sábado, 25 de novembro de 2023

.: Show: André Frateschi e Banda Heroes revivem David Bowie no Sesc Santos


O show comemora os 50 anos do álbum “Aladdin Sane”, com repertório na íntegra e mais alguns sucessos do camaleão. Lançado em 1973, talvez o álbum mais icônico de David Bowie. Foto: Gal Opido

A programação de dezembro no Sesc Santos começa com o show em homenagem a um dos álbuns mais icônicos de David Bowie, “Aladdin Sane”, na interpretação de André Frateschi e Banda Heroes. Com ingressos esgotados,o show será apresentado nesta sexta-feira, dia 1° de dezembro. 

“Há muito tempo existia o desejo de criar uma banda que se dedique só ao genial repertório de Bowie, mas essa não é a mais fácil das tarefas. Depois de anos de parceria entre os músicos e diversas bandas, resolvemos encarar o desafio”, afirma André Frateschi . Munidos da experiência adquirida e de muito amor à obra do Bowie, “criamos o Heroes”, diz ele, vocalista da banda e idealizador do projeto. 

Um artista capaz de aglutinar em torno de sua obra nomes como Andy Warhol, Lou Reed, Iggy Pop, Bertold Brecht, Kurt Weil, Brian Eno e tantos outros, redefiniu a importância da música pop enquanto real expressão artística. Um artista que misturou música, artes cênicas, moda, cinema, comportamento desde o princípio e sempre arriscando, sempre dez anos à frente do mundo. Esse é David Bowie. 

Aos sete anos de idade, André Frateschi ganhou de presente o LP “Aladdin Sane”, desde então e a cada disco descoberto, André foi fermentando a ideia de criar uma banda que só tocasse Bowie. Também ator, esperou acumular experiência no teatro, cinema e na TV para dar início à empreitada. O passo seguinte foi chamar amigos músicos da cena do rock paulistano, aficionados por Bowie, para fechar o time. 

 O Heroes toca desde 2006 nas principais casas de São Paulo, com destaque para a temporada de sete anos ininterruptos, lotando suas noites no Studio SP. Hoje pode se dizer que o Heroes criou uma cena Bowie na noite paulistana. A relação com o universo do artista se estreitou quando Mike Garson, pianista lendário que acompanhou Bowie durante toda sua carreira gravou sete músicas no disco de estréia de André, "Maximalista". 

Em 2018, a banda que acompanhou Bowie, liderada por Adrian Belew, convidou André para cantar num show no Memorial da América Latina. André foi o único cantor convidado em todos os shows da turnê sul-americana do Celebrating David Bowie que foi promovido pelo Popload Festival. O trabalho que cristalizou o mito, o sexto álbum de Bowie retratou com exatidão e fidelidade a figura andrógina que se erguia imponente sobre a cultura pop. Desde a arte de capa, feita à sua imagem e semelhança, tornando-se quase um sinônimo visual do artista, até a sonoridade mais urgente e assertiva, estrategicamente americanizada. 

“Aladdin Sane” foi praticamente todo escrito enquanto David Bowie estava em turnê pelos Estados Unidos, no fim de 1972. Cruzando os EUA de ônibus, de costa a costa, ele se deparou com as entranhas da vida na estrada: drogas, sexo, violência, doença. Um retrato da decadência urbana das grandes cidades, algo que se tornaria uma constante em sua obra a partir de então. Como um rito de passagem, a morte de Ziggy deu lugar a uma nova persona, Aladdin Sane, cujo trocadilho no nome (A Lad Insane, ou "um cara insano") denuncia uma faceta muito mais mundana, junkie e negativista da sociedade e do próprio Bowie. 

  

Ficha técnica
Show “Aladdin Sane” com André Frateschi e Banda Heroes. Voz e violão:  André Frateschi. Voz: Miranda Kassin. Piano e teclado: Piero Damiani. Bateria: Angelo Kanaan. Baixo: Renato Cortez. Guitarra: Fernando Coelho. Saxofones: Tiago Sormani. Técnico P.A.: Eduardo Ohata. Técnico monitor: Tarsio Bueno. Iluminador: João Nunes. Roadie: Sandro Duarte. Produtor: Flavio Cruz.


Serviço
Show “Aladdin Sane” com André Frateschi e Banda Heroes. Dia 1° de dezembro. Sexta-feira, das 20h às 21h30. Auditório do Sesc Santos. Ingressos esgotados. Autoclassificação: livre.

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas-feiras, das 9h às 21h30 | Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos

.: “Foi uma emoção imensa quando Gilberto Braga pediu...”, lembra Bethânia


Clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, a novela estreia no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ nesta segunda, 27. “Foi uma emoção imensa quando Gilberto Braga me pediu para fazer”, lembra Maria Bethânia, intérprete do tema de "Paraíso Tropical". Foto: Globo/Fábio Rocha


Maria Bethânia
embalou “Sábado em Copacabana”, tema de abertura da novela "Paraíso Tropical", que volta a TV Globo, no "Vale a Pena Ver de Novo", a partir desta segunda-feira, 27 de novembro. A cantora lembra que o convite partiu do próprio Gilberto Braga, que dividiu a autoria da trama com Ricardo Linhares. Composta por Dorival Caymmi, a canção foi gravada por Bethânia especialmente para a novela – um encontro de baianos no horário nobre. A música também foi composta por Carlos Guinle e gravada, originalmente, na década de 1950, por Lúcio Alves.

“Sempre será uma honra cantar Caymmi. Esse baiano extraordinário, fora do comum. Grande mestre da nossa música, da nossa poesia, do nosso ritmo. Foi uma emoção imensa quando o Gilberto Braga me pediu para fazer. Imediatamente eu falei que sim, mas um pouco assustada porque é uma responsabilidade muito grande cantar Caymmi; e para uma abertura de novela, ou seja, uma canção que será executada diariamente. Mas eu me preparei, estudei, fiz o melhor que pude. Fiz com muito amor, muita devoção e muito grata a Gilberto porque ele falou: ‘não, eu não quero outra cantora, eu quero você’. E isso foi lindo, ficou bonito, a abertura era muito bonita. Tudo era lindo ali, como Caymmi merece”, conta Bethânia. 

Presença marcante em trilhas de novelas, Bethânia já cantou dezenas de histórias: a estreia foi em "Gabriela", exibida em 1975, com a canção “Coração Ateu”. Mais recentemente, em 2022, a baiana interpretou o tema de abertura de "Pantanal". “É um alcance incalculável porque as pessoas gostam muito de assistir às novelas. É um caminho muito bonito para a voz de uma cantora. A voz dessa cantora chega a milhares de lares, pessoas, corações, sentimentos. Isso é emocionante! Eu tenho consciência de que essa canção, ‘Sábado em Copacabana’, foi muito ouvida na minha voz por conta dessa novela”, destaca.

De volta a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", a novela "Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques.

.: Caravana Tapioca encerra a temporada “Lalaiá em Sampa” que celebra dez anos


O espetáculo reverencia o encontro do Circo com a Música, unindo excêntricas habilidades circenses ao som de ritmos brasileiros como samba, funk e forró. As apresentações são gratuitas e acontecem no Centro Cultural Tendal da Lapa, Casa de Cultura Butantã e Teatro de Contêiner Mungunzá. Caravana Tapioca celebra 10 anos com apresentações no Tendal da Lapa, Casa de Cultura Butantã e Teatro de Contêiner Mungunzá. Foto: Tássio Folli


De 1° a 3 de dezembro, de sexta-feira a domingo, o grupo Caravana Tapioca realiza as últimas apresentações do projeto “Lalaiá em Sampa”, contemplado na 7a Edição do Programa de Municipal de Fomento ao Circo para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura e Prefeitura do Município de São Paulo, que celebra os dez anos do grupo.

No dia 1° de dezembro, sexta-feira, às 15h, com entrada gratuita, o grupo apresenta o espetáculo “Lalaiá” no Centro Cultural Tendal da Lapa, na Água Branca. No sábado, dia 2 de dezembro, às 14h, a apresentação acontece na Casa de Cultura Butantã. E no domingo, dia 3 de dezembro, às 15h, a apresentação acontece no Teatro de Contêiner Mungunzá, na Santa Ifigênia. Após as apresentações, o grupo interage com o público em bate-papos sobre processo de criação e a atuação profissional nas artes circenses. 

Com direção de Alexandre Roit, o espetáculo “Lalaiá” une seis artistas em cena em um elenco plural e diverso, para reverenciar o encontro do Circo com a Música, unindo excêntricas habilidades circenses ao som de ritmos brasileiros, como o samba, o funk e o forró. Esses artistas contam com a arte do equilíbrio e a graça da palhaçaria, e se revezam nos instrumentos musicais violino, cavaquinho, saxofone, flauta, trombone e percussão, para criar ao vivo a trilha sonora, que tem direção musical de Tetê Purezempla, e que embala seus malabares e acrobacias.

"Lalaiá" é um espetáculo dedicado a todas as idades com uma proposta que busca dialogar com o público que está assistindo, fazendo-o sentir-se parte do espetáculo, celebrando e encantando-se com as cenas e músicas. O projeto “Lalaiá em Sampa”, que celebra os dez anos da Caravana Tapioca, teve início em julho de 2023 e contou com a itinerância do espetáculo “Lalaiá” circulando pela cidade de São Paulo. Foram realizadas 18 (dezoito) apresentações, em equipamentos da prefeitura, escolas municipais e espaços públicos (ruas e praças), seguidas de bate-papos com o público presente, além de palcos-abertos nas apresentações que foram realizadas Fundação CASA. 

O projeto contou ainda  com atividades formativas circenses em unidades da Fundação Casa, proporcionando às pessoas participantes, uma vivência com diferentes técnicas circenses. Foram realizadas também apresentações públicas com audiodescrição e libras, difundindo a importância da acessibilidade comunicacional para as artes. 

Entre os lugares que receberam o projeto estão a Fundação Casa Chiquinha Gonzaga (Mooca), Parque Augusta, Instituto Padre Chico, Jardim Grajaú, Fundação Casa de Itaquera, EMEBS Anne Sullivan, Circo no Beco, Centro Cultural Santo Amaro, Centro Cultural Vila Formosa, Centro Cultural Arte em Construção, EMEBS Mario Pereira Bicudo, Parque Chácara do Jockey e EMEI Prof Arlindo Veiga dos Santos. O grupo encerra a temporada celebrativa com apresentações em dezembro no Centro Cultural Tendal da Lapa, Casa de Cultura Butantã e Teatro de Contêiner Mungunzá.


Sobre a Caravana Tapioca
Grupo de circo, teatro e música, fundado em 2010 por Anderson Machado e Giulia Nina, a Caravana Tapioca, criou um amplo repertório de cenas e espetáculos, com apresentações em diversas praças, palcos, picadeiros e espaços culturais do país. 

Com mais de dez anos de trajetória, a Caravana também vem realizando circulações pelo sertão nordestino, unidades da Fundação Casa e outros espaços que usualmente não recebem espetáculos, reafirmando assim, seu compromisso de partilhar arte com variados públicos

Ficha técnica
Espetáculo “Lalaiá em Sampa”. Elenco: Anderson Machado, Emerson Noise (Tchatcho), Giulia Nina, Karen Nashiro, Mafê e Paulo Wesley. Administração Financeira: Marcela Marcucci. Técnico de Som: Jotapê. Direção Musical: Tetê Purezempla. Orientação artística: Alê Roit. Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini.  Coordenação de Produção: Suenne Sotero. 



Serviço
Espetáculo “Lalaiá em Sampa”. Duração: 50 minutos. Grátis. Classificação livre.

Sexta-feira, dia 1° de dezembro de 2023, às 15h.
Centro Cultural Tendal da Lapa - Endereço: R. Guaicurus, 1100 - Água Branca/São Paulo.

Sábado, dia 2 de dezembro de 2023, às 14h.
Casa de Cultura Butantã - Endereço: Av. Junta Mizumoto, 13 - Jardim Peri Peri/São Paulo.

Domingo, dia 3 de dezembro de 2023, às 15h.
Teatro de Contêiner Mungunzá - Endereço: R. dos Gusmões, 43 - Santa Ifigênia/São Paulo.

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

.: MIS Experience recebe exposição inédita pelos 40 anos de Chaves


Mostra, prevista para janeiro de 2024, reunirá parte do acervo original, como figurino usado pelo ator e roteiros, além dos principais cenários dos seriados Chaves e Chapolin Colorado.

Em homenagem aos 40 anos de estreia de um dos seriados de TV mais queridos do Brasil – e de toda a América Latina -, a capital paulista recebe, em janeiro de 2024, "Chaves: a Exposição". A maior mostra sobre Chaves já realizada no mundo acontecerá no MIS Experience - instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo - e irá celebrar as quatro décadas de exibição do icônico programa de TV no Brasil, com a reconstrução de mais de 20 cenários emblemáticos que fizeram parte da vida de milhões de espectadores.

Além de transportar os visitantes para dentro das séries "Chaves" e do herói "Chapolin Colorado", a exposição - inédita no mundo - vai reunir um acervo exclusivo de figurinos, itens e roteiros originais trazidos do México exclusivamente para a mostra em São Paulo. A vida e obra de seu criador, o escritor Roberto Gómez Bolaños, conhecido como Chespirito, também será contemplada. 

Já os cenários serão detalhadamente recriados para oferecer uma experiência única. Será possível "entrar em cena" na tradicional Vila do Chaves, Casa do Seu Madruga, no segundo Pátio da Vila e conhecer, até mesmo, alguns locais do seriado que estavam somente no imaginário do próprio personagem, como a "Sala da Bruxa do 71", entre outros cenários famosos da série.

Os ingressos para "Chaves: a Exposição" já estão à venda no site www.expochaves.com.br.  Às terças-feiras, a entrada é gratuita - o ingresso deve ser retirado, exclusivamente, na bilheteria física do MIS Experience, no dia da visita (sujeito à lotação). "Chaves: a Exposição" é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, MIS Experience, Chespirito, Boldly e Deeplab Project, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A mostra conta com patrocínio das empresas FACCHINI, TCP, ADAMI e SAFEEDS, apoio de mídia UOL, Fórum Chaves e Omelete e apoio cultural do consulado do México e Hospital Pequeno Principe.

O MIS Experience tem patrocínio institucional da B3 e John Deere e apoio institucional da Vivo. O apoio de mídia é da TV Cultura, JCDecaux e Folha de S.Paulo. O apoio operacional é da Telium, Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima e Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças.

Sobre o MIS Experience
Construído em um galpão de 2 mil metros quadrados e 10 metros de pé direito, o MIS Experience é o mais novo espaço do Museu da Imagem e do Som (MIS) – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo – que traz para a cidade de São Paulo um novo conceito de exposições culturais. 

O MIS Experience foi inaugurado em 2 de novembro de 2019, com o objetivo de proporcionar a realização de exposições imersivas que se utilizem de novas tecnologias, levando o público a interagir de maneira diferente com artistas e suas obras de arte. A abertura do espaço aconteceu com a exposição "Leonardo da Vinci - 500 Anos de Um Gênio", experiência que possibilitou ao visitante conhecer a vida e o legado de Da Vinci. A exposição foi um sucesso de público: recebeu cerca de 500 mil visitantes, teve mais de 85 mil visitações gratuitas e, a cada 15 minutos, uma escola foi atendida pela equipe do Educativo. Nos anos seguintes, o MIS Experience recebeu as megaexposições imersivas "Portinari para Todos" (2022) e "Michelangelo: o Mestre da Capela Sistina" (2023).

Mostra inédita no mundo
Projeto da área dedicada à vida e obra de Roberto Bolaños, um dos destaques da nova exposição do MIS Experience


Serviço
"Chaves: a Exposição". A partir de 5 de janeiro de 2024. MIS Experience - Rua Cenno Sbrighi, 250, Água Branca/São Paulo. Ingressos: gratuito às terças | Quartas às sextas: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia); sábados, domingos e feriados: R$60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Vendas no site www.expochaves.com.br e na bilheteria do MIS Experience. Horários: terças a sextas, domingos e feriados das 10h às 20h (permanência até 21h). Sábados: das 10h às 21h (permanência até 22h).Classificação indicativa: livre.

.: Crítica musical: Edu Lobo completa 80 anos em grande estilo


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Edu Lobo chega aos 80 anos em plena atividade musical. Lançou um disco com participações de quatro intérpretes e um time de feras acompanhando. O repertório conta com canções autorais menos conhecidas, que soam como pérolas musicais para o ouvinte. No time de cantores figuram Monica Salmaso, Vanessa Moreno, Zé Renato e Ayrton Montarroyos.

Uma mescla bem interessante de novos nomes com outros com mais tempo de estrada na música. Entre os instrumentistas estão Kiko Horta (criador do Cordão do Boitatá) e o violão de oito cordas de Paulo Aragão (do Quarteto Maogani), além do naipe de sopros de Carlos Malta e Mauro Senise. Na seção rítmica está o trio que acompanha Edu há décadas: Cristóvão Bastos (além de pianista, arranjador e diretor musical), Jorge Helder (contrabaixo) e Jurim Moreira (bateria), acrescido da percussão de Marcelo Costa.

O disco tem 24 canções, sendo Beatriz talvez a faixa mais conhecida, composta originalmente para "O Grande Circo Místico" em parceria com Chico Buarque. Edu Lobo interpreta a bela composição em dueto com Monica Salmaso. A faixa de abertura é a instrumental "Casa Forte", que mostra suas raízes com Pernambuco. E é na redescoberta das demais composições que reside a beleza da obra de Edu Lobo. Seja na malemolência do samba "Nego Maluco" (cantado por Zé Renato), ou no xote com toques de baião da "Dança do Corrupião" (cantada por Edu e por Vanessa Moreno).

Edu Lobo redescobre da peça "Cambaio" a bela canção "A Moça do Sonho" (cantada por Ayrton Montarroyos). E ele mesmo interpreta magistralmente Bancarrota Blues, que tinha sido gravada originalmente por Chico Buarque nos anos 80. Se você esperava ouvir os antigos hits de Edu Lobo, como "Ponteio", "Upa Neguinho" ou "Lero-Lero", talvez fique desapontado. Mas isso muda logo ao ouvir as ótimas canções desse disco. Um trabalho de extremo bom gosto que prova que a sua obra resistiu ao teste do tempo.

A voz de Edu Lobo está firme e impecável, assim como a direção musical de Cristóvão Bastos. Na verdade, com uma produção desse nível, dificilmente o resultado seria negativo. "Edu Lobo 80" é um daqueles discos para se ter em sua discoteca particular e ser degustado com audições sem a menor pressa.


"Beatriz"

"Casa Forte"

"Gingado Dobrado"

.: Globo Livros lança “Nós Somos a Luz”, o novo livro de Matthew Quick

A Globo Livros lança “Nós Somos a Luz”, novo romance epistolar de Matthew Quick, escritor best-seller do jornal The New York Times e autor de “O Lado Bom da Vida”. Nesta obra comovente sobre dor, luto e esperança, o autor nos mostra a importância da união no processo de cura e reconstrução.

O romance acompanha Lucas Goodgame que mora em Majestic, uma pequena e pitoresca cidade da Pensilvânia e que foi devastada por uma tragédia recente: um tiroteio em massa que matou diversas pessoas no cinema local. Ele sobreviveu, mas sua esposa, Darcy, infelizmente não teve a mesma sorte.

Todos na cidade enxergam Lucas como herói, exceto ele mesmo. Enquanto tenta lidar com o luto e a depressão, tem como único alento as penas que encontra todas as manhãs em sua cama. Ele acredita que elas pertencem a sua falecida esposa, que, transformada em um anjo, espera a hora certa para levá-lo com ela.

Quando Eli, um jovem de 18 anos, irmão do atirador e rejeitado pelos habitantes de Majestic, acampa de forma inesperada no quintal de Lucas, uma improvável amizade se forma. Assim, os dois embarcam em uma jornada para curar a si mesmos e sua cidade através do poder transformador da arte. Compre o livro “Nós Somos a Luz”, de Matthew Quick, neste link. 


Sobre o autor
Matthew Quick
é autor best-seller do jornal The New York Times, com oito romances publicados, e seu trabalho foi traduzido para mais de 30 idiomas. O Hollywood Reporter o nomeou um dos 25 autores mais poderosos de Hollywood. Matthew vive com sua esposa, a romancista Alicia Bessette, nas Outer Banks da Carolina do Norte. Garanta o seu exemplar de “Nós Somos a Luz”, escrito por Matthew Quick, neste link.

.: 80 e 23: amizade inusitada de Mario Quintana e Liane Neves é tema de livro


Mario Quintana se torna personagem de peça inspirada em fatos reais de sua vida. Com dramaturgia escrita por Tomás Fleck, obra chega às livrarias em dezembro publicada pela editora Reformatório. Na imagem, Mario Quintana e Liane Neves. Foto: Leonid Streliaev


A obra de Mario Quintana, o famoso poeta das coisas simples, é um patrimônio da cultura brasileira. Mesmo anos após sua morte, seus versos continuam na ponta da língua. Já a sua biografia permanece repleta de lacunas: quem foi o homem por trás do poeta? Nos anos 80, Mario teve uma amizade inusitada com Liane Neves, jovem fotógrafa contratada para registrar seu octogenário. E este fato inspirou a dramaturgia de "Minha Sombra Luminosa", escrita por Tomás Fleck, cujo título faz referência à maneira como Mario definia a presença de Liane em sua vida.  

O lançamento do livro acontece em São Paulo, na Livraria da Vila, em Pinheiros, no dia 7 de dezembro, às 19h. Além da presença do autor, haverá uma leitura dramática com o ator Genézio de Barros no papel de Mario Quintana, Rita Batata como Liane Neves e ainda Emílio Faria.  Foi a própria Liane quem confidenciou esses fatos ao roteirista Tomás Fleck, que logo transformou a história de amizade entre o poeta e a fotógrafa em argumento de cinema. 

Acontece que, quando a atriz e produtora Rita Batata leu este argumento, logo vislumbrou a história nos palcos e, assim, encomendou a peça a Tomás. A empreitada se realizou contemplada pelo edital PROAC-SP para publicação de dramaturgia inédita. "Eu nasci no mesmo estado que Mario Quintana e, desde pequeno, costumava ler seus livros”, comenta Tomás, dizendo ainda: “a forma como ele trabalha o humor sempre me chamou a atenção e eu trago isso comigo até hoje. Inclusive, por meio desta obra, posso tentar retribuir parte da paixão pela escrita que Mario construiu em mim. Um dos grandes desafios (e honras) de escrever essa peça foi partir de uma história verídica sem perder a liberdade de ficcionalizar personagens que são baseados em pessoas reais. Fazer isso é uma grande responsabilidade e foi feito com bastante estudo - mantendo o tema da história sempre em perspectiva: a amizade”.

Agora, com a dramaturgia pronta, a peça busca financiamento para sua montagem, que terá direção geral de Ricardo Grasson. Na orelha do livro, o cineasta Jorge Furtado diz: “em 'Minha Sombra Luminosa', Tomás Fleck constrói um drama vivo, engraçado, empolgante e comovente, sobre a relação entre a poesia e a fotografia, entre a vida e a arte. A fantasia é quase real, “a imaginação é a memória que enlouqueceu”.

O prefácio é assinado por Vinicius Calderoni que escreve: "'Minha Sombra Luminosa', primeiro texto teatral de Tomás Fleck, é uma inspirada oxigenação deste gênero de recriações biográficas, uma lufada de vento fresco em dia tórrido".

“Um ponto que me tocou desde que Liane me contou esta história foi o fato de que os dois se tornaram amigos, mesmo ela tendo 23 anos e ele 80”, relembra Tomás, concluindo que “com isso sempre em vista, os conflitos dos personagens (que não são poucos) caminham na direção desse lugar fraterno. Outro elemento que foi rico de poder usar é o humor, que costumo ter bastante no meu trabalho. Como Mario escreveu muitos livros e poesias (e diversas em tom cômico), pude buscar na obra dele as suas características, além de citações para usar na voz do personagem Quintana".

Este ano a editora Reformatório, uma das editoras independentes mais premiadas do país, completou dez anos e lançou a publicação de dramaturgia teatral em seu catálogo. O editor Marcelo Nocelli acredita no teatro e ressalta o quão prazeroso é ler uma peça e poder imaginar como você a levaria ao palco. Minha sombra luminosa é a segunda publicação do selo e outras peças já estão previstas. Compre o livro "Minha Sombra Luminosa", de Tomás Fleck, neste link.

Sobre o autor
Tomás Fleck é dramaturgo, roteirista, diretor de cinema e TV. A carreira dele reúne séries exibidas na Netflix, Globo, Amazon Prime, além de filmes selecionados para importantes festivais, como o de Gramado, Brasília e Anima Mundi. Gaúcho, Tomás é formado em Comunicação Social e reside em São Paulo. Estudou literatura no Curso Livre de Preparação de Escritores da Casa das Rosas e integrou o Núcleo de Dramaturgia do Sesi/SP, onde escreveu a peça "A Tragédia Canina para Humanos". Também ministra aulas de roteiro e direção audiovisual em diversas instituições.

Sinopse do livro
Inspirada em fatos reais, "Minha Sombra Luminosa" conta a história da amizade inusitada entre Mario Quintana e Liane Neves em 1986. Ela é uma fotógrafa iniciante de 23 anos que recebe a missão de registrar o dia a dia dele para uma homenagem ao seu octogenário. Ele é um poeta consagrado de 79 anos, sem nenhum interesse em ser homenageado - tanto que diversos fotógrafos reconhecidos foram demitidos dessa tarefa árdua antes dela. Porém, diante da chance de alavancar sua carreira, Liane cria uma estratégia ousada: se hospeda no hotel em que Mario mora e finge ser uma vizinha amigável no intuito de ganhar a confiança dele antes de admitir o interesse real de fotografá-lo.

Os dois se aproximam e ela percebe que, apesar das seis décadas que os separam, eles têm mais em comum do que poderia imaginar. E Mario fica cada vez mais instigado com a presença da estranha “vizinha”, que o faz repensar antigas convicções. Quando tudo parece correr bem, Liane admite ser fotógrafa e se depara com problemas muito maiores do que o simples incômodo de um poeta que não quer ser homenageado. Garanta o seu exemplar de "Minha Sombra Luminosa", escrito por Tomás Fleck, neste link.

.: Black Friday no Cineflix Cinemas tem ingressos a R$ 10 e muitas estreias


Começou a Black Friday na rede Cineflix Cinemas. Até dia 26, você assiste a qualquer film em cartaz (exceto shows e eventos especiais) pagando apenas R$ 10,00. Estão em cartaz na
 unidade Cineflix Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, as estreias da semana "Napoleão""A Força da Amizade""Ó Pai, Ó - 2" e "Não Tem Volta"

A grande produção de Ridley Scott, "Napoleão", protagonizado por Joaquin Phoenix retrata as origens do comandante militar Napoleão e sua rápida ascensão. Já o longa italiano "A Força da Amizade" apresenta Luca e Sebastiano, pré-adolescentes, tendo ao lado da irmã mais nova de um deles, Miranda, numa aventura para resgatar a figura do Padre Pio entre os jovens. 

Há também duas estreias nacionais, como a comentada sequência protagonizada por Lázaro Ramos, "Ó Pai, Ó - 2"Após 15 anos, nem tudo parece estar no lugar, Dona Joana vive o luto pela perda de Cosme e Damião e segue enfrentando os problemas de convivência com os inquilinos do cortiço no bairro do Pelourinho. "Não Tem Volta" é outra comédia brasileira com o talento de Rafael Infante e Manu Gavassi, interpretando uma história de amor cheia de adrenalina, para garantir boas gargalhadas.

Seguem em cartaz "Jogos Vorazes: a Cantiga dos Pássaros e das Serpentes""As Marvels""Mussum, o Filmis" e a animação "Trolls 3 - Juntos Novamente". Compre os ingressos antecipados aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

.: Crítica: "Maestro(s)" é drama entre pai e filho reforçado com grave dilema


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023

Dilema entre pai e filho bem-sucedidos desenha "Maestro(s)", longa exibido no Cineflix Cinemas, durante o Festival Varilux de Cinema Francês. A arte da batuta passada de pai para filho pode ser vista com bons olhos por outros, menos para François Dumar (Pierre Arditi), pai de Denis Dumar (Yvan Attal). Ambos maestros que mantém uma relação um tanto que conturbada, a ponto de o pai estar ausente na maior premiação do filho enquanto regente.

Por rusgas do passado, sempre que os dois ocupam o mesmo ambiente, desafetos são trocados. Contudo, um convite faz os olhos de François brilharem a ponto de estabelecer planos envolvendo Hèlène Dumar (Miou-Miou), mãe de Denis. Todavia, a empolgação tem prazo de vencimento, uma vez que a secretária cometeu um engano entre os "Dumars". A estrela escolhida para reger a orquestra do Teatro Scala de Milão, era, na verdade, Denis.

Assim, a relação abalada de pai e filho, precisa resistir -mesmo com o pouco que resta- e passar por tal dilema. O drama dirigido por Bruno Chiche acontece de modo crescente e entrega um desfecho emocionante, focando na necessidade do entendimento entre adultos. Contudo, "Maestro(s)" faz refletir mais a respeito da rejeição e seu reflexo. Vale a pena conferir a produção distribuída pela Bonfilm! 

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "Maestro(s)" Maestro(s)
Diretor: Bruno Chiche
Gênero: drama
Classificação: livre
Ano de Produção: 2022
Idioma: Francês
Duração: 1h36
Distribuidora: Bonfilm
Elenco: Yvan Attal, Pierre Arditi, Miou-Miou, Caroline Anglade
Resumo: O maestro Denis Dumar ganhou mais um prêmio nas Victoires de la Musique Classique, evento anual de premiação de música clássica francesa. Logo em seguida, seu pai, François – um brilhante maestro de renome internacional – recebe um telefonema anunciando que foi escolhido para reger a orquestra do Teatro Scala de Milão. Sendo esse seu maior sonho, ambos vibram com a notícia. Porém, Denis rapidamente se desilude ao descobrir que, na verdade, ele é quem foi escolhido para ir à Milão, e não seu pai.


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.: "Não Escrever [com Roland Barthes]": Paloma Vidal e a relação leitor-autor


Autora de “Não Escrever [com Roland Barthes]”, Paloma Vidal posa com uma máscara de Roland Barthes


Um livro não escrito é o ponto de partida da pesquisadora Paloma Vidal. Em “Não Escrever [com Roland Barthes]”, lançado pela editora Tinta-da-China Brasil, a autora não se restringe a textos e fotografias, mas corporifica o texto com vídeos, performances e narrações em áudio; uma proposta ousada de abarcar a complexidade do processo de escrita. 

No fim da vida, depois de publicar ensaios sobre a escrita e teorizar a morte do autor, o crítico francês, Roland Barthes, quis escrever um romance. Enquanto se lançava à tarefa, refletia sobre esse desejo num curso no Collège de France – que depois se tornaria o livro A preparação do romance. A obra que ele buscava fazer, Vita nova, ficou no esboço. O que o levou a não escrever?

A escritora e tradutora Paloma Vidal se deparou com a mesma inquietação. Tendo já publicado diversas peças, livros de contos, ensaio e poesia, ela tentou por vários anos escrever um romance, sem conseguir. E se surpreendeu com o fato de que, diante de um romance já anunciado e teorizado, Barthes também não concretizou o livro.

Os caminhos do crítico francês e da autora brasileira se cruzam em “Não Escrever [com Roland Barthes]”. Numa investigação que começa na universidade e se desdobra em textos de formatos inovadores, Vidal se lança em uma busca da rotina, dos medos, do corpo e da obra de Barthes. O seu mote é, justamente, a impossibilidade de escrever.  Compre o livro “Não Escrever [com Roland Barthes]”, de Paloma Vidal, neste link.


Criação e reflexão
“Quando começou isso de me fantasiar de Barthes?”, pergunta a autora no início do livro. Ela conta que foi em 1998, no fim da graduação em Letras, que se apaixonou pelo filósofo, semiólogo e crítico francês. Esse amor inquieto atravessou os anos, transformando-se em cursos universitários que ela passou a oferecer, como professora, a partir de 2009, na Unifesp; em pesquisas que realizou no Brasil e na França; em palestras-performances que, entre 2016 e 2019, apresentou em ocasiões diversas; e neste volume, enfim, uma obra entre a criação e a reflexão. Nesses ensaios que combinam fotografia, vídeos, gestualidades e corpos, chama atenção a busca de Paloma Vidal em expor sua pesquisa acadêmica de maneiras renovadas. 

O registro poético que caracteriza os textos de “Não Escrever [com Roland Barthes]” já se mostra em “Resistir a Barthes”, que abre o volume. Uma foto de Paloma Vidal vestindo uma “máscara” com o rosto do crítico francês sintetiza as sobreposições entre pesquisadora e autor pesquisado. Em seguida, rubricas e camadas diferentes de texto instigam o leitor a se deixar guiar pelas observações sensíveis da autora. 

Esse primeiro texto guarda as marcas de sua apresentação na New York University, em 2019. O formato de palestra–performance também foi utilizado em “Não Escrever”, “De Minha Janela” e “Nunca Mantive Um Diário”, apresentadas em ocasiões e instituições diversas e reunidas em “Não Escrever [com Roland Barthes]”

“Não Escrever” navega por cartas de Roland Barthes, planejando uma viagem que nunca aconteceu para o Brasil. Vidal adentra o território da ficção, imaginando suas impressões sobre lugares que teria conhecido. “De Minha Janela” aproxima ainda mais pesquisadora e autor pesquisado, por meio do tema da maternidade e da relação com os outros. “Nunca Mantive Um Diário”, que encerra o volume, discorre mais longamente sobre os temas costurados pela autora ao longo do volume: o projeto fracassado de escrita, as relações entre vida e obra e o interesse do autor por diários.


O crítico e filósofo francês Roland Barthes (André Perlstein/ Roger-Viollet)

O diário é, justamente, a forma que Vidal explora no único texto do volume que não foi concebido como palestra. “Cadernos com R.B.” registra sua viagem à Paris, quando a autora foi até lá, na companhia dos seus dois filhos, se aprofundar na pesquisa. Neste e nos outros textos de Não escrever [com Roland Barthes], a autora investiga o território em que vida e obra se encontram, tanto no caso do crítico francês quanto no seu próprio.

Nessa proposta, Barthes vai sendo mostrado aos poucos: sua vida se revela pelos comentários de seus discípulos ou biógrafos, e o seu trabalho intelectual é analisado por Paloma Vidal no decorrer dos textos, em uma crítica que ela chama de “amorosa”. 


Coleção Ensaio Aberto
“Foi entre o verso e a prosa, ou entre a poesia e a teoria, que Paloma encontrou sua forma de fazer uma ‘crítica amorosa’ de Roland Barthes”, escrevem Pedro Duarte e Tatiana Salem Levy no prefácio ao livro. 

Duarte, professor da PUC-Rio, e Salem Levy, pesquisadora da Universidade Nova de Lisboa, coordenam a Coleção Ensaio Aberto, que surgiu de uma parceria entre as duas instituições e tem início com duas publicações: Não escrever [com Roland Barthes] e A parte maldita brasileira: Literatura, excesso, erotismo, de Eliane Robert Moraes.

Ambos os manuscritos foram selecionados por meio de revisão por pares em sistema duplo-cego. A coleção recebe financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), de Portugal, e é publicada simultaneamente no Brasil e em Portugal: pela Tinta-da-china, em Lisboa, e pela Tinta-da-China Brasil, em São Paulo.

“Os Ensaios Abertos da coleção surgiram da vontade de explorar como, apesar da conhecida crítica metafísica que a Filosofia dirigiu à Literatura, elas não cessaram de se aproximar, em especial desde a Modernidade. Nessa exploração, a forma do ensaio desponta por sua capacidade de atrelar diferentes áreas, como a política e a ética, em um exercício de escrita que faz a filosofia e a literatura encontrarem-se”, explicam os coordenadores. Garanta o seu exemplar de “Não Escrever [com Roland Barthes]”, de Paloma Vidal, neste link.


Sobre a autora
Paloma Vidal é escritora, tradutora e ensina Teoria Literária na Universidade Federal de São Paulo. Dedica-se à ficção e à crítica, tendo publicado romances, peças, livros de contos, de ensaios e de poesia, entre os quais: "Algum Lugar" (7Letras, 2009), "Mar Azul" (Rocco, 2012), "Três Peças" (Dobra, 2014), "Dupla Exposição" (Rocco, 2016), "Wyoming e Menini" (7Letras, 2018), "Estar Entre: Ensaios de Literaturas em Trânsito" (Papéis Selvagens, 2019), "Pré‑história" (7Letras, 2020) e "La Banda Oriental" (Tenemos las Máquinas, 2021). Traduziu, entre outras autoras e autores latino-americanos, Clarice Lispector, Adolfo Bioy Casares, Lina Meruane, Sylvia Molloy, Margo Glantz, Tamara Kamenszain e Silviano Santiago.

.: Nova Graphic MSP "Magali - Receita" traz deliciosa releitura em aquarelas


"Magali - Receita" é a 40ª Graphic MSP. A obra, que chega às bancas e livrarias de todo o país em novembro, com sessão de autógrafos em São Paulo e lançamento oficial na CCXP, é escrita e desenhada por Carol Rossetti. A autora faz a sua estreia no selo voltado para leitores jovens e adultos da Mauricio de Sousa Produções, publicado pela editora Panini.

Na história, Magali decide reproduzir uma antiga receita de sua bisavó. Mas, para isso, ela vai precisar da ajuda de seus amigos. E da busca pelos ingredientes ao preparo, muita confusão vai acontecer. Com muita sensibilidade e aquarelas lindas, Carol Rossetti faz uma deliciosa releitura da clássica personagem de Mauricio de Sousa.

O texto da quarta capa é da renomada chef de cozinha Heleza Rizzo, que é também jurada do programa "Master Chef". "O amor pela comida nunca é só sobre comida. Nesta graphic, quis explorar os afetos e memórias por trás dos pratos preferidos da Magali e instigar os leitores a se perguntarem: o que torna uma comida gostosa?”, conta Carol Rossetti.

"Em 'Receita', a Carol Rossetti conseguiu reunir a essência e a meiguice da Magali a uma linda mensagem de amor pelo ato de cozinhar. O resultado é uma deliciosa história sobre amizade!”, diz Sidney Gusman, editor da obra. Compre o livro "Magali - Receita", de Carol Rossetti, neste link.


Sobre a autora
Carol Rossetti é designer, ilustradora e quadrinista. Nascida e criada em Belo Horizonte, a artista graduou-se em Design Gráfico em 2011 e possui o estúdio de design Café com Chocolate, com mais três amigos. Carol é autora das obras "Mulheres", "Vento Norte", "Debaixo D’água", "De Onde Estou Posso Ver o Outro Lado", "Último Convescote da Turma D", "Mãos Dadas Até o Fim", "Vamos Conversar?", "Eu e Meus Pais", "Cores", "Juliete", "Amor em Isolamento" e outros títulos.


Serviço
"Magali - Receita"
terá uma sessão de autógrafos especial no dia 28 de novembro, às 18h, na loja Taverna do Rei - Av. Dr. Gentil de Moura, 250 - Ipiranga, em São Paulo. O título será lançado oficialmente na CCXP 2023, que acontece dos dias 29 de novembro até 3 de dezembro e poderá ser adquirido no estande da editora Panini. Garanta o seu exemplar de "Magali - Receita", de Carol Rossetti, neste link.

.: Três clássicos mundialmente famosos que não podem ficar de fora da estante


Tordesilhas Fabulous Classics, novo selo da Alta Books, resgata obras que todos deveriam ler pelo menos uma vez na vida.

Algumas histórias são tão enraizadas nos leitores que merecem um espaço reservado nas estantes de todos os amantes da literatura. É o caso dos clássicos, que atravessam o tempo sem perder a força da mensagem passada pelas narrativas. Tordesilhas Fabulous Classics novo selo do Grupo Editorial Alta Books, resgata essas tramas imortais com novas edições, que possuem projeto gráfico único, ilustrações e conteúdos exclusivos para uma imersão completa.

Estreiam no selo "1984" e "A Revolução dos Bichos", ambos de George Orwell, e "Grandes Aventuras de Sherlock Holmes", de Arthur Conan Doyle. O próximo lançamento, para 2024, é "Contos de Imaginação e Mistério", de Edgar Allan Poe. "Esta nova coleção da Tordesilhas pretende tornar alguns dos títulos mais duradouros e importantes da literatura universal atraentes para o grande público e com fundamentação teórica para os especialistas", afirma Rodrigo de Faria e Silva, editor do selo Tordesilhas Fabulous Classics.


Sinopse dos livros
"A Revolução dos Bichos"
. Fábula sobre um grupo de animais da fazenda que se rebelam contra o dono humano e instauram um autogoverno dos bichos. Publicado originalmente em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, o clássico é uma crítica à corrupção e à brutalidade do regime Stalinista na União Soviética. A edição atual traz posfácio de Rita Von Hunty, palestrante, drag queen, professor, ator, youtuber e comediante brasileiro. Compre o livro "A Revolução dos Bichos", escrito por George Orwell, neste link.


"1984"
. Nesta distopia,George Orwell mostra um futuro sombrio, dominado pela força opressora. Na época em que foi lançado, entendeu-se que esse era um alerta contra os perigos do totalitarismo. Hoje, a obra é vista também como um aviso sobre o avanço da tecnologia na vida cotidiana e a consequente falta de privacidade. A figura mais emblemática da trama é o “Irmão Maior”, uma entidade que vigia a tudo e a todos e serviu de inspiração para realities shows contemporâneos. A nova edição traz no posfácio o texto Notas na Sala 101, de Ronaldo Bressane, tradutor da história. Compre o livro "1984", escrito por George Orwell, neste link.


"Grandes Aventuras de Sherlock Holmes"
. O livro compila, em 17 contos, toda a ironia, desilusão e disfarces presentes em algumas das mais famosas aventuras do célebre detetive britânico Sherlock Holmes. Por mais de um século o detetive tem fascinado leitores do mundo inteiro com a arte de desvendar mistérios impossíveis. O segredo? Um método dedutivo, calcado em uma lógica irretocável. Caso raro na literatura, o personagem tornou-se maior que o próprio criador e atravessou o século XX como um fenômeno pop que continua a cativar novos leitores. Compre o livro "Grandes Aventuras de Sherlock Holmes", escrito por Arthur Conan Doyle, neste link.

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