terça-feira, 28 de novembro de 2023

.: Crítica: "Making Of" entrega os inimagináveis bastidores de um filme

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


"Making Of", exibido no Cineflix Cinemas, durante o Festival Varilux de Cinema Francês, retrata a feitura de uma produção cinematográfica sobre trabalhadores que lutaram para salvar a fábrica que lhe dá sustento, porém até mesmo o enredo é alterado, seja pelo protagonista ou pelos investidores do projeto. Assim, dentro do longa dirigido por Cédric Kahn, sobra ainda espaço para pincelar a vida do diretor Simon (Denis Podalydès, de "O Próximo Passo") e também do casal de protagonistas da trama, Jim (Jonathan Cohen) e Nadia (Souheila Yacoub, de "Lágrimas de Sal"). 

O longa de 1h59 começa numa confusão de empregados, em bando, invadindo uma fábrica. Contudo, as surpresas surgem quando Jim corta a cena de destaque de Nadia, colocando-o em evidência, como o grande salvador do grande acontecimento. Logo, uma sequência de situações começa a sair para longe do planejado, incluindo a reescrita do final do filme. 

Tentando resolver tal problema, Simon convida um figurante para gravar um making of, Joseph (Stefan Crepon, de "Peter Von Kant"), que registra desavenças diversas. Sem rodeios, mas muito inteligente, por vezes, "Making Of" entrega uma produção cinematográfica com dois filmes dentro.

Contudo, o rebu para Simon não fica restrito ao profissional, uma vez que seu casamento está em ruínas, ainda que mesmo distante tente estar presente via zoom, inclusive nos horários das refeições em família. A produção distribuída pela Bonfilm celebra o lado humano dos envolvidos, assim como o fazer cinema e seus bastidores inimagináveis, o que é lindo de se ver na telona. Filme simplesmente imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "Making Of" (Making Of)
Diretor: Cédric Kahn
Gênero: drama
Classificação: livre
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 1h59
Distribuidora: Bonfilm
Elenco: Denis Podalydès, Jonathan Cohen, Emmanuelle Bercot, Stefan Crepon, Souheila Yacoub
Resumo: Simon, um diretor experiente, começa a rodar um filme sobre a luta dos trabalhadores para salvar sua fábrica. Mas nada sai como planejado. Sua produtora deseja reescrever o final, sua equipe entra em greve, sua vida pessoal está em ruínas; e para piorar as coisas, o ator principal é um desagradavel egocêntrico. Joseph, um jovem que deseja entrar na indústria do cinema, aceita dirigir o making of. Ele leva seu papel muito a sério e começa a capturar toda a confusão, provando que o making of pode às vezes ser bem melhor que o próprio filme!


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.: Palestra: fotógrafo Bob Wolfenson sobre restauração de seu acervo


Em 2020, uma inundação provocada por fortes chuvas na cidade de São Paulo devastou o estúdio do fotógrafo Bob Wolfenson, comprometendo 80% do seu acervo. No dia 2 de dezembro, sábado, às 15h30, o Teatro Porto recebe a equipe responsável pelo projeto de restauração do acervo, que juntamente com o próprio Bob Wolfenson vão falar na palestra Sobrememória um acervo em resgate. Foto: Helena Wolfenson


Após ser impactado por uma inundação decorrente das intensas chuvas que atingiram a cidade de São Paulo em março de 2020, o estúdio do fotógrafo Bob Wolfenson viu 80% de seu acervo comprometido. A comoção gerada pela imagem divulgada no Instagram do fotógrafo desencadeou uma onda de apoio de fotógrafos, amigos e profissionais do mercado, incluindo uma oferta da equipe especializada em restauro do Instituto Moreira Salles (IMS), liderada por Sergio Burgi.

No dia 2 de dezembro, sábado, às 15h30, no Teatro Porto, o Ministério da Cultura, o Estúdio Bob Wolfenson e a Porto Seguro promovem um encontro com a equipe responsável pelo projeto e o próprio Bob Wolfenson na palestra Sobrememória um acervo em resgate. Durante o evento, serão distribuídas cartilhas detalhadas sobre o processo de restauro, além de informações técnicas e registros que abrangem desde o dia da inundação até os dias atuais.

O evento marca uma fase importante na preservação do legado de Bob Wolfenson e destaca a colaboração entre instituições e profissionais que tornaram possível essa significativa recuperação do acervo fotográfico.


Processo de recuperação
No mesmo dia da inundação, o consultor de conservação de fotografias Leandro Lopes Pereira de Melo iniciou o processo de recuperação das imagens. Entretanto, para a completa restauração, um apoio financeiro tornou-se necessário. O escritório especializado em leis de incentivo, IC Cultura, uniu forças ao projeto, obtendo aprovação para um projeto de lei que permitiu a Bob Wolfenson viabilizar todos os custos relacionados a profissionais e equipamentos necessários, em parceria com a Porto Seguro.

Desde maio de 2023, uma equipe liderada por Juliana Bittencourt Bovolenta, conservadora-restauradora de fotografias, tem trabalhado dedicadamente no meticuloso processo de restauração. O resultado desse esforço será apresentado em uma palestra única.


Ficha técnica
Apoio: Lei de Incentivo à Cultura Lei Roaunet. Patrocínio: Porto Seguro. Realização: Estúdio Bob Wolfenson, Ministério da Cultura, Governo Federal Brasil União e Reconstrução. Acervo fotográfico: Bob Wolfenson. Coordenadora do projeto, conservadora-restauradora de fotografias: Juliana Bittencourt Bovolenta. Consultor de conservação de fotografias: Leandro Lopes Pereira de Melo. Documentalista, especialista em acervos fotográficos e artísticos, e desenvolvedora da base de dados Tainacan:  Fernanda Cícero de Sá. Conservadora de fotografias: Talita Rennó Bruno. Desenvolvedora da base de dados Tainacan: Giselle Carvalho. Reprodução digital de fotografias: Ana Tonezzer Ansbach. Produção executiva do projeto de conservação: Morena Carvalho.


Equipe registro fotográfico e videográfico
Direção: Helena Wolfenson. Montagem: Eduardo Resing. Direção de Fotografia: Helena Wolfenson. Assistente de Câmera: Rafael Frydman. Operação de som: Rafael Frydman. Finalização de som: Tomás Franco. Colorização: Lucas Almeida. Designer Gráfico: Thema pro Thea Severino e Márcio Freitas. Tratamento, Impressão e produção das fotomontagens: Chris Kehl. Textos: Naief Haddad. Programador do site: Fernando Alencar. Assessoria de Imprensa: Renata Megale. Gestão de Incentivo: IC Cultura. Contabilidade: Ec2 Contadores. Jurídico: Aline Akemi Freitas.  


Participaram da ação de salvamento
Instituto Moreira Salles: Edna Katia Gaiardoni, Gabriella Moyle, Luiz Henrique Soares e Sergio Burgi. Arquivo Histórico Wanda Svevo. Fundação Bienal de São Paulo: Jéssica Chimatti Martins, Olivia Tamie Okasima e Raquel Moliterno.


Estúdio Bob Wolfenson
Aline Os, Eliane Rezende, Ana Pazian, Gabriel Cicone, Cris Kehl, Cristiane Favacho e Mariza Guimarães. Voluntários: Akemi Miyashita, Ana Francisca Salles Barros, Caetana Britto, Carolina Vergotti, Fernanda Auada, Joyce Melguiso, Leandro Melo, Stella Mariane Barboza do Couto e Talita Rennó.


Serviço
Palestra com Bob Wolfenson - "Sobrememória Um Acervo em Resgate". Dia 2 de dezembro, sábado, às 15h30. Ingressos: grátis. Retirada a partir das 14h30 na bilheteria do Teatro Porto. Duração: 60 minutos. Classificação: livre. Sessão com intérprete de libras. Teatro Porto. Al. Barão de Piracicaba, 740 - Campos Elíseos/São Paulo. Telefone (11) 3366-8700. Capacidade: 508 lugares. Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos. Estacionamento no local: gratuito para clientes do Teatro Porto.

.: "Café com Deus Pai" é o livro mais vendido do Brasil em 2023


Junior Rostirola desembarca em São Paulo, no dia 1º de dezembro, com a nova versão de sua obra, em sessão de dedicatórias que acontecerá no Shopping SP Market


Brasil, novembro de 2023: com mais de 425 mil seguidores nas redes sociais, onde compartilha aprendizados e palavras de superação para milhares de leitores, o autor do best-seller "Café com Deus Pai", marca presença em São Paulo, em três dias que prometem reunir centenas de pessoas na cidade. No dia 1º de dezembro, a presença de Junior está confirmada na livraria A Página, do Shopping SP Market, zona sul da capital, para a sessão de autógrafos a partir das 19h.

Junior Rostirola ganhou imenso destaque após o livro bombar pelo país através de leitores orgânicos, e, nas redes sociais por meio de influenciadores e celebridades que descobriram o livro em meio ao acaso ou indicação. "Café com Deus Pai" conquistou o pódio de livro mais vendido do Brasil em 2023, com mais de 800 mil cópias vendidas segundo a Revista Veja, PublishNews e Amazon. Em sua nova edição 2024, que será lançada presencialmente na cidade, já está superando os recordes da edição anterior.

Nesta obra, Junior Rostirola, convida o público a experimentar doses diárias de conexão com Deus por meio do devocional. "Ao longo das páginas datadas de 1 de janeiro a 31 de dezembro, o leitor é conduzido a viver 365 dias sob a direção d’Aquele que pode responder às dúvidas e tornar possível todas as coisas: Deus. E além dessa imersão espiritual, decidimos trazer a experiência sensorial do café às mãos dos leitores", conta Junior Rostirola, que mais uma vez deixou claro, que a experiência de tomar uma xícara de café ao acordar, em pleno café-da-manhã, se tornará mais instigante ao lado da obra. 

O cheiro de café ao abrir o livro será emanado a cada passada de folha. E o cheiro não está na imaginação não! "Uma tecnologia exclusiva da nossa editora, permite adicionar o cheiro escolhido às folhas e a capa do livro, para que o leitor sinta o cheirinho de café mesmo que não esteja ao lado de uma xícara bem quentinha", continua.

O autor, nesses anos de carreira, também atingiu a marca de ter um dos podcasts mais ouvidos nas plataformas digitais. Além disso, movimenta o público do Brasil realizando a Tour chamada "Vencedores Vencem Dores", onde relata o caminho de superação e dificuldades que enfrentou na vida e que o transformou na grande referência como autor e precursor da leitura devocional como hoje é conhecida.

Durante a turnê gratuita pelo país, Junior relata os traumas de infância e conta com detalhes sobre os fortes problemas familiares que enfrentou. Com a orfandade de um pai ausente, a agressão dentro de casa, bullying, escassez financeira da família e outros.

A superação das dores vividas por Junior, o levou a se tornar fundador da Associação Escolhi Amar, que abrange diversos projetos sociais, entre eles: o abrigo Lar da Criança Feliz, que já acolheu mais de 3235 crianças de 0 a 12 anos; o Lar do Adolescente, que já amparou mais de 210 adolescentes de 12 a 18 anos; Abraçou também uma nação através da Missão Haiti, que além de alimentar pessoas física e espiritualmente, ainda mantém mais de 200 crianças na escola. 

Por ter sofrido tanto com a destruição e vícios comuns existentes nos lares, hoje dirige o "Centro de Recuperação Feminino Conviver'', que já assistiu mais de 776 mulheres dependentes de substâncias psicoativas ou portadoras do vírus HIV.  Para curar a angústia da escassez, criou o "Mercado Solidário", que já distribuiu centenas de toneladas de alimentos para famílias que podem escolher os itens que necessitam. 

Um menino que nunca era chamado para o time de futebol na época da escola, atualmente promove oportunidades para que muitas pessoas participem de diversas modalidades esportivas. Além de realizar visitas a presídios e fornecer atendimento psicológico gratuito para o público de baixa renda. Compre o livro "Café com Deus Pai", de  Junior Rostirola, neste link.


Sobre o autor
Junior Rostirola é pastor sênior da Igreja Reviver e lidera uma comunidade cristã socialmente relevante com extensões no Brasil e Haiti. Bacharel em Teologia e pós-graduado em Teologia Bíblica, Junior é autor do best-seller Café com Deus Pai, o livro que ganhou o coração dos leitores e que propõe uma jornada diária fascinante, indicado pela Revista Veja e Publishnews como o livro mais vendido do Brasil no ano de 2023. Garanta o seu exemplar de "Café com Deus Pai", escrito por Junior Rostirola, neste link.


Serviço
Sessão de autógrafos do livro "Café com Deus Pai", de Junior Rostirola, na Livraria A Página. Shopping SP Market. Dia 1º de dezembrio de 2023, a partir das 19h00. Sessão de dedicatórias com Junior Rostirola em São Paulo. Av. das Nações Unidas, 22540. Site oficial: cafecomdeuspai.com.


.: Entrevista com Tony Ramos: “Gilberto Braga era um brilhante criador”


De volta no "Vale a Pena Ver de Novo", a trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares faz Tony Ramos aparecer em dose tripla na Globo. Foto: 
TV Globo/João Miguel Júnior

No ar em "Mulheres Apaixonadas" como o músico Téo e em "Terra e Paixão" como o produtor rural Antônio La Seva, a partir do dia 27, o público terá Tony Ramos em dose tripla na TV Globo, com a estreia de "Paraíso Tropical" no "Vale a Pena Ver de Novo". No clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares,, com direção de Dennis Carvalho, Tony interpreta o poderoso empresário Antenor Cavalcanti. Em entrevista, o ator fala sobre a parceria com Gilberto Braga, lembra bastidores das gravações e reflete sobre a proximidade entre os personagens Antenor Cavalcanti e Antônio La Selva.

Exibida originalmente em 2007 e, agora, pela primeira vez no "Vale a Pena Ver de Novo", "Paraíso Tropical" é ambientada em Copacabana, com toda beleza e contradições que o tornam um bairro-símbolo do Rio de Janeiro, e fala sobre cobiça e ética, reunindo personagens que ficaram marcados em nossa teledramaturgia, como o poderoso Antenor Cavalcanti (Tony Ramos). De caráter forte e dominador, Antenor dedica-se inteiramente ao trabalho e é mal resolvido sentimentalmente. Machista, tem um casamento tradicional com Ana Luísa (Renée de Vielmond), porém não dá valor à fidelidade, mantendo um caso extraconjugal com Fabiana (Maria Fernanda Cândido), sua secretária. Confira a entrevista com Tony Ramos.
 

Quais são suas principais lembranças de "Paraíso Tropical"?
Tony Ramos - 
São várias lembranças... Primeiríssimo lugar, a de poder trabalhar com um grande texto do Gilberto Braga. A perfeita direção de Dennis Carvalho, bem-humorada, muito clara, transparente, de muita qualidade. Então, era uma dupla muito afinada. Gilberto e Dennis, todo o elenco, o prazer de trabalhar com Wagner Moura, Vera Holtz, Otávio Müller, Fabinho Assunção. Há muitas outras pessoas que me são muito saudosas, como o Hugo Carvana, que fazia o pai de Antenor (Belisário Cavalcanti), e Yoná Magalhães (intérprete de Virgínia). Tínhamos um elenco afinadíssimo, de muita experiência, muito bem-humorado, que trabalhou junto com muita disposição. Tivemos também participações importantes como a de Maria Fernanda Cândido. Lembro que havia sempre uma intenção do Dennis de criar toda uma atmosfera que o texto já apresentava, mas ele, como diretor, criava uma outra ainda tão boa quanto o texto. Enfim, tudo funcionou muito bem.
 

Lembra como surgiu o convite?
Tony Ramos - 
O convite para fazer o Antenor surgiu do próprio Gilberto Braga.


Quais foram os desafios na construção de Antenor? 
Tony Ramos - Eu não fiquei com uma preparação muito determinada para fazer aquele rico empresário. Na verdade, eu fiquei mais antenado e objetivado no próprio texto porque o texto do Gilberto era tão claro, tão transparente, com tantas informações que, por si só, já te ajudava na pesquisa. E aí você via os trabalhos de relacionamento entre os personagens que iam se encontrando e reencontrando durante a novela, como a Glorinha Pires [que interpreta Lúcia], a Renée de Vielmond (que interpreta Ana Luísa Cavalcanti). Lembro a beleza que era ver o trabalho de Camila Pitanga com a Bebel, linda personagem que ela desenvolveu. Então o próprio texto te conduzia automaticamente às informações para você poder criar a tua personagem.

 
Tem alguma curiosidade dos bastidores?
Tony Ramos - O importante sempre era o humor, lembro as cenas que eu tinha com o (Hugo) Carvana, por exemplo. De maneira geral, os bastidores das cenas eram fantásticos, porque havia muito humor, mas bastante concentração e disciplina. Era um prazer muito grande.
 

Você pode eleger uma cena que considera emblemática?
Tony Ramos - 
Tem algumas cenas que são emblemáticas para mim. Após a separação entre a minha personagem e a da Renée de Vielmond, o Antenor procura o personagem do Fabinho Assunção e começa a conversar, fazer um balanço de vida e, movido por duas, três doses de uísque, ele vai ficando emocionado. Essa, para mim, é uma cena emblemática, sem dúvida.
 

Como era a sua parceria com o autor Gilberto Braga?
Tony Ramos - 
A minha parceria com o Gilberto sempre foi a melhor possível. Ele oferecia jantares em sua casa para a reaproximação de companheiros e companheiras de trabalho - às vezes, um jantar elegante só para cumprimentar o elenco pela desenvoltura do trabalho. Eu posso destacar tanta coisa. Gilberto era um homem muito generoso, enfim, saudade sempre eterna. Quem escreveu (a novela) "Vale Tudo" como ele e quem privou de várias reuniões de trabalho e sociais com ele, sabe muito bem do que eu estou falando: era um brilhante criador, um homem intelectual, de muito bom humor, de uma fina ironia. Esse cidadão, chamado Gilberto Braga, só deixou saudades, um grande escritor.
 

Passados 16 anos da exibição original, a novela volta à TV aberta. O que você diria para as pessoas que vão entrar em contato pela primeira vez com essa obra?
Tony Ramos - 
A característica mais espontânea da TV aberta é a sua democrática visualização, porque ela é totalmente de graça, um sinal na ponta de uma antena. Por isso, é uma emissora aberta e que hoje você sintoniza em qualquer ponto do país. Então é bonito ver de volta essa novela para uma geração que não assistiu. Imagine um jovem de 25 anos que à época tinha oito, nove anos de idade e agora pode rever ou pela primeira vez assistir. E afirmo: assistirá a uma grande e das maiores novelas da TV brasileira.
 

O que aproxima ou distancia os personagens Antônio La Selva e Antenor Cavalcanti?
Tony Ramos - 
Os personagens Antônio La Selva e Antenor Cavalcanti são absolutamente díspares, muito distantes. É claro que a ambição nos dois é absoluta, são muito ambiciosos. Só que a ambição de Antenor era medida, ele não mandava matar, não tinha essa obsessão pelo poder da forma que o Antônio La Selva tem. Então, eles são bem diferentes, mas, ao mesmo tempo, são muito ricos como personagens. Para mim, como ator, ter feito Antenor em "Paraíso Tropical" e, agora, poder fazer o Antônio La Selva é um dos maiores momentos da minha vida, e isso eu sei andando na rua, no posto de gasolina, no aeroporto - outro dia eu entrei em um restaurante e as pessoas começaram a bater palma... Então são esses os fenômenos da TV aberta e uma bela personagem. Claro que o Antônio La Selva é um homem de um caráter absolutamente horroroso, é evidente, e eu tenho consciência disso (risos). Mas como personagem para um ator desenvolver, sem dúvida, é um lindo presente que eu ganhei do Walcyr Carrasco.


De volta a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", a novela "Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques.

.: Fabi Bang e Myra Ruiz se juntam em show de clássicos natalinos


O espetáculo inspirado nos especiais natalinos e programas culinários dos anos 50 e 60 acontece exclusivamente nos dias 18 e 19 de dezembro, no Teatro Villa Lobos. Os ingressos podem ser adquiridos através de Sympla ou nos totens do shopping Villa Lobos. Foto: Jairo Goldflus


O espetáculo "Receitas para um Natal Feliz" reúne mais uma vez as aclamadas atrizes Fabi Bang e Myra Ruiz. O show, que tem roteiro e direção de Daniel Salve e direção musical de Andrei Presser, fica em cartaz no Teatro VillaLobos, em São Paulo, entre os dias 18 e 19 de dezembro. Os ingressos já estão à venda na internet (www.sympla.com.br) e presencialmente, nos pontos de venda por meio dos totens no Shopping Villa Lobos (1º piso, em frente ao restaurante América) ou ainda na bilheteria do Teatro Villa Lobos (nos dias do espetáculo, 1h antes do horário do espetáculo até o início da apresentação). A realização é de Rega Início Produções.

“Há muitos anos nós duas ensaiamos montar um show Natalino mas as agendas nunca foram compatíveis. Mas a hora chegou! Sempre vivemos intensamente essa época festiva, mas faltava levar um pouco dessa festa para o teatro. Como nossa parceria vai muito além do profissional, nada melhor do que somarmos nossos talentos e entusiasmo para celebrar junto ao nosso público a data mais bonita do ano! Falando no público, eles podem esperar muita música, muito humor e a nossa sintonia e química de sempre! Não vemos a hora!”, comentam Fabi Bang e Myra Ruiz.

"Receitas para Um Natal Feliz" é inspirado nos especiais natalinos e programas culinários dos anos 50 e 60, levando em conta receitas metafóricas para a felicidade, como o amor, a resiliência e a boa vontade. No repertório, canções natalinas tradicionais, canções temáticas e muitas surpresas, incluindo uma canção original, escrita especialmente para o show por Daniel Salve. Os figurinos são assinados pelo premiado figurinista Fábio Namatame, e também são inspirados pela nostalgia dos anos dourados.

“Trata-se de uma reflexão bem-humorada e nada moralista sobre com o quê nos nutrimos em tempos de consumismo desenfreado. É um show divertido, que brinca com as diferenças entre as características culturais do Natal brasileiro e as referências natalinas de países do hemisfério norte”, explica Daniel Salve. Além de Fabi Bang e Myra Ruiz, participam também do espetáculo cinco músicos.


Ficha técnica
Espetáculo "Receitas para um Natal Feliz". Roteiro e direção: Daniel Salve. Direção musical: Andrei Presser. Iluminação: Túlio Pezzoni. Sound designer: Fernando Wada. Figurinos: Fabio Namatame. Fotos: Jairo Goldflus.

Serviço
Espetáculo "Receitas para um Natal Feliz". Local: Teatro Villa Lobos. Av. Drª Ruth Cardoso, 4777 - Jardim Universidade Pinheiros/São Paulo. Sessões e horários: 18 e 19 de dezembro (segunda e terça- feira), às 20h. Capacidade: 720 lugares. Duração: 1º ato 40 minutos | 2º ato 30 minutos | intervalo de 15 minutos. Classificação: livre. Acesso e assentos disponíveis para pessoas com deficiência.


Preços
Plateia Premium Central: R$150,00 (meia-entrada); R$300,00 (inteira). Plateia Premium Lateral: R$140,00 (meia-entrada); R$280,00 (inteira). Plateia: R$125,00 (meia-entrada); R$250,00 (inteira). Plateia alta: R$100,00 (meia-entrada); R$200,00 (inteira). Balcão: R$37,50 (meia-entrada); R$75,00 (inteira).


Ingressos
Sem taxa de conveniência. Atendimento presencial: toten de vendas no Shopping Villa Lobos (1º piso em frente ao Restaurante América), ou na bilheteria do Teatro Villa Lobos (nos dias do espetáculo, 1h antes do horário do espetáculo até o início da apresentação). Com taxa de conveniência: www.sympla.com.br 


segunda-feira, 27 de novembro de 2023

.: Crítica: "Crônica de Uma Relação Passageira" é agradável e surpreendente

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


Charlotte (Sandrine Kiberlain) é uma mãe solteira que conhece Simon (Vincent Macaigne), um homem casado e descobrem um desejo em comum: manter uma relação sem se apegar. Para tanto, os encontros esporádicos acontecem com o passar do tempo  e a relação é colocada em xeque quando uma nova figura ingressa formando um trio. Eis "Crônica de Uma Relação Passageira", longa exibido no Cineflix Cinemas, durante o Festival Varilux de Cinema Francês, que diverte, mas faz refletir sobre a fragilidade dos sentimentos injetados nas relações diversas.

Com diárlogos divertidos, o drama romântico dirigido por Emmanuel Mouret ("As Coisas Que Dizemos, As Coisas Que Fazemos" e "Madamoiselle Vingança") coloca o casal nas mais loucas aventuras, garantindo uma belíssima fotografia solar pela linda França -com direito a passeios em bicicleta-, reforçando a paixão dos dois que é eterna enquanto dura. 

Contudo, ao apimentar a aventura amorosa, a dupla descobre que até o que não se planeja pode mudar de rumo. "Crônica de Uma Relação Passageira" faz rir com fragmentos da história de Charlotte e Simon que acontencem durante 1h40. A produção distribuída pela Mares Filmes entrega um mar de ironia num amor subversivo. Vale a pena conferir!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "Crônica de Uma Relação Passageira" (Chroniques d’une liaison passagère)
Diretor: Emmanuel Mouret 
Gênero: drama, romance
Classificação: 14 anos
Ano de Produção: 2022
Idioma: Francês
Duração: 1h40
Distribuidora: Mares Filmes
Elenco: Sandrine Kiberlain, Vincent Macaigne, Georgia Scalliet
Resumo: Durante uma festa, Charlotte, uma mãe solteira, conhece Simon, um homem casado. Este novo casal concorda em se ver apenas por diversão, sem vivenciar nada além. Porém, essa relação sem futuro fica perturbada quando novos sentimentos aparecem.


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.: Gal Costa no movimento tropicalista é revisitada em livro


No mês em que a morte de Gal Costa completa um ano, a pesquisadora carioca Taissa Maia celebra a memória e o legado da cantora baiana no primeiro livro, intitulado "A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa", publicado pela editora Garota FM Books. O ensaio é um dos desdobramentos da dissertação de mestrado "Linda, Feia e (Des)Aparecida: A Mulher e Os Discursos Sobre o Tropicalismo Musical", defendida pela pesquisadora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2021.

Em direção oposta à do trabalho acadêmico, que debate a atuação de diferentes vozes femininas na construção do movimento tropicalista, "A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa" analisa exclusivamente a trajetória de Gal Costa e defende a artista como uma expoente da Tropicália que deu continuidade ao projeto após a partida de Caetano Veloso e Gilberto Gil para o exílio, em 1969.

“Para investigarmos Gal Costa, precisamos lançar mão de uma nova sensibilidade. Defendo a inteligência do corpo de Gal Costa em cena. Defendo também que a interpretação que ela faz do tropicalismo, o tropicalismo segundo Gal Costa, pode ser observado utilizando imagens e sons. No caso dela, são esses os índices de análise, não manifestos, que seguem determinada forma de discurso crítico, usualmente falado ou textual”, destaca Taissa.

Ao longo de 128 páginas, o livro percorre a vida e carreira de Gal Costa a partir de uma reconstrução de discursos sobre a atuação de Gal no Tropicalismo e uma revisão da importância da artista baiana, seja no contexto desse movimento como na história da música popular brasileira. “Para mim, a obra de Gal é uma das mais potentes já produzidas no Brasil. A ideia de que teve sempre alguém por trás dela não me convence. Então, assumi a missão de dar protagonismo a sua voz e vejo que não estou sozinha. Desde então, surgiram outras pesquisas sobre Gal, o filme e uma futura biografia (finalmente!). Acredito que ela foi secundarizada e quero ajudar a colocá-la no lugar ao qual ela pertence”, conclui.

"A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa" tem orelha assinada pela cantora, compositora e instrumentista Filipe Catto e convida leitores de diferentes gerações a reconhecerem o legado e o pioneirismo da artista em sua máxima potência e grandiosidade. Compre o livro "A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa", de Taissa Maia, neste link.

Sobre a autora
Taissa Maia é graduada em Administração com ênfase em Entretenimento e Marketing pela ESPM-RJ, pós-graduada em Arte e Literatura pela PUC-Rio, mestre e doutoranda em Comunicação e Cultura pela UFRJ, onde defendeu a dissertação “Linda, Feia e (Des)Aparecida: A Mulher e Os Discursos Sobre o Tropicalismo Musical”. Idealizou o projeto Grandes Mulheres da MPB (2023). É pesquisadora, professora e produtora cultural. Garanta o seu exemplar de "A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa", escrito por Taissa Maia, neste link.



.: Rainhas do Radiador apresentam "Raiow Rainhas" no Sesc Santos


O circo chegou trazendo as atrações mais espetaculares do momento com o grupo Rainhas do Radiador no espetáculo "Raiow Rainhas", no próximo domingo, das 17h30 às 18h30, no auditório do Sesc Santos. Você não pode perder as finais do campeonato de Luta Livre, as composições da banda, as mágicas e ilusionismos das trigêmeas SimSalaBim e muito mais! Ocupando o centro do picadeiro e essas figuras prometem abalar as estruturas com toda sua potência e irradiação! 

Um espetáculo de circo feito por três excêntricas palhaças. Elas executam números de habilidade como Luta livre, acrobacias, coreografias e música cômica em meio à muita diversão e irreverência. Parte do repertório do grupo Rainhas do Radiador, traz para cena a diversidade e a potência de ser mulher, mostrando, não apenas que as mulheres podem estar em qualquer lugar, como fazem isso com muita maestria. A peça convida o público a se divertir e se encantar com essas figuras poderosas e inusitadas, que sem medo do ridículo vieram para raiar o reinado das palhaças! 


Ficha técnica 
Espetáculo "Raiow Rainhas". Direção: Geisa Helena. Elenco: Aline Hernandes, Ana Pessoa e Camila Cake. Trilha Sonora: Laruama Alves e Leandro Goular. Treinamento acrobático: Raphaela Olivo e Nicolas Mancialez (Duo Ver se). Treinamento em luta livre: Sara Soares. Concepção de cenário e Figurino: Maria Zuquim. Criação: Rainhas do Radiador e Loi Lima. Confecção figurinos: Rita de Cassia Freitas. Confecção cenário: Mônica Cristina da Rocha. Cenotécnico: Zé Valdir de Albuquerque. 


Serviço
Espetáculo "Raiow Rainhas". Domingo, dia 3 de dezembro, das 17h30 às 18h30. Auditório do Sesc Santos. Ingressos - R$ 30,00 / R$ 15,00 / R$ 10,00 . Grátis para crianças até 12 anos. Faixa etária do espetáculo: livre. Duração: 50 minutos. Ingressos à venda no Portal do Sesc SP e nas bilheterias
 

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas-feiras, das 9h às 21h30 | Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos

.: Entrevista com Camila Pitanga: “Uma personagem icônica na minha vida”


Em entrevista, a atriz fala sobre os bordões e sua parceria com Wagner Moura. Clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares estreia no "Vale a Pena Ver de Novo’" dia 27. Foto: TV Globo/Márcio de Souza


Em "Paraíso Tropical", de volta à TV Globo a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", Camila Pitanga deu vida à icônica Bebel. Linda, atraente e sem caráter, Bebel foi um dos destaques da trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, dirigida por Dennis Carvalho, exibida originalmente em 2007.

Passados 16 anos, a repercussão ainda pode ser vista, especialmente nas redes, onde despontam os inesquecíveis bordões de Bebel e as cenas com seu amado, o vilão Olavo, personagem de Wagner Moura. “‘Catiguria’ tem muito a ver com o Chico Diaz (intérprete do cafetão Jáder), que falava de um jeito muito irreverente e que eu tomei emprestado mesmo. Ele trouxe o ‘catiguria’ e o Dennis Carvalho, diretor fantástico e amigo querido, sublinhou. ‘Cueca maneira’ é muito Dennis Carvalho! Às vezes, a expressão ‘cueca maneira’ estava no texto, mas virar um bordão, como quase um adjetivo, uma expressão só dela, foi coisa do Dennis Carvalho. Eu tenho muita gratidão a esses amigos queridos”, lembra a atriz.

Perguntada sobre o que diria ao público que assistirá à novela pela primeira vez, Camila destaca: “Eu tive a oportunidade de rever no Canal Viva e me diverti tanto! Tenho o maior prazer de falar da Bebel, uma personagem icônica na minha vida, e acho importante dizer que é um grande novelão!”. Confira a entrevista.


Da boca de Bebel saíram expressões que o Brasil adotou. Tem alguma história que envolva a criação delas?
Camila Pitanga - 
"Catiguria" tem muito a ver com o Chico Diaz (intérprete do cafetão Jáder), que falava de um jeito muito irreverente e que eu tomei emprestado mesmo. Ele trouxe o "catiguria" e o Dennis Carvalho, diretor fantástico e amigo querido, sublinhou. "Cueca maneira" é muito Dennis Carvalho! Às vezes, a expressão ‘cueca maneira’ estava no texto, mas virar um bordão, como quase um adjetivo, uma expressão só dela, foi coisa do Dennis Carvalho. Eu tenho muita gratidão a esses amigos queridos.
 

Repercutem nas redes, até hoje, cenas do casal Olavo (Wagner Moura) e Bebel. Fale um pouco sobre essa parceria.
Camila Pitanga - 
O Wagner é um ator que esbanja generosidade, um cara que está inteiro em cena. E aí não tem como, você é convocada a estar também, a vivenciar o máximo de jogo, concatenação, sintonia. Um jogo aberto e livre. É uma alegria imensa ter trabalhado e trabalhar com o Wagner Moura, um amigo querido, um irmão. Esse trabalho coroou o nosso encontro.

 
Passados 16 anos da exibição original, a novela volta a TV aberta. O que você diria para as pessoas que vão entrar em contato pela primeira vez com essa obra? O que podem esperar?
Camila Pitanga - 
Eu tive a oportunidade de rever no Canal Viva e me diverti tanto! Tenho o maior prazer de falar da Bebel, uma personagem icônica na minha vida, e acho importante dizer que é um grande novelão! Você verá a Alessandra Negrini se desdobrando em duas personagens (as gêmeas Paula e Taís), Vera Holtz fazendo a mãe do Olavo, terrível (Marion). Acho que tem tanta coisa bacana. A trajetória da Bebel é mesmo muito surpreendente porque, no início, ela é mais densa, dark, uma mulher realmente perigosa; e depois ela vai se ensolarando, virando uma palhaça – palhaçaria de circo, vai ficando uma gostosura, mais na chave da comédia. Então, tem uma transformação acontecendo ao longo da novela que é muito reveladora e interessante. Gostei muito de rever. É um grande novelão!


De volta a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", a novela "Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques.

.: Espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo” traz visão periférica


Com a proposta de refletir sobre poder, ambição e corrupção, além de afirmar que Shakespeare pertence a todos, a Cia. Atores da Fábrica, nascida na Baixada Fluminense, no Rio, chega a São Paulo com o espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo”. Sob a direção de Wellington Fagner, supervisão de Julio Adrião e protagonizado por Alexandre O. Gomes, a nova temporada estreou no dia 15 de novembro, no Teatro Giostri Cultural, em Bela Vista. As apresentações seguem até 7 de dezembro, todas as quartas e quintas às 20h30. Haverá sessões extras nos dias 6 e 7 de dezembro, às 18h. Os ingressos estão disponíveis a R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Na estreia, será lançado o livro homônimo do espetáculo no valor de R$ 40,00.

A peça é um solo narrativo, que através de uma linguagem periférica, tem como ponto de partida a descoberta da ossada do monarca Ricardo III, no ano de 2012, na cidade de Leicester, o que veio, segundo os ingleses, trazer sorte para o time de futebol Leicester City, culminando na conquista do campeonato inglês em 2016. 

Em tempos onde as questões de corrupção se mantêm persistentemente atuais, a peça convida à reflexão, como destaca o ator Alexandre O. Gomes, ganhador do Prêmio Shell 2023 de melhor iluminação por A Jornada de Um Herói. “Infelizmente, o tema da corrupção ainda é atual, talvez porque não evoluímos o bastante enquanto seres humanos, daí a sede pelo poder e a ganância vem à tona, manifestando-se através dos tempos, principalmente na política. Em Ricardo III, Shakespeare levanta essa questão e nos faz refletir sobre ela ainda hoje”, conta.

O espetáculo reivindica o espaço de Shakespeare no cenário periférico contemporâneo, afirmando o quanto a obra deste dramaturgo pode ser acessível. “Sempre destaco que muitos intelectuais colocaram Shakespeare em um pedestal, tornando sua obra acessível apenas a uma elite, mas ele não é uma propriedade intelectual da burguesia. Nosso trabalho busca desmistificar essa visão, apresentando uma perspectiva periférica de Shakespeare e equilibrando o clássico com o popular. Para nós, essa abordagem é significativa. Defendemos a ideia de que territórios prestigiados, como o Teatro Giostri, muito frequentado pela elite, também podem nos pertencer”, frisa, evidenciando a importância desta nova temporada como uma política afirmativa.

Uma bola de futebol, uma capa, uma espada e três esqueletos são alguns dos elementos usados para contar essa história. Com um envolvente solo narrativo, Alexandre se metamorfoseia, alternando entre os muitos personagens, trazendo cada um à vida com diferentes nuances. Ele é acompanhado do músico Mateus Amorim, responsável por criar uma paisagem sonora ao vivo, utilizando instrumentos de percussão, metais, e objetos improvisados como taças e peças de carro. Alexandre.

A Cia Atores da Fábrica já levou outros trabalhos para São Paulo, Curitiba e Minas Gerais, mas sempre para apresentações únicas, portanto essa é a primeira vez com uma temporada. “O teatro que a gente pesquisa e que a gente propõe estabelece sempre uma relação de afeto, de troca e de generosidade com o público e alcançamos isso com sucesso em nossa temporada no Rio. Agora, estamos ansiosos para estabelecer uma conexão com o público paulistano. A expectativa é grande, especialmente por representarmos a Baixada Fluminense e, em especial, a cidade de Nova Iguaçu”, conclui.

Juntamente com a estreia, será lançado o livro homônimo do espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo”. “Em nossa própria trajetória, quem diria que receberíamos uma proposta para apresentar nossa peça em São Paulo, com apoio financeiro? E ainda ter a oportunidade de lançar a dramaturgia pela editora Giostri? Muitos ficariam surpresos e se perguntariam: 'Como isso aconteceu?'. Essas foram exatamente as minhas palavras. Está acontecendo!”, comemora.


Cia. Fábrica dos Atores
A Cia. Atores da Fábrica é formada por alunos e ex-alunos, da escola Fábrica dos Atores e Materiais Artísticos (Escola livre F.A.M.A.), e vem desenvolvendo, uma pesquisa de linguagem fundamentada no teatro físico, sempre com cunho político social, tendo ao longo dos anos montado espetáculos como “O auto da Compadecida” de Ariano Suassuna com direção de Alexandre o. Gomes, “Construção” com direção de Alexandre o. Gomes e supervisão de Amir Haddad, o infanto juvenil “O mágico de Oxênte” com direção de Alexandre o. Gomes e Wellington Fagner, espetáculo esse que ganhou 17 indicações e 8 prêmios em festivais, tendo realizado circuito SESI cultural no ano de 2017.  Atores da Fábrica também participou de importantes festivais como “a_ponte” do Itaú cultural, Encontrarte, Festival de Curitiba e intercâmbios internacionais. Ganhou em 2017 o prêmio Shell com a Rede Baixada Em cena, na categoria Inovação. Compre o livro "Ricardo III Um Homem do Seu Tempo" neste link.

Ficha técnica
Espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo”Texto original: William Shakespeare. Adaptação: Alexandre O. Gomes. Direção: Wellington Fagner. Supervisão: Julio Adrião. Atuação: Alexandre O. Gomes. Paisagem sonora: Mateus Amorim e Michael Lincoln. Orientação de figurino: Daniele Geammal. Figurino: Alessandra Fernandes. Iluminação: Alexandre O. Gomes. Operação de luz: Michael Lincoln e Amanda Sibanto. Preparação  vocal: Jane Celeste. Midias digitais: Amanda Sibanto.  Assessoria de imprensa: Monteiro Assessoria. Produção: Alessandra Fernandes e Jorge Leão. Assistente  de produção: Letícia Esteves.


Serviço
Espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo”
Temporada Giostri Cultural. Até dia 7 de dezembro, todas as quartas e quintas-feiras, às 20h30. Sessões extras nos dias 6 e 7 de dezembro, às 18h. Rua Rui Barbosa, 201 - Bela Vista/São Paulo. Ingressos: R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia). Link para adquirir o ingresso: https://bileto.sympla.com.br/event/88380. Classificação: 12 anos. Tempo: 60 minutos. Garanta o seu exemplar de "Ricardo III Um Homem do Seu Tempo" neste link.

domingo, 26 de novembro de 2023

.: Crítica: "O Renascimento" é imperdível comédia sobre arte e sua feitura

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


Divertido e reflexivo a respeito do enaltecimento dos pintores após a morte, "O Renascimento", longa exibido no Cineflix Cinemas, durante o Festival Varilux de Cinema Francês, traz a dobradinha impecável de Vincent Macaigne (em cartaz no Festival de 2023 também em "A Musa de Bonard" e "Crônica de Uma Relação Passageira"), interpretando Arthur Forestier e Bouli Lanners ("Ninguém Precisa Saber"), na pele do talentoso Renzo Nervi.

A trama bem elaborada e cheia de reviravoltas surpreendentes, também faz rir conforme apresenta Arthur Forestier, o dono de uma galeria de arte e o pintor em plena crise existencial, Renzo Nervi. Todavia, Forestier e Nervi são grandes amigos, tendo o segundo muita admiração pelo trabalho do artista. Tanto é que a relação dos dois é fortalecida pelo fato de Arthur ser representante de Nervi. Contudo, o artista perde a sensibilidade mergulhando num profundo radicalismo.

Firme em não vender sua arte para empresas -essencialmente capitalistas-, Nervi se vê falido e a ponto de ser despejado da casa em que morou por toda vida, segredo este descoberto por um rapaz que se voluntaria a ser seu aprendiz. Sem conseguir encontrar inspiração para novos trabalhos, Nervi passa a ter como meta o suicídio. Num ato de completo desespero, a dupla planeja a morte do artista para que, volte a ser valorizado no meio.

Enquanto tudo acontece em "O Renascimento" o bom humor entrelaça os dilemas e a criticidade a respeito do que é arte nos dias de hoje. Afinal, como passar impune tendo a exposição "Pornocracia" ao fundo durante um debate importante na trama? Enquanto lança provocações, o filme dirigido por Rémi Bezançon, destaca a importância de um bom amigo diante da viuvez deprimente de um artista que se vê sem sua musa inspiradora. 

"O Renascimento", distribuído pela Bonfilm, é também uma história de amor pela arte e sua feitura, complementada por referências aos pintores clássicos, mas muito bem regada de sequências engraçadas. O longa é nitidamente contemplado com um roteiro bastante cômico, sagaz, que entrega cenas espetaculares. Simplesmente imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "O Renascimento" (Un coup de maître)
Diretor: Rémi Bezançon
Gênero: comédia, drama
Classificação: livre
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 1h35
Distribuidora: Bonfilm
Elenco: Vincent Macaigne, Bouli Lanners, Bastien Ughetto
Resumo: Dono de uma galeria de arte, Arthur Forestier representa Renzo Nervi, um pintor em plena crise existencial. Os dois homens sempre foram amigos e, apesar de todos os contratempos, o amor pela arte os une. Sem inspiração há vários anos, Renzo gradualmente afunda em um radicalismo que o torna incontrolável. Para salvá-lo, Arthur desenvolve um plano ousado que acabará testando sua relação. Até onde você iria pela amizade?


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