domingo, 18 de fevereiro de 2024

.: Patty Pantaleão, 1ᵃ artista indoor de bolhas de sabão no Brasil, em show


Após o sucesso de público no último ano com o espetáculo "Entre Bolhas e Borboletas", a primeira artista indoor de bolhas de sabão no Brasil, Patty Pantaleão, oficializou uma temporada de apresentações no Teatro Arthur Azevedo em fevereiro. As apresentações, realizadas todos os fins de semana do mês, na sessão das 16h00, terão ingressos a partir de R$12,50.

O público presente terá acesso a um espetáculo para toda a família, oferecendo muita leveza, efeitos de mágica, cores, luzes, música e poesia, sem deixar de destacar as grandes bolhas de sabão. Sem dúvida, é um resgate à memória afetiva independente da idade. "Esta nova temporada é uma forma de retribuir toda a aceitação que tivemos do público da cidade de São Paulo no último ano; ao todo, foram mais de 3.000 pessoas impactadas de alguma forma pela nossa mensagem. O que posso adiantar é que cada sessão será única e com uma emoção que só quem estará lá será capaz de sentir", encerra a artista.


Serviço
Espetáculo "Entre Bolhas e Borboletas".
Teatro Arthur Azevedo.
Até dia 25 de fevereiro, às 16h00.
Sábados e domingos.
Ingressos neste link.

sábado, 17 de fevereiro de 2024

.: Grátis: Museu da Língua Portuguesa lança catálogo da exposição "Nhe’ẽ Porã"


Publicação foi distribuída em primeira mão na abertura da itinerância da mostra no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará. Versão do material também pode ser baixada em pdf.


O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, lançou o catálogo da exposição "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação". A publicação impressa sobre a mostra foi distribuída em primeira mão no Museu Paraense Emílio Goeldi, onde uma versão itinerante da exposição ficará em cartaz até 28 de julho. O material, em formato PDF, também pode ser encontrado e baixado gratuitamente neste link

A exposição itinerante "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação" conta com articulação e patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet.  Além de imagens de obras de artistas como Tamikuã Txihi, Glicéria Tupinambá, Denilson Baniwa e Paula Desana, e de mapas produzidos exclusivamente para o projeto, o catálogo contém textos da curadora da exposição, a artista indígena e mestre em Direitos Humanos Daiara Tukano, e também nas línguas tupi-antigo, xavante, yanomami, dahseaye e mbya.   

Quem quiser saber mais sobre a exposição, outra dica é conhecer a versão on-line da mostra que esteve em São Paulo entre outubro de 2022 e abril de 2023, atraindo mais de 189 mil visitantes. O acesso ocorre por meio da exposição virtual https://nheepora.mlp.org.br.

 "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação" propõe um mergulho na história, memória e realidade atual das línguas dos povos indígenas do Brasil, através de objetos etnográficos, arqueológicos, instalações audiovisuais e obras de arte. A exposição busca mostrar outros pontos de vista sobre os territórios materiais e imateriais, histórias, memórias e identidades desses povos, trazendo à tona suas trajetórias de luta e resistência, assim como os cantos e encantos de suas culturas. Daiara Tukano assina a curadoria, e a antropóloga Majoí Gongora é a cocuradora.  

Patrocinadores e parceiros
A mostra itinerante  "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação" conta com articulação e patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet e é correalizada pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O projeto tem cooperação da UNESCO no contexto da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) e parceria do Instituto Socioambiental, Museu de Arqueologia e Etnologia da USP e Museu do Índio da FUNAI. A realização é do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.  

Serviço
Catálogo da exposição "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação"
Disponível e baixado gratuitamente neste link

Exposição itinerante "Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação" – Belém (PA) 
Museu Paraense Emílio Goeldi - Centro de Exposições Eduardo Galvão.  
Av. Magalhães Barata, 376 - São Braz - Belém (PA).  
Até dia 28 de julho de 2024.
De quarta a domingo, inclusive feriados.  
Até maio - das 9h às 14h, com bilheteria até 13h.  
Depois de junho – 9h às 16h, com bilheteria até 15h.  
R$ 3,00 (inteira) e R$ 1,50 (meia) e gratuidades garantidas por Lei.

.: “Jardim Vertical”: Grupo Pandora de Teatro estreia temporada neste sábado


O espetáculo retrata a realidade de uma família que opta por se isolar do mundo exterior em seu  seguro apartamento, trazendo à tona aspectos significativos da sociedade contemporânea, suas ilusões e falsas ideias de segurança. Peça teatral reflete sobre as relações familiares na contemporaneidade e a falsa ideia de segurança. Foto: Lucas Vitorino


Nos dias 17, 18, 19, 24, 25 e 26 de fevereiro de 2024, aos sábados e domingos, às 18h00, e segundas-feiras, às 17h00, com entrada gratuita, o Grupo Pandora de Teatro apresenta o espetáculo “Jardim Vertical”, no Teatro de Contêiner Mungunzá, que fica na Rua dos Gusmões, 43 - Santa Ifigênia, em São Paulo. “Jardim Vertical” é uma fábula contemporânea que conta as histórias e as relações de uma família que vive isolada do mundo externo. 

De  forma cômica e satírica, o espetáculo transita pelo dia-a-dia dessa família que se relaciona de maneira superficial, deixando de lado a naturalidade para se adequar a um contexto que, aparentemente, é a garantia da segurança.

Um paraíso artificial que revela o autoritarismo presente em seu convívio, trazendo para a cena aspectos significativos da nossa sociedade, como o conceito de família, as ambições patriarcais, bem como os sonhos e desejos de mudança. Em um seguro apartamento, no quadragésimo sétimo andar de um edifício, em um contexto de compensação e artificialidade, será preciso abrir espaço no cotidiano para que os sonhos aconteçam. 

Com texto e direção de Lucas Vitorino, o espetáculo explora o universo nonsense, trazendo o olhar para a essência da personalidade autoritária no contexto brasileiro, imerso em um universo irreal, distópico e absurdo.  O processo de criação é resultado da pesquisa contínua do Grupo Pandora de Teatro em investigar os vestígios do teatro do absurdo e suas poéticas no contexto latino americano. As ações fazem parte do projeto "Pandora 20 Anos – Firmeza Permanente" realizado com apoio da 41° Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura, com o qual o grupo celebra 20 anos de trajetória. 


Sobre o Grupo Pandora de Teatro
Em 2024, o Grupo Pandora de Teatro comemora 20 anos de pesquisa contínua no bairro de Perus - SP. Com intensa produção artística, o coletivo aborda em suas criações temáticas pertinentes à história do Bairro de Perus e do Brasil, suas injustiças sociais e suas problemáticas, através de uma invenção poética que exalta a força da teatralidade.

O grupo comemora também os oito anos da Ocupação Artística Canhoba, um espaço público ocioso, que estava abandonado há seis anos sem cumprir qualquer função social, e que foi transformado em um importante polo cultural, aberto ao público, visando o fazer artístico como um ato social e político dentro do bairro de Perus. 


Ficha técnica
Espetáculo "Jardim Vertical".
Criação: Grupo Pandora de Teatro | Texto e Direção: Lucas Vitorino | Elenco: Caroline Alves, Cristian Montini, Rodolfo Vetore e Wellington Candido | Iluminação: Elves Ferreira | Sonoplastia: Rodolfo Vetore | Cenografia: Thalita Duarte | Cenotecnia: Marina Lima, Morsantap Revest e SN7 Cenografia |Figurinos: Thais Kaori | Customização de figurino: Anna Belinello, Marina Veneta e Cristian Montini | Operação de vídeo: Lucas Vitorino | Preparação corporal: Rodolfo Vetore | Preparação vocal: Caroline Alves | Produção: Thalita Duarte | Design gráfico: Levy Vitorino | Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini | Colaboração: Filipe Dias e Diego Meshi 


Serviço
Espetáculo “Jardim Vertical”
Duração: 80 minutos.
Classificação indicativa: 12  anos
Grátis
Capacidade: 99 lugares
Dias 17, 18, 19, 24, 25 e 26 de fevereiro de 2024 - Horário: sábado e domingo às 18h e segundas-feiras às 17h
Teatro de Contêiner Mungunzá - Endereço: R. dos Gusmões, 43 - Santa Ifigênia, São Paulo - SP, 01212-000 

Teaser de "Jardim Vertical"


.: Em SP, Mauricio Stycer lança "Gilberto Braga, o Balzac da Globo" em bate-papo


Após o sucesso do lançamento no Rio de Janeiro, a Livraria da Vila Fradique recebe o jornalista e escritor Mauricio Stycer para sessão de autógrafos do livro "Gilberto Braga, o Balzac da Globo" e bate-papo com o dramaturgo Alcides Nogueira na próxima terça-feira, 20 de fevereiro. O evento terá início às 18h30. Na obra, Mauricio e Artur Xexéo, falecido em 2021, retratam a trajetória de um dos maiores novelistas da história da televisão brasileira. 

As histórias contadas por Xexéo e Stycer sobre a infância e a juventude de Gilberto Braga, que se dividiu entre a Tijuca e a Zona Sul do Rio de Janeiro, explicam o porquê de o autor ter se tornado um retratista tão prolífico das classes média e alta. Muitas narrativas presentes nas novelas de Gilberto foram baseadas nas vivências dele, que nunca abandonou o olhar crítico porém sensível. 

A obra remonta aos primeiros anos da carreira de Gilberto, quando foi professor da Aliança Francesa e crítico de teatro de O Globo. As páginas também relatam como teve início o trabalho do dramaturgo na televisão, após um convite de Daniel Filho, além das dificuldades que enfrentou ao longo de sua jornada profissional. 

O livro é, ainda, um tributo às novelas de Gilberto por parte dos autores, que dão ao leitor a chance de relembrar tramas e conhecer muitas curiosidades sobre as produções. A biografia conta com depoimentos de artistas que puderam trabalhar ao lado do mestre, conhecido pelo pioneirismo na TV ao tratar de temas considerados tabus, como racismo e sexualidade. Compre o livro "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", de Artur Xexéo e Mauricio Stycer, neste link.


Sobre o livro:
“Balzac da Globo”
 é como Artur Xexéo e Mauricio Stycer se referem a Gilberto Braga, que era assim chamado por causa das temáticas abordadas pelo dramaturgo em suas novelas, que incluíam dinheiro, ambição e vingança. A mente fértil de Gilberto para criar histórias tem raízes nos acontecimentos de sua própria vida - que daria, por si só, uma novela, como a dupla de jornalistas nos apresenta na biografia, lançada em janeiro pela Intrínseca.  

“Muitas qualidades foram atribuídas a Anos dourados, mas o que ficou para Malu Mader, ‘além do forte traço feminista’, foi ‘o elogio à bondade dos personagens’, segundo ela, algo incomum na obra de Gilberto. A atriz tem razão ao observar que o novelista é mais festejado como um grande criador de vilãs e vilões. Marcos e Lurdinha, apesar de bons, eram cativantes e interessantes. ‘Me orgulha ter feito uma personagem por onde ele expressou tão bem a transformação pelo amor.’ Malu conta que, assim como Lurdinha, ela própria foi se transformando ao longo da história. Durante as gravações da minissérie, decidiu sair da casa dos pais e morar sozinha. ‘Anos dourados me mostrou a dimensão mais profunda e mágica da profissão.’”

Além de homenagear o dramaturgo, a biografia celebra o trabalho de Artur Xexéo, falecido em 2021, aos 69 anos. A voz do jornalista é amplificada por Mauricio Stycer, que recebeu a missão de finalizar o manuscrito. Garanta o seu exemplar de "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", escrito por Artur Xexéo e Mauricio Stycer, neste link.

Foto: Paulo Severo

Mauricio Stycer nasceu no Rio de Janeiro em 1961. É jornalista especializado em televisão e atualmente é colunista da Folha de S.Paulo. Publicou os livros "História do Lance!" (Alameda, 2009), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), "Topa Tudo por Dinheiro" (Todavia, 2018) e "O Homem do Sapato Branco" (Todavia, 2023).

Artur Xexéo passou pelas redações de Veja, IstoÉ, Jornal do Brasil e O Globo. Escreveu as biografias de Janete Clair, Hebe Camargo e sua autobiografia sobre as coberturas das Copas do Mundo das quais participou. Foi comentarista de cultura da GloboNews no programa Estúdio i e da rádio CBN no programa Liberdade de expressão. 

.: Últimas apresentações da comédia "Ubu Rei" no Teatro Commune, em SP


Em fevereiro, a comédia absurda Ubu Rei, de Alfred Jarry. Após o sucesso na Mooca, Ubu Rei segue para o Teatro Commune.

Dias 17 e 24 de fevereiro, às 20h00, a tragicomédia absurda "Ubu Rei" será apresentada no Teatro Commune, em Higienópolis. O texto é baseado na obra de Alfred Jarry, com direção de Armando Liguori Júnior, tradução e concepção de Augusto Marin. No elenco, Esther Góes, Augusto Marin, Fabricio Garelli, Natalia Albuk, Armando Liguori, Paulo Dantas, Juliano Dip, Samara Montalvão e Ricardo Sequeira. A ação passa-se na Polônia, ou seja, em lugar nenhum, como o próprio Jarry afirmou na apresentação da peça. Ingressos a partir de R$ 30,00.

Ubu é um personagem monstruoso, despótico, corrupto e sem escrúpulos e homem da confiança do Rei. Manipulado pela esposa, assassina o Rei Venceslau e usurpa o trono polonês. Em seguida mata os nobres, juízes e os financistas e trai seus próprios apoiadores. Qualquer semelhança com "Macbeth", de Shakespeare, não é mera coincidência. Exercendo o poder de forma brutal e sanguinária ao longo de uma sucessão de episódios essencialmente absurdos, a sua política vai-se revelando catastrófica. Ubu na ânsia de dominar o mundo, vai à guerra e perde para os Russos e os Poloneses. 

Mais atual do que nunca, o texto mostra como a ganância e a vaidade exacerbada são capazes de motivar a tomada do poder. Ao chegar ao trono, Ubu se torna um tirano sanguinário, mas ingênuo e despreparado, o que leva a plateia ao riso. Essa é uma das principais características do trabalho de Alfred Jarry: encenar uma farsa que conduz à gargalhada diante da estupidez humana ao supor uma superioridade diante dos demais.

Ubu não é uma figura composta nos moldes tradicionais, mas uma espécie de síntese animada de rapacidade, crueldade, estupidez, glutonaria, covardia e vulgaridade. Com se o dramaturgo depurasse e, em seguida, ampliasse os perfis humanos mais perversos com uma lente paródica, para devolver ao espectador seu duplo monstruoso. É uma tragicomédia absurda, que já circulou por diversas cidades do interior de São Paulo e do Brasil tendo sido visto por mais de 70 mil pessoas.


Ficha técnica
Espetáculo "Ubu Rei".
Direção geral: Armando Liguori Júnior.
Tradução e concepção: Augusto Marin.
Elenco: Esther Góes, Augusto Marin, Fabricio Garelli, Natalia Albuk, Armando Liguori, Paulo Dantas, Juliano Dip, Samara Montalvão e Ricardo Sequeira.
Fotografia: Luiz Aureo, Bianca Vasconcelos, Francielle Arantes e Claudiones Frateschi.
Diretor de produção: Luciane Ortiz e Augusto Marin.
Direção musical: Sérvulo Augusto.
Diretor de Movimentos - Doria Gark.
Cenários: Paulo Dantas.
Figurinos: Aline Barbosa.
Adereços: Nani Catta Preta.
Design e operação de Luz: Andre Lemes.
Operação de som: Anderval Areias.
Programação visual e designer: Rony Costa.
Assessoria de imprensa: Miriam Bemelmans.
Realização: Commune.


Serviço
Espetáculo "Ubu Rei".
Dias 17 e 24 de fevereiro de 2024.
Horário: Sábados, às 20h00.
Teatro Commune. Rua da Consolação, 1218, Consolação / São Paulo.
Telefone: (11) 97665 2205.
Próximo ao Metrô Higienópolis-Mackenzie.
Capacidade: 99 lugares + 1 Cadeirante.
Duração: 80 minutos.
Classificação indicativa: 12 anos.
Ingressos a partir de R$ 30,00.
Gênero: comédia.
Sympla: https://www.sympla.com.br/ubu-rei__2309500.
Sampa: https://www.sampaingressos.com.br/ubu+rei+no+teatro+mommune+teatro+commune.

.: Frei Betto no Festival de Cinema de Berlim para roda de conversa


O teólogo e escritor brasileiro Frei Betto participa de roda de conversa e recepção promovida pela embaixada brasileira no Festival Internacional de Cinema de Berlim, a Berlinale, que acontece até dia 25 de fevereiro. A passagem pelo importante evento tem o objetivo de divulgar o longa-metragem "Betto", produzido por Evanize Sydow e dirigido pelo argentino Pablo Del Teso, que trata da trajetória de Frei Betto, e que terá o ator Enrique Díaz no papel principal. 

O longa-metragem, uma ficção com elementos documentais, faz parte do projeto “A Cabeça Pensa Onde os Pés Pisam”, que inclui também três documentários temáticos sobre Frei Betto, sendo o primeiro com lançamento marcado para março deste ano, sobre Educação Popular. Todo o projeto é realizado pela produtora brasileira Mirar Lejos e comemora os 80 anos de Betto.  

Escritor, teólogo e ativista brasileiro, o dominicano Frei Betto desempenha papel significativo na política do Brasil. Na sua trajetória, muitas vezes desafiadora das estruturas de poder opressivas, como foi na Ditadura Militar Brasileira, entre 1964 e 1985, são marcantes a conexão com comunidades populares e movimentos sociais, além da interlocução entre a Igreja Católica e o Estado. Tudo isso será explorado na roda de conversa com o dominicano e uma de suas biógrafas, Evanize Sydow, no evento que acontece durante o Berlinale – Festival Internacional de Cinema de Berlim 2024, no Instituto Ibero-Americano local, no dia 20 de fevereiro próximo.

A passagem de Frei Betto pelo Festival tem também o objetivo de divulgar o projeto “A Cabeça Pensa Onde os Pés Pisam”, realizado pela produtora brasileira Mirar Lejos, que reúne o longa-metragem Betto e mais três documentários temáticos em torno da trajetória de Frei Betto. O primeiro documentário, sobre Educação Popular, será lançado em março com exibições gratuitas em coletivos populares de todo o Brasil, além da disponibilização em plataformas digitais. 

O projeto é assinado pelos biógrafos do teólogo, Evanize Sydow e Américo Freire (Fundação Getúlio Vargas/RJ). O roteiro do longa ficou a cargo do roteirista e diretor argentino Pablo Del Teso, vencedor de vários prêmios e indicações por seus filmes na Netflix, como “Crimes de Família” (Prêmio Platina, Prêmio Argentores e Condor de Ouro) e “A ira de Deus”. O longa-metragem Betto terá o ator Enrique Díaz no papel principal.

A roda de conversa “Frei Betto: ação no Campo da Política e Igreja”, que acontece no Instituto Ibero-Americano, sala Simón Bolívar, terá mediação do professor Sérgio Costa, da Freie Universität Berlin. Contando com o apoio da Embaixada Brasileira em Berlim, Frei Betto também participa da recepção oferecida pelo embaixador do Brasil junto à República Federal da Alemanha, Roberto Jaguaribe, para os cineastas brasileiros, no dia 19 de fevereiro.

.: Natallia Rodrigues é novidade na peça "O Homem Mais Inteligente da História'"


Sucesso de bilheteria, o espetáculo "O Homem Mais Inteligente da História", de Augusto Cury, está de volta a São Paulo. Há quatro anos em turnê pelo Brasil, a peça ficará em cartaz até o dia 9 de março no Teatro Santo Agostinho. Daniel Satti e Natallia Rodrigues protagonizam essa emocionante jornada.  O texto foi adaptado pelo próprio escritor e a direção é de Ivan Parente. Fotos: divulgação
 

Natallia Rodrigues é a novidade na nova temporada da peça teatral "O Homem Mais Inteligente da História"em cartaz até o dia 9 de março no Teatro Santo Agostinho, no bairro da Liberdade, que fica a 100 metros da Estação de Metrô Vergueiro. Sucesso de bilheteria pelos teatros do Brasil há quatro anos, o espetáculo, baseado na obra homônima de Augusto Cury, considerado o psiquiatra mais lido do mundo nas últimas duas décadas, está de volta a São Paulo. Em fevereiro, as sessões acontecem todo sábado, às 20h00, e domingo, às 18h00. E em março, serão apenas duas apresentações, nos dias 2 e 9 de março, sábados, às 20h00. 

A peça contabiliza cerca de 165 apresentações por diversas cidades do país e foi vista por mais de 55 mil pessoas. Na trama, o público pode acompanhar a trajetória do cientista fictício Marco Polo, um perito no funcionamento da mente e ateu, que é desafiado pela ONU a estudar a inteligência de Jesus, o homem mais famoso da história. “Jesus foi, e ainda é, o maior especialista no território da emoção. O homem, mestre da sensibilidade, que demonstrou doçura e que enxergou nitidamente além das profundezas da nossa delicada condição humana. Soube lidar com a dor, não se abatia”, explica Cury, que assina a adaptação do texto para os palcos, ao lado de Francis Helena Cozta. 

Sob a direção de Ivan Parente, Daniel Satti e Natallia Rodrigues protagonizam essa emocionante jornada. No palco, Satti comemora dois anos na pele de Marco Polo. Já Natallia faz a sua estreia na peça como a neurocientista Sofia. Os atores Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila Dieminger e Pietro Alonso completam esse elenco talentoso. Além da gestão da emoção, o autocontrole, a criatividade, a solidariedade, a busca da felicidade e do amor, a depressão e a violência contra a mulher são alguns dos elementos abordados em cena.

A história começa quando o renomado psiquiatra fictício Marco Polo vai a Jerusalém participar de uma reunião na ONU e é desafiado a estudar a mente de Jesus. A princípio, ele, que é um dos maiores ateus da atualidade, recusa-se, alegando não discutir religião, mas acaba cedendo. É, então, montada uma mesa-redonda, composta por intelectuais e cientistas que analisam a mente de Jesus sob a ótica da ciência, e não, da religião.

“À medida que começam as pesquisas, ele se depara com coisas que ele nunca imaginava e começa a entender que o homem Jesus foi, de fato, um cara que soube gerir as suas emoções. Diante de tantas adversidades, circunstâncias, ele estava sempre pregando o bem, o amor, tentando mostrar o lado bom e sábio das coisas diante de todo o sofrimento que passou”, conta Daniel Satti, que há dois anos interpreta o protagonista Marco Polo. Aliás, o ator entrega que a obra de Cury o fez repensar muitas questões de sua vida.

“O que é muito legal no espetáculo é a quantidade de reflexões que provoca no público. As pessoas ficam emocionadas. Eu parei para refletir muitas coisas. Com certeza, foi uma transformação. São tantas as mensagens, que eu costumo dizer que alguma vai te 'pegar'”, aposta ele, que, entre os seus trabalhos de destaque na carreira estão a série da HBO MAX “Faixa preta – A Verdadeira História de Fernando Tererê” (2023), em que viveu o mestre do lutador; e as novelas “Carrossel”, no SBT (2012), e os “Dez mandamentos”, na Record (2015). No cinema, em 2020 e 2021, foi premiado em festivais internacionais por sua atuação no curta-metragem “Entreolhares”, como The Scene Festival e Cult Movies International Film Festival 3rd. 

A atriz Natallia Rodrigues vive a Sofia, uma neurocientista, que, ao lado de Polo, embarca na jornada para conhecer a inteligência de Jesus. Ela tem um passado difícil e é um exemplo de força, delicadeza e superação. “É uma mulher forte e potente, decidida e com posicionamento firme diante das propostas discutidas no espetáculo”, detalha a atriz, que elege uma mensagem que acredita que toque o público: “a união apesar das diferenças”.

Com 25 anos de carreira, Natallia já participou de dez novelas, 11 filmes e muitas peças de teatro. Com destaque na TV para os folhetins e séries “Desejo de Mulher” (Globo, 2002), “Malhação” (Globo, 2003), “Amor à Vida” (Globo, 2013), “Gabriela” (Globo, 2012), “Verdades Secretas” (Globo, 2015) e “Lili, a Ex” (GNT, 2016). No cinema, atuou em “Elis” (2016) e “Virando a Mesa” (2018), entre outros trabalhos. A paulista foi premiada como melhor atriz no 8º Festival de Cinema de Caruaru por sua atuação no filme “Skull: A Máscara de Anhangá”. No teatro, recebeu o Prêmio Top Quality Brazil de melhor atriz por “Caros ouvintes” (2014/2017). Também esteve nas produções “Sobre ratos e homens” (2016/2017), que levou o prêmio APCA de melhor espetáculo, “Jogo Aberto” (2016/2017), “O martelo” (2018), “O inevitável tempo das coisas” (2019), que concorreu a prêmios, e “Aquário com peixes” (2023).  

Já o ator Renan Rezende se divide entre três personagens em cena: o Senador, uma autoridade que discursa durante uma assembleia na ONU, e questiona o Dr. Marco Polo; o teólogo Thomas, que participa dos estudos sobre Jesus; e o médico Lucas, que analisa como Jesus geria os seus sentimentos e emoções de acordo com as coisas que vivia. De todos os temas abordados no espetáculo, Rezende ressalta um que o contagia bastante.

“Não tem como assistir a essa peça sem olhar para si mesmo, ainda mais a gente que está dentro dela. Gosto que o texto aborda uma questão que parece simples, mas é muito complexa: a felicidade. Por vezes achamos que a felicidade está mais presente no mundo material, ou mesmo naquela pessoa que seguimos nas redes sociais, mas a peça nos passa a mensagem que a felicidade também pode estar no mais simples dos sentimentos, ou através de um gesto cotidiano, ou mesmo dentro da gente (sem a gente ao menos perceber). Gosto de como essa e outras questões são abordadas com delicadeza e atenção”, diz ele, que é bailarino, já realizou mais de 30 peças em diversas funções e faz parte do Coletivo Impermanente.

A coautora Francis Helena Cozta lembra como foi difícil adaptar o texto para o teatro: “Foi um desafio escolher as partes no livro que iriam para o palco e colocar a ‘dramaturgia’ nelas. Um texto lido é bem diferente de um texto falado. Acredito que o resultado ficou incrível, pois o retorno do público tem sido muito caloroso ao dizer que imaginou as personagens (do livro) iguais às que estão na peça”. Francis é bailarina, apresentadora, roteirista e já atuou na montagem. Ela realizou vários trabalhos no teatro e na TV e foi indicada ao festival internacional Rio Webfest 2022, por sua série autoral “Carta para Mim, Experiência Cênica (Auto) Biográfica”.

A palavra do diretor e a transição entre os dias atuais e as passagens bíblicas
A montagem transita entre os dias atuais e passagens bíblicas - Maria (mãe de Jesus), Paulo e Lucas entram em cena - para abordar os principais aspectos da gestão da emoção. Para o diretor Ivan Parente, esse encontro de tempos diferentes toca o espectador de uma maneira singular.

“É como se as personagens dos cientistas e dos teólogos, de tanto se aprofundarem nos estudos e nos relatos do Apóstolo Lucas, sonhassem com as passagens bíblicas. Através desses sonhos e dos debates, conseguem traçar um caminho pra estudarem a mente de Jesus como ser humano. É superinteressante o modo como Augusto Cury constrói essas cenas e, quando eu fui chamado pra dirigir a peça, achei que o encontro das personagens dos dias atuais e das passagens bíblicas poderia potencializar ainda mais a relação que o autor tenta traçar sobre a gestão emocional. Nenhuma história é contada do mesmo jeito por pessoas diferentes. Então, acredito que cada um é tocado de uma maneira diferente. São muitas histórias sendo contadas ao mesmo tempo e cada história conversa com um espectador”, avalia Parente, que aponta a abertura do diálogo como um ingrediente fundamental nessa narrativa.

“Acho que a peça-chave do espetáculo está na abertura do diálogo. De como as pessoas perderam a capacidade de dialogarem, de trocarem experiências, de aprenderem umas com as outras. Tem um momento da peça em que o Marco Polo diz: ‘Estamos surdos’. A era digital nos deixou mergulhados em nossos próprios mundos, nas telas brilhantes e nos mundos falsos criados virtualmente. Como o doutor Augusto Cury diz: ‘Contemplar o belo’. Precisamos estar mais vivos no mundo real, no presente momento em que as coisas acontecem. No mundo real. Contemplando o maior presente que recebemos: a vida”.

Ivan Parente é ator, cantor, dublador, compositor e diretor. Na TV, viveu Lindomar Gomes na novela do SBT “As Aventuras de Poliana”. Em 2017, fez o Senhor Thenardier, do musical “Les Misérables”, e ganhou os prêmios “Bibi Ferreira”, “Destaque Imprensa Digital” e “Reverência” como melhor ator coadjuvante. Atuou em diversos musicais, como: “Ópera do Malandro”, com direção de Gabriel Villela; e "Godspell" e “Alô, Dolly”, com direção de Miguel Falabella. Como dublador, deu voz ao Demi da série “Vampirina”, entre outros trabalhos. E como diretor, entre os espetáculos de destaque: “O Mágico di Ó”, de Vitor Rocha, com codireção de Daniela Stirbulov, e “O Menino de Lugar Nenhum”, do Teatro de Panela.


Como nasceu a adaptação do livro para o teatro
Essa é a segunda obra de Augusto Cury adaptada para o teatro. O livro best-seller “O Vendedor de Sonhos” foi o primeiro a ser transformado para a linguagem teatral. A ideia nasceu durante a realização das palestras do Dr. Augusto Cury, pela Applaus, com direção de Luciano Cardoso, com 33 anos de expertise no cenário musical e das artes.  Depois, foi a vez de “O Homem mais inteligente da história”, que é o romance mais vendido de Cury na última década. Em seguida, “Nunca desista dos seus sonhos”, e por último, “O futuro da humanidade”. As quatro montagens estão em turnê pelo Brasil, simultaneamente. Com 35 milhões de livros publicados em mais de 60 países, Augusto Cury lançou “O Homem mais inteligente da história”, em 2016, após 15 anos de estudos e pesquisas sobre gestão da emoção. 

“Cada obra aborda um tema diferente: ‘O Homem Mais Inteligente da História’ é uma análise da inteligência de Cristo, sob a ótica da gestão da emoção e da relação com pessoas. Tem todo um lado, a partir do debate da atuação de Jesus Cristo, nessa gestão da emoção, de como ele fez em suas relações, como, por exemplo, com os apóstolos, e pessoas que eram, às vezes, até párias da sociedade, e se transformaram em líderes. E é uma análise muito legal. Sem contar o confronto entre ateus e religiosos no debate”, detalha Luciano Cardoso.

Ficha técnica
Espetáculo "O Homem Mais Inteligente da História", da obra de Augusto Cury.
Adaptação: Augusto Cury e Francis Helena Cozta.
Direção: Ivan Parente.
Elenco: Daniel Satti, Natallia Rodrigues, Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila Dieminger e Pietro Alonso.
Direção geral de produção: Luciano Cardoso.
Cenário e criação de luz: Pitty Santana.
Trilha sonora: Wagner Passos.
Figurinos: Débora Munhys.
Técnica responsável: Julia Maria.
Coordenação de programação: Tay Lopes.
Produção administrativa financeira: Rafael Sandoli.
Assistente de produção: Magnus Nicollas.
Tour manager: Renan Rezende, Murilo Inforsato e Pietro Alonso.
Stand-ins: Júlia Orlando e Victor Garbossa.
Coordenação de comunicação: Bruna Freitas.
Design gráfico: Lucas Peixoto.
Edição de vídeos: Agência Alwa.
Gestão tráfego digital: ATMKT.
Assessoria de imprensa: Valéria Souza.
Assessoria jurídica: SVM Advocacia.
Assessoria registro de marcas: Ranzolin - Propriedade Intelectual.
Promoção: Dreamsellers.
Realização: Applaus Arte y Alma.

Serviço
Espetáculo "O Homem Mais Inteligente da História", da obra de Augusto Cury.
Adaptação: Augusto Cury e Francis Helena Cozta.
Direção: Ivan Parente. 
Elenco: Daniel Satti, Natallia Rodrigues, Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila Dieminger e Pietro Alonso.
Gênero: romance.
Temporada até o dia 9 de março
Em fevereiro: todos os sábados, às 20h; e domingos, às 18h.
Em março:  dias 2 e 9 de março (sábados), às 20h.
Teatro Santo Agostinho – Rua Apeninos 118, Liberdade (a 100m do Metrô Vergueiro).
Entrada: entre R$ 50 e R$ 100.
Classificação: 10 anos.
Duração: 75 minutos.
Link de vendas aqui.

.: “Um Palco para Narcisa”, de Cilene Guedes, reconstrói trajetória literária


O livro "Um Palco para Narcisa", publicado pela editora Funilaria, reúne a dramaturgia “Narcisa”, de Cilene Guedes, e artigos sobre a primeira etapa de experimentos do que viria a ser o espetáculo teatral “Narcisa”, que estreou em 2023. O texto dramático sobre a poeta Narcisa Amália reconstrói a trajetória da escritora com base em poemas, cartas, artigos de jornais, músicas e outros documentos produzidos no Rio de Janeiro do final do século XIX e início do século XX. O livro também traz os poemas do livro "Nebulosas", que deram fama a Narcisa Amália.

Narcisa Amália, poeta romântica fluminense, comparada a Gonçalves Dias e Castro Alves, foi considerada primeira mulher a tornar-se jornalista profissional no Brasil. Ganhou prêmios e alcançou fama na corte imperial ao lançar seu primeiro livro de poemas, aos 20 anos. Era republicana, abolicionista e árdua defensora dos direitos e da liberdade da mulher. Teve sua memória e obra sujeitas ao sistemático silenciamento das vozes femininas na história literária brasileira. Compre o livro "Um Palco para Narcisa", de Cilene Guedes, neste link.


Narcisa Amália na Fuvest
A Fuvest, vestibular da USP, anunciou que a partir de 2026 vai ter pela primeira vez na história uma lista de leitura obrigatória só com obras escritas por mulheres autoras da língua portuguesa. Uma das escritoras é Narcisa Amália, que conta com a obra "Nebulosas" na lista.

"Nebulosas", de Narcisa Amália, é um dos livros cobrados pela Fuvest em 2026. Corajosa, erudita, sensível a questões humanitárias e ligadas ao universo feminino, a autora escreveu um único livro. À época de sua publicação, em 1872, pela mítica editora Garnier, essa obra fez com que seu talento fosse celebrado por ninguém menos que Machado de Assis e também pelo imperador Dom Pedro II

A obra foi escrita pela autora quando ela tinha 20 anos. No livro, a “jovem e bela poetisa”, como definiu Machado de Assis, declama poemas de exaltação à natureza, à pátria e de lembranças da sua infância. O livro foi publicado pela mais famosa editora brasileira à época, a Garnier, que patrocinou todos os gastos da impressão. 

A editora deu relevância ao livro, segundo Maria de Lourdes Eleutério, pelo fato incomum à época de uma mulher publicar um livro. Conforme relata Maria de Lourdes Eleutério “para as mulheres da República o sonho de publicar um livro era um projeto distante, a expressão feminina nesse período permanece circunscrita ao espaço privado”.

Em 1873, Narcisa recebeu o Prêmio Lira de Ouro por conta dessa obra. Em setembro de 1874, Narcisa recebeu o prêmio da Mocidade Acadêmica do Rio de Janeiro, uma pena de ouro entregue pelas mãos do conselheiro Saldanha Marinho. No livro, estão reunidos os 44 poemas originais. Alguns poemas líricos, com temas intimistas, femininos, e relacionados à natureza, outros de cunho social, em prol da abolição da escravatura. Compre o livro "Nebulosas", de Narcisa Amália, neste link. 


Sobre a autora
Narcisa Amália de Campos foi tradutora, poeta, escritora, crítica literária, jornalista brasileira e professora. Foi a primeira mulher a trabalhar como jornalista profissional no Brasil, além de abolicionista, republicana e feminista. Movida por forte sensibilidade social, combateu a opressão da mulher e o regime escravista. Segundo Sílvia Paixão, “um dos raros nomes femininos que falam de identidade nacional" e busca sua própria identidade “numa poética uterina que imprime o retorno ao lugar de origem”. Colaborou na revista A Leitura (1894-1896) e, bem a frente de seu tempo, escreveu muitos artigos de cunho feminista e republicano.

Filha do poeta Jácome de Campos e da professora primária Narcisa Inácia de Campos, Narcisa Amália nasceu em São João da Barra, no Rio de Janeiro, em 3 de abril de 1852. Ainda em São João da Barra, estudou latim e francês com o padre Joaquim Francisco da Cruz Paula, e recebeu aulas de retórica de seu pai. 

Aos 11 anos, mudou com a família para o município fluminense de Resende, onde, aos 14, se casa com João Batista da Silveira, artista ambulante de vida irregular, de quem se separou alguns anos mais tarde. Aos 28 anos, em 1880, se casou novamente com Francisco Cleto da Rocha, mas a união não durou e o casal se separou pouco tempo depois, obrigando-a a deixar Resende, em especial por conta dos boatos espalhados por seu marido na cidade. Por ter sido casada e divorciada em duas ocasiões, isso gerava forte estigma social na época.

O sucesso de Narcisa passou a incomodar o marido que, depois de separado, passou a difamar a escritora declarando que seus versos não eram de sua autoria, mas escritos por poetas com quem teria tido casos de amor. O escritor Múcio Teixeira fez coro à campanha contra Narcisa declarando que o livro “Nebulosas” tinha sido escrito por um homem com pseudônimo de mulher.

Narcisa iniciou sua carreira como tradutora de contos e ensaios de autores franceses, como a escritora George Sand (pseudônimo masculino da autora Amandine Aurore Lucile Dupin) e o paleobotânico Gaston de Saporta. Único livro da autora, "Nebulosas" foi publicado em 1872, em nova edição em 2017 pela Gradiva Editorial e a Fundação Biblioteca Nacional. A obra foi muito bem recebida na época de seu lançamento, tendo sido inclusive bastante comentado por Machado de Assis e Dom Pedro II. Em 1874, 1888 e 1917, ela contribui com o "Novo Almanaque de Lembranças", que era uma coletânea de textos diversos que tinha grande circulação em Portugal e no Brasil.

Com problema cardíaco e cansada das difamações em Resende, em 1888, com apenas 33 anos, foi para o Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão. Ainda na vida carioca continuou a escrever, mas cada vez menos e foi lecionar em uma escola pública. Narcisa Amália faleceu aos 72 anos, em 24 de julho de 1924, no Rio de Janeiro, vitimada por um diabetes. Ela já estava cega, pobre e com problemas de mobilidade. Além disso, sua obra foi praticamente esquecida depois de sua morte.

Antes de sua morte, deixou um apelo: “Eu diria à mulher inteligente [...] molha a pena no sangue do teu coração e insufla nas tuas criações a alma enamorada que te anima. Assim deixarás como vestígio ressonância em todos os sentidos”Garanta o seu exemplar de "Nebulosas", escrito por Narcisa Amália, neste link.

Fuvest 2026

"Opúsculo Humanitário" (1853) - Nísia Floresta Brasileira Augusta

"Nebulosas" (1872) - Narcisa Amália

"Memórias de Martha" (1899) – Julia Lopes de Almeida

"Caminho de Pedras" (1937) – Rachel de Queiroz

"O Cristo Cigano" (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen

"As Meninas" (1973) – Lygia Fagundes Telles

"Balada de Amor ao Vento" (1990) – Paulina Chiziane

"Canção para Ninar Menino Grande" (2018) – Conceição Evaristo

"A Visão das Plantas" (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

.: Clara Haddad em única apresentação do espetáculo "A Guardiã das Palavras"


Escritora, atriz, biblioterapeuta e formadora em Storytelling, artista luso-brasileira que já se apresentou em mais de dez países, faz única apresentação no país antes de sua próxima turnê pela Europa. Espetáculo para toda a família tem ingressos a preços populares


Quando a voz de uma guardiã das palavras entona "Era uma vez...No tempo em que não havia tempo...Há muito tempo atrás", o passado deixa de ser tempo remoto para se tornar presente. No espetáculo "A Guardiã das Palavras", em única apresentação neste domingo, dia 18 de fevereiro, às 11h00, no Teatro J. Safra, a artista da palavra luso-brasileira Clara Haddad narra contos tradicionais do mundo, entrelaçados com as histórias originais escritas por ela. 

O espetáculo contará com a participação do músico Ramiro Marques e é voltado para todas as idades, proporcionando momentos de encantamento e diversão para crianças e adultos. Ingressos populares a partir de RS 10,00.


Sobre a artista
Clara Haddad é uma multifacetada artista da palavra luso-brasileira que transcende as fronteiras da narrativa oral, estendendo seu impacto como escritora, atriz, biblioterapeuta e formadora em Storytelling. Tem ascendência sírio-libanesa e holandesa. Possui mais de 30 anos de trajetória artística sendo 25 anos deles de dedicação à narração oral. Ao longo de sua carreira, Clara encantou mais de 500 mil pessoas em Portugal e além-mar, cativando plateias com suas histórias envolventes. Seu prestígio internacional a levou a explorar mais de 10 países, incluindo Itália, Cabo Verde, México, Peru, Colômbia, Suécia, Finlândia, Venezuela, Espanha, França, Brasil, Alemanha, entre outros. 

Clara Haddad não apenas encanta audiências, mas também compartilha seu conhecimento, contribuindo para a formação de novos contadores de histórias. Mais de 4.500 alunos foram formados em seus cursos presenciais e online. Já foi convidada como formadora nos programas de pós-graduação e mestrado da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Além disso, ela participou como narradora convidada do Mestrado de Literatura Infantil e Juvenil, organizado pelo "El Banco del Libro da Venezuela" e pela "Universidade Autónoma de Barcelona". 

O reconhecimento internacional de Clara foi consagrado em 2015, na Bélgica, onde foi eleita a melhor narradora de Língua Portuguesa da Europa. Em 2020, sua notável contribuição no campo da narração e mediação de leitura foi reconhecida com o Troféu Baobá, o "Óscar brasileiro" nesse setor. É fundadora e diretora da Escola de Narração Itinerante, projeto pioneiro de formação de narradores em Portugal que existe desde 2006. Em 2023, criou o primeiro clube de Storytelling e Literatura “Confraria da Palavra”, um programa de mentoria coletiva para artistas que querem aperfeiçoar seu estilo narrativo e voz como artistas da palavra.

É editora da Fábrica das Histórias, uma editora independente de livros infantojuvenis e associação cultural sediada em Portugal. Como produtora e co-organizadora do Festival da Criança Portugal, seu comprometimento com a promoção da literatura infantil e juvenil foi reconhecido com a nomeação no prestigioso Iberian Festival Awards na categoria “melhor festival infantil e acadêmico de 2024”.

Serviço
Espetáculo Clara Haddad em "A Guardiã das Palavras".
Texto: Clara Haddad.
Ilustração: Anabela Dias e Sónia Borges
Participação musical especial: Ramiro Marques.
Domingo, dia 18 de fevereiro, às 11h00.
Duração: 50 minutos.
Classificação: livre.
Recomendação: 4 anos.
Ingressos: a partir de R$ 10,00
Compras on-line: https://www.eventim.com.br/artist/clara-haddad/?affiliate=JSA.

Bilheteria
Quartas e quintas-feiras, das 14h00 às 21h00.
Sextas, sábados e domingos, das 14h00 até o horário dos espetáculos.
Aceita os cartões de débito e crédito: Amex, Dinners, Elo, Mastercard, Visa e Hipercard. Não aceita cheques.
Telefone da bilheteria: (11) 3611-3042.


Teatro J. Safra | 627 lugares.
Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda - São Paulo.
Telefone: (11) 3611 3042 e 3611 2561.
Abertura da casa: duas horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro.
Acessibilidade para deficiente físico.
Estacionamento: Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) - R$ 30,00.

.: Teatro no MAM apresenta temporada do clássico infantil "Os Três Porquinhos"


Em cartaz no Auditório Lina Bo Bardi, com dupla apresentação aos sábados e domingos de fevereiro, o espetáculo é conduzido pelo grupo Furunfunfum. Os Três Porquinhos, por grupo Furunfunfum. Foto: Marcelo Zurawsk.
 

Em mais uma temporada de espetáculos de teatro infantil aos finais de semana, o Museu de Arte Moderna de São Paulo recebe a o grupo Furunfunfum para apresentar a clássica história "Os Três Porquinhos". Aos sábados e domingos de fevereiro (dias 17, 18, 24 e 25), às 11h00 e às 16h00, o espetáculo leva para o auditório Lina Bo Bardi um repertório de canções e brincadeiras musicais enquanto cada porquinho cria uma casa à sua maneira.

Dividida em duas partes, a peça inicia apresentando canções e histórias musicais tradicionais com acompanhamento instrumental ao vivo em flauta transversal e violão. A segunda parte conta com bonecos para encenar a história dos Três Porquinhos. O primeiro personagem faz a sua moradia com palha, o segundo constrói uma cabana de madeira, já o terceiro ergue o seu lar com cimento, pedra e tijolo. As casas menos seguras são destruídas pelos sopros do Lobo Mau, que quer devorar os porquinhos. Protegidos na casa do terceiro porquinho, os irmãos aprendem sua lição e confraternizam ao final do espetáculo. O espetáculo mantém-se fiel ao conhecido enredo dessa história, mas traz como inovação uma encenação mais veloz e usa o improviso para convidar a plateia a interagir com os personagens.

Considerada uma das histórias infantis literárias mais apreciadas de todos os tempos, Os Três Porquinhos ganhou sua versão em animada em 1933 pela Walt Disney. Para entender o motivo de esse consagrando conto sobre os simpáticos porquinhos e o temido lobo mau, o grupo Furunfufun convida o público para acompanhar as intensas emoções desse clássico da literatura infantil. “Quando se reconta uma história desse tipo há sempre duas opções básicas: a tradição ou a mudança, mas nós, do Furunfunfum, optamos pela tradição. Seguimos o clássico enredo das casinhas de palha, madeira e tijolos, o sopro do lobo, a entrada pela chaminé e tudo o mais”, contam os diretores Marcelo e Paula Zurawski

“A novidade está no ritmo vertiginoso da manipulação dos bonecos, que, como num passeio de montanha russa ou num divertido cartoon, tira o fôlego de crianças e adultos. Há também uma série de atualizações nas falas e nas características dos personagens”, completam eles, que esperam contar com uma participação ativa, intensa e apaixonada da plateia no MAM.


Sobre o grupo
Furunfunfum é a onomatopeia de um toque de sanfona, podendo significar também festa, bagunça, farra ou folia. O grupo utiliza em suas montagens as mais variadas técnicas e estilos teatrais – música, canto, manipulação de bonecos e circo, por exemplo. Seguindo a tradição dos atores ambulantes da Idade Média, as apresentações são feitas em teatros, escolas, feiras, praças, festas e onde quer que haja um público disposto a compartilhar as emoções de um encontro teatral.

Em 2004, Marcelo e Paula Zurawski ganharam o Prêmio APCA, na categoria melhor autor, por Rapunzel. Paula Zurawski foi indicada para o Prêmio Coca-Cola Femsa de melhor atriz por sua atuação em Rapunzel. Em 2003, A Terra dos Meninos Pelados foi indicado para o Prêmio Coca-Cola Femsa na categoria especial.

Em 1999, "O Macaco Simão e Outras Histórias e Outras Canções "foi escolhido pelo júri infantil como um dos três melhores espetáculos do Festival Internacional de Títeres de Tolosa (Espanha).

O Furunfunfum representou o Brasil nos seguintes festivais internacionais de teatro: Festival Internacional de Londrina (FILO) – 39ª Edição (Londrina, 2006), IV Festival Internacional de Teatro Santa Cruz de La Sierra (Bolívia, 2003), VI Bienal Iberoamericana Itinerante del Teatro de Muñecos (Venezuela, 2002), Lambert International Puppet Festival (Irlanda, 2001), Scottish Mask and Puppet Centre (Escócia, 2001), XVIII Festival de Teatro de Occidente (Venezuela, 2000), V Bienal Iberoamericana Itinerante del Teatro de Muñecos (Venezuela, 2000) , Festival Internacional de Títeres La Fanfarria (Colômbia, 2000), Festival Internacional de Teatro de Manizales (Colômbia, 2000), Festival Internacional de Títeres de Tolosa (Espanha, 1999), Festival Internacional de Alicante, (Espanha, 1999) e Festival Internacional de Teatro de Animação do SESC (Brasil – 1996).

Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.


Serviço
Teatro no MAM.
Espetáculo "Os Três Porquinhos".
Dias 17, 18, 24 e 25 de fevereiro, às 11h e 16h.
Auditório Lina Bo Bardi (MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo).
Ingressos R$ 50,00 Meia R$25,00 / Amigo MAM R$15,00 (Dois convites por CPF) através do site mam.org.br/ingressos.
Duração: 50 minutos.
Classificação: recomendado para crianças a partir de dois anos.

Ficha técnica
Espetáculo "Os Três Porquinhos".
Concepção / Direção / Atuação: Marcelo e Paula Zurawski.
Bonecos: Sérgio Serrano.
Cenografia: Nani Brisque / Naná Lavander.
Figurinos: Amarilis Arruda.
Confecção e manutenção de bonecos e cenários: Claudia Tavares / Gal Gruman / Naná Lavander.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

.: Resenha: "Madame Teia" é bom início para a heroína dos aracnídeos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em fevereiro de 2024


"Madame Teia", transpira energia do "Homem-Aranha" (2002) estrelado por Tobey Maguire nas telonas, em diversas sequências, seja pelos enquadramentos ou jogos de câmera, o que deixa até a impressão de que o lendário Stan Lee irá fazer alguma participação. A produção dirigida pela britânica S. J. Clarkson acontece, porém entrega somente o início do que estava por vir da heroína do universo dos aracnídeos. 

Em 1h54, a paramédica Cassandra Webb (Dakota Johnson, marcada pela franquia cinematográfica "Cinquenta Tons de Cinza"), descobre ter a habilidade de ver o futuro, o que a coloca no dilema de impedir tragédias, ou seja, salvar vidas. Enquanto tenta entender o que está se revelando, Cassie se vê responsável pelas vidas de três garotas, uma vez que o trio está na mira do maquiavélico Ezekiel (Tahar Rahim, "Napoleão"). Destaque para a atriz Sydney Sweeney que convence com uma colegial, mostrando bastante versatilidade e distanciamento de seu personagem de "Todos Menos Você".

Para tanto, Cassie confronta segredos que estavam bem guardados no seu passado -e em anotações num caderninho-, inclusive a mágoa profunda que alimenta pela mãe que morreu durante o parto, justamente por estudar um tipo raro de aranha pertencente a Amazônia peruana. Como tudo se entrelaça tal qual uma bem armada teia, em "Madame Teia", justificando o trio de garotas cruzando o caminho de Cassie.

O longa da Sony Pictures dá uma boa encorpada ao universo do Miranha, seja por trazer o jovem tio Ben Parker (Adam Scott, "Big Little Lies") ou até a mãe de Peter Parker, Mary Parker (Emma Roberts, "American Horror Story"). E só peca na demora de transformar Cassie em Madame Teia, enquanto que suas ajudantes assumem seus postos somente como uma visão.

"Madame Teia" é agradável por lembrar muito a montagem do filme do cabeça de teia de 2002, embora, passados 22 anos, estampe efeitos visuais questionáveis. Não há como escapar impune quando Las Arañas saltitam entre as árvores, o visual é extremamente artificial de se ver nas telas dos cinemas. Contudo, entrega confrontos bons, um deles acontece ao som de "Toxic", da princesa do pop, Britney Spears -embora perca chances de inserir mais referências dos anos 2000. A trama que poderia fazer acontecer, não ficando somente nas visões do futuro. "Madame Teia"  dá umas escorregadas, mas é um bom filme de heroína, sim! Divirta-se!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Madame Teia" ("Madame Web"). Ingressos on-line neste linkGênero: aventuraClassificação: 12 anos. Duração: 1h56. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Sony Pictures. Direção: S. J. Clarkson. Roteiro: S. J. Clarkson, Burk Sharpless, Matt Sazama, Claire Parker. Elenco: Dakota Johnson. (Cassandra WebbO'Neil), Sydney Sweeney (Julia Carpenter), Isabela Merced (Anya Corazon)Sinopse: Cassandra Webb, uma paramédica em Manhattan, tem habilidades de clarividência. Forçada a confrontar revelações sobre seu passado, ela forja uma relação com três jovens destinadas a futuros poderosos.

Trailer de "Madame Teia"


Leia+

.: João Silvério Trevisan fala sobre caminhos e descobertas no Sesc 14 Bis


Um dos pioneiros na defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAP+,  João Silvério Trevisan reflete sobre o valor transcendental da literatura. Foto: acervo pessoal


Na próxima quarta-feira, dia 21 de fevereiro, a partir das 19h00, a Biblioteca do Sesc 14 Bis recebe o escritor João Silvério Trevisan para o segundo encontro dentro do projeto "Os Livros que Me Acompanham", que traz personagens de diversas áreas para falar sobre a literatura como ofício e como afeto. Um dos pioneiros na defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAP+, tendo construído carreira nas letras que passou por romances, ensaios, contos, poesia, traduções, cinema, dramaturgia e jornalismo, o autor reflete sobre o valor transcendental da literatura.

“Eu gostaria que o público compreendesse de que modo as leituras influenciam a vida não apenas de quem escreve, mas das pessoas em geral. A literatura pode ser fonte de prazer intelectual e descoberta do mundo, seja ela não-ficcional, ficcional ou poética. Quando a gente mergulha num livro, está abrindo caminho para conhecer alguém que expõe generosamente sua própria compreensão da vida. Livros são vasos comunicantes entre os humanos”, afirma.

Sobre a própria experiência como leitor, fala a respeito de suas expectativas em relação ao bate-papo e do entendimento de si através dos textos que o acompanharam pela vida: “Pretendo especificar os tipos de livros que me marcaram até hoje e de que modo isso aconteceu. É muito belo compreender os caminhos que eles me apontaram e as descobertas que me propiciaram. De certo modo, é como revisitar meu passado e percorrer minha trajetória até ser quem sou hoje. Esses livros oferecem um mapa de mim mesmo e ajudam a me compreender. Nos meus 80 anos, será a oportunidade de fazer uma espécie de revisão de vida na companhia das obras que iluminaram minha jornada”, finaliza.

"Os Livros que Me Acompanham" continuará ao longo do ano, sempre às quartas-feiras, às 19h. Para o mês de março está confirmada a presença da escritora Amara Moira, que conversará com Renan Quinalha.


Sobre João Silvério Trevisan
João Silvério Trevisan
nasceu em 1944 em Ribeirão Bonito, em São Paulo. Além de escritor, é roteirista e diretor de cinema, dramaturgo, tradutor e jornalista. Recebeu três vezes os prêmios Jabuti e da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA). Sua obra foi traduzida para o inglês, alemão, espanhol, italiano, polonês e húngaro. Compre os livros de João Silvério Trevisan neste link.


Serviço
Bate-papo "Os Livros que Me Acompanham" com o escritor João Silvério Trevisan.
Quarta-feira, dia 21 de fevereiro, das 19h00 às 20h30.
A partir de 14 anos. 50 pessoas. Biblioteca - Piso térreo. Grátis

Serviço do Sesc 14 Bis
Horário de funcionamento: terça a sábado, 10h às 21h; domingos e feriados, 10h às 19h.
R. Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista / São Paulo.

Estacionamento
Vagas para carros, motos e bicicletas. Valores: R$ 12,00 para as 3 primeiras horas e R$ 2,00 a cada hora adicional (credencial plena) R$ 18,00 para as três primeiras horas e R$ 3,00 a cada hora adicional (público em geral). Para atividades no Teatro Raul Cortez, preço único: R$ 12,00 (Credencial Plena) e R$ 18,00 (público em geral). Em dias de shows e espetáculos é possível retirar o veículo após o término das apresentações. Transporte gratuito da unidade até a estação de metrô Trianon-Masp da linha 2-verde para os participantes das atividades, de terça a sexta, às 21h40, 21h55 e 22h05.

Como chegar
Ônibus: a 260 metros do ponto Getúlio Vargas 2 (sentido Centro-Bairro), a 280 metros do ponto Parada 14 Bis (sentido Bairro-Centro) e a 2000 metros do Terminal Bandeira.
Metrô: a 700 metros da estação Trianon-Masp da Linha 2-Verde e a 2000 metros da estação Anhangabaú da Linha 3-Vermelha.

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