Júlio Pimentel, neste link.

.: "Ah, se Graham Bell Falasse!" trata dos exageros no uso dos smartphones


Muitos pais se veem em situações delicadas durante a educação dos filhos. Um dos maiores desafios da geração atual é controlar o uso dos smartphones e até o próprio tempo à frente das telas. Por vezes, o pai ou a mão se culpabiliza por passar muitas horas longe de casa, e quando chega, quer agradar o filho e deixa que ele abuse do uso do eletrônico. Mas qual a medida certa para essa relação?

Em "Ah, se Graham Bell Falasse!", livro de fácil leitura lançado pela editora Franco para os pequenos da escritora Viviane Viana, temos a oportunidade de abordar o tema de uma forma lúdica e divertida com os pequenos. A autora, que é Mestre em Educação e buscou respostas em sua dissertação sobre como as tecnologias podem contribuir para o processo de ensino e aprendizagem, trata nesse novo livro dos excessos no uso das telas, especialmente dos smartphones, de forma bem humorada.

Vale ressaltar que, no livro, o celular não exerce papel de vilão. O que se discute é a moderação no uso dessa tecnologia, tão essencial em dias atuais, mas que, já é sabido, o excesso traz problemas à saúde física, mental e até dependência para as pessoas. Pesquisa feita pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) mostra que mais de 40% dos jovens brasileiros não conseguem ficar mais de um dia sem usar o celular.

Problemas de comunicação entre pais e filhos e até o sentimento de culpa por trabalhar demais são barreiras que precisam ser enfrentadas e vencidas. Abordar o tema de forma leve, como sugerir a leitura deste livro e também dar o exemplo, ficando menos com o celular na mão, são ótimas formas de se iniciar uma relação mais saudável com as telas.

O livro será lançado no dia 10 de março, Dia do Telefone, na Littera Livraria do Teresópolis Shopping, no Rio de Janeiro. A data do evento foi escolhida a dedo, já que nesse mesmo dia, só que em 1876, foi realizada a primeira bem-sucedida transmissão elétrica de voz por um aparelho cuja invenção é atribuída ao cientista Alexander Graham Bell. Compre o livro "Ah, se Graham Bell Falasse!", de Paula Viana, neste link.


Sobre a autora
Viviane de Paula Viana é escritora e jornalista. Nasceu no Rio de Janeiro e morou em Brasília, Natal, São Paulo e em Madri. É mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e especialista em Arte & Educação pela Universidade de Brasília (UnB). Foi coordenadora-geral e diretora da TV Escola. Garanta o seu exemplar de "Ah, se Graham Bell Falasse!", escrito por Paula Viana, neste link.


Serviço
Lançamento do livro "Ah, se Graham Bell Falasse!"
Dia 10 de março, domingo, às 15h, na Littera Livraria do Teresópolis Shopping.
Rua Edmundo Bitencourt, 101, loja 215, Várzea/Rio de Janeiro.

.: Emicida sorri com uma ponta de dor na música inédita "Acabou, mas Tem…"


Sem lançar uma canção inédita há dois anos, o rapper encerra o ciclo de AmarElo com o novo single e uma turnê de despedida. Foto: Julio Benedito

Tom Jobim dizia que a música brasileira é aquela que ri e que chora. Este é um bom ponto de partida para abordar a nova música de Emicida, "Acabou, mas Tem…", uma canção que sorri com uma ponta de dor. A faixa, que tem produção assinada por Emicida e Damien Seth, carrega um pranto e um lamento emoldurados por uma harmonia que provoca esperança – algo que, de certa forma, reflete a dualidade do título do single. O videoclipe, disponível no canal de YouTube do rapper paulistano, também compartilha do contraste para ambientar a narrativa.

Quando lançou "AmarElo" (2019), Emicida usou o termo "neo samba" para definir a sonoridade presente no trabalho. Dessa forma, ele propôs criar algo novo, poeticamente bonito e liricamente empolgante, contudo, tendo como guia a renovação de um gênero originalmente brasileiro. "Acabou, mas Tem…" chega como o encerramento do ciclo de "AmarElo" e também como evolução da incursão do artista pelo neo samba. 

"O ápice dos gêneros passa. É efêmero. Mas os artistas que têm substância se mantêm. Eu acho que encontrei a linguagem da minha música, tenho me sentido instigado por esse exercício de criação", ele comenta. Ao iniciar aulas de flauta transversal, o rapper adicionou uma nova camada para o desenvolvimento dessa construção. "A minha música é ancorada na palavra e estudar um instrumento tem servido pra me libertar de umas amarras bobas que eu mesmo criei, fugindo de uns estereótipos e caindo em outros. Essa coisa de neo samba é uma responsa, por isso fui estudar sério. Quero criar algo musical que dê orgulho aos meus ídolos", complementa.

Com direção de Pedro Conti e Diego Maia, o videoclipe de "Acabou, mas Tem…" reforça a dualidade ao representar a música por meio de uma animação, contrastando a suavidade do som com a dureza da letra. Sem lançar uma música inédita há dois anos – as últimas foram "É Tudo pra Ontem" (2019) e "São Pixinguinha" (2021) – "Acabou, mas Tem…" fotografa o espírito de um tempo consumido pela agonia, pela claustrofobia e pela ansiedade de uma sociedade doente. Embora a música carregue uma grande carga de tristeza, ela tem também a sua ponta de luz, amarrando o experimento social "AmarElo" com um laço cintilante de esperança. "É como um grito ante à essa avalanche de tragédias diretas e indiretas, eu só tô tentando ficar bem, sobreviver, sabe?", finaliza Emicida.

"AmarElo - A Gira Final"
Após ser realizado 120 vezes e ter passado por nove países e 55 cidades, o espetáculo "AmarElo" acabou se tornando uma espécie de culto para o público, tamanha a profundidade e intensidade da troca entre o artista e os seus fãs. Por isso, a despedida desta turnê não poderia ser como um corte seco. O cantor, compositor, rapper e pensador contemporâneo anunciou, então, "AmarElo – A Gira Final", uma parceria da Laboratório Fantasma com a Live Nation Brasil que fará da experiência de AmarElo ao vivo algo ainda mais especial. 

Ao todo, 12 cidades receberão a turnê, que é apresentada por Elo e tem Budweiser como cerveja oficial. São elas: Belo Horizonte (8 e 9 de março); Porto Alegre (6 de abril); Brasília (12 de abril); Goiânia (13 de abril); Recife (26 de abril); Salvador (11 de maio); Rio de Janeiro (18 de maio); São Paulo (25 de maio); Florianópolis (21 de junho); Curitiba (22 de junho); Manaus (28 de junho) e Belém (30 de junho). Os ingressos podem ser adquiridos on-line (www.ticketmaster.com.br; e, em Manaus, exclusivamente, em https://www.bilheteriadigital.com/) e nas bilheterias oficiais.


.: Sucesso na 1ᵃ temporada, Justiça 2’ estreia dia 11 de abril no Globoplay


Na imagem, os personagens Balthazar (Juan Paiva), Geíza (Belize Pombal), Milena (Nanda Costa) e Jayme (Murilo Benício). Foto: Globo/Estevam Avellar

Quatro histórias inéditas ambientadas em uma nova região. A partir do dia 11 de abril, "Justiça 2", série Original Globoplay, estreia na plataforma entrelaçando as vidas de Balthazar (Juan Paiva), Jayme (Murilo Benício), Geíza (Belize Pombal) e Milena (Nanda Costa) em Brasília e Ceilândia, no Distrito Federal. A obra antológica escrita por Manuela Dias com direção artística de Gustavo Fernández segue a mesma estrutura narrativa de "Justiça" exibida em 2016 na TV Globo e disponível na íntegra no Globoplay, mas com novos dramas e personagens.

 A série acompanha a trajetória de Balthazar, Jayme, Geíza e Milena, que são presos no mesmo dia, e apresenta a retomada da vida de cada um ao sair da prisão, sete anos mais tarde. Eles vão em busca de uma justiça que vai além da lógica dos processos judiciários.  

“’Justiça’ não é uma série sobre leis, mas sobre a possibilidade de que exista justiça. A própria ideia de justiça é uma ferramenta civilizatória que viabiliza a vida em sociedade. Somos treinados para acreditar que seremos premiados se fizermos o certo e punidos quando agimos de forma errada - mas a vida mostra que isso é apenas um condicionamento teórico. Dentro desse contexto, as tramas da série são uma investigação do que sobra na vida de uma pessoa depois que a Justiça morde seu quinhão”, define a autora. 

O diretor artístico Gustavo Fernández ainda aponta: “Em ‘Justiça 2’, a continuidade é apenas de formato. Os personagens e as tramas são completamente novos. Apesar disso, o fato de a série agora se passar no Distrito Federal condicionou uma linguagem própria. Brasília, com as suas linhas retas e suas perspectivas, naturalmente pediu uma câmera com movimentos mais lentos e planos mais abertos”.

Alinhada ao compromisso da Globo de produzir conteúdos em sintonia com a sociedade, a série aborda questões que devem despertar a reflexão do público. Temáticas atuais e relevantes perpassam as tramas, como “uberização” do trabalho, racismo, corrupção, política, homofobia, misoginia, abuso sexual, entre outros. 

O elenco também conta com nomes como Leandra Leal – que, na pele de Kellen, é a única personagem que retorna - , Paolla Oliveira, Alice Wegmann, Júlia Lemmertz, Marco Ricca, Marcello Novaes, Maria Padilha, Gi Fernandes, Danton Mello, Fábio Lago, entre outros. ‘Justiça 2’ é uma série original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo, criada e escrita por Manuela Dias, com colaboração de Walter Daguerre e João Ademir e pesquisa de Aline Maia. A série tem direção artística de Gustavo Fernández, direção de Pedro Peregrino, Ricardo França e Mariana Betti, produção executiva de Luciana Monteiro e direção de gênero de José Luiz Villamarim.

.: "Longe do Ninho": livro-reportagem de Daniela Arbex é lançado em São Paulo


Após o sucesso da sessão de autógrafos no Rio de Janeiro, a jornalista investigativa Daniela Arbex vai a São Paulo para participar do lançamento de seu novo livro-reportagem, "Longe do Ninho: uma Investigação do Incêndio que Deu Fim ao Sonho de Dez Jovens Promessas do Flamengo de se Tornarem Ídolos no Seu País do Futebol"o, nesta quarta-feira, dia 6 de março. O evento acontecerá na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, com início às 19h00. A obra reúne os resultados da investigação sobre o incêndio que matou dez adolescentes no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em fevereiro de 2019.

Cinco anos após o incêndio no Ninho do Urubu que vitimou dez garotos e continua sem responsabilização, a premiada jornalista Daniela Arbex lança livro-reportagem  "Longe do Ninho", com informações inéditas sobre o que ocorreu naquela madrugada de 2019. O mesmo ano que entraria para a história do Flamengo como um dos mais gloriosos - o time principal foi campeão do Campeonato Carioca, do Brasileirão e da Taça Libertadores da América - foi também o mais triste de todos. 

Em 8 de fevereiro, uma tragédia sem precedentes no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do clube, fez toda a nação amanhecer de luto. Vinte e quatro atletas da base que se reapresentaram ao clube após o fim das férias foram surpreendidos por um grande incêndio enquanto dormiam. As chamas, iniciadas pouco depois das cinco horas da manhã, alcançaram todos os quartos em menos de dois minutos. Os garotos, que se viram encurralados pelo fogo, lutaram até as últimas forças por suas vidas. O incêndio vitimou dez meninos entre 14 e 16 anos e colocou fim ao sonho de se tornarem ídolos no país do futebol.

Daniela Arbex, premiada jornalista investigativa, se lançou em uma extensa apuração para reconstituir o que de fato aconteceu naquela madrugada. Ao reunir laudos técnicos, trocas de mensagens e e-mails, dados e relatos até então não divulgados, além de entrevistas feitas com todas as famílias dos dez jovens, sobreviventes, profissionais da perícia criminal e do IML, Arbex conseguiu montar um quadro completo e elucidativo da trajetória dos atletas, do caminho das chamas - que atingiram temperatura superior a 600 graus Celsius - e das consequências na vida de pessoas que se viram envolvidas em uma tragédia anunciada. Com estrutura inadequada - apenas uma porta de saída - e materiais que não demonstraram ter propriedades antichama, o contêiner-dormitório do Flamengo transformou-se em armadilha fatal.

"Longe do Ninho", que chega às livrarias pela Intrínseca em fevereiro, é um relato extremamente forte, humano e sensível sobre a morte de meninos que estavam muito distante de casa e da proteção de seus pais. A obra reverencia a memória dos que se foram e o esforço dos atletas que sobreviveram. Apesar do trauma e do sofrimento que enfrentaram, eles encontraram no valor da amizade a coragem de que precisavam para seguir rolando a bola por si e pelos irmãos de ideal, aos quais passaram a chamar de “Nossos 10”.

Com informações exclusivas, este livro-reportagem, com prefácio do jornalista Tino Marcos, é peça fundamental para a compreensão do caso. Mais do que isso: é uma voz potente contra o esquecimento que nega a história. “Um dia minha mãe me perguntou por que trato de temas tão dolorosos em meus livros. Respondi que, na verdade, não escolho escrever sobre tragédias, mas sobre as omissões que causam tragédias, para que elas não se repitam. Afinal, se uma história não é contada, é como se ela não tivesse existido”, conclui Daniela Arbex. Compre o livro "Longe do Ninho", de Daniela Arbex, neste link.


Sobre a autora
Nascida em Minas Gerais, Daniela Arbex é autora premiada de seis livros, todos publicados pela Intrínseca. Sua obra de estreia, "Holocausto Brasileiro" (2013), foi reconhecida como Melhor Livro-Reportagem de 2013 pela Associação Paulista de Críticos de Arte e ficou em segundo lugar no Prêmio Jabuti de 2014. Além disso, foi adaptada para documentário pela HBO. "Cova 312" (2015), seu segundo livro, venceu o Jabuti de Melhor Livro-Reportagem em 2016 e "Todo Dia a Mesma Noite" (2018) ganhou adaptação pela Netflix em 2023. 

"Os Dois Mundos de Isabel" (2020) foi lançado no mesmo ano em que a autora recebeu o prêmio de Melhor Repórter Investigativa do Brasil pelo Troféu Mulher Imprensa. "Arrastados" (2022) foi agraciado com o Prêmio Vladimir Herzog 2023. Daniela Arbex conquistou ainda outros 20 prêmios nacionais e internacionais, entre eles três prêmios Esso e o americano Knight International Journalism Award. Foi repórter especial do jornal Tribuna de Minas por 23 anos e atualmente dedica-se à literatura. Foto: Leo Aversa. Garanta o seu exemplar de "Longe do Ninho", escrito por Daniela Arbex, neste link.

domingo, 3 de março de 2024

.: "Os Canibais da Rua do Arvoredo": livro inspirado em caso real de canibalismo


A história que chocou o mundo no século XIX e foi parar no caderno de anotações do naturalista Charles Darwin é revisitada em "Os Canibais da Rua do Arvoredo", livro escrito por Tailor DinizA obra, publicada pelo selo Lucens, da Citadel Grupo Editorial, é inspirada na falácia de um século e meio atrás, que chegou até o naturalista Charles Darwin.No enredo, os espíritos dos assassinos possuem um casal de jovens que passam a cometer crimes inimagináveis no porão da mesma casa onde aconteceram os crimes no século 19.

Nesta sátira, o leitor vai conhecer um casal de universitários – ele estudante de gastronomia e ela acadêmica de medicina, que se muda para a antiga casa onde José Ramos e Catarina Palse mataram homens e transformaram suas carnes em linguiças, comercializadas por toda a Porto Alegre. Possuídos pelos fantasmas dos antigos moradores do local, eles seguem os passos (e o mesmo destino) dos assassinos, mas agora transformam as vítimas em hambúrguer gourmet. Compre o livro "Os Canibais da Rua do Arvoredo", escrito por Tailor Diniz, neste llink. 

.: Vilto Reis lança livro de fantasia que discute problemas contemporâneos


Decidido a se afastar do modelo tradicional de escrever fantasia, canonizado por J.R.R. Tolkien, o escritor, roteirista de quadrinhos e professor de escrita criativa Vilto Reis procurou novas possibilidades para contar sua história. Buscando novas referências, sem deixar de lado obras seminais como “Duna”, de Frank Herbert, Vilto também encontrou em questões que pautam o mundo na atualidade a inspiração para escrever “Nascida Para o Trono – Serpentes e Traições”, obra publicada pela editora Draco.

Além de expandir a imaginação em um cenário de conflitos, instabilidade política e pesada mão religiosa sobre a vida do povo, o escritor, que já foi jurado do Prêmio Jabuti em 2022, constrói uma narrativa envolvente onde todos os elementos indispensáveis ao gênero se fazem presentes. A história se passa no coração de Camara, um universo de fantasia épico inspirado nos grandes impérios africanos, onde repousa a Cidade Prateada, a capital de uma confederação de povos guerreiros onde manipulações, traições e disputas do Conselho — liderados pela Guardiã — oprimem a população através do poder do Totem da Serpente, uma joia capaz de despertar habilidades sobrehumanas em pessoas comuns. 

É lá que vive Núbia Naja Branca, uma debochada ladra que foi um prodígio de sua geração, mas acabou com os poderes bloqueados como punição por um crime do passado. Hoje, entrega-se à decadência de ser uma renegada de seu povo, afogando as mágoas em bebidas e drogas destrutivas para o corpo, como o Bagandolá.

Uma nova oportunidade de recomeçar surge quando é contratada para roubar o Totem da Serpente, a joia mais importante da confederação, protegida pela Nona Guardiã, sua própria irmã. Contudo, um general lendário e revolucionário deseja o mesmo item para derrubar o poder político de Camara, motivado por um fato que se liga ao passado de Núbia. O romance foi lançado junto com "Fim do Império", quadrinho em que Vilto também atua como roteirista e que conta com arte de Lucas Machado. Compre o livro “Nascida Para o Trono – Serpentes e Traições”, de Vilto Reis, neste link.


Um novo olhar para a contemporaneidade
Enquanto a fantasia muitas vezes é vista como uma forma de escapismo, no livro, segundo o autor, ela serve como um meio de explorar e oferecer novas perspectivas sobre questões atuais. Um dos principais temas é o uso abusivo de drogas. “Utilizo elementos de fantasia para explorar as complexidades e as consequências desse problema na sociedade”, aponta, sem condenar o uso recreativo durante a obra. 

Além disso, o livro aborda questões de gênero (a protagonista é uma mulher trans), destacando as diversas formas como a identidade e a expressão de gênero se manifestam e são percebidas em diferentes contextos. Outro tema crucial é a intolerância religiosa. Através de uma narrativa fantasiosa, o livro analisa como a intolerância e o preconceito podem se infiltrar e afetar as relações humanas, levando a conflitos e mal-entendidos. 

Tecer a narrativa levou tempo, pesquisa e experimentação, por meio da consulta de livros, documentários e filmes. “Filhos de Sangue e Osso”, de Tomi Adeyemi, e as histórias do Pantera Negra, da Marvel Comics, por exemplo, incorporaram a cultura africana à fantasia – os impérios africanos, sua cultura e organização são o ponto de partida para a criação de “Camara”.

Seu estilo de escrita, com frases curtas e concisão, é influenciado por autores como Joe Abercrombie, Andrzej Sapkowski e Leonel Caldela. A leitura de “Nascida Para o Trono” é imersiva como uma partida de RPG – em que as descrições das ações e movimentos são precisas e rápidas.

Como nasce um escritor de fantasia?
Vilto Reis é escritor, roteirista de quadrinhos, professor de escrita criativa, jogador de RPG e participante do Podcast de Literatura 30:MIN, um dos mais ouvidos do Brasil sobre livros. Também é autor de “Fim do império” e “Um gato chamado Borges”, obra finalista do Prêmio Sesc 2015, e teve contos veiculados em diversas antologias e revistas. 

O escritor também fundou o portal Homo Literatus, onde atuou como editor por mais de sete anos, e esteve à frente de iniciativas como a Editora Nocaute e a Revista Pulp Fiction. Com experiência como apresentador do programa de televisão LiteratusTV, em 2022, fez parte do júri do Prêmio Jabuti na categoria Literatura de Entretenimento. 

Sua verdadeira inspiração para começar a escrever veio um pouco antes da faculdade, quando descobriu o Nerdcast e a história de Eduardo Spohr, um escritor brasileiro bem-sucedido. Daniel Galera, com seu livro “Barba Ensopada de Sangue”, também foi uma grande influência, mostrando que era possível criar histórias em cenários familiares. O ponto de virada foi a criação do blog literário Homo Literatus em 2011, após uma palestra inspiradora no Festival de Publicidade de Gramado. “Esse projeto me permitiu explorar a escrita e a crítica literária, além de me conectar com outros apaixonados por literatura”, explica.

Em 2018, com a iminência do nascimento do seu filho, começou a trabalhar em um novo romance. “No entanto, depois de um evento tão emocionalmente transformador como a paternidade, voltei ao texto e não me reconheci mais nele. Não era o tipo de escritor que queria ser, nem o tipo de livro que queria escrever. Então, nos meses que se seguiram, passei a rascunhar ideias, explorar possibilidades, até que reencontrei minha verdadeira paixão: a fantasia épica”, conta.

Para desvendar a escrita de fantasia, mergulhou na leitura de inúmeras obras de fantasia, tanto clássicas quanto contemporâneas, enquanto também escrevia contos para praticar e desenvolver sua própria linguagem. O escritor ainda tem outras histórias no forno, quase prontas, que serão divulgadas aos poucos por meio de suas redes sociais. Atualmente, mantém um canal no Youtube dedicado a quem busca escrever livros. Além disso, ministra cursos e oficinas, realiza leituras críticas e oferece mentoria para aspirantes a escritores. Garanta o seu exemplar de “Nascida Para o Trono – Serpentes e Traições”, escrito por Vilto Reis, neste link.


Trecho de “Nascida Para o Trono”
“A chuva vinha diminuindo e naquele dia Teth-Tá brilhava no céu, pressagiando a chegada da Estação da Colheita. A Zona dos Artesãos era uma das melhores amostras do povo de Camara. Consoante às batidas das ferreiras nos metais das forjas, tecelões urdiam tecidos que virariam roupas e sapateiras talhavam o couro em sapatos ou bolsas. Griôs recém-chegados à Cidade Prateada aproveitavam as batidas monótonas como marcação de tempo para adicionar a melodia das canções narrativas. As koras eram acompanhadas por berimbaus e flautas, concebendo uma grande orquestra de improviso. Ninguém marcava para se encontrar ali, a convergência apenas surgia, motivando as danças em grupo. As crianças corriam para o meio de rodas, gargalhando não menos que os adultos. Os vendedores ambulantes eram atraídos pela multidão. Vinham tentando gritar mais alto que a música, vendendo doces de mel, fatias de bolo de milho cremoso, torta moín moín, torta do primeiro guardião, shuku shuku, melancias e o que mais se pudesse comer e oferecer a alguém. Ali mesmo na rua, bananas-da-terra eram fritas e dadas ou vendidas, conforme a necessidade de quem as produzia. De repente, dois velhos começaram a compartilhar um garrafão de vinho de palma. Um voluntário se oferecia para ocupar a função do fiandeiro por um tempo, para que este ocupasse um lugar na roda de dança. Era uma rápida troca de favores com a promessa de que se devolveria no futuro, porém ninguém lembrava de cobrar. Raramente um dia triste se veria por ali. Menos mal que Núbia se distraiu, dado que o acompanhante não se mostrava a companhia mais agradável.”

.: "Contando Estrelas", de Luciane Rangel, é para quem ama cultura asiática


Apaixonada por mangás, animes e tudo que envolve a cultura asiática, a escritora best-seller da Amazon, Luciane Rangel, transmitiu esse amor para o romance "Contando Estrelas", publicado pela Qualis Editora. Na obra, assim como na lenda japonesa Lucky Star, a autora apresenta um jovem sonhador que tem o propósito de juntar mil estrelas de origamis para tornar um desejo em realidade. Para isso, toda vez que o rapaz ajuda uma pessoa, ele dobra papéis em formato de estrelinhas.

Com um toque de realismo mágico, Luciane também trata sobre a difícil trajetória de amadurecimento na adolescência, a importância do trabalho voluntário e as amizades verdadeiras. Superação, amizade, amor improvável, luto, autoconhecimento, amadurecimento, tabus da adolescência e representatividade LGBTQIAPN+. Esses são alguns dos temas principais do romance que pertence é categoria Young Adult.

Neste "enemies to lovers", com um toque de realismo mágico, o leitor conhece Elisa, uma adolescente egocêntrica que tem uma vida privilegiada e vive em um mundo de aparências. Popular na escola e rodeada de amigas, a jovem é designada pela professora a fazer dupla com o novo aluno do colégio: Fábio – um rapaz peculiar que tem o hábito de criar origamis em formatos de estrelas. Juntos, eles precisarão fazer um trabalho voluntário no hospital infantil da cidade.

Inicialmente, Elisa enxerga Fábio como um garoto esquisito e passa a implicar com ele. Mas, com o tempo, a menina percebe que há mais por trás do hábito de dobrar origamis e passa a nutrir admiração pelo rapaz – o garoto faz uma estrelinha de papel toda vez que sente que ajudou alguém de verdade. Assim como a lenda japonesa Lucky Star, seu objetivo é juntar mil estrelas, pois acredita que assim ele poderá tornar um desejo realidade.

Mais que um romance colegial, nesta obra Luciane Rangel oferece uma reflexão sobre a importância do trabalho voluntário e como as experiências compartilhadas podem moldar as relações interpessoais. Afinal, quanto mais Elisa se aproxima de Fabio e vivencia momentos sensíveis com as crianças do hospital, a protagonista rompe com os próprios estigmas de preconceito e superficialidade.

Publicado pela Qualis Editora, "Contando Estrelas" desmistifica questões da adolescência e mostra o quão difícil é o processo de transformação e amadurecimento. A obra também é uma lição sobre a importância de ser gentil e não julgar as pessoas, e evidenciar que o poder do amor verdadeiro não tem a ver com aparência e status social. Compre o livro "Contando Estrelas", de Luciane Rangel, neste link.  


Sobre a autora
Luciane Rangel
iniciou sua carreira escrevendo livros de Fantasia e Romance YA. Atualmente, dedica-se a outra paixão literária: os romances clichês para público adulto. É formada em Direito, mas abandonou a vida jurídica para se dedicar ao que mais ama, que é escrever suas histórias. Luciane é canceriana nata, nasceu no Rio de Janeiro, é leitora, dobradora de papel, apaixonada por cães (e gatos também!), geek, dorameira, jedi, lufana, além de sailor nas horas vagas.  Soma mais de 40 livros publicados – a maioria pela plataforma da Amazon. Os seus últimos lançamentos estiveram entre os 40 títulos mais vendidos no ranking geral da Amazon Brasil, que a tornou best-seller da plataforma. Garanta o seu exemplar de "Contando Estrelas" , escrito por Luciane Rangel, neste link. 

.: Poesia em fita cassete: autora une música e literatura em livro


Para publicar "Tempestade de Som e Fúria", a escritora Adriana Simão escutava as músicas favoritas e, naqueles poucos minutos, escrevia um poema. Os temas dos textos podiam ser inspirados nas letras, ou apenas transmitiam os sentimentos dela enquanto ouvia as canções. O lançamento foi resultado de um processo terapêutico vivido pela autora, que recorreu à arte para entender os próprios sentimentos e conhecer a si mesma.

Com o objetivo de transmitir a relação direta entre as composições musicais e a literatura, a obra tem uma diagramação que lembra as fitas cassetes da década de 1990. Além disso, em cada poema, há o nome das músicas que inspiraram a escrita. Assim os leitores atravessam artistas e grupos como Arcade Fire, Oasis, Phoebe Bridgers, Florence + The Machine e Fiona Apple. Compre o livro "Tempestade de Som e Fúria", de Adriana Simão, neste link. 

Poemas em fita cassete
Quando Adriana Simão era adolescente, em meados da década de 1990, dedicava-se a montar playlists em fitas cassetes. Apesar de sempre ter sido apaixonada por música, entendeu o papel da arte na sua vida somente anos depois, ao utilizá-la como recurso terapêutico para o autoconhecimento. Quando escutava canções, transformava o próprio fluxo de consciência em poemas, que foram compilados em Tempestade de som e fúria.

O livro alcançou a marca de best-seller ao ser lançado em e-book de forma independente e agora é publicado por uma editora tradicional. Dividida em lados A e B, a obra reúne uma série de textos existenciais e reflexivos que abordam questões como as relações com o tempo, os diferentes sentidos para a vida, a importância da memória, as formas de viver em meio às contradições da realidade.

O trabalho poético foi inspirado nas melodias que Adriana Simão ouvia no momento da escrita. No início de cada texto, a autora não apenas detalha a data, o horário e o local em que o conteúdo foi concebido, mas também explicita as canções responsáveis por inspirar sua criatividade. A partir dos poemas, os leitores atravessam uma lista diversificada com Arcade Fire, Oasis, Phoebe Bridgers, Florence + The Machine, Fiona Apple, Beirut, Tribalistas e Adele. Para tornar a obra ainda mais interativa, há uma playlist on-line com todas as produções indicadas.

Enquanto o Lado A é composto por versos influenciados pelas músicas favoritas da escritora, o Lado B foi elaborado com a participação do público. Muitas pessoas buscavam a poeta para produzir textos com base em canções, e ela atendia a esses pedidos. Entre as dedicatórias, um nome se destaca: o de Aline Bei, autora dos títulos “O Peso do Pássaro Morto” e “Pequena Coreografia do Adeus”, que quis um poema para “Volant”, de Sebastian Plano. Neste processo, Pato Fu, Nina Simone, Jimi Hendrix, Taylor Swift e Os Mutantes, entre outros, foram adicionados à miscelânea musical.

Além de ser um breve retorno ao mundo analógico da década de 1990, Tempestade de som e fúria mostra a importância de transformar as diferentes linguagens artísticas em processo terapêutico. Iniciados devido a uma sugestão da psicoterapeuta de Adriana Simão, os versos serviram como um momento catártico de autoconhecimento e se conectam com todos aqueles que, como a escritora, procuram a arte para entender os sentimentos e seu lugar no mundo.

Sobre a autora
Formada em Sistemas de Informação pela Universidade Mackenzie, em São Paulo, Adriana Simão trabalha com números, mas desde criança é apaixonada por palavras e música. Aprendeu a produzir playlists em fita cassete e, décadas depois, uniu este conhecimento ao fazer poético. Enquanto escutava canções, escrevia os poemas que foram publicados no seu livro de estreia Tempestade de som e fúria. Lançada primeiro como e-book, a obra alcançou a lista de mais vendidos na Amazon e se tornou um best-seller. Agora o título ganha versão física publicada pela editora Letramento. Garanta o seu exemplar de "Tempestade de Som e Fúria", escrito por Adriana Simão, neste link.

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