segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

.: Magic!: gigantes do reggae-fusion lançam “Good Feeling About You”

A banda canadense assinou com a desenvolvedora no ano passado e, agora, começa 2024 com um novo single e o anúncio de seu mais novo álbum. Foto: ONErpm/Divulgação


Iniciando sua próxima era, a banda canadense MAGIC!, conhecida universalmente pelo hit “Rude”, de 2014, lançou na sexta-feira, dia 19, – o mais novo single “Good Feeling About You”. Essa é a primeira faixa desde sua assinatura com a ONErpm no ano passado, e também abre a sequência de lançamentos do álbum "Inner Love Energy".

Já disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm, o novo single dos gigantes do reggae fusion equilibra a nostalgia e a inovação, trazendo novas sonoridades, sem esquecer de seu som original. Na composição, o grupo canta sobre como a presença de alguém especial pode trazer brilho às nossas vidas – exaltando a conexão humana.

“Estamos muito empolgados para, finalmente, compartilhar essa música. Sinto que encontramos esse equilíbrio perfeito. ‘Good Feeling About You’ é sobre como alguém especial faz você se sentir, como essa pessoa traz brilho e leveza”, contam os integrantes do MAGIC!, apontando, no entanto: “Mas, essa não é uma ‘love song’, é uma música sobre conexões humanas, precisamos de todas essas pessoas nas nossas vidas!”.

Essa faixa também inicia os lançamentos da banda canadense em preparação para seu futuro disco, “Inner Love Energy”, que chega às plataformas ainda esse ano. O projeto, além de ser seu primeiro dentro da ONErpm, também é o primeiro álbum do MAGIC! desde o lançamento de “Expectations”, em 2018.


MAGIC! na ONErpm

No ano passado, para preparar-se para esse novo capítulo, o MAGIC! assinou com a desenvolvedora musical ONErpm, que ficará responsável por cuidar de seus futuros projetos. O contrato ocorreu através do escritório da empresa em Portugal, mas, será uma operação global – sobre esse acordo, Nasri afirma estar muito feliz em trabalhar com a equipe da ONE.

"Nós estamos muito empolgados para trabalhar com a ONErpm, pois é raro encontrar uma equipe com tanta paixão pela música quanto a gente. O Nuno [Rocha, cabeça do escritório português da empresa] e o time de Portugal têm tratado o MAGIC! como uma família”, conta o vocalista do grupo, que já acumula quase 10 milhões de ouvintes mensais.

A banda canadense agora integra um forte time de artistas representados pelo escritório português da ONErpm, sendo um de seus primeiros artistas globais, ao lado da britânica, Kelli-Leigh – conquista atingida em um só ano de abertura. Sob comando do executivo Nuno Rocha, a sucursal tem cuidado de artistas locais, além de grandes artistas de outros países lusófonos, como Angola, Moçambique e Cabo Verde.

A lista inclui nomes como a artista angolana Chelsea Dinorath, que, com a ONErpm, atingiu quase 200 mil ouvintes mensais no Spotify, além de muita atenção no Youtube, o cantor português, filho de pai cabo-verdiano e mãe angolana, Badoxa – que vem conquistando seu espaço através da mistura de elementos de origens africanas em suas músicas –, o Mundo Segundo, um dos maiores nomes do hip-hop em Portugal, e MC Prego Prego, de Cabo Verde.

O escritório português da ONErpm fica sob a supervisão de Nuno Rocha, um nome de destaque na cena musical de Portugal, que já trabalhou em diversos ambientes do mercado de música, carregando anos de experiência. O executivo descobriu artistas como Boy Teddy, Massivedrum e Pedro Cazanova - que ocupam grande espaço nas rádios portuguesas - organizou a presença portuguesa de nomes brasileiros, como MC Fioti e Vitor Kley.

"Good Feeling About You" já está disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm.

domingo, 21 de janeiro de 2024

.: "Herdeiro do Império": romance proibido digno de Romeu e Julieta

Ao explorar a máfia do jogo do bicho, em "Herdeiro do Império" a best-seller Jussara Leal apresenta uma história de traições, apostas e poder feminino


Com a mesma intensidade e rivalidade de Romeu e Julieta, a autora best-seller da Amazon com mais de 150 milhões de leituras na plataforma, Jussara Leal, apresenta no livro Herdeiro do Império uma narrativa eletrizante que mergulha nas tramas obscuras da máfia do jogo do bicho no Rio de Janeiro.

Neste dark romance, que rompe com os clichês das máfias europeias e asiáticas, o leitor conhece Bruno Negão e Maia Galina, herdeiros de famílias rivais que comandam o submundo dos jogos de apostas ilegais no Brasil. Quando os jovens têm seus destinos cruzados em um camarote no Carnaval, sem saber quem realmente são, os protagonistas se entregam a uma paixão avassaladora que acaba se tornando proibida e perigosa para ambos.


Ela veio para mudar tudo e para desviar meus pensamentos de vingança. Veio e insiste em estar dizendo a verdade, que foge de tudo que meu pai me fez acreditar. Enquanto me afogo nas dúvidas, mergulho nela profundamente, ignorando o fato de que é filha do inimigo e me deixando consumir a cada respiração. Houve um tempo em que acreditei ser fácil viver sem amor e difícil viver sem o ódio. E então tudo mudou.

(Herdeiro do Império, p. 12)


Você pode comprar Herdeiro do Império: A história de um mafioso brasileiro, de Jussara Leal aqui: amzn.to/48HRzjV


Em meio a segredos e traições, Jussara Leal tece uma trama enemies to lovers bem elaborada, repleta de cenas de ação, perseguições e hots sensuais. Nesta publicação da Qualis Editora, narrada sob os pontos de vista de Bruno e Maia, o leitor é convidado a vivenciar a emocionante trajetória de dois herdeiros destinados a enfrentar desafios que transcenderão os limites da legalidade, da família e do coração.

Para além das rivalidades familiares, amor proibido, redenção e vingança que se entrelaçam de maneiras surpreendentes, Herdeiro do Império evidencia o machismo estrutural brasileiro ao mostrar como as mulheres ainda são subestimadas no mundo dos negócios, principalmente, quando os homens no poder tentam oprimir o potencial feminino.


Ficha técnica:

Título: Herdeiro do Império

Subtítulo: A história de um mafioso brasileiro

Autora: Jussara Leal

Editora: Qualis

Gênero: Dark romance

290 páginas


Compre Herdeiro do Império: A história de um mafioso brasileiro, de Jussara Leal aqui: amzn.to/48HRzjV

.: Ex-vocalista do Titãs, Paulo Miklos completa 65 anos

“Flores”, uma parceria com Sergio Britto, Charles Gavin e Toni Bellotto, foi a música de autoria do artista mais tocada nos últimos anos no país. Foto: José de Holanda/Divulgação


Ex-integrante e vocalista do Titãs, Paulo Miklos é cantor, compositor, músico multi-instrumentista e ator. Sua carreira artística tem uma trajetória marcada por sua passagem pela banda de rock brasileira e sua carreira solo na música, no cinema e na televisão. Ao completar 65 anos neste domingo, dia 21, um levantamento do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) mostra as canções de sua autoria que se destacaram nos últimos 10 anos no Brasil.

“Flores”, uma parceria com Sergio Britto, Charles Gavin e Toni Bellotto, ficou na liderança das mais tocadas de autoria de Paulo Miklos nos principais segmentos de execução pública na última década no país. “Porque eu sei que é amor”, em parceira com Sergio Britto, e “Cabeça dinossauro”, composição feita com Arnaldo Antunes e Branco Mello, completaram o top 3.

Na área musical, ele contabiliza 141 composições e 809 gravações cadastradas na gestão coletiva no Brasil, com as quais têm o direito de receber seus direitos autorais quando tocam publicamente.

Outra curiosidade do estudo do Ecad foram os dois intérpretes que mais gravaram composições que têm a autoria Paulo Miklos: Branco Mello e Sergio Britto, ex-companheiros de Titãs.

Miklos tem os seus direitos autorais de execução pública garantidos no Brasil por fazer parte da gestão coletiva e manter o seu repertório atualizado. É desta forma que suas canções podem ser identificadas e captadas pelo Ecad quando tocam publicamente. No entanto, os valores em direitos autorais só podem ser recolhidos e repassados ao artista quando as pessoas e empresas que utilizam a música fazem o pagamento referente ao licenciamento musical, que é garantido por lei.

No Brasil, o Ecad é a única instituição responsável por arrecadar e distribuir direitos autorais sempre que existe utilização pública de músicas em qualquer canal ou espaço: rádio, TV, cinema, estabelecimentos comerciais, plataformas digitais, casas de festas, shows e outros locais de frequência coletiva. Com isso, a instituição garante a remuneração a autores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos.

Ranking das músicas de autoria de Paulo Miklos mais tocadas nos últimos 10 anos no Brasil nos principais segmentos de execução pública (Rádio, Sonorização Ambiental, Música ao vivo, Casa de Festas e Diversão, Carnaval, Festa Junina e Shows)


1.  Flores, de Sergio Britto / Charles Gavin / Toni Bellotto / Paulo Miklos

2. Porque eu sei que é amor, de Sergio Britto / Paulo Miklos

3. Cabeça dinossauro, de Arnaldo Antunes / Branco Mello / Paulo Miklos

4. Provas de amor, de Paulo Miklos

5. Pela paz, de Sergio Britto / Branco Mello / Charles Gavin / Nando Reis / Paulo Miklos

6. Vossa excelência, de Charles Gavin / Toni Bellotto / Paulo Miklos

7. Miséria, Sergio Britto / Arnaldo Antunes / Paulo Miklos

8. Antes de você, de Paulo Miklos

9. Fardado, de Sergio Britto / Paulo Miklos

10. Estou pronto, de Paulo Miklos / Guilherme Arantes


.: Vídeo: Pabllo Vittar "Pede Pra eu Ficar" em single de "Batidão Tropical Vol. 2"

Shows lotados, turnês internacionais, debut em paradas musicais globais, centenas de hits e milhares de fãs espalhados pelo Brasil afora. Essas são apenas algumas características da carreira consolidada de uma das maiores drag queens do mundo, Pabllo Vittar. Em meio a tanto sucesso, um grande ato se destaca: “Batidão Tropical”. Para além da aclamação da crítica e do público, o projeto, lançado em 2021, é um retorno de Pabllo às suas origens e um encontro com ritmos do Norte e Nordeste do Brasil, que ela escutava durante a infância e a moldaram como artista. Em 2024, o álbum ganhará uma sequência. Enquanto a data de lançamento segue sendo bastante aguardada e especulada pelos fãs, a artista apresenta o primeiro single de “Batidão Tropical vol. 2”: “Pede Pra Eu ficar”.

Escrita pela própria Pabllo, a canção explora diversas sonoridades que fazem parte da música brasileira. Na faixa, Vittar traz muito forró, swing e batidão, transformando a canção em um verdadeiro forró romântico nordestino. “Pede pra ficar / Eu não vou mais brigar / Pede pra eu ficar / Não imagino ficar / Amor, sem os seus beijos / Eu vou enlouquecer / Pede pra eu ficar / Amor, eu amo você”, diz a artista no refrão da melodia que traz o sample de “Listen to your heart” (Mats Arne Persson e Per Hakan Gessle), importante clássico da dupla sueca Roxette, lançado há mais de três décadas.

“Sempre fui muito fã do forró, brega e tecnobrega. Venho introduzindo essas referências cada vez mais na minha música e apresentando ao público os ritmos que me faziam performar em casa e ajudaram a construir a essência artística que tenho hoje. Acredito que essa mistura é a cara do Brasil. Sou muito feliz por poder trazer o Norte e Nordeste para o meu trabalho e o público respeitar isso. ´Batidão Tropical´ é o início da minha história contada em música. O volume 2 vem aí e escolhi ´Pede Pra Eu Ficar´ para iniciarmos essa era, porque ela traz um forrozinho romântico que é uma delícia e eu adoro!”,  explica Pabllo Vittar.

Para a estética do projeto, mais referências. A artista traz os anos 2000 do Nordeste e, na capa do single, relembra os discos e DVD’s das bandas de forró que comprava na infância, misturando com suas referências atuais. O videoclipe da música, já disponível, segue uma nova estética para essa era. 

“Batidão Tropical” é significativo quando falamos de representatividade, mas também de números. O álbum é certificado platina no Brasil, com mais de 270 milhões de streams, entre as músicas e vídeos. Quando se fala de alcance mundial, esse número ultrapassa 281 milhões de streams. Já hits como “Triste com T” e “Ama Sofre Chora”, conquistaram certificado de platina duplo com as execuções.


Letra de ‘Pede Pra eu Ficar’:


Alguma coisa fala o meu coração

Ele me fala ´não mereço perdão´

eu fico triste, sem lugar pra ficar

quero o seu corpo, junto a mim

Pede para eu ficar, eu não vou mais brigar

Pede pra eu ficar, não imagino ficar

Amor, sem os teus beijos, eu vou enlouquecer


Pede para eu ficar

Amor, eu amo você.

Se fiquei triste, foi porque não me deu

o amor que tanto você prometeu

me sinto só

sem saber onde ir

eu fico pensando

só em ti


Pede para ficar, eu não vou mais brigar

Pede pra ficar, não imagino ficar

Amor, sem os teus beijos, eu vou enlouquecer

Pede para ficar

Amor, eu amo você.


Eu tenho a força em meu coração

Eu sinto, nasce em mim a paixão

eu não desisto de ter você

amor, eu quero

contigo viver


Pede pra ficar

Baby, juro eu não vou mais brigar

Pede pra ficar

eu te juro, eu vou tentar mudar

Amor, sem os teus beijos

eu vou enlouquecer

Pede pra ficar

amor, eu amo você


Ficha Técnica

Título: Pede Pra Eu Ficar

Duração: 3:12

Intérprete: Pabllo Vittar

Autores: Mats Arne Persson/ Per Hakan Gessle / Pabllo Vittar

Editora: Universal

Produzido por: Gorky / Maffalda / Zebu

Mixado por: Rafael Fadul

Assistente de Estudio: Felipe Carvalho

Edição de Voz: Karen Avila

Vocal Coach: Diego Timbó

Masterizado por:  Felipe Tichauer @ Red Traxx Mastering

Músicos participantes:

- Gorky - teclado

- Maffalda - bateria

- Fadul - percussão

- Zebu - guitarra

- Raphael Renó de Paula - baixo

Assista



.: "Vicky e a Musa": novos episódios trazem surpresas para trupe do teatro

Variadas manifestações artísticas se misturam transformando de vez o fictício bairro de Canto Belo na série musical Original Globoplay, que está de volta no dia 24 de janeiro. Foto: Tv Globo/Estevam Avellar


Episódios inéditos da série "Vicky e a Musa" invadem o Globoplay no dia 24 de janeiro, respondendo a pergunta que ficou no ar desde o fim da primeira temporada da trama: será que a volta de Orlando (Hilton Cobra) vai desanimar a turma a montar um espetáculo? Na continuação do primeiro musical dos Estúdios Globo, criado e escrito por Rosane Svartman e em coprodução com o Gloob, os 13 capítulos – que chegam juntos à plataforma - exaltam como a arte pode transformar diferentes realidades e gerações, permeando reviravoltas na trama e formações de novos romances. Voltada para toda a família, a produção segue misturando hits contemporâneos e atemporais em releituras especiais que prometem fazer todo mundo entrar em cena junto com o elenco.    

Divindades gregas, Euterpe (Bel Lima) e Dionísio (Túlio Starling) conquistaram Canto Belo e ajudaram, principalmente os jovens, a se reconectarem com a sua essência. E foi no abandonado Teatro Parnasus que os irmãos se refugiaram e montaram uma verdadeira “trupe de arte” do bairro, com representantes como Vicky (Cecília Chancez), Luara (Tabatha Almeida), Michel (Jean Paulo Campos) e Nico (João Guilherme). No entanto, quando o grupo se preparava para organizar uma peça teatral, o dono do espaço reapareceu com intuito de vendê-lo, jogando um balde de água fria nos planos da galera. “Foi uma felicidade ser convidado para fazer um papel tão legal como o Orlando, que acredita que através do teatro ele pode salvar o mundo. Isso sou eu também, que fala da vida através do teatro”, descreve o ator Hilton Cobra, que também viverá transformações ao longo da temporada.   

Depois de ser surpreendida com a possível tomada do teatro, a deusa Euterpe se empenha em encantar Orlando com seus poderes para fazê-lo relembrar de seu passado, movido a sonhos. “A arte transforma, renova, ensina, acolhe e nos torna pessoas melhores. Tem uma frase que a personagem fala e eu adoro: ‘Arte começa com ar e, sem ar, não respiramos. Sem arte, também não’”, comenta Bel Lima, que dá vida a Euterpe.    

Para Tabatha Almeida, intérprete da adolescente Luara, a aparição de Orlando une mais ainda os jovens, empolgados com a chance de inspirar a região. “A arte é poderosa, transforma sentimentos e nos ajuda a lidar com eles”, reflete a atriz, reforçando ser esta a principal mensagem da trama. Cecília Chancez, que vive Vicky, concorda com a parceira de cena e completa: “A música e a arte são para todos, libertam e curam de todas as formas!”. A atriz destaca ainda uma forte semelhança entre ela e sua personagem: "O que ficou marcado dela em mim é sua perseverança em acreditar quando se tem um sonho”.    

E não são só o teatro e a música que embalam a história da nova temporada: variadas manifestações artísticas, como pintura, poesia e cypher, que é a combinação de rimas inéditas criadas por MCs e remixagem especial em uma música, marcam presença nos episódios inéditos. Com versões de diferentes abordagens para o Globoplay e o Gloob, ‘Vicky e a Musa’ mergulha no universo lúdico, musical, colorido e inspirador. A série reúne ainda em seu elenco nomes como Nicolas Prattes, Malu Rodrigues, Dan Ferreira, Cris Vianna, Leticia Isnard, Stela Freitas, Rosa Marya Colin, Pedro Caetano, Manu Estevão, Pedro Guilherme Rodrigues, Maria Ceiça, Juliana Schalch, Luiz Nicolau, Márcio Machado, entre outros.     

A autora Rosane Svartman assina o texto com Bia Correa do Lago, Juliana Lins, Rafael Souza Ribeiro e Sabrina Rosa, com pesquisa de Raphaela Leite. A série tem direção de Ana Paula Guimarães, direção artística de Marcus Figueiredo, produção de Isabel Telles Ribeiro, direção de gênero José Luiz Villamarim e coprodução do Gloob. 


Globoplay no WhatsApp 

Para os amantes de novelas, viciados em séries, cinéfilos de plantão e interessados por conteúdo, passando por entretenimento, esporte e jornalismo, uma boa pedida é seguir o Globoplay no WhatsApp. Lá, você ficará por dentro de tudo: lançamentos, informações de bastidores, dicas de filmes e séries, memes, shows, realities, além de momentos hilários e emocionantes dos programas e campeonatos dos mais variados esportes. Clique aqui para ficar por dentro de todas as novidades. Aqui: https://www.whatsapp.com/channel/0029Va3sisa5a247pmP8Iw1c?utm_source=whatsapp&utm_medium=canais&utm_campaign=globoplay


sábado, 20 de janeiro de 2024

.: Entrevista: Yan Rego, escritor, usa a palavra como protesto


"Era Uma Vez Um Mês Seis”
, o premiado autor carioca Yan Rego mergulha nas manifestações de junho de 2013, explorando a violência política e a questão racial de forma ficcional. Publicado pela editora Paraquedas, o livro destaca-se pela abordagem crítica e pela experimentação linguística ao apresentar vozes pouco ouvidas, seja o discurso tendencioso de um apresentador de TV no conto "A Voz de Deus" ou os atravessamentos pessoais no intrigante "V de Viu". Sem adotar uma postura panfletária, Yan convida os leitores a refletirem sobre política e raça por meio de uma narrativa intensa e singular. O livro possui orelha do escritor e jornalista Ronaldo Bressane e quarta capa da escritora Giovana Madalosso.

Yan é escritor, professor e roteirista nascido em 1993 no Rio de Janeiro e traz à literatura sua inquietação sobre as consequências das manifestações. Formado em Ciências Sociais pela USP, o autor combina a oralidade com sarcasmo e humor autodepreciativo em seu estilo de escrita. Reconhecido pelo livro "Agá", segundo lugar no Prêmio Biblioteca Digital 2021, destaca-se pela originalidade ao explorar temas como violência política, não-lugar social e racial, e um amanhã que se revela menor. Sua obra reflete a busca por vozes esquecidas e ridicularizadas, desafiando o leitor a questionar respostas prontas e idealizações sobre política e raça. Compre o livro "Era Uma Vez Um Mês Seis”, de Yan Rego, neste link.


O que motivou a escrita do livro?
Yan Rego - A vontade de revisitar minhas experiências nas manifestações de junho de 2013 contra o aumento da passagem; e também destilar um pouco de rancor, tanto dessas experiências quanto de certas análises sobre as consequências daquele período na política do país.


Como foi o processo?
Yan Rego - 
Procurei misturar autoficção com algumas experimentações de formato e explorar pontos de vista diferentes, como: o de uma criança que odeia vinagre; o de um patriota que ama o Brasil; o de um apresentador de jornalismo policial que odeia baderna; e o de um olho que não sabe o que sente por uma bala de borracha.

Se você pudesse resumir os temas centrais do livro, como chegou neles?
Yan Rego - 
A violência política dentro e fora das organizações; o não-lugar social e racial; e um amanhã que é menor. Junho de 2013 gerou um fenômeno que impactou a política nacional, e sobre ele foram feitas diversas análises. Recorri à ficção porque me parece que há vozes que não foram levadas a sério como deveriam, mas, principalmente, porque há vozes que não foram ridicularizadas e esculachadas como deveriam. E porque falar de política e raça com respostas prontas e idealizadas me parece uma grande sacanagem intelectual.

Algum livro influenciou diretamente “Era Uma Vez Um Mês Seis”?
Yan Rego -  As influências principais foram "Homem de Fevereiro ou Março", de Rubem Fonseca; "O Sol na Cabeça", de Geovani Martins; "Malagueta, Perus e Bacanaço" e "Abraçado ao Meu Rancor", de João Antônio; "Obras Completas (e Outros Contos)", de Augusto Monterroso; "O Exército de Cavalaria", de Isaac Babel; e "Dormitório", de Yoko Ogawa. Mas de forma geral, além destes, Gabriel García Márquez, Lima Barreto, Maria Carolina de Jesus, Mano Brown, Pepetela, Yu Hua e Han Kan também são grandes influências para a minha escrita.


Como você começou a escrever?
Yan Rego - Escrevi meus primeiros contos aos 16 anos, depois de conhecer livros de Rubem Fonseca e desconfiar que a rua, a fala da rua e as pessoas da rua também dão boa literatura.

Como você definiria seu estilo de escrita?
Yan Rego -  Levo a oralidade muito a sério, assim como sua diferença na fala e na escrita. Misturo isso com sarcasmo, humor autodepreciativo e preocupação com o ritmo, para deixar os incômodos mais no conteúdo.


Como é o seu processo de escrita?
Yan Rego -  Faço um pouco de pesquisa em livros e álbuns com estilos/temas semelhantes com o que estou escrevendo, mas a maior parte busco na internet e andando na rua. Anoto muitas coisas que escuto. Reviso meus textos em voz alta; paro quando cabem na boca, cutucam a cabeça e não sobram no ouvido.


Tem algum ritual ou meta?
Yan Rego -  Na hora de escrever em si, enrolo durante cinco horas e escrevo durante uma hora e meia por dia (com muitas aspas). Tento escrever ao menos nove mil toques por semana.

Quais são os seus projetos atuais de escrita?
Yan Rego -  Estou trabalhando em uma prosa longa, talvez novela, talvez romance, sobre um escritor pardinho e perdidão no mercado editorial brasileiro. Pretendo publicá-la em 2024. Também estudo a possibilidade de publicar uma coletânea de contos produzidos entre 2022 e 2023.

Professor, roteirista e escritor: conheça os processos de Yan Rego
Nascido em 1993, no Rio de Janeiro, Yan Rego atua no ensino de crianças imigrantes chinesas e taiwanesas. É formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Foi roteirista do longa-metragem "Lulinha, Meu Santo!", que foi convidado para o Festival de Roteiro de Porto Alegre 2023.; e do curta "O Nariz de Euzébio”, em fase de captação.

Rego conta que começou a escrever aos dezesseis anos, depois de conhecer livros de Rubem Fonseca e “desconfiar que a rua, a fala da rua e as pessoas da rua também dão boa literatura". Frequentou o Sarau do Capão e o Slam Capão, onde aprendeu a mostrar seus escritos publicamente. Foi publicado pela primeira vez na coletânea de poemas "A Favela em Ação: Slam Capão" (Cosmos, 2020). Atualmente, tem textos publicados nas revistas Morel, no Jornal RelevO e nos zines Submarino. Durante a pandemia, publicou seu primeiro livro de contos, "Agá", que foi o segundo colocado na categoria contos do Prêmio Biblioteca Digital 2021 e publicado em e-book (Biblioteca Pública do Paraná, 2021). 

Seu processo criativo se baseia, principalmente, na escuta. "Faço um pouco de pesquisa em livros e álbuns com estilos/temas semelhantes com o que estou escrevendo, mas a maior parte busco na internet e andando na rua. Anoto muitas coisas que escuto. Reviso meus textos em voz alta; paro quando cabem na boca, apertam a cabeça e não sobram no ouvido", conta. Além disso, o escritor coloca como meta a escrita de ao menos nove mil toques semanais.

Suas principais referências literárias são os escritores Rubem Fonseca, Isaac Babel, Gabriel García Márquez, João Antônio, Lima Barreto, Maria Carolina de Jesus e Mano Brown. Durante o processo de escrita de "Era Uma Vez Um Mês Seis", ele comenta ter sido influenciado principalmente pelas obras “O Homem de Fevereiro ou Março”, de Rubem Fonseca; “O Sol na Cabeça”, de Geovani Martins; “Malagueta, Perus e Bacanaço” e “Abraçado ao Meu Rancor”, de João Antônio; “Obras Completas (e outros contos)”, de Augusto Monterroso; “O Exército de Cavalaria”, de Isaac Babel; e “ Dormitório”, de Yoko Ogawa. Garanta o seu exemplar de "Era Uma Vez Um Mês Seis", escrito por Yan Rego, neste link.

.: Após sucesso no Rio, "Beetlejuice, o Musical" chega a São Paulo em fevereiro


Maior bilheteria de 2023 no Rio de Janeiro, espetáculo estreia em São Paulo com novidades no elenco: Thais Piza interpretará Bárbara Maitland. Foto: Leo Aversa


No final dos anos 80, o cultuado diretor Tim Burton lançou um clássico instantâneo, que atravessou gerações, a comédia "Beetlejuice - Os Fantasmas se Divertem". O sucesso foi tamanho que, mais de 30 anos depois, o filme se transformou em um musical da Broadway, que estreou em 2019, sendo indicado a oito Tony´s Awards. No Brasil, o sucesso se repete: o musical teve a maior bilheteria teatral de 2023, no Rio de Janeiro. Com direção de Tadeu Aguiar, produção geral de Renata Borges Pimenta, produção da Touché Entretenimento e apresentado pelo BB Seguros, "Beetlejuice, o Musical" tem Eduardo Sterblitch no papel-título e chega a São Paulo em 22 de fevereiro, no Teatro Liberdade. O espetáculo tem patrocínio de Shell, Mobilize Financial Services, Eurofarma e BNY Mellon e apoio de Raízen, Outback, Robert Half e SegurPro.

A superprodução brasileira tem 11 gigantescos cenários, mais de 150 figurinos e uma série de efeitos especiais. “A cenografia é genial. Renato Theobaldo conseguiu me presentear com tudo aquilo que admiro e pretendo em um musical quando eu dirijo: magia e dramaticidade. São cenários gigantescos”, exalta Tadeu Aguiar. Renata Borges complementa: “é a montagem mais audaciosa que a Touché já realizou. O resultado é impactante, divertido, dramático. Tem sido inesquecível e arrebatador”.

A montagem brasileira tem um super elenco de 23 atores: além de Eduardo Sterblitch, Ana Luiza Ferreira (Lydia Deetz), João Telles (alternante Beetlejuice), Lara Suleiman (alternante Lydia Deetz), Thais Piza (Barbara Maitland), Marcelo Laham (Adam Maitland), Flávia Santana (Delia Deetz), Joaquim Lopes (Charles Deetz), Rosana Penna (Juno), Gabi Camisotti (Skye e alternante Lydia Deetz), Mary Minóboli (ensemble e alternante Skye), Pamella Machado (Miss Argentina e alternante Barbara Maitland), Diego Campagnolli (Otho), Erika Affonso (Maxine e alternante Miss Argentina), Thór Junior (Maxie), Thiago Perticarrari (ensemble e cover Adam Maitland), Dino Fernandes (ensemble e cover Charles Deetz), Nathalia Serra (ensemble e alternante Delia Deetz e Maxine), Gabriel Querino (ensemble e cover Maxie), Thadeu Torres (ensemble), Duda Carvalho (ensemble), Edmundo Victor (ensemble) e Fernanda Misailidis (swing). O diretor Tadeu Aguiar não esconde a empolgação: “foi um desafio encontrar um elenco que cantasse, dançasse e, principalmente, fosse de bons atores. Acho que chegamos a um elenco excepcional. Foram mais cinco mil inscritos, mais de quinhentos testados e o resultado está sendo consagrado pelo público”, celebra Tadeu Aguiar.

Conhecido por sua versatilidade, Eduardo Sterblitch vem colecionando elogios por sua atuação. Ele se envolveu com o teatro já aos três anos de idade e tem se destacado como criador de personagens icônicos e populares, conquistando o público com sua criatividade e humor.  A composição de Beetlejuice é uma soma dessas experiências. “Meu objetivo foi misturar todos os personagens que existem dentro de mim. O Beetlejuice é a mistura de todos eles, todas as vozes, timbres, energias, ritmos, dinâmicas que carrego comigo”, explica Stertblitch.

A produtora Renata Borges não esconde a empolgação com o trabalho do ator e afirma: “O Eduardo está perfeito e vem se dedicando incansavelmente, não à toa tem arrebatado o público com uma interpretação memorável e divertida do icônico personagem”. A parceria entre os dois está só começando. “Quero celebrar esse encontro com a Renata e a Touché, tenho total identificação com a seriedade e profissionalismo das entregas que eles fazem e quero estar em outros musicais com esse time”, vibra o ator.

"Beetlejuice, o Musical" tem libreto original de Scott Brown e Anthony King e música de Eddie Perfect. A versão brasileira é de Claudio Botelho. A ficha técnica é repleta de grandes nomes do teatro musical: Laura Visconti (direção musical), Renato Theobaldo (cenografia), Dani Vidal & Ney Madeira (figurino), Sueli Guerra (direção de movimento/coreografia), Dani Sanches (desenho de luz), Gabriel D´angelo (desenho de som), Anderson Bueno (visagismo), Ateliê San Roman (Perucaria) e Lucas Pimenta e Simone Centurione (assistentes de direção).

A ficha técnica é repleta de grandes nomes do teatro musical: Renato Theobaldo (cenografia), Dani Vidal & Ney Madeira (figurino), Sueli Guerra (direção de movimento/coreografia), Dani Sanches (desenho de luz), Gabriel D´angelo (desenho de som), Anderson Bueno (visagismo) e Lucas Pimenta (assistente de direção).

Tadeu Aguiar revela que o icônico filme, base para o musical, foi também uma fonte de inspiração para sua direção. “Revi o filme e assisti ao espetáculo na Broadway. Adoro a estética imposta pelo Tim Burton e seria tolo de não usar essa inspiração. É meio como o movimento antropofágico da semana de 22. Beber na fonte e reescrever do nosso jeito”. O diretor pontua, entretanto, que tudo tem uma assinatura autoral. “A peça traz um olhar brasileiro, nosso humor, de artistas com características histriônicas. Isso é bom para muitos personagens do espetáculo”, complementa.

Já Amauri Vasconcelos, CEO da Brasilseg, uma empresa BB Seguros, que patrocina a atração, reforça o posicionamento da companhia em levar cultura de qualidade para os quatro cantos do país. "Patrocinar a cultura é uma prioridade para nós, e estarmos envolvidos em um projeto tão grandioso como este musical inspirado em um clássico dos anos 80 é incrivelmente significativo. Estamos felizes por testemunhar a grandiosidade do espetáculo e a brilhante equipe de artistas envolvida neste projeto" afirma o executivo.

Com direção de Tim Burton, o filme "Beetlejuice - Os Fantasmas se Divertem" foi um grande sucesso de bilheteria em 1988, tornando cultuado o personagem título, interpretado por Michael Keaton. A trama gira em torno de um casal recém-falecido em um acidente de carro (Alec Baldwin e Geena Davis) que viram fantasmas presos em sua antiga casa. Com a chegada de novos moradores  (Catherine O'Hara, Jeffrey Jones e Winona Ryder), eles precisam da ajuda de um fantasma mais “experiente”, justamente o Beetlejuice, que se utiliza de métodos não muito ortodoxos para expulsar os inquilinos recém-chegados. O filme teve sua continuação anunciada, com estreia prevista para este ano.

O musical estreou na Broadway com grande sucesso de público e crítica, sendo ainda indicado a sete Drama Desk Awards, quatro Drama League Awards e quatro Outer Critics Circle Awards. A montagem brasileira pretende manter todo o humor e magia que fizeram dessa história um clássico moderno. São Paulo não precisará gritar três vezes. Beetlejuice está chegando à cidade.


Serviço
Espetáculo "Beetlejuice, o Musical". Estreia: 22 de fevereiro. Teatro Liberdade. Rua São Joaquim, 129, Liberdade - São Paulo. Temporada até 21 de abril. Sessões de quarta-feira a domingo. Quartas, quintas e sextas-feiras, às 21h00. Sábados, às 16h00 e às 21h00. Domingos, às 16h00 e 20h30. Plateia Premium: R$ 350,00 (inteira) / R$ 175,00 (meia). Plateia: R$ 280,00 (inteira) / R$ 140,00 (meia). Balcão A: R$ 240,00 (inteira) / R$ 120,00 (meia). Balcão B: R$ 190,00 (inteira) / R$ 95,00 (meia). Duração: 2h30min (com intervalo de 15min). Classificação etária: 10 anos. *Clientes Glesp tem 25% de desconto nos ingressos inteiros mediante a aplicação do cupom, limitado a 4 ingressos por cupom. Válido para todos os setores. Internet (com taxa de conveniência): https://www.sympla.com.br/. Bilheteria física (sem taxa de conveniência): atendimento presencial de terça à sábado das 13h00 à 19h00. Domingos e feriados apenas em dias de espetáculos até o início da apresentação. Formas de pagamento: dinheiro, cartão de débito ou crédito.

.: Estreia “O Antipássaro”, peça baseada na obra e vida da poeta Orides Fontela


Nova temporada em São Paulo, de 20 de janeiro a 3 de março, na sala Paschoal Carlos Magno, sábados e domingos, às 18h. Foto: Rodrigo Chueri


"Quero morrer sem obedecer a ninguém, sou o próprio coração selvagem, a poesia ocupou todos os espaços da minha vida, não tenho mais nada, só os meus livrinhos, não conheci o amor, nunca amei ninguém. A gente faz poesia mas tem de viver de prosa, tem de cuidar da vida, transformar o verbo em verba. Muito além é o país do acolhimento, me trataram não como poeta mas como um caso humano e chegaram a falar mal de mim porque sou pobre. Estou cansada desse folclore. Meu maior fracasso é não ser ateia".


Uma das maiores poetas brasileiras, Orides Fontela reflete em sua obra um viés filosófico e profundo, seco e conciso da vida. Colocar em cena as palavras de Orides Fontela, sua poesia, seu olhar artístico e lúcido para que o universo feminino conquiste o protagonismo necessário foi tarefa de Elias Andreato e Nilton Bicudo, que celebram as mais de três décadas de parceria artística. O espetáculo abre a programação de 2024, da sala Paschoal Carlos Magno, do Teatro Sergio Cardoso, em temporada a partir deste sábado, dia 20 de janeiro, até 3 de março.

O espetáculo "O Antipássaro" nasceu da vontade do ator Nilton Bicudo experenciar a potente poesia de Orides. Pela parceria teatral formada com o ator e diretor Elias Andreato naturalmente nasceu o roteiro, de encenação simples focado na palavra, que usa uma escrivaninha e uma cadeira como cenário, luz funcional e trilha composta por Jonatan Harold.

O roteiro traz a poesia de Orides, a sua estrela, e também recortes biográficos a partir de entrevistas da poeta que apresentam ao público seu pensamento e criação, seu ideal de poesia. Nascida em São João da Boa Vista, interior de São Paulo, em 21 de abril de 1940, sua pequena e densa obra se sobressai pela radical modernidade e cortante lucidez de sua linguagem.

Embora tenha sido massacrada pelo mundo masculino acadêmico e estigmatizada por viver na solidão e na pobreza, foi reconhecida desde o início de sua carreira por intelectuais como Antonio Candido e Davi Arigucci Jr., publicou cinco volumes incontornáveis de poemas: "Transposição" (1969), "Helianto" (1973), "Alba" (1983, pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti), "Rosácea" (1986) e "Teia" (1996), e algumas dezenas de poemas inéditos, unindo densidade e clareza, asperidade e beleza.

Morreu em 12 de outubro de 1998, de tuberculose, no Sanatorinhos de Campos do Jordão, e quase foi enterrada como indigente. Escapou desse destino por causa de um exemplar de seu livro "Teia", que mantinha entre seus poucos objetos e que foi achado por uma enfermeira da clínica. Filha de pai operário e analfabeto, começou a escrever aos sete anos, estudou filosofia na USP, foi professora primária mas detestava lecionar, morou no CRUSP e no diretório acadêmico 11 de agosto. Teve poucos amigos, era "de difícil convivência". Morou também na Cesário Mota ao lado Minhocão, e teve a luz cortada diversas vezes por falta de pagamento. "Morar perto de Avenidas não é tão ruim quanto se pensa. É só fechar a janela". Amou gatos, não amou pessoas e foi atropelada quatro vezes.

Elias foi professor de Teatro de Nilton e o convidou para ser seu assistente em Van Gogh (1993). De lá para cá foram vários espetáculos juntos: "A Comédia dos Homens" (2000), "Mãe é Karma" (2009), "Amigas Pero No Mucho" (2012 a 2019),  "Édipo" (2011), "A Garota do Adeus" (2012), "Coisa de Louco" (2012), Myrna Sou Eu (2013 a 2022), Dona Bete (2016) Comédia.com (2022) e agora "O Antipássaro", um vôo pra pensar o que é ser artista no Brasil.


Ficha técnica
Monólogo "O Antipássaro". Roteiro e direção de Elias Andreato baseado na obra e vida da poeta Orides Fontela. Com Nilton Bicudo. Luz e cenário de Elias Andreato. Música composta por Jonatan Harold. Assistência de direção: Zé Gui Bueno. Fotografia: Rodrigo Chueri. Designer gráfico: Keren Ora Karman. Figurino: Marcelo Leão. Produção: Rosa Vermelha Produções Artísticas;

Serviço
Monólogo "O Antipássaro".  Teatro Sergio Cardoso. Sala Paschoal Carlos Magno. Rui Barbosa ,153, Bela Vista - São Paulo. Sábado e domingos às 18h. Preços: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada). Duração: 60 minutos. Classificação indicativa:  14 anos. Capacidade: 144 lugares. Compras pelo site https://site.bileto.sympla.com.br/teatrosergiocardoso/

.: "Renascer": estreia da próxima novela das nove ganha capítulo especial


José Inocêncio (Humberto Carrão) finca o facão aos pés do jequitibá e faz seu juramento no capítulo de estreia de "Renascer". Foto: Globo/Fábio Rocha


Um clássico da teledramaturgia brasileira, seus personagens icônicos e uma história que marcou época: ‘Renascer’ está de volta às noites dos brasileiros a partir do dia 22 janeiro, na TV Globo. Neste dia, o capítulo que dá início à saga de José Inocêncio (Humberto Carrão/Marcos Palmeira) fica ainda mais especial e ganha mais tempo de tela para contar como um homem sozinho no mundo tem a coragem de fincar seu destino aos pés de um jequitibá-rei.

 O capítulo especial – exclusivo da grande estreia – tem no pacto do jovem com a árvore uma das cenas mais marcantes da novela escrita por Bruno Luperi com direção artística de Gustavo Fernández. O acordo de um destemido José Inocêncio passa a acompanhá-lo ao longo de toda a sua trajetória e dá à trama um ar de lendas e mistérios, tão enraizados em diversos aspectos da cultura brasileira. No próximo dia 22, a TV Globo deixa de exibir ‘Tela Quente’ e apresenta uma grade de programação especial para a estreia.

 "Renascer’"é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Alexandre Macedo, Walter Carvalho, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon e Bruna Ferreira e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.


.: Entrevista: Ivete Sangalo fala sobre a estreia de "The Masked Singer"


A temporada chega com novidades no cenário, no elenco, nas fantasias, na dinâmica e na interatividade com o público. Foto: Globo/ Maurício Fidalgo.


A partir deste domingo, dia 21, as tardes de domingo da TV Globo estarão repletas de bom humor, música e diversão com a estreia da quarta temporada de "The Masked Singer Brasil", logo após "Temperatura Máxima". Com apresentação de Ivete Sangalo, o público de casa se juntará a José Loreto, Paulo Vieira - ambos novos jurados da edição -, Sabrina Sato e Taís Araújo para descobrir quem são as personalidades por trás das fantasias a partir das apresentações musicais cheias de performance. Kenya Sade, por sua vez, é a nova parceira de Ivete na apresentação e colaborará na investigação com informações exclusivas dos bastidores e da plateia. 

A temporada, que chega com novidades no cenário, no elenco, nas fantasias, na dinâmica e na interatividade com o público, tem os três primeiros episódios dedicados a apresentar as 12 novas fantasias, com apresentações de quatro mascarados diferentes por episódio. Na estreia, competirão Alface, Etzinho, Mamãe Abacate e Sereia Iara. 

 Após as apresentações, a plateia vota para salvar duas fantasias da eliminação, e as duas menos votadas batalham novamente, mostrando um segundo musical. O júri, então, se reúne para deliberar quem dos dois fantasiados será salvo e quem será desmascarado. Em cada um dos três programas, haverá uma eliminação. 

A partir do quarto episódio, os nove mascarados que continuarem na competição poderão se apresentar todos num mesmo programa, como no caso de edições temáticas, que podem contar com mais de uma eliminação, ou serem novamente divididos em programas diferentes. Contudo, reviravoltas poderão acontecer com o "Masked Sino". Localizado ao lado dos jurados, pode ser acionado a qualquer momento, e a consequência é a anulação de uma revelação. Durante a temporada, o sino só pode ser tocado uma única vez por jurado, salvando um personagem que teria sua identidade revelada por decisão do grupo.

O público de casa também pode participar com palpites sobre a identidade dos mascarados por meio do "Masked Game", um jogo on-line hospedado no site do programa dento do Gshow, com perguntas sobre o conteúdo do programa. Os participantes concorrem a brinde e prêmios.

 As fantasias da quarta temporada do "The Masked Singer Brasil" foram idealizadas pelos figurinistas Gabriel Haddad, Leonardo Bora - carnavalescos da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio - e executadas e esculpidas por Fábio de Amorim Leme, mais conhecido como Bolinha, à frente do Bolinha Studios, de São Paulo. Com uma equipe de mais de 20 colaboradores, ele coordenou desenvolvimento 3D, planejamento, construção da parte estrutural e acabamento, além de efeitos como movimentação dos olhos e outros diferenciais que serão vistos nesta edição. Ansiosa para mostrar todas essas novidades aos fãs da atração, a apresentadora Ivete Sangalo fala sobre a expectativa para a estreia na entrevista abaixo.


Quais serão os diferenciais desta temporada na sua opinião?
Ivete Sangalo - 
Nesta quarta temporada do "The Masked Singer Brasil" me deparei com um palco completamente diferente e ainda mais sensacional do que a gente já está habituado a ver. Novos jurados, novos detetives, que são José Loreto e Paulo Vieira, e as divas maravilhosas, Sabrina Sato e Thais Araújo. Kenya Sade é a minha companheira de bate-papo com plateia e com os personagens. Há novidades nas fantasias também. Ou seja, embora seja a minha quarta temporada, esse programa me surpreende da hora que eu chego até quando vou embora. Então, é uma delícia e estou muito feliz, muito ansiosa!

 
Você está se preparando de alguma forma para as gravações?
Ivete Sangalo - 
Minha carreira é uma coisa só. Eu faço um preparo físico o ano todo, mas no final do ano eu dou uma intensificada maior por conta das festas do final de ano, como o Maracanã que eu fiz agora, e aí vem o Carnaval. Minha vida gira um pouco em torno desse preparo físico e emocional. Então eu cuido da voz, mas cuido das minhas emoções também, preparo que me coloca ali um equilíbrio para poder encarar o Carnaval. E tudo isso acaba desaguando no projeto do "Masked", porque eu preciso ter bastante energia e a leveza que o programa merece. Emocionalmente, esse programa me dá tantos argumentos e tantos subsídios para chegar ao Carnaval com a energia na melhor qualidade, mas o preparo é todo dia.

Como acredita que a chegada de Paulo Vieira e José Loreto no grupo de jurados impactará a edição?
Ivete Sangalo - 
Paulo e José são pessoas que admiro muito, ambos muito competentes, excelentes em suas carreiras. Eles têm um timming muito bom de humor, tenho certeza de que essa temporada será ainda mais especial com eles. 


E como Kenya Sade chega para somar ao time do programa?
Ivete Sangalo - 
Kenya já escreveu bastante história aí, a gente conhece e reconhece o talento dela. Ela vem capitaneando, vem trazendo o conteúdo de festivais importantíssimos do país. Uma menina completamente preparada, e o que é mais bacana ainda, com conhecimento de causa. Ela vai entrar no programa ciente de que vai tratar de música, de arte, e ela sabe fazer isso lindamente. Então, domingo à tarde, essa mulher linda compartilhará com a gente os conhecimentos e a energia dela.
 

O que o "Masked" representa para você?
Ivete Sangalo - 
Representa a alegria, a nossa vida mais leve, a família curtindo o momento, a união em tentar desvendar quem está naquelas fantasias.

O que o público pode esperar desta temporada?
Ivete Sangalo - 
É a quarta temporada, e a ideia é levar emoção, leveza, arte e alegria para vida das pessoas. Todas as pessoas que passaram aqui colaboraram com isso, então somos uma família que só aumenta - desde os primeiros que fizeram parte da bancada até os que estão entrando agora. Eu acho que o universo conspira para que a gente faça desse propósito algo comum, e é isso que está acontecendo. Tenho certeza de que essa temporada será mágica e que vai deixar muita gente feliz, vai deixar muita gente envolvida nessa energia de alegria e de satisfação.


O "The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, com supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção geral de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O programa vai ao ar na TV Globo aos domingos, após o "Temperatura Máxima", com reexibição na madrugada de segunda para terça-feira, à 00h30, no Multishow, seguida da entrevista de Kenya Sade com o eliminado da semana.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

.: "Os Pecados de West Heart", de Dann McDorman, é lançado no Brasil


Com um enredo envolvente e reviravoltas inusitadas, "Os Pecados de West Heart", escrito por Dann McDorman, chega às lojas pela editora Intrínseca e ganha destaque entre as ficções do gênero ao apresentar uma estrutura ousada e inovadora que surpreende o leitor. O livro de estreia do autor norte-americano é considerado uma homenagem aos grandes nomes da ficção criminal clássica ao quebrar paradigmas em uma versão peculiar dos quebra-cabeças do gênero.

A estrutura subversiva do livro tem como uma das bases o pedido de colaboração do leitor para chegar à resolução de crimes. “O autor de livros de mistério, como todos os demais, precisa ser sovina, ceder as informações pedacinho por pedacinho”, indica o narrador já nas primeiras páginas da obra. 

A história se passa nos anos 1970, quando o detetive particular Adam McAnnis se junta a um velho amigo para aproveitar o fim de semana prolongado no West Heart, um clube exclusivo e tranquilo em meio à natureza. Entre funcionários, moradores e convidados, o protagonista logo percebe que o grupo de desconhecidos não é lá muito amigável. O cenário é bucólico e isolado, mas conta com um elenco de personagens endinheirados, calculistas e traiçoeiros.

A situação se agrava quando, menos de vinte e quatro horas depois de McAnnis chegar, o corpo de um dos membros do clube é encontrado no lago. Suspeitos não faltam e todos os presentes têm algo a esconder. E, para tudo ficar ainda mais dramático, uma grande tempestade está a caminho. "Os Pecados de West Heart" é um metamistério que faz diversas referências a clichês e fórmulas de livros de investigação e, ao mesmo tempo, derruba as regras do gênero de forma original e divertida. Compre o livro "Os Pecados de West Heart", de Dann McDorman, neste link.

Sobre o autor
Dann McDorman é produtor do programa jornalístico de TV americano "The Beat With Ari Melber". Indicado ao Emmy, já trabalhou como repórter, resenhista de livros, consultor administrativo e marceneiro. O autor vive no Brooklyn com a esposa e os dois filhos. "Os Pecados de West Heart" é seu romance criminal de estreia e tem sido aclamado pela crítica pela narrativa ousada e cheia de originalidade. Foto: Beowulf Sheehan. Garanta o seu exemplar de "Os Pecados de West Heart", escrito por Dann McDorman, neste link.

.: Crítica musical: Linda Ramalho presta tributo ao pai em disco


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Leo Aversa.

“Linda Ramalho canta Zé Ramalho” (Avôhai/Discobertas), primeiro álbum da filha caçula do célebre compositor paraibano, já pode ser ouvido nas plataformas de streaming. Para produzir o álbum, ela convidou o músico, arranjador e produtor Robertinho de Recife, que também assina mixagem e masterização do projeto.

As dez músicas foram escolhidas a partir de uma lista dos principais sucessos, mas também levando em conta as que mais se identificavam com a voz de Linda. “A vida, enquanto ritual, existe para celebrar, e aqui estamos para celebrar a entidade Zé Ramalho que existe dentro de cada um de nós”, assinala Linda Ramalho.

No repertório estão clássicos como “Chão de Giz", “Eternas Ondas", "Admirável Gado Novo” e “Vila do Sossego", em arranjos que traduzem a veia roqueira de Linda Ramalho. Ora mais pop, ora com pitadas de hardcore. No final das contas, é o rock que prevalece.

O entrosamento com o seu trio, com o qual Linda pretende ir para estrada com o novo show, também foi fundamental para trazer o rock para o universo de Zé Ramalho: o power trio é formado por João Guilherme Ferreira no baixo, Jeffersom Cardim na guitarra (o China) e Caco Braga na bateria. A capa do disco foi inspirada na capa de "A Terceira Lâmina", álbum que Zé Ramalho lançou em 1981.

Graduada em artes cênicas, a estreia de Linda Ramalho na música foi como vocalista e líder da banda de covers Linda and the Spacehearts. No início de 2023, lançou um EP autoral produzido por Zé Ramalho chamado “Adrenalina”, e agora apresenta o primeiro álbum de sua carreira.

A ideia de trazer o universo poético de Zé Ramalho para o rock parece até natural. Afinal, o compositor paraibano flertou com o estilo musical rebelde em várias ocasiões. Mas as versões de Linda soam desafiadoras, não só pelo fato do autor ser seu pai. Mas pelo simples desejo de tornar suas releituras convincentes para o público. Pelo menos para mim, ela conseguiu atingir o seu objetivo.

"Vila do Sossego"


"Chão de Giz"

"Admirável Gado Novo"

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