terça-feira, 12 de dezembro de 2023

.: 18º "Diário de um Banana": Greg Heffley prova que não é um Cabeça-Oca

Estudar nunca foi o forte de Greg Heffley e o ensino fundamental não tem sido um mar de rosas para o protagonista do "Diário de um Banana", fenômeno da literatura infantojuvenil e best-seller do New York Times. No 18º volume da coleção, que chega ao Brasil pela VR Editora, o autor Jeff Kinney faz o garoto repensar sobre a importância de frequentar a escola.  

No lançamento Cabeça-Oca, o colégio de Greg está prestes a ser fechado por causa do baixo desempenho dos alunos e do mau estado de conservação do prédio. Ao encarar isso como uma solução dos próprios problemas, ele imagina um mundo de possibilidades em que poderá aproveitar cada segundo para colocar as brincadeiras em dia.  

Quando entende a gravidade da situação e que o fechamento da Larry Mack significa ir para um lugar diferente do melhor amigo, Rowley Jefferson, Greg passa a ter um novo objetivo: salvar a escola. Para isso, ele precisa juntar os colegas e provar que não são cabeças-ocas, ou seja, mostrar que são capazes de melhorar seus boletins escolares.  

Recheada de quadrinhos, diálogos afiados e muito bom-humor – marca registrada em toda a série –, nesta nova história, assim como o protagonista, os jovens leitores vão compreender que a educação pode construir um futuro melhor. Afinal, estudar também é divertido, ainda mais quando o conhecimento é compartilhado com os amigos.   


Seria ótimo se o cérebro pudesse ir pra escola enquanto a gente fica livre pra fazer o que gosta, tipo jogar laser tag com os amigos ou ficar de bobeira no fliperama. Depois era só buscar o cérebro no fim da aula e se inteirar do que aconteceu. Mas, por enquanto, a gente precisa se conformar com a ideia de que o corpo e o cérebro precisam estar sempre juntos. E, dependendo da sua idade, isso significa passar um tempão na escola. 


(Diário de um Banana: Cabeça-Oca, p.5) 


Você pode comprar Diário de um Banana: Cabeça-Oca, de Jeff Kinney  aqui: amzn.to/41g7q6D 


Os livros do Diário de um Banana foram traduzidos para 62 idiomas e distribuídos a 74 países. Apenas no Brasil, a coleção teve mais de 12 milhões de cópias vendidas.  


Livro: Diário de um Banana: Cabeça-Oca 

Autor: Jeff Kinney 

Editora: VR Editora 

Edição/ano: 1ª ed. 2023 

Gênero: literatura infantojuvenil  

Público-alvo: crianças e pré-adolescentes 

224 páginas

Compre Diário de um Banana: Cabeça-Oca, de Jeff Kinney  aqui: amzn.to/41g7q6D


.: KLB pela primeira vez em formato unplugged no Teatro J. Safra

KLB pela primeira em formato unplugged  no  Teatro J. Safra: dias 12, 13 e 14 de janeiro


Após o grande sucesso da turnê comemorativa "20 +2 Experience", que contou com diversos shows sold out em todo o país, o fenômeno KLB agora está se preparando para uma série especial em configuração inédita.

Pela primeira vez na carreira, o grupo se apresentará, oficialmente, em formato unplugged. Um show inteiramente acústico, que permitirá que os irmãos Kiko, Leandro e Bruno mostrem sua versatilidade e habilidades musicais de uma maneira diferente, destacando suas vozes e instrumentos.

O trio promete proporcionar aos fãs uma experiência única, de uma forma mais intimista, nos dias 12, 13 e 14 de janeiro, no Teatro J. Safra, em São Paulo.

Os ingressos já estão à venda pelo site eventim.com.br e pontos de venda autorizados. Mais informações no serviço abaixo. A produção do evento não se responsabiliza por bilhetes adquiridos fora dos canais de venda oficiais.

No repertório, os fãs podem esperar uma seleção especial de sucessos da carreira do KLB, incluindo músicas que marcaram época, conquistaram corações e jamais foram executadas ao vivo.

A atmosfera e a proximidade com os artistas criarão um ambiente único, onde o público poderá se conectar ainda mais com as letras e melodias atemporais do grupo.

“Vivemos momentos maravilhosos durante a ‘20 +2 Experience’ e agora estamos trazendo um show mais intimista, pra ficar mais pertinho de público e com músicas que nunca fizeram parte do nosso setlist oficial e que tanto nos pediam. Garantimos que vamos viver três noites incríveis!”, declarou a banda.

Não perca essa oportunidade única de testemunhar o KLB em um formato inédito e emocionante. Garanta seu lugar e prepare-se para uma noite memorável e histórica.


Link para as fotos de Fábio Nunes

Redes sociais: instagram.com/klb | instagram.com/kikoklb

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Serviço São Paulo

Teatro J. Safra orgulhosamente apresenta KLB - Unplugged

Local: Teatro J. Safra

Endereço: Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda - São Paulo - SP - CEP 01140-050

Datas e horários: 12 de janeiro, 21h; 13 de janeiro, às 21h, e 14 de janeiro, às 20h

Classificação: LIVRE

Como chegar: teatrojsafra.com.br/como-chegar.html


Setores:

Plateia Premium: R$ 250,00

Plateia VIP: R$ 220,00

Mezanino: R$ 180,00

Mezz. Visão Parcial: R$ 150,00

Ingresso online: eventim.com.br/artist/klb/

.: "Sentido", de Bob Nugent, reflete belezas e conflitos da Amazônia


Ao longo de mais de 20 anos, o artista norte-americano documentou a floresta e seus destinos por meio da arte. "Sentido", nova exposição apresentada pela Dan Galeria Contemporânea, reúne as obras que debatem o desmatamento e a mineração, e ainda trazem perspectivas sobre outras regiões do solo brasileiro, como Inhotim. Na imagem, a obra "Valley of the Moon #5". Foto: Divulgação


O contraste e o conflito entre a beleza da Amazônia e sua permanente destruição foram traduzidos em tinta, óleo e cores nas pinturas de Bob Nugent. Ao longo de mais de 20 anos, o artista norte-americano documentou a floresta e seus destinos por meio da arte. “Sentido”, nova exposição apresentada pela Dan Galeria Contemporânea, reúne as obras que debatem o desmatamento e a mineração, e ainda trazem perspectivas sobre outras regiões do solo brasileiro, como Inhotim.

As telas trazem a memória associada aos objetos e sensações vivenciadas nas inúmeras visitas que o artista fez na Bacia do Rio Amazonas. Formas naturalistas semelhantes a colmeias, vértebras, casulos, formigueiros, formas de plantas e insetos estão dispersos na superfície das obras. A devastação vem representada por meio de tons profundos.

“O homem moderno vê a floresta como uma enorme riqueza – mas, ao mesmo tempo, testemunhamos seu esgotamento. Diferentemente dos grupos indígenas, que ali vivem em harmonia há gerações, nós ainda não conseguimos encontrar o equilíbrio necessário que proteja esta riqueza para o futuro”, destaca Bob Nugent. O artista acredita que valorizar a beleza da Amazônia é um dos caminhos para alertar sobre a urgente necessidade de preservação.

Roberto Elisabetsky, autor do livro "Sentido" sobre a obra do artista plástico, analisa o trabalho como uma produção visual única. “Nugent traduz essa tênue delicadeza de forma única, como num alerta ao observador: desfrute do belo, mas saiba que a beleza é efêmera e passageira, não nos foi presenteada com nossa isenção de responsabilidade por ela. A obra de Bob Nugent, nas múltiplas formas e mistérios da natureza que retrata, é um convite ao desfrute do belo e à constatação de que a magnitude desse presente é finita e requer nossa cumplicidade para seguir existindo”.

O artista já esteve em aproximadamente 130 exposições individuais e mais de 650 coletivas nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América do Sul. No Brasil, seu trabalho esteve presente em mostras conjuntas no Mube (2018), no Museu Tomie Ohtake (2007) e no Masp (1998). Suas obras estão em importantes coleções brasileiras como a do Museu Tomie Ohtake, do Masp, Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Rio de Janeiro.


Sobre Bob Nugent
Nascido e criado na Califórnia, Bob concluiu mestrado em Belas Artes na área de Pintura pela Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, em 1971. Recebeu inúmeras bolsas de estudo e pesquisa, incluindo Bolsas Individuais da Fundação Tiffany e do National Endowment for the Arts, e Bolsas de Viagem da Fundação Fullbright e do Conselho de Artes da Califórnia, para seu trabalho no Brasil.

Bob passou mais de 23 anos visitando o Brasil. É um apaixonado da ampla paisagem, da flora e fauna, e do povo brasileiro. Bob visitou cada canto do país, da costa do norte do Amapá as Cataratas do Iguaçu, no sul. Viajou ao Pantanal diversas vezes, visitando tribos indígenas espalhadas pela região, particularmente no Estado de Mato Grosso. Sua ligação com o Rio Amazonas é genuína. Esteve várias vezes no rio e em sua bacia, viajando com frequência de Manaus, no Brasil, a Iquitos, no Peru, testemunhando também o encontro do rio com o Oceano Atlântico, em Belém.


Sobre a Dan Contemporânea
A Dan Contemporânea surgiu como um departamento de Arte Contemporânea da Dan Galeria. Em 1985, Flávio Cohn, filho do casal fundador, juntou-se à Dan criando o Departamento de Arte Contemporânea, que ele dirige desde então. Assim, foi aberto espaço para muitos artistas contemporâneos, tanto brasileiros, como internacionais, fortemente representativos de suas respectivas escolas. Posteriormente, Ulisses Cohn também se associa à galeria completando o quadro de direção dela.

Nos últimos vinte anos, a galeria exibiu: Macaparana, Sérgio Fingermann, Amélia Toledo, Ascânio MMM, Laura Miranda e artistas internacionais: Sol Lewitt, Antoni Tapies, Jesus Soto, César Paternosto, José Manuel Ballester, Adolfo Estrada, Juan Asensio, Knopp Ferro e Ian Davenport. Mestres de concreto internacionais também fizeram parte da história da Dan, tais como: Max Bill, Joseph Albers e os britânicos Norman Dilworth, Anthony Hill, Kenneth Martin e Mary Martin.

A Dan Galeria incluiu mais recentemente em sua seleção, importantes artistas concretos: Francisco Sobrino, François Morellet e Getúlio Alviani, bem como os artistas geométricos abstratos históricos: Sandu Darié, Salvador Corratgé, Wilfredo Arcay e Dolores Soldevilla, só para mencionar alguns dos cubanos do grupo Los Once (The Eleven). Nestes últimos dois anos, os fotógrafos brasileiros Christian Cravo e Cristiano Mascaro; os artistas José Spaniol e Teodoro Dias (Brasil); os internacionais, Tony Cragg (G. Bretanha), Lab [AU] (Bélgica) e Jong Oh (Coréia), se juntaram ao departamento de Arte Contemporânea da galeria. A Dan Galeria sempre teve por propósito destacar artistas e movimentos brasileiros desde o início da década de 1920 até hoje. Ao mesmo tempo, mantém uma relação próxima com artistas internacionais, uma vez que os movimentos artísticos historicamente se entrelaçam e dialogam entre si sem fronteiras.


Serviço
Exposição "Sentido", de Bob Nugent. Dan Galeria Contemporânea - Rua Amauri 73, Jardim Europa/São Paulo. Das 11h às 17h, de segunda a sexta; das 11h às 19h, aos sábados. Entrada gratuita. Classificação indicativa: livre. Acesso para pessoas com mobilidade reduzida. E-mail: info@dangaleria.com.br.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

.: Mariana Salomão Carrara, vence o Prêmio São Paulo de Literatura


O romance "Não Fossem as Sílabas do Sábado", escrito por Mariana Salomão Carrara e publicado pela editora Todavia, venceu o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Melhor Romance de 2022. O livro fala sobre o luto. É uma tragédia acaba com uma família, um amor, uma história, mas o absurdo acidente tem a possibilidade de unir as mulheres que restaram dele, num duro e ao mesmo tempo terno embate de isolamentos.

Depois da morte de André, o lar de Ana fica dolorido. Sem o marido, ela passa a gestar a filha órfã e a lidar com Francisca, a babá que intervém com seus tentáculos de ajuda, e também Madalena, a vizinha, viúva do outro homem envolvido no absurdo acidente que vitimou André.

Em 2023, a 16ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura recebeu um recorde de inscrições com 453 candidaturas, um crescimento de 43% em relação ao ano anterior. O júri desta edição foi composto por Carlos Rogério Duarte Barreiros, Cida Saldanha, Claudia Abeling, Gênese Andrade, Ieda Lebensztayn, Jeferson Tenório, Karina Menegaldo, Luciana Araujo Marques, Luiz Rebinski e Whaner Endo. Já os curadores foram Fabio Silvestre Cardoso, Maria Cecília Closs Scharlach, Ricardo de Medeiros Ramos Filho, Rogério Pereira e Sandra Regina Ferro Espilotro. Compre o livro "Não Fossem as Sílabas do Sábado", de Mariana Salomão Carrara, neste link.


Sobre a autora

Mariana Salomão Carrara nasceu em 1986, em São Paulo. É autora de "Fadas e Copos no Canto da Casa", "Se Deus me Chamar Não Vou" e "É Sempre a Hora da Nossa Morte Amém". Garanta o seu exemplar de "Não Fossem as Sílabas do Sábado", escrito por Mariana Salomão Carrara, neste link.

.: "Tinta Branca", de Alexandre Alliatti, é o Melhor Romance de Estreia


O romance "Tinta Branca", escrito por Alexandre Alliatti e publicado pela editora Patuá, venceu o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Melhor Romance de Estreia. O livro aborda questões raciais e sociais. Em um domingo de festa, moradores torturam um jovem imigrante na praça central de uma pequena cidade do interior gaúcho. O professor de História de uma escola local se vê diretamente envolvido no episódio enquanto também ajuda um homem recém-chegado a entender suas origens.

O cruzamento de dois episódios, no passado e no presente, levará o narrador a repensar sua relação com a comunidade, a família e o amor – e a entender que a verdade, mesmo aquela mais íntima, também pode ser forjada por esquecimentos, por memórias apagadas.

Em 2023, a 16ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura recebeu um recorde de inscrições com 453 candidaturas, um crescimento de 43% em relação ao ano anterior. O júri desta edição foi composto por Carlos Rogério Duarte Barreiros, Cida Saldanha, Claudia Abeling, Gênese Andrade, Ieda Lebensztayn, Jeferson Tenório, Karina Menegaldo, Luciana Araujo Marques, Luiz Rebinski e Whaner Endo. Já os curadores foram Fabio Silvestre Cardoso, Maria Cecília Closs Scharlach, Ricardo de Medeiros Ramos Filho, Rogério Pereira e Sandra Regina Ferro Espilotro. Compre o livro "Tinta"Branca, de Alexandre Alliatti, neste link.


Sobre o autor
Alexandre Alliatti nasceu em Curitiba, no Paraná, em 1982, e foi criado em Canoas, no Rio Grande do Sul. É formado em Jornalismo pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), onde também cursou Letras. Morou no Rio de Janeiro e atualmente vive em São Paulo, onde trabalha como jornalista. É pós-graduado pelo Instituto Vera Cruz no curso de Formação de Escritores. Tinta Branca é seu primeiro livro publicado. Garanta o seu exemplar de "Tinta"Branca, escrito por Alexandre Alliatti, neste link.

.: Revista serrote #45 publica ensaio inédito do vencedor do Prêmio Camões


A revista serrote #45 publica ensaio inédito do escritor Silviano Santiago sobre Machado de Assis, artigo da antropóloga Aparecida Vilaça sobre rio que ganhou status de cidadão e textos dos vencedores do Concurso de Ensaísmo serrote. A nova edição da revista de ensaios do IMS já está disponível nas livrarias, com textos que refletem sobre raça, gênero, literatura e o atualíssimo submundo da internet.

Vencedor em 2022 do prêmio Camões, Silviano Santiago já tomara o escritor como tema em outro livro, "Machado" (2016), romance audacioso em que recria as últimas e dolorosas passagens da vida de Machado de Assis. No ensaio publicado agora, aos 87 anos, aborda tema ainda mais original: em "Confisco do Cadáver de Machado de Assis pelos Monarquistas", faz uma leitura da certidão de óbito do autor, a partir da análise da morte e dos conceitos de autópsia e necropsia nos livros "Dom Casmurro" e "Memórias Póstumas de Brás Cubas".

A publicação traz também os textos dos três autores premiados na edição deste ano do concurso de ensaísmo serrote. Primeira colocada, a tradutora, crítica literária e professora paulistana Fernanda Silva e Sousa (1993) assina o ensaio “Dos Pés Escuros que São Amados”, em que reconstitui a experiência de vítimas do racismo ao fio de três séculos num texto em que Ruth Middleton, uma mulher escravizada nos EUA do século 19, dialoga com Carolina Maria de Jesus e a poeta Lívia Natália. "Às vezes, é só reclamando o passado que um gesto pode ganhar um sentido além do que o presente aterrador anuncia", escreve.

Segundo lugar no concurso, a repórter e ensaísta paulista Thaís Regina (1996) articula jornalismo de alta qualidade e ensaio pessoal ao rever, em “Severinos, o Brasil É Uma Guerra Nossa”, a trajetória do avô, presidiário por mais de duas décadas, que encarna o destino de toda uma população negra subjugada por um Estado racista em sua essência.

Artista transdisciplinar e crítica de arte, a baiana Padmateo (1999) conquistou o terceiro lugar com o ensaio “Pepper’s Ghost”. Nele, ela convoca Monga, a mulher gorila, Kafka e Paul Preciado para discutir as imagens possíveis de pessoas em transição, numa análise original sobre o corpo não binário e seu complexo diálogo com a sociedade.

A revista publica ainda um texto da antropóloga e professora do Museu Nacional da UFRJ Aparecida Vilaça sobre o status de cidadão concedido ao rio Lage, em junho de 2023, por iniciativa do vereador indígena Francisco OroWaram, do povo Wari'. Aparecida relata sua visita ao local, conversa com OroWaram e discorre sobre a iniciativa inédita no país, que reconhece o rio como um ente vivo e sujeito de direitos.

Esta edição também traz um importante texto da escritora e antropóloga norte-americana Zora Neale Hurston (1891-1960), uma das principais figuras do movimento de artistas e intelectuais negros conhecido como Renascença do Harlem. "O que os Editores Brancos não Publicam" foi difundido originalmente em 1950, na revista "Negro Digest". Nele, a autora trata de um tema que continua atual, ao reivindicar um lugar no seu país à literatura negra para além dos propósitos raciais.

A reflexão sobre a presença negra aparece em outro texto desta edição, de autoria do cineasta, produtor cultural e pesquisador Márcio Brito Neto (1987). Ele parte de um relato autobiográfico para propor um novo olhar negro sobre o cinema, com o regate de princípios filosóficos usurpados pela colonialidade e pela branquitude.

Uma das mais ativas intelectuais feministas britânicas, Jacqueline Rose (1949), codiretora do Birkbeck Institute for Humanities, na London University, participa da serrote #45 com um texto em que analisa como a filósofa francesa Simone Weil (1909-1943) se debateu até o fim da vida com a questão de como se manter a serviço de um mundo mais igualitário. O ensaio integra o livro The Plague: Living Death in Our Times, lançado em 2023 e ainda inédito no Brasil.

Outro destaque é o ensaio "A Machosfera contra as Balzacas", do jornalista e mestre em literatura, cultura e contemporaneidade pela PUC Rio Victor Calcagno (1994). O autor parte da noção de balzaquiana, popularizada no Brasil com o romance "A Mulher de 30 Anos", de Honoré de Balzac, para refletir sobre como a mulher nessa faixa etária catalisa o ódio e a misoginia dos homens no submundo da internet.

 Ainda nesta edição, o escritor e cineasta argentino Edgardo Cozarinsky escreve sobre um tema universal aos grupamentos sociais: a fofoca. Ele recorre a Marcel Proust e Henry James (escritores em cujas práticas romanescas, diz, "a fofoca ocupa um lugar privilegiado"), além de outros autores, para afirmar que, na forma como circula e se modifica, a fofoca reproduz o movimento geral da história e do conhecimento humano.

Artista visual que trabalha no cruzamento entre fotografia, cinema e escrita, a canadense radicada nos EUA Moyra Davey (1958) participa da revista com imagens publicadas originalmente no livro de artista "Burn the Diaries" (2014). A elas, soma-se um texto que integra a coletânea de ensaios Index Cards (2020), inédita no Brasil.

A serrote #45 publica ainda um ensaio visual da artista Wanda Pimentel (1943-2019). Nos desenhos da série Do caminho ao elo sobre-humano (1966-1967), a artista constrói uma intimidade com o leitor-visitante a partir de seu característico vocabulário visual, em que põe em evidência partes do corpo humano e objetos do cotidiano. Também presentes nesta edição, trabalhos dos artistas Sônia Gomes, Edu Silva, Laura Anderson Barbata, Thomas Hirschhorn, Cynthia Gyuru, Aislan Pankararu (autor das obras que ilustram a capa e a contracapa) e Guga Szabzon.

.: Luiz Felipe Pondé lança livro sobre a imperfeição da natureza humana


Será possível aos homens se aperfeiçoarem, de fato, com o passar do tempo e com as experiências adquiridas? Em "Diálogos sobre a Natureza Humana", o renomado filósofo e professor Luiz Felipe Pondé traz uma discussão complexa e, para alguns, talvez um tanto polêmica, ao colocar em xeque a ideia da natureza perfeita e imperfeita do ser humano.

Ao revisitar de maneira aprofundada o tema - anteriormente abordado por ele no livro "O Homem Insuficiente" -, o autor entrega conceitos importantes aplicados às vivências contemporâneas. Mas o que são os conceitos de perfectibilidade e imperfectibilidade? Para pensadores como Jean-Jacques Rousseau, com os quais Pondé dialoga na obra, a perfectibilidade é a capacidade do ser humano de evoluir, não no sentido darwinista, mas de melhorar a sociedade por meio do desenvolvimento moral e intelectual do indivíduo.

Por outro lado, a imperfectibilidade, presente em muitas tradições religiosas, sugere que a humanidade é inerentemente imperfeita. O filósofo aprofunda o debate entre esses dois pensamentos distintos, desde a Grécia Antiga, passando pelo Cristianismo até o Iluminismo.

A leitura de "Diálogos sobre a Natureza Humana" ajuda a entender o cenário mundial, cercado por guerras, disputas territoriais, colapso do meio ambiente, declínio das economias e avanço do fanatismo. Com uma abordagem filosófica, Luiz Felipe Pondé lança sua reflexão crítica sobre o comportamento humano sob a ótica da perfectibilidade para, em seguida, colocá-la ao agudo exame da dúvida. Compre o livro "Diálogos sobre a Natureza Humana", de Luiz Felipe Pondé, neste link. 

Sobre o autor
Luiz Felipe Pondé, renomado filósofo e escritor brasileiro, nascido em Recife, é também palestrante, colunista da Folha de S.Paulo, diretor do laboratório de política, comportamento e mídia da PUC-SP e apresentador do programa "Linhas Cruzadas", transmitido pela TV Cultura. É autor dos livros “Contra um Mundo Melhor”, “Marketing Existencial”, “Do Pensamento no Deserto”, “Guia politicamente incorreto da filosofia”, “Conhecimento na Desgraça”, “O Homem Insuficiente”, “Crítica e Profecia”, entre outros. Garanta o seu exemplar de "Diálogos sobre a Natureza Humana", escrito por Luiz Felipe Pondé, neste link.

.: Grace Gianoukas faz apresentações gratuitas de “Nasci pra Ser Dercy”


Monólogo encenado por Grace Gianoukas, com voz off de Miguel Falabella, presta homenagem a Dercy Gonçalves, artista que rompia padrões e inaugurou uma representação genuinamente brasileira em nossos palcos. Foto: Heloísa Bortz


O monólogo “Nasci pra Ser Dercy”, estrelado por Grace Gianoukas e escrito e dirigido por Kiko Rieser, presta uma homenagem a Dercy Gonçalves, uma das maiores atrizes do século XX. A estreia aconteceu em São Paulo no dia 13 de janeiro de 2023. O sucesso foi imediato. O espetáculo já circulou por todo o Brasil, sempre com sessões lotadas. A temporada 2023 termina com um presente para o público de São Paulo, com oito apresentações gratuitas no Grande Salão da Caixa Cultural São Paulo.

Dercy não cabia em rótulo algum. A atriz faleceu há 15 anos, em 2008, aos 101 anos. O texto une o apelo popular e o carisma de Dercy a uma profunda pesquisa que mostra a importância, muitas vezes ignorada, da atriz para o teatro brasileiro e para a liberdade feminina, bem como sua inquestionável singularidade.

Desbocada e defensora da mais profunda liberdade, era muito recatada em sua vida íntima, chegando a se casar e enviuvar anos depois ainda virgem. Contestava frontalmente a censura da ditadura militar, mas se recusava terminantemente a levantar bandeiras políticas específicas que não fossem a da irrestrita liberdade e do respeito a todas as formas de existir.

A atriz se consagrou como vedete do Teatro de Revista, mas sua maior contribuição ao nosso teatro se deu ao levar essa expertise para a comédia popular, que ela revolucionou inteiramente, trazendo textos fundamentais para o Brasil e instaurando uma nova forma de interpretar, que rompia com todos os padrões e inaugurava em nossos palcos uma representação genuinamente brasileira. Amada por quase todo o país, Dercy Gonçalves é uma figura largamente reconhecida, mas pouco conhecida de fato.

“Dercy Gonçalves é retratada quase sempre como apenas uma velha louca que falava palavrão”, fala Kiko Rieser, que no texto procura revelar ao público a mulher grandiosa e complexa que ela foi. “Uma atriz vinda do teatro de revista que recriou a comédia brasileira. Uma mulher que era chamada de puta, mas que casou e enviuvou virgem, iconoclasta e devota, libertária mas avessa a qualquer bandeira, inclassificável e singular”, completa o autor.

A peça começa com uma atriz, Vera, entrando no estúdio para fazer teste para o papel de Dercy Gonçalves em um filme. Conforme vai dando suas falas, ela se revolta contra o roteiro, cheio de estereótipos. Sua mãe era grande fã de Dercy e por isso Vera cresceu conhecendo e sendo influenciada pelo exemplo dessa artista icônica. Ela então, transformando-se em Dercy, começa a mostrar quem realmente foi essa mulher à frente de seu tempo.


Ficha técnica
Espetáculo “Nasci pra ser Dercy”. Texto e direção: Kiko Rieser. Atriz: Grace Gianoukas. Voz off: Miguel Falabella. Diretor de produção: Paulo Marcel. Cenário e figurino: Kleber Montanheiro. Desenho de luz: Aline Santini. Trilha sonora original e arranjos: Mau Machado. Canção-tema “Só Sei Ser Dercy”: Danilo Dunas e Pedro Buarque. Visagismo: Eliseu Cabral. Assistência de direção: André Kirmayr. Preparação corporal: Bruna Longo. Preparação vocal: André Checchia. Colaboração no processo: Fernanda Lorenzoni. Assistência de figurino: Marcos Valadão. Cenotécnica: Evas Carreteiro. Design gráfico: Pierre Nunes. Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação. Mídias sociais: Pierre Nunes. Fotos: Heloísa Bortz. Assessoria jurídica: Sergio Almeida Ribeiro. Realização: Ventilador de Talentos.


Serviço
Espetáculo “Nasci pra ser Dercy”. Texto e direção: Kiko Rieser. Elenco: Grace Gianoukas. Voz em off: Miguel Falabella. Direção de produção: Paulo Marcel. Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 80 minutos. Data: dias 12, 13, 14, 15, 16 17, 19 e 20 de dezembro de 2023. Horário: terça a sexta-feira, às 19h; sábado e domingo às 17h. No dia 14 de dezembro sessão especial com interpretação de libras e audiodescrição. Dias 13 e 14 de dezembro bate-papo com a atriz Grace Gianoukas e o diretor e autor Kiko Rieser após os espetáculos.  Dia 17 haverá um bate-papo sobre consciência socioambiental com um convidado especial. Entrada franca: os ingressos serão distribuídos uma hora antes do espetáculo, limitados a um par por pessoa. Não há lugares marcados. Grande Salão da Caixa Cultural São Paulo | 120 lugares. Praça da Sé, 111 – Centro Histórico de São Paulo. Outras informações: 11 3321-4400 ou pelo @caixaculturalsp. Patrocínio: Caixa e Governo Federal. Realização: Ventilador de Talentos.

domingo, 10 de dezembro de 2023

.: Quentin Tarantino mistura memórias e reflexões sobre cinema em novo livro


Em "Especulações Cinematográficas", Quentin Tarantino, mistura memórias pessoais a reflexões sobre cinema e filmes que marcaram a juventude dele. Foto: Julian Ungano

Um dos mais célebres cineastas contemporâneos, Quentin Tarantino parece ser o maior entusiasta vivo do cinema. Em entrevistas, o diretor sempre comentava sobre o desejo de um dia escrever livros sobre filmes. E é isto que o leitor terá em mãos a partir de dezembro. "Especulações Cinematográficas", que chega às livrarias brasileiras pela Intrínseca, é tudo que os fãs dele - e todos os cinéfilos - esperavam: uma obra magnífica sobre a sétima arte. A tradução é de André Czarnobai.

Tarantino compartilha com o público sua visão sobre os filmes norte-americanos aos quais assistiu pela primeira vez na juventude, nos anos 1970, e que foram fundamentais para sua formação artística. Conforme analisa direções, produções, escalações e atuações, o autor especula outros caminhos possíveis para cada filme e não se furta a tocar em pontos polêmicos. Sobre "Taxi Driver", obra emblemática de Martin Scorsese que segue desafiando o público, Tarantino reflete: "'Taxi Driver' é um filme sobre um racista ou um filme racista? A resposta, claro, é a primeira opção. E o que o torna uma audaciosa obra-prima é o fato de ousar fazer essa pergunta à plateia e ainda permitir que cada um chegue à própria resposta."

Sobre a formação cinematográfica de Tarantino, é curioso o fato de que a mãe dele o levava para ver filmes destinados a adultos quando ele tinha apenas sete anos de idade. Hoje, quando o cineasta rememora esses momentos para analisar suas influências, percebe que aquela era uma estratégia para que ele entendesse como o mundo dos adultos funcionava. “A certa altura, quando percebi que estava vendo filmes que os outros pais não deixavam os filhos assistirem, questionei minha mãe sobre isso. Ela disse: ‘Quentin, eu me preocupo mais com você assistindo ao noticiário. Um filme não vai te fazer mal algum.’”

Durante essa viagem por suas memórias, Tarantino reflete sobre o trabalho de diversos cineastas. Pedro Almodóvar aparece como um exemplo de inconformismo e inspiração para a violência cinematográfica tão marcante na obra do autor. “Os filmes dos meus sonhos sempre incluíam uma reação cômica a alguma coisa desagradável. Algo parecido com a conexão que os filmes de Almodóvar fazem entre o desagradável e o sensual. Sentado num cinema de arte em Beverly Hills, assistindo às imagens coloridamente vívidas e provocativamente empolgantes captadas em 35 mm e projetadas numa parede enorme — provando que era possível haver algo sexy na violência —, eu me convenci de que existia lugar para mim e meus devaneios violentos na cinemateca moderna.”

Uma rica análise cinematográfica, Especulações cinematográficas retrata diferentes períodos da história dos Estados Unidos, além das mudanças mais marcantes no cinema e na sociedade. Em sua estreia como autor de não ficção, Tarantino oferece ao leitor uma oportunidade única de navegarmos por sua mente artística e sabermos mais de suas opiniões e memórias pessoais. A obra é, em essência, uma história de amor pelo cinema e por todas as suas fascinantes nuances. Compre o livro "Especulações Cinematográficas", de Quentin Tarantino, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Um olhar obsessivo de alguém que conhece Hollywood como poucos.” — The New Yorker

“Uma excelente estreia de não ficção de um artista ímpar.” — Kirkus Reviews


Sobre o autor
Quentin Tarantino é considerado um dos maiores cineastas de sua geração — e de todos os tempos. Nascido em 1963 em Knoxville, no Tennessee, escreveu e dirigiu nove filmes, e já ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original duas vezes, entre diversos outros prêmios e indicações. Também publicou Era uma vez em Hollywood, romance baseado em seu filme homônimo. Especulações cinematográficas é seu primeiro livro de não ficção, muito esperado pelos fãs. Tarantino mora em Los Angeles e Tel Aviv. Garanta o seu exemplar de "Especulações Cinematográficas", escrito por Quentin Tarantino, neste link.

.: Romance "Gay de Família" aborda temas espinhosos como a homofobia


Dramas familiares e temas delicados não são novidade quando unidos na literatura. Mas fazer essa mistura adicionada a uma dose perfeita de bom-humor, é tarefa para poucos autores. Foi assim, com ousadia e muito talento que Felipe Fagundes escreveu “Gay de Família”, história que mescla debates importantes embrulhados em um bom humor que nos faz rir com os olhos ainda marejados. A obra chega às livrarias através da editora Paralela, selo pertencente ao Grupo Companhia das Letras. A história, inclusive, já teve seus direitos negociados para virar filme.

“Gay de Família” nos apresenta Diego, protagonista da trama. Diego espera tudo de ruim dos próprios parentes, mas tudo mesmo. Que o pai tenha uma segunda família. Que a mãe comande um esquema de tráfico humano. Que o irmão lave dinheiro. Por serem versados em todos os crimes do manual da família tóxica, Diego decidiu ser gay bem longe deles. E tudo vai muitíssimo bem, obrigado.

Porém, às vésperas de uma viagem aguardadíssima com amigos, seu irmão aparece implorando por um favor: que Diego seja babá dos três sobrinhos por um final de semana, crianças com as quais ele nunca conviveu. De olho na grana que o irmão promete pagar e acreditando piamente no seu potencial como tio, ele aceita a proposta sem imaginar que os pequenos são, no mínimo, peculiares.

O que a princípio parece moleza, mesmo envolvendo uma gata demoníaca, um amigo imaginário e um porteiro potencialmente sádico, acaba se revelando um desafio quando Diego percebe que terá que revirar seus sentimentos e provar que pode dar conta do recado, sem perder o rebolado que apenas um tio gay é capaz de manter.

O livro também critica a noção de que a convivência entre gays e crianças se restringe a casos de abuso ou pedofilia, como infelizmente muito se mostra na mídia. Pessoas LGBT+ e os pequenos podem, sim, a exemplo do livro, desenvolver relações de afeto, respeito e confiança entre si, haja vista tantos casais homoafetivos que atualmente adotam crianças e são verdadeiros exemplos de pais e mães amorosos.

“Gay de Família” ensina noções valiosas sobre família, pertencimento e respeito. É o tipo de leitura que mostra o valor da escrita para o público adulto, em especial aquele que embandeira uma maior representatividade gay além das ficções adolescentes. Felipe mostra ser um autor preocupado com valores e com a formação de cidadãos sóbrios, questionadores e equilibrados em suas opiniões e valores. Compre o livro “Gay de Família”, de Felipe Fagundes, neste link.


O que disseram sobre o livro

“De zero a dez na Escala Gay, esse livro é um mil. Absolutamente hilário” ― Pedro Rhuas, autor de "Enquanto Eu Não te Encontro".


Trecho do livro:

Você é meu tio viado? — pergunta Diogo 2.

Nossa, que amor de criança — comento.

Mas não estou ofendido. Vindo dele, ser viado pareceu minha profissão. Você é meu tio professor? Meu tio bombeiro? Meu tio fotógrafo? Eu adoraria ser pago para ser gay.


Sobre o autor
Felipe Fagundes nasceu em 1991 e cresceu em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Desde sempre escreve histórias bem-humoradas que, na verdade, são dramas disfarçados. Atualmente, mora com o marido no Rio de Janeiro, e você pode encontrá-lo no Twitter e no Instagram. Garanta o seu exemplar de "Gay de Família", escrito por Felipe Fagundes, neste link.

.: "Meu Nome: Mamãe", com Aury Porto, será apresentado no Sesc Santos


A convivência do ator Aury Porto com sua mãe, que vive com mal de Alzheimer há 15 anos, bem como a relação familiar com o lento processo de degeneração acarretado pela doença, são o ponto de partida do espetáculo solo do artista "Meu Nome: Mamãe", em cartaz no Sesc Santos no próximo sábado, dia 16, às 20h, no teatro do Sesc Santos. A peça teatral marca a estreia de Porto no universo da autoficção sob a direção de Janaina Leite. Com dramaturgia de Claudia Barral.  

"Meu Nome: Mamãe" surge a partir de relatos, sempre com muito bom humor, de Aury Porto para os amigos mais próximos sobre as situações vividas por ele e sua família, que além dos cuidados da medicina, se vale da força de resistência característica da cultura sertaneja dos cearenses. A leveza, disposição e afeto empregados nas situações do cotidiano para tratar a complexidade do assunto sempre rendiam o comentário: “Você precisa levar isso para o palco”

É centrado em duas personagens, Filho e Mãe, interpretados pelo ator numa dinâmica de troca de "máscaras", a partir de um paralelo entre o que ocorre com a memória do portador do mal de Alzheimer e o surrealismo na qual as imagens e situações se expressam diretamente do inconsciente. Cenas narrativas e representadas se intercalam sem compromisso com a lógica sequencial do tempo do calendário. 

Apesar de ser um testemunho do amor inquebrantável do Filho para com sua Mãe, a montagem tem um propósito sanitário: colaborar com a discussão sobre as doenças características da velhice, uma vez que a sociedade brasileira está envelhecendo. 

Sobre Aury Porto 
Com mais de 30 anos de trabalho nas artes cênicas, além de ator, tem exercido as funções de diretor, produtor, professor de teatro, dramaturgo e adaptador. No início da década de noventa criou a companhia Teatro Dragão do Dito em parceria com o dramaturgo Paulo Faria. No ano 2000 entrou para o hoje sexagenário Teatro Oficina Uzyna Uzona no qual exerceu as funções de ator, produtor e administrador, tendo permanecido naquela companhia por nove anos. Em 2007 fundou, ao lado da atriz Luah Guimarãez, a mundana companhia. À frente desta companhia, que tem uma equipe que gira em torno de trinta profissionais das artes cênicas, idealizou e coproduziu a maioria dos onze espetáculos criados nestes treze anos de existência. 

Ficha técnica 
Espetáculo "Meu Nome: Mamãe". Idealização, texto e atuação: Aury Porto. Direção: Janaina Leite. Dramaturgia: Claudia Barral. Cenografia e figurino: Flora Belotti. Trilha sonora e operação de som: Rodolfo Dias Paes (DiPa). Desenho e operação de luz: Ricardo Morañez. Projeções: Felipe Ghirello. Produção: Bia Fonseca.  Dia 16 de dezembro. Sábado, das 20h às 21h. Auditório. Ingresso - R$ 10,00 (credencial plena). R$15,00 (meia). R$30,00 (inteira).  Não recomendado para menores de 14 anos - Autoclassificação. Duração 55 minutos.  Venda on-line no Portal Sesc SP e no app Credencial Sesc SP. Venda presencial a partir das 17h, nas bilheterias do Sesc SP.

.: Ruth Rocha lança "O Grande Livro dos Macacos" para público infantojuvenil

A premiada autora Ruth Rocha lança obra inédita que nos convida a explorar, rir e aprender com as travessuras e peculiaridades dos macacos


Com ilustrações de Veridiana Scarpelli, "O Grande Livro dos Macacos" é uma homenagem à diversidade dos macacos e um lembrete de que, apesar de nossas diferenças, temos muito em comum com esses seres fascinantes. No livro, Ruth Rocha traz dados científicos e textos lúdicos e ficcionais para desmistificar a vida dos primatas, desde o macaco-prego até o gorila. Ruth abraça a complexidade da nossa relação com os macacos, ressaltando a inteligência e as emoções que nos conectam a eles. Este livro mostra não só a capacidade da escritora de tecer narrativas encantadoras, mas também o seu desejo de instigar a curiosidade e o respeito pela natureza nas jovens mentes.

"A ideia de escrever sobre macacos era um desejo antigo meu. Esse livro estava guardado há tempos e, durante a pandemia, resolvi finalizá-lo. Juntei a ideia de contar histórias engraçadas de macacos com a teoria de Charles Darwin, a quem considero um dos cientistas mais importantes do mundo", diz Ruth Rocha.

Ruth possui uma trajetória marcada por cerca de 140 livros publicados pela Editora Salamandra, onde é autora exclusiva – com inúmeros contos, narrativas, poemas, crônicas e também adaptações de obras clássicas e documentos dos mais diversos, que visam garantir um dos direitos mais básicos da humanidade: o acesso à alfabetização e à educação.

Você pode comprar o livro "O Grande Livro dos Macacos", de Ruth Rocha aqui: amzn.to/41eL1q4

A autora é uma figura emblemática da literatura infantil brasileira. Com mais de 50 anos de carreira, suas histórias têm sido parte integral da educação e desenvolvimento infantil no Brasil, sempre com uma linguagem acessível e abordando temas que ressoam tanto em crianças quanto em adultos.

A escritora foi uma das primeiras a fazer parte dos catálogos Moderna e Salamandra, e em 2009, passou a ser, oficialmente, autora exclusiva da casa. Ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira, já superou a marca de 40 milhões de exemplares vendidos, e encantou várias gerações de crianças do Brasil e do mundo.

Nascida na capital paulista em 1931, ao longo da vida, foi orientadora educacional e editora. Começou a escrever artigos sobre educação para a revista Cláudia, em 1967. Em 1969, deu início à produção de histórias infantis para a revista Recreio. Em 1976, teve o primeiro livro editado e, desde então, publicou mais de cem livros em território brasileiro e vinte no exterior, em 19 idiomas diferentes.

Ruth recebeu prêmios de diversas associações pela sua contribuição à literatura e à educação brasileira: Academia Brasileira de Letras, Associação Paulista dos Críticos de Arte, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, o prêmio Santista, da Fundação Bunge, o prêmio de Cultura da Fundação Conrad Wessel, a Comenda da Ordem do Mérito Cultural e oito vezes o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Também foi homenageada pelas escolas e municípios, com seu nome batizando centenas de bibliotecas pelo país.

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Livro: "O Grande Livro dos Macacos"

Autora: Ruth Rocha

Editora: Salamandra


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