quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

.: Santos: Cineflix Cinemas estreia "A Cor Púrpura" e "Todos Menos Você"

A unidade Cineflix Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia dois filmes nas telonas, a partir de 8 de fevereiro. São eles o drama com indicação ao Oscar 2024, numa montagem ousada, "A Cor Púrpura"e a comédia romântica "Todos Menos Você", do mesmo diretor de "Amizade Colorida" e "A Mentira".

Seguem em cartaz os sucessos, incluindo indicados ao Oscar 2024, inclusive na categoria "Melhor Filme", a ficção científica "Pobres Criaturas", os dramas "Vidas Passadas" "Anatomia de Uma Queda", além do nacional "Nosso Lar 2: os Mensageiros"  e a animação Disney "Wish: o Poder dos Desejos". Programe-se e confira detalhes abaixo! 

Compre os ingressos pela internet antecipadamente aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana no Cineflix Santos


"A Cor Púrpura" (The Color Purple"). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h21. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Warner Bros. Direção: Blitz the Ambassador. Roteiro: Marcus Gardley. Elenco: Fantasia Barrino (Celie Harris Johnson), Taraji P. Henson (Shug Avery), Danielle Brooks (Sofia)Sinopse: A extraordinária fraternidade de três mulheres que compartilham um vínculo indissolúvel.

Trailer de "A Cor Púrpura"

Sala 2 (legendado) - De 08 de fevereiro a 14 de fevereiro: 15h20 - 20hh50


"Todos Menos Você" ("Anyone But You"). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, romanceClassificação: 16 anos. Duração: 1h45. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Sony Pictures. Direção: Will Gluck. Roteiro: Will Gluck, Ilana Wolpert. Elenco: Glen Powell, Sydney SweeneySinopse: Bea e Ben parecem o casal perfeito mas são ex e tem que fingir estarem juntos novamente.

Sala 2 (legendado) - De 08 de fevereiro a 14 de fevereiro: 18h10 - 20h40

Trailer de "Todos Menos Você"

Seguem em cartaz no Cineflix Santos


"Pobres Criaturas" ("Poor Things"). Ingressos on-line neste linkGênero: ficção científicaClassificação: 18 anos. Duração: 2h21. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Walt Disney Pictures. Direção: Yorgos Lanthimos. Roteiro: Tony McNamara. Elenco: Emma Stone, Willem Dafoe, Mark Ruffalo, Christopher AbbottSinopse: A fantástica evolução de Bella Baxter, uma jovem que é trazida de volta à vida pelo brilhante e pouco ortodoxo cientista Dr. Godwin Baxter. Querendo ver mais do mundo, ela foge com um advogado e viaja pelos continentes. Livre dos preconceitos de sua época, Bella exige igualdade e libertação.

Sala 4 (legendado) - De 08 de fevereiro a 14 de fevereiro: 15h00 - 18h00 - 21h00

Trailer de "Pobres Criaturas"



"Vidas Passadas" ("Past Lives"). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 12 anos. Duração: 1h43. Ano: 2023. Idioma original: inglês, coreano. Distribuidora: California Filmes. Direção: Celine Song. Roteiro: Celine Song. Elenco: Greta Lee, Teo Yoo, John MagaroSinopse: Nora e Hae Sung, duas amigas de infância profundamente conectadas, se separam depois de uma mudança. Duas décadas depois, elas se reencontram na cidade de Nova York para uma semana fatídica enquanto confrontam noções de destino, amor e escolhas.

Sala 2 (legendado) - De 08 de fevereiro a 14 de fevereiro: 18h20

Trailer de "Vidas Passadas"

"Anatomia de Uma Queda" ("Anatomie d'une chute"). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h32. Ano: 2023. Idioma original: francês, inglês. Distribuidora: Diamond Films. Direção: Justine Triet. Roteiro: Justine Triet, Arthur Harari. Elenco: Sandra Huller, SwannArlaud, Milo Machado GranerSinopse: A vida da escritora alemã Sandra desmorona quando seu marido, Samuel, é encontrado morto.

Sala 3 (legendado) - De 08 de fevereiro a 13 de fevereiro: 15h10

Trailer de "Anatomia de Uma Queda"

"Nosso Lar 2: os Mensageiros" (nacional) Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 12 anos. Duração: 1h51. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Wagner de Assis. Roteiro: Wagner de Assis. Elenco: Edson Celulari (Aniceto), Fábio Lago (Vicente), Aline Prado (Mensgeira Isaura), Vanessa Gerbelli (Amanda)Sinopse: Um grupo de espíritos mensageiros liderados por Aniceto, entre eles, o médico André Luiz, recebem a missão de ir à Terra para ajudar no resgate de três protegidos cujas histórias interligadas estão prestes a fracassar.

Sala 1 (nacional) - De 08 de fevereiro a 11 de fevereiro: 18h30 - 21h00
Sala 1 (nacional) - De 12 de fevereiro a 13 de fevereiro: 21h00
Sala 1 (nacional) - De 14 de fevereiro: 16h00

Trailer de "
Nosso Lar 2"



"
Wish: o Poder dos Desejos"
 ("
Wish"). Ingressos on-line neste linkGênero: animaçãoClassificação: livre. Duração: 1h32. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Walt Disney Studios. Direção: Chris Buck e Fawn Veerasunthorn. Roteiro: Jennifer Lee, Allison Moore e Chris Buck. Elenco brasileiro: Luci Salutes (Asha), Raphael Rossatto (Rei Magnifico), Marcelo Adnet (Valentino), Shallana Costa (Rainha Amaya), Carlos Campanile (Sabino), Letícia Soares (Sakina), Maíra Paris (Dahlia) e Vagner Fagundes (Simon)Sinopse: no reino mágico de Rosas, Asha faz um desejo tão poderoso que é atendido por uma força cósmica: uma pequena esfera de energia ilimitada chamada Star. Juntas, Asha e Star enfrentam um inimigo formidável: o governante de Rosas, Rei Magnifico. Elas fazem de tudo pra salvar a comunidade e provar que muitas coisas maravilhosas podem acontecer.

Sala 1 (dublado) - De 08 de fevereiro a 13 de fevereiro::  16h10

Trailer de "Wish: o Poder dos Desejos"

Vem aí no Cineflix Cinemas Santos

"Bob Marley: One Love" ("Bob Marley, One Love"). Ingressos on-line neste linkGênero: biografia, drama, musicalClassificação: 16 anos. Duração: 1h47. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Paramount Pictures. Direção: Reinaldo Marcus Green. Roteiro: Reinaldo Marcus Green, Terence Winter, Zach Baylin, Frank E. Flowers. Elenco: Tosin Cole, Kingsley Ben-Adir, Lashana LynchSinopse: O jamaicano Bob Marley supera as adversidades para se tornar um dos o músicos mais famosos do mundo.

Sala 1 (legendado) - De 12 de fevereiro a 14 de fevereiro:  18h30

Trailer de "Bob Marley: One Love"


"Madame Teia" ("Madame Web"). Ingressos on-line neste linkGênero: aventuraClassificação: 12 anos. Duração: 1h56. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Sony Pictures. Direção: S. J. Clarkson. Roteiro: S. J. Clarkson, Burk Sharpless, Matt Sazama, Claire Parker. Elenco: Dakota Johnson. (Cassandra WebbO'Neil), Sydney Sweeney (Julia Carpenter), Isabela Merced (Anya Corazon)Sinopse: Cassandra Webb, uma paramédica em Manhattan, tem habilidades de clarividência. Forçada a confrontar revelações sobre seu passado, ela forja uma relação com três jovens destinadas a futuros poderosos.

Sala 3 (legendado) - 14 de fevereiro:  15h10 
Sala 1 (legendado) - 14 de fevereiro:  21h00

Trailer de "Madame Teia"




.: Livro inédito de Hemingway explora o embate entre a vida e a morte


Publicado pela primeira vez em 1932 e inédito no Brasil, "Morte ao Entardecer" é um mergulho de Ernest Hemingway nas cerimônias e tradições da tourada espanhola, desvendando sua rica história, técnica e filosofia. É também uma contemplação sobre a natureza da covardia e da bravura, do esporte e da tragédia, costurada pelos comentários pungentes do escritor americano sobre a vida e a literatura. Hemingway ainda desafia os leitores a confrontarem as próprias noções de ética, coragem e tradição cultural. Laureado com os prêmios Pulitzer e Nobel de Literatura, o autor já vendeu mais de 500 mil livros no Brasil. A tradução da oobra, lançada pela Bertrand Brasil, é de Irinêo Baptista Netto.

“Penso que moralmente, do ponto de vista moderno, isto é, do ponto de vista cristão, a tourada em si seja indefensável; sem dúvida, há muita crueldade, sempre há perigo, seja ele previsto ou imprevisto, e sempre há sacrifício, e não vou tentar defendê-la agora, apenas contar honestamente o que eu penso de verdade sobre ela.”

Conhecido por sua habilidade em capturar a essência de experiências intensas em suas obras literárias, Ernest Hemingway nunca escondeu seu fascínio pelo embate entre a vida e a morte. Um admirador inveterado da coragem humana diante das adversidades, Hemingway explorou de maneira ímpar essa temática em sua escrita.

Ele acreditava que, após a Primeira Guerra Mundial, o único lugar onde se poderia observar a dualidade da vida e da morte seria nas touradas. Dirigiu-se, então, à Espanha a fim de torná-la palco para suas observações. E sua experiência com as touradas proporcionou-lhe um conhecimento íntimo e uma riqueza de detalhes que ele habilmente incorporou em suas obras, como O sol também se levanta.

Morte ao entardecer reflete a crença de Hemingway de que as touradas transcendem a mera prática esportiva. Apresentada como uma forma de arte, na qual a técnica perigosa beira a linha tênue entre o esporte e a arte, as touradas são comparadas a um balé ricamente coreografado, nas quais o touro, o matador e os espectadores desempenham papéis ativos, contribuindo para o desenrolar do espetáculo.

O livro traz ainda um glossário de termos usados nas touradas, um capítulo com reações de pessoas à tourada espanhola, um texto sobre o primeiro toureiro americano a fazer sucesso e datas importantes de touradas nos países em que elas ainda são populares. Compre o livro "Morte ao Entardecer", de Ernest Hemingway, neste link.


Sobre o autor
Ernest Hemingway é um dos pilares da literatura contemporânea mundial. Nascido em 1899, começou a escrever aos 17 anos para um jornal. Quando os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, alistou-se como voluntário tornando-se motorista de ambulância voluntário no Exército da Itália. Após ser ferido, recebeu uma condecoração do governo italiano. Ao voltar para os Estados Unidos, trabalhou como repórter para jornais americanos e canadenses, e então voltou para a Europa, cobrindo eventos históricos como a Revolução Grega. Durante os anos 1920, tornou-se membro do grupo de expatriados americanos em Paris, que ele descreveu em seu primeiro livro, "O Sol Também se Levanta" (1926). Ernest Hemingway recebeu o Prêmio Pulitzer em 1953 e foi agraciado com o Nobel de Literatura em 1954. Faleceu em 1961. Garanta o seu exemplar de "Morte ao Entardecer", escrito por Ernest Hemingway, neste link. 




Conheça também
"Como Chegamos a Paris e Outras Narrativas" é um vislumbre pessoal da vida do escritor, jornalista, correspondente de guerra e aventureiro Ernest Hemingway, desde as experiências na Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial até sua paixão pelas touradas e o primeiro safári na África. Traduzido para 14 idiomas, o livro tem texto de orelha de Edney Silvestre. Compre o livro "Como Chegamos a Paris e Outras Narrativas", de Ernest Hemingway, neste link.

.: "O Fabuloso e Triste Destino de Ivan & Ivana", o novo livro de Maryse Condé


Em "O Fabuloso e Triste Destino de Ivan & Ivana", lançado pela editora Rosa dos Tempos, a escritora Maryse Condé narra a história de gêmeos unidos por uma força inexplicável e um amor único. A edição brasileira foi traduzida pela escritora Natalia Borges Polesso, vencedora do Prêmio Jabuti, e conta ainda com prefácio da filósofa e feminista negra Djamila Ribeiro. Em 2018, Maryse Condé recebeu o Prêmio New Academy de Literatura, láurea criada como alternativa ao Prêmio Nobel, suspenso naquele ano após denúncias de violência sexual envolvendo integrantes da instituição,

Autora de mais de 20 livros, a premiada escritora guadalupense Maryse Condé traz como protagonistas dois irmãos gêmeos tão parecidos, que um olhar desavisado é capaz de confundi-los. Inseparáveis desde quando nasceram, em Dos d’Âne, um vilarejo pobre em Guadalupe, filhos de mãe solteira, eles desfrutam das delícias do mundo nos primeiros anos de vida: o mar, a areia, a música e os carinhos.

Ivana logo se revela doce e servil - sonha em ser enfermeira ou policial para ajudar as pessoas. Ivan, por outro lado, se revolta com a condição em que vê a si e aos seus - a miséria e o racismo lhe ferem fundo, e ele não consegue compreender por que o mundo é assim. Apesar da distância que se cria entre eles, o amor dos irmãos é tão forte que assusta e chega até mesmo a levantar suspeitas.

Os dois viajam para a África, onde mora o pai, um músico que nunca haviam conhecido. De Guadalupe para o Mali, a vida dos gêmeos se transforma. E ainda há nova mudança de país (e continente) para viverem. Maryse Condé trata com lirismo temas como racismo, sexismo, desigualdades sociais e econômicas, migração e terrorismo jihadista. O caos contemporâneo emerge entre dúvida, fé, violência e amor. Compre o livro "O Fabuloso e Triste Destino de Ivan & Ivana", de Maryse Condé, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Este universo ficcional prodigioso de Maryse Condé está fundado em um radical e criativo desprezo aos vínculos geográficos, religiosos, históricos, raciais e de gênero. Conforme acompanhamos os gêmeos em sua jornada fatal do Caribe à África e à Europa, aprendemos sobre amor, felicidade, calamidade e, por fim, sobre a sobrevivência da esperança.” - Angela Davis

“Nunca li algo tão forte e cheio de paixão, tão terno e brutal. Maryse Condé é uma das melhores escritoras do mundo.” - Junot Díaz, autor de "A Fantástica vida breve de Oscar Wao"


“Com essa história de um jovem de Guadalupe que se vê persuadido pelo chamado da jihad, Condé escreveu um dos mais romances mais impressionantes dos últimos anos, que, sem dúvida, ressoa sobre os problemas de nosso tempo.” - Le Monde


“Maryse Condé tem o dom de contar histórias com uma fé inabalável em seus personagens e com um senso de humor mordaz.” - The New York Times


Sobre a autora
Maryse Condé
(Guadalupe, 1934) é professora emérita de francês e filologia românica nas universidades de Columbia e Harvard. É autora de mais de 20 livros de diversos gêneros literários. Em 2018, recebeu o Prêmio New Academy de Literatura, láurea criada como alternativa ao Prêmio Nobel, suspenso naquele ano após denúncias de violência sexual envolvendo integrantes da instituição. Em 2021, foi agraciada com o Cino del Duca, principal premiação francesa destinada a reconhecer os maiores responsáveis pela divulgação de ideias humanistas. No Brasil, a Rosa dos Tempos publica também seus romances "Eu, Tituba: bruxa Negra de Salem" e "O Evangelho do Novo Mundo". Garanta o seu exemplar de "O Fabuloso e Triste Destino de Ivan & Ivana", escrito por Maryse Condé, neste link.

.: "Gagarin Way", de Gregogy Burke, estreia no Teatro Cacilda Becker


Com 
Flavio Tolezani, Rafael Losso, Fernando Nitsch e Laerte Mello estreiam curta temporada, peça teatral volta ao cartaz no Teatro Cacilda Becker de 9 a 25 de fevereiro, sextas e sábados, às 21h00, e aos domingos, às 19h00. Foto: Caio Oviedo

Aclamado no Festival Fringe de Edimburgo em 2001, ano em que foi escrita pelo dramaturgo escocês Gregory Burke, o espetáculo "Gagarin Way (Mind the Gap)" estreia a segunda e curta temporada nesta sexta-feira, dia 9 de fevereiro, no Teatro Cacilda Becker, em montagem dirigida por Marco Antonio Rodrigues. A temporada de estreia foi em junho de 2023, na SP Escola de Teatro. Agora, Flavio Tolezani, Rafael Losso e Marco Antonio Rodrigues se juntaram aos atores Fernando Nitsch e Laerte Mello e mais uma equipe de profissionais para levar ao palco a explosiva trama de quatro personagens que se encontram no vão entre a opressão e a violência.

Ambientada nas fábricas de West Fife, Gary, um operário cansado e deprimido e com ideais socialistas decide sequestrar um executivo do alto escalão chamado Frank (Laerte Mello) com a ajuda de seu amigo Eddie. A dupla leva o industrial para a fábrica de computadores, onde se passa a trama, vigiada pelo segurança Tom, jovem recém-formado em Ciências Sociais e Política que acredita num possível acordo entre capitalismo e socialismo.

A iniciativa de montar Burke se configurou no ano passado em uma pesquisa de Losso, Tolezani e Marco Antonio Rodrigues, desenvolvida na SP Escola de Teatro em uma residência artística, que tinha no alicerce reflexivo a questão “O que é um ser humano no Brasil atualmente?” a partir da presente polarização política mundial.

Gregory Burke aprofundou em "Gagarin Way" a investigação das causas proletárias em meio às representatividades da esquerda na política frente à ascensão da extrema direita dominada pelo capitalismo em desmantelamento.


Sinopse do espetáculo "Gagarin Way (Mind the Gap)"
O espetáculo reflete causas políticas com humor ácido com ênfase nas desigualdades sociais. Gary é um operário deprimido e esgotado, pai de três filhos, imerso em um casamento fracassado. Seus ideais socialistas o levam a se manifestar de forma decisiva ao sequestrar um executivo do alto escalão como forma de manifesto.

Eddie, seu amigo e parceiro no sequestro, é um niilista prestes  a eclodir. O outro personagem é Tom, um jovem mais sonhador, recém-formado em Sociologia e Política, que acredita poder conciliar capitalismo e socialismo e que trabalha como segurança na fábrica de computadores que serve de cativeiro na ação. “A escolha do texto dialoga com a falta de perspectiva política que vivemos recentemente e com os embates provocados nas divergências de classe”, diz Marco Antonio.


Gregory Burke
Nasceu em Dumferline, na Escócia, em 1968. Depois da Universidade, Gregory Burke "realizou uma série de trabalhos dentro da economia de salário mínimo". Em 1998, sem conhecer ninguém no meio teatral, enviou para o Traverse Theatre de Edimburgo a peça "Rua Gagarin", que viria a ser um dos maiores sucessos de sempre do Festival de Edimburgo, com encenação de John Tiffany em 2001. Seguiu-se-lhe "The Straits", que John Tiffany também dirigiu e que se baseia na juventude do autor em Gibraltar durante a Guerra das Malvinas. Em 2006, obteve novo triunfo em Edimburgo com Black Watch, escrita para o National Theatre of Scotland, e dirigida mais uma vez por John Tiffany, tendo sido representada no Reino Unido, Los Angeles e Nova Iorque. As suas peças estão traduzidas para francês, italiano, russo, alemão, espanhol. Outras peças do autor: "The Chain Play", "Debt", "Liar", "On Tour", "The Party", "Occy Eyes", "Unsecured" e "Shellshocked".


Ficha técnica
Espetáculo "Gagarin Way (Mind the Gap)". Texto: Gregory Burke. Tradução: Rodrigo Haddad. Direção: Marco Antônio Rodrigues. Assistente de direção: Marcella Vicentini. Elenco: Fernando Nitsch, Flavio Tolezani, Laerte Mello e Rafael Losso. Cenografia: Márcio Medina. Cenotécnico: Ciro Schu. Aderecista: Walkir Pedroso. Direção de vídeo e designer visual: Zeca Rodrigues. Operação de vídeo: Allysson Lemes. Assistente de operação de vídeo: Aline Almeida. Desenho de luz: Gabriele Souza. Operação de luz: Cleber Eli. Contrarregragem: Lua Nucci. Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro - Ofício das Letras. Fotografias: Caio Oviedo.
 

Serviço
Espetáculo "Gagarin Way (Mind the Gap)". Estreia nesta sexta-feira, dia 9 de fevereiro, às 21h00. Temporada de 9 a 25 de fevereiro. Sexta e sábado, às 21h00, e aos domingos, às 19h00. 100 minutos. 16 anos. 198 lugares. Local: Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa/São Paulo. Ingressos: R$ 30,00.

.: “Pérolas Negras - Um Tributo a Luiz Melodia" homenageia 50 anos de álbum


Lorena Calabria, em janeiro de 2024.

A produção musical é de Mahmundi, que se junta às vozes de Anelis Assumpção, Criolo, Liniker, Mart'nália, Sandra Sá e Zezé Motta em releituras de seis faixas. Ouça e baixe aqui: umusicplay.lnk.to/PerolasNegras

Luiz Melodia tinha apenas 22 anos quando, em junho de 1973, lançou "Pérola Negra" - estreia fonográfica das mais prodigiosas da música brasileira. Protagonizado pelo jovem cantor e compositor, o álbum reunia dez faixas, das quais duas já haviam sido gravadas por intérpretes consagradas. Eternizada por Gal Costa em “Fa-tal - Gal a Todo Vapor”, show e disco de 1971, "Pérola Negra" surgia também na voz de Ângela Maria, em 1972. 

No mesmo ano, Maria Bethânia registrava "Estácio, Holly Estácio" no álbum "Drama". Além dessas, o disco apresentava outras tantas canções que, posteriormente, figurariam com destaque em sua obra, como "Estácio, Eu e Você", "Vale Quanto Pesa", "Pra Aquietar", "Magrelinha" e "Farrapo Humano".

Musicalmente, o repertório surpreendia pela fusão de gêneros, ao transitar com propriedade pelo choro, samba, bolero, blues, rock, forró, soul, jazz - hibridismo incomum para um artista criado no bairro do Estácio, reduto seminal do samba carioca. Nas letras, o poeta do morro de São Carlos exibia estilo único de compor. Com prosódia particular, articulava versos dilacerantes em um caleidoscópico jogo de palavras. Dotado de extensão vocal, divisão rítmica, timbre singular, Luiz Melodia tingia seu canto de matizes improváveis. Fosse trágico ou terno, irradiava intensidade. 

Por todos esses aspectos, o álbum "Pérola Negra" marcou com ineditismo e ousadia o cenário musical da década de 70. Se cabia ao artista desfrutar da liberdade criativa exortada pelo Tropicalismo, também havia de lidar com a censura imposta pelo regime ditatorial. O disco de estreia de Melodia não passou ileso, tendo versos deliberadamente cortados e duas faixas excluídas, o que determinou a sua curta duração - menos de 28 minutos. Embora não tenha sido um sucesso comercial na época do lançamento, o tempo se encarregou de colocá-lo no topo. Presença constante nas listas de melhores discos brasileiros, os anos só confirmaram a relevância de "Pérola Negra".

Com o intuito de celebrar o cinquentenário do álbum, a Universal Music lança "Pérolas Negras - Um Tributo a Luiz Melodia", projeto concebido pela companhia, que fez no dia 6 de fevereiro o lançamento do EP e dos singles avulsos, com adesão de Jane Reis, viúva do artista que nos deixou precocemente aos 66 anos, em 2017. "Participei desde o começo, conversando muito sobre repertório, artistas, e todas as escolhas. É bonito ver pessoas especiais cantando, compreendendo, com tanta propriedade e com a clareza que permeia o trabalho. A vida é isso: um colaborando com o outro e deixando a marca. Falando da força e da dificuldade de ser. Foi muito difícil, mas muito proveitoso pra ele - e como vemos, pra todos", reflete Jane. "Espero que tenhamos mais, porque o Luiz tem muito a ser mostrado".

O tributo começou a tomar forma ainda em 2023 com a entrada de Mahmundi, convidada a assumir a direção e produção musical. "Luiz Melodia é uma preciosidade, sinônimo de beleza, riqueza, poder. Achei chiquérrimo o projeto", diz a compositora, cantora e multi-instrumentista carioca. "Por estar diante de um álbum emblemático, sabia da responsabilidade de realizar novas versões e com artistas que a gente ama", referindo-se ao time de intérpretes formado por Anelis Assumpção, Criolo, Liniker, Mart'nália, Sandra Sá e Zezé Motta, além da própria Mahmundi.

O elenco carrega afinidades e conexões variadas com o álbum e com o homenageado. "Ouvi o disco em 2000, em uma festa de rua no Grajaú (bairro paulistano). 'Pérola Negra' é incrível, com músicos incríveis, e ele, Luiz Melodia, deixando tudo mágico", rememora Criolo. Na lembrança de Mahmundi, vem a música que ouvia nas ruas de Marechal Hermes. "Fui ouvir o álbum tempos depois. O repertório é todo lindo, muito profundo, e tem uma coisa do Rio de Janeiro ali, em cada canção". Mart'nália conta que conheceu o disco quando era adolescente. "Minha mãe gostava muito dele e tive contato assim que lançou. Lembro de ter ficado comovida pela força e limpeza da voz do Melodia". 

Liniker ressalta que Luiz Melodia teve um impacto na sua família, não só pelas canções. "Por sua elegância, ele chegava nesse lugar em que o preto no Brasil não era vinculado, de ser chique, bem vestido". Anelis Assumpção revela que "Pérola Negra" esteve presente desde a sua infância. "Esse disco entrou na minha vida muito cedo por conta do meu pai (Itamar Assumpção), que tinha uma ligação íntima com o Melodia. Dois gigantes da música brasileira, geniais e marginalizados". Também próximas de Luiz Melodia, Sandra de Sá e, mais ainda, Zezé Motta já haviam gravado composições do amigo.

Na concepção musical do tributo, Mahmundi contou com um "fiel escudeiro" na coprodução: o músico e compositor Josefe. As seis faixas selecionadas receberam  instrumentação enxuta e arranjos que, embora distantes do registro feito em 1973, preservam a essência de cada canção. Mahmundi e Josefe arregimentaram músicos que pudessem contribuir com essa proposta. "A gente montou um time de pessoas que entendem a linguagem brasileira de violão e percussão. Daí eu trouxe o Webster Santos, violonista que costura o projeto inteiro, já que o violão está em quase todas as faixas. Na percussão, chegamos no Kabé Pinheiro. No piano, tem o Samuel Silva. E partiu muito do Josefe a ideia do Ivan Sacerdote com o clarinete em uma única faixa, 'Pérola Negra'", conta Mahmundi. 

Ela e Josefe também colaboraram como instrumentistas, entre piano, sintetizador e baixo synth. "Queria imprimir um pouco do álbum original, trazer essa lucidez, até para que os artistas pudessem vestir a roupa da canção e interpretar do jeito deles", completa a diretora, que fez questão de ambientar o estúdio com uma seleção de vídeos do Luiz Melodia. As seis faixas ganharam registro audiovisual, gerando um documentário a ser lançado em breve.

É Criolo quem inicia o tributo, cantando a faixa-título, "Pérola Negra". Em tom intimista, ele mergulha no blues e flutua nas incertezas da letra que diz "Baby, te amo, nem sei se te amo". Para o cantor, a gravação foi "muito serena". "Coloquei voz valendo, no mesmo set de filmagem. O contexto de estar com aquela equipe foi muito especial, ver meu povo lindo produzindo coisas lindas".

Mart’nália vem a seguir com "Estácio, Eu e Você", brejeira como ela só. Bem à vontade nesse samba-choro, parece imbuída da mesma emoção que atravessava os encontros com Melodia. "Foram todos marcantes, com muita resenha. Ríamos e nos abraçávamos muito, papo de vascaínos", recorda a cantora, sorrindo.

O bairro onde o poeta cresceu também é cenário de outra canção, "Estácio, Holly Estácio", aqui abraçada pela voz de Mahmundi. "Melodia tem uma sutileza ao falar dos sentimentos do coração, 'fico manso, amanso a dor, holiday é um dia de paz, solto o ódio, mato o amor', essa letra é linda", sublinha. A intenção era vestir a faixa de latinidade. "Quis fazer um bolerinho brasileiro, e como eu cresci! Josefe me ajudou bastante a achar o modo de contar essa história"

"Pra Aquietar" deixa o rock da gravação original e cai no suingue com Sandra de Sá na levada do samba. É nessa letra que Luiz Melodia foi censurado e, por pirraça, inventou versos como "não posso pra lá paraguaio para". Sandra também improvisa e sugere "desligar o segurador de onda e curtir", e ainda finaliza com versos de "Juventude Transviada".

O dueto de Anelis Assumpção e Zezé Motta traz à tona a pungente emoção de "Magrelinha". Marcada pelo piano de Samuel Silva, a faixa caminha num crescente que culmina com as duas vozes entrelaçadas. "Conheci 'Magrelinha' antes de conhecer o disco. Eu era muito magra, meu pai (Itamar Assumpção) cantava essa música e dizia que fez pra mim. Só depois descobri que era do Melodia e virou uma piada familiar", conta Anelis. Gravada por Zezé Motta em seu álbum de estreia, em 1978, a canção é definida por ela como "grandiosa".

Coube a Liniker legitimar o acento soul de "Vale Quanto Pesa". A sexta e última faixa do tributo ainda vagueia pelo blues e bolero. "Sou forte feito cobra coral / semente brota em qualquer local / um velho novo cartão postal", diz a letra. A cantora se reconhece na poesia de Luiz Melodia: "Ele pode ser muito direto e, ao mesmo tempo, é um cara que sempre construiu imagens em tudo que escreveu".

Modernidade e tradição. A combinação, lapidada por Luiz Melodia de forma magistral em seu disco de estreia também pauta as seis faixas que compõem esta homenagem. Cinquenta anos depois, as releituras de “Pérolas Negras – Um Tributo a Luiz Melodia” estão prontas para fazer morada. No coração. No coração do Brasil.

Especial de TV
Os fãs de Luiz Melodia ainda terão a oportunidade de assistir ao especial de TV “Pérolas Negras – Um Tributo a Luiz Melodia”, que será apresentado no Canal BIS nesta quinta-feira, dia 8 de fevereiro, às 22h00, e no Multishow, neste sábado, dia 10de fevereiro, às 14h30.

“Estamos muito orgulhosos com o resultado desse projeto lindo. As novas gerações ganham uma oportunidade imperdível de conhecer  as canções do inesquecível Luiz Melodia, em jovens e talentosas vozes”, diz Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.

.: Museu da Língua Portuguesa apresenta a instalação "Karaokê Infinito"


Instalação ocupa o centro do Saguão B e permite que o público cante e brinque com músicas do cancioneiro brasileiro gratuitamente. Foto: José Mota


O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresenta o "Karaokê Infinito", que ocupa o Saguão B. Em diálogo com a exposição temporária "Essa Nossa Canção", a instalação permite que o público cante e brinque com músicas do cancioneiro brasileiro, de terça a sábado, das 10h às 17h. Não precisa pagar nada: é só chegar, pegar o microfone e soltar a voz.  

No Museu, o "Karaokê Infinito" está montado em um ambiente lúdico, luminoso e colorido, onde o público pode cantar e se divertir com músicas famosas e populares do país, e ainda fazer fotos para as redes sociais. O 'Karaokê Infinito" é uma criação da artista visual gaúcha Manuela Eichner, cujos trabalhos buscam ocupar e transformar os espaços de arte por meio de práticas imersivas, ultrapassando os limites dos suportes e promovendo uma experiência coletiva. Ao longo de sua trajetória, ela já participou de programas artísticos em diversas cidades, como o Arte Pará em Belém, o ZK/U em Berlim e o AnnexB em Nova Iorque. 

A instalação dialoga com a exposição temporária Essa nossa canção, que aborda a diversidade da língua portuguesa falada no Brasil através de músicas de diversos gêneros, como piseiro, funk, axé music, forró, samba e bossa nova, entre outros, de artistas que vão de Lia de Itamaracá a MC Marcelly e Mano Brown, em experiências imersivas e audiovisuais. No Karaokê Infinito, inclusive, muitas das faixas presentes na mostra, como Garota de Ipanema (Tom Jobim/Vinicius de Moraes) e Flor e o Beija-Flor (Marília Mendonça/Juliano Tchula), podem ser escolhidas para serem cantadas.  

Com curadoria de Hermano Vianna e Carlos Nader, consultoria de José Miguel Wisnik e curadoria especial de Isa Grinspum Ferraz, "Essa Nossa Canção" conta com o patrocínio máster da CCR, patrocínio do Grupo Globo, e com o apoio do BNY Mellon e do Itaú Unibanco - todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A exposição ficará em cartaz até o fim de março.  


Sobre o Museu da Língua Portuguesa 
Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.  

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

Patrocínios e parcerias
A Temporada 2024 conta com patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale e da John Deere Brasil; com apoio do Itaú Unibanco, e do Grupo Ultra. Conta ainda com as empresas parceiras: Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer, Verde Asset Management e Paramount Têxteis. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são seus parceiros de mídia. A EDP é patrocinadora máster da reconstrução do Museu. A reconstrução do Museu e a Temporada 2024 são uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. 



Serviço 

Instalação "Karaokê Infinito". Desde 3 de fevereiro, de terça a sábado, das 10h00 às 17h00. No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa. Grátis.

Mostra temporária "Essa Nossa Canção". De terça a domingo, das 9h00 às 16h30 (com permanência até as 18h00), No dia 14 de fevereiro (Quarta-Feira de Cinzas), das 12h00 às 16h30 (com permanência até as 18h00). R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (meia). Grátis para crianças até sete anos. Grátis aos sábados. Acesso pelo Portão A. Venda de ingressos na bilheteria e pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/68203.  

Museu da Língua Portuguesa. Praça da Língua, s/nº - Luz / São Paulo.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

.: "Pobres Criaturas" traz Edward Mãos de Tesoura de saias que ama transar

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em fevereiro de 2024


O longa de ficção científica que soma 11 indicações ao Oscar 2024, incluindo na categoria "Melhor Filme", "Pobres Criaturas", em cartaz nas telonas Cineflix Cinemas de Santos, entrega belíssima estética em lindo colorido, quando não são cenas em preto em branco, para uma trama um tanto que envolvente. O longa dirigido por Yorgos Lanthimos  ("A Favorita") é dinâmico ao apresentar a história da criatura do brilhante e pouco ortodoxo cientista Dr. Godwin Baxter (William Dafoe, "Homem-Aranha", "Anti-Cristo"), Bella Baxter (Emma Stone, "A Mentira", "Zumbilândia").

O homem com a face repleta de marcas vive numa mansão cercado de seres que fazem jus ao nome do filme, como por exemplo, um pato com cabeça de cachorro. Contudo, a criação que mais dá orgulho a esse "pai" da criação é Bella Baxter que carrega no corpo de uma mulher a mente de um bebê. Assim, ela cresce e evolui rapidamente. Logo deixa de arremessar coisas ao longe, aprende a falar e passa a conhecer o próprio corpo.

Com o doutor Baxter tendo um ajudante, Max McCandles (Ramy Youssef), para acompanhar tal experimento, surge a proposta de os dois se casarem de papel passado. É justamente nesta parte do enredo em que entra em ação o vilão sabido e cômico, o advogado Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo, "E se Fosse Verdade", "De Repente 30", "Os Vingadores"). Querendo conhecer o mundo, Bella coloca seu plano em prática e as cenas são de encher os olhos a cada lugar do continente que a criatura chega para desbravar.

fantástica evolução da jovem ressuscitada, que assume ser completamente livre dos preconceitos de sua época, cobra igualdade e libertação de gênero e entrega uma versão de saias do clássico personagem Edward Mãos de Tesoura que ama fazer sexo, sozinha, com um homem ou com uma mulher. O roteiro de Tony McNamara ("A Favorita") é divertido, mas lança reflexões a respeito da figura feminina na sociedade. E, por vezes, chega a estabelecer certa conexão com o maravilhoso filme adaptado "O Curioso Caso de Benjamin Button", enquanto no atual, há uma mulher formada com a mente em  formação de uma criança. Vale muito a pena conferir nos cinemas!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

"Pobres Criaturas" ("Poor Things"). Ingressos on-line neste linkGênero: ficção científicaClassificação: 18 anos. Duração: 2h21. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Walt Disney Pictures. Direção: Yorgos Lanthimos. Roteiro: Tony McNamara. Elenco: Emma Stone, Willem Dafoe, Mark Ruffalo, Christopher AbbottSinopse: A fantástica evolução de Bella Baxter, uma jovem que é trazida de volta à vida pelo brilhante e pouco ortodoxo cientista Dr. Godwin Baxter. Querendo ver mais do mundo, ela foge com um advogado e viaja pelos continentes. Livre dos preconceitos de sua época, Bella exige igualdade e libertação.

Trailer de "Pobres Criaturas"

Leia+

.: Crítica: "Assassinos da Lua das Flores" transborda na telona e vai levar Oscar

.: Crítica: "Barbie" é esteticamente lindo, mas perde a magia até o desfecho

.: Crítica: "Os Rejeitados" é excelente comédia dramática sobre as relações

.: Crítica "Oppenheimer" é filmaço que trabalha visual e sonoplastia com louvor

.: Crítica: "Maestro", história de Leonard Bernstein pela ótica do amor

.: Crítica: "Napoleão" de Ridley Scott é romance baseado em fatos históricos

.: Resenha crítica: "Elementos" reforça que juntos somos mais

.: Crítica: "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" é arte na telona Cineflix

.: Crítica: "Missão Impossível 7: Acerto de Contas - Parte Um" é showzaço

.: Crítica: "Resistência" entrega futuro caótico e esperança numa criança

.: Crítica: "Golda: A Mulher de Uma Nação" é aula em cinebiografia

.: Lista para a premiação do cinema: e os indicados ao Oscar 2024 foram...



← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.