Em entrevista, a atriz revela ainda cenas que considera emblemáticas. Foto: TV Globo/João Miguel Júnior
Em "Paraíso Tropical", novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, dirigida por Dennis Carvalho, a atriz Alessandra Negrini dá vida às irmãs gêmeas Paula e Taís. De personalidades antagônicas, elas foram separadas ainda bebês: na Bahia, Paula foi criada por sua mãe, Amélia (Susana Vieira), que, prestes a morrer, conta a verdade sobre a adoção e a existência de uma irmã gêmea. No Rio de Janeiro, Taís foi criada pelo avô Isidoro (Othon Bastos), visto por ela como um peso que a impede de ascender socialmente. Os caminhos das duas, já adultas, voltam a se cruzar na capital carioca.
Egoísta e ambiciosa, Taís tem como maior desejo fazer parte do mundo dos ricos e ela não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que, para isso, tenha que passar por cima da honesta e batalhadora Paula. Alessandra Negrini lembra, em entrevista, os bastidores de gravações, o desafio de interpretar duas personagens e faz uma recomendação a quem nunca assistiu à trama: “É um novelão como poucos, daqueles de se deliciar, com uma trama boa e grandes atores! Divirtam-se!”, conta.
Quais são suas principais lembranças de "Paraíso Tropical"?
Alessandra Negrini - Lembro de trabalhar muito (risos), sem parar... Os amigos, a correria para mudar de um personagem para outro, muitas vezes até no corredor, entre a maquiagem e o estúdio. Foi um momento de dedicação total, um desafio diário.
Quais foram os desafios na construção das gêmeas Paula e Taís?
Alessandra Negrini - Além do trabalho intenso, os desafios artísticos de todo personagem, mas essa era a parte boa! Gostava de sair de uma e entrar em outra. Eu gostava dessa brincadeira.
Como eram as cenas em que as gêmeas contracenavam?
Alessandra Negrini - Inacreditáveis (risos)! Difíceis de executar. Tinha que gravar com dublê, e a minha era maravilhosa, a Lisa Eiras. Ela também era atriz, o que ajudava, porque a gente precisa olhar no olho. A outra pessoa tem que estar te dando alguma coisa de volta, e ela me dava.
Você pode eleger três cenas que considera emblemáticas?
Alessandra Negrini - Quando as gêmeas se encontram pela primeira vez em Copa; quando o Daniel (Fabio Assunção) reencontra Paula; e quando a Taís fica com Ivan (Bruno Gagliasso) pela primeira vez.
No último capítulo, o país parou para ver quem era o assassino da Taís. Tem alguma história curiosa sobre esse momento e a reta final da trama?
Alessandra Negrini - Ninguém sabia, nem a gente! Gravei no dia. Lembro que o Wagner (Moura, que interpreta o vilão Olavo) dá um beijo na Taís, com ela já em seus braços, morta. Aquilo foi improviso dele.
Passados 16 anos da exibição original, a novela volta à TV aberta. O que você diria para as pessoas que vão entrar em contato pela primeira vez com essa obra?
Alessandra Negrini - É um novelão como poucos, daqueles de se deliciar, com uma trama boa e grandes atores! Divirtam-se!
De volta a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", a novela "Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques.