domingo, 4 de fevereiro de 2024

.: Cantor e compositor Criolo faz o show "Samba Só" no Teatro Porto


O show é um projeto especial e intimista que reúne ao vivo os sambas autorais do artista, além de versões de clássicos imortais de sambistas que admira e acompanha desde o início da vida e carreira musical. Foto: Helder Fruteira


O cantor e compositor Criolo sobe ao palco do Teatro Porto para apresentar o show "Samba Só", totalmente dedicado ao gênero, no dia 23 de fevereiro, sexta-feira, às 20h00. O show é um projeto especial e intimista que reúne ao vivo os sambas autorais do artista, além de versões de clássicos imortais de sambistas que admira e acompanha desde o início da vida e carreira musical. No setlist, canções como "Menino Mimado", "Espiral de Ilusão", "Fermento pra Massa" e muito mais.

"Sempre tive um carinho muito grande por samba. Música é muito forte e samba é algo muito especial pra nós, pra todo nosso povo, pra nossa cidade, pra minha família. Muita coisa me visitou e desaguou em forma de samba sem que eu pedisse. As músicas começaram a ser um martelo e um formão, que visita a carne e o coração”, explicou Criolo sobre sua relação com o ritmo quando do lançamento do disco e show "Espiral de Ilusão", em 2017, somente com sambas autorais.

Pelo álbum, Criolo foi contemplado como melhor cantor de samba pelo Prêmio de Música Brasileira em 2018, que também teve o disco como finalista. Além de sua proximidade com o "Pagode da 27", Criolo já se apresentou ao vivo e se envolveu em projetos com gigantes do samba como Nelson Sargento, Monarco e Paulinho da Viola.

Em "Samba Só", Criolo é acompanhado por Ricardo Rabelo (cavaco), Gian Correa (violão 7 cordas) e Ed Trombone (trombone e percussão). Ingressos à venda pela Sympla. Clientes do Porto Seguro Bank mais acompanhante têm 50% de desconto, e clientes Porto mais um acompanhante têm 30% de desconto. O Teatro Porto oferece a seus clientes uma van gratuita partindo da Estação da Luz em direção ao prédio do teatro. O local de partida é na saída da estação, na Rua José Paulino/Praça da Luz. No trajeto de volta, a circulação é de até 30 minutos após o término da apresentação. E possui estacionamento gratuito para clientes do teatro.

Serviço
Show "Criolo Samba Só". Dia 23 de fevereiro, sexta-feira, às 20h00. Ingressos: R$ 120,00 plateia / R$ 90,00 balcão e frisas. Classificação: livre. Duração: 60 minutos. Teatro Porto. Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos / São Paulo. Telefone (11) 3366-8700. Bilheteria: aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração. Clientes Porto Seguro Bank mais acompanhante têm 50% de desconto. Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto. Vendas: www.sympla.com.br/teatroporto. Capacidade: 508 lugares. Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners). Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos. Estacionamento no local: gratuito para clientes do Teatro Porto.

.: "Bob Marley: one Love" terá álbum com covers de músicas do artista


Para celebrar o lançamento do novo longa da Paramount Pictures, “Bob Marley: one Love”, em cartaz na Rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, a Tuff Gong e a Island Records vão disponibilizar um álbum com covers de grandes artistas interpretando músicas da lenda do reggae a partir de 14 de fevereiro. Daniel Caesar, Kacey Musgraves, Wizkid, Leon Bridges, Jessie Reyez, Bloody Civilian e Skip Marley, neto do cantor, foram os músicos escolhidos para participar desse projeto que contou com curadoria da família Marley.  Ao todo, sete músicas compõem o álbum “Bob Marley: One Love (Music Inspired by the Film)”, entre elas, as clássicas “Three Little Birds”, “Redemption Song” e “Is This Love”. 

“A missão é sempre espelhar a música do meu pai em todos os cantos da Terra e nós tivemos muito cuidado na escolha dos artistas que foram selecionados”, conta Cedella Marley, filha de Bob. “Poder recriar as suas músicas ao mesmo tempo em que mostramos sua história para o mundo através desse filme é algo que minha família e eu estamos extremamente orgulhosos em fazer parte”

“Bob Marley: one Love” celebra a vida e a música de um ícone que inspirou gerações por meio de sua mensagem de amor e união. Na tela dos cinemas pela primeira vez, o público vai descobrir a poderosa história de superação e a jornada por trás de sua música revolucionária. Dirigido por Reinaldo Marcus Green (King Richards: Criando Campeãs), o filme é estrelado por Kingsley Ben-Adir e Lashana Lynch. James Norton, Tosin Cole, Umi Myers e  Anthony Welsh também integram o elenco. O filme chega aos cinemas brasileiros em 12 de fevereiro. Filme com acessibilidade disponível através do aplicativo GRETA.


“Bob Marley: One Love” (Music Inspired by the Film) - Lista de músicas:

Bloody Civilian - “Natural Mystic”

Skip Marley - "Exodus"

Daniel Caesar - “Waiting in Vain”

Kacey Musgraves - “Three Little Birds”

Wizkid - “One Love”

Jessie Reyez - “Is This Love”

Leon Bridges - “Redemption Song”


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como “Bob Marley: one Love” são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

.: Crítica: "Matilda - O Musical" é uma festa em que se sobressaem os adultos


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Do universo mágico de Roald Dahl, chega ao fim neste final de semana a temporada de sucesso de "Matilda - O Musical", em cartaz no Teatro Claro Mais SP - com apresentações somente neste sábado e domingo. O espetáculo é uma grande festa protagonizado por três artistas promissoras Luísa Moribe, Belle Rodrigues, Mafê Diniz e Maria Volpe. As quatro, no jeito de interpretar e conduzir a personagem, dão toques pessoais à Matilda tornando a personagem ainda mais peculiar. No dia da apresentação que assistimos, a Matilda era Luísa Moribe, que, além de talento e carisma, também entrega um toque todo especial de doçura à emblemática personagem. 

Ao falar sobre a história de uma garota rejeitada pela família que se liberta a partir do poder das palavras, o espetáculo, além de exaltar a figura e a importância do papel do professor e da educação na vida daqueles que estão iniciando a vida, é também uma ode ao poder da inspiração, quando pessoas que passam em nossas vidas em momentos decisivos. "Matilda - O Musical" é uma festa infantil em que se sobressaem os adultos.

Isso não quer dizer que todo o elenco coadjuvante infantil não esteja impecável, está, mas são os atores adultos que se sobressaem nos papéis mais desafiadores de suas vidas. É o caso de Cleto Baccic, acostumado a colecionar papéis que não se repetem, como Dom Quixote, em "O Homem de La Mancha", Willy Wonka, em "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate" e  Juan Péron, em "Evita Open Air". Ele passa por uma verdadeira transformação e surge irreconhecível ao interpretar a diretora da escola onde Matilda estuda, Agatha Trunchbull, uma personagem cheia de nuances. 

A personagem de Baccic transborda acidez pelo mundo e, entre as curiosidades dessa papel, apesar de ser uma mulher, ela foi escrita para ser interpretada no teatro por um ator. Essa interpretação dá mais uma vez a oportunidade de ver Baccic em mais um ponto alto da carreira e também de fazer com que o público se deleite diante de uma grande interpretação. 

A mágica também se faz com Myra Ruiz, que volta a se destacar no teatro e investe na comédia. Desta vez, ao interpretar o papel mais colorido da carreira: a senhora Wormwood, uma perua carismática - mesmo para alguém que já foi totalmente verde, como a Elphaba, de "Wicked". O magnetismo da atriz faz com que ela atraia todas as atenções quando está no palco. É um papel para grandes intérpretes: mãe desnaturada, egocêntrica e histriônica, a personagem leva a atriz a protagonizar os melhores momentos do espetáculo. Além disso, a personagem cai como uma luva para alguém que tem a versatilidade de já ter sido no teatro a dramática Eva Perón de "Evita Open Air" - uma oportunidade de enveredar por caminhos ainda não tão conhecidos pelo grande público. A entrega da atriz é tanta que a construção da personagem está até nas sutilezas, como nas frases com erros propositais de concordância muito discretos que tornam a personagem ainda mais coerente e a atriz, embora belíssima no palco, ainda mais despida de vaidade.

Ingrid Marques, ensemble na apresentação que assistimos, brilhou como a senhorita Honey. Ela esbanja sensibilidade, carisma, meiguice e afinação. Foram dela as cenas mais ternas e inspiradoras de "Matilda". Originalmente, a personagem é interpretada por Fabi Bang, que viveu nos musicais a Glinda, de "Wicked" e a Ariel, de "A Pequena Sereia". 

Fabrizio Gorziza, defendendo o papel de Sr. Wormwood, volta a surpreender em um papel totalmente diferente do anterior, quando interpretava o personagem-título de "O Guarda-costas - O Musical". Extremamente talentoso e versátil, ele vem se consolidando no teatro e colocando a sua assinatura ao interpretar papéis cada vez mais desafiadores. Se em "O Guarda-costas" ele convenceu o público de que não sabia cantar, em "Matilda - O Musical", ele solta o vozeirão e deixa o público arrebatado. "Matilda - O Musical" é para ficar na memória. Sorte a de quem teve a oportunidade de assistir a esses artistas no melhor momento de suas carreiras até agora.

Premiado espetáculo está em cartaz no Teatro Claro
Com um roteiro cativante e divertidíssimo, o aclamado musical segue até este domingo, dia 4 de fevereiro, no Teatro Claro Mais São Paulo, que fica no Shopping Vila Olímpia. A imperdível montagem brasileira traz ao palco um elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e uma estrutura de mais de 23 toneladas. Os ingressos custam a partir de R$19,80 e estão disponíveis em https://uhuu.com/v/teatroclarosp-257.

"Matilda - O Musical" coloca a pureza da criança, a paixão pela educação, pelos livros e pela criatividade, como forças para a superação. Nesta montagem inédita, a coreografia original é assinada por Peter Darling, o maior coreógrafo de teatro musical em atividade no mundo. O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura e Brasilprev e os ingressos podem ser adquiridos pelo site https://uhuu.com/v/teatroclarosp-257.

Ficha técnica
Espetáculo "Matilda - O Musical". Elenco adulto: Agatha Trunchbull (Cleto Baccic), Srta. Honey (Fabi Bang), Sra. Wormwood (Myra Ruiz), Sr. Wormwood (Fabrizio Gorziza), Sra. Phelps (Mari Rosinski), ensemble (Andreina Szoboszlai), ensemble  / A Acrobata (Gabriela Melo), ensemble  (Ingrid Marques), walking cover Senhora Wormwood (Larissa Grajauskas), ensemble (Alvinho de Pádua), ensemble / Doutor (Cezar Rocafi), ensemble / Michael (Guilherme Lopez), ensemble / Rudolpho (Leandro Naiss), ensemble / O Escapologista (Madson de Paula), ensemble / Sergei (Marco Azevedo), ensemble (Matheus Oliveira), kids swing (Julia Sanchis), swing (Ariel Venâncio), swing (Lucas Maia),  swing (Raphael Costa), swing (Thaiane Chuvas) e swing (Vinicius Cafer). Elenco infantil: Matilda: Luísa Moribe, Belle Rodrigues, Mafê Diniz ou Maria Volpe. Alice: Malu Brites, Madu Gonçalves ou Gabriella Pieri. Amanda: Lorrany Gomes, Clara Alvarazi ou Beatrice Rocha Mello. Bruce: Pedro Galvão, Gab Cardoso, Lorenzo Galli. Lavender: Helena Pizol, Mafê Beneduzzi e Livia Maria. Eric: Rodrigo Thomaz, Nico Takaki. Erica: Laura Pinheiro. Hortensia: Erin Borges, Bely Catanoze e Bia Lisboa. Nigel: Miguel Ryan, Levi Saraiva e Alejandro Ovando. Tommy: Pedro Henrique, Arthur Habert e Lorenzo Tironi. Texto: Dennis Kelly. Letras e músicas: Tim Minchin. Orquestração e músicas adicionais: Chris Nightingale. Direção geral: John Stefaniuk. Direção musical: Vânia Pajares. Coreografia: Peter Darling. Figurino: Ligia Rocha, Marco Pacheco & Jemima Tuany. Design de Luz: Rachel Mccutcheon. Design de Som: Gastón Briski. Design de mágica e ilusionismo: Skylar Fox. Design de maquiagem: Joe Dulude II. Design de perucas: Feliciano San Roman. Versão brasileira: Victor Mühlethaler. Diretora e coreógrafa residente: Anelita Gallo. Assistente de direção musical e preparadora vocal: Andréia Vitfer. Coreógrafo associado: Tom Hodgson. Assistente de coreografia: Danilo Santana. Designer de luz associado: Guilherme Paterno. Designer de som associado: Alejandro Zambrano. Company manager: Pia Calixto. Produtora executiva: Deborah Penafiel. Production stage manager: David Brenon. Diretor técnico internacional: Gary Beestone. Gerente de produção internacional: Andy Reader. Produtores: Vinícius Munhoz & Baccic.


Serviço
Espetáculo "Matilda - O Musical". Temporada até 4 de fevereiro de 2024. Teatro Claro SP - Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia/São Paulo. Capacidade: 754 pessoas. https://teatroclaromaissp.com.br/. Classificação: livre. Duração: 150 minutos e 15 minutos de intervalo. Sessões: quarta-feira, 20h00. Quinta-feira, 20h00. Sexta-feira, 20h00. Sábado, 15h00 e 20h00. Domingo, 15h00 e 20h00. Ingressos: de R$ 19,80 a R$ 400,00. Confira legislação vigente para meia-entrada. A programação do Teatro Claro mais SP conta com acessibilidade física e de conteúdo.


Canais oficiais de venda
Bilheteria on-line. Garanta seu ingresso em: www.matildamusicalbrasil.com e https://uhuu.com/v/teatroclarosp-257. Bilheteria física – sem taxa de conveniência. Bilheteria aberta das 10h às 22h de segunda a sábado e das 12h às 20h domingos e feriados. Local: Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia, São Paulo - SP, 04551-000 - 1 Piso - Acesso A. Telefone: (11) 3448-5061.

.: Osmar Prado e Maurício Machado em "O Veneno do Teatro" no Sesc Santana


Após hiato de dez anos, Osmar Prado retorna aos palcos, ao lado de Maurício Machado, em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa. A direção é de Eduardo Figueiredo, que assina inúmeros sucessos do teatro nacional. O texto já foi encenado em mais de 62 países em todo o mundo, o que traduz parte de seu sucesso, vitalidade e contemporaneidade. "O Veneno do Teatro" estreia dia 23 de fevereiro no Sesc Santana. Na imagem, Osmar Prado e Maurício Machado: duelo vibrante em cena. Foto: Priscila Prade


Depois de dez anos afastado dos palcos, Osmar Prado está de volta em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa. No palco divide a cena com o premiado ator Maurício Machado e direção de Eduardo Figueiredo (diretor de inúmeros sucessos de público e crítica no teatro nacional). Uma obra reconhecida e premiada em vários países, uma espécie de thriller, que trata de temas importantes e atuais. O texto propõe uma reflexão pertinente sobre a ética, estética, as máscaras das convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento tão latente em todos nós, dentro dos limites da realidade e da ficção.

O texto de Sirera já foi traduzido para o Inglês, Francês, Italiano, Eslovaco, Polonês, Grego, Português (de Portugal e do Brasil), Croata, Húngaro, Búlgaro, Japonês entre outros idiomas. Foi encenado em mais de 62 países (Espanha, Inglaterra, França, Venezuela, Polônia, Grécia, Porto Rico, Argentina, México, Estados Unidos e Japão, etc), e coleciona prêmios mundo afora. O que traduz parte de seu sucesso, vitalidade e contemporaneidade.

Sempre em cartaz em algum país desde então, recentemente reestreou na Espanha e Argentina, depois de ter excursionado por alguns países, com grande êxito de público e crítica. Em cena dois atores premiados, num vibrante duelo: O renomado ator Osmar Prado e o experiente Maurício Machado. O espetáculo escrito na década de setenta após ditadura de Franco no início do processo democrático na Espanha e se passa na França em 1784, pré revolução francesa, ressaltando o período neoclassicista. Em nossa nova versão brasileira, o espetáculo assume uma postura atemporal, inspirado na década de 20 em Paris.

"Es una obra interesante, un juego dialéctico sobre ser y representar. Es una fábula moral, un thriller en torno a lo que es el arte“, diz o autor. “Em um momento com tantas adversidades, onde o homem apresenta sérios sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Rodolf Sirera nos apresenta uma importante reflexão sobre civilidade, poder e até onde pode ir a crueldade do ser humano”, diz o diretor Eduardo Figueiredo. O espetáculo é todo pontuado com música ao vivo executado pelo violoncelista Matias Roque Fideles e tem direção musical de Guga Stroeter. Sua estreia está prevista para 23 de fevereiro no Sesc Santana em SP, com produção da manhas & manias projetos culturais que completou 27 anos em outubro de 2023.

No espetáculo, um ator é convidado pelo excêntrico Marquês para interpretar uma peça teatral de sua autoria (inspirada na morte de Sócrates). Um encontro entre o Marquês (Osmar Prado), um nobre aristocrata egocêntrico que, de forma surpreendente, passa a controlar através de um jogo psicológico o outro personagem o ator, Gabriel de Beaumont (Maurício Machado). Depois de muitas surpresas no decorrer do espetáculo, o Marquês revela-se um psicopata capaz de qualquer coisa para atingir seu objetivo.

Ficha técnica
Espetáculo "O Veneno do Teatro". Texto: Rodolf Sirera. Tradução: Hugo Coelho. Direção: Eduardo Figueiredo. Elenco: Osmar Prado e Maurício Machado. Músico: Matias Roque Fideles. Direção musical e trilha: Guga Stroeter. Assistente de direção musical e trilha: Pedro Pedrosa. Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro. Desenho de Luz: Paulo Denizot. Fotografias divulgação: Priscila Prade. Programação visual: Raquel Alvarenga. Assistente de direção: Gabriel Albuquerque. Camareira: Charlene Luisa Soares. Técnico de som: Henrique Berrocal. Contrarregra: Rodrigo Ribeiro. Técnico de luz: Lucas Barros de Andrade. Cenotécnico: Evandro Carretero. Produção executiva: Paulo Travassos. Assistente de produção: Renan Correia. Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação. Financeiro: Thaiss Vasconcellos. Leis de incentivo: Renata Vieira. Idealização e produção: manhas & manias projetos culturais.

Serviço
Espetáculo "O Veneno do Teatro". Texto: Rodolf Sirera. Tradução: Hugo Coelho. Direção: Eduardo Figueiredo. Elenco: Osmar Prado e Maurício Machado. Músico: Matias Roque Fideles. Direção musical e trilha: Guga Stroeter. Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro. Desenho de luz: Paulo Denizot. De 23 de fevereiro a 24 de março. Quinta, sexta e sábado, às 20h00. Domingo, às 18h00.  Sessões com audiodescrição: sexta-feira, dia 22 de março, às 15h00. Sábado, 23 de março, às 20h00.  Domingos, de 3 a 24 de março, às 18h00. Sessão gratuita para maiores de 60 anos: quinta-feira, 21 de março, às 15h00. Sesc Santana. Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Jd. São Paulo. Local: Teatro. 330 lugares. 14 anos. Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia) R$ 15,00 (credencial plena). Venda on-line: a partir de 6 de fevereiro, às 17h00. Central de relacionamento digital e App Credencial Sesc SP. Venda presencial: 7 de fevereiro, às 17h00. Em todas as unidades do Sesc SP. Duração: 70 minutos. Acesso para pessoas com deficiência. Estacionamento: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 a hora adicional desconto para credenciados. Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 19 vagas.

.: Selton Mello revela em livro: "Amo memes. Afasta a tristeza de mim"


Apesar de não compartilhar muito da vida pessoal nas redes sociais, Selton Mello costuma postar diversos memes, que geralmente acumulam comentários e curtidas de fãs, amigos e seguidores. Na autobiografia "Eu Me Lembro", ele revela ao ator Lázaro Ramos os motivos de oferecer um lado mais leve na internet: "Amo memes, amo essas bobagens. Afasta a tristeza de mim. Aliás, só tô nas redes sociais por causa dos memes. Funciona assim: se aquilo me divertiu, então deixa eu divertir os outros", ressaltou Selton.

"Todo mundo merece estar bem. A gente vive num mundo tão duro que acho que isso também é quase uma missão. Deixa eu espalhar um pouco de afeto, de coisa boa. Porque de desgraça, de coisa ruim, o mundo já está cheio. E, fazendo isso, parece que eu também tô jogando ao mar uma garrafa cheia de coisa legal... e isso volta", completou. Garanta o seu exemplar de "Eu Me Lembro", escrito por Selton Mello, neste link.

40 anos de carreira com livro apaixonante
Selton Mello celebra quatro décadas de carreira com o lançamento da biografia "Eu Me Lembro" cercado por memórias da família, dos amigos e da sua arte. A trajetória é narrada em primeira pessoa, em resposta a uma série de perguntas feitas por um time de 40 estrelas da TV, teatro, cinema e literatura, como Fernanda Montenegro, Lázaro Ramos, Zuenir Ventura, Marjorie Estiano, Jeferson Tenório e Fábio Assunção. Lançamento da Jambô Editora, o livro conta com três cadernos de fotografias, que retratam momentos distintos da vida do ator e somam mais de 70 fotos - um bônus à experiência de leitura.

Ao longo dos capítulos, Selton descortina os principais personagens que interpretou, dublou e dirigiu, revela bastidores de gravações, as técnicas usadas para compor seus trabalhos e detalha experiências inesquecíveis, como dirigir o ator Paulo José já debilitado pelo Parkinson no antológico filme "O Palhaço". As perguntas dos convidados abrem caminho para a intimidade que ele não costuma compartilhar publicamente.

Exemplo disso são as passagens sobre a relação do ator com a mãe, Selva, acometida pelo Alzheimer, e a comunicação mais espiritual mantida pelos dois desde o agravamento da doença. Esse vínculo funciona como a premissa do livro, pois lembrar, hoje, é essencial para manter as memórias da infância no interior de Minas Gerais, ou nos corredores da TV dos anos 1980. "Eu perdi a minha referência mais importante. Desde então, o meu exercício foi continuar fazendo pra ela, mesmo sabendo que ela não vai ver. Ela está aqui e não está. Então agora a minha mãe está dentro de mim".

Com um texto sensível e poético, Selton Mello dá voz aos desafios encarados ainda no começo da carreira, quando enfrentou o ostracismo após um sucesso meteórico e duvidou do próprio talento. Fala, também, sobre como cada um dos entrevistadores para o livro marcou sua trajetória. A biografia diverte, ensina e comove. Um mergulho profundo na alma de um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos.

Os questionamentos de grandes personalidades brasileiras ajudam a abrir a caixa de memórias. De perguntas como “O que te inspira na vida?” - Camila Pitanga, “Por que nunca se casou?” - Pedro Bial, “Com que tipo de ator você gosta de contracenar?” - Wagner Moura, “Atuar, dirigir e escrever. Você tinha esse sonho desde pequeno? - Larissa Manoela, e “Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou na carreira até hoje?” - Zezé Motta, nascem respostas emocionantes, engraçadas e surpreendentes. Em depoimentos tocantes, Matheus Nachtergaele e Fernanda Torres falam da conexão com Selton.

Para além de declarar seu amor à vida e à arte, ele se inspira em um grande sucesso ao dar o tom à narrativa. Em "Sessão de Terapia", série que dirige e atua, onde dúvidas e angústias são compartilhadas, o expectador se identifica com a busca por respostas. No livro, o autor analisa, com humor refinado e muita ternura, as etapas da carreira e os percalços de forma lúcida e terapêutica, abordando questões delicadas, como transtorno de imagem e depressão. Ele deixa o leitor à vontade para buscar nas entrelinhas um pouco mais sobre sua essência.

"Eu Me Lembro" se resume em uma conversa engraçada, tocante e muito humana sobre a trajetória do criador de personagens icônicos como o Chicó, de "O Auto da Compadecida", Leléu, de "Lisbela e o Prisioneiro", João Estrela, de "Meu Nome Não É Johnny" e Benjamin, de "O Palhaço", entre tantos outros seres encantadores que foram tocados por seu talento. Com este livro-memória, Selton Mello compartilha vivências, sonhos e sentimentos, imortalizando um legado impressionante na televisão, no cinema, no teatro e na vida. Compre o livro "Eu Me Lembro", de Selton Mello, neste link.


Citações da obra

“É preciso ter uma espécie de sabedoria pro fracasso e pro sucesso.”

“Porque sempre gostei de desafiar a rotina dos meus sentidos. Porque vivo grávido de ideias. Porque a arte salva.”

“Meus sentidos e meu intelecto devem ser preservados. Luto internamente para não sofrer uma atrofia da minha natureza. Trabalho diariamente para não colaborar com a debilitação da minha imaginação.”

"A realidade não basta, eu preciso de mais elementos pra sobreviver, componentes mais mágicos. Assim tenho caminhado: vivendo do trabalho e sobrevivendo dos sonhos."

“Sou um sonhador vocacional, inadequado nato e tentando fazer parte, meio provisório, meio definitivo, meio errado, meio acertando, meio bossa nova e rock n’ roll. Não sou especialista em nada, nem de mim mesmo. Sou de exatas e de humanas. E de boas.”


Entrevistadores
Fernanda Montenegro, Matheus Nachtergaele, Paulo José, Marjorie Estiano, Rodrigo Santoro, Alice Wegmann, Lázaro Ramos, Moacyr Franco, Oberdan Júnior, Leticia Sabatella, Fábio Assunção, Zezé Motta, Jeferson Tenório, Johnny Massaro, Pedro Paulo Rangel, Larissa Manoela, Lívia Silva, Wagner Moura, Guel Arraes, Patricia Pillar, Pedro Bial, Simone Spoladore, Raí, Nathalia Timberg, Leticia Colin, Rolando Boldrin, Aracy Balabanian, Christian Malheiros, Jackson Antunes, Fernanda Torres, Luana Xavier, Débora Falabella, Tonico Pereira, Ana Paula Maia, Camila Pitanga, Zuenir Ventura, Emilio Orciollo Netto, Arthur Dapieve, Dira Paes e Danton Mello.

.: Crítica musical: Danilo Caymmi recria clássicos da MPB em disco


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O cantor, compositor e músico Danilo Caymmi lançou o álbum “Danilo Caymmi Andança 5.5”, uma referência ao clássico eternizado por Beth Carvalho na época dos festivais. E resgata canções desse fértil período de nossa música, em releituras que ficaram acima da média.

O repertório é fruto de uma pesquisa do músico e produtor Flávio Mendes, que já havia produzido o projeto "Danilo Caymmi Canta Tom Jobim". Ele trouxe uma lista de músicas lançadas no entorno de “Andança” e dos Festivais da Canção, do final dos anos 60. A partir desta seleção, chegaram a um consenso sobre o que entraria no disco.

“Danilo Caymmi Andança 5.5” é um álbum de intérprete, uma espécie de trilha sonora da sua trajetória musical. Mesmo reunindo clássicos como “Sabiá”, “Pra Não Dizer que Não Falei de Flores”, “Travessia”, “Pra Dizer Adeus”, “Eu a Brisa”, “Viola Enluarada” e “Andança”, entre outros, não tem caráter saudosista, como explica Danilo: “A ideia foi gravar essas canções à minha maneira, dar novas versões para elas. Eu sinto que estou no meu melhor momento como intérprete e o disco traduz muito bem esse momento”.

A capa do álbum reproduz um dos quadros pintados por Danilo Caymmi  durante a pandemia. Estudante de arquitetura, Danilo herdou do pai Dorival não só a veia musical, mas também o talento para a pintura. Difícil apontar uma faixa como destaque. Todas estão muito bem produzidas e a voz de Danilo está cada vez melhor. Assim como seus irmãos (Nana e Dori Caymmi), ele mostra ser um excelente intérprete, capaz de trazer as canções para o seu estilo suave de cantar.

"Viola Enluarada"

"Andança"

 
"Travessia"

.: "Longe do Ninho": livro-reportagem de Daniela Arbex é lançado nesta segunda


Cinco anos após o incêndio no Ninho do Urubu que vitimou dez garotos e continua sem responsabilização, a premiada jornalista Daniela Arbex lança livro-reportagem  "Longe do Ninho: uma Investigação do Incêndio que Deu Fim ao Sonho de Dez Jovens Promessas do Flamengo de se Tornarem Ídolos no Seu País do Futebol", com informações inéditas sobre o que ocorreu naquela madrugada de 2019. O mesmo ano que entraria para a história do Flamengo como um dos mais gloriosos - o time principal foi campeão do Campeonato Carioca, do Brasileirão e da Taça Libertadores da América - foi também o mais triste de todos. 

Em 8 de fevereiro, uma tragédia sem precedentes no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do clube, fez toda a nação amanhecer de luto. Vinte e quatro atletas da base que se reapresentaram ao clube após o fim das férias foram surpreendidos por um grande incêndio enquanto dormiam. As chamas, iniciadas pouco depois das cinco horas da manhã, alcançaram todos os quartos em menos de dois minutos. Os garotos, que se viram encurralados pelo fogo, lutaram até as últimas forças por suas vidas. O incêndio vitimou dez meninos entre 14 e 16 anos e colocou fim ao sonho de se tornarem ídolos no país do futebol.

Daniela Arbex, premiada jornalista investigativa, se lançou em uma extensa apuração para reconstituir o que de fato aconteceu naquela madrugada. Ao reunir laudos técnicos, trocas de mensagens e e-mails, dados e relatos até então não divulgados, além de entrevistas feitas com todas as famílias dos dez jovens, sobreviventes, profissionais da perícia criminal e do IML, Arbex conseguiu montar um quadro completo e elucidativo da trajetória dos atletas, do caminho das chamas - que atingiram temperatura superior a 600 graus Celsius - e das consequências na vida de pessoas que se viram envolvidas em uma tragédia anunciada. Com estrutura inadequada - apenas uma porta de saída - e materiais que não demonstraram ter propriedades antichama, o contêiner-dormitório do Flamengo transformou-se em armadilha fatal.

"Longe do Ninho", que chega às livrarias pela Intrínseca em fevereiro, é um relato extremamente forte, humano e sensível sobre a morte de meninos que estavam muito distante de casa e da proteção de seus pais. A obra reverencia a memória dos que se foram e o esforço dos atletas que sobreviveram. Apesar do trauma e do sofrimento que enfrentaram, eles encontraram no valor da amizade a coragem de que precisavam para seguir rolando a bola por si e pelos irmãos de ideal, aos quais passaram a chamar de “Nossos 10”.

Com informações exclusivas, este livro-reportagem, com prefácio do jornalista Tino Marcos, é peça fundamental para a compreensão do caso. Mais do que isso: é uma voz potente contra o esquecimento que nega a história. “Um dia minha mãe me perguntou por que trato de temas tão dolorosos em meus livros. Respondi que, na verdade, não escolho escrever sobre tragédias, mas sobre as omissões que causam tragédias, para que elas não se repitam. Afinal, se uma história não é contada, é como se ela não tivesse existido”, conclui Daniela Arbex. Compre o livro "Longe do Ninho", de Daniela Arbex, neste link.


Sobre a autora
Nascida em Minas Gerais, Daniela Arbex é autora premiada de seis livros, todos publicados pela Intrínseca. Sua obra de estreia, "Holocausto Brasileiro" (2013), foi reconhecida como Melhor Livro-Reportagem de 2013 pela Associação Paulista de Críticos de Arte e ficou em segundo lugar no Prêmio Jabuti de 2014. Além disso, foi adaptada para documentário pela HBO. "Cova 312" (2015), seu segundo livro, venceu o Jabuti de Melhor Livro-Reportagem em 2016 e "Todo Dia a Mesma Noite" (2018) ganhou adaptação pela Netflix em 2023. 

"Os Dois Mundos de Isabel" (2020) foi lançado no mesmo ano em que a autora recebeu o prêmio de Melhor Repórter Investigativa do Brasil pelo Troféu Mulher Imprensa. "Arrastados" (2022) foi agraciado com o Prêmio Vladimir Herzog 2023. Daniela Arbex conquistou ainda outros 20 prêmios nacionais e internacionais, entre eles três prêmios Esso e o americano Knight International Journalism Award. Foi repórter especial do jornal Tribuna de Minas por 23 anos e atualmente dedica-se à literatura. Foto: Leo Aversa. Garanta o seu exemplar de "Longe do Ninho", escrito por Daniela Arbex, neste link.

.: “Querido Mundo”, o novo filme de Miguel Falabella, começa a ser filmado


Inspirado na peça homônima, o longa-metragem é protagonizado por Malu Galli, Eduardo Moscovis, Marcello Novaes e Danielle Winits. Foto: Mariana Vianna


Acabam de começar as filmagens de "Querido Mundo", novo filme da Ananã Produções, coproduzido pela Star Original Productions. Com estreia prevista para 2025, o longa está sendo rodado no Rio de Janeiro (RJ) e apresenta uma deliciosa comédia sobre os conflitos amorosos de dois estranhos, dirigida por Miguel Falabella. Os protagonistas desta história são Malu Galli, Eduardo Moscovis, Marcelo Novaes e Danielle Winits, ao lado de outros grandes nomes como Stella Miranda e Guida Vianna.

"Querido Mundo" se passa numa cidadezinha do interior, onde a dona de casa Elsa (Malu Galli) vive conformada com uma existência sem sonhos ou perspectivas ao lado de Gilberto (Marcello Novaes), um homem bruto e inescrupuloso. No Rio de Janeiro, o engenheiro Oswaldo (Eduardo Moscovis) amarga uma derrota na vida profissional e uma relação dolorosa com Odília (Danielle Winits), uma mulher fria e decidida a se separar dele. A queda de uma ponte numa noite de tempestade une os mundos de Elsa e Oswaldo, que acabam por se encontrar no Rio de Janeiro às vésperas do Ano Novo, nos escombros de um prédio abandonado por seus construtores.

Com ironia e humor ácido pontuando os relacionamentos dos casais, através de um olhar monocromático, o filme traz situações que seriam trágicas, caso não fossem conduzidas com a leveza da comédia. A direção de Miguel Falabella é acompanhada pela produção de Julio Uchôa, com Gustavo Hadba como diretor de fotografia, Tulé Peake como diretor de arte e o figurino de Bia Salgado. Compre o livro "Querido Mundo e Outras Peças", de Miguel Falabella, neste link.


Ficha técnica
"Querido Mundo". Produção: Julio Uchôa. Direção: Miguel Falabella e Hsu Chien. Produção executiva: Daniel van Hoogstraten. Diretor de fotografia: Gustavo Hadba. Diretor de arte: Tulé Peake. Figurinista: Bia Salgado. Visagista: Bob Paulino. Técnica de som: Valéria Ferro. Edição de som: Simone Petrillo. Mixagem de som: Ariel Henrique. Direção musical: Josimar Carneiro. Montagem: Marilia Moraes. Elenco: Malu Galli (Elsa), Eduardo Moscovis (Oswaldo), Marcello Novaes (Gilberto), Danielle Winits (Odila), Cintia Rosa (Leda), Pia Manfroni (Ivone), Maria Eduarda de Carvalho (Daisy), Magno Bandarz (Mário), Alessandra Verney (Wilma), Jorge Lucas (diretor da repartição), Vitor Figueiredo (Odilon), Romulo Medeiros (homem da blitz), Noah Reis (filho 2 de Odila e Oswaldo), Rafael Machado (Robertão), Stella Miranda (Celeste), Guida Vianna (Dália), Lilian Valeska (Semíramis), Raul Labanca (marido Semíramis), Julio Uchôa (apresentador de TV), Ana Spohr (Elsa jovem), Manuela Helfer (Daisy jovem), Pedro Novaes (Gilberto jovem) e Gillray Coutinho (chefe dos Bombeiros).

.: Narrativa ganha contornos feministas em "Memórias do Mar Aberto: Medeia..."


Versão livre do mito de Medeia, no texto da dramaturga brasileira Consuelo de Castro, a personagem-título toma o lugar de Jasão e chefia a expedição dos Argonautas, não por amor a ele, mas pelo ideal de paz entre os povos do Ocidente e do Oriente. Na peça, ela é traída não só pelo amor de Jasão a uma outra mulher, mas por uma aliança política dele com o rei Creonte. Foto: Ronaldo Gutierrez


Em 1997, a dramaturga Consuelo de Castro (1946-2016) publicou sua versão de "Medeia", com a ideia de desconstruir sua imagem - na mitologia grega é a mulher que mata os filhos para se vingar da traição de seu marido, Jasão. A montagem de "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História", idealizada por Roberta Collet, que também está no papel principal, e dirigida Reginaldo Nascimento, estreia dia 17 de fevereiro e segue em cartaz até dia 24 de março, aos sábados, às 20h, e, aos domingos, às 19h, no Teatro Paiol Cultural. “Sempre quis montar 'Medeia' e convidei o diretor Reginaldo para embarcar nessa ideia comigo. Mas ele preferia atualizar o original, para se conectar com questões do nosso tempo. Assim, durante nossa pesquisa encontramos a dramaturgia da Consuelo, que se casava perfeitamente com o que queríamos”, conta Collet.

O texto de Consuelo de Castro mostra "Medeia" por outros ângulos: na trama, ela tem ideais políticos e chefia a expedição dos Argonautas no lugar de Jasão. De acordo com o mito, a missão desses navegantes era ir à Cólquida buscar o Velocino de Ouro, um presente dos deuses cujo poder era atrair prosperidade. Medeia lutava para garantir a paz entre os povos do Ocidente e do Oriente. Por esse motivo, foi traída não só pelo amor de Jasão a uma outra mulher, mas por uma aliança política dele com o rei Creonte.

Para abordar todas essas dimensões no espetáculo, a encenação coloca o poder feminino a partir dos atos finais de vida, mortes e renascimentos que atravessam o caminho de Medeia. Ela representa a luta de tantas outras pela paz ao longo da história. A traição aparece em cada desejo inescrupuloso dos homens que a cercam no desenvolvimento da tragédia. “Ela é deslegitimada pelos deuses, pelos oráculos e pelo próprio Jasão. Em sua visão, todos esses agentes matam as pessoas que a ajudam e roubam seu direito de ser rainha”, comenta o diretor Reginaldo Nascimento.

"Medeia" conta sua história de uma maneira diferente. Por isso, de acordo com o diretor Reginaldo Nascimento, a concepção do espetáculo se pauta em uma encenação limpa. “Nosso foco está na força das palavras e na potência das interpretações. Dessa maneira, o cenário é minimalista e a trilha sonora serve apenas para ambientar o espectador”, comenta. Na proposta cênica, todos os personagens já estão mortos – exceto Medeia, pois ela se tornou um símbolo. “Como minha ideia é que ela esteja expurgando os pecados, a narrativa acontece em retrospecto, como um filme. Ou seja, o palácio já foi queimado e os filhos já estão mortos. Assim, quero que os atores e atrizes estejam chamuscados pela poeira do fogo e do tempo – e o figurinista Chriz Aizner vai viabilizar isso”, detalha o diretor.

Em relação à sonoplastia, Reginaldo Nascimento pensou em utilizar apenas músicas instrumentais. Haverá também a projeção de um mar, com o barulho constante de água, raios e trovões, dando o clima de uma tragédia grega. Os intérpretes são Roberta Collet, Felipe Oliveira, Haroldo Bianchi, Joca Sanches e Rodrigo Ladeira. A peça foi montada com recursos próprios, sem o apoio de leis de incentivo. “Para nós, é uma alegria montar esse texto no Teatro Paiol Cultural, que abriu as portas em 1969, justamente com um texto de Consuelo de Castro”, afirma Nascimento.


Ficha técnica
Espetáculo "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História". Autora: Consuelo de Castro. Direção: Reginaldo Nascimento. Diretora assistente: Amália Pereira. Elenco: Roberta Collet, Felipe Oliveira, Haroldo Bianchi, Joca Sanches e Rodrigo Ladeira. Desenho de espaço cênico e sonoplastia: Reginaldo Nascimento. Cenário e figurinos: Chris Aizner. Lighting design: Wagner Pinto. Costureira: Judite Gerônimo de Lima. Assessoria de imprensa: Canal Aberto. Fotógrafo: Ronaldo Gutierrez. Produção executiva: Amália Pereira. Direção de produção: Reginaldo Nascimento. Designer: Patricia Collet. 


Serviço
Espetáculo "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História". De 17 de fevereiro a 24 de março, aos sábados, às 20h00, e, aos domingos, às 19h00. Local: Teatro Paiol Cultural - R. Amaral Gurgel, 164 - Vila Buarque (estações de metrô: Santa Cecília e República. Estacionamentos conveniados: Rua Marquês de Itu, 401 e 436). Telefone: (11) 2364-5671. Bilheteria: de quinta a domingo, das 14h às 20h. Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Classificação: 14 anos. Duração: 90 minutos.

.: "Renascer": mudança de fase começa na segunda e promete novas emoções


Após a morte de Santinha e passagens de tempo, trama se fixa nos dias atuais. Na imagem, José Inocêncio jovem (Humberto Carrão) e José Inocêncio (Marco Palmeira). Foto: Globo/Fábio Rocha


Apesar da passagem dos anos, a vida para alguns parou no tempo enquanto para outros levou a rumos diferentes em "Renascer". A mudança de fase que marca a trama acontece ao longo do capítulo desta próxima segunda-feira, dia 5 de fevereiro.  Mais de três décadas se passaram desde que o jovem José Inocêncio (Humberto Carrão) fincou seu facão aos pés do Jequitibá Rei. Ao longo do tempo, José Inocêncio (Marcos Palmeira) prosperou nos negócios, mas estagnou na sua vida pessoal. Desde a morte de Santinha (Duda Santos) após dar à luz João Pedro (Juan Paiva), ele se fechou para a vida e há muito tempo desconhece a alegria de viver.

Na fazenda, Zé Inocêncio se ocupa com o trabalho nas roças e o investimento no sistema de agrofloresta para a produção de um cultivo de cacau sustentável. Deocleciano (Jackson Antunes) segue sendo seu braço-direito, e Inácia (Edvana Carvalho) toma conta da casa ao longo de todos esses anos desde a partida de Maria Santa.

Mas tudo começa a mudar quando João Pedro (Juan Paiva) conhece a jovem Mariana (Theresa Fonseca), recém-chegada na casa de Jacutinga (Juliana Paes). O encantamento é imediato e o rapaz decide levá-la para a fazenda Jequitibá-Rei sem imaginar que Mariana é a neta de Belarmino (Antonio Calloni), antigo desafeto de seu ‘painho’, e de Nena (Quitéria Kelly), que a criou com base no ódio que acumulou ao longo dos anos por ter perdido as terras da família para José Inocêncio. 

Mariana, que estava em busca de trabalho, aceita o convite do rapaz quando ele a oferece um emprego. Com a permissão da anfitriã, os dois partem para a fazenda Jequitibá Rei. A chegada de Mariana à fazenda dará início a mais um conflito entre pai e filho, que se apaixonam pela mesma mulher. O fazendeiro logo recrimina a atitude do filho de levar uma desconhecida para a casa e os dois discutem mais uma vez. Ainda assim, José Inocêncio tenta disfarçar a surpresa com a beleza de Mariana, que também se impressiona ao ficar frente a frente do homem que mudou os rumos de sua família no passado.

O trauma causado pela morte de Maria Santa anos atrás ainda é latente e intenso para o fazendeiro assim como a ideia fixa de atribuir ao filho caçula a partida de seu grande amor. A despeito disso, João Pedro sente enorme orgulho do pai. Vive para agradá-lo e ter ao menos qualquer chance de atenção. Seu único desejo é ter o amor paterno. Crescer com a sombra (e porque não com a dúvida) de ser o causador da maior tristeza que o pai teve na vida não foi fácil.

Apesar de tanto sofrimento, João Pedro encontrou acolhimento em sua relação com Zinha (Samantha Jones) que é como uma irmã para ele. Filha de Flor (Julia Lemos) e Jupará (Evaldo Macarrão), a menina é criada por Deocleciano (Jackson Antunes) e Morena (Ana Cecilia Costa) após a morte de seu pai e da partida de sua mãe. Com a rejeição de José Inocêncio, João Pedro também se sente mais à vontade com os padrinhos e Zinha, a quem confessa nunca ter recebido um abraço do pai.

Se para João Pedro foram negadas as chances de se tornar alguém na vida, o jovem não desperdiçou seu talento ao canalizar suas energias na produção do cacau. É um conhecedor daquelas terras e herdou o talento do pai com o manejo do fruto, algo que faz de forma muito competente - talvez a única conexão entre pai e filho. José Inocêncio e João Pedro carregam mágoas e feridas que nunca cicatrizaram.

Dos quatro filhos de José Inocêncio: José Augusto (Renan Monteiro), José Bento (Marcello Melo Jr), José Venâncio (Rodrigo Simas) e João Pedro (Juan Paiva), o caçula é o único que nunca saiu da fazenda nem tem formação profissional. Os demais foram estudar na capital ainda jovens e repletos de oportunidades se formaram ‘doutores’ às custas do dinheiro do pai, que desde sempre arcou com todas as despesas. Zé Augusto é médico, Zé Bento, advogado, e Zé Venâncio, publicitário.

"Renascer" é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Alexandre Macedo, Walter Carvalho, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon e Bruna Ferreira e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

.: Crítica: "Anatomia de Uma Queda" é a grande história de Samuel, um escritor

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em janeiro de 2024


O thriller dirigido por Justine Triet, "Anatomia de Uma Queda", em cartaz nas telonas Cineflix Cinemas de Santos, é dinâmico e envolvente ao retratar a tragédia de uma família que mudou o estilo de vida saindo de Londres para um lugar de muita neve e solidão, terra natal de Samuel (Samuel Theis). Apesar do isolamento intensificado pela neve, a escritora Sandra (Sandra Hüller) e o professor Samuel não estão numa solidão a dois, pois vivem com o filho, Daniel (Milo Machado Graner) que tem um cão-guia, chamado Snoop.

Para inserir o público na trama que se desenrola de diversas formas acrescentando novas informações surpreendentes, inicialmente, a escritora de sucesso concede uma entrevista, enquanto o marido, com uma caixa de som nas alturas toca "P.I.M.P." em versão instrumental -canção original de 50 Cent, lançada também em parceria com ft. Snoop Dogg, G-Unit. Forçando a saída da jovem repórter, Sandra sai de cena. Até que o filho corre ao encontro do corpo do pai ensanguentado.

Assim começa a batalha de Sandra para provar na corte que não matou o pai de Daniel. Chegando ao tribunal local, a escritora tem a vida pessoal e a do casal totalmente exposta, uma vez que Samuel, quem desejava voltar a escrever, vinha gravando as conversas que o casal tinha, incluindo discussões acaloradas que culminaram em ataques físicos, como por exemplo, uma que aconteceu um dia antes da estudada queda que a afasta até mesmo do filho. 

O longa  em idioma francês e inglês, tem atuações impecáveis, seja da protagonista, interpretada por Sandra Hüller, assim como o jovem Milo Machado Graner, que dá vida ao filho cego do casal, assim como o cachorro que quase desfalece em cena. A produção distribuída pela California Filmes provoca lançando possibilidades diversas, enquanto alimenta também a ideia de que Samuel quis deixar uma última boa história, mas para contar a todos como sua última tentativa de ser escritor. 

A trama desenvolvida em 2h32 não fica presa ao tribunal -incluindo o julgamento de quem está diante das telas de cinemas e quer ardentemente saber o que, de fato, aconteceu. Há muito mais em "Anatomia de Uma Queda", seja o abalo da relação mãe e filho, a desconfiança do povoado da região sobre as ações passadas de Sandra (na vida pessoal e profissional, que respingou em Samuel), discussões em áudios e vivenciadas e um advogado empenhado em ganhar um caso. 

"Anatomia de Uma Queda" brinca com a realidade e ficção do início ao fim, mexendo com a imaginação do público enquanto entrega um desfecho que é um pouco aberto para outras leituras. De volta às telonas em 2024, após ser exibido no Festival Varilux de Cinema Francês em 2023 e, ser oficialmente lançado nos cinemas e também ser indicado ao Oscar nas categorias "Melhor Filme", "Melhor diretor", "Melhor Atriz", "Melhor Roteiro Original" e "Melhor Edição", a longa é simplesmente imperdível. 


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

"Anatomia de Uma Queda" ("Anatomie d'une chute"). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h32. Ano: 2023. Idioma original: francês. Distribuidora: Diamond Films. Direção: Justine Triet. Roteiro: Justine Triet, Arthur Harari. Elenco: Sandra Huller, SwannArlaud, Milo Machado GranerSinopse: A vida da escritora alemã Sandra desmorona quando seu marido, Samuel, é encontrado morto.

Trailer de "Anatomia de Uma Queda"


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.: Um ano sem Glória Maria: Editora Mostarda lança biografia infantojuvenil


No dia 2 de fevereiro, completará um ano da morte da jornalista Glória Maria. Visando manter a sua memória viva, a editora Mostarda lançará a biografia infantojuvenil da repórter na segunda quinzena de fevereiro. Sem dúvida, toda família brasileira já se reuniu em torno do sofá para assistir as incríveis reportagens realizadas pela saudosa e supertalentosa Glória Maria.

Mulher negra, nascida e criada no universo contagiante do samba do Rio de Janeiro e que se tornou uma das mais importantes jornalistas do Brasil. Durante anos ela esteve presente no cotidiano de milhares de pessoas que, um ano após sua morte, dia 2 de fevereiro, sentem a falta do seu sorriso iluminando as telas da TV.

Com o intuito de manter a sua memória viva, a editora Mostarda convidou o jornalista Duílio Fabbri Júnior e a ilustradora Manoela Costa para a publicação da biografia infantojuvenil de Glória Maria, que será lançada na segunda quinzena de fevereiro. Com linguagem direta e ilustrações encantadoras, a obra apresenta em detalhes o período de sua transição de telefonista para repórter e alguns episódios importantes de sua carreira. Além disso, o livro retrata a vida pessoal da jornalista e sua luta contra o racismo.

“Glória Maria - Glória Maria Matta da Silva” é o mais novo lançamento da coleção Black Power: são 30 biografias de personalidades negras que são exemplo para as novas e atuais gerações. A ideia principal é disseminar as inúmeras possibilidades de representatividade negra desde a infância. Compre a biografia infantojuvenil “Glória Maria - Glória Maria Matta da Silva” neste link.

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