terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

.: "Nasci na América…: Uma Vida em 101 Conversas": Italo Calvino por ele mesmo


"Nasci na América…: Uma Vida em 101 Conversas (1951-1985)"
, lançado pela Companhia das Letras, Italo Calvino por ele mesmo. Um volume monumental de entrevistas feitas com o autor de "As Cidades Invisíveis", espalhadas ao longo de mais de três décadas e reunidas pela primeira vez em livro. Uma janela para uma das mentes mais fascinantes do século XX. Organizado por Luca Baranelli, o livro tem tradução de Federico Carotti.

Organizadas em ordem cronológica, estas 101 entrevistas de Italo Calvino abarcam o período que vai de 1951 a 1985. No diálogo com seus interlocutores - em muitos casos, com perguntas possivelmente elaboradas pelo próprio Calvino -, o autor trata dos mais variados temas: a situação da literatura italiana e estrangeira; a relação entre língua e dialeto; a paixão pelo cinema e pelo teatro; os escritores favoritos, tanto clássicos quanto contemporâneos; sua juventude e seu envolvimento político; a descoberta dos Estados Unidos; o terrorismo dos anos 1970 e o “neoindividualismo” dos anos 1980; sua relação com cidades como Sanremo, Turim, Veneza, Paris e Nova York; o futuro do homem e do universo.

São textos que, apesar da brevidade, carregam o rigor e a elegância de Calvino e oferecem uma compreensão inédita de aspectos que permaneceram em segundo plano em sua produção narrativa. O resultado, para Mario Barenghi, que assina a introdução deste livro, é o de uma autobiografia em construção e multifacetada. Compre o livro "Nasci na América…: Uma Vida em 101 Conversas (1951-1985)" neste link.


Sobre o escritor
Italo Calvino
nasceu em Santiago de Las Vegas, Cuba, e foi para a Itália logo após o nascimento. Participou da resistência ao fascismo durante a guerra e foi membro do Partido Comunista até 1956. Em 1946 instalou-se em Turim, onde se doutorou com uma tese sobre Joseph Conrad. Lançou sua primeira obra, "A Trilha dos Ninhos de Aranha", em 1947. A Companhia das Letras está publicando a obra completa do autor. Garanta o seu exemplar de "Nasci na América…: Uma Vida em 101 Conversas (1951-1985)" neste link.

.: Mônica Salmaso apresenta tributo à Elizeth Cardoso pela primeira vez em SP


Show criado para celebrar o centenário de Elizeth Cardoso faz duas apresentações no Sesc Vila Mariana, nos dias 17 e 18 de fevereiro

Após apresentações consagradoras no Rio de Janeiro, o show "Senhora das Canções - Uma Homenagem a Elizeth", com Mônica Salmaso, chega pela primeira vez a São Paulo, em duas apresentações, no próximo final de semana, dias 17 e 18 de fevereiro, no Teatro Antunes Filho do Sesc Vila Mariana. "Divina", "Enluarada", "A Magnífica", os epítetos colecionados por Elizeth Cardoso ao longo de mais de cinco décadas de carreira dão mostras de sua versatilidade e de sua importância na cena musical popular brasileira no século XX. 

Elizeth Cardoso começou no rádio, nos anos 40, atuou intensamente na cena fonográfica dos anos 60 e 70, participou de importantes espetáculos musicais, cantou até o fim da vida, em 1990. Brilhou no choro, no samba, no samba-canção, na música romântica, teve papel importante nos primórdios da bossa nova. Fixou clássicos da nossa música, lançou diversos jovens compositores, atuou com a mesma desenvoltura ao lado de conjuntos regionais, de trios de jazz e de grandes orquestras. 

A ideia de homenageá-la em um show e de revisitar seu extenso legado surgiu de uma visita de Mônica Salmaso à Casa do Choro, no Rio de Janeiro, e do encontro com Luciana Rabello (cavaquinho) e Mauricio Carrilho (violão de 7 cordas), não por acaso músicos que atuaram ao lado de Elizeth na década de 1980. A eles se juntaram Paulo Aragão (violão, direção musical e arranjos), Aquiles Moraes (trompete), Magno Julio e Marcus Thadeu (percussão). Em São Paulo, o show conta ainda com a participação especial de Teco Cardoso (flautas) e Nailor Proveta (clarinete).

A partir de um mergulho na extensa discografia, nasceu o repertório com um passeio pelos muitos caminhos musicais percorridos por Elizeth: sambas gravados nas décadas de 50 ("Seresteiro" de Raul Moreno, Renato Lima e Zé Keti); sambas-canções de discos antológicos como Canção do amor demais e Elizeth interpreta Vinícius, clássicos que ela visitou ("Violão Vadio", de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, "Sei lá, Mangueira", de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho), pérolas esquecidas ("A mentira acaba", de Rui de Almeida e Arnô Provenzano) e até mesmo uma rara composição da cantora (“Se as estrelas falassem”).

Este show foi programado para acontecer em homenagem ao centenário de Elizeth, em 2020. Repertório fechado, arranjos prontos, tudo ensaiado para a estreia... e veio a pandemia. Somente dois anos depois pôde ser apresentado em 2022, no Rio de Janeiro. Depois, Mônica Salmaso percorreu o Brasil em turnê nacional ao lado de Chico Buarque, fez nova apresentação no Rio em 2023 deste espetáculo, que agora chega finalmente a São Paulo.


Repertório do show
"
Lembre-se" (Moacir Santos/ Vinicius de Moraes)
"Seresteiro" (Renato Lima / Raul Moreno / Zé Keti)
"Minhas Madrugadas" (Paulinho da Viola / Candeia)
"Violão Vadio" (Baden Powell / Paulo César Pinheiro)
"Oxaguiã" (Mauricio Carrilho / Paulo César Pinheiro)
"Choro de Xangô" (Mauricio Carrilho / Paulo César Pinheiro)
"Nossa Senhora do Silêncio" (Mauricio Carrilho / Paulo César Pinheiro)
"Poema dos Olhos da Amada" (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
"Se as Estrelas Falassem" (Elizeth Cardoso)
"Janelas Abertas" (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
"Desperta Querida" (Cartola)
"Sei Lá Mangueira" (Paulinho da Viola / Herminio Bello de Carvalho)
"De Bem com o Amor" (Luciana Rabello / Paulo César Pinheiro)
"Candeia Branca" (Luciana Rabello / Paulo César Pinheiro)
"Valsa Sem Nome" (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
"Incidente" (Dino e Meira)
"Deixa pra Lá" (Dino e Meira)
"Noturno em Tempo de Samba" (Custodio Mesquita / Evaldo Ruy)
"A Mentira Acaba" (Rui de Almeida / Arnô Provenzano)


Ficha técnica
Show "Senhora das Canções - Uma Homenagem a Elizeth", com Mônica Salmaso. Voz: Mônica Salmaso. Cavaquinho: Luciana Rabello. Violão de 7 cordas: Mauricio Carrilho. Violão, direção musical e arranjos: Paulo Aragão. Flautas: Teco Cardoso. Clarinete: Nailor Proveta. Trompete e flugelhorn: Aquiles Moraes. Percussão: Magno Julio. Percussão: Marcus Thadeu. Luz: Silvestre Jr e Carolina Autran. Som: Carlos Rocha (Técnico de PA) e Daniel Tápia (Técnico de monitor). Produção executiva: Carla Assis.


Serviço
Show "Senhora das Canções - Uma Homenagem a Elizeth", com Mônica Salmaso. Com Aquiles Moraes, Luciana Rabelo, Magno Júlio, Marcus Thadeu, Mauricio Carrilho, Paulo Aragão, Teco Cardoso e Nailor Proveta. Sábado, dia 17 de fevereiro, às 21h00, e domingo, dia 18 de fevereiro, às 18h00. Local:  Sesc Vila Mariana (Teatro Antunes Filho). R. Pelotas, 141 - Vila Mariana / São Paulo. Classificação: livre. Ingressos: R$ 60,00 (inteira) / R$ 30,00 (meia) / R$ 18,00 (credencial plena).

.: "Novas Cartas Portuguesas", a obra transgressora que marcou a revolução


"Novas Cartas Portuguesas" é uma obra transgressora que marcou a Revolução dos Cravos e a vida das mulheres em Portugal e no mundo. Lançado pela editora Todavia, o livro de Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno Maria Velho da Costa tem prefácio de Tatiana Salem Levy e capa de Julia Custodio.

O livro, por Dulce Maria Cardoso

"Novas Cartas Portuguesas" tem tanto de gênio literário quanto de resistência ao Portugal fascista de 1971. Partindo de Lettres Portugaises - cinco belas missivas amorosamente sofridas que a abandonada soror Mariana Alcoforado teria escrito ao oficial francês Noel Bouton de Chamilly —, as “Três Marias”, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, reclamam o direito à plenitude da existência política, econômica, social, cultural e sexual das mulheres.

Fazem-no de uma forma, a todos os níveis, revolucionária. Subvertendo o conceito tradicional de autoria - ainda hoje não se sabe quem escreveu o quê -, as três amigas vão se escrevendo cartas, contos, ficções, poemas, ensaios, que compõem um todo dificilmente categorizável e extremamente inovador. Os textos enfrentam, para ofensa dos beatos poderes, o gasto Império de cinco séculos, a exaurida guerra colonial com os seus horrores e mortos, a inefável Censura, a hipócrita subordinação dos cidadãos ao ideal salazarista de “Deus, pátria e família”, a violência sobre o corpo das mulheres e a sua submissão e secundarização na sociedade, no trabalho e no âmbito doméstico.

Considerada pornográfica e atentatória à moral pública, a obra foi proibida e as autoras, processadas. A solidariedade de resistentes antifascistas e o apoio de prestigiados intelectuais estrangeiros deram ao caso dimensão internacional e tornou-o um dos símbolos da luta pela liberdade, que a revolução de 25 de Abril resgatou três anos depois. Neste tempo em que, um pouco por todo o mundo, nos tentam convencer de que é inevitável o lento morrer das instituições democráticas, em que tenebrosas forças reacionárias põem em perigo importantes conquistas civilizacionais, um tempo em que se vai instalando a ideia de que a literatura pouco ou nada pode contra a desesperança que vai minando a humanidade, conhecer ou regressar a Novas cartas portuguesas é uma experiência arrebatadora. Um grito de coragem e de esperança. Compre o livro "Novas Cartas Portuguesas", de Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, neste link.


Sobre as autoras
Maria Teresa Horta
nasceu em 1937 em Lisboa. É jornalista, poeta e militante feminista. Seu segundo livro, "Minha Senhora de Mim" (1971), foi censurado pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (Pide). Com uma obra extensa, tem mais de 40 livros publicados. Em 2017, recebeu o Prêmio Camões, mas se recusou a recebê-lo.

Maria Isabel Barreno nasceu em 1939, em Lisboa, e faleceu em 2016 na mesma cidade. Foi escritora, ensaísta, artista plástica e jornalista. Dedicou-se à causa feminista em todas as suas atividades. Depois de seu primeiro livro, "De Noite as Árvores São Negras" (1968), teve mais de vinte obras publicadas.

Maria Velho da Costa nasceu em 1938, em Lisboa, e faleceu em 2020 na mesma cidade. Um dos nomes mais reconhecidos da literatura portuguesa, foi presidente da Associação Portuguesa de Escritores entre 1975 e 1977. Deixou uma obra vasta que inclui ficção, poesia, roteiros de cinema, peças de teatro e ensaios. Recebeu o Prêmio Camões em 2002. Garanta o seu exemplar de "Novas Cartas Portuguesas", escrito por Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, neste link.

Trecho do livro
Mais do que a paixão:
os seus motivos; a construção dela. — Motivos que, peça por peça, a elaboram como um vitral com as suas imagens à transparência? Não —, antes no seu interior visceral de vidro inteiro. Pensemos o amor no seu jogo através do contentamento: as palavras uma por uma no bordado empolgante dos sentimentos e dos gestos. A mão sobre o papel traça com precisão as ideias na carta que, mais do que para o outro, escrevemos para nosso próprio alimento: o doce alimento da ternura, da invenção do passado ou o envenenamento da acusação e da vingança, elas próprias principais elementos da paixão na reconstrução do nosso corpo sempre pronto a ceder à emoção inventada, mas não falsa. — Não é falso se te escrevo:

“Repara, sequiosa é a faca do teu silêncio a revolver-se-me bem no interior do ventre... Cobre com os teus dedos os meus olhos a fim de eu não ver ou não me veja, que te perco e não me odeio.”

Eis o ódio, outro principal elemento do amor. Amor cujo objecto nunca será em si a principal causa, mas apenas o motivo, o ponto de partida, jamais o único objectivo ou mesmo o fulcro, o outro. E se não acredito em mim o amor como sentimento totalmente verdadeiro a não ser a partir da minha imperativa necessidade em inventá-lo (logo já ele é verdadeiro mas tu não), recuso-me a negá-lo no entanto pois na realidade existe, é em si mesmo: vício, urgência, precipício, enquanto tu serves apenas de motivação, de início, de peça envolvente em que te arrasto neste meu muito maior prazer em me sentir apaixonada do que em amar-te. Neste meu muito maior prazer em dizer que te amo do que na verdade em querer-te.

Não é falso, então, se te escrevo: 

“Sei que te perdi e me afundo, me perco também dentro da minha total ausência de poder em que me queiras”.

E assim sofro, aparentemente porque te amo, mas antes porque perco o motivo de alimento da minha paixão, a quem talvez bem mais queira do que a ti. 

Do desvario não me curo, nem da ansiosa vontade de te ver. Mas aqui por certo será já o desejo e não o amor a causa deste outro sentimento ou alimento de uma emoção que pode ser tomada apenas por amor e erradamente entendida de outra maneira que não pelo simples exercício do corpo, que realmente é.

Não nego, portanto, o exercício do amor. O sofrimento como exercício do mesmo e o mesmo amor como exercício da paixão, qualquer que seja.

Que dou eu então em troca do que me dás?

— O meu amor. Mais exactamente: o meu amor por ti.

E jamais, pois, nenhuma de nós três: mulher, se entregará sem dano de si própria e de outrem. Ramificação oculta que transportamos na voragem de nos sabermos, de nos descobrirmos, na viagem que premeditadamente empreendemos através de nós próprias na procura ou na entrega. Na sistemática dissecação do que nos resta? Ou do muito que possuímos?

.: Sete curiosidades de "Madame Teia" que estreia quarta na Cineflix Cinemas


Em "Madame Teia", longa da Sony Pictures que estreia na Cineflix Cinemas de Santos, Cassandra leva uma vida comum trabalhando como paramédica em Manhattan - até que, um dia, descobre que possui a habilidade de prever o futuro. Ela também acaba conectada à Teia da Vida e do Destino, que a liga a todas as pessoas-aranha do Multiverso.

Curiosidades:

1. Cassandra/Madame Teia foi criada pelo escritor Denny O'Neil e pelo artista John Romita Jr.

2. Estreou na Marvel na edição #210 de Amazing Spider-Man.

3. Sem entrar em contato com uma aranha radioativa ou ser geneticamente alterada, como os outros personagens do universo do Homem-Aranha, Madame Teia nasceu mutante.

4. De tão poderosa, chega a ser considerada uma das mutantes telepáticas mais poderosas fora do núcleo dos X-Men.

5. Madame Teia esbara no Homem-Aranha pela primeira vez quando o Clarim Diário sofre um ataque brutal e o Teioso pede ajuda.

6. No filme, tem como vilão Ezekiel Sims, adversário forte nas histórias em quadrinhos do Homem-Aranha, sendo o arquiteto de conceitos como o Spider-Verse e a Teia de Vida e Destino multiversal.

7. Madame Teia é imortal.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como “Bob Marley: one Love” são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

"Madame Teia" ("Madame Web"). Ingressos on-line neste linkGênero: aventuraClassificação: 12 anos. Duração: 1h56. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Sony Pictures. Direção: S. J. Clarkson. Roteiro: S. J. Clarkson, Burk Sharpless, Matt Sazama, Claire Parker. Elenco: Dakota Johnson. (Cassandra WebbO'Neil), Sydney Sweeney (Julia Carpenter), Isabela Merced (Anya Corazon)Sinopse: Cassandra Webb, uma paramédica em Manhattan, tem habilidades de clarividência. Forçada a confrontar revelações sobre seu passado, ela forja uma relação com três jovens destinadas a futuros poderosos.

Sala 3 (legendado) - 14 de fevereiro:  15h10 
Sala 1 (legendado) - 14 de fevereiro:  21h00

Trailer de "Madame Teia"


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

.: Bob Marley: One Love: cinebiografia estreia hoje na Cineflix Cinemas Santos



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Bob Marley: One Love" 
que estreia hoje na rede Cineflix Cinemas apresenta, em flashbacks, a infância e juventude de Robert Nesta Marley na Jamaica, incluindo a iniciação na religião Rastafari, assim como seu relacionamento com Rita Marley, companheira de vida e uma das produtoras do longa-metragem.

O enredo celebra a vida e a música de um ícone que inspirou gerações por meio de sua mensagem de amor e união. Na tela dos cinemas pela primeira vez, o público vai conhecer a jornada por trás de sua música revolucionária. 

O filme é estrelado por Kingsley Ben-Adir e Lashana Lynch. James Norton, Tosin Cole, Umi Myers e  Anthony Welsh também integram o elenco. Bob Marley: One Love chega exclusivamente aos cinemas dia 12 de fevereiro.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como “Bob Marley: one Love” são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

"Bob Marley: One Love" ("Bob Marley, One Love"). Ingressos on-line neste linkGênero: biografia, drama, musicalClassificação: 16 anos. Duração: 1h47. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Paramount Pictures. Direção: Reinaldo Marcus Green. Roteiro: Reinaldo Marcus Green, Terence Winter, Zach Baylin, Frank E. Flowers. Elenco: Tosin Cole, Kingsley Ben-Adir, Lashana LynchSinopse: O jamaicano Bob Marley supera as adversidades para se tornar um dos o músicos mais famosos do mundo.

Sala 1 (legendado) - De 12 de fevereiro a 14 de fevereiro:  18h30

Trailer de "Bob Marley: One Love"

Leia+

.: Nova edição de prestigiado romance retrata Brasil pouco mostrado nos livros


A obra do genial Ricardo Guilherme Dicke retorna às livrarias com a nova edição de "Madona dos Páramos", seu mais poderoso romance, 40 anos depois de seu lançamento e dezesseis anos após a morte do autor. Ao longo de sua carreira, muito prestigiada pela crítica mas pouco reconhecida pelo público, Dicke ganhou diversos prêmios literários, entre eles o Prêmio Ficção de Brasília e o Prêmio Remington de Prosa e Poesia, e recebeu menção honrosa do Prêmio Walmap, tendo como jurados Antonio Olinto, Guimarães Rosa e Jorge Amado.

 O romance retrata o sertão mato-grossense, região do país pouco vista na literatura brasileira. O prefácio é do pesquisador Rodrigo Simon de Moraes, estudioso da obra de Dicke, que descobriu inéditos do autor durante pesquisa para tese de doutorado. "Madona dos Páramos" conta a história de 12 foragidos que cavalgam pelo sertão do centro-oeste brasileiro em busca da terra da Figueira-Mãe, onde os aguardariam o bem-estar e a justiça. Entre eles, uma mulher, a moça sem nome, arrebatada do lar e de sua família à força, alvo do desejo geral. Todos eles em uma batalha contra o clima e a geografia inóspitos, reflexo também de suas personalidades.

A riqueza do trabalho de linguagem executado por Ricardo Guilherme Dicke é absolutamente inconfundível, tornando-o um dos grandes estilistas da língua portuguesa na segunda metade do século XX. Publicado em 1982, até hoje é peça fundamental na vasta trajetória literária de Dicke, nascido na Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. Ele escreve sobre um sertão que pouco se manifesta na literatura brasileira que conhecemos; não é o do Nordeste ou o de Minas Gerais, sobre o qual estamos mais acostumados a ler.

Também não é sobre um lugar que reduz a condição humana, como bem disse Rodrigo Simon de Moraes, mas sim sobre um espaço que a amplia e que retrata a natureza como um “veículo privilegiado para um reencantamento do mundo, um sagrado que irá permitir estar aquém e além do tempo e, assim, superar a dicotomia entre a vida e a morte”. Para o pesquisador, Dicke inaugura uma “literatura do cerrado”. Atualmente fazendo pós-doutorado na Universidade de Princeton, nos EUA, durante pesquisa para sua tese de doutorado pela Unicamp, Simon descobriu contos inéditos de Dicke, que a Record publicará em breve. Compre o livro "Madona dos Páramos", de Ricardo Guilherme Dicke, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Um escritor que me comove até a medula é o Ricardo Guilherme Dicke. Eu o considero dono de uma linguagem excepcional, belíssima. 'Madona dos Páramos' é uma obra-prima.” – Hilda Hilst

“Grande oportunidade de (re)descoberta de Ricardo Guilherme Dicke e de sua literatura ferozmente original.” – Marçal Aquino

“Gênio que viveu recluso.” – Ignácio de Loyola Brandão

“O injustamente desconhecido Ricardo Guilherme Dicke.” – Joca Reiners Terron

“Profundo conhecedor de literatura, faz de seu ofício um aprimoramento da arte criativa com a palavra.” – Madalena Machado, Universidade do Estado de Mato Grosso


Sobre o autor
Ricardo Guilherme Dicke
nasceu em 16 de outubro de 1936, em Raizama, no município da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. No começo da década de 1960, escreveu seu primeiro romance, "Caminhos de Sol e Lua". Em 1968, publicou seu segundo romance, "Deus de Caim", que recebeu menção honrosa do Prêmio Walmap, tendo como jurados Antonio Olinto, Guimarães Rosa e Jorge Amado. Em 1977, ganhou o Prêmio Remington de Prosa e Poesia com o romance "Caieira", publicado no ano seguinte pela editora Francisco Alves. Em 1981, ganhou o Prêmio Ficção de Brasília com o romance "Madona dos Páramos". Morreu em 9 de julho de 2008, em Cuiabá. Garanta o seu exemplar de "Madona dos Páramos", escrito por Ricardo Guilherme Dicke, neste link.

.: Cinema: primeiro trailer de "Deadpool & Wolverine" choca pela qualidade


A Marvel Studios lançou o primeiro trailer oficial do aguardado filme "Deadpool & Wolverine". O pôster oficial e stills do trailer também foram revelados. O filme estreia na Rede Cineflix e nos cinemas brasileiros em 25 de julho e estará disponível em IMAX, RealD 3D, Dolby Cinema, 4DX, Cinemark XD e telas premium em todo o país.

Estrelado por Ryan Reynolds, Hugh Jackman, Emma Corrin, Morena Baccarin, Rob Delaney, Leslie Uggams, Karan Soni e Matthew Macfadyen, "Deadpool & Wolverine" tem direção de Shawn Levy e Kevin Feige, Ryan Reynolds, Shawn Levy e Lauren Shuler Donner são os produtores, com Louis D’Esposito, Wendy Jacobson, Mary McLaglen, Josh McLaglen, Rhett Reese, Paul Wernick, George Dewey, Simon Kinberg e Jonathon Komack Martin atuando como produtores executivos. Já o roteiro do novo longa da Marvel Studios é de  Ryan Reynolds & Rhett Reese & Paul Wernick & Zeb Wells & Shawn Levy.


Assista na Cineflix
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"Deadpool & Wolverine" - Trailer legendado

"Deadpool & Wolverine" - Trailer dublado

.: "Planeta dos Macacos: O Reinado" em novo trailer e pôsteres dos personagens


A 20th Century Studios acaba de lançar o novo trailer e os pôsteres oficiais dos personagens de "Planeta dos Macacos: o Reinado", novo filme de ação e aventura do estúdio que estreia em 9 de maio na Rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil. O diretor Wes Ball dá nova vida à épica franquia global, ambientada várias gerações no futuro após o reinado de César, quando os macacos são a espécie dominante vivendo harmoniosamente, e os humanos vivem nas sombras.

Enquanto um novo líder tirânico dos macacos cria seu império, um jovem macaco embarca em uma angustiante jornada que o levará a questionar tudo o que sabia sobre o passado e a fazer escolhas que definirão o futuro tanto para os macacos como para os humanos. "Planeta dos Macacos: o Reinado" tem direção de Wes Ball (trilogia "Maze Runner") e é estrelado por Owen Teague ("It - A Coisa"), Freya Allan ("The Witcher"), Kevin Durand ("Locke & Key"), Peter Macon ("Shameless") e William H. Macy ("Fargo"). 

O roteiro é de Josh Friedman ("Guerra dos Mundos") e Rick Jaffa & Amanda Silver ("Avatar: o Caminho da Água") e Patrick Aison ("O Predador: a Caçada"), baseado nos personagens criados por Rick Jaffa & Amanda Silver. Já a produção é de Wes Ball, Joe Hartwick, Jr., p.g.a. ("Maze Runner: correr ou Morrer"), Rick Jaffa, p.g.a., Amanda Silver, p.g.a., Jason Reed, p.g.a. ("Mulan"), com Peter Chernin (trilogia "Planeta dos Macacos") e Jenno Topping ("Ford vs. Ferrari") atuando como produtores executivos.

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"Planeta dos Macacos: o Reinado" - Trailer legendado

"Planeta dos Macacos: o Reinado" - Trailer dublado



.: "Um Lugar Silencioso: dia Um" ganha primeiro trailer com Lupita Nyong’o


Lupita Nyong’o
e Joseph Quinn estrelam o primeiro trailer do aguardado suspense “Um Lugar Silencioso: dia Um”, distribuído pela Paramount Pictures. Na prévia, acompanhamos os momentos aterrorizantes vividos pelos personagens quando os alienígenas chegam à Terra, mostrando o primeiro dia em que o mundo precisou ficar em silêncio. O novo longa da franquia que é sucesso de bilheteria é um prelúdio do filme "Um Lugar Silencioso", de 2018.  

John Krasinski, diretor dos dois primeiros longas, retorna como produtor ao lado de Michael Bay, Andrew Form e Brad Fuller. A produção executiva é assinada por Allyson Seeger - que também produziu os outros dois filmes da franquia - e Vicki Dee Rock. Além do casal de protagonistas, Djimon Hounsou, conhecido por filmes como "Gladiador" e "Diamante de Sangue", e Alex Wolff, de "Oppenheimer" e "Hereditário", completam o elenco. 

Escrito e dirigido por Michael Sarnoski, o longa é baseado em personagens criados por Bryan Woods e Scott Beck. Distribuído para os cinemas pela Paramount Pictures, a produção é uma associação entre a Platinum Dunes, Sunday Night Production e Michael Bay. “Um Lugar Silencioso: dia Um” estreia em junho nos cinemas. 

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Trailer de "Um Lugar Silencioso: dia Um"

.: Amor entre Rita e Bob Marley é tema de novo vídeo de "Bob Marley: one Love"


“Rita é uma luz que orienta e, na vida de Bob, ela esteve com ele em cada passo do caminho”
, é o que afirma o diretor do filme “Bob Marley: one Love”, Reinaldo Marcus Green, sobre o relacionamento entre o cantor e sua esposa. A história de amor entre os dois é o foco do novo vídeo de bastidores do filme divulgado hoje, 9 de fevereiro. O filme chega na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil nesta segunda-feira, dia 12 de fevereiro.

Bob e Rita se conheceram ainda jovens e o relacionamento durou até a morte do ídolo. O casamento entre os dois gerou cinco filhos, entre eles, Cedella e Ziggy Marley, que atuam como produtores da cinebiografia do pai, ao lado da mãe. A filha comenta que estar no set de filmagens foi uma jornada de constante descoberta. “Foi uma montanha russa de emoções porque eu não vi nada disso (os momentos entre o casal na turnê)

Ainda sobre a produção do filme, Cedella enfatiza a importância de ter pessoas próximas, como Rita, para trazerem autenticidade para a história. “Nós tínhamos as pessoas que viveram essa trajetória com meu pai, nos ajudando a contar a nossa história. Isso foi o que nos fez ter certeza. Todos os dias em que eu estava no set, eu mandava trechos de cenas para minha mãe e ela sempre tinha algum comentário. Minha mãe é a voz do meu pai agora”, completa a filha do casal.

O enredo celebra a vida e a música de um ícone que inspirou gerações por meio de sua mensagem de amor e união. Na tela dos cinemas pela primeira vez, o público vai descobrir a poderosa história de superação e a jornada por trás de sua música revolucionária. O filme é estrelado por Kingsley Ben-Adir e Lashana Lynch. James Norton, Tosin Cole, Umi Myers e  Anthony Welsh também integram o elenco. Bob Marley: One Love chega exclusivamente aos cinemas dia 12 de fevereiro.


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domingo, 11 de fevereiro de 2024

.: Humanos: Mário de Andrade folião e outros segredos dos escritores em livro


​Talvez você conheça Mário de Andrade por ter publicado “Macunaíma”. Mas sabia que, além de gostar de carnaval e cachaça, ele adorava seus sobrinhos e promovia as brincadeiras nos eventos da família? Ou lembrava que Euclides da Cunha, consagrado por “Os Sertões”, foi morto após um crime passional e até hoje ninguém tem certeza sobre quem era o verdadeiro culpado? São estes acontecimentos curiosos que o pesquisador Carlos Costa apresenta no livro "Escritores São Humanos: histórias Cotidianas da Literatura Brasileira", lançado pela editora Cepe.

Homenageado no samba-enredo da Mocidade Alegre, escola de SP, Mário de Andrade não somente teve uma grande contribuição para a cultura brasileira, mas era um apaixonado por Carnaval. Segundo o pesquisador Carlos Costa, o autor de “Macunaíma” caía na folia, investia em fantasias personalizadas e até deixou de visitar Manuel Bandeira para participar das festas no Rio de Janeiro. Ao atravessar mais de quatro séculos da história da literatura, o autor mergulha no cotidiano íntimo de grandes escritores, como José de Alencar e Pagu.

A obra conduz os leitores pelos bastidores das vidas dos nossos cânones literários, no intuito de mostrar que, por trás de seus feitos extraordinários, há pessoas comuns. Ao condensar mais de uma década de pesquisa na publicação, o autor expõe os grandes nomes da literatura brasileira por meio de um ângulo que não está presente no ensino das escolas tradicionais e, por isso, talvez seja um conhecimento de difícil acesso às pessoas.

Com linguagem coloquial, Carlos Costa desperta a atenção do público interessado nas trajetórias íntimas dos famosos, ao mesmo tempo que propaga informações sobre a produção literária no Brasil. Para isso, ele delimita uma linha do tempo: narra histórias desde o século XVI, quando Pero Vaz de Caminha registrou em uma carta suas impressões sobre a terra ainda desconhecida aos europeus, até meados da década de 1920, com o marco da Semana de Arte Moderna em São Paulo.

Entre as páginas, é possível encontrar fatos inusitados sobre Gregório de Matos, Álvares de Azevedo e outros. A partir das narrativas, o pesquisador revela quem eram os autores “da porta de casa para dentro” e, sem fazer juízos de valor sobre o que é certo ou errado, desmitifica o aspecto de divindade atrelado à imagem de figuras célebres. No texto, temas sensíveis e atuais são abordados, como feminicídio, racismo, preconceitos sociais e corrupção política.

Carlos explica: “Várias são as referências, os exemplos de homens e mulheres que viraram sinônimo de tenacidade, criação, talento e coragem. Mas essas pessoas não são estátuas, elas são humanas, de carne e osso, com erros e acertos. Por trás desses cânones, havia pessoas de chinelo nos pés, que espirravam, transpiravam suor azedo, tinham preconceitos, sentiam frio, medo, ciúmes e raiva”. Compre o livro "Escritores São Humanos: histórias Cotidianas da Literatura Brasileira", de Carlos Costa, neste link.


Trecho do livro
"Pagu queria sair de casa, mas não tinha idade para isso. Pediu ajuda a Tarsila e Oswald, que prometeram ajudá-la. O plano era o seguinte: Pagu casar-se-ia formalmente com um primo de Tarsila, viajariam em “lua de mel” para Santos, e de lá cada um seguiria seus caminhos. E assim foi feito. Pagu seguiu para a Bahia e o quase quarentão Oswald foi atrás… Quando voltou, Tarsila já sabia do romance dele com Pagu. Soube através de um pai de santo que Oswald levara para casa a fim de espantar as coisas negativas. Ou seja: soube por um desconhecido. Estava tudo acabado: Tarsiwaldo, o casal ícone do modernismo, não existia mais." ("Escritores São Humanos", página 438)

Sobre o autor
Formado em psicologia e em letras, Carlos Costa é pós-graduado em Linguística e se dedica à pesquisa sobre literatura brasileira. Em paralelo, foi psicólogo clínico, trabalhou durante anos com informática e agora é servidor público federal. Nasceu em Parnaíba, no Piauí, e mora em Olinda, em Pernambuco. Garanta o seu exemplar de "Escritores São Humanos: histórias Cotidianas da Literatura Brasileira", escrito por Carlos Costa, neste link.

.: "Não Aprendi Dizer Adeus" reestreia no Sesc Ipiranga com morte na palhaçaria


Após temporadas de sucesso dentro e fora da capital paulista, espetáculo de circo para adultos reestreia em 16 de fevereiro no Sesc Ipiranga. Foto: Caio Oviedo/Divulgação


Uma palhaça contracena com a morte. No solo teatral "Não Aprendi Dizer Adeus", que reestreia em 16 de fevereiro, no Sesc Ipiranga, em São Paulo, a palhaça Leila Simplesmente Leila, vivida por Bárbara Salomé, fala de forma leve, divertida e metafórica sobre um dos maiores tabus de nossa sociedade, a morte. Dirigido pela carioca Rafaela Azevedo, criadora do sucesso "King Kong Fran", o espetáculo de circo contemporâneo utiliza a linguagem da palhaçaria para adultos e coloca Leila diante de momentos característicos do luto, como negação, barganha, raiva, depressão e aceitação.   

O solo já foi visto em temporadas curtas em diversos espaços da capital paulista (como Oficina Oswald Andrade e Parlapatões), unidades de Sescs do interior (Jundiaí, Birigui) e em Belo Horizonte, sempre com casa lotada. Na peça, o público acompanha o último dia de vida da palhaça que tenta desesperadamente escapar de seu destino. Ao tentar fugir do que a espera, Leila escancara suas contradições, desejos, medos e alegrias e, como em um grande espelho, o público consegue se reconhecer.

Idealizadora do projeto, a artista mineira Bárbara Salomé pesquisa a linguagem do palhaço para além da cena, na relação direta com as pessoas. Já trabalhou em projetos em hospitais, asilos, filas de atendimento, comunidades e é integrante do coletivo Povo Parrir, que une povos indígenas e palhaças. Bárbara já buscava alguém para dirigi-la em um solo sobre a morte quando conheceu Rafaela pelo Instagram. "Fiquei encantada com a performance dela antes de a Fran virar sucesso. É uma linguagem rápida, inteligente e contemporânea de trabalhar a palhaçaria", explica. A atriz lembra que o tema da morte sempre a assombrou, ao menos desde que perdeu sua irmã mais nova, aos cinco anos, para um mal súbito. "A minha primeira experiência de vida é de morte. Essa lacuna sempre me provocou medo, ao mesmo tempo vontade de entendimento, já que os adultos sempre evitavam o assunto", completa.

A diretora Rafaela, que assina o roteiro em parceria com a atriz, passava por um momento de luto quando surgiu o convite. "Quando a Bárbara me convidou, eu estava vivendo o luto recente da morte dos meus pais e avós, que faleceram em 2019 e 2020. Meu trabalho é totalmente conectado com minha vida pessoal. Aceitei de primeira e recebi como um presente. Seria interessante elaborar o luto brincando com uma palhaça", conta a diretora. "A palhaçaria trata de tudo que é humano. O riso gerado por uma palhaça é a partir da exposição de suas próprias desgraças. Ela exagera, extrapola, inventa sobre a condição humana. Tudo o que é inadequado é próprio de uma palhaça. O medo de lidar com a morte nos gera tanta angústia que pode nos fazer morrer em vida. Que consigamos brincar com ela enquanto estivermos vivos", finaliza.

Na peça, Leila Simplesmente Leila está entre a vida e a morte. Ao tentar fugir do que a espera, ela acaba trazendo uma convidada inesperada para a noite. De maneira atrapalhada e divertida, Leila tenta de mil formas escapar do inevitável. Ao lidar com seu apego, convida o público a fazer o mesmo e, como em um ritual, tentam juntos aprender a dizer 'adeus'.


Sobre Bárbara Salomé
Atriz, palhaça, artista visual e artista-educadora. Formada pelo Curso de Formação de Atores da UFOP-MG, fez parte do Oficinão do Grupo Galpão. Em São Paulo, estudou Humor na SP Escola de Teatro/SP. Pesquisa a linguagem do palhaço desde 2008, tendo como pesquisa o palhaço para além da cena, na relação direta com as pessoas. Participou da formação Palhaço Interventor, com o Doutores da Alegria. Como atriz, colaborou e colabora com diversas companhias teatrais, entre elas Os Satyros, ExCompanhia de Teatro, Agrupamento Andar 7, Caxote Coletivo, O Trem Companhia de Teatro, entre outras. Com o trabalho "Por Acaso, Navalha" foi indicada ao prêmio R7 Melhores do Teatro na categoria "Artista Revelação". Foi artista docente na SP Escola de Teatro e atualmente oferece formações em Palhaçaria e está fazendo sua primeira direção no teatro com o trabalho “Ralo da Fossa”.


Sobre Rafaela Azevedo
Formada pela CAL em 2011, iniciou sua carreira em 2012 como integrante do Grupo Teatral Moitará, referência no Brasil sobre pesquisa de linguagem da máscara teatral. No estudo da palhaçaria, aprendeu sob a perspectiva de diferentes profissionais renomados na área, como Avner Eisenberg, Ricardo Puccetti, Lily Curcio, Ésio Magalhães, entre outros. É idealizadora e intérprete do espetáculo "Fran World Tour - Eu Só Preciso Ser Amada". Participou dos principais festivais de palhaçaria feminina do Brasil. Integrou a programação do "Festival Internacional de Mulheres nas Artes Cênicas - The Magdalena Project", em 2015 e 2018. Como diretora, assina ao lado de Pedroca Monteiro o show cômico "Canções para Matrimônio", de Ingrid Gaigher. É criadora e diretora do Laboratório Estado de Palhaça e Palhaço, núcleo de pesquisa e treinamento técnico e criativo em palhaçaria.

Ficha técnica
Espetáculo "Não Aprendi Dizer Adeus". Idealização, dramaturgia e atuação: Bárbara Salomé. Direção e dramaturgia: Rafaela Azevedo. Desenho de luz: Júlia Orlando. Figurino: Fagner Saraiva. Criação de trilha sonora: Monique Salustiano. Operação de luz: Violetta Chagas. Produção executiva e operação de som: José Sampaio. Criação de peruca: Erick Malccon (Artesão das Tranças). Costureiras/confecção de figurino: Silvani Pereira Bahia, Andrea Santa Rosan e Dilsa Jardins. Cenografia: Thiago Capella Zanotta. Cenotécnico: Zito. Fotografia: Caio Oviedo. Produção geral: Bárbara Salomé. Assessoria de imprensa: Katia Calsavara.


Serviço
Espetáculo "Não Aprendi Dizer Adeus". Reestreia em 16 de fevereiro. Curta temporada: dias 16, 17 e 18 de feveriro. Sesc Ipiranga. Rua Bom Pastor, 822. Sexta-feira, às 21h30, sábado, às 18h30 e domingo, às 18h30. De R$ 12,00 a R$ 40,00. Duração: 50 minutos. Classificação etária: 16 anos.

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