sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

.: Lucas Pizane, do "BBB 24": "Parece que você amadurece um ano a cada dia"


As revelações do terceiro eliminado do "BBB 24": "
Deveria ter enxergado com mais clareza o que estava acontecendo, a proporção que aquilo poderia ter tomado, e ter uma posição mais firme". Fotos: Globo/João Cotta


O jeito tranquilo e apaziguador de Lucas Pizane se destacou em seu confinamento de pouco mais de uma semana no "Big Brother Brasil 24". O baiano conversou com todos da casa, mas optou por não formar alianças tão cedo. Hoje, já fora do jogo, aponta Fernanda como a principal aliada, embora não tenha tido a chance de traçar uma estratégia concreta com ela para seguir no reality. “A estratégia acaba se desenrolando quando as cartas ficam na mesa. Eu acabei saindo do programa em uma fase em que isso não estava tão evidente”, justifica.

Credita à intuição de Beatriz o fato de ter ido parar no paredão de forma tão certeira, mas à própria omissão o motivo de ter deixado a casa, após uma disputa com ela e Davi em que teve apenas 8,35% dos votos do público na preferência para ficar. “Talvez eu não tenha dimensionado a situação da forma correta. Deveria ter enxergado com mais clareza o que estava acontecendo, a proporção que aquilo poderia ter tomado, e ter uma posição mais firme”, avalia sobre o episódio em que discordou de falas do Nizam, mas preferiu não interpelar de imediato. A seguir, Lucas expõe a estratégia que executou no jogo, declara sua torcida para Fernanda e Matteus, e comenta os planos previstos para o pós-"BBB", que incluem aproveitar a oportunidade da eliminação ocorrida ainda antes do Carnaval deste ano.

Participar do "BBB" era como você imaginava? Quais as semelhanças e diferenças?
Lucas Pizane -
Eu esperava que fosse ser difícil, só que em uma proporção um pouco menor (risos). Lá tudo é muito intensificado. Os dias, ao mesmo tempo em que passam mais rápido, passam mais devagar. Parece que você amadurece um ano a cada dia. A restrição a informações também acaba mexendo um pouco com a cabeça. Tem as questões físicas, de não ter horário para dormir, ficar preocupado com comida, que também acabam dificultando. Foi uma experiência muito legal, mas muito mais difícil do que eu achei que seria. Talvez eu tenha subestimado isso.

Qual era sua estratégia de jogo para chegar o mais longe na disputa?
Lucas Pizane - 
A estratégia acaba se desenrolando quando as cartas ficam na mesa. Eu acabei saindo do programa em uma fase em que isso não estava tão evidente, então eu não tinha uma estratégia tão concreta traçada ainda. Mas, o que eu imaginava, principalmente por ser a primeira semana, era um fortalecimento de jogo interno para evitar ir ao paredão. O que não deu muito certo (risos). Também com esse fortalecimento, criar relações pessoais com as quais eu conseguisse estabelecer confiança, mostrar quem eu sou e, dessa forma, também fortalecer meu jogo externo, através de identificação e posicionamentos em que as pessoas pudessem me conhecer.

Você imaginava a jogada da Beatriz Reis Brasil, que pediu aos amigos para votarem em você, caso ela fosse emparedada?
Lucas Pizane - 
Eu realmente não esperava essa escolha. Tanto ela quanto o grupo dela tinham votado, nas duas últimas formações de paredão, em pessoas do meu grupo, mas não em mim. Na minha cabeça, eles iam continuar se indispondo com as mesmas pessoas para não criar um número maior de desavenças lá dentro. Entendo o fato de ter sido opção por não estar no grupo prioritário dela, mas eu achei meio sem critérios, sem fundamentos. Talvez tenha sido um voto realmente na intuição, que no final das contas não esteve tão errada assim.
 

Acha que fez parte de um grupo no programa? Quem considerava seus principais aliados?
Lucas Pizane - 
No início do programa, a gente se apega muito às pessoas que a gente sente que nos protegeriam. A Fernanda (Bande) era a pessoa que eu sentia que daria a vida por mim; eu tinha muita confiança nisso. Embora eu tivesse pessoas que eram minhas amigas e estavam próximas a mim, se tinha uma pessoa de quem eu sentia 100% que eu passaria por cima de coisas por causa dela, era ela. E eu sentia que ela também passava por cima de coisas por minha causa, porque ela queria o meu melhor, e eu queria o melhor dela. Era uma pessoa em quem eu confiava, nesse sentido de estar fechado para tudo. Até com o Nizam  (Hayek Abou Jokn), que também era uma pessoa que estava próxima a mim, havia muita discordância. A gente votou diferente na maioria das votações. A gente era brother, convivia, mas não estava fechado. Eu tinha uma dupla, a Fernanda, não um grupo.

Você falou na casa que, apesar de estar em algumas conversas, tinha posicionamento contrário a falas citadas nas ocasiões. Hoje, analisando, teria feito algo diferente?
Lucas Pizane - 
Eu não sei se eu faria diferente porque foi a forma que eu reagi diante da situação na qual eu estava inserido. Eu era a pessoa mais jovem dentre as que estavam naquela roda de conversa. Estava com pessoas mais velhas, assim como com pessoas que eu admiro o trabalho, a carreira. Eu sentia um pouco de intimidação em relação às coisas que eu falava ou quando eu tinha uma postura mais apaziguadora... Não vou mentir, ficava intimidado em expor a minha opinião ali. Tanto que às vezes eu chamava uma pessoa mais de confiança, isoladamente, para falar o que eu estava pensando. Quando eu vejo isso aqui de fora, é muito claro para mim, porque eu sei o que estava passando na minha cabeça naquele momento. Eu realmente estava muito desconfortável. Obviamente eu não sabia da linha narrativa que se criaria baseado naquilo aqui fora. Lá dentro, era como se tivesse sido algo pontual, e aqui fora foi algo realmente massificado. Para mim, já tinha passado, embora não tivesse passado aqui fora. Aquilo deveria ter sido solucionado, mas eu não consegui solucionar. Acredito que minha eliminação passou por isso. Vendo aqui de fora, com certeza eu gostaria que fosse diferente. Gostaria de ter conversado com a Yasmin (Brunet), de ter me posicionado de uma forma menos branda com o Nizam - porque eu cheguei a conversar com ele, mas talvez devesse ter sido mais incisivo, porque eu não tinha concordado, não era legal, não devia ter sido falado.

O que foi determinante em sua eliminação, na sua opinião?
Lucas Pizane - 
Foi realmente a minha omissão com relação a um acontecimento que, talvez, eu não tenha dimensionado da forma correta naquele momento. Deveria ter enxergado com mais clareza o que estava acontecendo, a proporção que aquilo poderia ter tomado, e ter uma posição mais firme. Tive uma conversa com a Yasmin, uma conversa de peso na consciência; tive uma conversa com o Nizam, porque não queria que ele falasse mais aquilo. Mas, acredito que talvez pudesse ter sido de forma mais expressiva.

Que experiências vão ficar marcadas em sua memória da participação no reality show?
Lucas Pizane - 
A experiência e privilégio de estar lá são muito legais! É um grupo pequeno de pessoas, então ter sido escolhido já é muito especial. Mas claro que vários momentos que vivi estão marcados na minha história: vencer uma prova do líder, na parte em grupo, por mais que eu não tenha ganhado o sorteio; ter sido imunizado por uma pessoa que eu gosto tanto, o Alegrete  (Matteus Amaral); ter ido para o "Cine BBB" e me sentido em casa com pessoas que eu gosto; ter participado da ativação do Mercado Livre... Tudo foi muito legal, demais!

Que amigos vai levar do "BBB 24" para fora do programa?
Lucas Pizane - 
Com certeza a Fernanda (Bande). Lá dentro eu já sentia isso, aqui fora sinto mais ainda. Ela foi uma bênção. Estava no meu top 2 porque fazia eu me conectar com a minha essência, por se parecer muito com as pessoas que eu tenho aqui fora. Ela me lembra muito minha namorada, me lembra muito a minha tia. Com certeza é uma pessoa que eu quero levar para a vida. Também gostaria de ter uma conversa pós-programa com a Yasmin Brunet, que foi uma pessoa de quem eu gostei muito na casa. E o Alegrete, um cara sensacional! Puro, com o coração muito bom. Quero conhecer a terra dele, quero estar junto dele. Ele sofreu muito com a minha saída e eu fiquei muito mal de vê-lo sofrendo, porque ele é muito bom, muito! 


Qual você acha que é o melhor jogador do "BBB 24", aquele que tem mais chances de chegar à final?
Lucas Pizane - 
Eu gosto muito da Deniziane (Ferreira). Ela tem um foco muito legal, torço muito por ela. Conheci um pouco da história dela e, apesar de estar em um grupo diferente, era a pessoa de fora que eu mais me relacionava. Acho que ela está bem focada e tem tudo para chegar à final.

Para quem fica sua torcida pelo primeiro lugar do "BBB"?
Lucas Pizane - 
Apesar de enxergar da forma racional que a Deniziane é forte, a minha torcida é fruto da minha emoção. Torço muito para a Fernanda e o Alegrete chegarem lá. São duas pessoas muito legais, que não tiveram erros. Diferente do Nizam, que foi uma pessoa de quem gostei muito, mas claramente tem algo a aprender, a ser resolvido, e acho que isso não será recompensado com o prêmio - e nem tem como eu torcer para isso, porque foram coisas com que não concordei, não achei certas. 

Quais são os planos para hoje, após o "BBB"? Algo planejado para a carreira musical?
Lucas Pizane - 
É muito legal de pensar porque eu saí antes do Carnaval, né? (risos) Tem o Carnaval pela frente, estou aqui aberto às oportunidades que podem surgir, vou avaliar. Mas primeiro vou chegar ao mundo real, entender o que está acontecendo na minha cidade. Quero ter meus lançamentos, vou continuar com eles, e dar seguimento na minha carreira, que é meu sonho primordial, desde antes de entrar no programa. Então, estou aberto a colher os frutos que o programa pode me dar para dar seguimento a algo que eu já ia seguir, de qualquer maneira, com o programa ou não. Agora eu tenho um pouquinho mais de gente acompanhando essa trajetória comigo, então espero que dê tudo certo (risos)! 


Sobre o "Big Brother Brasil"
"BBB 24" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após "Terra e Paixão", e domingos, após o "Fantástico". Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 24" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do "Click BBB" e o "Mesacast BBB", que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. 

Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o "BBB - A Eliminação", exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página "BBB Hoje" as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o "Bate-Papo BBB", enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.

.: "O Amor na Influência": Regina Volpato e Gabriel Santana estreiam podcast


A Wondery, estúdio de podcasts da Amazon, anuncia hoje a estreia de seu primeiro videocast, "O Amor na Influência". À frente da atração estão a jornalista, escritora e apresentadora de TV Regina Volpato e o ator Gabriel Santana. Com estreia marcada para 23 de janeiro, o programa vai trazer sempre um tema diferente e influenciadores convidados para debater e contar suas histórias de amor e sobre todos os tipos de relacionamento.

Os episódios serão lançados semanalmente, sempre às 17h nas terças-feiras, em todos os serviços de streaming de áudio e também em vídeo no canal da Wondery no YouTube. O programa marca a estreia do canal do estúdio, e novos videocasts serão lançados por lá ao longo do ano. O programa de estreia fala sobre as diferentes formas de amar, com Erick Mafra, que se assumiu panssexual e demissexual, e Lázaro Freitas, influencer bissexual, falando sobre como foi o processo de se descobrir LGBTQIA+. 

Já o segundo episódio, focado no amor próprio, tem a participação de Ellora Haonne, apresentadora de um podcast sobre o tema - o “Fiz o Que Pude”. No terceiro episódio, o ex-"BBB" Fred Nicácio aborda sua experiência com poliamor enquanto relembra seus momentos de confinamento junto com o apresentador de "O Amor na Influência", Gabriel Santana.

Além dos debates e histórias dos convidados, "O Amor na Influência" também trará alguns jogos ao final de cada episódio, como por exemplo “Eu Nunca”, em que os apresentadores e convidados respondem sobre coisas que já ou nunca fizeram, e “Gosto/Não Gosto”, que vai revelar mais sobre os gostos de cada um.

“Tem sido muito prazeroso conversar sobre relacionamentos com esta geração tão mais jovem que eu”, diz Regina Volpato. “No EuAchoRV, quadro que produzo em minhas redes, eu consigo ter uma boa noção de como as pessoas estão lidando com os sentimentos, o que me ajuda muito no 'O Amor na Influência'. É sempre muito divertido constatar os caminhos que trilhamos na busca pelo amor. Estou feliz, também, por este meu novo relacionamento com o Amazon Music, um serviço de streaming de áudio que eu admiro bastante”, completa.

“Quando me chamaram para o projeto fiquei muito feliz, pois sempre quis ter um espaço para falar o que penso”, conta Gabriel Santana. “O podcast tem tudo a ver com o que acredito, com o que eu quero dizer às pessoas, e a expectativa é que seja um lugar aberto para debate e que todos possam acompanhar as histórias e trajetórias dos convidados. É uma oportunidade que tanto eu quanto os ouvintes e convidados temos para aprender com o outro”, finaliza. E você sabia que este podcast pode ser acessado via Alexa no app do Amazon Music, pelo celular, dispositivos Echo e Fire TV? Divirta-se com esse e outros conteúdos com um pedido. É só dizer “Alexa, tocar ‘O Amor na Influência’ no Amazon Music”.

.: Thalyta Alves, do "BBB 24": "O silêncio pode ser o maior grito de uma pessoa"


As revelações da segunda eliminada do "BBB 24": "As pessoas queriam treta e eu não estava disposta a passar por cima dos meus valores para isso". Fotos: Globo/João Cotta


Thalyta Alves entrou no "Big Brother Brasil" da mesma maneira que seu maior rival no reality show. Ainda na noite da estreia, por trás de paredes de vidro, estavam ali os sonhos e os destinos de 11 pessoas. O seu e o de Juninho foram dois dos escolhidos para terem seguimento na casa mais vigiada do país. Depois de seis dias no programa, a mineira acredita que entrar horas depois dos primeiros brothers fez diferença em seu desempenho e diz que, embora tenha sido eleita pelos próprios participantes, quando chegou ao game, percebeu que a escolha não foi acolhida por todos. 

No último domingo, dia 14, a advogada deixou a competição com o menor percentual dentre os três emparedados, também membros do chamado "Puxadinho": recebeu 22,71% dos votos para ficar depois de protagonizar a primeira discussão da temporada e não ter aceitado um acordo com o grupo junto ao qual entrou no programa. “Tudo acontece no momento em que tem que acontecer. Eu não estava me adaptando ao jogo, foi muito difícil para mim. Mas acredito que se eu tivesse feito o pacto, eu não teria saído. Contudo, não adiantaria, porque eu iria contra aquilo que o meu coração estava pedindo. Agora eu estou aqui e está tudo certo. Antes estar aqui com as minhas verdades, com os meus valores, com a minha mãe orgulhosa de mim do que estar lá dentro concorrendo a milhões de reais, mas pisando nos outros, fazendo besteira e não sendo leal a mim. Dinheiro é bom, mas ter o orgulho dos nossos pais é muito melhor”, avalia a ex-sister. A seguir, Thalyta faz um balanço de sua passagem pelo "BBB 24", revela os aprendizados que tira da experiência e conta que alianças teria feito se permanecesse por mais tempo no jogo.


O que a experiência de participar do "BBB 24" significou para você?
Thalyta Alves -
Representou um sonho, apesar de muito curto. Eu vivi esse sonho e tentei dar o meu melhor; não foi o suficiente. Mas como todo sonho, a gente acorda e sonha outras coisas. Agora, com a visibilidade que eu ganhei, eu vou tentar realizar o que eu gostaria de ter conseguido no programa, conquistar por mérito meu e correr atrás aqui fora.
 

Embora tenha sido a segunda eliminada da temporada, você ficou menos de uma semana na casa. Na sua opinião, o que faltou para ir mais longe no jogo?
Thalyta Alves - 
Posicionamento. As pessoas queriam treta e eu não estava disposta a passar por cima dos meus valores para isso.
 

Você entrou no "BBB" por meio da dinâmica que aconteceu por trás dos vidros na primeira noite da temporada. O que passou pela sua cabeça naquele momento em que precisava se apresentar para conseguir uma vaga no programa?   
Thalyta Alves - 
Passou pela minha cabeça que o meu sonho estava nas mãos de outras pessoas e eu tinha 30 segundos para fazê-las entenderem a importância daquele sonho e, consequentemente, o Brasil todo. Eu estava nervosa, não estava esperando entrar desse jeito. Quando me escolheram, eu me senti muito grata, muito feliz e falei "bora, bora". Só que, quando entrei na casa, eu vi que essa escolha não foi 100% acolhida e exercida. Eu não me senti acolhida, porque só eu tinha que ir atrás, só eu que tinha que falar, só eu que tinha que me apresentar... Foram poucas horas de diferença entre a nossa entrada e a do restante, mas parecia muito mais, parecia que eu estava de visita na casa dos outros. Mas não era a casa dos outros, era do Brasil todo. Eu acho que faltou deixarem eu me mostrar e me conhecer ali dentro.

Você, o Juninho e o Davi entraram no "BBB" juntos, após os outros 18 participantes, e depois se enfrentaram no paredão. O que levou a um rompimento com os membros do "Puxadinho"?
Thalyta Alves - 
A falta de afinidade. A gente não tinha afinidade o suficiente para combinar de irmos todos em uma pessoa e não nos votarmos. A gente tanto não tinha afinidade, que foi proposto aquele plano de não se votar e nem foi cogitado em quem votar. Aí ficaram oito gatos pingados votando um em cada um, o que não daria em nada.
 

Por que você não quis combinar voto com o grupo nem formar uma aliança com eles? 
Thalyta Alves - 
Na verdade, eu não quis com o Juninho, porque ele era uma opção de voto minha. Com ele eu não poderia, porque ali a palavra é muito importante. Eu não poderia ter duas palavras.
 

O que mais te chateou naquela conversa com o Juninho que culminou na discussão?
Thalyta Alves - 
Eu acho que ele ficou muito pilhado com o queridômetro, ele achou que tinha sido eu a dar “Planta” para ele. E não fui eu - o público viu. Ele queria se salvar, assim como o Davi - jogador para caramba, está super certo. Ali, eles queriam fazer um pacto de não nos votarmos e eu falei que não. Num primeiro momento, eu não havia entendido e, depois, não houve pacto. Quando ele cogitou que esse acordo existiria, eu juntei todos e falei: "Para mim não dá. Isso não faz parte de quem eu sou, não é a minha verdade. Eu não vou fazer isso". Eu tinha outras prioridades lá dentro, tinha outras pessoas que eu queria conhecer ainda. Foi isso: eu dei um "tiro no pé" e estou aqui.

Pouco tempo depois da briga, você votou no Juninho no confessionário, e ele te puxou no contragolpe para o paredão. Acredita que, se vocês dois tivessem se resolvido ali, poderia não ter sido eliminada?
Thalyta Alves - 
Tudo acontece no momento em que tem que acontecer. Eu não estava me adaptando ao jogo, foi muito difícil para mim. Mas acredito que se eu tivesse feito o pacto, eu não teria saído. Contudo, não adiantaria, porque eu iria contra aquilo que o meu coração estava pedindo. Agora eu estou aqui e está tudo certo. Antes estar aqui com as minhas verdades, com os meus valores, com a minha mãe orgulhosa de mim do que estar lá dentro concorrendo a milhões de reais, mas pisando nos outros, fazendo besteira e não sendo leal a mim. Dinheiro é bom, mas ter o orgulho dos nossos pais é muito melhor.

Com quem buscaria fazer alianças se pudesse permanecer por mais tempo no reality?
Thalyta Alves - 
Eu até tentei me aproximar bastante do (MC) Bin Laden, gostaria de fazer aliança com ele. Com o Marcus e a Beatriz eu fiz amizade, mas a gente não tinha aliança. O Marcus é uma das pessoas das quais eu mais gosto lá dentro, a quem eu defenderia e não votaria, mas faltou ser aliado no jogo, não só amigo na vida.
 

Alguns participantes mencionaram que vocês do "Puxadinho" não estariam conseguindo se enturmar com a galera da casa. Concorda que essa tenha sido uma dificuldade?
Thalyta Alves - 
Com certeza foi, todo mundo viu. Seria loucura dizer que não. Quando você chega por último, as pessoas estão numa prova e logo depois tem formação de paredão, qualquer aproximação pode ser interpretada como falsidade. Eu e outras pessoas que estavam ao meu lado não queríamos parecer falsas. Talvez tenha faltado um pouco de malícia em nós. A gente sentiu que os meninos foram um pouco mais bem recepcionados por alguns. E nós estávamos ali sozinhos, tanto que ficamos lá no chão, perdidos.

Quem você deseja ver campeão do "BBB 24"?
Thalyta Alves - 
Eu gostaria muito que ganhasse Michel, Giovanna, Raquele, Marcus ou Isabelle. Mas acho que o prêmio deve ficar entre Isabelle e Beatriz. Ou com o Davi, porque ele está se saindo muito bem, ele é um menino sensacional e um jogador muito inteligente. Nós tivemos afinidade. Ali dentro, como eu estava com muita dificuldade, qualquer troca valia muito.

Que aprendizados você tira dessa experiência?
Thalyta Alves - 
Que o silêncio pode ser o maior grito de uma pessoa. Eu fiquei em silêncio lá dentro porque eu estava desesperadamente tentando me encaixar e não estava conseguindo. Talvez, se o Brasil estivesse vendo que eu realmente estava tentando...mas não viu e é isso. A gente não agrada todo mundo nem acerta sempre.
 

Quais são seus planos para essa fase pós-"BBB"? Pretende continuar advogando?
Thalyta Alves - 
Eu ainda não consegui pensar, mas quero continuar advogando, sim. Quero ver as oportunidades que eu vou tirar dessa experiência. Eu tinha mil seguidores e agora estou com 69 mil. Então, vou correr atrás dos meus sonhos e ver no que vai dar. Mas eu quero continuar estudando, fazer pós-graduação, tudo isso...

Sobre o "Big Brother Brasil"
"BBB 24" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após "Terra e Paixão", e domingos, após o "Fantástico". Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 24" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do "Click BBB" e o "Mesacast BBB", que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. 

Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o "BBB - A Eliminação", exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página "BBB Hoje" as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o "Bate-Papo BBB", enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

.: Contos: escritor pernambucano Raul Colaço lança "Aproximações do Sono"


O autor pernambucano Raul Colaço, mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e licenciado em Letras Português - Espanhol pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), está lançando seu segundo livro de contos intitulado "Aproximações do Sono" (editora 7Letras). A obra é inspirada em pesadelos que ultrapassam a barreira do sono e nos perseguem mesmo de olhos bem abertos.

O autor explica que o livro surgiu do obsessivo desejo, presente desde seu primeiro livro, "Rúmino-ressonância", de encontrar o limite entre a vigília e o sono. "Busco explorar o instante exato em que deixamos de estar acordados para nos entregar à inconsciência, borrando a fronteira entre realidade e irracionalidade. O ato de dormir ou sonhar pode ser a única defesa contra um mundo caótico e degradado".

"Aproximações do Sono" segue uma lógica crescente que se materializa no tamanho dos contos, partindo de textos de pouquíssimas linhas até desembocar em narrativas de sete, oito páginas. Composta por quinze textos, a obra se divide em dois blocos, Sono REM e Sono não-REM.

Colaço ainda ressalta a diversidade temática dos contos, que se voltam a assombrações, metamorfoses, devaneios, neuroses e atrocidades. No conto "Brincadeira", por exemplo, uma mulher, que trabalha num bar e é frequentemente assediada pelo mesmo homem, vê sua rotina modificada pela presença inesperada de um macaco. Já em "Caravana", um simples passeio na praia se converte num monstruoso momento de epifania.

A obra também se destaca pela presença importante das epígrafes, quase todas retiradas de músicas brasileiras de massa. Elas ganham corpo na segunda parte do livro e figuram como uma estranha e contraditória trilha sonora do horror, contribuindo para a atmosfera única de "Aproximações do Sono". Compre o livro "Aproximações do Sono", de Raul Colaço, neste link.


Projetos futuros
Raul Colaço, nascido em 1992, alcançou reconhecimento como finalista do IV Prêmio Pernambuco de Literatura em 2016 com seu livro de contos "Rúmino-ressonância", lançado pela Chiado Editora em 2018. Com mestrado em Teoria da Literatura pela UFPE, Raul é também licenciado em Letras Português - Espanhol pela UFRPE. 

Além de sua participação em coletâneas, seus textos literários foram publicados em veículos como Germina - revista de literatura & arte, o canal Subversa, o jornal RelevO, e o blog Virtù - coletivo virtual de arte. Raul Colaço também possui experiência na promoção de oficinas de escrita criativa e mediação de leitura em diversas instituições, incluindo a XII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco e o Sesc Pernambuco. Após lançar dois livros de contos, o autor planeja explorar a poesia em seus próximos projetos. Já possui um livro de poemas concluído desde o ano passado e, atualmente, está trabalhando em outro. Garanta o seu exemplar de "Aproximações do Sono", de Raul Colaço, neste link. 

Confira um trecho de "Aproximações do Sono"
Renê e Nadir eram pais de uma criança e ela sempre deixava os seus brinquedos espalhados pela casa. Certa vez, Nadir pisou numa cobra e esta lhe furou o pé, mesmo sendo de plástico.

Em poucas horas, Nadir sentiu náuseas. Sua perna inchava. Bolhas apareciam na pele. Dirigiu-se, então, à emergência e os exames nada acusaram. O médico, de toda forma, recomendou muito repouso por alguns dias. 

Naquela noite, Renê se manteve alerta ao lado do marido enquanto aguentou. Acordou no susto, com um vulto saindo pela fresta da janela. Na sua cama fria, somente havia a ausência de Nadir e um ninho de ovos. 

Eram de cobra.

.: "O Silmarillion", de Tolkien, ganha edição ilustrada por Ted Nasmith


Em uma nova edição, ilustrada por Ted Nasmith, "O Silmarillion" é o relato dos Dias Antigos da Primeira Era do mundo criado por J.R.R. Tolkien. É a história longínqua para a qual os personagens de "O Senhor dos Anéis" e "O Hobbit" olham para trás, e em cujos eventos alguns deles, como Elrond e Galadriel, tomaram parte.

Os contos de "O Silmarillion" se passam na época em que Morgoth, o Primeiro Senhor Sombrio, habitava a Terra-média, e os Altos-Elfos guerreavam contra ele pela recuperação das Silmarils, as joias que continham a pura luz de Valinor. O livro começa com o "Ainulindalë", o mito da criação do Universo, seguido pelo "Valaquenta", onde estão descritas a natureza e os poderes de cada um dos deuses. 

Em "O Quenta Silmarillion” há o início da contagem dos dias em Arda (o mundo onde está inserido o continente da Terra-média), a história dos Elfos na Terra Abençoada do Oeste, seus êxodos e o desenrolar das guerras élficas em Beleriand, que culminaram com o final da Primeira Era. 

O "Akallabêth" narra o apogeu e a queda do reino da grande ilha de Númenor no final da Segunda Era. Por fim, "Dos Anéis de Poder" fala dos grandes eventos no final da Terceira Era, como narrado em "O Senhor dos Anéis". Compre a edição ilustrada de "O Silmarillion", de J.R.R. Tolkien, neste link.

.: Entrevista: Walcyr Carrasco comenta "Terra e Paixão", que chega ao fim


Walcyr Carrasco, autor da trama, comenta as emoções finais da novela. Foto: Globo/Reginaldo Teixeira

Os capítulos finais de "Terra e Paixão", novela escrita por Walcyr Carrasco e Thelma Guedes, prometem fortes emoções envolvendo o mistério sobre a morte de Agatha (Eliane Giardini) e os destinos de Irene (Gloria Pires) e Antônio (Tony Ramos). Os desfechos de Aline (Barbara Reis) e Caio (Cauã Reymond), assim como o de Ramiro (Amaury Lorenzo) e Kelvin (Diego Martins) também são aguardados pelo público. 

Em cenas previstas para irem ao ar a partir de hoje, dia 17, Iraê (Suyane Moreira) e Vinicius (Paulo Rocha) se casam após uma passagem de tempo e a partir de quinta, dia 18, Aline e Caio fazem uma celebração da união no hospital onde Lucinda (Débora Falabella) está internada, para que ela participe da cerimônia, e em seguida se casam na igreja com todos os convidados presentes. A noiva é conduzida pela mãe Jussara (Tatiana Tiburcio) até o altar e fortes emoções embalam o aguardado casamento. 

Já no último capítulo, Michel Teló é o convidado do bar Naitendei e promete agitar a noite de Nova Primavera. O autor Walcyr Carrasco, que escreve a novela ao lado de Thelma Guedes, fala um pouco sobre a repercussão deste último trabalho e revela que previu o sucesso do casal Kelmiro. Confirma abaixo a entrevista com Walcyr Carrasco.


A que atribui o interesse do público por 'Terra e Paixão'?
Walcyr Carrasco - 'Terra e Paixão' é assumidamente uma novela com a estrutura clássica de amor romântico, com seus problemas e ao mesmo tempo traz a rivalidade entre pai e filho.

 
Que balanço faz nessa reta final?
Walcyr Carrasco - Não sou de fazer balanços, mas posso dizer que a novela deu certo, cumpriu as expectativas e me deixou muito feliz!

 
Muitos fãs te consideram um “Pai” na internet, principalmente por entregar o entretenimento que eles querem. Consegue acompanhar a repercussão nas redes?
Walcyr Carrasco - Sou uma pessoa muito retraída. Mas gosto de ouvir e ler o que os fãs comentam na internet, gosto de sentir a reação deles no desenrolar da novela. Há muita coisa importante que é dita e deve ser ouvida.

 
Imaginava o sucesso do casal Kelvin e Ramiro antes de a novela estrear?
Walcyr Carrasco - Eu tenho uma intuição muito forte, principalmente em relação a tramas amorosas. Eu sentia que Kelvin e Ramiro seriam sucesso. 

 
Suas novelas são marcadas pelo protagonismo de atores mais maduros. Tony Ramos , Gloria Pires, Eliane Giardini, Inez Viana e Flávio Bauraqui protagonizaram cenas de destaque na trama e emocionaram. O que tem a dizer sobre eles?
Walcyr Carrasco - Trabalhar com atores experientes e de alto padrão sempre é muito positivo. O que tenho a dizer? O público já disse com seu aplauso.

 
O que falaria pra a atriz Barbara Reis após a entrega dela como Aline.
Walcyr Carrasco -  Continue firme, ainda quero te aplaudir muito! 


No início da novela você comentou que queria mostrar para o espectador um Brasil que poucos conhecem. Considera ter alcançado seu objetivo, visto que a novela passou a fazer parte das rodas de conversa do brasileiro?
Walcyr Carrasco - A novela me fez muito feliz, inclusive por mostrar um Brasil agrícola que poucos conhecem. 

.: Galeria Gare participa do terceiro e último ciclo da Nano Art Hub


Luciana Arantes, Galeria Gare, Nano Art Hub - III ciclo

A Galeria Gare participa do terceiro e último ciclo da 1ª edição da Nano Art Hub, feira de arte que segue em cartaz até o dia 4 de fevereiro, no piso térreo do Shopping Lar Center, com uma exposição inédita assinada pelo curador e arquiteto Antônio Gama. 

Resultado de inúmeros encontros em laboratórios e oficinas de arte impressa como a Folhetaria do Centro Cultural São Paulo e feiras de arte gráfica que acontecem em diferentes regiões do Brasil, a mostra apresenta ao público obras introspectivas, contemplativas, ritualísticas, incluindo arte underground, visceral, provocativa, com poucos filtros ou sem nenhum, em diversos formatos como arte impressa, pixo, colagem, stencil e bordado. Participam da mostra dez artistas: Danilo Cunha, Gabriel Leão, GamaH., Iaco, Leandersson, Luanna Jimenes, Luciana Arantes, Majori Magê, Fow e Rodrigo Taguchi.

Serviço
1ª edição - Nano Art Hub. Período expositivo: até 4 de fevereiro. Funcionamento: quarta a sábado, das 12h00 às 21h00. Domingos e feriados, das 14h00 às 19h00. Fechado às segundas e terças-feiras.Shopping Lar Center | Av. Otto Baumgart, n° 500 - Vila Guilherme - piso térreo - São Paulo. Entrada gratuita.

.: Teatro: Bete Coelho e Georgette Fadel na primeira peça de Caetano W. Galindo


Com direção de Daniela Thomas, espetáculo "Ana Lívia", uma celebração ao poder do teatro, nesta sexta-feira, dia 19 de janeiro, no Sesc Santos. Na imagem, Bete Coelho e Georgette Fadel em cena. Foto: 
Fernanda Baldo


O Sesc Santos apresenta, nesta sexta-feira, dia 19, às 20h00, a tragicomédia "Ana Lívia", estrelada pelas atrizes Bete Coelho e Georgette Fadel / Iara Jamra, com direção de Daniela Thomas. O texto, estreia autoral em teatro do escritor e tradutor Caetano W. Galindo criada especialmente para a Cia.BR116, é uma celebração ao poder do teatro.

No espetáculo, Ana precisa contar uma coisa terrível, mas Lívia não quer deixar ela falar. Lívia quer falar de uma nova peça enquanto Ana sente que chegou ao seu terceiro ato. Cada uma delas está sozinha com suas dores, seus desvios e seus medos. Cada uma tem apenas a outra. A vida passada, o teatro, o papel que tiveram e têm uma na vida da outra, o futuro que não sabem se terão. Tudo isso volta à tona numa conversa em que as duas tentam fugir da verdade, da juventude, da vida, do fato de estarem sozinhas no palco e da dependência de um texto escrito por outra pessoa. Duas atrizes que agora não têm mais um dramaturgo; dois papéis de um personagem só. Ana foi, Lívia é, Ana Lívia…será?

“'Ana Lívia' é teatro sobre teatro. É sobre atrizes em guerra com seus personagens, ou personagens em embate com suas atrizes. É uma declaração de amor ao teatro. Aquele, renitente. Aquele que entra crise, sai crise, insiste em sobreviver”, anuncia Daniela Thomas, que também assina a cenografia.

O texto idealizado por Galindo serviu como uma fonte de onde também brotaram contribuições de toda a equipe. “Assim que eu sentei pra escrever, aconteceu de um jeito quase assustador aquilo que às vezes a gente ouve os escritores descreverem e sempre pensa que é lorota: essas duas vozes, a Ana e a Lívia, começaram a dizer o que queriam, não o que eu pretendia”, relembra o autor, referindo-se à dinâmica viva do texto, que foi se transformando a cada leitura.

Como uma catarse em looping incessante, a conversa compulsiva e provocadora de Ana e Lívia traz à tona a relevância da escrita contemporânea de Galindo, tradutor de Ulysses, de JamesJoyce, cujos trechos finais resultaram no espetáculo "Molly - Bloom", montagem anterior da Cia.BR116. As referências agora incluem Emily Dickinson, Dylan Thomas e, claro, James Joyce (os nomes das personagens, por exemplo, remetem a Anna Livia Plurabelle, de Finnegans Wake, obra referência, também, em outros pontos do espetáculo). “O trabalho de Galindo tem a ousadia da mistura estrutural inovadora, muito bem construída, com uma naturalidade que surpreende e encanta, que faz do moderno, eterno e do eterno, moderno”, analisa Bete Coelho, que também assina a codireção com Gabriel Fernandes.

“Duas atrizes em busca de um desfecho”. É assim que o autor resume a trama, em uma montagem que se derrama e escorre, graças à fluidez da narrativa e da atuação, como um rio que,sem escolha, ruma ao mar. E continua: “Duas mulheres, atrizes, irmãs (...) Ana tenta aceitar o fim, mas Lívia não quer nem saber disso. Lívia inventa novos rumos, mas Ana não se deixa convencer. Ana Lívia é a soma, é o fluxo, é o rio que receia chegar à foz, ao mar”.

O elemento principal desta montagem é a atuação visceral das atrizes Bete Coelho e Georgette Fadel, em uma concepção artística limpa, precisa, despida de enfeites, que prioriza alguns dos principais elementos da linguagem teatral - o poder da palavra e do gesto. Performances e identidades que se opõem e se complementam, compondo uma unidade ambígua, mas consistente, como as pontas opostas de uma mesma mesa (ou seria um palco?), peça central da cenografia, conduzidas por uma iluminação desenhada por Beto Bruel, sugerindo o inquieto universo que acolhe as intrigantes personagens. E Bete Coelho conclui: “Muito bom podermos usar a arte para falar de transformação, finitude, tema difícil e, ao mesmo tempo engraçado, como é a própria vida”.


Ficha técnica
Espetáculo "Ana Lívia". Texto: Caetano W. Galindo | Direção: Daniela Thomas | Codireção: Bete Coelho e Gabriel Fernandes.| Elenco 1 - Bete Coelho e Georgette Fadel | Elenco 2 - Bete Coelho e Iara Jamra | Cenário: Daniela Thomas e Felipe Tassara | Produção de Cenário: Mauro Amorim | Figurino: Bete Coelho e Daniela Thomas | Design Gráfico: Celso Longo e Daniel Trench | Direção Musical: Felipe Antunes | Assistente de Direção: Theo Moraes | Diretor Técnico: Rodrigo Gava | Desenho de Luz: Beto Bruel | Assessoria de Imprensa: Fernando Sant ’Ana | Produção Executiva: Mariana Mantovani | Direção de Produção: Lindsay Castro Lima | Produção: Cia.BR116 – Teatrofilme | Realização: Sesc


Serviço
Espetáculo "Ana Lívia". Com Cia BR116. Dia 19 de janeiro. Sexta-feira, às 20h00. Teatro. Não recomendado para menores de 14 anos – Autoclassificação. Ingressos à venda: R$12,00 (credencial plena). R$20,00 (meia). R$40,00 (inteira). Venda on-line no Portal do Sesc SP (sescsp.org.br/santos) ou app Credencial Sesc SP, e presencialmente, nas bilheterias do Sesc SP. Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento . Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30 . Sesc Santos. Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida . Telefone: (13) 3278-9800.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

.: Crítica: "Os Rejeitados" é excelente comédia dramática sobre as relações

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em janeiro de 2024


Com a chegada do fim de ano, alunos e professores do prestigiado internato Barton Academy estão prontos para aproveitar as férias com familiares e amigos. Contudo, a história não acontece desse jeito para o professor Paul Hunham (Paul Giamatti, de "Almas à Venda", "O Show de Truman"), o aluno Angus (Dominic Sessa) e a cozinheira Mary Lamb (Da'Vine Joy Randolph, "Cidade Perdida"). Eles chegam a ter, brevemente, outras companhias na escola durante o feriado, mas um helicóptero muda inesperadamente o rumo das festividades de 1970 para 1971 do trio.

Eis o pontapé inicial de "Os Rejeitados", em cartaz no Cineflix Cinemas. Prisioneiros por total obrigação, o longa dirigido por Alexander Payne cria meandros para que a relação aluno-professor fora de sala de aula seja construída em meio a altos e baixos próprios de humanos, tendo o toque materno de Mary, que lamenta a morte do filho, um ex-aluno do internato. 

Com roteiro de David Hemingson, a comédia com toques dramáticos entrega uma produção de trama linda e verossímil, bem defendida também pelo estreante Dominic Sessa, na pele do aluno rebelde. Por outro lado, há o nítido apoio em cena do veterano Paul Giamatti ("Sideways: Entre Umas e Outras") como o professor de história de uma pequena cidade em Massachusetts, detestado pelo corpo docente -e também discente. Assim, a dobradinha fica no ponto, fazendo rir ou comovendo em situações dramáticas, tendo a atuação cativante de Da'Vine Joy Randolph.

"Os Rejeitados", além de ser capaz de provocar reflexões sobre os abandonados olhares para os detalhes do cotidiano, desperta a atenção para a individualidade de cada um que pode ser entendida por meio da convivência (geralmente bloqueada) e o exercício de ouvir mais o que o outro tem a dizer. Imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Os Rejeitados" (" The Holdovers"). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, dramaClassificação: 16 anos. Duração: 2h13. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Universal Pictures. Direção: Alexander Payne. Roteiro: David Hemingson. Elenco: Paul Giamatti, Da’vine Joy Randolph, Carrie PrestonSinopse: Na data mais esperada do fim do ano, os alunos e professores do prestigiado internato Barton Academy se preparam para passar suas férias com as famílias e amigos. No entanto, um grupo conhecido como Os Rejeitados fica para trás, sem lugar ou pessoas para visitar. Paul Hunham (Paul Giamatti), um professor altamente desgostado pelo corpo docente, sempre fica para trás e contra a sua vontade, é o responsável por cuidar dos estudantes que precisam ficar no colégio no feriado. Durante a tarefa, ele precisa lidar especificamente com Angus (Dominic Sessa), um adolescente rebelde que está lidando de sua própria forma com a morte do pai. Entre gritos, perseguições no corredor, detenções e conversas, os dois acabam descobrindo mais sobre a vida com a ajuda da cozinheira-chefe da escola.  

Trailer de "Os Rejeitados"

Leia+

.: Espetáculo "Vitaminas" investiga os limites da intimidade na vida privada


Inspirado nas obras dos escritores norte-americanos Raymond Carver e Lúcia Berlin, o espetáculo "Vitaminas" estreia na Vila Maria Zélia, de 18 a 28 de janeiro. As se˜ões são de quinta a domingo e os ingressos são gratuitos. São histórias privadas, em que a intimidade dos relacionamentos amorosos parece não se encaixar à promessa de sucesso pessoal. Foto: Jonatas Marques 

A partir da livre adaptação das obras dos escritores norte-americanos Raymond CarverLúcia Berlin, o espetáculo "Vitaminas" aborda a depressão, e outros transtornos psíquicos que se tornaram epidêmicos a partir da década de 1980, confrontando o realismo da literatura norte-americana, ao atual conceito de "realismo capitalista", defendido por Mark Fisher. A peça será apresentada na Vila Maria Zélia, de 18 a 28 de janeiro, com sessões de quinta a domingo, e ingressos gratuitos.

Com orientação de Rodolfo Amorim e colaboração de Clayton Mariano, a peça enxerga na “falta de alternativa” neoliberal o crescimento da indústria cultural de Hollywood que coloniza o imaginário brasileiro pós ditadura. Cinco contos de Raymond Carver (1938-1988) e três de Lúcia Berlin (1936-2004) se cruzam nesse grande panorama da sociedade americana da década de 1980. São histórias privadas, em que a intimidade dos relacionamentos amorosos parece não se encaixar à promessa de sucesso pessoal. O fracasso como sintoma e resistência ao neoliberalismo.

Para os diretores é uma “paródia crítica do "American Way of Life" que, ao mesmo tempo em que vigora enquanto ideologia dominante em nossa sociedade, naufraga enquanto projeto estético e político. Uma peça que enxerga o fracasso como alternativa para uma sociedade onde só os vencedores têm vez. A montagem é resultado do Núcleo de Pesquisa Intimidade, orientado por Rodolfo Amorim e colaboração de Clayton Mariano, que investigou pequenos eventos do cotidiano, muitas vezes banais, mas que de tão íntimos parecem inacessíveis ao voyeurismo latente da sociedade atual.

A iniciativa integra o projeto 5X XIX, que visa a manutenção e a continuidade dos 18 anos de residência artística do Grupo XIX na Vila Maria Zélia, contemplado pela 40ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura.

Ficha técnica
Espetáculo "Vitaminas". Orientação e direção: Rodolfo Amorim e Clayton Mariano. Elenco: Ericka Leal, Gabriel Muglia, Igor Mo, Jessica Mancini, Jonathan Moreira, Lígia Fonseca e Rebecca Leão. Dramaturgismo: Clayton Mariano. Cenário: Rodolfo Amorim. Objetos de cena: Jessica Mancini. Figurino: Lígia Fonseca.


Serviço
Espetáculo "Vitaminas".De 18 a 28 de janeiro de 2024 - Quinta a sábado às 20h e domingo, às 19h. Duração: 100 minutos. Classificação etária: 14 anos. Ingressos: grátis, mediante reserva de ingressos. Retirada pelo Sympla. Vila Maria Zélia - Rua Mário Costa 13 (Entre as ruas Cachoeira e dos Prazeres) – Belém. Telefone – (11) 2081-4647. Acessibilidade. Estacionamento: gratuito.

.: A produção da 5ª temporada de "Stranger Things" começa oficialmente


"Stranger Things"
é uma declaração de amor aos clássicos dos anos 80 que encantaram uma geração. A história começa na cidade norte-americana de Hawkins, Indiana, quando um menino desaparece sem deixar vestígios. Em busca de respostas, a família e os amigos se envolvem em situações complicadas, que podem ser fatais.

A cidade parece comum, mas esconde mistérios sobrenaturais extraordinários, além de experiências secretas do governo e um portal muito perigoso, que conecta o nosso mundo a um lugar sinistro e muito poderoso. As descobertas dessa turma vão colocar as amizades à prova e mudar as vidas de todos. Depois dessa aventura, Hawkins e o mundo nunca mais serão os mesmos.

Criada pelos Irmãos Duffer, "Stranger Things" estreou em julho de 2016 e rapidamente se tornou uma das séries televisivas mais populares da Netflix, com a temporada 4 acumulando sozinha mais de 140,7 milhões de visualizações mundialmente. Enraizada na nostalgia dos anos 80, provocou o ressurgimento de itens da cultura pop da década em cada temporada, incluindo os waffles Eggo e a New Coke.

Mais recentemente, deu nova vida à música “Running Up That Hill”, de Kate Bush, que fez sucesso no Spotify e entrou para o top 10 da Billboard Hot 100 pela primeira vez desde que foi lançada, em 1985. A série também ganhou mais de 70 prêmios no mundo todo, inclusive Emmys e o prêmio de Melhor Elenco em Série Dramática do Screen Actors Guild, e recebeu mais de 230 indicações. Para os fãs de Stranger Things no mundo todo, 6 de novembro (dia do desaparecimento de Will Byers) marca o Stranger Things Day (‘Dia de Stranger Things’), uma data especial para celebrar o amor pela série.

A temporada 5 foi anunciada como a temporada final de "Stranger Things", com outros projetos do mesmo universo em andamento, incluindo "Stranger Things: The First Shadow" no West End, em Londres, e uma série de animação spin-off. www.netflix.com/StrangerThings

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