segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

.: Espetáculo "A Herança" é o melhor do ano. Confira a lista dos outros 12

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Listar os 13 melhores do ano é tarefa ingrata em qualquer área. Selecionar as 13 melhores peças teatrais de 2023, em meio a centenas de convites que chegam à nossa redação é, também, algo desafiador e uma viagem teatral ao longo do ano a partir de um critério absolutamente subjetivo: o gosto pessoal de quem elaborou a lista. Vários espetáculos tão bons quanto os que estão nesta lista ficaram de fora, o que não quer dizer que não mereçam ser assistidos. Também confira a lista de Melhores Peças Teatrais de 2022. 


1. "A Herança"
Arrebatador, “A Herança” é o espetáculo do ano. Em 1° lugar da lista de Melhores Peças Teatrais do Ano publicada pelo portal Resenhando.com, a peça teatral premiada na Broadway, passou pelo Teatro Raul Cortez e fez história em São Paulo. Em duas partes que totalizam quase seis horas, que parecem minutos, o público se apaixona e torce pelo personagem defendido por Bruno Fagundes. Com sutileza e muita senibilidade, ele transforma um personagem que poderia ser apenas a caricatura da bondade em alguém para torcer e vibrar por ele. Entregando de modo esmiuçado o que é ser gay, desde a vivência do escritor E. M. Forster, autor de "Retorno a Howards End" refletida no livro "Maurice", até os dias de hoje, "A Herança" é uma peça que continuará atual por muito tempo. Mudam-se os tempos, mas a história se repete. A montagem de Matthew Lopez aborda com sensibilidade e profundidade as gerações de homens gays e seus dilemas. Os atores Reynaldo Gianecchini, em uma interpretação muito corajosa para um artista que ficou conhecido por interpretar muitos galãs nas telenovelas brasileiras, além de Marco Antônio Pâmio, Rafael Primot e André Torquato brilham nos papéis principais. Também fizeram parte do elenco os atores Cleomácio Inácio, Davi Tápias, Felipe Hintze, Gabriel Lodi, Haroldo Miklos, Rafael Américo e Wallace Mendes que se revezam na interpretação de 25 personagens. Um espetáculo para guardar na memória... e no coração.



2. "Uma Linda Mulher - O Musical"

Em 2° lugar na lista de Melhores Peças Teatrais do Ano, o clássico contemporâneo "Uma Linda Mulher" esteve em cartaz como musical até dezembro no Teatro Santander e repetiu a trajetória bem-sucedida do filme filme-fenômeno-pop de 1990, ao fazer uma releitura feminista do clássico dos irmãos Grimm. Tudo nesse espetáculo é grande, desde os cenários que reproduzem as cenas do longa-metragem, até o talento dos protagonistas. A atriz Thais Piza é mais do que carisma e coração ao interpretar Vivian Ward, personagem que alçou Julia Roberts ao estrelato. O risco era alto: as comparações com a interpretação clássica do cinema e outro ainda maior, o de ser devorada por uma personagem tão grande. Com experiência de sobra e a entrega de uma atriz em busca do papel de sua vida, Thais Piza brilhou com uma personagem capaz de demonstrar ao público toda expressividade, potência vocal e até a vulnerabilidade de uma atriz imensa. Par romântico da atriz no espetáculo, Jarbas Homem de Mello consegue ser mais humano que Richard Gere no papel de Edward Lewis, executivo que contrata uma acompanhante para passar uma semana com ele. Confira a crítica: Musical "Uma Linda Mulher" é a surpresa do ano ao focar no carisma.

3. "O Guarda-Costas - O Musical"
Mais do que um espetáculo, "O Guarda-costas - O Musical" é uma celebração à música e à memória de Whitney Houston e está em 3° lugar na lista de Melhores Peças Teatrais do Ano publicada no portal Resenhando.com. A montagem brasileira do espetáculo, produzida pela 4ACT e dirigida por Ricardo Marques e Igor Pushinov, consegue a proeza de ser melhor que o filme da década de 90 que o inspirou. Grande parte do mérito disto acontecer é a entrega da protagonista, interpretada por  Leilah Moreno, que nasceu para o papel. Intérprete da personagem principal, ela está entregue e devora tudo o que vem pela frente em mais de duas horas que parecem minutos. Encantado com o que a artista promove a partir da voz e do talento da artistas, o público não vê o tempo passar. Parece que Leilah Moreno, na pele de Rachel Marron, tem o poder de parar o tempo. Não há outra atriz no mundo capaz de interpretar um papel que foi de Whitney Houston como faz Leilah Moreno neste espetáculo. O ator Fabrizio Gorziza deu vida ao guarda-costas. Fizeram parte do espetáculo os atores Talita Cipriano, Davi Martins, Pedro Galvão, Marcelo Goes, Vinicius Conrad, Nalin Junior, Victor Barreto, Alvaro Real e Daiana Ribeiro. Já o ensemble traz os experientes bailarinos Mari Saraiva, Danilo Coelho, Felipe Tadeu, Leandro Naiss, Lucas Maia, Raquel Gattermeier, Fernanda Salla, Josemara Macedo, Thaiane Chuvas, Vicky Maila e Thiago Alves. Foto: Felipe Quintin. Confira as críticas:
.: "O Guarda Costas - O Musical" consegue ser melhor que o filme
.: "O Guarda Costas - O Musical" em 11 motivos para não perder 
.: Crônica: "O Guarda Costas - O Musical" é showzão de Leilah Moreno. 


4. "Alguma Coisa Podre"
"Há algo de podre no reino da Dinamarca". Essa frase de "Hamlet", escrita há mais de 400 anos por William Shakespeare, dá o tom de "Alguma Coisa Podre", mais que um musical, um fenômeno pop, que esteve em cartaz até dia 6 de agosto no Teatro Porto e está em 4° lugar na lista de Melhores Peças Teatrais do ano publicada no portal Resenhando.com. O espetáculo é solar, para cima e não perde a energia em um só momento - nem quando a ação se passa no segundo ato, quando os espetáculos tendem a cair. Há músicas muito boas e chega a ser irônico que um espetáculo que marca o período da renascença marque, de alguma maneira, o renascimento do teatro depois de uma pandemia em que a arte respirava sobre aparelhos. "Alguma Coisa Podre" é o teatro voltando a lotar mas, sobretudo, é o Brasil voltando a sorrir. No elenco, Marcos Veras, Leo Bahia, George Sauma, Wendell Bendelack, Rodrigo Miallaret, Bel Lima e Laila Garin. Direção Artística: Gustavo Barchilon. Versão brasileira: Cláudio Botelho. Confira as críticas: 


5. "Sylvia"
O mundo mudou depois da primeira temporada do espetáculo "Sylvia", apresentado no Brasil pela primeira vez em 2019. A expectativa, e a curiosidade, era saber de que maneira os atores deste espetáculo mudaram nessa nova temporada, que esteve em cartaz até dezembro no Teatro Porto. A resposta é uma: "Sylvia" é como o vinho e os atores amadureceram as interpretações, tornando tudo ainda mais mágico. O espetáculo está em 5° lugar entre as Melhores Peças Teatrais do Ano publicada no portal Resenhando.com. Além de ter como personagem principal uma dócil cãzinha, "Sylvia" é um espetáculo que se apoia em temas sensíveis como crise de meia idade, síndrome do ninho vazio e responsabilidade afetiva. Destaque para Vera Zimmermann, que teve o desafio de substituir a saudosa atriz François Fourton e se saiu muito bem, e a interpretação delicada e extremamente sensível da personagem-título feita por Simone Zucato, que também assina a tradução da peça escrita por A.R. Gurney. No elenco, também estavam Cássio Scapin e Thiago Adorno, sob a direção de Gustavo Wabner. Confira a crítica à primeira temporada do espetáculo neste link: "Sylvia", papel que foi de Sarah Jéssica Parker, faz autocrítica ao ser humano.


6. "Funny Girl - A Garota Genial"

Escrita por Bianca Tadini e Luciano Andrey, a releitura feminista de"Funny Girl" teve um sucesso estrondoso em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dirigida por Gustavo Barchilon, a versão brasileira do clássico foi protagonizada por Giulia Nadruz e Eriberto Leão. Assistimos no Teatro Porto, em São Paulo, com Vânia Canto no papel de Fanny Brice. A personagem para ela, uma mistura de Adele com todas as características de uma atriz de musicais, resultou em uma interpretação arrebatadora. Queremos mais de Vânia Canto como protagonista absoluta no teatro musical em 2024. "Funny Girl - A Garota Genial" tem produção da Barho Produções em parceria com a 7.8 Produções Artísticas. .: Confira a crítica: "Funny Girl - A Garota Genial" em sete motivos para não perder no Porto.


7. "Consentimento"
Com direção de Camila Turim e Hugo Possolo, o espetáculo "Consentimento" é uma tragicomédia divertida no riso nervoso de quem vê diante do espelho suas contradições e fissuras. Com texto da premiada autora inglesa, Nina Raine, espetáculo é contemporâneo e impactante, uma peça que consegue ser contundente, dolorosa e afiada. Você finge que é algo e os outros fingem que acreditam. Assim se mantém a paz entre os relacionamentos - de amigos, amantes e familiares - na vida real. Qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência quando se é colocado diante de um espetáculo do porte de "Consentimento", que ecoa por horas após ser apresentado. É forte, visceral, polêmico e conta com atores que têm gabarito para defender personagens tão contundentes. O espetáculo incomoda e faz valer a máxima de que a arte, muitas vezes, deixa de ser mero entretenimento. Ninguém é anjo no espetáculo - ainda bem - porque a partir de personagens tão inquietantes - e muitas vezes insuportáveis - surgem discussões e questionamentos que ultrapassam as barreiras do palco. No elenco, Flavio Tolezani, Camila Turim, Helô Cintra Castilho, Sidney Santiago Kuanza, Gui Calzavara, Anna Cecília Junqueira e Lisi Andrade. Confira a crítica: "Consentimento" ultrapassa as barreiras do palco ao falar de abusos


8. "Veraneio"
Após uma premiada parceria de sucesso em 2018 em "Pousada Refúgio", o diretor Pedro Granato e o dramaturgo Leonardo Cortez se uniram mais uma vez no espetáculo "Veraneio", que discute dramas familiares, dilemas e agonias do mundo pós-pandêmico com humor afiado. A trama acompanha o reencontro, repleto de curiosidades e dramas, de Dona Laura e seus três filhos amargurados para celebrarem o aniversário da matriarca, interpretada por Clarisse Abujamra. Em um texto sensível, todos se destacam, como uma espécie de engrenagem em que ninguém é dispensável. Todos os atores têm bons momentos e, em determinado momento, o foco gira em torno de cada um deles. Eles representam tipos para tratar da alegoria da vida e apertam o público até a reflexão. É um espetáculo que, além de colocar o dedo nas feridas e em assuntos sensíveis a qualquer família, também aborda a hipocrisia e a descoberta da sexualidade durante a velhice. São assuntos pertinentes e há, com isso tudo, a direção certeira de Pedro Granato - neste espetáculo milimetricamente pensada para não poupar ninguém. "Veraneio" é uma pancada que começa parecendo inofensiva, mas não há como sair ileso. Assistimos dia 21 de julho no Teatro do Sesc Santos. No elenco, Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Leonardo Cortez, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe e Tatiana Thomé. Foto: Nadja Kouchi. Confira a crítica: "Veraneio" é uma alegoria sobre amor e ódio nas famílias.


9. "A Megera Domada"
"A Megera Domada" é uma das peças mais famosas do grande dramaturgo inglês William Shakespeare. A comédia narra as confusões criadas por um grupo de pretendentes pela bela e doce Bianca, após saberem da decisão de seu pai controlador: ela só se casaria após o enlace de sua irmã mais velha, a indomável Catarina, que é refratária à natureza dos relacionamentos amorosos da época. É neste cenário que entra Petruchio que, na busca por um casamento de interesse, se dispõe a enfrentar a fera.  A tradução e a adaptação são dos dramaturgos e roteiristas Fabio Brandi Torres e Isser Korik, que também assina a direção. A nova montagem esteve em cartaz até o final de novembro no Teatro Uol com novo elenco. Agora, Eduardo Semerjian, Leticia Tomazella, Lizandra Cortez, Marcelo Diaz e Pedro Lemos interpretam 16 personagens do texto original, numa troca rápida que vai além do figurino. A exigência de uma mudança interna para cada personagem, desafia os atores e exige um grande preparo técnico. Confira a crítica: A Megera Domada": cinco motivos para não perder a comédia em SP. 


10. "Grease, o Musical"
"Grease é o caminho", destaca o refrão da música clássica do trio Bee Gees que dá nome ao teatro musical da produtora 4Act Entretenimento, "Grease, o Musical", que encerrou as apresentações dia 6 de março do ano passado com muita energia e emoção, no Teatro Claro SP. O espetáculo é inspirado no musical da Broadway de 1971, que foi transformado no icônico filme de 1978, estrelado por John Travolta e Olivia Newton-John. A jovialidade do elenco, em coreografias e figurinos impecáveis reforçaram a engrenagem do musical sobre a história de amor de Danny e Sandy, que acontece durante o verão dos anos 50, nas praias da Califórnia. Com a volta às aulas, eles se reencontram de modo inesperado, afinal, ele não é tão doce como se mostrou, Danny lidera a gangue do Burguer Palace Boys. Enquanto que a mocinha certinha vai se enturmando com as Pink Ladies, Danny tenta seu lado de atleta - sem sucesso. O enredo condizente a uma época ultrapassada, reflete quando as mocinhas deveriam seguir certas condutas para evitar que fossem rotuladas da pior forma. De fato, "Grease" é o retrato da liberdade feminina que começava a se desenhar. No elenco, Tiago Prado, Luli, Alice Zamur, Nathan Leitão, Sofie Orleans, Carol Pita, Camila Brandão, Pedro Nasser, Rafa Diverse e outros. Não há como negar que rever no teatro em nova montagem do meu filme favorito, após tantos anos, foi extremamente emocionante. Confira a crítica: "Grease, o Musical" resgata nos palcos clássico sobre os anos 50.


11. "Pagú - Até Onde Chega a Sonda"
Um manuscrito, ainda inédito, deixado pela escritora, poeta, feminista, desenhista, jornalista e militante Patrícia Rehder Galvão, a Pagú (1910-1962) é o ponto de partida para o espetáculo, que tem direção de Elias Andreato e atuação de Martha Nowill - que também assina o texto e tem o poder de transformar um texto tão denso em algo mais leve. É preciso muita sensibilidade e empatia para conseguir fazer isso.  A dramaturgia, assinada pela atriz que protagoniza a peça, foi escrita a partir de um manuscrito inédito que Pagú produziu enquanto estava presa. Duas mulheres, uma em 1939 na Casa de detenção, outra mãe de gêmeos em plena pandemia, contam suas histórias. O resultado é trancedental. Foto: Rodrigo Chueri.


12. "O Avesso da Pele"
Montagem teatral oficial do premiado romance escrito por Jeferson Tenório (Prêmio Jabuti 2021), o espetáculo "O Avesso da Pele" se passa em Porto Alegre, na década de 80, e conta a história de Pedro, filho de um professor de literatura assassinado em uma desastrosa abordagem policial. Após este episódio, ele inicia uma investigação acerca de suas origens, o passado da sua família e a trajetória de seu pai, Henrique. Construindo assim, uma jornada que elucida, não só questões de paternidade preta em um país marcado pelo racismo, mas também os caminhos que levam ao afeto e à redenção. A peça é idealizada pelo Coletivo Ocutá, com direção de Beatriz Barros e tem o elenco composto por Alexandre Ammano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto. Em cena, os quatro atores se alternam entre os personagens, em um movimento em que todos serão pai e filho em algum momento. Assistimos ao espetáculo no dia 26 de agosto no Teatro do Sesc Santos. Foto: Helt Rodrigues.



13. 
"Frida Kahlo - Viva la Vida"
Com atuação de Christiane Tricerri e direção de Cacá Rosset, o espetáculo “Frida Kahlo - Viva la Vida” mostra um novo olhar sobre a vida da artista mexicana, com o texto de Humberto Robles, considerado um dos maiores dramaturgos mexicanos. O solo traz uma Frida Kahlo lúcida, solar e cáustica, que celebra o triunfo paradoxalmente no Dia dos Mortos. Enquanto prepara um jantar para convidados, vivos ou mortos, passeia por sua vida relembrando e trazendo os personagens que passaram por sua história. A produção é de Alonso Alvarez. Assistimos no dia 21 de julho no Teatro do Sesc. Foto: Isadora Tricerri. 

.: Livro "Felicidade na Prática" propõe princípios para quem busca ser feliz


Fundadora da Sociedade de Pessoas Felizes, Pamela Gail Johnson publica livro que estimula leitor a perceber a alegria em meio às adversidades da vida.


“Muitas pessoas acreditam que só podem ser felizes na ausência de conflitos. Mas momentos assim acontecem até mesmo nas horas mais desafiadoras”. É com essa frase que Pamela Gail Johnson, especialista em psicologia positiva e fundadora da Society of Happy People (Sociedade de Pessoas Felizes) há 25 anos, sintetiza a obra "Felicidade na Prática": um compilado de insights que ajuda a repensar o sentimento e a alcançar este estado de espírito sem depender de bens materiais.

Ao lidar diariamente com pessoas que buscam o prazer emocional, a autora constatou que todos podem ter acesso à felicidade a qualquer momento se forem capazes de reconhecer alguns princípios: 1) a felicidade é pessoal; 2) os Exterminadores da Felicidade são gerenciáveis; 3) ela muda conforme você muda; 4) este sentimento é maior do que se pensa. Estes tópicos apresentados por Johnson ao longo de quatro capítulos delineiam caminhos para o autoconhecimento a fim de demonstrar como regular as emoções em meio ao caos e auxiliar na jornada rumo à alegria plena.

Neste lançamento da Latitude, a escritora apresenta os temíveis "Exterminadores de Felicidade": medo, estresse, dificuldades financeiras, luto e outros sentimentos que podem diminuir a percepção individual de alegria. Entretanto, Pamela Gail Johnson enfatiza que, independentemente destes obstáculos, a felicidade sempre estará presente em pequenas ações, pois ela muda de acordo com a mentalidade, maturidade e percepção de cada pessoa sobre o momento presente.

Para evitar que pessoas caiam no conceito de "Felicidade Competitiva", ou seja, uma falsa alegria constante, a escritora instiga o leitor, por meio de relatos e exemplos práticos, a montar uma lista de cinco coisas que os fazem felizes de verdade. De tarefas simples como um passeio ao ar livre a desafios complexos, a especialista explica que listar essas ações ajuda a identificar a sensação de bem-estar no dia a dia, sem precisar de acontecimentos extraordinários para alcançar o oásis.

"Felicidade na Prática" é um convite para cultivar uma mentalidade positiva em meio a situações adversas. Com ensinamentos de uma das maiores especialistas no tema, o livro traz um importante alerta: não é o emprego, a casa, o relacionamento amoroso ou bens materiais que tornarão a felicidade possível, mas, sim, saber gerenciar as vivências pessoais e ter uma visão edificante e gratificante nos momentos mais singelos.  Compre o livro "Felicidade na Prática", de Pamela Gail Johnson, neste link.


Sobre a autora
Pamela Gail Johnson
ajuda as pessoas a entender, expandir e repensar a felicidade desde 1998, quando fundou a Society of Happy People (Sociedade de Pessoas Felizes). A partir deste trabalho, ela já foi destaque em muitas revistas e jornais, incluindo People, Newsweek, The Washington Post, The Cotsco Connection, USA Today, The Wall Street Journal, The Dallas Morning News e The Los Angeles Times. Ela acredita que sua missão na terra e propósito na vida é tornar o mundo um lugar mais feliz. E isso começa ajudando as pessoas a se sentirem mais felizes, uma pessoa de cada vez. Garanta o seu exemplar de "Felicidade na Prática", escrito por Pamela Gail Johnson, neste link.

.: Banda de Pau e Corda traz para o Sesc Belenzinho o show "Entre a Flor e a Cruz"


Em janeiro, o Sesc Belenzinho recebe a Banda de Pau e Corda. O show acontece na sexta e sábado, dias 5 e 6 no Teatro, com ingressos de R$ 15 (Credencial Sesc) a R$ 50 (inteira). Foto: Sidarta 


De volta à capital paulista, a Banda de Pau e Corda traz para o Sesc Belenzinho o show "Entre a Flor e a Cruz", com repertório do disco lançado no fim de setembro. O álbum, que celebra os 50 anos do grupo, traz canções inéditas como a que dá título ao disco, clássicos da música nordestina, a exemplo de "Carcará", de João do Vale, com participação de Juliana Linhares, "Moer Cana", de Chico César, com participação de Lenine, além de canções marcantes do repertório autoral da Banda, como "Esperança", de Sérgio Andrade e Waltinho, com participação do Padre Fábio de Melo, e "Areia", dos mesmos autores e participação especial de Fagner. O show promete apresentar ao público um retrato fiel de um dos grupos mais importantes e mais longevos da música popular nordestina, exaltando ritmos como o baião, o xote, o frevo e a ciranda. 

Criada em dezembro de 1972, a Banda de Pau e Corda é uma das principais representando de um movimento de renovação da música popular com raízes nordestinas e da criação de uma canção marcadamente pernambucana. Junto a artistas como Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Quinteto Violado, criou uma estética responsável por levar a tradição da música local para todo o Brasil, compondo canções populares a partir de ritmos e gêneros vinculados ao imaginário rural pernambucano. Sua proposta estética sempre foi de valorização do diálogo entre as matrizes rurais e urbanas da cultura nordestina. 


Serviço
Show "Entre a Flor e a Cruz", com a Banda de Pau e Corda. Dias 5 e 6 de janeiro de 2024. Sexta e sábado, às 21h00. Local: Teatro (374 lugares). Valores: R$ 50,00 (inteira); R$ 25,00 (Meia entrada), R$ 15 (Credencial Sesc) . Ingressos à venda no portal sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades Sesc. Classificação: 12 anos. Duração: 90 minutos. Sesc Belenzinho. Rua Padre Adelino, 1000 - Belenzinho/São Paulo. Telefone: (11) 2076-9700 - sescsp.org.br/Belenzinho. Estacionamento. De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h. Valores: credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Transporte Público: Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m).

.: "O Menino Maluquinho" às quartas no Festival de Férias do Teatro Uol


Os atores 
Glauber Leme, Gustavo Guimarães, Helcio Vidal, Renan Vinícius, Renata Cristina e Viviane Zanelli em cena no espetáculo "O Menino Maluquinho", que será apresentado às quartas-feiras de janeiro, dentro da programação do Festival de Férias do Teatro Uol. Foto: Adriano Liano Produções.


Clássico de literatura infantil, "O Menino Maluquinho" faz uma homenagem ao seu criador, dentro da programação do Festival de Férias do Teatro Uol e será apresentado às quartas-feiras de janeiro, a partir do dia 10 de janeiro, sempre às 16h. Voltado para o público infantil, o festival de teatro é uma tradição cultural da cidade de São Paulo. Já na 38º edição, a programação é diversa e de qualidade, trazendo clássicos e temas que abordam as questões do universo infantil de forma criativa e lúdica.

São sete espetáculos, que se revezam em apresentações em todos os dias da semana, entre 4 e 31 de janeiro. De segunda a sexta-feira, às 16h, e sábados e domingos, às 16h e 17h40. Os pais ainda contam com toda a estrutura e segurança do Shopping Pátio Higienópolis para que as crianças aproveitem cada minuto do passeio. Dentro da programação, às segundas-feiras, o espetáculo "O Lobo Mau Não Tem Culpa - O Bullying na Infância". Terças, "Sítio do Picapau Amarelo - O Rapto de Narizinho". Quartas-feiras, "O Menino Maluquinho". Quintas, "O Tambor Africano". Sextas, "Circus - A Nova Tournée". Sábados e domingos, às 16h, "Era Uma Vez... Pinocchio", e às 17h40, "Piratas do Caramba".

Clássico de literatura infantil, "O Menino Maluquinho" ganha aqui uma homenagem ao seu criador. Ziraldo precisa preparar uma edição especial em comemoração aos 43 anos de existência do Menino Maluquinho. Em meio a esse processo, ele recebe em seu ateliê a visita de seus netos. Por meio de desenhos e brincadeiras, eles recordam juntos as obras mais divertidas e cheias de aventura criadas por Ziraldo, oferecendo ao público uma imersão no universo do autor. "O espetáculo é uma grande homenagem ao artista Ziraldo e sua obra mais conhecida e amada de todas", reforça Ronaldo Liano. Elenco: Glauber Leme, Gustavo Guimarães, Helcio Vidal, Renan Vinícius, Renata Cristina e Viviane Zanelli. Texto e direção: Ronaldo Liano. Realização: Grupo Trapiche. Dias 10, 17, 24 e 31 de janeiro, quartas-feiras, às 16h. Duração: 60 minutos. Classificação: livre. Espetáculo indicado para maiores de dois anos.

Serviço
38º Festival de Férias do Teatro Uol
De 4 a 31 de janeiro de 2024. Todos os dias da semana. De segunda a sexta-feira, às 16h. Sábados e domingos, às 16h e 17h40. Espetáculos infantis com classificação livre. Ingressos: R$ 80,00. Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323. Vendas on-linewww.teatrouol.com.br. Horário de funcionamento da bilheteria em janeiro: segundas e terças das 14h às 16h, quartas, quintas e sextas das 14h às 21h, sábados, das 14h às 22h e domingos, das 14h às 20h; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube UOL e Clube Folha 50% desconto. Teatro Uol. Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / Telefone: (11) 3823-2323. Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro Uol: portal Uol, Folha de S.Paulo, Genesys e MetLife.

.: "O Sexo dos Anjos" é a primeira novela resgatada pelo Globoplay em 2024


Trama de Ivani Ribeiro fica disponível para todos os assinantes do Globoplay no dia 1º de janeiro, contando a história de amor improvável entre uma mortal e um anjo, personagens de Isabela Garcia e Felipe Camargo. Na imagem, Felipe Camargo, Isabela Garcia, Marcos Frota, Paula Burlamaqui. Foto: TV Globo / Bazilio Calazans


Em 2024, a nostalgia continua marcando presença no catálogo do Globoplay com clássicos da dramaturgia brasileira que serão relembrados durante todo o ano. E a partir do dia 1º de janeiro já tem presente para os fãs do gênero: a novela "O Sexo dos Anjos", novela escrita por Ivani Ribeiro, que fica disponível para toda a plataforma. Exibida originalmente em 1989-90, na faixa das 18h da TV Globo, a trama acompanha o romance entre uma mortal e um anjo, interpretados, respectivamente, por Isabela Garcia e Felipe Camargo.   

Bia Seidl é Diana, o Anjo da Morte, e dá para o Emissário (Felipe Camargo) uma missão que vai transformar sua existência: buscar a assistente social Isabela (Isabela Garcia) na Terra. Ele só não imagina que os dois terão uma conexão imediata. Encantado pela moça, o personagem acredita ser mais justo levar Ruth (Silvia Buarque), a irmã de Isabela, em seu lugar. O perfil de vilã da jovem é inegável. Ruth é cruel, ciumenta e destrata as pessoas ao seu redor, principalmente o irmão Tomás (Marcos Frota), que é surdo. Otávio (Humberto Martins) completa o quarteto de irmãos, filhos de Leonor (Myriam Pérsia), a única que parece não desconfiar das maldades da filha. 

Na tentativa de poupar a amada, Emissário consegue convencer sua chefe e Isabela tem mais uma chance para continuar viva, não podendo exceder um número de pecados. Divertido, meio atrapalhado e romântico, o personagem de Felipe Camargo ainda é transformado em humano, e se passa por um professor de tênis, com o nome de Adriano, para se aproximar da protagonista. Cada vez mais mergulhado nessa paixão, será que ele será capaz de tudo para salvar Isabela, contrariando até mesmo as ordens de sua superior?    

Escrita por Ivani Ribeiro, "O Sexo dos Anjos" é inspirada em outra novela de sua autoria, "O Terceiro Pecado", destaque na TV Excelsior nos anos 1960. A obra reúne ainda em seu elenco nomes como Stenio Garcia, Tonico Pereira, Paula Burlamaqui, Mário Gomes, Carla Marins, Stepan Nercessian, Bianca Byington, Otavio Muller, Paulo Figueiredo e os saudosos Eloísa Mafalda, Irving São Paulo e Norma Bengell.

domingo, 31 de dezembro de 2023

.: Lista: os 15 melhores filmes que marcaram telonas e telinhas em 2023

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


2023 foi um ano recheado de filmes incríveis nas telonas dos cinemas e nas telinhas em casa. Nós do Resenhando.com prestigiamos sucessos inesquecíveis nas telonas do Cineflix Cinemas em Santos, assim como nas plataformas de streaming. Para tanto, elencamos aqui os 15 filmes mais marcantes deste ano. Confira a lista das produções que causaram alvoroço nas salas de cinema!


Assassinos da Lua das Flores

O filme de Martin Scorsese, com total de 3h26 de duração, apresenta uma história de sangue em que o poder dita quem deve viver e morrer. Assim, a briga entre o homem branco e de pele vermelha é narrada de modo que vai crescendo, crescendo até transbordar na telona. Na trama, a atriz Lily Gladstone ("Certas Mulheres") brilha do início ao fim, ao lado dos vencedores da estatueta do Oscar, Leonardo Di Caprio ("O Resgate"), Robert De Niro ("Touro Indomável",) e Brendan Fraser ("A Baleia"), assim como o já indicado Jesse Plemons ("Ataque de Cães"). 

.: Crítica: "Assassinos da Lua das Flores" transborda na telona e vai levar Oscar

Barbie

O tão aguardado filme da "Barbie" vale pela estética, principalmente quando tudo acontece em Barbilândia, além de fazer refletir -e arrancar lágrimas- sobre o que é ser mulher nos dias de hoje. Com classificação indicativa para maiores de 12 anos, o longa dirigido por Greta Gerwig ("Lady Bird: A Hora de Voar") ainda batalha pra quebrar o estereótipo da boneca de até 30 centímetros e mostrá-la como uma mulher comum -aprofundando nos estereótipos da Barbie e sobre ser mulher.

.: Crítica: "Barbie" é esteticamente lindo, mas perde a magia até o desfecho

Asteroid City

A  comédia dramática de Wes Anderson traz o passo-a-passo da construção de uma peça teatral, personagens detalhados e uma cidade ficcional cheia de peculiaridades representando uma passagem da história americana. O filme que totaliza 1h45 é um show visual com tons pastéis em pleno deserto da década de 50 em que experimentos eram realizados em busca da bomba atômica, o que esbarra até em aparições alienígenas -pra lá de cômicas. 

.: Resenha crítica: filme "Asteroid City" é espetáculo para olhos e ouvidos

A Sombra de Caravaggio

O filme italiano encanta, não somente por trazer o processo e as criações artísticas do pintor Michelangelo Merisi, mais conhecido por Caravaggio, mas por entregar uma leitura belíssima -usando o sombrio atormentador- para apresentar a história do artista que procurou a realidade palpável e concreta da representação, a ponto de usar modelos humanos, sendo, prostitutas, crianças de ruas, mendigos e até mortos. O longa dirigido pelo ator e diretor Michele Placido é puro deleite.

.: Crítica: "A Sombra de Caravaggio" entrega a escuridão da genialidade

Os Três Mosqueteiros: D´artagnan

A nova adaptação do famoso romance de Alexandre Dumas: "Os Três Mosqueteiros", mostra-se como a mais fiel ao texto originário, estampando as emoções de uma trama de tirar o chapéu ainda interpretada com maestria por um elenco formado com escolhas certeiras, com direito a Vincent Cassel (Athos), Romain Duris (Aramis) e Evan Green (Milady). Em 125 minutos de filme, é impossível não se sentir presenteado diante de tamanho espetáculo que é "Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan", o primeiro filme da trilogia dirigida e roteirizada por Martin Bourboulon. 

.: Crítica: "Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan" é grandioso espetáculo

Elementos

Quando tanto se fala sobre aprender a tolerar as diferenças, surge na telona a nova animação Disney Pixar, de 1h42, "Elementos". A produção leva o público para a cidade em que os elementos fogo, água, terra e ar convivem. No entanto, o foco da trama está na jovem flamejante, Amber/Faísca, nascida no local em que os pais chegaram quando buscavam uma vida melhor. Cercada pelo amor dos genitores, Faísca cresce com a incumbência de um dia, administrar a loja do pai. No entanto, ela é diferente -assim como os sonhos que tem para o próprio futuro. Para não desapontar o pai, Faísca esconde os verdadeiros desejos e segue dando o melhor para continuar com o comércio. Em meio a testes para liderar a loja, Faísca perde o controle e atrai o seu oposto: Wade/Gota. 

.: Resenha crítica: "Elementos" reforça que juntos somos mais

A Baleia

O longa que deu o Oscar 2023 de Melhor Ator ao ator Brendan Fraser, deixa o público vidrado desde os primeiros minutos e, com a maestria de um texto impecável, adaptado da peça de 2012 que leva o mesmo nome, escrita por Samuel D. Hunter, mantém a curiosidade até o desfecho do drama vivido pelo professor Charlie (Brendan Fraser, "A Múmia" e "Viagem ao Centro da Terra") que sofre de obesidade mórbida. Sozinho, vive preso em casa e agarrado a uma história do passado. 

.: Crítica: "A Baleia" fisga do início ao fim e Fraser tem tudo para levar Oscar

Homem-Aranha Através do Aranhaverso

"Homem-Aranha: Através do Aranhaverso", sequência da animação "Homem-Aranha no Aranhaverso", é simplesmente um show de arte visual, com a capacidade de superar a primeira animação do cabeça de teia. Para tanto, nos primeiros minutos, sobre o que é arte. Com direito a um resumo sobre os personagens, a produção Sony Pictures associada a Marvel, avança na trama das variações do aracnídeo.

.: Crítica: "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" é arte na telona Cineflix

O Pior Vizinho do Mundo

Otto Anderson, O-T-T-O, o protagonista de "O Pior Vizinho do Mundo", magistralmente interpretado por Tom Hanks, é um senhor rabugento que não leva o mesmo nome de Carl Fredricksen da animação Disney "Up - Altas Aventuras", mas que também consegue emocionar o público enquanto sofre com a ausência da esposa. Com o objetivo de tirar a própria vida, acaba cercado pelos novos vizinhos e acaba mudando seus planos de despedida.

.: Crítica: "O Pior Vizinho do Mundo" é surpreendentemente emocionante

I Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston

O longa repleto de números musicais vai muito além do conhecido talento da artista norte-americana intitulada como "The Voice". O longa dirigido por Kasi Lemmons ("Harriet: O Caminho para a Liberdade" e "O Mistério de Candyman") e mesmo roteirista do sucesso "Bohemian Rhapsody", Anthony McCarten, retrata a conturbada vida amorosa daquela que alcançava quatro oitavas, sendo forte nos melismas e vibratos. 

.: Crítica: "I Wanna Dance With Somebody" é "So Emotional"

O Sequestro do Voo 375

A produção nacional, de muita qualidade, é capaz de nos encher de orgulho do cinema brasileiro. Ágil e surpreendente -mesmo contando uma história verídica-, a produção dirigida por Marcus Baldini, coloca o público sentadinho e totalmente agarrado nas poltronas dos cinemas. Do início ao fim, e, a cada cena de pura apreensão, permite, no máximo, o roer das unhas para entender como algo tão assustador chegou a acontecer no Brasil. 

.: Crítica: "O Sequestro do Voo 375" é filmaço brasileiro imperdível

O Mundo Depois de Nós 

Amanda (Julia Roberts) e Clay (Ethan Hawke) mudam a rotina em nome de fugir da cidade. Assim, pai, mãe e os dois filhos seguem para uma casa luxuosa de veraneio. Enquanto o casal tenta buscar a sintonia da família, a filha demonstra sua obsessão pelo seriado "Friends" que vem maratonando. Contudo, uma pane acontece e deixa todos sem comunicação. Sem sinal de internet, Archie (Charlie Evans), o irmão da garota, encontra algo mais divertido para "assistir". Enquanto que um pai e filha aparecem querendo ficar na casa que é deles. Eis o apocalíptico, "O Mundo Depois de Nós", dirigido e roteirizado por Sam Esmail ("Mr. Robot"), da Netflix.

.: Crítica: "O Mundo Depois de Nós" trata as relações caóticas num apocalipse

Conduzindo Madeleine

Uma senhora de 92 anos solicita uma longa corrida de táxi e leva o motorista a uma viagem inusitada pela bela e transformada Paris. Eis o divertido e emocionante longa francês "Conduzindo Madeleine". A produção dirigida por Christian Carion, começa com o taxista Charles (Dany Boon), pai de família, endividado e sempre carrancudo que embora tenha consciência da longa distância da viagem que fará, atende a solicitação da senhora Madeleine Keller (Line Renaud).

.: Crítica: "Conduzindo Madeleine" provoca risos e tira lágrimas de emoção

As Bestas 

"As Bestas", thriller francês, começa retratando o comportamento rústico de certos habitantes de um lugar bucólico. Contudo, há ali os mais novos moradores, um casal francês Antoine (Denis Menochet, de "Peter Von Kant") e Olga (Marina Fois) que vivem há dois anos nesta vila, no interior da Galícia, buscando proximidade com a natureza, lidando com o plantio e a colheita. Após as provocações de vizinhos, o sumiço de Antoine vira caso de polícia. 

.: Crítica: "As Bestas" é suspense eletrizante que leva o caos ao campo

Primadonna

"Primadonna" parece ser uma linda história de amor entre Lia Crimi (Claudia Gusmano) e Lorenzo Musicò (Dario Aita), até que o inimaginável acontece e o casal protagoniza um duelo nos tribunais, capaz de arrancar lágrimas. O filme italiano dirigido por Marta Savina retrata a história da primeira mulher capaz de lutar por seu direito, ainda numa época em que a lei do mais forte, ou seja, da máfia organizada, ditava o que e como deveria ser.

.: Crítica: "Primadonna" luta pela verdade anulada por poderosos na sociedade


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


.: Temporada estendida: "Matilda - O Musical" segue em SP até 4 de fevereiro


É hora da revolta! Sucesso de público, com mais de 50 mil espectadores, Matilda se revolta e manda dizer que ficará em cartaz no Teatro Claro Mais São Paulo (Shopping Vila Olímpia) até ano que vem e confirma a extensão de sua temporada até 4 de fevereiro. 

As sessões seguem acontecendo de quarta a domingo da seguinte maneira: quartas-feiras, às 20h00, quintas-feiras, às 20h00, sextas-feiras, às 20h00, sábados, às 15h00 e às 20h00, e domingos, às 15h00 e às 20h00. Não haverá sessão neste domingo, dia 31 de dezembro, devido às festividades de final de ano.

A superprodução brasileira de "Matilda - O Musical" é realizada pela BIC Produções, com coprodução do Atelier de Cultura e apresentada por Ministério da Cultura e Brasilprev. Criado a partir do romance do escritor britânico Roald Dahl (1916 - 1990), o multipremiado espetáculo conta a história da personagem-título, que, dentro de casa e na escola, passa por inúmeras situações de descaso e de disciplina rígida nas mãos de sua família perversa e da diretora opressiva. 

Por isso, Matilda busca mudar sua vida e transformar o mundo que a cerca através dos livros, do mundo que eles descortinam e da bondade de sua professora, a Srta. Honey, uma verdadeira amiga. O musical também traz reflexões sobre os direitos das crianças e suas estratégias para lidarem com a hostilidade do mundo adulto por meio da inteligência, perspicácia e até de poderes mágicos.

"Matilda - O Musical" é diversão garantida para adultos e crianças, que agora poderão aproveitar o período das férias escolares de janeiro para se contagiarem com está história que cativa gerações na TV, cinema e teatro.


Premiado espetáculo está em cartaz no Teatro Claro
Com um roteiro cativante e divertidíssimo, o aclamado musical faz temporada Teatro Claro SP (Shopping Vila Olímpia), que foi estendida para até dia 4 de fevereiro. A imperdível montagem brasileira traz ao palco um elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e uma estrutura de mais de 23 toneladas. Os ingressos custam a partir de R$19,80 e já estão disponíveis em https://uhuu.com/v/teatroclarosp-257.



"Cena de Matilda - O Musical". Foto: João Caldas Filho

Em uma grande produção da BIC Produções em coprodução com o Atelier de Cultura, os mesmos realizadores dos sucessos absolutos "Wicked" e "Evita", "Matilda - O Musical", está em cartaz em São Paulo com um elenco de peso para contar a história da cativante menininha que superou as adversidades por meio da educação e da sua imaginação. Para interpretar Matilda, foram escaladas as atrizes-mirins Belle Rodrigues, Luísa Moribe, Mafê Diniz e Maria Volpe.

O elenco ainda conta com nomes como Baccic, no papel da terrível diretora Agatha Trunchbull, Fabi Bang, que interpretará a doce e dedicada Srta. Honey, e Myra Ruiz, que encarna a desnaturada Sra. Wormwood - mãe de Matilda. Confira abaixo o elenco completo:

"Matilda - O Musical" coloca a pureza da criança, a paixão pela educação, pelos livros e pela criatividade, como forças para a superação. A temporada paulistana segue em cartaz até 4 de fevereiro no Teatro Claro Mais São Paulo. Nesta montagem inédita, a coreografia original é assinada por Peter Darling, o maior coreógrafo de teatro musical em atividade no mundo. O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura e Brasilprev e os ingressos podem ser adquiridos pelo site https://uhuu.com/v/teatroclarosp-257.

“Nós, da Brasilprev, acreditamos que a cultura é um elemento fundamental na vida das pessoas e estamos muito orgulhosos por fazer parte desta iniciativa”, comenta o diretor Comercial e de Marketing da Brasilprev, Camilo Buzzi. “Matilda é uma história sobre amizade, coragem e amor pela leitura, que nos faz refletir sobre os valores humanos mais importantes e nos motiva a buscar o melhor a cada dia”.


Sobre "Matilda - O Musical"
Criado a partir do romance do genial escritor britânico Roald Dahl
(1916 - 1990), o multipremiado espetáculo Matilda - O Musical conta a história da personagem-título, que, dentro de casa e na escola, passa por inúmeras situações de descaso e de disciplina rígida nas mãos de sua família perversa e da diretora opressiva. Por isso, Matilda busca mudar sua vida e transformar o mundo que a cerca através dos livros, do mundo que eles descortinam e da bondade de sua professora, a Srta. Honey, uma verdadeira amiga. O musical também traz reflexões sobre os direitos das crianças e suas estratégias para lidarem com a hostilidade do mundo adulto por meio da inteligência, perspicácia e até de poderes mágicos. 

A história clássica ganha ainda mais magia com efeitos especiais deslumbrantes e músicas encantadoras que promovem uma reflexão para toda a família. O clássico da literatura de Roald Dahl, também autor de Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate e um dos mais importantes escritores infanto-juvenis do mundo, já foi exibido nos cinemas (em versão com o ator com o ator Danny DeVito nos anos 90 e, mais recentemente, em produção da Netflix) e nos palcos da Broadway em Nova York e West End em Londres. 

"Matilda - O Musical" foi produzido pela primeira vez pela Royal Shakespeare Company, com estreia no Teatro The Courtyard, em Stratford-Upon-Avon, Inglaterra, em 9 de novembro de 2010. Transferiu-se para o Teatro Cambridge no West End em Londres, em 25 de outubro de 2011, e teve sua estreia nos Estados Unidos no Teatro Shubert, Broadway, em 4 de março de 2013.


Cenário de tirar o fôlego
Na montagem brasileira, o universo da escrita estará presente por meio de grandes letras (4 m de altura), que formam a palavra Matilda. Cada uma delas cumpre um objetivo cenográfico e se desdobra para formar um ambiente cênico. A ideia é que o mecanismo funcione como uma verdadeira caixa de brinquedos gigante que trará magia e encantará o público presente. 

A estrutura conta com uma plataforma rotatória, feita especialmente para o musical, vinda da Holanda. Trata-se de um piso redondo que se move por auxílio de motores em uma estrutura mecânica. A grande novidade é sua automatização, pois o acionamento não é manual, mas sim impulsionado por comandos eletrônicos transmitidos pela mesa de operações via rádio frequência.

A plataforma se move e para com precisão cirúrgica e garantirá uma magia extraordinária nas transições de cenas e de ambientes, permitindo um impacto das coreografias para encantar o público. Apenas os mecanismos que compõem toda a estrutura da plataforma pesam cerca de nove toneladas. Para que todo o cenário, de mais de 23 toneladas, coubesse no Teatro Claro mais SP, algumas mudanças estruturais na casa precisaram ser feitas. Algumas delas foram: 

1. A retirada de duas fileiras de poltronas para projeção do palco (o que também cria uma maior proximidade da plateia em relação à história); 

2. A abertura de duas paredes para a entrada da plataforma giratória e do cenário; 

3. O reforço do sobre o piso do Teatro para receber a megaestrutura; 

4. A instalação de 48 motores e mais 120 metros de boxtruss para duplicar a quantidade de varas (estrutura onde parte do cenário fica pendurada) da casa; 

5. Reforço do sistema elétrico para que suporte as mais de 300 luzes.

Alguns itens de cenário chegam a ter mais de 12 metros de altura e cerca de 300 props (artefatos cênicos) são utilizados no musical.


Ficha técnica
Espetáculo "Matilda - O Musical". Elenco adulto: Agatha Trunchbull (Cleto Baccic), Srta. Honey (Fabi Bang), Sra. Wormwood (Myra Ruiz), Sr. Wormwood (Fabrizio Gorziza), Sra. Phelps (Mari Rosinski), ensemble (Andreina Szoboszlai), ensemble  / A Acrobata (Gabriela Melo), ensemble  (Ingrid Marques), walking cover Senhora Wormwood (Larissa Grajauskas), ensemble (Alvinho de Pádua), ensemble / Doutor (Cezar Rocafi), ensemble / Michael (Guilherme Lopez), ensemble / Rudolpho (Leandro Naiss), ensemble / O Escapologista (Madson de Paula), ensemble / Sergei (Marco Azevedo), ensemble (Matheus Oliveira), kids swing (Julia Sanchis), swing (Ariel Venâncio), swing (Lucas Maia),  swing (Raphael Costa), swing (Thaiane Chuvas) e swing (Vinicius Cafer). Elenco infantil: Matilda: Luísa Moribe, Belle Rodrigues, Mafê Diniz ou Maria Volpe. Alice: Malu Brites, Madu Gonçalves ou Gabriella Pieri. Amanda: Lorrany Gomes, Clara Alvarazi ou Beatrice Rocha Mello. Bruce: Pedro Galvão, Gab Cardoso, Lorenzo Galli. Lavender: Helena Pizol, Mafê Beneduzzi e Livia Maria. Eric: Rodrigo Thomaz, Nico Takaki. Erica: Laura Pinheiro. Hortensia: Erin Borges, Bely Catanoze e Bia Lisboa. Nigel: Miguel Ryan, Levi Saraiva e Alejandro Ovando. Tommy: Pedro Henrique, Arthur Habert e Lorenzo Tironi. Texto: Dennis Kelly. Letras e músicas: Tim Minchin. Orquestração e músicas adicionais: Chris Nightingale. Direção geral: John Stefaniuk. Direção musical: Vânia Pajares. Coreografia: Peter Darling. Figurino: Ligia Rocha, Marco Pacheco & Jemima Tuany. Design de Luz: Rachel Mccutcheon. Design de Som: Gastón Briski. Design de mágica e ilusionismo: Skylar Fox. Design de maquiagem: Joe Dulude II. Design de perucas: Feliciano San Roman. Versão brasileira: Victor Mühlethaler. Diretora e coreógrafa residente: Anelita Gallo. Assistente de direção musical e preparadora vocal: Andréia Vitfer. Coreógrafo associado: Tom Hodgson. Assistente de coreografia: Danilo Santana. Designer de luz associado: Guilherme Paterno. Designer de som associado: Alejandro Zambrano. Company manager: Pia Calixto. Produtora executiva: Deborah Penafiel. Production stage manager: David Brenon. Diretor técnico internacional: Gary Beestone. Gerente de produção internacional: Andy Reader. Produtores: Vinícius Munhoz & Baccic.


Serviço
Espetáculo "Matilda - O Musical". Temporada até 4 de fevereiro de 2024. Teatro Claro SP - Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia/São Paulo. Capacidade: 754 pessoas. https://teatroclaromaissp.com.br/. Classificação: livre. Duração: 150 minutos e 15 minutos de intervalo. Sessões: quarta-feira, 20h00. Quinta-feira, 20h00. Sexta-feira, 20h00. Sábado, 15h00 e 20h00. Domingo, 15h00 e 20h00. Ingressos: de R$ 19,80 a R$ 400,00. Confira legislação vigente para meia-entrada. A programação do Teatro Claro mais SP conta com acessibilidade física e de conteúdo.


Canais oficiais de venda
Bilheteria on-line. Garanta seu ingresso em: www.matildamusicalbrasil.com e https://uhuu.com/v/teatroclarosp-257. Bilheteria física – sem taxa de conveniência. Bilheteria aberta das 10h às 22h de segunda a sábado e das 12h às 20h domingos e feriados. Local: Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia, São Paulo - SP, 04551-000 - 1 Piso - Acesso A. Telefone: (11) 3448-5061.

.: "Nebulosas", de Narcisa Amália, livro cobrado pela Fuvest em 2026


"Nebulosas", de Narcisa Amália, é um dos livros cobrados pela Fuvest em 2026. Corajosa, erudita, sensível a questões humanitárias e ligadas ao universo feminino, a autora escreveu um único livro. À época de sua publicação, em 1872, pela mítica editora Garnier, essa obra fez com que seu talento fosse celebrado por ninguém menos que Machado de Assis e também pelo imperador Dom Pedro II

A obra foi escrita pela autora quando ela tinha 20 anos. No livro, a “jovem e bela poetisa”, como definiu Machado de Assis, declama poemas de exaltação à natureza, à pátria e de lembranças da sua infância. O livro foi publicado pela mais famosa editora brasileira à época, a Garnier, que patrocinou todos os gastos da impressão. 

A editora deu relevância ao livro, segundo Maria de Lourdes Eleutério, pelo fato incomum à época de uma mulher publicar um livro. Conforme relata Maria de Lourdes Eleutério “para as mulheres da República o sonho de publicar um livro era um projeto distante, a expressão feminina nesse período permanece circunscrita ao espaço privado”.

Em 1873, Narcisa recebeu o Prêmio Lira de Ouro por conta dessa obra. Em setembro de 1874, Narcisa recebeu o prêmio da Mocidade Acadêmica do Rio de Janeiro, uma pena de ouro entregue pelas mãos do conselheiro Saldanha Marinho. No livro, estão reunidos os 44 poemas originais. Alguns poemas líricos, com temas intimistas, femininos, e relacionados à natureza, outros de cunho social, em prol da abolição da escravatura. Compre o livro "Nebulosas", de Narcisa Amália, neste link. 


Sobre a autora
Narcisa Amália de Campos foi tradutora, poeta, escritora, crítica literária, jornalista brasileira e professora. Foi a primeira mulher a trabalhar como jornalista profissional no Brasil, além de abolicionista, republicana e feminista. Movida por forte sensibilidade social, combateu a opressão da mulher e o regime escravista. Segundo Sílvia Paixão, “um dos raros nomes femininos que falam de identidade nacional" e busca sua própria identidade “numa poética uterina que imprime o retorno ao lugar de origem”. Colaborou na revista A Leitura (1894-1896) e, bem a frente de seu tempo, escreveu muitos artigos de cunho feminista e republicano.

Filha do poeta Jácome de Campos e da professora primária Narcisa Inácia de Campos, Narcisa Amália nasceu em São João da Barra, no Rio de Janeiro, em 3 de abril de 1852. Ainda em São João da Barra, estudou latim e francês com o padre Joaquim Francisco da Cruz Paula, e recebeu aulas de retórica de seu pai. 

Aos 11 anos, mudou com a família para o município fluminense de Resende, onde, aos 14, se casa com João Batista da Silveira, artista ambulante de vida irregular, de quem se separou alguns anos mais tarde. Aos 28 anos, em 1880, se casou novamente com Francisco Cleto da Rocha, mas a união não durou e o casal se separou pouco tempo depois, obrigando-a a deixar Resende, em especial por conta dos boatos espalhados por seu marido na cidade. Por ter sido casada e divorciada em duas ocasiões, isso gerava forte estigma social na época.

O sucesso de Narcisa passou a incomodar o marido que, depois de separado, passou a difamar a escritora declarando que seus versos não eram de sua autoria, mas escritos por poetas com quem teria tido casos de amor. O escritor Múcio Teixeira fez coro à campanha contra Narcisa declarando que o livro “Nebulosas” tinha sido escrito por um homem com pseudônimo de mulher.

Narcisa iniciou sua carreira como tradutora de contos e ensaios de autores franceses, como a escritora George Sand (pseudônimo masculino da autora Amandine Aurore Lucile Dupin) e o paleobotânico Gaston de Saporta. Único livro da autora, "Nebulosas" foi publicado em 1872, em nova edição em 2017 pela Gradiva Editorial e a Fundação Biblioteca Nacional. A obra foi muito bem recebida na época de seu lançamento, tendo sido inclusive bastante comentado por Machado de Assis e Dom Pedro II. Em 1874, 1888 e 1917, ela contribui com o "Novo Almanaque de Lembranças", que era uma coletânea de textos diversos que tinha grande circulação em Portugal e no Brasil.

Com problema cardíaco e cansada das difamações em Resende, em 1888, com apenas 33 anos, foi para o Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão. Ainda na vida carioca continuou a escrever, mas cada vez menos e foi lecionar em uma escola pública. Narcisa Amália faleceu aos 72 anos, em 24 de julho de 1924, no Rio de Janeiro, vitimada por um diabetes. Ela já estava cega, pobre e com problemas de mobilidade. Além disso, sua obra foi praticamente esquecida depois de sua morte.

Antes de sua morte, deixou um apelo: “Eu diria à mulher inteligente [...] molha a pena no sangue do teu coração e insufla nas tuas criações a alma enamorada que te anima. Assim deixarás como vestígio ressonância em todos os sentidos”. Garanta o seu exemplar de "Nebulosas", escrito por Narcisa Amália, neste link.

Fuvest 2026

"Opúsculo Humanitário" (1853) - Nísia Floresta Brasileira Augusta

"Nebulosas" (1872) - Narcisa Amália

"Memórias de Martha" (1899) – Julia Lopes de Almeida

"Caminho de Pedras" (1937) – Rachel de Queiroz

"O Cristo Cigano" (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen

"As Meninas" (1973) – Lygia Fagundes Telles

"Balada de Amor ao Vento" (1990) – Paulina Chiziane

"Canção para Ninar Menino Grande" (2018) – Conceição Evaristo

"A Visão das Plantas" (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

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