sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

.: 1x5: Bardot entrega "Bebê" para uma mãe sem pretensões

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


No quinto episódio do seriado "Bardot", "Bebê", escrito e dirigido por Danièle Thompson e seu filho Christopher Thompson, Brigitte Bardot (Julia de Nunez) esconde a gravidez do filho de Jacques Charrier (Oscar Lesage), durante as gravações de filmes, mas quem acaba arcando com as consequências de romper um contrato para as filmagens, de uma produção que acabou vindo a ser um tremendo sucesso de público, foi o marido.

Enquanto ela segue gravando normalmente, Jacques, longe dos estúdios, é amado pela atriz. Ao perceber que a esposa ainda fecha contratos de produções, uma vez que para ela é algo indispensável, pela possibilidade de fazer um filme de Sr. Clouzot. Mas, Jacques surta e desperta nela também o ódio. A relação conturbada, de B.B. e Jacques, somando mais amor do que ódio, acontece, até o nascimento de Nicolas.

Assim que a barriga de Bardot aparece, a imprensa ganha uma informação preciosa para repercutir, mesmo tendo Brigitte optado por ficar reclusa. Confiando no seu braço direito, Brigitte segue acreditando na parceria de Alain, enquanto que se vê cada vez mais distante de seu segundo marido. 

No entanto, Bardot que precisa fazer o parto em casa, amando ser o centro das atenções, não consegue desenvolver o mesmo sentimento sublime pelo filho que acaba sendo criado por Mousin. Por outro lado, o bebê, tal qual um acessório, acaba sendo usado para ilustrar fotos de uma família perfeita inexistente. 

Vale a pena conferir o seriado "Bardot", tema da identidade visual do Festival Varilux de Cinema Francês 2023, disponível, grátis, até 22 de dezembro, no site variluxcinefrances.com/2023/assista-a-serie-brigitte-bardot-em-streaming!



Distribuição: Bonfilm
Elenco: Julia de Nunez (Brigitte Bardot), Valentine Bourgeois (Brigitte Bardot quando criança), Géraldine Pailhas (Anne-Marie Mucel, a mãe de Brigitte Bardot), Hippolyte Girardot (Louis Bardot, o pai de Brigitte Bardot), Lou Gable (Mijanou Bardot), Romane Lavrard Vancraeynest (Mijanou criança),
Gaïa Muguet Notter como quando criança, Bernard Murat (Le Boum), Léon Mucel (pai de Toty e avô de Brigitte), Victor Belmondo (Roger Vadim), Yvan Attal (Raoul Lévy), Anne Le Ny (Olga Horstig, agente de Brigitte), Laure Marsac (Christine Gouze-Renal), Louis-Do de Lencquesaing (Henri-Georges Clouzot), Charles Clément (diretor Marc Allégret), Noham Edje (Jean-Louis Trintignant), Oscar Lesage como Jacques Charrier, Jules Benchetrit como Sami Frey, César Chouraqui como Christian Marquand, Mikaël Mittelstadt (Gilbert Bécaud), Fabian Wolfrom como Sacha Distel, Laurent Stocker como Pierre Lazareff, Giuseppe Maggio (Enzo), Nicolas Beaucaire (Jean Cau), Florence Muller como Lucienne Lévy, Ludmilla Makowski (Stéphane Audran, esposa de Jean-Louis Trintignant), Natalia Pujszo (Monique Bécaud), Crystal Shepherd-Cross como Hélène Lazareff, Caroline Gay como Véra Clouzot, Xavier Lemaître como Georges Cravenne, Valentina Romani (Peggy, substituta de Brigitte), Jean Franco (Alain Carré, secretário particular e motorista de Brigitte), Lucy Loste Berset como Simone, Anna Mihalcea como Odette, Jean-Paul Bordes como Coronel Joseph Charrier, Juliette Allain como Évelyne, Quitterie Majorel (Suzanne), Daniel-Jean Colloredo (Doutor Marineau), Julie Arnold (Mouissa, babá de Mouissa, Jacques e Brigitte)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

.: 1x4: Bardot vira "A Borboleta" diante dos flashes da imprensa marrom

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


Em "A Borboleta", o quarto episódio do seriado "Bardot", escrito e dirigido por Danièle Thompson e seu filho Christopher Thompson, Brigitte Bardot (Julia de Nunez) cai de amores por seu outro parceiro de filme, Jacques Charrier (Oscar Lesage), filho de militar que também serviu o exército francês e pensa ser o amor eterno da atriz. Assim, ele que ambiciona engravidá-la, acaba conseguindo, o que os leva ao altar.

Contudo, B.B. não se sente preparada para ser mãe e procura meios ilícitos para dar fim a vida que carrega no ventre, o que acaba sendo revelado como mais uma tentativa de aborto da jovem Bardot. Assim, um casamento às pressas acontece, incluindo fotógrafos forçando as portas e invadindo o local privado. Por fim, a grande novidade é registrada diante de muitos flashes. 

Embora o assunto seja o casamento de B.B., no caso o segundo, a própria pensa que a escolha não é a correta a se fazer. No entanto, ela segue apaixonada pelo marido e diante da insegurança que carrega consigo, agora estando grávida, que a atriz faz uma imposição que congela a vida de ator de Jacques Charrier.

Vale a pena conferir o seriado "Bardot", tema da identidade visual do Festival Varilux de Cinema Francês 2023, disponível, grátis, até 22 de dezembro, no site variluxcinefrances.com/2023/assista-a-serie-brigitte-bardot-em-streaming!


Distribuição: Bonfilm
Elenco: Julia de Nunez (Brigitte Bardot), Valentine Bourgeois (Brigitte Bardot quando criança), Géraldine Pailhas (Anne-Marie Mucel, a mãe de Brigitte Bardot), Hippolyte Girardot (Louis Bardot, o pai de Brigitte Bardot), Lou Gable (Mijanou Bardot), Romane Lavrard Vancraeynest (Mijanou criança),
Gaïa Muguet Notter como quando criança, Bernard Murat (Le Boum), Léon Mucel (pai de Toty e avô de Brigitte), Victor Belmondo (Roger Vadim), Yvan Attal (Raoul Lévy), Anne Le Ny (Olga Horstig, agente de Brigitte), Laure Marsac (Christine Gouze-Renal), Louis-Do de Lencquesaing (Henri-Georges Clouzot), Charles Clément (diretor Marc Allégret), Noham Edje (Jean-Louis Trintignant), Oscar Lesage como Jacques Charrier, Jules Benchetrit como Sami Frey, César Chouraqui como Christian Marquand, Mikaël Mittelstadt (Gilbert Bécaud), Fabian Wolfrom como Sacha Distel, Laurent Stocker como Pierre Lazareff, Giuseppe Maggio (Enzo), Nicolas Beaucaire (Jean Cau), Florence Muller como Lucienne Lévy, Ludmilla Makowski (Stéphane Audran, esposa de Jean-Louis Trintignant), Natalia Pujszo (Monique Bécaud), Crystal Shepherd-Cross como Hélène Lazareff, Caroline Gay como Véra Clouzot, Xavier Lemaître como Georges Cravenne, Valentina Romani (Peggy, substituta de Brigitte), Jean Franco (Alain Carré, secretário particular e motorista de Brigitte), Lucy Loste Berset como Simone, Anna Mihalcea como Odette, Jean-Paul Bordes como Coronel Joseph Charrier, Juliette Allain como Évelyne, Quitterie Majorel (Suzanne), Daniel-Jean Colloredo (Doutor Marineau), Julie Arnold (Mouissa, babá de Mouissa, Jacques e Brigitte)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

.: Entrevista com Vico Iasi: Carbono 5 divulga 1° álbum, "Pedra Sobre Pedra"


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

A banda paulistana Carbono 5 está divulgando seu primeiro álbum, intitulado "Pedra Sobre Pedra". São dez canções autorais na linha do pop rock, mas com influências de elementos da MPB. O grupo conta com Vico Iasi (vocal e guitarra base), Mauricio Barros (guitarra solo), Alexandre Hashimoto (baixo) e Marcelo Viterite (bateria) Vico Iasi e Maurício Barros são jornalistas e agora decidiram investir firme no projeto da banda, que apresenta um som interessante, com letras e mensagens diretas para o público. Em entrevista para o Resenhando, Vico explica como foi a decisão de seguir carreira na música e acredita que ainda há espaço para novas bandas. “O público que curte o rock é fiel ao estilo”.

Resenhando.com - Você tinha mais de 20 anos de carreira no Globo Rural. Como foi essa decisão de seguir na música?
Vico Iasi -
Para o público do programa "Globo Rural" foi um choque e tanto. Eu tinha chegado ao posto de chefe de redação do Globo Rural, além de apresenta-lo eventualmente. Mas para mim foi muito simples e fácil seguir esse caminho. A música sempre esteve presente de alguma forma. E senti que poderia ampliar mais esse sonho. Conheço o Mauricio (Barros) desde os tempos da Faculdade. Há uma interação que funcionou ainda melhor com os demais integrantes (Alexandre Hashimoto e Marcelo Viterite). O Maurício segue no canal BandSports e em paralelo mostra seu talento na guitarra e como compositor.


Resenhando.com - Como funciona o processo criativo da banda?
Vico Iasi -
Eu e o Maurício formamos o núcleo de composição. Temos algumas canções em parceria e outras assinadas individualmente. A concepção dos arranjos é discutida por todos os integrantes.


Resenhando.com - Quais são suas principais influências musicais?
Vico Iasi -
O rock clássico, representado por bandas como Beatles, Rolling Stones e Deep Purple. No Brasil, posso citar Mutantes, Rita Lee, Secos e Molhados, Novos Baianos, Barão Vermelho entre outros. O Carbono 5 funciona como um caldeirão de influências. Esse nosso primeiro álbum tem uma pegada pop rock, mas tem também alguns elementos de MPB.


Resenhando.com - De uma certa forma, vocês parecem trazer aquele pique do rock nacional dos anos 80. Vocês se identificam com esse movimento?
Vico Iasi -
Totalmente. E é interessante essa pergunta. Veja só: os Titãs lotaram o Allianz Pàrque em três noites, tocando suas canções consagradas. Ao contrário do que alguns dizem, o que percebo é o público do rock querendo ouvir bandas desse estilo. Estamos procurando ocupar esse espaço, mas de uma forma consciente e profissional.


Resenhando.com - E como vocês vêm trabalhando nessa divulgação?
Vico Iasi -
Um dos pontos que diferem nosso trabalho de outras bandas é que eu e o Maurício estamos com mais de 50 anos de idade. No caso do Carbono 5, todos os passos são dados de forma consciente, porque temos um objetivo e sabemos como alcança-lo. Os vídeos no YouTube mostram o nosso dia a dia e nos aproximam do público que acessa a internet. Disponibilizamos o disco nas plataformas de streaming, que é uma outra tendência atual.


Resenhando.com - E os planos para shows?
Vico Iasi -
Temos avaliado a condição para realizar uma turnê em 2024. Estamos vendo a melhor alternativa para cair na estrada e mostrar nossa música para o público. Quem quiser conhecer melhor nosso trabalho pode conferir nosso canal no YouTube (@CARBONO5_BANDA) ou acessar nosso perfil no Instagram (carbono_5) e no Facebook (bandacarbono5). Nós gostamos muito de interagir com o público que curte nosso som.

"Olhos no Mar"

 "Espalhando Flores"

"Paredes de Isopor"

.: Livro "Tudo me Leva até Você" mostra Hollywood como ninguém nunca viu


No premiado "Tudo me Leva até Você", Nina LaCour explora a magia do cinema, privilégios de classes sociais e o impacto do primeiro amor.

Uma história contemporânea em que a amizade e a atração cruzam os limites de classe, etnia e sexualidade, e na qual jovens encontram a verdadeira alegria, o drama e as inúmeras possibilidades criativas do trabalho. É desta forma que a L.A. Times define "Tudo me Leva até Você", premiado livro da escritora best-seller Nina LaCour, que mergulha no glamouroso, complexo e imperfeito mundo da indústria cinematográfica norte-americana.

Publicado no Brasil pela Plataforma21, neste romance sáfico Young Adult, com boas doses de drama e mistério, o leitor acompanha a jornada de Emi Price: uma jovem estagiária de design e produções de filmes em Los Angeles. Depois de se libertar de um relacionamento tóxico com uma mulher mais velha, decide dar um tempo na vida amorosa e focar ainda mais na carreira dos sonhos.

Mas, é ao lado da melhor amiga e colega de trabalho, Charlotte, que ela embarca na maior aventura da vida. As duas encontram uma carta antiga escrita pelo saudoso astro de Hollywood, Clayde Jones, conhecido por interpretar cowboys no cinema. Na correspondência antiga, que nunca chegou ao destinatário, ele revela ter uma filha que ninguém sabia da existência: é a partir dessa correspondência que as amigas decidem descobrir mais sobre a vida oculta do ator e partem em busca de sua única herdeira.

A carta faz o caminho da protagonista cruzar com Ava – uma órfã aspirante a atriz, que vive em condições financeiras precárias –, todas as pistas indicam que ela é a neta perdida de Clayde. Inevitavelmente, o segredo de décadas da lenda da sétima arte vai mudar tudo o que Emi achava saber sobre diferenças sociais, família, relacionamentos e amor. Afinal, a conexão das jovens é instantânea, e juntas, além de viverem uma paixão avassaladora, vão descobrir o poder da amizade, das escolhas e como a magia do cinema pode mudar vidas, em frente e por trás das câmeras.

Com reflexões sociais, protagonismo lésbico e um mergulho nos bastidores de Hollywood, em Tudo me leva até você a escritora apresenta uma história cativante sobre autodescoberta, como enfrentar desafios e encontrar significado nas conexões inesperadas que a vida oferece. Nina LaCour também é autora do livro Estamos bem (Plataforma21), eleito pela revista Time como um dos “100 melhores romances jovem adultos de todos os tempos”. Compre o livro "Tudo me Leva até Você", de Nina LaCour, neste link. 

Sobre a autora
Nina LaCour
é autora best-seller e ganhadora do prêmio Michael L. Printz. Já escreveu livros infantis, romances para jovens adultos e ficção adulta. O aclamado Estamos bem, também publicado pela Plataforma21, foi eleito um dos “100 melhores romances jovem adultos de todos os tempos” pela revista Time. Nina adora cozinhar, fazer jardinagem e passear pelas regiões sempre inspiradoras do norte da Califórnia com a esposa e a filha. Ela mora em São Francisco, nos Estados Unidos. Garanta o seu exemplar de "Tudo me Leva até Você", escrito por Nina LaCour, neste link. 

.: "Patos!": Xuxa revive canção icônica em divulgação da nova animação


Em contagem regressiva para o lançamento em 4 de janeiro de "Patos!", nova animação da Universal Pictures em parceria com a Illumination, Xuxa Meneghel, eterna rainha dos baixinhos (e altinhos), divulgou em suas redes sociais um vídeo temático em que canta a icônica música “Cinco Patinhos”, porém, em uma versão um pouco diferenciada.

Na produção, a rainha adapta a letra da nostálgica canção para “cinco patinhos foram migrar”, combinando com o enredo do longa, que conta a história de uma família de patos para lá de divertida. “É uma história de comédia e muita aventura!”, comenta a artista. “Não deixe de conferir nos cinemas de todo o Brasil, a partir do dia 4 de janeiro. Nos vemos lá!”, finaliza a rainha dos baixinhos. O filme estará disponível em alguns cinemas a partir do dia 1º de janeiro.

Dirigido por Benjamin Renner, cineasta indicado ao Oscar por "Ernest & Celestine" e "A Raposa Má", a animação "Patos!" conta com elenco especial de dublagem nacional. Claudia Raia é responsável por dar voz à personagem Erin, a garça, enquanto o consagrado Ary Fontoura interpreta Tio Dan, o pato mais ranzinza da história. A apresentadora e atriz Danni Suzuki integra o time como Lelé, a líder de um grupo de pombos de Nova York, e, por fim, Henrique Fogaça faz um Chef de cozinha bem diferentão. "Patos!" estreia em 4 de janeiro nas telonas de todo país, também em versões acessíveis, e estará disponível em algumas telonas a partir do dia 1º de janeiro. Para mais informações, consulte os cinemas da sua cidade.

Sobre o filme
Em janeiro de 2024, a Universal Pictures em parceria com a Illumination, criadora das comédias de sucesso Minions, "Meu Malvado Favorito", "Sing - Quem Canta Seus Males Espanta" e "Pets: a Vida Secreta dos Bichos", convida você a abrir as asas rumo à emoção do desconhecido ao lado de uma divertida família emplumada em sua inédita e inusitada aventura de férias na nova comédia original repleta de ação, Patos!.

A família Mallard está um pouco refém da rotina. Enquanto Mack, o pai, se contenta em manter sua família segura nos arredores de um lago da Nova Inglaterra para sempre, Pam, a mãe, está ansiosa para agitar as coisas e mostrar a seus filhos - o adolescente Dax e a patinha Gwen - o mundo inteiro. Quando uma família de patos migratórios aterrissa em seu lago com histórias emocionantes de lugares distantes, Pam convence Mack a embarcar em uma viagem em família, via Nova Iorque, para a Jamaica tropical. 

Mas ao seguir seu trajeto para experimentar o inverno no sul pela primeira vez, o detalhado plano de viagem dos Mallard começa a dar errado. Mesmo assim, a jornada irá inspirá-los a expandir seus horizontes, abrir-se para novos amigos e realizar mais do que jamais pensaram ser capazes, enquanto também aprendem mais uns sobre os outros - e sobre si mesmos - do que jamais imaginaram.

Ícone da TV brasileira e do teatro, a atriz Claudia Raia será responsável por dar voz à personagem Erin, a garça, enquanto Ary Fontoura, um dos atores mais prestigiados da teledramaturgia brasileira, interpretará Tio Dan, o pato mais ranzinza da história. A apresentadora e atriz Danni Suzuki integra o time como Lelé, a líder de um grupo de pombos de Nova York, e, fazendo jus ao seu ofício, Henrique Fogaça fará o Chef.

Com roteiro de Mike White ("Escola do Rock"), o criador da série The White Lotus e vencedor do Emmy, a comédia de ação animada conta com um elenco de estrelas da comédia liderado por Kumail Nanjiani ("Doentes de Amor", "Eternos"), indicado ao Oscar e ao Emmy, como o ansioso pai de família Mack, e Elizabeth Banks (franquias "Jogos Vorazes" e "A Escolha Perfeita"), indicada ao Emmy, como Pam, a matriarca ousada e perspicaz dos Mallard.

Dirigido por Benjamin Renner, cineasta indicado ao Oscar por "Ernest & Celestine" e "A Raposa Má", o filme "Patos!" é um espetáculo visual jamais visto na aclamada história da Illumination, com recursos artísticos do expressionismo e o humor subversivo, a emoção, os personagens inesquecíveis e a encantadora trilha sonora característicos da Illumination.

Produzido pelo fundador e CEO da Illumination, Chris Meledandri, "Patos!" é uma animação sobre superar seus medos e se abrir para o mundo e todas as oportunidades que ele oferece. "Patos!" foi codirigido por Guylo Homsy (design e fotografia de "Sing - Quem Canta Seus Males Espanta" e "Sing 2"); editado por Christian Gazal ("Happy Feet - O Pinguim", "Pedro Coelho"); e Colin Stimpson ("Pets: a Vida Secreta dos Bichos 2") assina o design de produção. O filme estreia em 4 de janeiro nos cinemas brasileiros.


Assista no Cineflix
Animações de sucesso como "Patos!" são exibidas no Cineflix Cinemas. O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

.: Ivan Mizanzuk encerra Caso Leandro Bossi com novo suspeito e entrevistas


O oitavo e último episódio da atual temporada já está disponível no Globoplay e nas plataformas de áudio. Foto: Venâncio Filho


As semelhanças, os detalhes e as conexões que envolvem a trilogia dos casos de Sandra, Leandro e Evandro são aprofundados pelo autor, professor e jornalista Ivan Mizanzuk no último episódio de "O Caso Leandro Bossi". A sexta temporada do Projeto Humanos chegou ao fim com um novo suspeito e entrevista inédita da família do indivíduo. Disponível no Globoplay e nas plataformas de áudio, o oitavo episódio tem quatro horas de duração, sendo dividido em quatro bloco temáticos para que o público possa ouvir de acordo com a sua preferência. 

Além de apresentar, com nome fictício de Sr. Pedro, o terceiro suspeito no desaparecimento da menina Sandra Mateus da Luz, que pode estar relacionado aos crimes que aconteceram em Guaratuba, o episódio também explora o perfil psicológico de abusadores sexuais infantis através da análise de especialista. 

“No fechamento do podcast, teremos dois momentos importantes, o primeiro deles será a reconstrução do rosto da Sandrinha. Infelizmente, o seu corpo foi encontrado sem a máscara facial, e a família não tinha nenhuma foto, nenhum registro de como ela era em vida. Com isso, avaliei a possibilidade de recriar uma imagem dela e contratei um grande pintor amigo meu, o Gustavot Diaz, mestre em anatomia humana. E já posso adiantar que o desafio foi grande. O segundo momento é que a família Bossi está preparando uma ação contra o Estado pela negligência em relação à localização da ossada de Leandro”, conta Ivan.

Relembre os principais fatos da temporada "O Caso Leandro Bossi"
Imerso desde 2015 na apuração do crime que vitimou Evandro Ramos Caetano, em abril de 1992, na cidade de Guaratuba, no litoral do Paraná, na sexta temporada do Projetos Humanos, Ivan Mizanzuk se aprofunda na história de Leandro Bossi, a partir da identificação da ossada, 30 anos após o desaparecimento do menino, que sumiu dois meses antes do Evandro, em fevereiro de 1992, na mesma cidade. 

Tendo em vista a similaridade dos casos, o autor traça uma reconstituição dos fatos com base na revisão criminal do Caso Evandro e, na sequência, apresenta pela primeira vez a história da família Bossi, analisando como era a vida de Leandro e a rotina da família, além de resgatar os principais pontos que envolvem o desaparecimento da criança.   

Ao olhar para algumas ocorrências registradas na época dos casos Leandro e Evandro, Ivan identifica que possíveis eventos estranhos se repetiam numa mesma região, envolvendo sempre o mesmo padrão: crianças loiras e de olhos claros. Até que Mizanzuk apresenta a história de mais uma criança que sumiu e foi assassinada no Paraná em circunstâncias similares às das duas outras vítimas. 

Em 1989, no município de Fazenda Rio Grande, Sandra Mateus da Luz – mais conhecida como Sandrinha - de 11 anos, desapareceu e, dias depois, foi localizada sem vida em uma mata perto da sua casa. A descoberta do acontecimento gera uma reanálise na averiguação dos fatos e da autoria dos crimes. Os laudos dos três casos são examinados por novos profissionais que tentam identificar elementos de ligação entre eles. E nesse processo, Ivan Mizanzuk se debruça em novas pistas importantes.   

“O Caso Leandro Bossi tem mais de 30 anos. Junto a ele, temos essas convicções de que os casos Evandro e Sandrinha provavelmente estão conectados também. E se a pessoa que procuro foi mesmo o responsável pelos três, ele também pode ter feito mais vítimas. Tenho a esperança de que um dia poderei olhar para todos os inquéritos de crianças que desapareceram naquela época e procurar por mais pistas. De repente, existe algo que una tudo e que nunca ninguém percebeu”, finaliza Ivan Mizanzuk. 

‘O Caso Leandro Bossi’ é um podcast do Projeto Humanos, com produção do Estúdio 42. A série em áudio reúne a reconstituição do desaparecimento de Leandro Bossi, relembra seus pontos de contato com a morte de Evandro Caetano, além de apresentar novos caminhos e linhas de investigação que abrem diferentes perspectivas sobre os casos. Para ouvir, o oitavo e último episódio da atual temporada, clique aqui.

.: Orquestra Ouro Preto lança no YouTube tributo ao A-Ha


Um dos maiores sucessos da formação mineira ganhou registro audiovisual e o público agora poderá conferir gratuitamente nas plataformas digitais. O registro estará disponível a partir desta sexta, dia 22 de dezembro. Foto: Rapha Garcia

Um sucesso retumbante que não para de ecoar. Assim é a trajetória do concerto “Orquestra Ouro Preto: A-Ha”, tributo à banda norueguesa que segue gerando desdobramentos devido à enorme adesão do público. Após a live realizada em 2021, o lançamento do repertório nas plataformas digitais e os teatros sempre lotados nas apresentações presenciais, inclusive durante o lançamento, no último dia 7 de dezembro, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, chegou a hora de compartilhar com o público no YouTube, o registro audiovisual de um dos concertos mais celebrados pela plateia na trajetória da Orquestra Outo Preto.

Além de ouvir o repertório, o público que acessar o canal da Orquestra na plataforma poderá vivenciar a experiência estética completa, com os elementos visuais que também marcaram a década de 80 e que dialogam diretamente com a obra da banda norueguesa. “Orquestra Ouro Preto: A-Ha” já nasceu com grande adesão do público e também com o aval dos integrantes do grupo icônico, que não só liberaram e aprovaram o projeto, como enalteceram o resultado que respeita e valoriza a sonoridade singular do grupo.

Um dos requisitos do maestro Rodrigo Toffolo, regente titular e diretor artístico da Orquestra, durante o processo de gravação das canções e do registro audiovisual era que a experiência total remetesse à época, ao espírito e às memórias dos anos 80. Com arranjos de Fred Natalino, o repertório de “Orquestra Ouro Preto: A-Ha” é inspirado no álbum “On Tour in Brasil”, lançado pela banda em 1989 e que carrega clássicos como “Take On Me”, “Hunting High and Low”, “Crying in the rain”, em um encontro especial dos riffs dos sintetizadores com os acordes dos instrumentos de cordas.

Talvez tenha sido essa capacidade da Orquestra Ouro Preto de respeitar a obra dos noruegueses, ao mesmo tempo em que coloca sua própria marca, o elo que levou à adesão imediata do público e dos próprios artistas homenageados. Desde sua estreia, em formato virtual em maio de 2021, o concerto tem sido um grande sucesso e a repercussão alcançou fã-clubes do mundo todo e até os integrantes da banda. O tecladista Magne Furuholmen, fundador do A-Ha, postou em sua conta do Instagram elogios à apresentação, que já soma 200 mil visualizações no YouTube.

Com 39 anos de estrada, o A-Ha ainda arrasta multidões de fãs por onde passa e segue com a formação original: o vocalista Morten Harket, o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy e o tecladista Magne Furuholmen. O trio tem 30 CDs e DVDs lançados e hits que marcaram a trilha sonora da vida de muita gente e que ganharam ainda mais evidência nos últimos tempos com a volta dos anos 80 às tendências no campo da arte, da moda e do entretenimento.

“Orquestra Ouro Preto: A-Ha” é a segunda imersão da formação mineira no universo de bandas internacionais a ser registrada, sendo a primeira delas um mergulho na obra dos Beatles, com dois volumes, também referencial na trajetória da Orquestra. Mais um passo dos mineiros rumo à internacionalização do seu trabalho, mas também uma forma de sempre dialogar com os desejos, os gostos e as demandas de seu público, proporcionando a este sempre as melhores experiências.

Diante da excelência e da versatilidade dessa união entre a música de concerto e o pop da banda norueguesa e de toda repercussão junto aos fãs de ambas as formações, fazia-se quase obrigatório perpetuar esse acontecimento com um registro que pudesse alcançar ainda mais pessoas e permitir que essa experiência artística fosse ainda mais completa com o lançamento do DVD, que agora passa a ser disponibilizado no YouTube da Orquestra.

Dirigido pelo premiado diretor de arte Luiz Abreu, que também é responsável por toda gerência de marca da Orquestra, o registro audiovisual foi pensado para ser uma imersão em um universo “cyber oitentista”. “Pensamos em propor uma viagem no tempo onde deslocamos o Espaço 104, tradicional local da cultura noturna belo-horizontina, para um cenário neon, urbano e cheio de referências à cultura dos anos oitenta. Abdicamos apenas das ombreiras para que os músicos pudessem empunhar seus instrumentos com conforto”, brinca o diretor.

O DVD foi lançado em forma física no último dia 7 e, agora será a vez de disponibilizar este conteúdo de forma gratuita no canal da Orquestra no YouTube. “Para nós, é importante disponibilizar esse registro em todas as mídias para que este conteúdo chegue até uma gama de fãs que nos pedem essa atenção”, destaca o maestro Rodrigo Toffolo.


Sobre a orquestra  
Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. Criada em 2000, a Orquestra Ouro Preto tem atuação marcada pelo experimentalismo e ineditismo, sob os signos da excelência e da versatilidade.

Em sua trajetória, destaca-se a presença em todo o território nacional e nas principais capitais do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Curitiba, Porto Alegre, João Pessoa, Salvador e Natal. No exterior, sua qualidade foi comprovada em turnês de sucesso, com presença de grande público em apresentações na Inglaterra, Portugal, Espanha, Argentina e Bolívia.

Possui diversos trabalhos registrados em CD e DVD: “Latinidade” (2007), “Oito Estações – Vivaldi e Piazzolla” (2013), “Valencianas: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto (2014)”, “Antonio Vivaldi – Concerto para Cordas” (2015), “Orquestra Ouro Preto – The Beatles” (2015), “Latinidade: Música para as Américas” (2016), “Música para Cinema” (2017), “O Pequeno Príncipe” (2018), “Suíte Masai” (2019), “Quem Perguntou Por Mim: Fernando Brant e Milton Nascimento” (2019), “Gênesis: João Bosco e Orquestra Ouro Preto” (2022), “Valencianas II” (2022), “Orquestra Ouro Preto: Haydn e Mozart (2023) e “Orquestra Ouro Preto: A-Ha” (2023).

Em sua discografia, destaca-se o Prêmio da Música Brasileira 2015, na categoria Melhor Álbum de MPB, a indicação ao Grammy Latino 2007, como Melhor Disco Instrumental por “Latinidade”, e a distribuição mundial dos discos “Latinidade - Música para as Américas” e “Antonio Vivaldi - Concerto para Cordas” pela gravadora Naxos, a mais importante do mundo dedicada à música de concerto. Com foco na pesquisa e valorização de referências musicais, a Orquestra Ouro Preto tem como proposta a oferta de uma programação permanente e o desenvolvimento de repertório diversificado em gênero e época, buscando a formação e a ampliação de público.


Serviço
"Orquestra Ouro Preto: A-Ha", no YouTube. Data: 22 de dezembro de 2023. Horário: 18h. Informações: https://www.youtube.com/orquestraouropreto.


quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

.: 1x3: Bardot vai para "La Madrague" de pés descalços para se sentir livre

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


Em "La Madrague", o terceiro episódio do seriado "Bardot", escrito e dirigido por Danièle Thompson e seu filho Christopher Thompson, promove o reencontro desconfortável de Brigite Bardot (Julia de Nunez) com o homem que lhe negou ajuda para trazer seu amado Jean-Louis Trintignant (Noham Edje) da guerra, Sr. Babinet, quem tentou usar o poder e tentou abusar dela. Sabendo que nada como um dia após o outro, é a vez de Bardot sorrir e até rir da situação que ruma para o que tanto desejava.

Apesar de seguir amando sem medidas e além de seu parceiro atual, Brigite se encanta com seu ídolo, o cantor casado Gilbert Bécaud, com quem a atriz gravou um vídeo. Assim, o também ator e soldado francês, Jean-Louis Trintignant (Noham Edje) sai de cena -com direito a flagra-, ou melhor, da vida do rostinho mais perseguido pelos crescentes tabloides de fofocas.

Logo, Brigite é jogada diretamente nos braços do cantor, que usa a mente esperançosa para elaborar planos amorosos, garantindo uma virada de ano totalmente deprimente. Na sequência, vai escondida para os bastidores de um show, usando peruca e óculos escuro. Contudo, é somente na neve, com o som alto do carro, sem o disfarce que Brigite Bardot dá um verdadeiro show -até para os policiais.

Embora tente viver longe dos holofotes e, principalmente, dos problemas gerados por conta da figura que é, Bardot passa a viver numa casinha longe de tudo. Contudo, a atriz se desentende com a amiga Peggy que retorna de viagem. Sem nenhum homem ao lado, Brigite Bardot é reconhecida até pela escritora Marguerite Duras que comenta sobre a atriz: "ela é a encarnação da francesa e a maior estrela de cinema do mundo", mas que também "é perigosa e ameaça os casamentos". Até Roland Barthes define Brigite Bardot: "ela não é imoral, é indecente". De fato, Bardot é um fenômeno!

Vale a pena conferir o seriado "Bardot", tema da identidade visual do Festival Varilux de Cinema Francês 2023, disponível, grátis, até 22 de dezembro, no site variluxcinefrances.com/2023/assista-a-serie-brigitte-bardot-em-streaming!



Distribuição: Bonfilm
Elenco: Julia de Nunez (Brigitte Bardot), Valentine Bourgeois (Brigitte Bardot quando criança), Géraldine Pailhas (Anne-Marie Mucel, a mãe de Brigitte Bardot), Hippolyte Girardot (Louis Bardot, o pai de Brigitte Bardot), Lou Gable (Mijanou Bardot), Romane Lavrard Vancraeynest (Mijanou criança),
Gaïa Muguet Notter como quando criança, Bernard Murat (Le Boum), Léon Mucel (pai de Toty e avô de Brigitte), Victor Belmondo (Roger Vadim), Yvan Attal (Raoul Lévy), Anne Le Ny (Olga Horstig, agente de Brigitte), Laure Marsac (Christine Gouze-Renal), Louis-Do de Lencquesaing (Henri-Georges Clouzot), Charles Clément(diretor Marc Allégret), Noham Edje (Jean-Louis Trintignant), Oscar Lesage como Jacques Charrier, Jules Benchetrit como Sami Frey, César Chouraqui como Christian Marquand, Mikaël Mittelstadt (Gilbert Bécaud), Fabian Wolfrom como Sacha Distel, Laurent Stocker como Pierre Lazareff, Giuseppe Maggio (Enzo), Nicolas Beaucaire (Jean Cau), Florence Muller como Lucienne Lévy, Ludmilla Makowski (Stéphane Audran, esposa de Jean-Louis Trintignant), Natalia Pujszo (Monique Bécaud), Crystal Shepherd-Cross como Hélène Lazareff, Caroline Gay como Véra Clouzot, Xavier Lemaître como Georges Cravenne, Valentina Romani (Peggy, substituta de Brigitte), Jean Franco (Alain Carré, secretário particular e motorista de Brigitte), Lucy Loste Berset como Simone, Anna Mihalcea como Odette, Jean-Paul Bordes como Coronel Joseph Charrier, Juliette Allain como Évelyne, Quitterie Majorel (Suzanne), Daniel-Jean Colloredo (Doutor Marineau), Julie Arnold (Mouissa, babá de Mouissa, Jacques e Brigitte)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

.: Vencedora do Prêmio Kindle reconstrói a memória negra da família


Com a ancestralidade africana negada, Adriana Vieira Lomar por muito tempo tentou descobrir a identidade da trisavó, uma negra alforriada. Rastros de sua existência nem sequer foram encontrados no cartório, entre os documentos dos familiares que deixou em vida. Incomodada com essa falta de informações, a autora decidiu dar à mulher um nome: Ébano, em referência à árvore cuja madeira preta é considerada valiosa.

Mas ter somente uma palavra não foi suficiente. A escritora sentiu a necessidade de construir uma história para a trisavó e, por isso, escreveu "Ébano sobre os Canaviais". Vencedor do Prêmio Kindle de Literatura em 2022 e agora publicado em edição impressa pela editora José Olympio, o livro levanta reflexões sobre as múltiplas vivências em uma sociedade brasileira construída com base em estruturas preconceituosas.

A obra, composta por capítulos curtos, conta a trajetória de uma mesma família em dois períodos históricos distintos. No século XIX, os leitores conhecem a vida de José, um jovem imigrante português que se apaixona por Ébano, uma negra liberta da escravidão. Apesar de se amarem, os dois precisam se separar para que o filho do casal se torne um senhor de engenho. Já na contemporaneidade, a escritora apresenta Maria Antonieta, uma mulher racista e repleta de privilégios que nunca se incomodou em saber sobre seus antepassados.

Ainda há outros arcos narrativos importantes, como o de Anita. Sinhá, ela luta para melhorar as condições de vida das pessoas escravizadas. Por vezes escondida do marido, toma decisões para diminuir a violência contra os escravos. Entretanto, presa a uma relação pautada pela dominação masculina, precisa se submeter à realidade para sobreviver.

Com este livro, Adriana Vieira Lomar busca criticar o processo de apagamento histórico vivido pela população afro-brasileira, como também explicitar as consequências do patriarcado e do capitalismo. A escritora afirma: “Sabemos que historicamente é assim, mas ninguém questiona isso. Quis trazer análises sobre a sociedade capitalista, o racismo, o colorismo e o machismo por meio da ficção. Imortalizei Ébano pela ausência de memória da minha trisavó que desconheço o nome. Tornei-a uma heroína através da ficção”. Compre o livro "Ébano sobre os Canaviais", de Adriana Vieira Lomar, neste link.

Sobre a autora
Formada em Direito e pós-graduada em Literatura Contemporânea e em Roteiro para Cinema, TV e Novas Mídias, a carioca Adriana Vieira Lomar é aposentada do serviço público. Como escritora, publicou os livros “Carpintaria de Sonhos”, “Aldeia dos Mortos”, “Ambiguidades” e “Corredor do Tempo”. Seu novo livro "Ébano sobre os Canaviais" ganhou o Prêmio Kindle de Literatura 2022 e foi publicado pela editora José Olympio. Garanta o seu exemplar de "Ébano sobre os Canaviais", escrito por Adriana Vieira Lomar, neste link.

.: Espetáculo "Gabri[ELAS]", baseado nas inquietações de Gabriela Leite, estreia


Espetáculo com texto de Caroline Margoni marca encontro entre atriz Fernanda Viacava com a obra e a vida da ativista e prostituta Gabriela Leite. Foto: Cassandra Mello


A identificação e as inquietações de uma atriz com a figura de Gabriela Leite (1951-2013), a primeira mulher a lutar pelos direitos das prostitutas no Brasil, é mote do solo "Gabri[ELAS]", que estreia em 12 de janeiro de 2024 no Sesc Avenida Paulista. O espetáculo segue em cartaz até 4 de fevereiro, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h30, e, aos domingos, às 18h30.

O trabalho, estrelado por Fernanda Viacava, dirigido por Malú Bazán e escrito por Caroline Margoni, registra e reativa a memória de Gabriela Leite, ultrapassando a barreira das ruas e do estigma, ao falar sobre prostituição na perspectiva do desejo e da liberdade sexual de todas as mulheres. “O feminismo abordado por prostitutas é recente e pouco visível. A prostituta sempre foi, e ainda é, objeto de representação nas artes, geralmente de um ponto de vista estereotipado, vitimizador ou romantizado. Neste sentido, por que não tornar visível e compartilhar esse legado de mais três décadas de luta, a partir de suas próprias vozes e narrativas?”, questiona a diretora Malú Bazán. 

O ponto de partida do texto é a memória viva de Gabriela Leite e o protagonismo da história das mulheres da vida no Brasil e na América Latina. “Tornar visível ao público esse arquivo vivo é uma maneira de levar, sobretudo para/com as mulheres, um encontro consigo mesmas, valorizando a importância de seus desejos, narrativas e lutas, como autoras e protagonistas de suas próprias histórias”, acrescenta a encenadora.

Quem foi Gabriela Leite?
Nascida em 1951, em São Paulo, Gabriela Leite se tornou a principal referência na luta em defesa dos direitos das prostitutas no Brasil. Estudante da USP e frequentadora do Bar Redondo com a turma da contracultura nos anos 70, ela trocou a faculdade de sociologia pela prostituição - primeiro em sua cidade, depois em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. 

Gabriela foi a primeira mulher a se apresentar publicamente como prostituta. Isso aconteceu no I Encontro de Mulheres de Favelas e Periferia, organizado em 1983 pela vereadora Benedita da Silva, do PT. “Foi um rebu! Uma prostituta que se diz prostituta! Aí começou toda uma onda”, disse a ativista na autobiografia "Filha, Mãe, Avó e Puta", lançada pela editora Objetiva.

Alguns anos depois, ela conhece Lourdes Barreto nos encontros da Pastoral da Mulher Marginalizada e, juntas, inauguram a Rede Brasileira de Prostitutas (o primeiro movimento em rede da categoria, que contava com representantes de todas as regiões do Brasil). O grupo teve como marco o I Encontro Nacional de Prostitutas: “Mulher da Vida, É Preciso Falar", realizado no Rio de Janeiro, em 1987. A ativista ainda fundou em 1992 a ONG Davida e, em 2005, criou a grife Daspu, uma passarela de luta de mulheres LGBTQI+.

Ela ainda foi a primeira mulher na América Latina a iniciar o trabalho de organização da categoria, a partir da desconstrução de representações socialmente aceitas sobre a prostituição, dando-lhe novos sentidos ao estigma que atravessa todas as mulheres, e buscando o seu reconhecimento como trabalho. Gabriela morreu em 2013, vítima de câncer.


Um pouquinho sobre o processo criativo
O espetáculo começou a ser gestado em 2019 por quatro mulheres artistas-ativistas: Fernanda Viacava, atriz que vem pesquisando a puta no teatro desde 2014; Malú Bazán, diretora de teatro e artista que pesquisa o feminino; Elaine Bortolanza, pesquisadora e ativista do movimento de prostitutas e diretora e produtora da DASPU de 2013 a 2022; e Caroline Margoni, roteirista e pesquisadora que atua nas áreas de psicanálise, mulheres e criminologia. 

A pesquisa contou com apoio do acervo histórico sob a guarda do Arquivo Estadual do Rio de Janeiro (APERJ), em parceria com Observatório da Prostituição - projeto de pesquisa e extensão do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR-UFRJ), sob coordenação de Soraya Silveira Simões. 

O grupo teve acesso a arquivos audiovisuais dos encontros nacionais e estaduais, fotografias, áudios e as autobiografias de Gabriela. Além disso, encontrou-se com amigos, afetos, familiares de Gabriela e as companheiras que fizeram parte da sua trajetória de vida e de luta. “Nós, mulheres da vida, tecemos juntas esse monólogo como um mosaico de narrativas e escritas de mulheres, construído nesse processo de pesquisa e curadoria do acervo histórico. Criamos uma espécie de crochê de narrativas – Gabriela amava essa arte e dedicava muito de seu tempo ‘crochetando’”, revela a autora Caroline Margoni.

Entre as pessoas que contribuíram para o processo de pesquisa dramatúrgica, estão: Flávio Lenz, parceiro de vida com quem Gabriela se relacionou por mais de 20 anos e com quem fundou a ONG Davida e o Jornal Beijo da Rua; Maurício  Toledo, amigo mais antigo dela e companheiro da ONG Davida; Thaís Helena Leite, e Regina Leite, irmãs da ativista; Alessandra Leite, filha dela; Tatiany Leite, neta de Gabriela, com quem ela tinha uma relação muito próxima; Lourdes Barreto, amiga e a maior companheira de luta, fundadora do Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará - GEMPAC (1990); Vânia Rezende, prostituta e ativista da região Nordeste, coordenadora da Associação Profissionais do Sexo de Pernambuco - APPS, parceira de luta da RBP;  Soraya Simões, professora do IPPUR/UFRJ e coordenadora do Observatório da Prostituição; e Laura Murray, professora do Núcleo de Políticas Públicas e Direitos Humanos na UFRJ e Diretora do filme Um Beijo para Gabriela.

“Este projeto abrange o universo da prostituição na sua complexidade, de modo a refletir sobre desafios colocados na sociedade a partir do estigma da ‘puta’, valorizando a memória e a luta coletiva dessas mulheres, seus feminismos, a organização dos movimentos de prostitutas. Ainda queremos celebrar as conquistas e o legado deixado por Gabriela Leite, os afetos vivos e as subjetividades e narrativas dessas mulheres, que reverberam em nossas próprias narrativas como criadoras”, acrescenta a atriz Fernanda Viacava.

“Depois desse período longo de pesquisa e conversas, se juntaram a nós mais muitas outras mulheres artistas. Mesmo se tratando de um monólogo, hoje somos 14 mulheres, entre criadoras e executoras desse trabalho, construindo essa narrativa e todas nós estamos em cena de alguma maneira”, ressalta a diretora Malú Bazán.


Sinopse
"
Gabri[ELAS]" é um monólogo que parte do encontro da atriz Fernanda Viacava com a vida e a obra de Gabriela Leite, principal referência na luta em defesa dos direitos das prostitutas no Brasil. A atriz narra em primeira pessoa o encontro com Gabriela se reconhecendo com 'elas', as mulheres da vida, a partir das suas inquietações como mulher e como atriz. Uma busca que parte do corpo da prostituta e transborda para o corpo de qualquer mulher que deseja.

Ficha técnica
Espetáculo "Gabri[ELAS]". Concepção e Idealização: Caroline Margoni, Elaine Bortolanza, Fernanda Viacava e Malú Bazán. Dramaturgia: Caroline Margoni.  Direção: Malú Bazán. Elenco: Fernanda Viacava. Direção vocal interpretativa: Lúcia Gayotto. Pesquisa e curadoria: Elaine Bortolanza. Memória e curadoria: Lourdes Barreto. Direção de arte: Kabila Aruanda. Trilha sonora: Nina Blauth  e Girlei Miranda. Música original: Nina Blauth. Criação audiovisual: Cassandra Mello (Teia Documenta). Iluminação: Cristina Souto. Identidade visual: Manuela Afonso. Foto: Cassandra Mello. Produção executiva: Baccan Produções, Kavaná Produções e Selene Marinho. Produção geral: Clotilde Produções Artísticas. Administração da temporada: André Roman. Realização: Sesc.

Serviço
Espetáculo "Gabri[ELAS]". Temporada: 12 de janeiro a 4 de fevereiro (com sessão extra no dia 25 de janeiro). Às sextas e aos sábados, às 20h30; e aos domingos, às 18h30. Sesc Avenida Paulista – Av. Paulista, 119, Bela Vista. Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia-entrada) e R$ 12  (credencial plena). Venda on-line em sescsp.org.br. Duração: 75 minutos. Classificação indicativa: 16 anos. Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

.: "As Bestas": filme vencedor de vários prêmios estreia em janeiro nos cinemas

Inspirado num acontecimento real, longa narra a tensão entre um casal francês e moradores locais num pequeno vilarejo na Galícia

 

Dirigido pelo espanhol Rodrigo Sorogoyen (indicado ao Oscar em 2019 pelo curta “Madre”), "As Bestas" é uma coprodução entre França e Espanha que traz uma história de tensão marcada por excelentes interpretações de Denis Ménochet e Marina Foïs. O longa foi selecionado e exibido na mostra Première no Festival de Cannes de 2022 e, em 2023, venceu nove Prêmios Goya, a premiação mais importante da Espanha, além de ganhador do César de Melhor Filme Estrangeiro. Com distribuição da Pandora Filmes, o filme estreia nos cinemas brasileiros em 25 de janeiro de 2024.

Ménochet e Foïs interpretam Antoine e Olga, um casal francês que mora no interior da Galícia. Eles tentam tocar sua vida, mas nem sempre são bem-vindos pelos moradores locais. A tensão cresce quando surge um embate com os vizinhos, que se transforma em uma questão violenta que envolverá toda a aldeia. 

Sorogoyen assina o roteiro com Isabel Peña, e se inspirou numa história real para criar o filme. “Estudamos o caso para conhecê-lo e, assim, para nos distanciar dele, e transformá-lo em nossa ficção. Nós conhecíamos, ou acreditávamos que conhecíamos, as pessoas envolvidas. Nós sabíamos, ou pensávamos que sabíamos, suas motivações, seus sonhos. E então começamos a criar nossos personagens para a ficção. Mudamos seus nomes, idade, nacionalidade. Não queríamos contar a história verdadeira, mas algo inspirado naquele evento.”

O cenário, explica ele, é um vilarejo gradualmente abandonado, no qual os moradores locais suspeitam de todos que são estrangeiros, assim surgindo o conflito entre o local e o que é exterior.

“Um problema financeiro, mas também de identidade, no que diz respeito à propriedade da terra. Ameaças, orgulho, convivência difícil, explosões de violência, medo. Esses dois últimos elementos acabaram se tornando os eixos centrais sobre os quais a história se apoiava: violência e medo”.

Enquanto os roteiristas investigavam sobre a área onde se passaria a história, descobriram que, todos os anos, em várias aldeias próximas celebram “a rapa das bestas”, uma celebração popular que consiste em cortar as crinas dos animais selvagens para remover quaisquer parasitas antes de liberar os animais de volta para as montanhas.

“Decidimos introduzir esta tradição, que tem um poder visual esmagador em nossa história. O título menciona isso, mas, também, uma das cenas centrais tentaria ser uma alegoria do “rapa”. Quem é a besta? Antoine tenta ser pacífico diante da violência dos irmãos, mas nunca consegue se separar dele”.

Sorogoyen também conta que "As Bestas" é diferente de todos os filmes que já fez. “A natureza seria filmada como um lugar sem descanso, sem espaço. As lentes nobres continuariam retratando a beleza das florestas, mas, ao mesmo tempo, os mostraria mais fechados, sem saída, labirínticos, é assim que Olga, Antoine e os irmãos Anta se sentem. A narração seria clássica. A câmera se moveria quando os personagens se moviam, o ponto de vista seria neutro, de uma distância média. Contando tudo com objetividade. ‘Como feras’ como um western moderno, onde há um tiroteio na primeira parte e um duelo na segunda.”

Desde sua estreia, o longa, além de prêmios, recebeu diversos elogios. O Wall Street Journal disse que “ao equilibrar os motivos concorrentes dos dois lados, Sorogoyen criou não apenas um drama tenso, mas também uma parábola que é amplamente aplicável em muitas culturas neste momento.”

Já o The New York Times aponta que “a imponente Foïs conduz o filme à medida que ele se transforma em um drama contido sobre a lealdade familiar e a fortaleza feminina”

Sinopse: Antoine (Denis Ménochet) e Olga (Marina Foïs) são um casal francês que se estabeleceu, há algum tempo, numa pequena aldeia, no interior da Galícia. Lá eles levam uma vida pacífica, embora coexistir com a população local não seja tão idílico quanto eles gostariam. Um conflito com seus vizinhos, os irmãos Anta (Luis Zahera e Diego Anido), irrompe e a tensão cresce por toda a aldeia até que chega a um ponto sem retorno.


Ficha Técnica

Direção: Rodrigo Sorogoyen 

Roteiro: Rodrigo Sorogoyen e Isabel Peña

Produção:  Ibon Cormenzana, Ignasi Estapé , Anne-Laure Labadie, Jean Labadie, Nacho Lavilla, Thomas Pibarot, Rodrigo Sorogoyen, Jérôme Vidal, Eduardo Villanueva

Elenco: Denis Ménochet, Marina Foïs, Luis Zahera, Diego Anido, Marie Colomb

Direção de Fotografia: Álex de Pablo

Desenho de Produção: Jose Tirado

Trilha Sonora: Olivier Arson 

Montagem: Alberto del Campo

Gênero: drama, suspense

País: França, Espanha

Ano: 2022

Duração: 137 minutos


Sobre a Pandora Filmes: A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.


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